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Avaliação funcional do reparo artroscópico da lesão do manguito rotador em pacientes com pseudoparalisia.

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(1)

w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

Original

Avaliac¸ão

funcional

do

reparo

artroscópico

da

lesão

do

manguito

rotador

em

pacientes

com

pseudoparalisia

Alberto

Naoki

Miyazaki,

Marcelo

Fregoneze,

Pedro

Doneux

Santos,

Luciana

Andrade

da

Silva,

Guilherme

do

Val

Sella

,

Douglas

Lobato

Lopes

Neto,

Melvis

Muchiuti

Junior

e

Sergio

Luiz

Checchia

DepartamentodeOrtopediaeTraumatologiadaFaculdadedeCiênciasMédicasdaSantaCasadeSãoPaulo,SãoPaulo,SP,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem18demarçode2013 Aceitoem16deagostode2013

Palavras-chave:

Paralisia

Manguitorotador/lesões Articulac¸ãodoombro/cirurgia

r

e

s

u

m

o

Objetivo:avaliaroresultadofuncionaldoreparoartroscópicodaslesõesdomanguitorotador empacientescompseudoparalisia,definidacomoincapacidadedeelevac¸ãoativadobrac¸o acimade90◦,comelevac¸ãopassivacompleta.

Métodos:reavaliamos38pacientescommédiadeseguimentode51meses(mínimode24). Analisamosataxadereversãodapseudoparalisiaeoresultadofuncionalobtido.

Resultados:peloscritériosdeavaliac¸ãodaUniversidadedaCalifórniaemLosAngeles(Ucla), 31(82%)pacientestiverambonseexcelentesresultados;dois(5%)resultadosregularese cinco(13%)ruins.Amédiadaelevac¸ãoativapassoude39◦nopré-operatóriopara139no

pós-operatório(p<0,05),amédiadarotac¸ãolateralativapassoude30◦para48(p<0,05)e

amédiadarotac¸ãomedialativapassoudonívelL3paraoT12(p<0,05).

Conclusão:oreparoartroscópicodaslesõesdomanguitorotadorproporcionoubonse exce-lentesresultados em 82%dos casose umamelhoria, estatisticamentesignificativa, da amplitudedemovimento(ADM)ativa,comreversãodapseudoparalisiaem97,4%doscasos. É,portanto,umaboaopc¸ãodetratamento.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.

Functional

evaluation

of

arthroscopic

repair

of

rotator

cuff

injuries

in

patients

with

pseudoparalysis

Keywords:

Paralysis

Rotatorcuff/injuries Shoulderjoint/surgery

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective:toevaluatethefunctionalresultfromarthroscopicrepairofrotatorcuffinjuries inpatientswithpseudoparalysis,definedasincapacitytoactivelyraisethearmabove90◦,

whilecompletepassiveelevationwaspossible.

Methods:wereevaluated38patientswithameanfollow-upof51months(minimumof24). Weanalyzedthepseudoparalysisreversionrateandthefunctionalresultobtained.

Results:accordingtotheassessmentcriteriaoftheUniversityofCaliforniainLosAngeles (UCLA),31(82%)patientshadgoodandexcellentresults,two(5%)hadfairresultsandfive

TrabalhorealizadonoGrupodeOmbroeCotovelodoDepartamentodeOrtopediaeTraumatologiadaFaculdadedeCiênciasMédicas daSantaCasadeSãoPaulo,PavilhãoFernandinhoSimonsen.

Autorparacorrespondência.

E-mail:guilton@ig.com.br(G.V.Sella).

0102-3616/$–seefrontmatter©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitosreservados.

(2)

(13%)hadpoorresults.Themeanactiveelevationwentfrom39◦beforetheoperationto

139◦aftertheoperation(p<0.05);themeanactivelateralrotationwentfrom30to48(p<

0.05)andthemeanactivemedialrotationwentfromlevelL3toT12(p<0.05).

Conclusion:arthroscopicrepairofrotatorcuffinjuriesproducedgoodandexcellentresultsin 82%ofthecasesandastatisticallysignificantimprovementofactiverangeofmotion,with reversionofthepseudoparalysisin97.4%ofthecases.Itisthereforeagoodtreatmentoption. ©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.

Introduc¸ão

Omanguitorotadortemcomo func¸õesestabilizaracabec¸a doúmerodentrodacavidadeglenoidalerodaroúmeroem relac¸ãoà escápula.1 O músculo supraespinaléresponsável peloarcodemovimentodeelevac¸ãodoombronosprimeiros 10◦a15e,juntamentecomosmúsculosinfraespinal,redondo

menoresubescapular,opõe-seàforc¸adomúsculodeltoide, quetendeadeslocaracabec¸adoúmeroparacimadurante omovimentodeelevac¸ão.2,3 Aslesõesdomanguitorotador podemlevaràperdadessasfunc¸õese,consequentemente,à dorcrônica,fraquezaeincapacidadefuncional.4

Apseudoparalisiaporlesãodomanguitorotador (PLMR) é definida por alguns autores5–7 como a incapacidade da elevac¸ãoativadobrac¸oacimade90◦,commobilidadepassiva

normaldoombro.Essedéficitnaelevac¸ãoativaestá associ-adoalesões,usualmentegrandesouextensas,domanguito rotador.8,9Osresultadosdoreparodomanguitorotadordas lesõesgrandesouextensassãogeralmenterelatadosna litera-turacomosatisfatórios.10–12Contudo,arecuperac¸ãofuncional dopacientecomPLMRsubmetidoaoreparocirúrgico artros-cópicoaindaépoucoconhecida.

Oobjetivodestetrabalhoéavaliaroresultadodoreparo artroscópico da lesão do manguito rotador dos pacientes PLMR.

Casuística

e

métodos

Entrejaneirode1996eoutubrode2011foramoperados,pelo GrupodeOmbroeCotovelodoDepartamentodeOrtopedia eTraumatologiadaFaculdadedeCiênciasMédicasdaSanta Casade SãoPaulo, por via artroscópica, 38 pacientes com PLMR.

Foramincluídostodososcasoscomessascaracterísticas eexcluídosospacientescomlesãodomanguitorotadorsem paralisiaouoscasoscomseguimentomenordoque24meses. Eramdosexomasculino21pacientes(55%);aidadevariou de49a81anos(médiade68);omembrodominantefoi ope-radoem30.Todos,excetoum,referiramepisódiodetrauma bemdefinidonaarticulac¸ãoounoesforc¸omuscular,quelevou àperdadaelevac¸ãoativadomembroafetado.Otempo decor-ridoentrealesãoeotratamentocirúrgicovarioudedoisa740 dias,commédiade83.Nenhumpacientehaviasido subme-tidoàcirurgiaprévianoombroafetado(tabela1).

A amplitude de movimento ativo no período pré--operatório, mensurada de acordo com a padronizac¸ão da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos (AAOS),13 varioude0◦a90deelevac¸ão(médiade39),0a80derotac¸ão

lateral(médiade30◦)erotac¸ãomedialentreotrocantermaior

eT7(médiaemL3)(tabela2).

Aconfirmac¸ãodalesãodomanguitorotadorfoifeitaem todosospacientespormeioderessonânciamagnética(fig.1). Todos os pacientes foram submetidos ao procedimento cirúrgicoemposic¸ãode“cadeiradepraia”,sobanestesiageral associadaabloqueioanestésicodoplexobraquial.Fizemos inspec¸ãoartroscópica daarticulac¸ão antesdareparac¸ãodo manguitorotador.Emseguida,foi abordadooespac¸o suba-cromial,comdesbridamentobursal,mobilizac¸ãodostendões ecruentizac¸ãodoleitoósseodacabec¸adoúmero,seguidos peloreparodalesãodomanguitorotador(fig.2).Foram encon-tradas10lesõesgrandese28extensas,conformeclassificac¸ão propostaporCofield8(fig.3).Emrelac¸ãoaostendões acometi-dos,26pacientestinhamlesõesdosupraespinaleinfraespinal e12 dosupraespinal,infraespinal esubescapular.Nenhum pacientetinhalesãoisoladadeapenasumtendão(tabela1). Emrelac¸ãoaotendãodacabec¸alongadomúsculobíceps bra-quial,foramfeitas12tenotomias,setetenotomiasassociadas atenodeseeemsetepacientesestava ausente.A acromio-plastiafoifeitaem32dos38pacientes.Aressecc¸ãodaporc¸ão lateraldaclavículafoifeitaemoitodos38pacientes.Em nos-soscasosfoiusadosomaterialdaArthrex®.

Noperíodopós-operatórioospacientes foram imobiliza-dosporseissemanasemumatipoiaemabduc¸ãoerotac¸ão neutra.Apósesseperíodo,ousodatipoiafoiinterrompidoe aelevac¸ão,arotac¸ãolateralearotac¸ãomedial,tantoativas quanto passivas, foram permitidas. Aos quatro meses de pós-operatórioofortalecimentomuscularfoiiniciado(fig.4).

Figura1–Imagemderessonânciamagnéticadoombro

direito,cortecoronalquemostralesãoextensado

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Tabela1–Dadosdospacientes

N◦ Sexo Idade(anos) Dominância T (dias)

Seguimento (meses)

ADMativapré-op EL,RL,RM

Tendão Tamanho ADMativa pós-opEL,RL,RM

Ucla

1 F 75 + 21 24 50,45,T7 SE+IE G 130,45,T7 16

2 F 61 - 7 24 80,40,T7 SE+IE G 140,45,T12 31

3 M 68 + 2 35 30,45,L2 SE+IE EXT 140,30,T12 32

4 F 71 + 4 74 0,30,L5 SE+IE EXT 140,30,T10 18

5 M 72 + 30 116 80,45,L3 SE+IE EXT 150,45,L1 32

6 F 78 - 7 65 0,0,L3 SE+IE EXT 150,60,L1 34

7 F 81 + 30 26 60,30,T7 SE+IE EXT 140,40,T7 34

8 F 73 + 20 49 0,30,TR SE+IE+SUB EXT 150,60,L3 34

9 F 76 + 3 48 0,10,L5 SE+IE+SUB EXT 130,60,L1 34

10 F 75 + 20 38 80,30,L1 SE+IE+SUB EXT 120,40,L1 10

11 M 72 + 4 72 30,60,GL SE+IE EXT 160,60,T8 34

12 M 60 + 14 94 45,30,L3 SE+IE EXT 150,45,T10 34

13 M 67 - 14 45 30,10,T7 SE+IE+SUB EXT 150,60,T8 34

14 M 64 + 7 87 0,30,L3 SE+IE+SUB EXT 150,45,L1 32

15 F 67 + 30 74 60,0,T8 SE+IE EXT 140,45,L1 34

16 F 81 + 3 26 45,20,T7 SE+IE+SUB EXT 45,30,T7 15

17 F 79 + 10 25 80,0,T10 SE+IE EXT 150,60,L1 29

18 F 79 - 4 24 30,30,L1 SE+IE EXT 150,45,L1 32

19 M 62 + 45 75 90,60,L1 SE+IE G 150,60,L1 34

20 M 66 + 60 73 30,60,L5 SE+IE G 140,60,L1 34

21 M 74 + 1 29 30,0,T7 SE+IE EXT 120,20,L1 33

22 M 49 + 740 26 80,50,GL SE+IE+SUB EXT 140,60,L3 33

23 M 74 - 14 56 0,0,T7 SE+IE G 150,50,T7 34

24 M 68 + 15 51 60,0,L1 SE+IE G 150,45,L5 34

25 M 56 + 15 25 70,20,L1 SE+IE+SUB EXT 150,50,T7 34

26 F 79 + 30 53 80,60,T7 SE+IE EXT 120,45,L2 29

27 F 69 + 4 50 30,80,T12 SE+IE EXT 120,80,T12 34

28 M 65 + 32 24 60,45,L3 SE+IE EXT 150,45,L1 34

29 M 71 + 30 33 20,70,L3 SE+IE+SUB EXT 150,60,T8 32

30 M 70 - 20 37 0,60,T10 SE+IE EXT 120,60,L1 34

31 M 81 + 15 24 0,0,T8 SE+IE+SUB EXT 150,45,L1 32

32 M 55 + 10 24 0,0,T7 SE+IE G 150,45,T7 32

33 M 74 + 60 25 30,0,T10 SE+IE EXT 150,0,T8 32

34 M 74 + 60 26 80,80,L5 SE+IE+SUB EXT 150,60,T10 34

35 M 53 - 2 24 0,80,T10 SE+IE G 160,60,T10 34

36 F 72 + 150 45 70,45,T7 SE+IE G 120,45,T7 27

37 F 57 - 600 26 90,35,T10 SE+IE+SUB EXT 120,45,T9 19

38 F 62 + 330 48 90,20,GL SE+IE G 140,50,T9 22

T,tempoentreodiagnósticoeaoperac¸ão;ADM,amplitudedemovimentomedidaemgraus;Pré-op,pré-operatória;EL,elevac¸ão;RL,rotac¸ão lateral;RM,rotac¸ãomedial;Tendão,tendõesacometidosverificadosnointraoperatório;Pós-op,pós-operatória;SE,supraespinal;IE,infraespinal, SUB,subescapular;EXT,extensa;G,grande;T,medidaconformealturadavértebratorácica;L,medidaconformeaalturadavértebralombar; GL,medidaconformeaalturadoglúteo;Ucla,pontuac¸ãonaescaladaUniversidadedaCalifórniaemLosAngeles.

Fonte:Arquivosmédicosdohospital.

Tabela2–Mobilidadepréepós-operatóriadospacientes

ADMativa pré-op(média)

ADMativa pós-op(média)

mobilidade

EL 39 139 100

RL 30 48 18

RM L3 T12 3níveis

ADM,amplitudedemovimento;Pré-op,pré-operatório;Pós-op, pós--operatório;mobilidade,diferenc¸aentreaADMativapós-ope ADMativapré-op.

Fonte:Arquivosmédicosdohospital.

Osresultadosforamavaliadossegundo ométododa Ucla14 ea amplitude de movimentofoi medida de acordo com a padronizac¸ãodaAAOS.13

Paraavaliac¸ão estatísticafoi usado o testetde Student eforam analisadas asmédias easderivac¸ões-padrão para

as variáveis elevac¸ões, rotac¸ãolateral erotac¸ão medialdo períodopré-operatórioepós-operatório,comonívelde sig-nificânciade5%(p<0,05).

Otempodeseguimentodestespacientesvariouentre24e 116meses(médiade51).

Resultados

Amédiadaelevac¸ãoativanoperíodopós-operatóriofoide 139◦ (variac¸ãode45a160)(p< 0,05),amédiadarotac¸ão

lateralfoide48◦(variac¸ãode0a80)(p<0,05)eamédiada

rotac¸ãomedialfoiaonívelda12avértebratorácica(variac¸ão dosacroaT7)(p<0,05)(tabela2).

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Figura2–Imagemcirúrgicaartroscópica,visão

subacromial,quemostracompletofechamentodeuma

lesãoextensadomanguitorotador.

bons,dois(5%)regularesecinco(13%)ruins.Doscincocasos consideradosruins,apenasumprecisouserreoperado.

Discussão

A PLMR está associada à impossibilidade de fazer gestos simplesdocotidiano,como levaramãoàboca,escovaros dentes epentearo cabelo,porcausadaperda da elevac¸ão ativadobrac¸o.Asopc¸õesdetratamentoparaa pseudoparali-siaincluemofortalecimentodaporc¸ãoanteriordodeltoide anterior,15 a artroplastia total reversa associada ou não a transferência muscular,6,7 o reparo da lesão do manguito rotador10,16eatransferênciadomúsculograndedorsalparao tubérculomaior.17

Levyetal.15avaliaramprospectivamente17pacientescom lesõesextensaseirreparáveisdomanguitorotadortratados comumprogramadereabilitac¸ãodaporc¸ãoanteriordo mús-culodeltoideporcausada faltadecondic¸ões clínicas para seremsubmetidosaotratamentocirúrgico.Amédiadeidade foide80anos.Aelevac¸ãoativaaumentoude40◦ para160

Figura3–Imagemcirúrgicaartroscópica,visão

subacromial,quemostraumalesãoextensadomanguito

rotador.

Figura4–Imagemclínicadeumpacienteapósa

reabilitac¸ãofuncional.

apósoprogramadereabilitac¸ão,comumsegmentomínimo denovemeses.Entretanto,aforc¸amuscularnãomelhorou.

Gerber et al.17 propuseram a transferência do músculo grandedorsalparaotubérculomaiorcomoopc¸ãode trata-mentoparaospacientescomlesõesextensaseirreparáveis domanguitorotador.Nessespacientes,amédiadaelevac¸ão antesdacirurgiaerade62◦epassoupara150apósa

transfe-rênciamuscular.

Outrosautores indicama artroplastiatotal reversapara os pacientes comPLMR.Werner et al.7 relataram ouso de artroplastiatotalreversaem58pacientescomumsegmento médiode38meses.Desses,17nãotinhamcirurgiaspréviasno ombroeaelevac¸ãoanteriorativaaumentoude43◦para103

(p<0,001).Entretanto,astaxasdecomplicac¸õesdesseestudo foramaltas(50%).Boileauetal.6avaliaramprospectivamente 11 pacientesqueapresentavamPLMRassociadaaperda da rotac¸ãolateralativaqueforamsubmetidosaartroplastiatotal reversaassociadaàtransferênciamusculardograndedorsal edoredondomaior.Aelevac¸ãoanteriorativaaumentoude 70◦para148;arotac¸ãolateralaumentoude

(5)

Consideramos que o reparo artroscópico das lesões do manguitorotadorempacientescomPLMRtemmenortaxade complicac¸õesquandocomparadocomastaxasverificadasnas artroplastiastotaisreversasdoombro.Observamostambém quehouveumamelhoriasignificativadetodosos movimen-tosdoombroedaelevac¸ãoedarotac¸ãolateralemedialapós oreparodalesãodomanguitorotador(tabela2).

Maisrecentemente,Ohetal.10mostraramumataxade76% dereversãodapseudoparalisiaem29pacientes.Elesnão con-sideraramcomocontraindicac¸ãoparaoreparoadiminuic¸ão dointervaloentreo acrômioeoúmero eainfiltrac¸ão gor-durosadostendõesdomanguitorotador.Elesrecomendaram comoprimeiralinhadetratamentooreparoartroscópico pri-márioparaospacientescomPLMRsemaartropatiaporlesão domanguitorotador.

Denardetal.16relataramumataxade90%dereversãoda pseudoparalisiaempacientessubmetidosaoreparo artroscó-picoprimáriodalesãodomanguitorotadoremumgrupode 39pacienteseumataxade43%dereversão,emoutrogrupo de14pacientes,queforamsubmetidosarevisãoda rerrup-turadomanguitorotador.Nossoestudocorroboraosdados encontradosnaliteraturasobreoreparoartroscópicodalesão domanguitorotadorempacientescomPLMRcomumataxa dereversãode97,4%doscasos.

Tivemos apenas um caso que necessitouser reoperado (2,6%); uma paciente que permaneceu com dor intensa, diminuic¸ãodaforc¸aecompoucomovimentonomembro afe-tadoequeporissoprecisousersubmetidaaumaartroplastia totalreversa.

Conclusão

O reparo artroscópicodas lesões do manguitorotador nos casosdePLMRproporcionouumamelhoriaestatisticamente significativadaADMativacomreversãoda pseudoparalisia em97,4% dos pacientes assimtratados. Bonseexcelentes resultadosforamverificadosem82%doscasoseessamelhoria funcionalpôdeserobtidacombaixastaxasdecomplicac¸ões.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

r

e

f

e

r

ê

n

c

i

a

s

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