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Carolina Mello de Christo ¹ Angélica Cerdotes² Iuri Saccol³

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Academic year: 2021

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¹ Acadêmica do segundo semestre do Curso de Direito da Faculdade Metodista de Santa Maria (FAMES). Voluntária do Projeto de Extensão Mediação Familiar do curso de direito da Faculdade Metodista de Santa Maria (FAMES). E-mail: carolinachristo@yahoo.com.br

² Professora do Curso de Direito da Faculdade Metodista de Santa Maria. Mestre em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Coordenadora do Projeto de Extensão Mediação Familiar do Curso de Direito da faculdade Metodista de Santa Maria (FAMES). Advogada. E-mail: angélica_cerdotes@hotmail.com

³Acadêmico do décimo semestre do Curso de Direito e aluno extensionista dos Projetos de Extensão do curso de direito da Faculdade Metodista de Santa Maria (FAMES). E-mail: iurisaccol@hotmail.com

MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO NO PROJETO DE EXTENSÃO DO CURSO DE DIREITO DA FACULDADE METODISTA DE SANTA MARIA RESULTADOS COMPREENDIDOS ENTRE O PERÍODO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009 E O SEGUNDO SEMESTRE DE 2013

Carolina Mello de Christo ¹ Angélica Cerdotes² Iuri Saccol³

1 INTRODUÇÃO

A sociedade deve evoluir conforme as necessidades que abarcam a vida social e familiar, nesse sentido ao se falar em conflitos no direito das famílias, percebe-se certa vulnerabilidade nos litígios que envolvem as mesmas. Sabe-se que a família é a base da sociedade e possui tutela especial do Estado, desta forma reforça-se o cuidado que deve-se ter ao se tratar dos arranjos familiares e a solução de suas lides, pois nestes casos existem valores muito mais importantes do que patrimônio, ou seja, trata-se de valores personalíssimos, como afeto, integridade psíquica, segurança, etc.

Destarte, muitas vezes o judiciário não consegue resolver de forma eficaz e qualitativa os conflitos até ele trazidos, por não vivenciar diretamente o problema, tendo assim que prolatar decisão mesmo não tendo intimidade com a questão, bem como, julgando mesmo que estando estranho aos fatos. Nesta esteira, o Estado ao ser provocado busca a resolução da lide, mas ninguém melhor que as próprias partes envolvidas para encontrarem uma solução que possa melhor satisfazer seus próprios interesses.

Assim, surge a necessidade de encontrarmos novas formas de resolução dos conflitos. Desta necessidade nasce a mediação e a conciliação como um novos métodos de resolver conflitos familiares, sendo alternativa menos dolorida e mais saudável para os envolvidos,

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uma vez que proporciona a reaproximação e o diálogo entre as partes, possibilitando a auto composição de forma autônoma, democrática e consensual, com resultados positivos, fazendo com que elas mesmas tomem consciência da responsabilidade que possuem em resolver seus próprios problemas.

Assim, aflora a mediação e a conciliação como mecanismos alternativos para resolver, tratar os conflitos de interesses, buscando na consensualidade entre as partes uma melhor prestação jurídica, uma vez que as partes tem a oportunidade de construirem um acordo onde não existirá um ganhador e nem um perdedor, mas sim uma solução construída pelos que mais tem interesse: as partes envolvidas.

Para tanto, a Faculdade Metodista de Santa Maria, desenvolve o Projeto Mediação: O Afeto como Melhor Alternativa na Resolução dos Conflitos Infrafamiliares, em apoio ao Conselho Tutelar Leste de Santa Maria/RS, com o objetivo de resolver conflitos através destes novos instrumentos de solução consensual, presta auxílio a população de baixa renda que necessita de atendimento jurídico nesta área.

2 OBJETIVOS

Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo ressaltar e apresentar os resultados qualitativos com o Projeto Mediação Familiar e abordar a importância de novas formas de resolver os conflitos intrafamiliares.

Tanto a mediação como também a conciliação tem mais eficácia assim como vantagens para as partes envolvidas nos conflitos. A maioria dos casos são resolvidos de forma apaziguadora, trazendo benefícios para as pessoas envolvidas e para aqueles que estão no convívio da relação, principalmente os filhos dos casais que estão em fase de divórcio ou dissolução de união estável, pois nestes casos há a necessidade de restabelecer uma nova rotina para a prole, como também fixar valores de pensão alimentícia, guarda, visitas, etc.

Deste modo, o presente trabalho traz na forma de gráficos, os percentuais de acordos realizados no período de 2009 a 2013, para melhor demonstrar que é possível uma solução amigável e sem litígio, destacando a importância destes métodos de resolução das controvérsias familiares, pois preserva o respeito recíproco e os laços de afeto entre as pessoas envolvidas.

3 METODOLOGIA

O trabalho utiliza-se de abordagem descritiva, com o método indutivo e análises bibliográficas, abrangendo o novos métodos de resolver conflitos familiares, como a mediação e conciliação, como também apresenta pesquisa quantitativa com percentuais dos acordos realizados pelo Projeto de Extensão do Curso de Direito da Faculdade Metodista de Santa Maria – RS no tempo compreendido entre os anos de 2009 e 2013.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Diante do trabalho realizado com o Projeto em questão, observa-se o que salienta Bertoldo Mateus de Oliveira Filho sobre o tema. Pontua ele que a família, em constante evolução durante os anos, tem como pressuposto atual os vários arranjos familiares que são tutelados pelo ordenamento jurídico, à título de exemplo, hoje tem-se ao lado da família tradicional a família anaparental, homoafetiva e ainda pode-se citar a família eudemonista. Os conflitos familiares são decorrentes de uma longa evolução familiar, incluindo até a evolução do papel da mulher dentro da família, que não mais se submete a servir o homem para o resto da vida, podendo seguir as suas vontades e ambições como qualuqer ser humano tem o direito de fazer.

A dissolução de uma união pode trazer vários traumas às pessoas envolvidas, principalmente para o fruto destas uniões: os filhos. Por isso a Mediação Familiar e a conciliação são utilizadas como instrumento para a resolução dos conflitos, como bem diz Petronio Calmom:

“A mediação familiar consiste em uma intervenção orientada a assistir as famílias na reorganização da relação familiar, em seguida ou em prevenção ao divórcio; nas questões de partilhas de bens, nas questões alimentares e, sobretudo, nas desavenças quotidianas, para evitar violência doméstica.” (Fundamentos da Mediação e da Conciliação – Petronio Calmon, pg 121)

Destaca ainda Fabiana Marion Spengler, que a mediação surge como uma nova forma de resolver conflitos no âmbito familiar, uma vez que a tem como objetivo resultados qualitativos e não quantitativos.

Nesse viés, surgiu o Projeto de Extensão Mediação Familiar que tem como objetivo diminuir as ações jurídicas litigiosas em casos como divórcio, dissolução de união estável, guarda, alimentos e qualquer outro litígio relacionado ao direito das famílias, assim o projeto conta com alunos voluntários do Curso de Direito da FAMES que atuam como conciliadores na maioria das vezes sob a orientação da professora responsável e coordenadora do referido projeto.

Desde o início do projeto, todos os casos atendidos, tiveram como primeira forma de resolução do conflito, a mediação ou conciliação, conforme se faz necessário. Desde então o Projeto vemo btendo resultados satisfatórios ao que se propôem.

Ressaltando a importância de uma mediação ou conciliação em um conflito familiar, objetivando apaziguar e não arbitrar uma solução, é que se faz mister o usos destas ferramentas (mediação e conciliação) que auxiliam na resolução da lide. Sendo o resultado satisfatório para ambas as partes, e além disso, diminuindo traumas do divórcio ou dissolução da união estável aos filhos.

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Ainda, é importante ratificar que no Projeto em questão, primeiramente tenta-se a mediação e se caso essa se mostrar inexistosa, parte-se para a conciliação na tentativa de resolver o conflito. Simplificadamente, o objetivo primordial da conciliação é harmonizar e ajustar, de maneira amigável a questão controvertida entre duas ou mais pessoas, acerca de um negócio, um contrato ou uma estipulação qualquer. Pode ela se dar tanto na via judicial quanto amigavelmente em momento anterior ao ajuizamento de uma demanda judicial.

Do exposto passa-se a apresentação dos gráficos com percentuais de acordos realizados no período compreendido entre os anos de 2009 e 2013:

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5 CONCLUSÕES

Sendo assim, percebe-se a importância da Mediação e da Conciliação na resolução dos conflitos familiares, pois trata-se de novos métodos de resolução dos conflitos, com uma cultura de paz e de solução consensual das controvérsias familiares, destacando que é mais célere e eficaz vindo de encontro com o novel Código de Processo Civil aprovado neste ano de 2015, pois no seu artigo 694 prevê como parte do processo a mediação e conciliação no Direito de Família. Ainda, ressalta-se que através desta forma de auto composição dos conflitos familiares as partes conseguem resolver seus próprios problemas através do diálogo e respeito mútuo o que é ponto fundamental nas relações ligadas à família.

O Projeto de Extensão do Curso de Direito da FAMES, contribui consideravelmente para com a comunidade de Camobi, resolvendo através da mediação e conciliação vários conflitos familiares, assim como proporciona aos seus acadêmicos experiência prática e uma vivência direta com os litígios que são atendidos sob a supervisão da professora coordenadora do projeto.

Destaca-se ainda que a solução dos conflitos familiares através do Projeto via mediação ou conciliação são levados ao crivo do Poder Judiciário para homologação o que leva tempo menor na resposta do judiciário para com os envolvidos, tratando-se de uma alternativa mais célere, menos onerososa ao Estado e menos dolorosa para os componentes do grupo familiar, resguardando relações parentais.

Depreende-se, que com essas novas formas de resolução dos conflitos intrafamiliares, poderemos chegar a um patamar mais elevado no que tange a eficácia das lides, e que só assim é que poderemos proteger esta instituição que é a base de uma sociedade evoluída – a família.

REFERÊNCIAS

CALMON, Petronio. Fundamentos da Mediação e Conciliação. Brasília, 2013.

OLIVEIRA FILHO, Mateus. Direito de Família: Aspectos sociojurídicos do casamento, união estável e entidades familiares. São Paulo, 2011.

SPENGLER, Fabiana Marion. Da Jurisdição à Mediação: Por uma outra cultura no tratamento de conflitos. Ijuí, 2010.

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