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(1)

ESTÂNCI A TURÍ STI CA DE CAMPOS DO J ORDÃO, SP.

TAI S OETTERER DE ANDRADE

Disser t ação apr esent ada à Escola Super ior de Agr icult ur a “Luiz de Queir oz”, Univer sidade de São Paulo, par a obt enção do t ít ulo de Mest r e em Agr onomia, Ár ea de Concent r ação: Fit ot ecnia.

PI RACI CABA

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I NVENTÁRI O E ANÁLI SE DA ARBORI ZAÇÃO VI ÁRI A DA

ESTÂNCI A TURÍ STI CA DE CAMPOS DO J ORDÃO, SP.

TAI S OETTERER DE ANDRADE

Engenheir o Agr ônomo

Or ient ador : Pr of . Dr . ROBERVAL DE CÁSSI A SALVADOR RI BEI RO

Disser t ação apr esent ada à Escola Super ior de Agr icult ur a “Luiz de Queir oz”, Univer sidade de São Paulo, par a obt enção do t ít ulo de Mest r e em Agr onomia, Ár ea de Concent r ação: Fit ot ecnia.

PI RACI CABA

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DadosInt ernacionais de Cat alogação na Publicação (CIP) DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - ESALQ/ USP

And ra d e , Ta is O e tte re r d e

Inve ntá rio e a ná lise d a a rb o riza ç ã o viá ria d a Estâ nc ia Turístic a d e C a m p o s d o Jo rd ã o , SP. / Ta is O e tte re r d e And ra d e . - - Pira c ic a b a , 2002.

112 p . : il.

Disse rta ç ã o (m e stra d o ) - - Esc o la Sup e rio r d e Ag ric ultura Luiz d e Q ue iro z, 2002.

Bib lio g ra fia .

1. Arb o riza ç ã o urb a na 2. C a m p o s d e Jo rd ã o (SP) 3. Estâ nc ia s turístic a s 4. Le va nta m e nto 5. Via p úb lic a I. Título

C DD 715.2

(4)

Aos Engenheiros Agrônomos

J osé de Andr ade Sobr inho (meu avô) – in memor iam

Fr ancisco de Salles Oet t er er (meu avô) J osé Ar t hur de Andr ade (meu pai) Mar ilia Oet t er er (minha mãe)

Às minhas avós

J ur anda Andr ade - in memor iam

Guiomar Oet t er er

À minha irmã

Lila Oet t er er de Andr ade

(5)

à minha co-or ient ador a, Pr of ª . Dr .ª Mar ia Esmer alda Soar es Payão Demat t ê;

aos int egr ant es da Banca Examinador a do Exame de Qualif icação, nas pessoas de: Pr of . Dr . J oão Aleixo Scar par e Filho, Pr of . Dr . Keigo Minami, Pr of . Dr . Valdemar Ant ônio Demét r io;

à Fundação de Ampar o à Pesquisa do Est ado de São Paulo (FAPESP), pela concessão da bolsa de est udos;

ao ex-Secr et ár io Municipal do Meio Ambient e da Est ância Tur íst ica de Campos do J or dão, Engenheir o Agr ônomo Cláudio Luciano Sir in, e t odos os f uncionár ios da Pr ef eit ur a Municipal de Campos do J or dão, pela simpat ia, aj uda, acolhiment o e opor t unidade concedida;

ao Secr et ár io Municipal do Meio Ambient e da Est ância Tur íst ica de Campos do J or dão, Alexandr e Gonçalves da Silva, e t odos os f uncionár ios da Pr ef eit ur a Municipal de Campos do J or dão, pelo incent ivo à cont inuação do t r abalho;

ao Secr et ár io do Planej ament o (SEPLAN) da Est ância Tur íst ica de Campos do J or dão, J osé Rober t o Dama Cint r a, pelas imagens cedidas;

ao Pr of . Dr . Hilt on Tadeu Zar at e do Cout o e à Pr of ª . Ana Mar ia L. P. Lima, pelas inf or mações concedidas;

à minha mãe, pelo amor , apoio e inf or mações t écnicas concedidas; ao meu pai , pelo amor e educação pr opor cionados;

(6)

ao J ef f er son Lor dello Polizel, do Depar t ament o de Ciências Flor est ais da ESALQ-USP, pela at enção e empr ést imo de mat er ial;

à Mar isa Di Pr inzio e Silva e Pat r ícia Pr at es pela amizade e aj uda nos ser viços pr est ados; ao Fabio Tor igoi, J onas Or t iz, Cássio Maia, Ana Lúcia St ella e I van Alvar ez pela paciência e aj uda;

à Eliana Mar ia Gar cia pela at enção na cor r eção do t r abalho; à Her mínia Godinho, pelo amor e car inho;

(7)

LI STA DE FI GURAS... ix

LI STA DE TABELAS ... x i RESUMO ...x iii SUMMARY... x v 1 I NTRODUÇÃO... 1

2 REVI SÃO DE LI TERATURA... 4

2.1 Br eve hist ór ico da ar bor ização ur bana no mundo ... 4

2.2 Br eve hist ór ico da ar bor ização ur bana no Br asil ... 7

2.3 I mpor t ância da ar bor ização ur bana ... 8

2.3.1 I nf luência no micr oclima... 8

2.3.2 I nf luência da ar bor ização na saúde... 10

2.3.3 I nf luência da ar bor ização nos ecossist emas ur banos ... 12

2.3.4 Sit uação das ár vor es públicas... 13

2.4 Adequação e planej ament o da ar bor ização... 15

(8)

2.6 Tecnologia e inf or mát ica na ar bor ização ur bana... 24

2.7 Educação ambient al e biodiver sidade ar bór ea br asileir a... 25

2.8 Ur banização e impact o ambient al ... 29

2.9 Hist ór ia de Campos do J or dão... 36

2.10 Pr ot eção ambient al em Campos do J or dão... 44

3 MATERI AL E MÉTODOS... 48

3.1 Car act er íst icas do local de est udo... 48

3.1.1 Posição geogr áf ica... 48

3.1.2 Clima ... 48

3.1.3 Relevo... 49

3.2 Levant ament o dos bair r os de Campos do J or dão... 49

3.3 Delineament o exper iment al e sor t eio dos bair r os... 51

3.4 Levant ament o de inf or mações sobr e a cidade e bair r os sor t eados... 53

3.5 I nvent ár io da ar bor ização viár ia ... 54

3.5.1 Mat er ial de campo... 54

3.5.2 Mét odo... 54

3.5.3 Análise de dados... 55

4 RESULTADOS E DI SCUSSÃO... 59

4.1 I nvent ár io da ar bor ização viár ia de Campos do J or dão... 59

4.2 A ar bor ização e a ocupação ur bana de Campos do J or dão... 69

(9)

4.4 Pr opost as par a a ar bor ização j or danense ... 86

4.4.1 Car act er ísticas dos bair r os t r abalhados... 86

4.4.2 Pr opost a de ar bor ização par a cada bair r o invent ar iado... 89

4.5 Seleção de espécies nat ivas par a a ar bor ização de Campos do J or dão... 93

4.6 Car act er íst icas de algumas espécies selecionadas com pot encial par a ar bor ização de Campos do J or dão (Robim et al., 1990; Lor enzi, 1992) ... 96

5 CONCLUSÕES ...102

(10)

2 A – Vist a aér ea ger al da Vila Aber néssia em 1950 ... 37

B - Vist a aér ea ger al da Vila Capivar i em 1950... 38

C - Vist a aér ea ger al da Vila J aguar ibe em 1950, em Campos do J or dão, SP... 39

3 Tr ilhas do Par que Est adual de Campos do J or dão... 42

4 APA’s Sapucaí-Mir im e Campos do J or dão, SP... 47

5 Mapa par cial de Campos do J or dão,SP, const ando o t r açado viário ... 53

6 Planilha de colet a de dados... 58

7 Vist a par cial da cidade de Campos do J or dão, SP... 61

8 Vist a da Pedr a do Baú em Campos do J or dão, SP, 2001... 70

9 Vist a da Ser r a da Mant iqueir a, local pr óximo a Campos do J or dão, SP, 2001... 71

10 Vist a par cial da Vila Capivar i em local pr óximo ao at ual t elef ér ico, 1950 ... 72

11 Vist a par cial da Vila Capivar i, em local pr óximo ao t elef ér ico, 2001... 72

12 Deslizament o de t er r a no Mor r o do Br it ador , em Campos do J or dão, SP, 2001... 73

(11)

14 Tr echo da Avenida Emílio Ribas, em Campos do J or dão, SP essencialment e ar bor izada

com plát anos ... 77

15 Pr oblema ver if icado com as espécies caducif olias, com ent upiment o do sist ema de escoament o de água do meio ur bano... 77

16 Tr echo da Avenida Emílio Ribas, em Campos do J or dão, SP, ar bor izado com pópulos... 78

17 Tr echo da Avenida Br asil, em Campos do J or dão, SP, ar bor izada com t uias... 78

18 Plát ano, uma ár vor e que adot ou Campos do J or dão... 80

19 Br asão da Pr ef eit ur a Municipal de Campos do J or dão/ SP, apr esent ando exemplar es de Ar aucar ia angust if olia ... 81

(12)

dist âncias de calçadas per cor r idas e númer o de exemplar es ar bór eos invent ar iados na ar bor ização viár ia... 60

2 Relação das espécies, númer o de indivíduos e f r eqüência de ár vor es invent ar iadas na ar bor ização de Campos do J or dão, SP... 62

3 Sit uação da calçada em f unção do desenvolviment o r adicular das ár vor es do sist ema viár io de Campos do J or dão, SP... 66

4 Af ast ament o pr edial em r elação às espécies ar bór eas pr esent es nas vias públicas de Campos do J or dão, SP... 66

5 Ár ea livr e do solo, expost a ao r edor das ár vor es pr esent es no sist ema viár io de Campos do J or dão, SP... 67

6 Est r ut ur a pr ot et or a – t ut or , gr ade ou est aca – pr esent es nas ár vor es no sist ema viár io de Campos do J or dão, SP... 67

7 Obst áculos que podem at r apalhar o desenvolviment o das ár vor es do sist ema viár io de 2Campos do J or dão, SP... 67

(13)

10 Mudas, ár vor es j ovens ou r ecém-plant adas da ar bor ização viár ia de Campos do

J or dão, SP... 68

11 I nt egr idade das ár vor es da ar bor ização viár ia de Campos do J or dão, SP... 68

12 Tipos de podas ef et uadas nas ár vor es da ar bor ização viár ia de Campos do J or dão,... 69

13 Est ado f it ossanit ár io da ar bor ização viár ia de Campos do J or dão, SP... 69

14 Relação de espécies indicadas pela Pr ef eit ur a Municipal de Campos do J or dão, SP, par a plant io nos Par ques da Vida ... 85

(14)

Aut or a: TAI S OETTERER DE ANDRADE Or ient ador : Pr of . Dr . ROBERVAL DE CÁSSI A SALVADOR RI BEI RO

RESUMO

O obj et ivo da pesquisa f oi f azer o invent ár io e a análise da sit uação at ual da ar bor ização

ur bana da Est ância Tur íst ica de Campos do J or dão, dent r o do cont ext o sócio-ambient al. A cidade

apr esent a car act er íst icas int er essant es em r elação à posição geogr áf ica, r elevo, veget ação nat iva, clima e hist ór ico de ocupação. Nest e t r abalho f or am sor t eados 10% dos bair r os da cidade, os quais

f or am invent ar iados t ot alment e. As ár vor es f or am analisadas, cadast r adas, e os dados levant ados

f or am pr ocessados e analisados com auxílio do pr ogr ama de “sof t war e” SAS. Foi obt ido um índice de 17,22 ár vor es/ km de r ua per cor r ida na cidade. Dos t r eze bair r os invent ar iados, quat r o não

apr esent ar am ar bor ização viár ia pública, cinco apr esent ar am índice médio de 4,7 ár vor es/ km, dois

(15)

veget ação ar bór ea dent r o das pr opr iedades pr ivadas. Na ár ea invent ar iada, f or am encont r adas 32 espécies. Mais da met ade da cidade é ar bor izada com plát anos (53,7%). Os liquidâmbar es somam

34,1%. Os out r os 12,2% cor r espondem às out r as espécies. Foi obser vada pr edominância de 53,2% de

calçadas sem danos causados pelas ár vor es e const r uções com r ecuo ou vizinhas a ár eas ver des t ot alizam 58,4% dos casos. As covas apr esent am, na maior par t e dos casos, boa ár ea livr e de solo não

imper meabilizado (64,8%). Não há plant ios r ecent es na cidade, e por t ant o t ut or es e gr ades de pr ot eção não são usuais. Os obst áculos t ambém são ausent es na maior ia dos casos. Est ão pr esent es

f or a de f iação elét r ica 76,7% das ár vor es. Foi encont r ado apenas uma ár vor e f r ut íf er a na ár ea

invent ar iada. A maior ia apr esent a t ambém alguma f or ma de lesão e 59,3% dos indivíduos f or am podados dr ast icament e. Mediant e análise visual, 98,2% das ár vor es est avam sadias. Realidades

sócio-ambient ais do município t ambém f or am analisadas, como pr oblemas de ocupação ur bana em ár eas de

pr eser vação per manent e. Algumas espécies f or am indicadas par a compor a ar bor ização viár ia, e r ecomendações f or am f eit as em r elação à adequação e manej o da ar bor ização.

(16)

Aut hor : TAI S OETTERER DE ANDRADE Adviser : Pr of . Dr . ROBERVAL DE CÁSSI A SALVADOR RI BEI RO

SUMMARY

The aim of t his st udy was t o obt ain a sample invent or y and t o asses t he pr esent ur ban

ar bor izat ion of t he Campos de J or dão cit y. The cit y has int er est ing char act er ist ics due t o it s geogr aphical locat ion, hilly landscape, nat ive veget at ion, alt it ude sub-t r opical climat e and land

development . I n t his st udy, 10% of t he cit y’s r andomly select ed neighbor hoods had t heir t r ees wer e

complet ely assessed. The t r ees wer e assessed and t he r esult ing dat a wer e r ecor ded and analyzed wit h t he SAS st at ist ical comput er sof t war e pr ogr am. Theb social and envir onment al condit ions of

municipalit y wer e also st udied, as f or example, t he pr oblems r elat ed t o ur ban occupat ion of ar eas of

per manent pr eser vat ion. The cit y shows an aver age of 17.22 t r ees per linear kilomet er (t r ee/ km). Out of 13 neighbor hoods assessed, 4 had no st r eet t r ees, 5 showed an aver age of 36.5 t r ee/ km,

while t he neighbor hoods of Vila Capivar i and Vila Fr acalanza had, 91.31 and 65 t r ees/ km, r espect ively. Despit e t he low number of st r eet t r ees, t he cit y has good ar bor eal veget at ion wit hin

(17)

t han half (53,7%) of t he cit y t r ees ar e plat anus while 34.1% ar e liquidambar s and t he r emaining 12.2% ar e var ied species. No damage r elat ed t o r oot gr owt h was obser ved in 53.2% of t he sidewalks.

Despit e 64,8% of t he plant ed t r ees had non-imper meable, f r ee gr ound ar ea ar ound t hem, 58.4% of

t he buildings had f r ont yar ds or wer e locat ed near gr een ar eas. Ther e has been no r ecent plant ings in t he cit y so pr ot ect ive poles and gr at es ar e not common. I n most cases no obst acles which could

pr event t he f ull development of t he t r ees wer e f ound, f or inst ance 76.7% of t he t r ees wer e plant ed in places wit hout ut ilit y-lines. Only one f r uit t r ee was f ound in t he sur veyed ar ea. Most t r ees had

some kind of lesion and 59.3% of t he t r ees have been dr ast ically pr uned, alt hough 98,2% of t he

t r ees visually analyzed seemed t o be healt hy. Some species wer e suggest ed f or st r eet ar bor izat ion and sever al r ecommendat ions wer e made t o appr opr iat el select ion and management of ar bor izat ion.

(18)

na Eur opa, no século XVI I . Como na I dade Média o plant io de ár vor es em pr aças não er a comum, há pouca evidência da exist ência de um númer o signif icat ivo de ár vor es ur banas ant es

dest e século (Far ah, 1999; Segawa, 1996).

O desenvolviment o ur bano eur opeu é r egist r ado ent r e a met ade do século XV e o século XVI I I , quando, depois das r ef or mas do r einado de Luis XVI , signif icat ivas int er venções

t r ansf or mar am as paisagens de suas pr incipais cidades, sur gindo as pr aças e os j ar dins da

época. O espaço público começou ent ão a conviver com a veget ação (Segawa, 1996).

A pr át ica do plant io de ár vor es, pr ovavelment e, iniciou-se com os belgas de Ant uér pia,

dur ant e a pr osper idade do século XVI I , que mant inham ár eas or nament adas com ár vor es nas

lat er ais das cat edr ais, e esse espaço, valor izado por habit ações de gr andes mer cador es eur opeus, f icou conhecido por “Place Ver t e” ou “Gr oenplaat s” (Segawa, 1996).

Os est ilos f r ancês e inglês mar car am a hist ór ia dos espaços livr es. Nos est ilos f r ancês no século XVI I e inglês no século XVI I I , a ár vor e apar ecia como um element o de gr ande f or ça.

Foi j ust ament e a inf luência dest es est ilos que mar cou a f or ma de inser ção do element o

(19)

Na Fr ança, gr andes avenidas ar bor izadas r ef let indo as r ef or mas ur banas pr omovidas por Luís XVI f or am const r uídas em Aix-en-Pr ovence em 1651, bem como passeios em Mar selha,

Gr enoble, Caen, Tour s e Angulema (Segawa, 1996).

No Br asil, a pr eocupação em cr iar j ar dins nasce soment e a par t ir do f im do século XVI I I e é mais f r eqüent e no século XI X, como her ança dos países que j á pr at icavam a ar t e do

paisagismo; os bot ânicos e paisagist as começam a exer cer suas at ividades pr of issionais, sendo cada vez mais solicit ados. A apr oximação do desej o de or denação do espaço f ísico com

element os veget ais acont eceu soment e no f im do século XVI I I , com o obj et ivo de pr eser vação

e cult ivo de espécies, inf luência de modelos do ext er ior (Ter r a, 2000).

No f im do século XI X, o conceit o de par ques e r uas ar bor izados est ava amplament e

assimilado. A ár vor e t or nou-se um símbolo de civilidade, de cult ur a e de pat r iot ismo.

No início do século XX, o conheciment o sobr e os benef ícios das plant as em ár eas ur banas est ava divulgado nas mais diver sas inst âncias sociais e plenament e aceit o no âmbit o

t écnico cient íf ico (Segawa, 1996).

Em Campos do J or dão, há r egist r o de que, em 1948, o pr ef eit o da est ância, Or est es de Almeida Guimar ães, f oi o pioneir o na pr eocupação com a ur banização do cent r o da cidade, cuj o

aspect o pr ecisava ser melhor ado. I nt r oduziu ent ão o plant io de plát anos (Plat anus acer if olia)

nas vias públicas, cuj as pr imeir as mudas vier am da Ar gent ina e f or am plant adas ao longo da Avenida Emílio Ribas at é a Vi la Capivar i. Houve muit as r est r ições por par t e da Câmar a dos

Ver eador es, por não ser em os plát anos ár vor es nacionais t ípicas da r egião e peculiar es a

(20)

“ár vor e de gr ande beleza or nament al”, plant ados nas pr incipais est ações de inver no do mundo (Paulo Filho, 1988).

Assim, os cedr inhos (Cupr essus lusit anica) que ser viam de pr ot eção à via f ér r ea,

gar ant indo a segur ança e f or mando uma bar r eir a à passagem de cr ianças, pedest r es e animais, f or am r et ir ados e subst it uídos por plát anos (Paulo Filho, 1988). Desde ent ão, inúmer os

pr oblemas com a ar bor ização de r uas de Campos do J or dão f or am sendo const at ados pela pr ef eit ur a local.

Dest a f or ma, pela pr emência de solução par a os pr oblemas r elacionados com a

(21)

O desenvolviment o ur bano na Eur opa iniciou-se na met ade do século XV e o

apar eciment o da veget ação em espaços públicos ocor r eu no século XVI I (Segawa, 1996).

Em Ant uér pia, uma or dem do Conselho Municipal, em 1578, det er minava o plant io de

t r ês linhas de ár vor es nos passeios da cidade. Gir ouar d1 cit ado por Segawa (1996) obser vou

que em 1641, o hist or iador inglês J ohn Evelyn r elat ou sobr e a Ant uér pia: “não há nada mais encant ador nest a cidade que as deliciosas sombr as e passeios de imponent es ár vor es, que

t or nam as obr as de f or t if icação daqui um dos mais agr adáveis lugar es na Eur opa” (Segawa,

1996).

O est ilo f r ancês dest acou-se no século XVI I e o inglês, no século XVI I I , ambos

evidenciando as ár vor es (Far ah, 1999). Aléias são caminhos ladeados por ár vor es, que t êm a sua

gênese nos j ar dins r enascent ist as it alianos (Far ah, 1999).

1

(22)

Mar k Gir ouar d1 r egist r ou uma sér ie de document os r elacionados com o nasciment o dos espaços aj ar dinados públicos f r anceses : Raphael Salvet y, em 1597, obt eve uma concessão das

aut or idades de Par is par a ut ilizar um t er r eno e implant ar um campo de “pallamaglio” (var iação

moder na do cr íquet e, pr at icado no ver ão sob a sombr a de ár vor es) O empr eendiment o f oi um sucesso, e f oi const r uído um segundo campo. Duas avenidas ar bor izadas or ganizavam o espaço,

sendo uma dest inada ao j ogo e out r a aos espect ador es. (Segawa, 1996).

O “Cour s la Reine”, em Par is, lugar cer cado e isolado por f ossos, cr iado por or dem da

r ainha Mar ie de Médicis (1573-1642), apr esent ava, ao longo de 1,5 km, ent r e o r io Sena e ár ea

que ser ia os “Champs Élysées”, do lado oest e das Tulher ias, quat r o f ileir as de olmos que har monizavam o espaço. Ser viam par a caminhadas e cir culação de car r uagens sob a sombr a

dest as ár vor es. A par t ir de ent ão, out r os locais com car act er íst icas semelhant es sur gir am em

Par is, como o “Cour s de Saint Ant oine”, uma ár ea ao longo de mur alhas que f oi t r ansf or mada em um passeio ar bor izado, compondo os “Gr ands Boulevar ds” (Segawa, 1996).

Na I nglat er r a, a administ r ação r acional de mat as, no século XVI I , decor r ia da

necessidade de madeir a par a a indúst r ia naval. Da pr eser vação de f lor est as par a o plant io de ár vor es, o caminho f oi r ápido, pois a adoção da silvicult ur a most r ava-se em uma f or ma de

valor izar a pr opr iedade. N a cidade de Londr es, o apr oveit ament o de t er r enos desvalor izados e

af ast ados da cidade ensej ou a inst it ucionalização de passeios. Em 1605, uma par cela de ár ea alagadiça f oi dr enada e ur banizada com plant io de ár vor es, e legada à cidade par a uso da

população (Segawa, 1996).

(23)

par que de caça; Dublin t eve o “Beaux Walk” e o “Gar dener ’s Mall”; Amst er dam apr oveit ou um char co, t r ansf or mando-o na “Nieuwe Plant age”; Bor deaux ganhou o J ar din Royal e Nancy;

Viena, Munique, São Pet er sbur go, Madr id e Lisboa implant ar am passeios públicos ar bor izados

(Segawa, 1996).

Leszek Zawisza, est udando os j ar dins venezuelanos, r elat a que, em Car acas, f oi

iniciada, em 1784, a const r ução de uma alameda ar bor izada, na per if er ia da zona nor t e da cidade, que se t or nou at r aent e par a passeio. Em Bogot á, Colômbia, no últ imo quar t o do século

XVI I I , f or am alar gadas, or denadas e ar bor izadas duas vias, chamadas alamedas, com car át er

de passeio público. Em Lima, Per u, o vice r ei Manuel Amat y J unyent cr iou alguns espaços públicos como a Alameda de los Descalzos em Rimac, que se t or nou um dos mais impor t ant es

sít ios ur banos ao longo do século XI X (Segawa, 1996).

O pr oj et o da cidade de Washingt on, D.C., nos Est ados Unidos, elabor ado por L’Enf ant , em 1791, apr esent ou r uas delineadas por ár vor es em suas mar gens, buscando explor ar

per spect ivas e campos de visão. O padr ão par a as avenidas de Par is pr oj et adas por Alphand,

(24)

2. 2 Breve hist órico da arborização urbana no Brasil

No Br asil, o int er esse por j ar dins nasce soment e no f im do século XVI I I , com obj et ivo de pr eser vação e cult ivo de espécies, inf luenciado pela Eur opa (Ter r a, 2000).

É escasso o mat er ial hist ór ico br asileir o, mas dest acam-se alguns paisagist as como

August e Fr ançois Mar ie Glaziou, que veio ao Br asil a convit e de D. Pedr o I I par a ocupar o car go de dir et or ger al de mat as e j ar dins e per maneceu no Br asil por 39 anos, de 1858 a 1897, sendo

aut or de muit as pr oduções de j ar dins no ext er ior e no Br asil, por ém com inf luência eur opéia, como o passeio público do Rio de J aneir o (Ter r a, 2000).

De acor do com Lima (1993) e Segawa (1996), no f inal do século XVI I I , o ar quit et o

nat ur alist a Ant ônio J osé Landi t er ia plant ado mangueir as nas r uas de Belém, no Est ado do

Par á, com as f inalidades de est udar e pr omover a adapt ação da espécie ao novo ambient e; a

ação do senador Ant ônio J osé Lemos, conduzido à int endência da municipalidade de Belém,

per mit iu desenvolver uma polít ica ur bana de int ensa ar bor ização e cr i ação de par ques e j ar dins.

A análise hist ór ica denot a não apenas a f or t e inf luência do paisagismo sobr e o desenho

ur bano, como a sobr eposição exist ent e ent r e est es campos. Além dist o, elucida o moment o em que a ar bor ização e os element os veget ais passam a ser compr eendidos como element os

est r ut ur ador es do espaço ur bano, e t êm sua f or ça de t al f or ma adquir ida, que passam a def inir

novas t ipologias e est ilos de paisagem e desenho ur bano (Far ah, 1999).

Na década de 30, Rober t o Bur le Mar x, pai do paisagismo t r opical, ar t ist a plást ico,

(25)

har moniosament e plant as nat ivas, t r opicais e br asileir as, explor ando a biodiver sidade do Br asil. Foi r esponsável pela cr iação de inúmer os j ar dins no Br asil e no ext er ior , t ais como o pr édio da

ONU em Nova Yor k, O J ar dim da Nações em Viena, o At er r o do Flamengo e o Museu de Ar t e

Moder na no Rio de J aneir o, o Eixo Monument al de Br asília, o Aer opor t o de Pampulha, em Belo Hor izont e, e o Par que do I bir apuer a, em São Paulo (Fleming, 1996).

2. 3 I mport ância da arborização urbana

2. 3. 1 I nf luência no microclima

O t ecido ur bano cor r esponde à expr essão máxima de inf luências ant r ópicas sobr e o

espaço geogr áf ico, cuj os r ef lexos se pr oj et am de f or ma signif icat iva sobr e o ambient e

climát ico local, est imulando a elabor ação de um clima ar t if icial. No caso do ambient e ur bano,

ver if ica-se que o aceler ado cr esciment o demogr áf ico, conj ugado a out r as var iáveis do espaço ur bano, cont r ibuem de f or ma signif icat iva nas alt er ações dos element os climát icos. A cidade

impr ime modif icações nos par âmet r os de super f ície e da at mosf er a que, por sua vez, conduzem

a uma alt er ação no balanço de ener gia (Lombar do, 1990).

De acor do com Fur t ado & Mello Filho (1999), t odos os element os paisagíst icos devem

ser cuidadosament e t r at ados a f im de t r azer benef ícios que int er f er ir ão no pr oj et o int egr ado,

visando a melhor ia da qualidade do ar , o sombr eament o da edif icação e adj acências, o cont r ole da vent ilação e da umidade. A maior par t e da car ga t ér mica de uma edif icação pr ovém da

(26)

element os micr oclimát icos par a eliminar um excesso de ener gia que t or nar ia inóspit o o ambient e const r uído.

De acor do com Lima (1993), as ár eas ur banas const it uem um ambient e ar t if icial, pois

possuem gr ande concent r ação de ár eas const r uídas e paviment adas que f avor ecem a absor ção de r adiação solar de dia e r ef lexão dur ant e a noit e. Denominado ilha de calor , est e f enômeno

pode t er um dif er encial t ér mico bast ant e signif icat ivo em r elação a locais mais veget ados. As ár vor es int er cept am, r ef let em, absor vem e t r ansmit em a r adiação solar . Uma adequada

arbor ização e uma boa vent ilação const it uem dois element os f undament ais par a a obt enção do

conf or t o t ér mico par a o clima t r opical úmido. O conj unt o ar bór eo colocado a uma dist ância mais apr opr iada possível da edif icação f or necer á um bom sombr eament o nas f achadas,

compondo um ent or no mais f avor ável (Fur t ado & Mello Filho, 1999).

Na cidade de São Fr ancisco, nos Est ados Unidos, j á f or am ver if icadas ilhas de calor com dif er enças de t emper at ur a de at é 9,5o C. Em São Paulo, f oi medido um gr adient e de 10o C

ent r e o cent r o e a per if er ia (Heisler2 e Lombar do3 cit ados por Lima, 1993).

Milano (1984) descr eve que a ação dos element os climát icos, isolados ou em int er ação, são r esponsáveis pela sensação de conf or t o ou desconf or t o do ser humano. Gr upos de ár vor es

podem ser ef icient es na melhor ia t ér mica no ambient e ur bano. A t emper at ur a à sombr a é

apenas poucos gr aus mais baixa que ao sol, mas sent e-se conf or t o por não haver insolação dir et a. As ár vor es de copa r ala podem int er cept ar a r adiação solar em at é 80% e as de copa

densa, 98% (Lima, 1993). Out r os f at or es como f or ma da f olha, densidade f oliar e t ipo de

r amif icação t ambém são consider ados quant o à int er cept ação da r adiação solar (Milano, 1984).

2 HEI SLER, G., M. Tr ees and human conf or t in ur ban ar eas. Journal of Forest ry, v. 72, n. 8, p. 462-469, 1974.

(27)

Segundo Pedr osa (1983), é f unção das ár vor es capt ar par t e das águas pluvi ais, bem como dr enar águas subt er r âneas, lançando-as lent ament e na at mosf er a, cont r ibuindo par a o

conf or t o ambient al das cidades.

Maior quant idade de veget ação implica a mudança do balanço de ener gia, como consequência dos pr ocessos de t r anspir ação e f ot ossínt ese. Uma ár vor e isolada pode

t r anspir ar em média 400 L de água por dia, r esult ando em signif icat ivo aument o do r esf r iament o do ambient e, equivalent e a cinco condicionador es de ar , f uncionando 20 hor as por

dia. Ainda, por meio da t r anspir ação, as ár vor es t ambém cont r ibuem par a a melhor ia da

umidade r elat iva do ar (Elet r opaulo, 1995).

2. 3. 2 I nf luência da arborização na saúde

De acor do com Pedr osa (1983), a ar bor ização de vias públicas consist e em t r azer par a

as cidades par t e do ambient e nat ur al e do ver de das mat as com f inalidade de sat isf azer as necessidades mínimas do ser humano. Demat t ê (1997) consider a que as ár vor es embelezam a

paisagem e pr opor cionam sensação de cont at o com a nat ur eza. Também at enuam o sent iment o

de opr essão do ser humano f r ent e às gr andes edif icações (Elet r opaulo, 1995). Segundo Ar nold (1993), as ár vor es t ambém r egulam a luminosidade e nos t r azem à lembr ança as dif er ent es

est ações do ano.

A ár ea ver de t em f unção de se const it uir em um espaço “social e colet ivo”, sendo impor t ant e par a a manut enção da qualidade de vida. Por f acilit ar o acesso de t odos,

(28)

1996). A Or ganização Mundial de Saúde (OMS) r ecomenda que as cidades t enham, no mínimo, 12m2 de ár ea ver de por habit ant e (Lang, 2000).

As ár vor es podem ser consider adas como agent es ant imicr obianos, a exemplo da

Flor est a do Palácio de Font ainnebleau, que apr esent a a cont agem de 50 micr or ganismos/ m3 em compar ação com a cont agem de 4.106 micr or ganismos/ m3 em um est abeleciment o comer cial em

Par is. No ambient e ur bano, t êm consider ável pot encial de r emoção de par t ículas e gases poluent es da at mosf er a. Cor t inas veget ais exper iment ais f or am capazes de diminuir em 10% o

t eor de poeir a do ar (Pedr osa, 1983).

As ár vor es agem ainda cont r a a poluição at mosf ér ica, sonor a e visual (Pedr osa, 1983). O excessivo som ur bano pr ovenient e do t r áf ego, equipament os, indúst r ias e

const r uções int er f er e na comunicação, lazer e descanso das pessoas, podendo af et á-las

psicológica ou f isiologicament e. É possível f azer o uso de ár vor es como complement ação par a o at enuament o do r uído, j á que os veget ais diminuem a r ever ber ação do som. É pr eciso r essalt ar

que o ef eit o pr ot et or var ia de acor do com a f r eqüência dos sons, com a posição das ár vor es em

r elação à f ont e emissor a e com a est r ut ur a e composição do plant io (Milano 1984).

Segundo Bianchi (1989), a ar bor ização cont r ibui t ambém par a at enuar a poluição visual,

pois as ár vor es são component es que conf er em f or ma aos ambient es ur banos e desempenham

(29)

2. 3. 3 I nf luência da arborização nos ecossist emas urbanos

Além de cont r ibuir par a a ár ea ver de t ot al da cidade, a manut enção do equilíbr io dinâmico do ecossist ema depende muit o da diver sidade do component e ar bór eo, pois est a vem

acompanhada de uma int ensa int er -r elação com espécies zoót icas que são r esponsáveis pela

polinização e manut enção da var iabilidade (Bianchi, 1989).

Nas ár eas ur banas, a f lor a nat iva é, muit as vezes, nor malment e pr at icament e r et ir ada,

sendo subst it uída por exót ica r uder al, que é a f lor a que se t or na subespont ânea nas cidades, pois r esist e às condições de extr ema f alt a de água e alt a t emper at ur a. A pr ef er ência pela

ut ilização de espécies de ocor r ência nat ur al da r egião é necessár ia quando se busca pr ot eção

per manent e e aut o r enovação do ecossist ema (Bianchi, 1989).

De acor do com Demat t ê (1997), as ár vor es of er ecem abr igo e aliment o par a pequenos

animais, f avor ecendo a biodiver sidade. Sabe-se que os f r ut os de vár ias espécies veget ais são

út eis como aliment o da f auna, especialment e aves. O númer o de espécies e a população de aves depende do gr au de het er ogeneidade da est r ut ur a f ísica of er ecida pelo ambient e, que, no caso

de ambient es ur banos, t em est r ut ur a pouco var iada. No ent ant o, os est udos t écnicos

exist ent es r ef er em-se apenas à ut ilização dos f r ut os e sement es como aliment o das aves em sent ido amplo, mas não são r elacionados especialment e com ar bor ização ur bana. As ár vor es

f r ut íf er as nat ivas implant adas em logr adour os públicos possibilit ar ão o aument o da

pr opagação, pelas aves f r ugívor as que ainda exist em nas cidades, e exer cer ão inf luência pr eponder ant e na abundância e dist r ibuição dessas espécies veget ais. Além disso, evit ando-se

(30)

par a uso de espécies nat ivas em pr oj et os paisagíst icos e incent ivo ao cult ivo e apr oveit ament o das f r ut íf er as nat ivas (Sanchot ene, 1989).

A unif or mização da veget ação nos cent r os ur banos const it ui um dos maior es per igos

par a o equilíbr io ecológico na Ter r a e deve ser evit ada. A diver sidade de espécies veget ais é condição básica par a a sobr evivência da f auna e o equilíbr io ecológico. As poucas espécies que

se plant am nos cent r os ur banos do sul do Br asil são pr at icament e as mesmas que no Cent r o Oest e, em pleno cer r ado br asileir o (Sociedade Pr ot et or a do Ambient e, 1975).

As cidades que não diver sif icar em sua veget ação poder ão se t r ansf or mar em deser t os

ver des. Cada cidade dever ia dar pr ior idade às espécies nat ivas da r egião. Quando isso acont ecer , os t ur istas t er ão maior pr azer ao visit á-las, pois elas apr esent ar ão aspect os

dist int os e t ípicos de sua veget ação.

Sant os (1960) cit a que o Est ado de Michigan, nos Est ados Unidos, ar r ecadou, nos anos 60, cer ca de US$ 247 milhões com o t ur ismo em f unção das magníf icas r odovias ar bor izadas e

aj ar dinadas.

2. 3. 4 Sit uação das árvores públicas

Embor a sej am inúmer os os benef ícios pr opor cionados pelas ár vor es, o r econheciment o

hist ór ico dest es pela população br asileir a t em deixado a desej ar .

At é que o médico Oswaldo Cr uz pr ovasse, no início do século, que a malár ia e out r as doenças er am t r ansmit idas por mosquit os, o povo acr edit ava que a sombr a f or mada pelas

(31)

negação da paisagem nat ur al. Por esse mot ivo, a ar bor ização viár ia acabou sof r endo vár ios t ipos de agr essões (Lima, 1993).

Mesmo at ualment e, as ár vor es das r uas e avenidas cont inuam sendo danif icadas,

mut iladas, ou mesmo, eliminadas, quando se t r at a de r ef or mas ur banas como alar gament o de vias, conser t o de encanament os, manut enção da r ede elét r ica, const r ução e r ef or ma de

edif icações r esidenciais, comer ciais e mesmo inst it ucionais.

Vár ios out r os pr oblemas são apont ados como pr ej udiciais às plant as: poluição do ar ;

paviment ação e excesso ou f alt a de água no solo, além de pouca ou nenhuma disponibilidade de

nut r ient es; pH mais elevado do que em condições nat ur ais em pr ej uízo de vida micr obiana; ocor r ência de inset os e doenças; alt as t emper at ur as, iluminação ar t if icial e excesso de

r ef lexão de ener gia pelas casas e paviment os (Lima, 1993). Milano (1984) adiciona ainda aos

danos f ísicos causados por acident es com veículos, vandalismo e t écnicas de manej o inadequadas.

As ár vor es podadas t êm seu aspect o or iginal alt er ado e j amais sat isf ar ão as exigências

impost as pela est ét ica e ciência, embor a possam sat isf azer às exigências que lhes são f eit as pela salubr idade pública. Por t ant o, é bom que t enhamos ár vor es com seu por t e nat ur al, e par a

tê-las, é indispensável que lhes pr opor cionemos o espaço cor r espondent e à sua nat ur eza.

(Hoehne, 1944).

Ar nold (1993) cit ou um est udo, complet ado em 1987 pela Associação Amer icana de

Silvicult ur a, r elat ando que as cidades amer icanas t êm met ade do númer o de ár vor es que elas

(32)

ár vor es, nos gr andes cent r os ur banos, mor r e ant es de cr escer e apr esent ar por t e o suf icient e par a of er ecer benef ícios apr eciáveis. Segundo o aut or , o melhor caminho par a est ender a

expect at iva de vida dessas ár vor es é plant á-las em t amanho adequado, especialment e com

pr epar o apr opr iado do solo f avor ecendo o sist ema r adicular .

2. 4 Adequação e planej ament o da arborização

De acor do com Hoehne (1944), a ar bor ização de uma cidade r equer conheciment o

per f eit o das condições mesológicas da localidade onde se pr et ende levá-la a ef eit o. Exige um

est udo sér io em r elação à lar gur a e dir eção das r uas e avenidas, pr opor ção de ár eas ocupadas

com pr aças, r elação com super f ície da ár ea habit ada, alt ur a dos pr édios, moviment o de veículos

e sua nat ur eza, calçament o, f ios aér eos, iluminação e t elef one, enf im, t odos os f at or es que

alt er am a solução do pr oblema e complicam-no na pr opor ção em que a cidade cr esce.

Segundo Demat t ê (1997), são f at or es limit ant es no pr ocesso de ar bor ização a lar gur a

das r uas, a lar gur a das calçadas, o r ecuo das casas, a pr esença de r edes subt er r âneas e a

pr esença de f ios aér eos da r ede elét r ica. Ruas com menos de 7m de lar gur a, casas sem r ecuo e calçadas com menos de 3m de lar gur a não compor t am ar bor ização. Nos out r os casos, devem

ser usadas sempr e ár vor es de médio por t e, pois as ár vor es de gr ande por t e pr ovocam sensação

de insegur ança e of er ecem per igo em ocasiões de t empor ais. No caso de r uas com cant eir o cent r al, est e pode ser ar bor izado em f unção de sua lar gur a. Em cant eir os com lar gur a menor

(33)

Ant es do planej ament o da ar bor ização, é necessár io hier ar quizar os espaços livr es de uma cidade quant o à sua t ipologia e cat egor ia par a que o r esult ado sej a maximizado dent r o da

ár ea ur bana (Cavalheir o, 1994)

Os r equisit os básicos são planej ar concomit ant e e har moniosament e a ar bor ização e as int er venções ur banas, pr ogr amar o at endiment o per manent e das necessidades da ar bor ização

e assegur ar condições essenciais à concr et ização dos pr ogr amas de ar bor ização (Mesquit a, 1996).

As paisagens est ão em const ant e t r ansf or mação, t ant o no cont ext o ecológico quant o no

cont ext o cult ur al. Ao planej ar paisagens, devem ser consider ados o cont ext o t empor al e espacial, a hist ór ia, as f ases ecológicas e os per íodos cult ur ais, j ust ament e par a se adequar ao

dinamismo dessa mudança de paisagens (Mar cucci, 2000)

A pesquisa e o desenvolviment o são f er r ament as impor t ant es par a a evolução do planej ament o, adequação, implant ação e manej o de ár vor es ur banas. As pesquisas devem

cont r ibuir par a o est ímulo da discussão cient íf ica e int elect ual do pr esent e e do f ut ur o da

veget ação ur bana de um modo ger al. Devem ser mult idisciplinar es, englobando o paisagismo, o planej ament o do espaço f ísico ur bano, geogr af ia, sociologia, genét ica, edaf ologia e hor t icult ur a

(Randr up, 1999).

A escolha das espécies veget ais ar bor escent es não é indif er ent e e deve ser f eit a levando-se em consider ação t odos os det alhes sempr e que se desej ar em vant agens r eais par a a

(34)

Par a const it uir solução par a a ar bor ização de uma det er minada cidade, o er r o da gener alização deve ser evit ado, e a quest ão deve ser r esolvida par a cada cidade isoladament e,

pr incipalment e quando se cogit a empr egar espécies exót icas aqui aclimat adas.

O plano dir et or par a ar bor ização deve def inir o plant io de f or ma segment ada, f azendo com que as ár vor es sej am diver sif icadas em idade e espécies (Milano & Dalcin, 2000).

O pr ocesso de ar bor ização deve levar em cont a, pr imeir ament e, o est abeleciment o de cant eir os e f aixas per meáveis que per mit am a inf ilt r ação de água da chuva. A escolha da

espécie adequada é f undament al, de acor do com o local que se pr et ende r ealizar o plant i o

(Elet r opaulo, 1995).

De acor do com Far ah (1999), o element o ar bór eo, quando int r oduzido nas cidades,

envolve uma def inição pr oj et ual e f ica evidenciada a f or t e r elação que se est abelece ent r e o

paisagismo e o desenho ur bano. Esse elo possui r aízes hist ór icas, “f icando a sua per cepção oscilando ent r e a dif iculdade de est abeleciment o de limit es clar os ent r e est es dois conceit os e

a concepção do paisagismo apenas at r elada ao element o veget al”.

Segundo Roso (1994), um dos gr andes pr oblemas enf r ent ados na arbor ização ur bana é a escolha das espécies que apr esent em condições ideais de compat ibilização com espaços

disponíveis, t ant o em r elação ao diâmet r o da copa e alt ur a como quant o ao sist ema r adicular .

Est e últ imo diz r espeit o a conf lit os com r edes subt er r âneas e passeio público. Se, em r elação à par t e aér ea, pr oblemas com os f ios podem ser r esolvidos com podas, no que se r ef er e às

r aízes, as int er f er ências podem t r azer dif iculdades, uma vez que o cor t e do sist ema r adicular

(35)

O plant io de veget ais inadequados pode acar r et ar cust os f inanceir os t ant o par a o poder público, quant o par a par t icular es, se houver levant ament o de calçadas e necessidade de

conser t o de equipament os.

De acor do com Mesquit a (1996), a nor ma basilar da ar bor ização consist e na escolha da espécie apr opr iada par a o local a que se dest ina. Assim, cada sit uação det er minar á a solução a

ser dada, f undament ando-se no conheciment o acumulado e evit ando-se gener alizações duvidosas.

As espécies devem ser escolhidas de acor do com os seguint es cr it ér ios: t r onco

r et ilíneo, conduzido sem r amif icações lat er ais at é apr oximadament e 2m; r ust icidade; sist ema r adicular pr of undo, sem r aízes super f iciais espessas; alt ur a e diâmet r o máximos compat íveis

com o local; copa densa e f olhagem per sist ent e par a clima quent e; copa r ala e f olhagem caduca

par a clima f r io; t r oncos e r amos sem espinhos; galhos que não se quebr em f acilment e. Devem ser evit adas espécies que exalem ar omas f or t es ou que sej am aler gênicas; que t enham gr ande

quant idade de f olhas decíduas, f lor es que pr ovoquem escor r egament o de pedest r es ou f r ut os

car nosos que at r aiam moscas.

Wint er s (1991) coment ou sobr e a pr eocupação com espécies t óxicas, e cit ou como

espécie adequada aquela de cr esciment o r egular , sist ema r adicular pivot ant e e de por t e de

médio a pequeno, com alt ur a de 4 a 10 m.

Embor a a escolha das espécies est ej a dir et ament e ligada à f inalidade pr et endida, o

hábit o de f r ut if icação e f lor ação, assim como o t amanho de f lor es e f r ut os devem ser

(36)

Biondi (1996) af ir mou que o ambient e ur bano of er ece par a as ár vor es condições que se cont r apõem às do ambient e nat ur al. Muit as mor r em dur ant e a adapt ação da mudança da mat a

nat iva par a o ambient e ur bano. A indicação de espécies par a a ar bor ização ur bana ainda é f eit a

de maneir a muit o empír ica, ut ilizando apenas inf or mações est ét icas. A int egr ação de novas espécies em ambient e ur bano é um pr ocesso complexo e demor ado que r equer , além das

inf or mações sobr e as espécies, inf or mações r elat ivas ao ambient e e à r elação ár vor e-ambient e. O melhor ament o genét ico de ár vor es é a t endência do f ut ur o; o cr esciment o

aceler ado das cidades dif icult a a seleção de espécies que at endam às car act er íst icas do meio e

que t oler em t ant as adver sidades.

Os f at or es que pr ej udicam as plant as podem ser biót icos e abiót icos. Em ár eas

ur banas, ocor r em em f unção das condições ambient ais adver sas do meio. O est r esse cr ia

condições par a associação de inset os e pat ógenos secundár ios (Mi lano & Dalcin, 2000).

Alguns f at or es abiót icos e suas conseqüências est ão associados a aspect os climát icos,

como t emper at ur a, umidade e vent o, além dos aspect os edáf icos. Temper at ur as elevadas

causam r essecament o, que causam mor t e do t ecido veget al. Temper at ur as baixas podem induzir r achadur as na casca e no t r onco, possibilit ando a ent r ada de out r os pat ógenos. Esses

pr ocessos ocor r em pr incipalment e em espécies ar bór eas com adapt ação inadequada aos locais

de plant io. O excesso de umidade acar r et a def iciência de oxigênio, r esult ando em r eações de oxi-r edução que impossibilit am a absor ção de element os como o f er r o, por exemplo. A baixa

umidade no solo causa lesões, necr oses ou queima do limbo f oliar , mur cha per manent e ou

(37)

De acor do com Lima (1993), os pr incipais pr oblemas causados por ár vor es no meio ur bano podem ser ident if icados como: escur eciment o diur no e not ur no de r uas, j ar dins e

f achadas das casas; ent upiment o de calhas e quebr a de t elhas; dest r uição de pisos, calçadas e

r uas; quebr a, obst r ução ou deslocament o de canalizações; danos e quedas de f ios da r ede elét r ica, de t elef one e de t elevisão; pr ej uízos a post es, placas de sinalização e semáf or os,

t r ânsit o de veículos e pedest r es, e ainda o encobr iment o de let r eir os ou pr opagandas comer ciais.

De acor do com Del Picchia (1996), a ar bor ização de vias públicas em nossas cidades

t em- se car act er izado pelo imediat ismo da ação por par t e do poder público, que visa sempr e um ef eit o r ápido, que t or ne evident e à população o int er esse do administ r ador público na

sat isf ação dos anseios de melhor ia da qualidade de vida nas cidades.

De acor do com Machado (1999), a condução da ar bor ização nas pr incipais cidades r elaciona-se a iniciat ivas t ímidas e casuíst icas. Os avanços se concr et izar ão apenas quando

houver int er ação de vár ios segment os envolvidos, como as pr ef eit ur as, as companhias

ener gét icas, os conselhos r egionais, as univer sidades, o Minist ér io Público e sociedade civil or ganizada.

De acor do com Bueno (1999), a par t icipação da comunidade nas diver sas esf er as da

vida social é uma t ônica pr esent e nos dias at uais. O planej ament o em ar bor ização ur bana de acompanhament o viár io é uma t emát ica que não f oge à r egr a. Uma f or ma de int er venção na

paisagem que leva em cont a a par t icipação do cidadão é denominada par t icipat iva. Por meio de

(38)

r espeit o da paisagem que podem r esult ar em alt er ações no pr oj et o or iginal. Dessa f or ma, a int er venção na paisagem e, pr incipalment e, a j ust if icat iva e post er ior concepção que a nor t eia,

é compar t ilhada com a comunidade. Uma vez def inida a int er venção, o planej ament o é

discut ido. Os r esult ados, além de ser em de uma r iqueza indiscut ível, pr eser vam o espaço par a int er f er ência do cidadão na paisagem. Sua per cepção a r espeit o da alt er ação da paisagem é

levada em consider ação, e o conheciment o t écnico de t oda a equipe de t r abalho, valor izado.

2. 5 Manej o das espécies arbóreas

O manej o do ver de ur bano deve ser planej ado e conduzido por pr of issionais segundo nor mas e padr ões t écnicos. Há que se int er vir t ambém no desenho ur bano das cidades que,

hist or icament e, t em subest imado a impor t ância dos espaços livr es par a o uso colet ivo,

deixando as ár vor es est r essadas e agr avando o conf lit o com os demais ser viços públicos (Milano & Dalcin, 2000).

Consider ando que, na maior ia das cidades br asileir as, a ar bor ização exist ent e não é har mônica com f at or es e ser viços da cidade, são indicados a aplicação da r ear bor ização e o

manej o adequado par a a sit uação, como t ipo de poda, por exemplo. A ar bor ização deve

adequar-se aos demais ser viços ur banos (Bueno, 2000).

O cont r ole de doenças em ár vor es públicas, segundo Milano & Dalcin (2000), deve ser

específ ico e cont ar com t odas as medidas de cont r ole, apr esent adas a seguir .

(39)

-er r adicação: pr evenindo o est abeleciment o do pat ógeno, usando pr át icas de ar r anquio de t ocos e r aízes e podas de limpeza, seguido de inciner ação dos r est os veget ais;

-pr ot eção: pr evenindo o cont at o do hospedeir o com o pat ógeno j á int r oduzido;

-imunização: aplicando pr odut os sist êmicos e plant io de espécies r esist ent es;

-t er apia: cur ando a plant a doent e, r ecuper ando cir ur gicament e r aízes e t r oncos

lesados, aplicando condicionador es e cor r et ivos de solo, def ensivos agr ícolas e f er t ilizant es par a r ecuper ação de r aízes e copas;

-evasão: f uga do pat ógeno, ou modif icação do ambient e f avor ável à doença, bem como

plant io em época ou ár ea onde o inóculo é ausent e;

-r egulação: pr evenção da doença pela manipulação do ambient e com calagem, melhor ia

na dr enagem e ir r igação.

O cont r ole f it ossanit ár io é um manej o necessár io par a a pr eser vação da ar bor ização ur bana. I nicia-se com a adequada seleção de espécies r esist ent es ou t oler ant es, com f enologia

conhecida, par a não conf undir com sint omas de pr agas e doenças. Abcisões f oliar es, quedas de

r amos, t r ocas de casca, exsudação de gomas ou r esinas e dif er enças na color ação da f olhagem podem ser pr ocessos f isiológicos. O ideal é o cont r ole pr event ivo e não o ter apêut ico, além do

manej o int egr ado, iniciando-se com a escolha adequada das espécies em f unção do local em que

ser ão plant adas (Milano & Dalcin, 2000).

O diagnóst ico é f undament al no t r at ament o dos pr oblemas da ar bor ização ur bana.

I dent if icar a espécie do indivíduo ar bór eo, as pr agas e doenças iner ent es à plant a, bem como

(40)

biológico da plant a, da pr aga e da doença, monit or ament o, t omada de decisão, capacidade oper acional e aut or idade par a implement á-la, obser vando cuidadosament e o uso de def ensivos

e pest icidas (Milano & Dalcin, 2000).

As podas t ambém f azem par t e do manej o das ár vor es. As f or mas de poda var iam ent r e as espécies de acor do com a necessidade de cada indivíduo e f inalidade dent r o da cidade. As

podas são divididas em: levant ament o de copa, quando é pr eciso a r et ir ada de galhos baixos, de br ot ações ou r amif icações muit o pr óximas da base ou que est ej am at r apalhando o t r ânsit o de

pedest r es e veículos ou escondendo sinalização de t r ânsit o; r ebaixament o de copa, quando há

necessidade de r et ir ada de galhos muit o alt os, que at r apalhem f iação ou edif icações; equilíbr io de copa, quando a ár vor e apr esent a cr esciment o desigual de galhos; poda de conf or mação,

quando a necessidade é est ét ica, e poda dr ást ica, quando necessár io, por mot ivo de

enf er midades (Radikal Engenhar ia, s. d.).

Out r a at ividade de manej o é a dendr ocir ur gia, que engloba t odas as ações r elat ivas ao

t r at ament o de inj úr ias e cavidades no lenho das ár vor es e t odos os pr ocessos de r ecuper ação

ou r ef or ço das est r ut ur as delas por meio de cabeament os, pinos, ou sist emas especiais de escor as (Milano & Dalcin, 2000). No caso de pr eenchiment o de cavidade, ant igament e

usavam-se mat er iais incompat íveis com a t ext ur a da cavidade lesada, como t ij olos, pedr as e ciment o.

At ualment e, j á exist em no mer cado mat er iais mais apt os par a a f unção, com maior plast icidade, maleabilidade, f lexibilidade e apar ência est ét ica, que acompanham os

“moviment os“ das ár vor es em caso de vent os, mudanças climát icas e var iações de umidade.

(41)

t ambém mant a asf ált ica, com est r ut ur a de t ela de ar ame e t ela de ar ame com cober t ur a de “bidin” r evest ida com ciment o. As et apas par a a dendr ocir ur gia são: r et ir ada do mat er ial

doent e da cavidade; pulver ização com f ungicida (calda bor dalesa) e calda sulf ocálcica como

inset icida; pr enchiment o com mat er ial na cavidade e acabament o f inal com cober t ur a e t ext ur ização, par a f ins est ét icos (Radikal Engenhar ia, s. d.).

Par a manut enção das ár eas ver des e da ar bor ização viár ia das cidades, algumas ações são necessár ias: legislação def inindo cr it ér ios de manej o par a ar bor ização; apoio a est udos

cient íf icos par a conheciment o do pat r imônio ar bór eo da cidade; elabor ação de planos de

ar bor ização e manej o de ár eas ver des, além de ut ilização de equipament os ur banos que se compat ibilizem melhor com o homem e com a cidade (implant ar r ede compact a de ener gia,

iluminação pública r ebaixada). A implant ação de escolas de j ar dinagem e o desenvolviment o de

pr ogr amas de educação ambient al são essenciais par a conscient izar a população sobr e a impor t ância das ár vor es (Mar óst ica, 2000).

2. 6 Tecnologia e inf ormát ica na arborização urbana

O invent ár io da ar bor ização ur bana per mit e que os ór gãos públicos t enham

conheciment o da diver sidade e do compor t ament o das espécies, bem como cont r ole de pr agas

e doenças, além de monit or ament o de podas, plant ios e manut enção em ger al, at é a est imat iva da quant idade de car bono seqüest r ada (Cout o, 2000).

(42)

são muit o ut ilizados. As inf or mações são ar mazenados em um banco de dados, que mant ém um hist ór ico das ár vor es, bem como sua posição, por meio de coor denadas geogr áf icas (GPS)

(Cout o, 2000).

O uso da inf or mat ização per mit e cadast r ar gr ande quant idade de inf or mações sobr e espécies da ar bor ização ur bana. O cadast r o, além de ar quivar t odas as inf or mações sobr e o

indivíduo ar bór eo, pode disponibilizar r ecomendações de manej o, imagem da plant a, e ainda at r ibuir um valor monet ár io par a a ár vor e, f acilit ando pr oblemas nas quest ões j udiciais.

(Demat t ê, 2000; Silva Filho, 2002).

Tem sido muit o usado t ambém o sensor iament o r emot o com imagens de sat élit e (Landspot , Spot e I konos), além de f ot os aér eas, incluindo videogr af ia. Est es inst r ument os

auxiliam muit o o planej ament o ur bano e o levant ament o de r egiões mais apt as par a

int er venções ur banas, além da vant agem da disponibilidade e do baixo cust o (Cout o, 2000).

2. 7 Educação ambient al e biodiversidade arbórea brasileira

Os pr ogr amas de ensino, com mét odo de educação ambient al, que t êm sido desenvolvidos at ualment e, t êm t r azido benef ícios à comunidade e educado as ger ações f ut ur as

par a pr omover a melhor a da qualidade de vida (Sor r ent ino, 2000).

De acor do com Sor r ent ino (2000), exist e a necessidade de um novo modelo de desenvolviment o que cont r ibua par a sociedades sust ent áveis. Esse desenvolviment o deve

(43)

de vida, um desenvolviment o que pr omova o “pensar global, agir local e o t r abalhar-se int er ior ment e”.

A educação ambient al pode cont r ibuir par a o engaj ament o e par t icipação cr ít ica dos

indivíduos nas quest ões sociais, sendo necessár io r evit alizar os pr ocessos educat ivos, pr incipalment e aqueles que se r ealizam nas inst it uições escolar es, pr omovendo o apr endizado

por meio do “apr ender f azendo”, que t em sido um mét odo pr ivilegiado de apr endizado, apesar de ser ainda muit o dif ícil r omper com o ensino exposit ivo. O ideal ser ia apr ender por pr ocessos

par t icipat ivos (Sor r ent ino, 2000).

Um pr oj et o de educação ambient al desenvolvido pela Pr ef eit ur a do Rio de J aneir o obj et iva a valor ização dos nossos r ecur sos nat ur ais, apr oveit ando as espécies ar bór eas mais

int er essant es da f lor a br asileir a, per mit indo ao aluno execut ar o plant io de sement es nat ivas

em casa após or ient ação nas escolas; f or necendo as sement es e as inst r uções necessár ias; além de or ient ação de r eut ilização de caixas de leit e t ipo longa vida, vazias e aber t as na emenda

super ior , cont r ibuindo par a disseminação das ár vor es br asileir as e r edução de lixo (Rio de

J aneir o, s. d.).

Exist em publicações educat ivas volt adas par a o público inf ant il que apr esent am t ext os

que incent ivam os est udant es a pr ocur ar em inf or mações a r espeit o da ár vor e que se pr et ende

plant ar , pequisando sua f enologia, se os f r ut os são comest íveis, se at r aem inset os ou mor cegos e se o caule t em espinho, por exemplo. Out r o conselho é dar pr ef er ência às espécies de

ár vor es nat ivas, aj udando a cidade a f uncionar como uma ext ensão da f lor est a, of er ecendo

(44)

Um inst r ument o que viabiliza o conheciment o dos indivíduos ar bór eos é a pr át ica das t r ilhas int er pr et at ivas. Ger alment e, exist e um est ímulo par a que os visit ant es r ealizem uma

caminhada com um dest ino f inal, como cachoeir as, cumes, gr ut as ou lagos. Nas t r ilhas

int er pr et at ivas, deve-se dist r ibuir a emoção do visit ant e dur ant e t odo o per cur so, desper t ando sua cur iosidade sobr e os r ecur sos nat ur ais e cult ur ais exist ent es na ár ea, como

as ár vor es, por exemplo. A beleza est ét ica, ent r e out r as qualidades, f unciona como um incent ivo par a que as pessoas par em, obser vem e t enham maior ent endiment o da ár ea visit ada

(Magr o & Fr eixêdas, 1998).

O uso de ár eas f lor est ais com f ins de t ur ismo ou r ecr eação t em f icado cada vez mais f r eqüent e. As unidades de conser vação do I nst it ut o Flor est al at endem a essa necessidade e

pr opiciam r ecr eação par a a comunidade por meio de pr ogr amas de int er pr et ação, comunicação

e educação ambient al, monit or ando os r ecur sos nat ur ais e desper t ando no visit ant e o int er esse pela nat ur eza (Robim et al., 1990).

Segundo Lor enzi (1992), as plant as ar bór eas do t er r it ór io br asileir o est ão ligadas à

hist ór ia e ao desenvolviment o econômico e social de nosso país. A mais ant iga e impor t ant e r elação é com o pr ópr io nome da nação “Br asil”, or iginár io da conhecida ár vor e pau-br asil,

Caesalpinia echinat a.

Algumas espécies r epr esent ar am gr ande impor t ância econômica par a o Br asil, como, por exemplo, os ciclos do pau-br asil (Caesalpinia echinat a), da ser ingueir a (Hevea br asiliensis), da

car naúba (Coper nicia pr unif er a), do cacau (Theobr oma cacao), do babaçu (At t alea speciosa) e,

(45)

Além disso, vár ias cidades f or am bat izadas com nomes de ár vor es, pela impor t ância ou pela f r eqüência de ocor r ência na r egião, como Cast anhal (PA), J uazeir o (BA) e Louveir a (SP)

(Lor enzi, 1992).

A nat ur eza br asileir a sempr e f oi mot ivo de admir ação de t odos os viaj ant es que por aqui passavam, por lazer , cur iosidade ou busca de novas espécies de nossa f lor a (Ter r a, 2000).

O Br asil possui a f lor a ar bór ea mais diver sif icada do mundo e, dadas as condições de degr adação ambient al, espécies cor r em per igo de se ext inguir em (Lor enzi, 1992).

De acor do com Pet er ken (2000), a I nglat er r a, em cont r aposição, possui uma f lor a

ar bór ea nat iva muit o limit ada, de apenas 35 espécies de ár vor es e ar bust os gr andes, sendo a maior ia dos gêner os Salix e Sor bus. Mesmo sendo int r oduzidas espécies exót icas há 400 anos,

não há est udos sobr e genét ica, assimilação em comunidades f lor est ais, colonização por plant as

nat ivas, animais e f ungos.

Soment e consider ando ár vor es que f or necem madeir a de boa qualidade comer cial, j á

f or am est udadas e cadast r adas mais de 278 espécies br asileir as e out r as 100, se

consider ar mos ár vor es que f or necem madeir a de qualidade inf er ior (São Paulo, s.d.).

O Br asil é líder mundial em diver sidade biológica e cont ém de 15 a 20% das espécies do

planet a. São est imadas 60 mil espécies de angiosper mas endêmicas, t endo mais diver sidade

f lor íst ica que t odo cont inent e af r icano, ou t r ês vezes o que exist e no cont inent e nor t e amer icano. Apesar disso, exist e uma const ant e monot onia das espécies cult ivadas nos nossos

sít ios e quint ais (Rio de J aneir o, s. d.).

(46)

gr ande beleza paisagíst ica. O conheciment o de nossas ár vor es deve est ar ao alcance de t odos os cidadãos dest e país, j á que são consider adas r iquezas nat ur ais (Lor enzi, 1992).

De acor do com Machado (1999), o Br asil é um país det ent or de uma das maior es

biodiver sidades ar bór eas do planet a. I ncoer ent ement e, const at a-se, na r egião Nor dest e, que duas a t r ês espécies exót icas r epr esent am mais de 50% dos indivíduos plant ados nas cidades,

cont r ar iando a r ecomendação de haver , no máximo, 15% de cada espécie. A solução ser ia invest iment os em pesquisas que elej am espécies adequadas, par a conviver em com os

equipament os ur banos exist ent es e os espaços disponíveis, deixando o modismo na ar bor ização

excluído.

2. 8 Urbanização e impact o ambient al

De acor do com Mar t ins J únior (1996), a t axa de ur banização no Br asil cr esceu de 44,60% em 1960 par a 74,32% em 1989. Ocor r er am adensament os ur banos em t odas as r egiões

do País. O Br asil est á hoj e com 685 cidades com população maior que 20 mil habit ant es. Par a o

aut or “cada cidade r epr esent a uma det er minada ambiência que anima o espaço e det er mina uma sínt ese de valor es que lhe conf igur am a alma.”

O cr esciment o desor denado que a maior ia das cidades br asileir as t em apr esent ado

(47)

Os pr oblemas ambient ais ur banos no Br asil são agr avados pela f alt a de invest iment os em inf r a-est r ut ur a e ser viços par a ambient es com alt a densidade populacional (Mar t ins J únior ,

1996).

De acor do com Geiser (1976), o impact o do homem sobr e o meio ambient e f az-se em gr ande int ensidade. I sso se r ef let e em concor r ência da cidade com o espaço ver de,

r epr esent ado pela veget ação, com a subst it uição dest a pelo piso ur bano. Por t ant o, devem ser pr ocur adas f ór mulas adequadas, não apenas par a impedir a pr ogr essão desse impact o, mas

t ambém par a solucionar os pr oblemas daí or iginados.

Exist e hoj e em dia uma pr eocupação maior com a quest ão do ver de ur bano, como o exemplo da cidade de Por t o Alegr e, que t em uma “r ot a ver de”, que une os quat r o pr incipais

bair r os da cidade. As r uas t er ão ár eas que int er ligam ár eas públicas de ent r et eniment o como o

Par que Maur ício Sir ot sky, o Par que Far r oupilha e o Par que Moinhos de Vent o (Ger chmann, 2001).

Em São Paulo, capit al, no bair r o dos J ar dins, há um pr oj et o de r evit alização das r uas

que pr evê o plant io de j er ivás e ipês r osa, que subst it uir iam as t ipuanas j á ant igas e que pr ej udicam a visualização das f achadas das loj as (Dimenst ein, 2002).

De acor do com Lombar do (1990), o meio ambient e ur bano é uma r esult ant e de f at or es

nat ur ais, biológicos e socio-econômicos que compr eendem o meio f ísico e o meio edif icado pelo homem. Além disso, seu est udo é de nat ur eza mult idisciplinar , consider ando-se a quant idade de

var iáveis e o dinamismo que possui a paisagem ur bana. Cada cidade ident if ica-se com uma

(48)

A quest ão ur bana, no cont ext o hist ór ico da r elação homem-nat ur eza, r ef let e a idéia de que é necessár io conceit uar o meio ambient e consider ando os vár ios aspect os da r elação da

sociedade com o meio nat ur al, assim como o homem dent r o da pr ópr ia sociedade. O homem cr ia

r iquezas com o t r abalho, ut ilizando r ecur sos nat ur ais que lhe são disponíveis par a supr ir a demanda humana. A base de sust ent ação da espécie humana é o meio físico-nat ur al, e o ser

humano é par t e int egr ant e da nat ur eza e é ser social. Na hist ór ia, podemos compr ovar que a t r ansf or mação colet iva do ambient e pr ovocou mudanças na dinâmica social. A ur banização

apar ece como par t e evolut iva da cult ur a humana, que t ambém é a hist ór ia da r elação

homem-nat ur eza (Mar t ins J únior , 1996).

A ur banização pr ogr essiva dá às cidades a car act er íst ica de um espaço const r uído sem

gar ant ias sociais e sem condições de desenvolviment o sust ent ado. Hoj e em dia, as cidades

enf r ent am pr oblemas ambient ais comuns, com f amílias de baixa r enda vivendo em lugar es de alt o r isco, esgot os sendo lançados “in nat ur a”; t r ansf or mações não esper adas, como invasão de

t er r as de ár eas de pr eser vação per manent e, imper meabilização em lar ga escala, conur bação,

sobr ecar ga do sist ema viár io, ver t icalização nas ár eas cent r ais, expansão desor denada e f r agment ação, compr omet endo a qualidade de vida da população (Mar t ins J únior , 1996).

O desmat ament o r esult ant e da ur banização inadequada das encost as pr omove

alt er ações geomor f ológicas e ecológicas, imper meabilizando o solo , impedindo-o de ar mazenar água e cont r ibuindo par a alt er ações climát icas (Mar t ins J únior , 1996).

Segundo Medeir os (2001), a Emuhab (Empr esa Municipal de Habit ação) de Campos do

(49)

ocupados sem avaliação pr évia do DEPRN (Depar t ament o Est adual de Pr ot eção dos Recur sos Nat ur ais), Cet esb (Companhia de Tecnologia e Saneament o Ambient al) e Sabesp (Companhia de

Saneament o Básico do Est ado de São Paulo).

De acor do com Silva (1998), o pr oblema da acumulação de r esíduos em locais inadequados vem cr escendo a cada dia, ao mesmo t empo em que se vêm agr avando os pr oblemas

de er osão em t odas as par t es do mundo, sempr e exigindo or çament os muit o oner osos par a sua r ecuper ação. Cont udo, vár ios t ipos de r esíduos podem ser apr oveit ados par a a pr ot eção do solo

cont r a o impact o dir et o das got as de chuva, além de, simult aneament e, ser vir em como

f er t ilizant e or gânico par a diver sos t ipos de cult ur as. Um t ipo de r esíduo que se enquadr a nessas car act er íst icas é aquele or iginado nas at ividades de podas de pr aças, r uas e limpeza de

t er r enos baldios, comum em municípios de qualquer por t e e sempr e per manecendo esquecido,

pr incipalment e nas r egiões per if ér icas do per ímet r o ur bano.

A qualidade ambient al e a qualidade de vida vêm pr eocupando cient ist as e

pesquisador es, evidenciando a impor t ância de se compr eender o papel desempenhado pelas

ações ant r ópicas na est r ut ur ação das paisagens e os ef eit os ger ados por suas at ividades (Lombar do, 1990).

Cit ando o exemplo da cidade de Roma, na I t ália, f oi const at ado que a cidade cr esceu

muit o no últ imo século. Nesse per íodo, muit as ár eas f or am const r uídas com dif er ent es cr it ér ios ur baníst icos. A cidade f icou dividida em diver sas unidades ur banas e, est udando as

mudanças nessa paisagem, concluiu-se que exist e uma gr ande r elação ent r e as espécies que

(50)

A noção de qualidade sempr e t em sido associada ao desenvolviment o ur bano, pr ior izando o ser humano, a pr ot eção dos ecossist emas, r econheciment o dos limit es a ser em

vencidos e a congr egação de esf or ços. O meio ambient e é um t ema que t em r ecebido at enção

especial nos últ imos t empos por par t e das comunidades, dos segment os socio-econômicos e do gover no. A quest ão ambient al passou par a um conceit o mais amplo, englobando os aspect os

sociais, econômicos, ét icos, polít icos, t ecnológicos, cient íf icos e ecológicos. Essa concepção global é a base do desenvolviment o sust ent ável, def inido como aquele que at ende às

necessidades do pr esent e sem alt er ar a possibilidade de at ender às f ut ur as ger ações. Sua

aplicação é bast ant e complexa e cont r over t ida e exige mudanças nos hábit os da humanidade (Mar t ins J únior , 1996).

Ecólogos e paisagist as t r abalham com ár eas de int er esse similar . A int er ação de

disciplinas é f undament al par a o planej ament o de cidades, melhor ando as condições ambient ais. O sucesso da ecologia de paisagem é a aplicação pr át ica do planej ament o espacial do ambient e

coer ent e com a ecologia do local (Ant r op, 2001).

Segundo Mar t ins J únior (1996), o desenvolviment o sust ent ável depender á das aut or idades locais como “viabilizador as de bem est ar social”, do desenvolviment o econômico e

da pr ot eção ambient al par a os cidadãos.

Um exemplo per t inent e é o caso de Goiânia, que f oi planej ada par a ser a capit al do Est ado de Goiás, uma cidade a ser assent ada em pleno cer r ado br asileir o, em um dos mais

impor t ant es biomas do mundo, com vast a bacia hidr ogr áf ica, ent r e chapadas e ver edas. Tudo

Imagem

Figur a 1 - Escala de alt er ação dos ecossist emas (Mar t ins J únior , 1996).
Figur a 2  -    A- Vist a aér ea ger al da Vila Aber néssia em 1950 /  B- Vist a aér ea ger al da Vila  Capivar i em 1950 / C- Vist a aér ea ger al da Vila J aguar ibe em 1950, em Campos do  J or dão, SP
Figur a 2  -    A- Vist a aér ea ger al da Vila Aber néssia em 1950 /  B- Vist a aér ea ger al da Vila  Capivar i em 1950 /  C- Vist a aér ea ger al da Vila J aguar ibe em 1950, em Campos do  J or dão, SP
Figur a 2  -    A- Vist a aér ea ger al da Vila Aber néssia em 1950 /  B- Vist a aér ea ger al da Vila  Capivar i em 1950 /  C- Vist a aér ea ger al da Vila J aguar ibe em 1950, em Campos do  J or dão, SP
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