EM
DEPARTAMENTO
DE
CIENCIAS
ECONOMICAS
EMPRESA
BR/›¿s|,|_E|RA
DE
coRRE|os
E
TELEGRA§¿Q%ší§;;¿III‹_REEsTRuTuRAçAo
oRGAN|zAc|oNA|_
E
TEcNoLQGÍI¿ÇA§IEjM
BuscA
DE
|v|E|_HoREs
coND|ÇoEs
coMPET|TE|vAsÍtCâzAf
Sandro
Oliveira
da Costa
EM
DEPARTAMENTO
DE
CIENCIAS
ECONOMICAS
EMPRESA
BRASILEIRA
DE
CORREIOS
E
TELÉGRAFOS:
REESTRUTURAÇAO
ORGANIZACIONAL
E
TECNOLOGICA
EM
BUSCA
DE
MELHORES
CONDIÇOES
COMPETITIVAS
'Monografia
submetida
ao departamento
paraobtenção de
carga horáriana
dis-ciplina
CNM
5420
-
Monografia.Por: SandroPOIiveira
da Costa
Orientador: Prof. Dr. Silvio Antônio Ferraz Cário
Área de
Pesquisa:Economia
de
Empresas
Palavras-chaves: 1
-
Reestruturação2
-
Competitividade3
-
CorreiosGRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
ECONÔMICAS
A
Banca
Examinadora
resolveu atribuir notaao
alunoSandro
Olivei- rada Costa
na disciplinaCNM
5420
-
Monografia, pelaapresentação
destetrabalho.
Banca
Examinadora:
Prof. Dr. lvio nio erraz Cario
Presiden e
\
Prof. uiz Carlos
de
Can/alhoedico esta
monografia
a
minha
esposa, eterna fonte
de
inspiração.Ao
meu
filhoque
é
frutode
um
gran-
de
amor.
Aos
meus
pais pelo
incentivo.E
a
todos
que
com
perseverança,
realizam
seus
sonhos.
gradeço ao
meu
mestre e
orientador Sílvio Cario,
que
me
motivou
na
execução desse
tra-balho,
sendo
incansável
na
busca
LISTA
DE
TABELA
LISTA
DE
FIGURA
Resumo
XIV
cAPíTuLo
1 .-11INTRODUÇAO
... .. 11.1ProbIemática
... .. 11.2
Objetivo
... ._3
1.2.1 Geral ... .. 3 1.2.2 Objetivo Específico ... _. 31.3
Metodologia
... ..4
cAPíTuLo
2
~ r2
PADRAO
TECNICO,
PRODUTIVO,
ORGANIZACIONAL
5
2.1
TayIorismo:Administração
Cientifica
do
Trabalho
... _.5
2.2
Fordismo:
Produção
em
Série
... ..6
2.2.1
O
Esgotamento
do Fordismo
... .. 32.3
Novo
Padrão
Produtivo,
Tecnológico
e
Organizacional
9
2.3.1
Toyotismo
... ._10
2.3.2
Empresa
Flexível e aTecnologia
da Informação
... .. 112.3.3.1.2 Fatores Estruturais ... _. 18
2.3.3.1.3 Fatores Sistêmicos ... ._ 19
2.4
Síntese
Conclusiva
... ._19
cAPíTu|_o
3
3
TRAJETÓRIA
HISTÓRICA
E
DE
DESENVOLVIMENTO
21
DA
ECT
... ._3.1
Antes da
criação
da
ECT
no
Brasil:da
Colônia
à
Re-
21
púbfica
... _, ... U3.2
Criação
da
ECT
... ... __24
3.3
Anos
70:
Crescimento
estrutural
e
tecnológico
da
ECT
24
3.4
Anos
80:
A
ECT
diversifica
seus
serviços e
produtos
._26
3.5
Anos
90:
A
ECT
frente
a
um
mercado
competitivo
... ._30
3.6
Síntese
Conclusiva
... ._33
cAPíTu|.o
4
~
4
REEsTRuTuRAçAo
oRGAN|zAc|oNAL
E
TEcNoLÓ-
G|cA
DA
EcT
... ._35
4.1Reestruturação
Organizacional
... _.35
4.1.1 Estrutura
Organizacional
das
DiretoriasRegionais
... _.38
4.2
Reestruturação Tecnológica
dos
Correios
... ._42
4.2.1
Mecanização
eAutomação
da
Triagem
... ._43
4.2.2 Unitizaçãode Carga
... ._44
4.2.3
Nova
Plataforma
Computacional
... ._46
4.2.5 Utilização
da
Internetcomo
Aliada ... ..43
4.2.6Automação
de Agências
... ..49
4.3
Síntese
Conclusiva
... ..49
cAPíTu|.o
5
.-1
5
~AVALIAÇAO
DOS
RESULTADOS,
DA
REESTRUTURA-
ÇAO
ORGANIZACIONAL
E
TECNOLOGICA
... ._51
5.1Atendimento
e
Imagem
da
Empresa
... ._51
5.2
Distribuição Domiciliária
... .~..54
5.3
Produtos/Serviços
e
Processos
Organizacionais
... ..56
5.4
Força
de
Trabalho
... ._57
5.5
Orçamentários
e Financeiros
... ._50
5.6
Os
Clientes
... ._63
5.3
Síntese
Conclusiva
... ..64
cAPíTuLo
6
6
ESTRATÉGIAS
COMPETITIVAS
DA
ECT
... ..67
6.1
Formulação das
Estratégias
... ..67
6.2
Referenciais
Comparativos
e
Melhoria
Contínua da
Gestão
... ._70
6.3
Aprendizado
e
Melhorias
... ._71
6.4
Operacionalização
das
estratégias
... ._72
6.5
Indicadores para
Acompanhamento
do
Sucesso
das
Estratégias
... _.72
6.6
Identificação
e
Segmentação
de Mercado,
Clientes
AI-
vos,
Concorrência
e
Mercados
Potenciais
6.6.3
Atendimento ao
Cliente ... _.~
6.7
Informaçao
... __6.7.1 Integridade, Atualização, e Confiabilidade
das Informações
6.8
Força
de
Trabalho
... ._6.8.1
Organização
do
Trabalho
... _. 6.8.2Avaliaçao
eReconhecimento
... ._ 6.8.3Treinamento
... ._~
6.9
Gestao dos Processos
... _.6.9.1 Sinergia entre
Setores
eUnidades
... ._6.9.2
Gestão
do
Processo de Atendimento
... _.6.9.3
Gestão
do Processo de Triagem
eEncaminhamento
... _.6.9.4
Gestão
do
Processo de
Transporte
... _.6.9.5
Gestão
do Processo de
Distribuição ... _.6.10
Síntese
Conclusiva
... ._cAPiTuLo
7
N
7
coNc|.usAo
... _.TABELA
1TABELA
2TABELA
3TABELA
4TABELA
5TABELA
6TABELA
7TABELA
8TABELA
9TABELA
10TABELA
11TABELA
12TABELA
13TABELA
14TABELA
15TABELA
16TABELA
17TABELA
18TABELA
19TABELA
20TABELA
21TABELA
22TABELA
23LISTA
DE
TABELA
Principais características do sistema fordista ... .. 7
Comparaçao
das principais características dos dois últimos paradig- 13mas
Tecnológicos ... .. Introdução da Microeletrônica nos Processos Produtivos ... ._ 14 Quatro áreas de competência dos Fatores Empresariais ... .. 17Trafego da
ECT
- Anos 80 (em milhões) ... .. 27Unidades de atendimentos -final dos anos 70 a
meados
de 80 ... .. 28Correlação Km2IUnidade Atendimento, HabitantesIUnidade Atendi- 29 mento e Quadro EmpregadoslHabitante ... .. Tráfego da
ECT
- anos 90 (em milhões) ... .. 31Infra-estrutura da
ECT
- anos 90 ... ._ 32 Quadro de pessoal daECT
- anos 90 ... ._ 32 EstruturaCop
Benfica - RJ ano 1999 ... .. 44Qualidade Operacional dos Correios (%) ... .. 45
Comércio Eletrônico
em
US$
... .. 48Avaliação positiva de usuários dos serviços públicos ... .. 63
Eficiência entre correios
X
outras empresas ... .. 64Pergunta sobre o serviço que utilizou ... .. 64
Comparação
com
cinco anos atrás ... .. 65Confiança nos correios ... .. 65
Formulação das estratégias ... .. 69
Avaliação de
Desempenho
Regional 70 Avaliação e melhorias para a formulação das estratégias ... _. 71 Objetivos e indicadores ... ._ 74 Canais de Comunicação ... .. 78TABELA
26TABELA
27Estrutura do
PCCS
... ..HGURA1
HGURA2
HGURA3
HGURA4
HGURA5
HGuRAs
HGURAY
HGuRAs
HGURAQ
HGuRA1o
HGURA11
HGURA12
HGURA13
HGURA14
HGURA15
HGuRA1s
HGURA11
HcuRA1s
FIGURA
19FIGURA
20FIGURA
21FIGURA
22FIGURA
23FIGURA
24O
Triangulo da Copetitividade Estrutural ... ..Organograma da
ECT
... ..Organograma da
ECT
... ..Organograma da Diretoria Comercial ... ..
Organograma da Diretoria de Tecnologia ... ._
Organograma de Diretoria Regional de Santa Catarina ... ._
Organograma da Diretoria Regional de Santa Catarina ... ..
Organograma da Gerência de Vendas ... ..
Organograma da Gerência Técnica ... _.
Organograma das Regiões Operacionais ... ..
Avaliação de Aspectos Gerais dos Correios ... ..
Avaliação do atendimento no varejo ... ..
Imagem
institucional dos Correios ... ._Tratamento dado ao Cliente ... ..
Entrega no Endereço Correto ... ._
Entrega no Prazo ... ..
Reclamações Procedentes por Objetos Registrados Postados ... _.
Índice de QuaIidade(%) Alcançado na Entrega de Cartas
com
PrazoD+1 ... ..
Encaminhamento de Cartas Simples Dentro do Prazo ... ..
Melhoria do Ambiente de Trabalho ...
Gerenciamento de Competências e Resultados ... ._
Horas/Aula de Treinamento ... ... ..
Empregados
sem
2° Grau Completo ... ..HGURA25
HGURA26
HGURA27
HGURA28
HGURA29
HGURA30
HGURA31
HGURA32
Índice de R/D dos Correios ... ..
Receita Média Mensal por
Empregado
... ..Prazo Médio de Vendas a Clientes ... ..
Gerenciamento de Competências e ResuItados....
Plano Regional de Educação Empresarial-
PREE
... ..Diagrama do Fluxo Postal ... ._
Gestão do Encaminhamento ... _. Gestão da Distribuição ... .. 62 62 63 69 87 88 92 93
RESUMO
O
presente trabalho avalia a reestruturação organizacional e tecnológica,ocorrida
na
Empresa
Brasileirade
Correios e Telégrafos-
ECT, nos anos
90,visando
melhores
condições competitivasno
seu
mercado de
atuação.Os
dados
utilizados neste trabalho foram obtidos junto aECT.
Os
resul-tados
apresentados após
a reestruturação, atravésda
análisedo
atendimento,da
distribuição domiciliária,dos
produtos e serviços, processos organizacio-nais,
da mão-de-obra
e orçamentário/financeiro,mostraram
que
aECT
obteveum
expressivo progressonessas
áreas,dando
aempresa
melhores
condiçõesconcorrênciais.
A
pesquisaIBOPE
realizadano
ano de
2000,apresentada nesse
traba-lho,
mostrou
que
aECT
goza
de
Ótimaimagem
juntoaos
usuáriosde
correios.O
que
éuma
vantagem
concorrencial paraECT,
ratificandoque
após
a reestru-INTRODUÇAO
1.1
Problemática
A
Empresa
Brasileirade
Correios e Telégrafos(ECT)
foi criadaem
20 de
março
de
1969, atravésdo
Decreto-Lei n° 509.É
uma
empresa
pública,vinculada
ao
Ministériodas
Comunicações,
com
sede
em
Brasilia.O
surgimento
da
ECT
marcou
uma
tomada
de
consciência, pelospoderes
públicos,
da
importânciadas
comunicações
dentrodo
contextode
desenvolvimento
do
país.A
ECT
está presente praticamenteem
todos os municípios brasileiros,sendo,
em
algumas
localidades, muitasvezes
o único pontode
representaçãogovernamental.
Um
paiscom
grande extensão
territorialcomo
o
Brasil,necessita
de
um
correio eficiente, para sen/ircomo
elode
ligação entre asdiversas
empresas
atuantesno
mercado
eseus
clientes.A
estrutura organizacionalda
ECT
écomposta
porum
Conselho
de
Administração, tendo
como membros
o Presidente e o Vice-Presidenteda
ECT,
um
representantedo
Ministérioda
Fazenda
eimais
quatromembros
designados
pelo Ministériodas Comunicações.
A
Diretoriada
ECT
écomposta
pelo Presidente, Vice-Presidente e cinco Diretores
de Área da Empresa.
Cada
Diretoria
tem
sob
asua coordenação
vários Departamentos,de
acordocom
sua
área técnicade
atuação. Finalmente, atravésdas
Diretorias Regionais,que
representam
aECT
em
praticamente todos osEstados
Brasileiros, ocorrede
forma
descentralizada, aexecução
e o controledas
atividades postais, telegráficas e serviços correlato.A
ECT
trata e entrega, por dia, cercade
16 milhões e700
mil objetos,quase
80.000
empregados
distribuídosem
23
Diretorias Regionaise na
Administraçao Central,
em
Brasilia.Os
Correiosoferecem
àpopulaçao mais
de
11.000 pontos
de
atendimento,além
de
23.300 caixasde
coleta,contando
com
quase
7.000 veícu os e37
avioesde
portes variados para atender160
milhoesde
brasileiros, dentre os quais45
milempresas
e Órgãos públicos,que
atravésdos
Correios estão interligados aquase 200
paísesno
mundo.
A
Empresa
Brasileirade
Correios e Telégrafos(ECT)
estatambém
inserida
num
contextode
competição.Sendo
a maiorempresa
postalda
América
Latina,segundo
a Revista Correios Hoje,como
taltem
atacado
em
inúmeras
frentesde
ação
para
atender às diversificadasdemandas
do
mercado. Concorrendo
com
váriasempresas,
inclusivecom
empresas
internacionais conhecidas pelo alto nível
de
trabalhoque
desenvolvem,
aECT
teve
que
se modernizar paraacompanhar
a concorrência.A
própriaECT
reconhece
que
houve
uma
queda
de
qualidadede seus
serviços
nos
últimos anos, portantosua
diretoria resolveu sairde seu
estilodiscreto
de
atuação
e reposicionar-se perante a opinião pública.A
empresa
então resolveu partir para o
ataque
mercadológico, investindoem
informatização,
mecanização
operacional,automação
dos seus
serviços,reestruturação organizacional, qualidade total e qualificação profissional.
Seu
planejamento
em
investimentos já está feito para até 2003, cujos valoressão
da
ordem de
R$
3,9 bilhões, visandouma
modernização
voltada para omercado, focando
o cliente,em
busca
de
melhores
condições competitivas.A ECT
viveu nos últimos 'quatroanos
um
períodode
grandes
transformações
em
suas
atividades.Essas mudanças,
que
começaram
em
1995,
segundo
a própriaempresa, recuperam
acapacidade
de
investimentos,melhoraram
o desenvolvimento e a qualidadedos
serviços,modernizaram
aestrutura e
ajudaram
a criaruma
nova
visão sobre o futurodo
setor postalno
Brasil.
A
reestruturação organizacional e tecnológicada
empresa
ocorreuem
1999,
buscando
dotar aempresa
de
uma
estruturamais
flexível paraatuação
no mercado,
bem
com,
capacitar aECT
tecnologicamente para competirem
Este trabalho
busca
analisar a reestruturação organizacional etecnológica
adotada
pelos Correios a partirde 1999
visandoganhos
de
competitividade, tendo
em
vistaque
aempresa
operou
por muitotempo
como
aúnica
empresa
de
entregado
país.Com
a entradade
concorrentesno
mercado
(como
por exemplo, aVASPEX,
aDHL,
aExpresso
Sul, as váriasempresas de
transporte rodoviário, etc.), os Correios tiveram
que
se reformularadotando
estratégias para superar
esses
potenciais concorrentes. Portanto, pretende-seanalisar a
nova
estruturados
Correiose suas
estratégias diantede
um
ambiente
econômico mais
concorrencial,em
condiçõesmais
competitivas.Portanto, pretende-se analisar a
nova
estruturados
Correiose suas
estratégiasdiante
de
um
ambiente
econômico
marcado
por forte concorrência,procurando
responder as seguintes questões: a)
Quais
asmudanças
organizacionaislevadas a
cabo
pelaECT?
Quais
as característicasdas
mudanças
tecnológicasinseridas
na
ECT?
Qual a avaliação feita pelosdemandantes
dos
sen/içosprestados pela
ECT?
Quais
são
as principais estratégias para o futuroda
ECT?
1.2
Objetivo
1.2.1 Geral
Analisar _a reestruturação organizacional e tecnológica
adotada
pelaEmpresa
Brasileirade
Correios e Telégrafos-
ECT,
tendoem
vista omercado
competitivo
no
qual amesma
esta inserida,no
intuitode
contribuircom
estudossobre o setor
de
serviços prestados por Órgãos estataisna economia.
1.2.2 Objetivo Específico
I Traçar,
de forma
sintética,um
históricoda
ECT
desde
oseu
I Evidenciar a transformação organizacional e tecnológica recente
da
ECT;
I
Apontar
os principais resultadosdas
mudanças
organizacionaise
tecnológicas
da
ECT;
I
Descrever
as estratégias concorrênciasda ECT.
1.3
Metodologia
_Este trabalho
de
monografia teráum
caráter descritivo analítico,sua
base
teórica estaráfundada
em
artigos, livros e tesesde
autorescomo
Druck,Costa, Kupfer, Porter, Cário dentre outros.
Para
o primeiro objetivo,que
serátraçar
um
históricoda
ECT
desteseu
surgimento até o contexto atual, será feitopesquisa bibliográfica
das
publicações sobre aempresa que
discutem oseu
surgimento e o
seu
desenvolvimento até os diasde
hoje.Para
osegundo
objetivo,que é
evidenciar as transformaçõesorganizacionais e tecnológicas recentes
da
ECT
e apontar resultados,foram
realizadas pesquisas na
empresa,
enfatizando oque mudou,
oque
irámudar
e
as perspectivas
de
resultados.H
No
terceiro objetivoque
é descrever as estratégias competitivasda
ECT,
foram
realizadas pesquisas dentroda empresa,
principalmente sobre aAssessoria
de Planejamento
e Qualidade- APLAQ.
Destacando
os seguintespontos: formulação e operacionalização
das
estratégias; os Clientes e omercado;
fluxodas
Informações; investimentos na forçade
trabalho; gestãoPADRÃO
TÉCNICO,
PRODUTIVO,
ORGANIZACIONAL
O
processo
produtivo organizacionaldas
empresas
atravésda
história,sempre
se
voltou para oaumento
da
eficiência e elevação produtivado
trabalho.O
tamanho
das
empresas
eraum
elemento
determinante parase
obter crescente
economias de
escala.Buscando
sistematizare
desenvolveruma
nova
culturade
trabalho, foiestabelecido por Frederick
W.
Taylor (1911), oque
Druck
chama
de
“Administraçao Científica
do
Trabalho".Em
1922
surgeuma
nova
técnicade
linha
de montagem,
cujo precursor foiHenry
Ford.Nasce
com
Fordo que se
chamaria
posteriormentede produçao
em
série.2.1
Taylorismoz
Administração
Cientifica
do
Trabalho
Taylor, através
de seu
trabalho científico, proporcionou asmaiores
mudanças
na organizaçãodo
trabalhono
século XX.Antes
o trabalhoe
aorganização fabril
eram
comandados
pelos mestres, trabalhadoresespecializados
mais
antigos e experientes. Estescomandavam
as rotinase
oritmo
de
trabalho fabril.O
sistema preconizado por Taylor, visava reduzirdesperdícios
de
materiais, tempo, ferramentas e mão-de-obra, atravésdo
controle
do
sistema produtivo.Taylor
usou
as técnicasde medição de
tempo
emovimento de
cada
tarefa
que
os trabalhadoresexecutavam.
“Taylor (1987) acreditavaque
a lógicada mecanização,
em
que
determinados
movimentos
padronizadosde
fabricação
são
incorporados auma
máquina
especializada e, assim, repetidos(Costa, 2000, pg 10)”.
Pregava
a administração cientifica sistematizando epadronizando
as atividadesdos
operários,exercendo assim
maior controlesobre o sistema produtivo.
O
taylorismo propunha, sobretudo, obter-semais
eficiênciae
produtividade, através
do
controledo
trabalho.Propunha
a divisão,organização e
uma
hierarquia tal,que
o capitaldomina-se completamente
astécnicas
do
trabalho.Segundo
Druck
(1999), a introduçãoda
maquinaria erafundamental, haja vista
que
esta iria aglutinar partedas
técnicasdo
operário,diminuindo ainda
mais
oseu
controle sobre oprocesso
produtivo.Para chegar nesse
objetivo,cada
tarefado
processo produtivo eraestudada,
medindo
seu
tempo
de
execução, para servircomo
padrão nos
treinamentos,
bem
como
na
supervisãodos
postosde
trabalho.A
propostade
Taylor era clara, atacar a iniciativa e, sobretudo aautonomia da
classe operáriano
que
se refereao
sistema produtivo, paracom
isso elevar a produtividade
do
trabalho.Segundo
Costa
(1995), o taylorismopadronizou as tarefas através
do
estudoda
técnicade
produzir.“Na
observação desse
processo, primeiramente ométodo de
trabalho é analisado eaperfeiçoado, busca-se maior simplicidade
na
sua
execução
com
vistas atorná-lo
mais
eficiente; segundo, ométodo
aprimorado
é cronometrado,fornecendo
otempo
padrão
de
referência; terceiro, os trabalhadorespassam
aser treinados
nesse
sistema estandardizado; quarto, os postosde
trabalhosão
então
programados
e supervisionadoscom
base no
método
etempo
padrão”(Costa, 1995, pg 9).
Toda
essa
lógicade
Taylor vinhaem
busca
de
produtividade através
da
administraçãodas
tarefas eda redução dos
níveisde
porosidade
do
trabalho.2.2
Fordismo:
Produção
em
Série
A
essênciado
fordismo sebaseava
em
fixar o operáriono seu
localde
trabalho.
Antes
o trabalhador se deslocava pela fábricaem
busca
de
cria a linha
de
montagem
introduzindo esteiras para transportedos automóveis
em
linha,passando
pelos postosde
trabalho.Os
conceitosde
Ford aplicam se àproduçao
em
largos volumes,com
aintrodução
da
linhade
montagem,
maquinaria dedicada e a utilizaçãoda
padronização do
trabalho aplicada por Taylor.Segundo
Costa
(1999), aprodutividade é alta devido
aos
ganhos
de
escala obtidosna produção de bens
com
pouca
variedadeem
grandes
quantidades, exigindopouca
ou
nenhuma
qualificaçao
da
mao
de
obra.Segundo
Druck
(1999), o fordismo utilizava asnovas
condiçõeshistóricas, as
novas
tecnologias, caracterizadas pelaprodução
e oconsumo
em
massa.
Ford, utilizando a teoria taylorista, especializa o trabalhadorna
execuçao de
uma
única tarefa,ganhando
em
produtividade.“Nesse
caso, oaumento
da
eficiência produtiva está vinculadaao
trabalhador individual,decorrente
do
fracionamento e especializaçãode
tarefas (estudosde tempos
e
movimentos
tayloristas),reduçao da
porosidade e intensificaçaodo
trabalho(linha
de
montagem
fordista)” (Costa, 2000,pg
11 e 12).A
organizaçãodo
trabalhogerando
incrementosna
produtividade, aliadaàs
novas
técnicas, para Costa(1999),tornam
imprescindíveis o crescimentodo
mercado
para aabsorção da
crescenteprodução
em
massa,
proposta pelosnovos padrões
produtivos e organizacionais(fordismo e taylorismo).TABELA
1: Principais características do sistema fordista, . . s 1 Inicio. ~ , 1 A . A 415' , 2?? . .,> ×,.,<,¢z,z,.~›§›.‹.~¢.N~, Término 1970/80 `
Descrição Produção
em
MassaFator-chave Petroleo e derivados r
_- . . Setores alavancadores Automóveis e caminhões, tratores e tanques, indústria
de crescimento .aeroespaciaI,.bens duráveis';,_
' “
'_ -_ ~_ .
Infra-estrutura . Auto-estradas, aeroportos, caminhos aéreos
EUA, Alemanha, outros paises da CEE, Japão,-~
Rússia, Suécia,_Suíça V
- z' Países líderes
Paises do Lesta'_Europeu, Brasil, México, Argentina,
Coréia, China,_Índia, Taiwan V Países
em
desenvolvimento -Fonte: Lastres e Ferraz (1999)
Nos
paísescomo
osEstados Unidos
a vinculaçãodos
ganhos de
produtividades
ao
aumento
de
salários, possibilitouum
Ótimoganho de
poder
aquisitivo e,
em
contrapartida, poralgum
tempo
a auto sustentaçao necessáriado
sistema produtivo vigente.2.2.1
O
Esgotamento do
Fordismo
Surgem
indícios(meados
da
década
70),que
omodelo de produção
fordista enfrentaria dificuldadesem
sua
reprodução.Os
ganhos de
produtividade
são cada vez
menores
devidoaos
limites afragmentação
do
trabalho.
Os
trabalhadores porsua
vez,demonstram
seu descontentamento
com
asformas
organizacionais impostas, atravésdo
absenteísmo,sabotagens
e
de
greves,cada vez mais
freqüentes (Costa, 1999).Para Costa
(1999), a estrutura produtiva apresentava problemas, devidosobretudo a resistência
dos
trabalhadores,não sendo
possível intensificarmais
o ritmo
de
trabalho.“O ano de 1968
foi muito especialno
mundo
inteiro,marcado
poruma
mobilização intensa,com
greves, manifestaçõesde
ruas,ocupações
de
fábrica etc. Tal mobilizaçãoembora
muito diferenciadaem
cada
país,
como
o “maio francês”ou
a “primaverade
Praga"ou
a “luta contra aguerra
no
Vietnã", indicavauma
recusaaos padrões
vigentesde
organizaçãoeconômica
e sociopolítica”(Druck, 1999, pg 38).Para Costa
(2000), os limitesda produção
em
massa
sedá
em
dois âmbitos:- Resistência
dos
trabalhadores a organizaçãodo
processode
trabalho;
-
A
demanda
que
não
seexpande
na
mesma
proporçãodo
crescimento
da produção
em
massa.
A
resistênciados
trabalhadorestem sua
vertentena
relação capitaltrabalho,
que
erade
conflito.“Da mão-de-obra
espera-seapenas que obedeça
e execute as ordens recebidas
da
gerência" (Costa, 2000, pg 15). Portanto, aforça
de
trabalhonão
contribuía intelectualmente para melhorar a produção,A
forçade
trabalho éencarada
apenas
como
um
custo ecomo
todocusto
de produção deve
ser reduzido, omeio
foi ode
maior automatizaçãodo
sistema produtivo.
Nesse
contexto,avança
opoder
dos
sindicatos, exigindomelhores
condiçõesde
trabalho e a continuaçãodos
ganhos de
produtividadesatrelados
aos
salários.Outro
problema
eraque
ademanda
não
seexpandia na
mesma
proporção
da produção
em
massa.
A
produção
fordista fabrica produtoscom
baixo grau
de
diferenciação, paravenda
em
massa.
“Contudo,em
periodosde
crescimento lentos e
mercados
fragmentados,como
osobservados
a partirdo
inicio
da
década
de
1970, o sistemade produção
em
massa
defronta-secom
perdas
de
eficiência..."(Costa, 2000, pg 16).A
perdade
eficiência sedava cada vez
em
maiores escalas, haja vistaque
o sistema vigentenão
estava preparado paramercados
competitivose
exigentes.
O
mercado
estavaem
mudança
e o sistema vigentenão
eramais
compativel
com
anova
realidade.Mediante
a esta crise, os EstadosUnidos
que
era o país precursordo
sistema, perdia o
seu domínio de mercado.
A
perdade
mercado
por partedos
americanos, faz
com
que
outros paisesganhem
competitividade.Nesse
contexto, aeconomia japonesa
já vinhaaparecendo
com
um
Ótimo crescimento
baseado
em
altos níveisde
produtividadede
sua
forçade
trabalho,
contrapondo
o sistema vigente.2.3
Novo
Padrão
Produtivo,
Tecnológico
e Organizacional.
O
novo padrão
produtivo, técnicoe
organizacionalque
vem
sedesenvolvendo
a partirda
década de 70 tem
um
maior alcance, criandonovos
conjuntos
de
produtos, serviços e sistemas.Esse novo padrão
introduznovos
principios e conceitos gerais,
desencadeando
uma
profunda reestruturaçãoem
todas as atividades produtivas,
além de
mudanças
estruturaisnas
empresas
e2.3.1
Toyotismo
A
partirda
década
de
70, generaliza-seum
quadro
mundialde
desaceleração do
crescimentoeconômico. Surge
anecessidade de
alternativasque
venham
a alterar a organizaçãodo
processode
trabalho.Costa
(2000)relata
que
desde
meados
de 1960
asempresas Japonesas
vinham obtendo
elevadas performances, principalmente as
empresas
do
setor automobilístico.As
elevadasperformances
que
asempresas
japonesas vinham
mantendo
estavam
embasadas
em
novos
conceitosde
produção,desenvolvidos pelo setor automobilístico Japonês,
encabeçado
pela Toyota.“Esses novos
conceitosde produção
referem-se aum
conjuntode
inovaçõesorganizacionais
que
a Toyota, vinhadesenvolvendo
desde
ametade
da
década
de
1940” (Costa, 2000).Produzindo
em
pequenas
escalasuma
maior variedadede
modelos,como
aToyota
poderia ser competitiva, frente àsempresas
Americanas de
produção
em
massa?
A
Toyota
procurava reduzir custosnão mais
com
economias
de
escala,mas
simbuscando
outroselementos na
escalaprodutiva.
V
Para Druck
(1999), omodelo
Japonês
tornou-se competitivo devido asseguintes
mudanças
na organizaçãodo
trabalho:-
Emprego
vitalíciocom
promoção
portempo
de
serviço,sendo que
otrabalhador
não
era contratado paradeterminado
posto, e sim para aempresa;
-
O
sistemade
organização e gestãodo
trabalho é o “just-in-time".Que
constituíabasicamente
em
produzirno
tempo
certo,na
quantiaexata e
com
a quantidadede
trabalho correta;-
O
sistemade
informação“Kambam”, que
éum
sistemade
informação
dos
vários estágiosde produção
ede
estoque;- Qualidade Total, o trabalhador participa
da
melhoriado
processoprodutivo;
'
- Trabalho
em
equipe,com
gruposde
trabalho polivalentes-
O
sistemade
representação sindical seconfunde
com
a estruturada
empresa;
-
O
sistemade
inter-relação entreempresas
éde
subordinaçãodas
empresas menores
em
relação asmaiores na
cadeia produtiva.Segundo
Costa
(2000), para alcançar a eficiência, oprocesso é
organizado
sob
dois pilares básicos: aautonomação
e o just-in-time.O
vocabulário
autonomação
éuma
combinação
de
dois outros:autonomia
eautomação. “No
sistema just-in-time as matérias-primaschegam
à linhade
produção ou aos
postosde
trabalhoapenas
no
momento
em
que
forem
solicitadas” (Cário, 2002).
O
novo
processo produtivo toyotista estabeleceum
relacionamentomenos
hierárquico,com
maior envolvimentodo
trabalhador.Além
disso, oprocesso mais apurado
precisa agorade
um
trabalhomais capaz e
participante.
O
trabalhador é o responsável direto por aquiloque
produz, porisso
passa
a primar pela qualidadedo
processo final.2.3.2
Empresa
Flexível e aTecnologia
da
Informação
A
tecnologiada
informação e as inovações organizacionaissão
osprincipais pilastes
ou fundamentos do novo padrão
produtivodas
empresas
flexíveis.
A
empresa
flexível,segundo
Costa
(1995),tem
característicasde
produção de
pequenos
lotesde
produtos diversificados,com
mão
de
obrade
extrema
qualidade.O
maquinário é universalde programação
rápida, asempresas
são pequenas, médias ou grandes conectadas
por rede,automatizadas e flexíveis,
sua
localização éem
distritos industriais.A
flexibilidade e a agilidadede
alterar linhasde produções são
fatoresdeterminante
nesse novo
tipode empresa.
“Assim, a especialização flexívelseria o
caminho capaz de
reestruturar os sistemas produtivos,adequando-o
ao
novo ambiente econômico.
Seria “a volta"ao
artesanato, agorasob
novas
bases,
dado
que
o “novo” trabalhador apresentaria multiqualificações,com
às
mudanças
no
processo produtivo, fabricando produtos variados paraatender a
uma
demanda
de mercado
fragmentada
e cambiante”(Costa, 1995,D9 17).
A
nova
empresa tem
acapacidade de
fabricar produtos diversos, criarnovas
demandas,
atender a váriasnecessidades
de
consumo,
num
ambiente
altamente competitivo.
“Em
suma,
a competitividadenão
advém
simplesmente
da
"dotaçãode
fatores e recursos” edos seus
preços relativos, muitoembora
esta
possa
(e deva) valer-sedessas
condições,mas
resultade
estratégiasempresariais deliberadas
do
investimento,baseada
na
capacitação tecnológicaendógena
e sistêmica,...."(Coutinho, 1992, pg 81).A
partirdos anos 80
até os dias atuais,segundo
Cário; Pereira eSouza
(2002), o
novo padrão
de
produção
baseia-seem
inovaçõesda
microeletrônica, tecnologia digitale tecnologia
da
informação.No
plano atual alógica
da produção
está voltada para as informações, os conhecimentos,economias
de
custos ede
recursos. “Neste contexto, o processo produtivofundamentado
na eletromecânica, atravésda
automação
dedicada, repetitiva enão
programável, é substituído por outrosistemanbaseado
na microeletrônicaexpressa
pormecanismos
digitalizados e dirigidos porcomputadores
com
qualidade
de programar
o processode
produção" (Cário, Pereirae
Souza,2002;'
A
estrutura produtiva/baseada
nasnovas formas de
automação
e
microeletrônica permite
de maneira
rápida e ágil amudança
da
inteligênciadas
máquinas,
tornando possível reprogramar para diferentesseqüências
de
TABELA
2: Comparação das principais caracteristicas dos dois últimosparadigmas tecnológicos.
Paradigma Fordismo .
Inicio e término 1920/30 a 1970/80
Principais inovações Motores á explosão, prospecção,
técnicas extração e refino de petróleoe
minerais e produção de derivados
Principais inovações Sistema de Produção
em
massa,organizacionais fordismo, automação.
LÓgica de produção Intensiva
em
energia e materiaisquanto ao uso de
fatores-chave
Padrão de produção Aumento significativo da oferta de
preponderante bens e sen/iços, padronização, hierarquização,
departamentalização, veloz
obsolescência de processos e
produtos, cultura do descartável,
concorrência individual e formaçao
de carteis
Setore alavancados Industria de automóveis,
de crescimento Infra-estrutura Outra áreas crescendo rapidamente Principais setores atingidos negativamente pelas mudanças, sofrendo importantes transformações Forma de intervenção e políticas governamentais
caminhões, tratores e tanques,
indústria petroquímica, indústria
aeroespacial, indústria de bens
duráveis
Auto-estradas, aeroportos
Microeletrónica, energia nuclear,
fármacos, telecomunicações
Setores produtores de materiais
naturais (madeira, vidro e outros
de origem vegetal e mineral),
formas e vias de transporte
convencionais (navegação)
Controle, planejamento,
propriedade, regulação, e welfare
state
Fonte: Lastres e Ferraz (1999)
. MM.. .,.,..=. , M ... »_. ., ...M ,A
Tecnologias da Informaçao 1970 a ?
Microeletrônica, tecnologia digital,
tecnologias da informação.
Computadorização,
sistematização e flexibilização;
interligações
em
redes, justi-in-time, inteligência competitiva, etc Intensiva
em
informação e conhecimento, preservaçãoambiental e de recursos
Transmissão e acesso rápido a
enormes volumes de informação,
customização,interligação
em
redes, cooperativismo, aceleração
da obsolescência de processos,
bens e serviços, experiências
virtuais, aceleração do processo
de globalização sob dominio do
oligopólio mundial
com
hegemoniedos
EUA
Informática e telecomunicações,
equipamentos eletrônicos, de telecomunicações e robótica,
serviços de informação e outros
tele-sen/iços
Info-vias, redes, sistemas e
softwares dedicados
Biotecnologia, atividades
espaciais, nanatecnologia
Setores intensivos
em
energia,minerais e outros,. Recursos não-
renováveis (geologia, mineração e
produção de materiais convencionais), meios de comunicação tradicionais (correios, telefone) Monitoração e orientação, coordenação de informação e de
ações, promoção de interações,
desregulação e nova regulação,
TABELA
3: Introdução Processos Produtivos Processos contínuos rigidamente integrados Processos de automação discretos - interrompíveis Processos de automaçãofragmentados dominados por
linha de montagem
Porcesos de produção tipo
manufatureiro artesanal
Fonte: Coutinho (1992)
da Microeletrônica nos Processos Produtivos
Impactos Principais ‹
Absorvem controladores
lógicos programáveis,
sensores e medidores digitais com sistemas computadorizados de controle. Introdução maciça de controladores lógicos programáveis e de outros
equipamentos sob comando
de computadores
Substituição de cretos
segmentos repetitivos de
operações manuais por robôs dedicados
Introdução de comandos
numéricos e comandos
numéricos computadorizados
nas máquinas operatrizes
, ,... _ .. .,.._. .M ... ..
ñ -
Efeito 5 '
1-.Ã '
Otimização parcial ou global
dos sistemas
Programação otimizada da
produção parcial ou total
Maior rendimento das suas
economias de escala
Superação de processo de
produção mecânico-artesanal
pela automação programável
Juntamente
com
as inovações tecnológicashouve
também
inovaçõesorganizacionais e
de
gestão,baseados na
cooperação, autodisciplinae
auto-aperfeiçoamento procurando maximizar o
desempenho
do
trabalhoe
melhorara troca
de
informações entre setores. Técnicas desenvolvidas, taiscomo:
controle
de
qualidade, célulade
produção, qualidade total,redução
do
set-up,58,
kamban,
sistema just-in-time.Com
todo o aparato tecnológico e organizacional absorvido pelasempresas,
o trabalhadortambém
teveque
se modernizar.Não
hámais espaço
para o trabalhador especialista,
de
apenas
uma
função. Hoje o nívelde
qualificação
tem que
ser elevado, o trabalhadortem
que
ter visão sistêmicado
processo produtivo, treinamento constante, varias formações, facilidades
na
escrita,
boa
imposição oral,conhecimento
cientifico,capacidade de
resolverproblemas
e
assumir responsabilidades, etc.A
dinâmicado
trabalho foialterada, para
acompanhar
a dinâmicado
processo produtivo.“Espera-se,
com
resultado, contribuir para aformação de
trabalhadoresexistentes
em
diferentes funçõesdo
processo produtivo, posto que,no
contextodo paradigma
atual, requer-sedo
trabalhadorcapacidade de
executar tarefas,estabelecer conexões, conceituar variáveis, atuar
em
equipe, assumir riscos,ser sensível às
mudanças,
etc” (Cario; Pereira e Souza, 2002). Hoje,como
não
poderia deixar
de
ser, devido, sobretudo à dinâmicado
mercado,
asempresa
estão voltadas as inovações,
buscando ações
de P&D,
qualificação técnica,recursos, qualificaçao
de
pessoal, entre outras. Projetandoassim
uma
maiorlucratividade e principalmente
manter
a liderançade mercado.
2.4
Competitividade
A
competitividade hoje éum
tema
bastante explorado por economistas,administradores, empresários, e outros.
O
interesse sedá
sem
sombra de
dúvida, devido
ao
tema
estar diretamente ligadoao
desempenho
das
empresas,
indústrias,e da
economia.A
nova
fase vivenciada pelaeconomia
mundial, através
da
globalização, traz aindamais
a tona este tema.Apesar de
extremamente
debatido, o conceitode
competitividadeé
muito
amplo
ecada
autortem
uma
definiçãoquase que
pessoal. Portantohá
muitas definições e enfoques.
Na
visãoNeo-Schumpiteriana
a concorrência édada
atravésda ação
entre asempresas
visando o lucro,dando
ênfasepermanente aos
esforços inovadores. Portanto, competitividadepressupõe
capacidade
inovadora.Então
as condições tecnológicas, produtivas ede
mercado, são de extrema
importância para o desenvolvimento competitivode
uma
empresa.
A
competitividade,segundo
Kupfer, é a “capacidadeda
empresa
formular e implementar estratégias, concorrências,
que
lhepermitam
ampliarou
conservar,de forma
duradoura,uma
posição sustentávelno mercado"
(Kupfer,
pág
3, 1997).Apesar de
amplo, o conceitode
competitividadeconverge
paraduas
familias, à competitividade
como desempenho
e acomo
eficiência.A
mercado
(market-share) alcançada poruma
firmaem um
mercado
em um
momento
do tempo”
(Kupfer, 1991,pag
5). Já a competitividadecomo
eficiência
é
uma
forma
de
traduzir “a competitividade atravésda
relaçãoinsumo/produto praticada pela firma, e
na capacidade da
empresa de
converterinsumos
em
produtoscom
omáximo
de
rendimento” (Kupfer,1991,pág
5).,Para
o primeiro tipode
competitividade, as posições competitivasdas
empresas
serão definidas pelademanda
de mercado, sancionando ou não
asações
produtivas, comerciais ede
marketing.No
segundo
tipo, aempresa
define a
sua capacidade
competitiva,na
medida que
escolhesuas
técnicasgerências, financeiras, comerciais e tecnológicas. Basicamente, a
competitividade por eficiência é
dada
pelomáximo
de
rendimentoque
aempresa consegue
transformandoinsumos
em
produtos.O
domíniodas
técnicas produtivas faz a
empresa
competircom
mais
eficiênciano mercado,
fazendo
com
que
elamesmo
seja a responsável porsua capacidade
competitiva. A
A
eficiência produtivadepende
da
capacitação competitivada
empresa,
que
porsua vez
vai definir oseu
desempenho
no mercado.
A
estratégiacorretamente definida para o
mercado, ao
qual aempresa
está inserida,definirá a
sua capacidade
competitiva.Kupfer coloca
que
há alguns fatoresque
determinam
a competitividadede
uma
empresa,
os fatores empresariais, os fatores estruturaise
os fatoressistêmicos.
Dependendo
de
como
forem trabalhadosesses
fatoresdeterminantes, a
empresa
poderá
sermais ou
menos
competitivas.2.4.1
Fatores
Determinantes
da
Competitividade
Os
fatores empresariaissão
os fatores internos àempresa, ou
seja, aempresa tem
condições plenasde poder de
decisão.São
condutas
tomadas
através
da
eficáciada
gestão, capacitação tecnológica e capacitação produtiva.Os
fatores estruturaissão
aqueles referentesao complexo
industrial,e
portanto, a
empresa
tem
uma
capacidade
de
inten/ir limitada, pelo processode
competitivo,
assumindo
àsvezes
característicasde
oferta edemanda,
etambém
a influência extramercado.Os
fatores sistêmicossão
aquelesque
aempresa tem
pouco ou
nenhuma
possibilidadede
intervir decisoriamente.São
eles:macroeconômicos,
político-institucionais, legais-regulatórios, infra-estruturais, sociais
e
internacionais.
2.4.1. 1 Fatores Empresariais
Os
fatores empresariais “dizem respeitobasicamente ao estoque
de
recursos
acumulados
pelaempresa
às estratégiasde
ampliação desses
recursos por elas
adotados
em
termo das suas
quatro áreasde
competência”(Kupfer,
pág
11, 1997).TABELA
4: Quatro áreas de competência dos Fatores Empresariais1 " H ~ H ` J f šsiGeSÊa°_zéÉ , ~ MW Marketing _ Produto ` Produtividade ' ' Atualização de .
Serviços pós-venda Processo V
'
Qualificação
eqmpamemos
`Finanças Transferência de Flexibilidade ' Técmças, _
Admimstração TeCnO|°g¡a organizacionais
. _ Qualidade
Planejamento
Fonte: Kupfer (1997)
A
Gestão
Competitiva é anova
configuraçãode empresa
eficiente.Tendendo
a diminuiçãodos
níveis hierárquicos decisórios, atomada de
decisão
passa
para o interiordas
cadeiasde
comando. Assim
sepode
evitaras
perdas
de
tempo
entre a decisão e a ação.As
informaçõesespalham-se
pelaempresa,
atravésda
microeletrônica.A
empresa
aproxima-sede
seus
fornecedores e clientes, para trocar várias informações pertinentes a
seus
produtos e/ou serviços.
Resumindo,
aempresa
deve
facilitar o fluxode
informações dentro e fora dela, utilizando-se disso para melhorar
seus
processos
econseqüentemente sua
competitividade.A
empresa
sópoderá
ser competitiva se assuas
estratégias estiverem(P&D),
devem
ter importânciana empresa,
bem
como
as alianças tecnológicase outras
formas de
associações para a inovação.As
grandes
transformações tecnológicas atuais fizeramcom
que
aqualidade
dos
produtos, a flexibilidade e a rapidezde
entrega, juntamentecom
a racionalização
dos
custosde
produção, setornassem
fortesarmas
utilizadaspara a
competição
entre asempresas.
As
novas
estruturas organizacionaisadotadas
visam, sobretudo à capacitação produtivadas empresas, gerando
métodos
parauma
produção
com
qualidadeextremamente
aprimorada.Em
relaçãoaos Recursos
Humanos,
é necessário, por partedas
empresas,
uma
constantemente
reformulaçãono
relacionamentocom
seus
empregados,
visando introduzircomportamentos
que melhorem
a qualidadedos
produtos e/ou sen/iços.A
motivaçãoda
forçade
trabalho éum
dos maiores
desafios
das empresas, fazendo
com
que seus.empregados
co-participemdo
ambiente
competitivoem
que
estão inseridos.As
empresas modernas
valorizam
sempre
acapacidade
criativa e a rapidezna
resoluçãode problemas
por parte
de
seus empregados.
Também
éde extrema
importância acapacitação
da
forçade
trabalho (exigindo muito treinamento). Portanto, torna-se necessário investir
na
mão-de-obra, paraque
uma
empresa
tenha poderiocompetitivo. -
2. 4. 1.2 Fatores Estruturais
Os
fatores estruturais estão relacionadosao padrão de
concorrênciade
cada
indústria esuas
especificidades setoriais.Nesse
caso, a regulaçãoda
concorrência entre as
empresas
de
uma
mesma
indústria sedá conforme
oambiente
competitivoem
que
se enfrentam.Esse ambiente
competitivo, porsua
vez, é influenciado diretamente pelas característicasda
leida
oferta ada
procura (mercado) e pela influência
das
instituições públicasou
não
(extramercado),
conforme
Figura 1.O
mercado,
o regimede
incentivos, a rivalidade entre asempresas,
ograu
de
exigênciado
consumidor, a configuraçãoda
indústria,são
fatoresFIGURA
1:O
Triangulo da Competitividade EstruturalMERCADO
- Tamanho e dinamismo - Grau de sofisticação - Acesso a mercados internacionaisCONFIGURAÇÃO DA
INDÚSTRIAREGlME DE
lNCENTlVOS_EREGULAÇÃO
DA
CONCORRENCIA
- Desenho e capacitação
`
f , H
- Estrutura patrimonial e produtiva -Amparo legal
- Articulação na cadeia --Politica fiscal e.financeira ¿
- Política comercial ,
- Papel do Estado
Fonte: Kupfer (1997)
2. 4. 1.3 Fatores Sistêmicos
Os
fatores sistêmicossao
aquelesque
constituem externalidades paraas
empresas
produtivas,são
os parâmetrosdo
processo decisório,ou
seja,servem de
balizadores para atomada
de
decisãodas empresas.
Segundo
Kupfer
são
eles:-
Macroeconômicos:
taxade
câmbio, carga tributária, taxade
crescimento
do
produto interno, ofertade
crédito e taxasde
juros,política salarial e outros parâmetros.
- Politico-institucionais: politica tributária, politica tarifária, apoio fiscal
ao
risco tecnológico,poder
de
compra
do
governo.I Legais-regulatórios: políticas
de
proteção à propriedade industrial,de
preservação ambiental,
de
defesada
concorrência e proteçãoao
consumidor;
de
regulaçãodo
capital estrangeiro.- Infra-estruturais: disponibilidade, qualidade e custo
de
energia,transportes, telecomunicações,
insumos
básicos e serviçosengenharia, consultoria e projetos; metrologia, normalização
e
qualidade).
- Sociais: sistema
de
qualificaçãoda mão-de-obra (educação
profissionalizante e treinamento), políticas
de
educação
eformação
de
recursoshumanos,
trabalhistas ede
seguridade social.- Internacionais: tendências
do
comércio mundial, fluxos internacionaisde
capital,de
investimentode
risco ede
tecnologia, relaçõescom
organismos
multilaterais,acordos
internacionais.Os
fatores empresariais e sistêmicosde maneira
geral influenciamos
diversos setores industriais,
enquanto
os fatores estruturais afetammais
especificamente
cada
setor industrialdependendo
de suas
particularidades.2.5
Síntese conclusiva
A
reestruturação fabril evoluiucom
a própria evoluçãodas
empresas
e
do
trabalho.Essa
dinâmica modificou toda a estruturado
trabalho, alterando oritmo fabril
como
um
todo.O
própriomercado
competitivo, determinamudanças
nas
empresas
e na organizaçãodo
trabalho.Mercados
mais
competitivosacirram os
embates
entre asempresas,
que
porsua vez
buscam
maneiras
de
tornarem-se
mais
competitivas.A
competição, portanto determina as característicasdos mercados, e
anecessidade
de
aprimoramento
técnico/organizacionaldas
empresas
nelecontidas.
A
busca
constante pelo autodesenvolvimento geramudanças
hoje,TRAJETÓRIA
HISTÓRICA
E
DE
DESENVOLVIMENTO DA
ECT
3.1
Antes da
criação
da
ECT
no
Brasil:da
Colônia
à
Republica
Os
serviçosde
entregade
correspondência surgiram jáno
Brasil colônia,as
embarcações
portuguesas traziam elevavam
as cartas,como
um
favor.A
distribuição
das
cartasem
território brasileiro era efetuada por portadoresocasionais,
sem
qualquer segurança.Em
1663 é
instituído para o cargode
correio-mor
Bartolomeu Fragoso
Cabral,na
Bahia e AlferesJoão
CavaleiroCardoso,
na
capitaniado
Riode
Janeiro,porém
as condiçõesdos
serviçoseram
precáriase não
funcionaram. Pordeterminação do governo
português,em
1798
institui-se oficialmente os correios marítimos para o Brasil.Juntamente foram
criados os correios interioresna
Colônia,com
intuitode
facilitar as trocasde
informações entre as capitanias. Foi nestemomento
que
nascia a organização técnica
dos
serviços postais brasileiro.Sendo
criado, porexemplo, as caixas postais, o ofício
de
carteiros distribuidores, regularizaçãodas
taxas e serviçosde
registrados, e entrega domiciliar.Com
achegada da
família realao
Brasil, tratou-se logode
reorganizaros correios
da
Colônia. Foiaprovado
em
1808
o primeiro regulamento postaldo
Brasil,
com
regrasde
recebimento eexpedição de
correspondência, dentreoutras.
Em
1809,com
aexpansão dos
correios marítimos, foram fixadosserviços postais entre o Rio
de
Janeiroe
São
Paulo.O
transporte terrestretambém
se ampliou,e passou
a ser feito atravésde
cavalos e por diligências.Ligando por