SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
w w w . r b o . o r g . b r
Artigo
de
Revisão
Avaliac¸ão
dos
desfechos
no
tratamento
da
rotura
do
manguito
rotador:
o
que
usamos
no
Brasil?
夽
Jorge
Henrique
Assunc¸ão
∗,
Eduardo
Angeli
Malavolta,
Vitor
Rodrigues
Domingues,
Mauro
Emilio
Conforto
Gracitelli
e
Arnaldo
Amado
Ferreira
Neto
UniversidadedeSãoPaulo,FaculdadedeMedicina,HospitaldasClínicas,InstitutodeOrtopediaeTraumatologia,SãoPaulo,SP,Brasil
informações
sobre
o
artigo
Históricodoartigo:
Recebidoem16dejunhode2016 Aceitoem26dejulhode2016 On-lineem20dejaneirode2017
Palavras-chave: Ombro
Avaliac¸ãoderesultadode intervenc¸õesterapêuticas Manguitorotador
r
e
s
u
m
o
Avaliamos osdesfechosusadosnosestudosclínicosqueenvolvemroturadomanguito rotadorpublicadosnaúltimadécadanosdoisprincipaisperiódicosortopédicosbrasileiros. FoifeitaumarevisãodaliteraturanosperiódicosRevistaBrasileiradeOrtopediaeActa Ortopé-dicaBrasileira.Foramincluídostodososartigosclínicosoriginaisquedescreviamaomenos umamedidadedesfechoantesouapósalgumaintervenc¸ãoclínicaoucirúrgicareferenteao manguitorotadorpublicadosentre2006e2015.Osdesfechosavaliadosforamarcode movi-mento,forc¸amuscular,satisfac¸ão,integridadetendíneaeescalasclínicas.Forampublicados 25estudosclínicossobremanguitorotadornosdoisprincipaisperiódicosortopédicos brasi-leirosnaúltimadécada,20sériesdecasos(80%),umestudotipocaso-controle(4%)equatro coortes(16%).Medidasobjetivascomoforc¸amuscular,satisfac¸ãodopacienteeavaliac¸ãoda integridadetendíneaforampoucoempregadas.Asmedidasdoarcodemovimentoforam descritas em52%dosartigos.Aavaliac¸ãoda forc¸amusculareasatisfac¸ãodopaciente foram descritas em 28% e 16%dos estudos, respectivamente. Apenas 28%dos artigos avaliaramaintegridadetendíneaapósacirurgia.Desses,16%ofizeramcomaressonância magnéticae12%comaultrassonografia.AescalamaisusadafoiadaUCLA,presenteem 92%dosartigos,enquantoadeConstant-Murleyfoiusadaem20%.Escalasconsideradas confiáveis,comgrandeconsistênciainternaeboaresponsividade,raramenteforamusadas. ©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
夽
TrabalhodesenvolvidonaUniversidadedeSãoPaulo,FaculdadedeMedicina,HospitaldasClínicas,InstitutodeOrtopediae Trauma-tologia,GrupodeOmbroeCotovelo,SãoPaulo,SP,Brasil.
∗ Autorparacorrespondência.
E-mail:drjorgeassuncao@gmail.com(J.H.Assunc¸ão).
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2016.07.016
Outcome
assessment
in
the
treatment
of
rotator
cuff
tear:
what
is
utilized
in
Brazil?
Keywords: Shoulder
Evaluationofresults oftherapeuticinterventions Rotatorcuff
a
b
s
t
r
a
c
t
This reviewevaluated theoutcomesusedin clinicalstudiesinvolvingrotator cufftear publishedinthelastdecadeinthetwoleadingBrazilianorthopedicjournals.Aliterature reviewwasperformedusingthejournalsRevistaBrasileiradeOrtopediaandActa Orto-pédicaBrasileira.Itincludedalloriginalclinicalarticlesdescribingatleastoneoutcome measuredbeforeorafteranyclinicalorsurgicalinterventionrelatedtorotatorcufftear, publishedbetween2006and2015.Theauthorsevaluatedrangeofmotion,musclestrength, patientsatisfaction,andtendonintegrityandfunctionaloutcomesscores.Therewere25 clinicalstudiespublishedaboutrotatorcuffinthetwoprincipalBrazilianorthopedic jour-nalsinthelastdecade,20caseseries(80%),onecase-control(4%),andfourcohorts(16%). Objectivemeasuressuchasmusclestrength,patientsatisfaction,andevaluationoftendon integritywerelittleused.Rangeofmotionmeasurementswereperformedin52%ofthe arti-cles.Evaluationsofmusclestrengthandpatientsatisfactionwerereportedby28%and16% ofthestudies,respectively.Only28%ofthearticlesevaluatedtendonintegrityaftersurgery. Ofthese,16%didsobymagneticresonanceimagingand12%byultrasonography.Themost usedscalewastheUCLA,presentin92%ofthearticles,whiletheConstant-Murley appea-redin20%.Scalesdeemedreliable,withhighinternalconsistencyandgoodresponsiveness, wererarelyused.
©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
Introduc¸ão
A dor no ombro apresenta alta prevalência na populac¸ão, varia de 7a 26%.1 As afecc¸ões domanguitorotador,
prin-cipalcausadedornacintura escapular,acometem 20%da populac¸ãogeraleaté50%dospacientesacimade80anos.2
Aavaliac¸ãoclínicapadronizadaéessencialpara determi-nara eficáciade umtratamento etambémpara comparar os resultados de diferentesestudos, é fundamental para a pesquisaclínica.3,4 Osmétodosdeavaliac¸ãodosresultados
do tratamento ortopédico têm sido modificados nos últi-mosanos.5,6 Previamente,amensurac¸ãoerafeitacombase
no exame físico, avaliava a mobilidade articular e a forc¸a muscular.Porém,foramdesenvolvidosquestionáriosou esca-lasclínicasqueaperfeic¸oaramaavaliac¸ãodosresultados.7,8
Entretanto,existeumagrandevariac¸ãonasferramentasde mensurac¸ão.9Sãodescritasmaisde40escalasparaavaliara
doreafunc¸ãodoombro.10Alémdisso,amensurac¸ãodoarco
demovimentoedaforc¸aeadescric¸ãodosachados imageno-lógicostambémnãoapresentaconsenso.9
Makhni et al. 9 publicaram recentemente uma
revi-são que envolveu as seis principais revistas ortopédicas internacionais, descreveram as ferramentas usadas para a avaliac¸ãodosdesfechosnasafecc¸ões domanguitorotador. Não temosumlevantamento quemostre asprincipais for-masdeavaliac¸ãoclínicanoBrasil.Amaioriadosinstrumentos foi desenvolvida e avaliada na língua inglesa.10 Para que
esses instrumentos sejam usados no Brasil, recomendam--seatraduc¸ão,aadaptac¸ãocultural,assimcomotestesque avaliem as propriedades de medida desses instrumentos,
como consistência interna, reprodutibilidade, validade e responsividade.5
O objetivo deste estudofoi avaliar os desfechos usados nos estudos clínicos que envolveram o manguito rotador publicados naúltimadécadanosdois principaisperiódicos ortopédicosbrasileiros.
Métodos
Desenho
Foifeitaumarevisãodeliteraturanosdoisprincipais periódi-cosortopédicosbrasileiros,RevistaBrasileiradeOrtopedia(RBO) e ActaOrtopédicaBrasileira. O períodoabordado foi deuma década(janeirode2006adezembrode2015).Esteestudofoi aprovadopeloComitêdeÉticalocalsobonúmero1197.
Estratégiadebusca
Critériosdeselec¸ão
Foramincluídostodososartigosoriginaisclínicos(ensaio clí-nicorandomizado,coorte,caso-controleesériedecasos)que descreviamaomenosumamedidadedesfechoantesouapós algumaintervenc¸ão clínicaou cirúrgica referente ao man-guitorotador.Foramexcluídosrelatosdecaso,descric¸ãode técnicacirúrgica,artigossobreacuráciademétodos diagnós-ticos,estudosanatômicos,artigosqueenvolvessemanimais oucadáveres,deciênciabásicaouderevisão.
Desfechos
Foramtabuladosdadosreferentesaotítulodoestudo,anoe volumedapublicac¸ão,casuística,seguimentomínimo,feitura deseguimentoregular enívelde evidência.Além disso,os seguintesdesfechosforamavaliados:
Arcodemovimento
Foipesquisadoemqualplanoocorreuaavaliac¸ãodoarcode movimento:flexãofrontal,elevac¸ão,abduc¸ão,rotac¸ãolateral (comobrac¸oaoladodocorpoouabduzido)erotac¸ãomedial (comamãoemdirec¸ãoàscostasoucomobrac¸oabduzido). Amedidaemqualquerumdosplanosfoitabulada.Osdados sóforamconsideradossedescritosdemaneiraquantitativana sec¸ãoderesultados.Aposic¸ãodopaciente(supino,sentadoou emposic¸ãoortostática)eousodegoniômetroforamtambém avaliados.
Forc¸amuscular
Foipesquisadoemqualplanoocorreuaavaliac¸ãodaforc¸a: flexãofrontal,elevac¸ão,abduc¸ão,rotac¸ãolateral(comobrac¸o aoladodocorpoouabduzido)erotac¸ãomedial(comamão emdirec¸ãoàscostas oucomo brac¸oabduzido). Amedida emqualquerumdosplanosfoitabulada.Osdadossóforam consideradossedescritosdemaneiraquantitativanasec¸ão deresultados.Aposic¸ãodopaciente(supino,sentadoouem posic¸ãoortostática)eousodedinamômetroforamtambém avaliados.Dadosde avaliac¸ãomanual(graduac¸ãode 0a5) foram computados. Dadosreferentesa umsubdomínio de umaescalaclínicatambémforamreportados.
Integridadetendínea
Foiavaliadoqualmétododeimagemfoiusado(ressonância magnéticacom ousemcontraste,tomografia computadori-zadacomousemcontrasteouultrassonografia).Radiografias nãoforam analisadas.Aperiodicidadeetemporalidadenas quaisfoifeitooexameforamreportadas. Ousode alguma escala de avaliac¸ão de integridade, ou a avaliac¸ão categó-ricaemrotoeíntegro,foidescrita.Descrevemostambém a presenc¸aouausênciadosdadosrelativosàaquisic¸ãoeanálise dosexamesdeimagem:aparelhousado,avaliadores,imagens obtidas.
50
40
30
20
10
0
1 2
Número de desfechos avaliados
P
e
rcentual de estudos
3 4
4 8
20 44
24
5
Figura1–Distribuic¸ãopercentualdonúmerodedesfechos analisadosporestudo.
Satisfac¸ão
Qualquer dado referente à satisfac¸ão do paciente foi pes-quisado.Issoincluiuquestõesreferentesàsatisfac¸ãocomo tratamento ouseopaciente recomendariaoprocedimento paraumterceiroousefarianovamenteacirurgia.Dados refe-rentesaumsubdomíniodeumaescalaclínicatambémforam reportados.
Escalasequestionáriosdeavaliac¸ão
Foramavaliadosasescalasfuncionaiseosquestionáriosde avaliac¸ãousadospelosautores.Tambémforamrelatadosos estudosqueusaramaescalavisualanalógica(EVA)parador oufunc¸ão.
Análiseestatística
Osdadosforamexpostosdemaneiradescritiva,pormeiode númeroabsolutoepercentual.
Resultados
Noperíodoavaliadoforampublicados712artigosoriginaisna Revista Brasileira deOrtopedia e588 naActaOrtopédica Brasi-leira,ou1.300publicac¸ões.Entreesses,84(6,7%dototal)eram artigosclínicossobredoenc¸asdoombro;25publicac¸ões(1,9% dototal)11–35avaliaramosresultadosclínicosdotratamento
Tabela1–Publicac¸õessobreotratamentodasroturasdomanguitorotadorentre2006e2015
Autor(es) Título Revista Ano Volume (Número)
Páginas
Pecoraetal. Fatoresprognósticosparaoresultadoclínico apósoreparodomanguitorotador
ActaOrtopédica Brasileira
2015 23(3) 146-149
Portoetal. Avaliac¸ãodepacientessubmetidosàsuturado manguitorotadorcomatécnicadeMason-Allen modificada
ActaOrtopédica Brasileira
2013 21(3) 167-169
Ramosetal. Resultadosdotratamentoartroscópicodasrupturas domanguitorotador
ActaOrtopédica Brasileira
2010 18(1) 15-18
Checchiaetal. Lesãoisoladadotendãodosubescapular ActaOrtopédica Brasileira
2009 17(1) 26-30
Veadoetal. Lesãodomanguitorotadorempacientesmaiores de65anos:avaliac¸ãodafunc¸ão,integridadeeforc¸a.
RevistaBrasileira deOrtopedia
2015 50(3) 318-323
Miyazakietal. Avaliac¸ãodosresultadosdotratamentocirúrgico artroscópicodaslesõesdomanguitorotadorem pacientescomidadeigualousuperiora65anos
RevistaBrasileira deOrtopedia
2015 50(3) 305-311
Godinhoetal. Avaliac¸ãofuncionalemlongoprazodotratamento videoartroscópicodaslesõesparciaisdomanguito rotador
RevistaBrasileira deOrtopedia
2015 50(2) 200-205
Godinhoetal. Resultadodotratamentocirúrgicoartroscópico dasrerrupturasdomanguitorotadordoombro
RevistaBrasileira deOrtopedia
2015 50(1) 89-93
Almeidaetal. Análisecomparativadasuturaartroscópicadelesões grandeseextensasdomanguitorotadorcomrelac¸ão aograudeosteopenia
RevistaBrasileira deOrtopedia
2015 50(1) 83-88
Miyazakietal. Avaliac¸ãofuncionaldoreparoartroscópicodalesão domanguitorotadorempacientescompseudoparalisia
RevistaBrasileira deOrtopedia
2014 49(2) 178-182
Ikemotoetal. Avaliac¸ãodosresultadosclínico-funcionaisdoreparo dalesãoextensadomanguitorotadorcominclusão dotendãodacabec¸alongadobíceps
RevistaBrasileira deOrtopedia
2013 48(2) 165-169
Malavoltaetal. Plasmaricoemplaquetasnoreparoartroscópico dasroturascompletasdomanguitorotador
RevistaBrasileira deOrtopedia
2012 47(6) 741-747
Ikemotoetal. Reparac¸ãoartroscópicadelesõespequenasemédias dotendãodomúsculosupraespinal:avaliac¸ão dosresultadosclínico-funcionaisapósdoisanos deseguimento
RevistaBrasileira deOrtopedia
2012 47(4) 436-440
Godinhoetal. Resultadosdoreparoartroscópicodasroturasisoladas dotendãodomúsculosubescapular
RevistaBrasileira deOrtopedia
2012 47(3) 330-336
Veadoetal. Estudoprospectivoecomparativodosresultados funcionaisapósreparoabertoeartroscópicodaslesões domanguitorotador
RevistaBrasileira deOrtopedia
2011 46(5) 546-552
Miyazakietal. Avaliac¸ãodosresultadosdoreparoartroscópico delesõesdomanguitorotadorempacientescomaté 50anosdeidade
RevistaBrasileira deOrtopedia
2011 46(3) 276-280
Almeidaetal. Análisecomparativadoresultadodasutura artroscópicadalesãodomanguitorotadorem pacientesfumantesenãofumantes
RevistaBrasileira deOrtopedia
2011 46(2) 172-175
Miyazakietal. Avaliac¸ãodosresultadosdasreoperac¸õesdepacientes comlesõesdomanguitorotador
RevistaBrasileira deOrtopedia
2011 46(1) 45-50
Veadoetal. Avaliac¸ãofuncionaldospacientessubmetidos aodesbridamentoartroscópicoparatratamentodas rupturasextensaseirreparáveisdomanguitorotador
RevistaBrasileira deOrtopedia
2010 45(5) 426-431
Godinhoetal. Avaliac¸ãodaintegridadeanatômicaporexame deultrassomefuncionalpeloíndicedeConstant& Murleydomanguitorotadorapósreparoartroscópico
RevistaBrasileira deOrtopedia
2010 45(2) 174-180
Miyazakietal. Lesõesextensasdomanguitorotador:avaliac¸ão dosresultadosdoreparoartroscópico
RevistaBrasileira deOrtopedia
2009 44(2) 148-152
Veadoetal. Avaliac¸ãofuncionaldoreparoartroscópicodaslesões completasdomanguitorotadorassociadaa
acromioplastia
RevistaBrasileira deOrtopedia
2008 43(11/12) 505-512
Balsinietal. Reparoartroscópicodaslesõescompletasisoladas dosubescapular
RevistaBrasileira deOrtopedia
2008 43(11/12) 497-504
Veadoetal. Análisefuncionaleestruturaldoreparodaslesões extensasdomanguitorotador
RevistaBrasileira deOrtopedia
2006 41(8) 294-301
Veadoetal. Eficáciadodesbridamentoartroscópiconaslesões parciaisdomanguitorotador
RevistaBrasileira deOrtopedia
50
40
30
20
10
0
0 1
Planos do arco de movimento avaliados
P
e
rcentual de estudos
2 4 12
36 48
3
Figura2–Distribuic¸ãopercentualdonúmerodeplanos doarcodemovimentoavaliadosporestudo.
Arcodemovimento
Entre os estudos avaliados, 12 (48%) não relatavam a medida do arco do movimento em qualquer plano no períodopós-operatório. Noveartigos (36%) apresentavam a rotac¸ãomedial,11(44%)avaliaramarotac¸ãolateral,mesmo númeroencontradodepublicac¸õesqueavaliaramaelevac¸ão dospacientes.Trêspublicac¸ões(12%)avaliavamapenasum planodoarcodomovimento,um(4%)avaliavadoisplanose nove(36%)apresentamasmedidasdoarcodomovimentoem trêsplanos(fig.2).Ametodologiaaplicadanaaferic¸ãodoarco demovimentofoirelatadaemsete(28%)artigos,osdemais nãorelatavamo usode goniômetro,técnica da medida ou posic¸ãodopaciente.
Forc¸amuscular
A forc¸a muscular após o reparo do manguito rotador foi relatadaemseteestudos(28%).Emtrêsestudos(12%)foi apre-sentadacomoumsubdomíniodeumaescalafuncionaleem doisartigos(8%)foirelatadademodocategóricocomousodo ladocontralateralcomoreferência.Doisestudos(8%)usaram amensurac¸ãoquantitativadaforc¸amuscularcomauxíliode dinamômetroerelatavamaposic¸ãodopaciente(ortostática). Seis trabalhos (24%) avaliaram apenas um plano de movi-mento(elevac¸ãoouabduc¸ão),umestudo15avaliouaelevac¸ão
earotac¸ãolateral.
Integridadetendínea
Em18estudos(72%)nãoforamfeitosexamesdeimagem pós--operatóriosparaavaliaraintegridadedoreparodomanguito rotador.Quatropublicac¸ões(16%)usaramaressonância mag-néticasemcontrasteparaverificaraintegridadetendíneae emtrês(12%)oexameusadofoiaultrassonografia.Todosos estudosusaramapenasumaavaliac¸ãocategórica,reparo ínte-groouroto.Apenas três estudos(12%)citam onúmero de avaliadoreseemdois(8%)estãorelatadasasespecificac¸ões do aparelho usado. Nenhum estudo cita os protocolos de aquisic¸ãodeimagens.Osexamesforamfeitosumaúnicavez
100
75
92
20
UCLA Constant-Murley SST ASES
Escalas clinicas utilizadas
P
e
rcentual de estudos
8
4 50
25
0
Figura3–Percentualdeestudosqueusaramasescalas clínicas.
emtodososestudoseapenasumestudofezoexameemum períodoregular(12meses).22
Satisfac¸ão
Apenasquatroestudos(16%)relatavamasatisfac¸ãodo paci-ente emseus resultados,dois estudos(8%) avaliaramse o pacienteconcordariaemfazerotratamentonovamenteedois (8%)avaliaramasatisfac¸ãoatravésdeumaperguntasimples comduascategorias(satisfeito/insatisfeito).
Escalasequestionáriosdeavaliac¸ão
Dos25estudosincluídos,23(92%)usaramaescalaUniversity ofCalifornia,LosAngelesShoulderRatingScale (UCLA),36 cinco
trabalhos(20%)usaramoquestionáriodeavaliac¸ão Constant--Murley,37 dois(8%)fizeramaavaliac¸ãodosresultadospelo
Simple Shoulder Test (SST)38 e um (4%) pelo questionário
American Shoulder and Elbow Surgeons Standardized Shoulder AssessmentForm(ASES)39(fig.3);20publicac¸ões(80%)usaram
apenasumaescala,quatro(16%)fizeramaavaliac¸ãoporduas escalaseumestudo(4%)portrêsquestionários.Emquatro artigos(16%)foiusadaaEVAparaquantificaradorantese apósotratamento.
Discussão
Aroturadomanguitorotadoréaprincipalcausadedorno ombro2eoreparodomanguitorotadoréacirurgiamaisfeita
nessa articulac¸ão.40 Entretanto, no períodoavaliado foram
encontradasapenas25publicac¸õesqueavaliaramos resul-tadosclínicosdotratamentodasroturasdomanguitorotador nosdoisprincipaisperiódicosbrasileirosdeortopediae trau-matologia.Amédianacionalfoide2,5artigosporano.Entre 2010a2014,nosdoisperiódicosortopédicosdemaiorfatorde impacto,JournalofBone&JointSurgeryeTheAmericanJournal ofSportsMedicine,foipublicadaumamédiade4,8e8,8artigos porano,respectivamente.
estudos internacionais.9 Entretanto, apenas 32% dos
estu-dos apresentavam seguimento dos pacientes com tempo maior do que dois anos e 8% fizeram seguimento com tempodeavaliac¸ãopadronizado.Encontramostambémque aspublicac¸õesnacionaissobreessetematêmbaixonívelde evidência,80%eramsériesdecasoenãoencontramosartigo comnívelIdeevidência,aocontráriodosprincipaisperiódicos estrangeiros,querelatam13%deestudoscomnívelI,17%com nívelII,26%comnívelIIIeapenas43%comnívelIV.9O
predo-míniodassériesdecasoséumacaracterísticadaspublicac¸ões ortopédicasnacionais.41
O questionário de avaliac¸ão mais usado pelos estudos brasileiros foi a escala da UCLA, empregado em 92% das publicac¸ões.Essenúmeroébastantesuperioraosdadosde Makhnietal.,9queconstataramoseuusoemapenas35%dos
artigos,aterceiraemprevalência.Essaescalafoidesenvolvida inicialmenteparapacientessubmetidosàartroplastiatotaldo ombro.42Ellmanetal.43foramosprimeirosautoresaaplicar
essaferramentaparaavaliarosresultadosdotratamentodas roturasdomanguitorotador,desdeentãoéutilizadaemvárias publicac¸ões.Entretanto,nãoexistemestudosquevalidemseu desenvolvimentoeaaplicac¸ãodesseinstrumentonestes paci-entes.Éconsideradaumaescalacombaixaconfiabilidadee validadeetemváriaslimitac¸õesnacoletadasinformac¸ões.44
Umarevisãosistemáticarecentequecomparouasescalasde avaliac¸ãoparaasdoenc¸asdoombroverificouqueas melho-ressãoaescaladaASES,SSTeOxfordShoulderScore.Elassão consideradasconfiáveis,comgrandeconsistênciainterna,boa responsividadeeforamvalidadaspreviamente.45 Emnosso
estudo,apenasumapublicac¸ão(4%)18 usouaescalaASESe
doisestudos(8%)15,32 fizeramaavaliac¸ãopelo SST.Porsua
vez,Makhnietal.9 observaram queaspublicac¸õesdasseis
principais revistas ortopédicas internacionais entre 2010 a 2014usaramescalasconsideradasconfiáveismais frequente-mente,oquestionárioASESfoiusadoem59%eoSSTem28%. AescaladeConstant-Murley37foiasegundamaisusada,
empregadaemcincoartigos(20%).Essaescalaéamais empre-gada nos estudos publicados internacionalmente (61% das publicac¸ões).Essaferramentatemcomoprincipal limitac¸ão a dificuldade e variabilidade para a avaliac¸ão da forc¸a de abduc¸ão,querepresenta25%desuapontuac¸ãototal. Diver-sos autores relatam a sua inconsistência,46 dependente
dodinamômetro usado,47 dograudeabduc¸ãoerotac¸ãodo
ombro48edaforc¸arelativaàidadeegênero.49Apenas
recen-tementeessaescalafoitraduzidaeadaptadaculturalmente paraalínguaportuguesa.37Índicesdenormalidadeestão
dis-poníveis para alguns países, mas não foram validados no Brasil.49AcreditamosqueousodaescaladeConstant-Murley
RelativaIndividual,nacomparac¸ãocomoombro contralate-ral,quandoassintomático,ousodedinamômetrosdigitaise otreinamentocomaescaladiminuam oviésnousodesse instrumento.50–52
Nosperiódicosnacionais,apenas28%dosestudosavaliam aintegridadetendíneaapósacirurgia.Desses,16%ofazem com a ressonância magnética e 12% com a ultrassonogra-fia.Essesvaloressãoinferioresaosreportadosnosperiódicos internacionais,nosquais65%dosestudosusamexamesde imagemnopós-operatório,aRMécitadaem38%,a ultras-sonografiaem31%eaartrotomografiaem8%.9Alémdisso,
nenhumdosartigosqueavaliam aintegridadeporRMusa
algumaescaladeavaliac¸ão,apenasaestratificac¸ãoem ínte-groeroto.Àexcec¸ãodadeterminac¸ãoda simplesausência ou presenc¸ade rotura,aclassificac¸ão propostaporSugaya et al.53 éamaisusada econfiável,écitada em33estudos
numarecentemetanálise.54
Nossosresultadosevidenciamqueadescric¸ãodemedidas da arcodemovimentoéfeitapor52%dosartigos, número discretamente inferior aos 63% reportados nos periódicos estrangeiros.9 O mesmoocorre na avaliac¸ãoda forc¸a,
des-critapor28%dosestudosnacionaise38%dosinternacionais.9
A satisfac¸ão, por sua vez, é avaliada em apenas 16% dos estudos,consideravelmentemenosdoqueos54% encontra-dosnosestudosinternacionais.9 Entretanto,poucosartigos
relataram a metodologia empregada para avaliac¸ão dessas medidasobjetivasdeformaclaraereprodutível.Cabe ressal-tarquenenhumdosestudosnacionaisusouferramentasde mensurac¸ãodaqualidadedevida,aocontráriodosperiódicos internacionais,quecitamessesdesfechosemmaisde15%dos casos.9
Nosso estudo tem algumas limitac¸ões.Incluiu todos os tiposdeestudosclínicos,tem,portanto,nívelIVde evidên-cia.Entretanto,amaiorpossibilidadedeviésnosartigosde menorníveldeevidêncianãoinfluenciounossosresultados, umavezqueavaliamosasferramentasusadas,enãoos des-fechos emsi. Além disso, revisamos os artigos de apenas umadécadaededoisperiódicosnacionais.Oobjetivodessa abordagemfoiodetrac¸aropanoramanacionalnumperíodo relativamente recente.Porfim,anossaestratégiadebusca podeterincluídoartigosdeautoresestrangeirospublicados nosperiódicosnacionaisenãocontemplouartigosdeautores brasileirospublicadosemperiódicosinternacionais.
AcreditamosqueosmembrosdaSociedadeBrasileirade CirurgiadoOmbroeCotovelodevaminiciarumadiscussão com o intuito de padronizar as ferramentas de avaliac¸ão. Atitudescomoessas,jáfeitaspelassociedadesdosEUA55e
doJapão,56 facilitamacomparac¸ãodedadosentreos
estu-dos,permitemaexposic¸ãomaisconsistentedosresultadose aumentamaspossibilidadesdecitac¸ãodosartigosnacionais. AescaladaASESeoSST,jávalidadosparaoportuguêsecom boaconfiabilidade,38,57deveriamserpriorizadas,juntamente
comaescaladeConstant-Murleyajustadaparasexoeidade, índicesdenormalidadedeveriamserobtidosparaapopulac¸ão brasileira.Alémdisso,aavaliac¸ãodaqualidadedevida deve-riaserestimulada.Damesmamaneira,aavaliac¸ãodeforc¸a eamplitudepoderiaseralinhadaàusadanosestudos inter-nacionais.Aavaliac¸ãodaintegridadetendíneaapósacirurgia deveserincentivadaequandousadaaRM,feitaatravésda classificac¸ãodeSugayaetal.53
Considerac¸ões
finais
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
r
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
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