• Nenhum resultado encontrado

Teorizando sobre sistemas: uma tarefa ecológica para as pesquisas na área de segurança do paciente.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Teorizando sobre sistemas: uma tarefa ecológica para as pesquisas na área de segurança do paciente."

Copied!
4
0
0

Texto

(1)

750

Art igo de At ualização

TEORI ZANDO SOBRE SI STEMAS: UMA TAREFA ECOLÓGI CA PARA

AS PESQUI SAS NA ÁREA DE SEGURANÇA DO PACI ENTE

1

Pat r ícia Mar ck2 Silv ia Helena de Bor t oli Cassiani3

Marck P, Cassiani SHB. Teorizando sobre sist em as: um a t arefa ecológica para as pesquisas na área de segurança do pacient e. Rev Lat ino- am Enfer m agem 2005 set em br o- out ubr o; 13( 5) : 750- 3.

Com o m ov im en t o global at u al sobr e segu r an ça n a ár ea da saú de, pesqu isador es t em ch am ado a at enção par a o r efer encial da abor dagem do sist em a com o um m eio de m elhor ar a segur ança dos am bient es e pacien t es. En t r et an t o, qu ais t ipos de t eor ias do sist em a dev em gu iar as pesqu isas sobr e a segu r an ça de pacient es? Nesse art igo, argum ent a- se que enferm eiros e out ros profissionais podem usar as t eorias e princípios d a r est au r ação ecológ ica, ou sej a d a r ep ar ação d e ecossist em as d an if icad os, p ar a est u d ar e f or t alecer a seg u r an ça d e am b ien t es. Usan d o a ciên cia d a r est au r ação p ar a t eor izar sob r e sist em as d e saú d e, ser ão desenvolvidas habilidades par a pensar ecologicam ent e sobr e nossas r elações com o out r o e com os am bient es que div idim os, ent r e eles o am bient e hospit alar . A aplicação do conhecim ent o da ciência da r est aur ação em con j u n t o ao da en f er m agem e ár ea da saú de, pode f or t alecer a cr iação de sist em as segu r os par a t odos a cu st os adequ ados.

DESCRI TORES: segur ança do pacient e; t eor ias do sist em a; am bient e de inst it uições de saúde

THEORI ZI NG ABOUT SYSTEMS: AN ECOLOGI CAL TASK FOR PATI ENT SAFETY RESEARCH

As a global safet y m ov em ent gat her s m om ent um , ex per t s call for a “ sy st em s appr oach” t o im pr ov e t he safet y of t oday ’s healt h car e env ir onm ent s. Yet , w hat kinds of sy st em s t heor ies should guide t he field of pat ient safet y r esear ch? I n t his paper , it is ar gued t hat nur ses and ot her healt h pr ofessionals can use t heor y and principles from t he field of ecological rest orat ion, which is t he repair of dam aged ecosyst em s, t o st udy and st r en gt h en t h e saf et y of h ealt h car e en v ir on m en t s ar ou n d t h e w or ld. Wh en w e u se r est or at ion scien ce t o t heor ize about healt h car e sy st em s, w e dev elop t he abilit y t o t hink ecologically about our r elat ions w it h each ot h er an d w it h t h e en v ir on m en t s w e sh ar e. As w e in t egr at e k n ow ledge of r est or at ion scien ce w it h n u r ses’ know ledge and ot her know ledge in healt h car e, w e m ay act ually cr eat e safer healt h car e sy st em s for all at a hum an and m at erial cost t hat we are able and willing t o pay.

DESCRI PTORS: ecology ; pat ient safet y r esear ch; sy st em s t heor y ; healt h facilit y env ir onm ent

TEORI ZANDO SOBRE SI STEMAS: UNA TAREA ECOLÓGI CA PARA LAS

I NVESTI GACI ONES EN EL ÁREA DE SEGURI DAD DEL PACI ENTE

Con el m ov im ien t o global act u al sobr e segu r id ad en el ár ea d e la salu d, in v est igador es llam an la at ención para el referencial del abordaj e de sist em a com o un m edio para m ej orar la seguridad del am bient e y de los pacient es. ¿Sin em bar go, cuales t ipos de t eor ías de sist em as deben guiar las inv est igaciones sobr e la seg u r id ad d e los p acien t es? En est e ar t ícu lo se ar g u m en t a q u e en f er m er os y ot r os p r of esion ales p u ed en ut ilizar las t eorías y principios de la rest auración ecológica, o sea, de la reparación de ecosist em as dam nificados, par a est udiar y for t alecer la segur idad de los am bient es. Ut ilizando la ciencia de la r est aur ación par a t eor izar sobre sist em as de salud, serán desarrolladas habilidades para pensar ecológicam ent e sobre nuest ras relaciones con los ot r os y con los am b ien t es q u e d iv id im os, en t r e est os el am b ien t e h osp it alar io. La ap licación d el conocim ient o de la ciencia de la rest auración, j unt o al de enferm ería y del área de la salud, puede fort alecer la cr eación de sist em as segur os par a t odos, con un cost o adecuado.

DESCRI PTORES: ecología; segur idad del pacient e; t eor ías del sist em a; am bient e de inst it uciones de salud

1

Art igo Originalm ent e publicado na Revist a Clinical Nursing Research, May 2005. Tradução aut orizada pela Edit ora SAGE; 2 Enferm eira, Professor da Facult y of Nursing Universit y of Albert a- Ca. 3rd Floor, Clinical Science Building, Edm ont on, Albert a, e- m ail: pat ricia.m ark@ualbert a.k; 3 Enferm eira, Professor Associado da Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o, da Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da OMS para o desenvolvim ent o da pesquisa em enfer m agem

(2)

751

D

e p o i s d e u m a d é c a d a d e p e s q u i s a s e r e l a t o s d a s p r ó p r i a s ca t e g o r i a s p r o f i ssi o n a i s, o s

en f er m eir os, cau t elosam en t e, são est im u lados pelo

f at o de qu e as qu est ões de segu r an ça do pacien t e

fin alm en t e en con t r ar am u m lu gar n a agen da lot ada

das pesquisas sobre a assist ência à saúde. Sent im

os-nos est im ulados porque, ao redor do m undo, gest ores,

clínicos e cidadãos, t êm regist rado suas preocupações

sobre a segurança do pacient e.( 1- 5). Além de conceit os

sobre a engenharia de fat ores hum anos, a análise de

er r o s p o r ab o r d ag em r et r o sp ect i v a, a an ál i se d o s

m odos de falhas e seus efeit os, a gest ão de recursos

hum anos e out r os t ipos de pensam ent os sist êm icos,

a im por t ância de cult ur as de segur ança for t alecidas

e l i d e r a n ça o r g a n i z a ci o n a l e f e t i v a sã o t a m b é m

e n f a t i z a d a s n a l i t e r a t u r a s o b r e a s e g u r a n ç a d o

p a ci e n t e . En t r e t a n t o , o s e n f e r m e i r o s t a m b é m se

pr eocupam com os r um os das inv est igações sobr e a

seg u r an ça d o p acien t e p elo f at o d e h av er p ou cas

p esq u isas q u e in d icam f av or ecim en t o d e q u alq u er

abor dagem específica aos desafios de segur ança do

pacien t e qu e est am os en f r en t an do. Con sider an do a

f a l t a d e i n t er v en çõ es d e seg u r a n ça b a sea d a s em

pesquisas t ant o par a a pr át ica diár ia quant o par a a

adm inist ração da assist ência à saúde, parece ser m ais

cr u ci a l d o q u e n u n ca q u est i o n a r : Co m o p o d em o s

g er ar co n h eci m en t o s q u e f açam d i f er en ça p ar a a

seg u r an ça d os p acien t es n os p r óx im os an os? Par a

r esponder a esse quest ionam ent o, é pr eciso discut ir

u m asp ect o ai n d a m ai s f u n d am en t al em q u al q u er

dim ensão da assist ência à saúde: Qual t ipo de sist em a

é consider ado um sist em a “ m oder no” de assist ência

à saú de?

Um a av aliação r ápida da lit er at u r a sobr e a

seg u r an ça d o p aci en t e i l u st r a n ossa n ecessi d ad e

co l e t i v a d e n o s e n v o l v e r n e sse d e b a t e , e v á r i o s

p e s q u i s a d o r e s r e c o n h e c e m a n e c e s s i d a d e d e

abordagens t eóricas m ais explicit as em t odas as áreas

da pesquisa sobre a segurança do pacient e ( 6- 9) . Nossa

escolha de t eorias, porém , em m uit o depende de qual

t ipo de sist em a im aginam os em v ár ias at iv idades.

D ev er ía m o s co n si d er a r o s r ecep t o r es d a

a s s i s t ê n c i a à s a ú d e c o m o s e f o s s e m c l i e n t e s ,

com pr ador es, lit igant es em pot encial ou passageir os

no m elhor vôo que podem os oferecer? Por out ro lado,

deveríam os visualizar nosso sist em a de saúde e seus

h abit an t es com o u m sist em a igu alm en t e com plex os

m a s, n a v e r d a d e , co n si d e r a v e l m e n t e d i f e r e n t e s?

Qu a i s t eo r i a s d ev er i a m n o r t ea r n o ssa s p esq u i sa s

sobre a segurança dos pacient es – e por quê? Com o

podem os t est ar as t eor ias que quer em os per seguir ?

E t alvez o m ais im port ant e quest ionam ent o de t odos,

as ab or d ag en s d e p esq u isa q u e escolh em os ser ão

cap azes d e g er ar r esu lt ad os q u e p od em os t r ad u zir

em pr át icas confiáv eis de segur ança e de am bient es

cl ín i co s m ai s seg u r o s? Em o u t r as p al av r as, co m o

podem os t r an sf or m ar o discu r so da pesqu isa sobr e

segurança de hoj e em um cam inho sólido em direção

a um a assist ência m ais segur a?

Pa r a t a n t o , d e c i d i m o s e n f r e n t a r e s s e s

q u est i o n am en t o s r el aci o n ad o s às p esq u i sas so b r e

s e g u r a n ç a d o p a c i e n t e a o a d o t a r e t e s t a r u m a

abor dagem t eór ica qu e se desen v olv e n o pr ocesso,

ou sej a, t eor izan do qu e os sist em as de saú de h oj e

são sist em as v iv os, t ecn olog icam en t e com p lex os e

c r e s c e n t e m e n t e v u l n e r á v e i s , q u e n e c e s s i t a m

u r g en t em en t e d e con ser t os ecológ icos. Par a t est ar

e s s a p r o p o s i ç ã o , p a r t i m o s d a h i p ó t e s e d e q u e

p o d e m o s u s a r o s p r i n c íp i o s e t é c n i c a s d a b o a

r est au r ação eco l ó g i ca p ar a i n v est i g ar e f o r t al ecer

sist em at icam ent e a adm inist r ação e a segur ança do

sist em a de saúde at ual a um cust o hum ano e m at erial

que est am os capazes e dispost os a pagar ( 10- 11).

Po r q u e p r i n c íp i o s e c o l ó g i c o s , e c o m o

p o d em o s t est á- l o s? Esp eci al i st as n a assi st ên ci a à

saúde t êm vários m ot ivos para explorar os benefícios

p ot en ciais d o p en sam en t o ecológ ico p ar a r eav aliar

a s q u e s t õ e s d e s a ú d e n o s a m b i e n t e s a t u a i s d a

assist ên cia à saú de. I n icialm en t e, n ossa t eor ização

t em suas or igens em pesquisas com enfer m eir os de

e m e r g ê n ci a , n a s q u a i s m o st r o u - se u m a r e l a çã o

consist ent e ent re o declínio sist em át ico dos am bient es

d a p r á t i ca d e e n f e r m a g e m e a s q u e st õ e s é t i ca s,

prát icas e de segurança com as quais os part icipant es

enfr ent av am na sua pr át ica diár ia ( 12). Essa foi um a

o b ser v ação v al i d ad a e r ep et i d as v ár i as v ezes em

ou t r as in v est igações.

N o n ív e l f u n d a m e n t a l , o c a m p o d a

r est au r ação ecológ ica d iz r esp eit o à r ep ar ação d e

ecossist em as dan if icados at r av és do f or t alecim en t o

e da int egr idade das nossas r elações m út uas e com

os lugares que com part ilham os ( 13). Um a com preensão

e c o l ó g i c a s ó l i d a d e s s a s r e l a ç õ e s r e q u e r o

desenv olv im ent o de conhecim ent os ét icos, cient íficos

e pr át icos qu e in f or m em n ossa in t er - r elação e com

os lugar es em que v iv em os e t r abalham os ( 14), bem

co m o , p e sq u i sa s so b r e a a ssi st ê n ci a à sa ú d e e

co n h e ci m e n t o s p a r a e x p l o r a r su a s q u e st õ e s. Po r

ex em plo, em qualquer pr oj et o de r est aur ação, t ant o

ci e n t i st a s e p r o f i ssi o n a i s d a s ci ê n ci a s b i o l ó g i ca s, Rev Lat ino- am Enferm agem 2005 set em bro- out ubro; 13( 5) : 750- 3

w w w .eer p.usp.br / r lae

Teorizando sobre sist em as...

(3)

752

ecológicas, agrícolas, com put acionais e sociais quant o

f i l ó so f o s, h i st ó r i co s, a d v o g a d o s, a n t r o p ó l o g o s e

geógr afos podem t r abalhar em conj unt o com gr upos

civ is, gov er n am en t ais e em pr esar iais.

Ai n d a , co r r e n t e s d e p e sq u i sa d o r e s so b r e

r est au r ação est ão at en t os aos desaf ios post os pela

r e p a r a çã o d e si st e m a s v i v o s so b t e n sã o e m u m

m u n d o co m p l e x o e b i o t e cn o l ó g i co ( 1 4 , 1 5 , 1 6 ). Um a

exploração m ais rigorosa dos aspect os sociais, ét icos,

e r e g u l a t ó r i o s d a t e c n o l o g i a é d e f u n d a m e n t a l

im por t ância par a qualquer abor dagem sust ent áv el à

adm in ist r ação de sist em as de saú de m oder n os, e a

rest auração oferece novas m aneiras de se considerar

os efeit os da t ecnologia nos nossos am bient es cult urais

e p r á t i co s d a a ssi st ê n ci a à sa ú d e . Ao a p l i ca r o s

conceit os da r est aur ação às pesquisas em segur ança

do pacien t e, est am os por t an t o t ent an do in t egr ar as

m e l h o r e s f o r m a s d o p e n s a m e n t o s i s t ê m i c o n a s

ciências at uais de engenhar ia par a fat or es hum anos,

ciências organizacionais e ciências de segurança, com

m elhor es habilidades de “ pensar com o” um sist em a.

O p o t e n c i a l d a a s s i s t ê n c i a à s a ú d e d e

ap r en d er a p ar t i r d e p esq u i sas so b r e r est au r ação

t am bém é im por t ant e do pont o de vist a da t r adução

do con h ecim en t o. A ét ica, a ciên cia e a pr át ica da

adm inist r ação sólida de ecossist em as e r est aur ações

d e l o n g a d u r a ç ã o s ã o i n t e g r a d a s e m c i c l o s

est abelecidos de invest igações part icipat ivas e gest ão

adapt at iva que dim inuem as lacunas ent re a t eoria, a

pesqu isa e a pr át ica. De f at o, pesqu isador es dessa

á r e a u s a m a p e s q u i s a p a r a c o n s t r u i r r e c u r s o s

ecológicos, sociais e relações com unit ários essenciais

no desenv olv im ent o de pr oj et os ( 17- 19) .

D i a n t e d a o r i e n t a ç ã o p a r t i c i p a t i v a e

a d a p t a t i v a d o t r a b a l h o d e r e st a u r a çã o , é p r a x e

com binar os m ét odos das ciências ecológicas e sociais

par a ex plor ar quest ões sociais, ét icas, r egulat ór ias e

e co n ô m i ca s l o ca i s e si st ê m i ca s q u e t ê m i m p a ct o

significat ivo na saúde e no bem - est ar da com unidade.

Pe s q u i s a d o r e s d a á r e a d a r e s t a u r a ç ã o p o d e m

e n v o l v e r c o m u n i d a d e s l o c a i s e o u t r o s p a r t i d o s

int eressados em um a avaliação da saúde do am bient e

e se u s h a b i t a n t e s, o b se r v a r co st u m e s e p r á t i ca s

locais, con d u zir r ep et id as r ep or t ag en s f ot og r áf icas

par a docum ent ar padr ões de apr ov eit am ent o do solo

ao lon g o d o t em p o e m ap ear as car act er íst icas d e

t er r en os d eg r ad ad os. Ded ica- se at en ção cu id ad osa

à hist ória e à cult ura de um lugar e seus habit ant es e

ex p lor a- se o sig n if icad o d e h áb it os d o d ia a d ia e

co st u m es co m u n i t ár i o s. Nas n o ssas i n v est i g açõ es

sobre a segurança de m edicam ent os e sobre a cult ura

de segurança, por exem plo, isso significa que nossas

equipes int er disciplinar es de pesquisa t r abalham com

c o m u n i d a d e s l o c a i s p a r a i n t e r p r e t a r s u a s

p r eo cu p açõ es co m a seg u r an ça e i n co r p o r ar su as

cont r ibuições no delineam ent o das nossas pesquisas.

I sso p od e lev ar a u m in v en t ár io d e p r ob lem as d e

segur ança específicos a unidades, ou t r abalhar com

um grupo de lideranças organizacionais na exploração

d e m é t o d o s a l t e r n a t i v o s p a r a i n v e s t i g a r a q u e l e

fenôm eno im preciso que agora denom inam os “ cult ura

de segurança” ( em t erm os ecológicos, provavelm ent e

p r e f e r i m o s f a l a r s o b r e l u g a r e s s e g u r o s , o u

co m u n i d ad es d e p r át i cas seg u r as) . Tam b ém p o d e

s i g n i f i c a r q u e u s a m o s f o t o g r a f i a s d i g i t a i s p a r a

docum ent ar condições am bient ais ao longo do t em po

o u q u e o b se r v a m o s a p r á t i ca d o d i a a d i a p a r a

m apear pr ocessos específicos. Com cer t eza significa

q u e t e m o s q u e t r a ze r o s r e su l t a d o s d a s n o ssa s

pesquisas de volt a par a os pr ofissionais e t om ador es

de decisões para fins de m aior int erpret ação afim de

q u e i n t e r v e n ç õ e s a d a p t a t i v a s p o s s a m s e r

desenvolvidas para seus cont ext os part iculares, dent ro

dos r ecur sos que podem ser r eunidos colet iv am ent e.

Fi n a l m e n t e , e s t a m o s f a z e n d o u m a

ex per iên cia com o pen sam en t o ecológico por qu e se

e s p e r a q u e o c o n h e c i m e n t o g e r a d o n o

d esen v o l v i m en t o d e i n v est i g açõ es d e r est au r ação

r e v i t a l i z e e f o r t a l e ç a n o s s o s a m b i e n t e s c l ín i c o s

avariados de hoj e. Mais especificam ent e, esperam os

aprender com o usar recursos finit os de m aneira m ais

ef icien t e, r ed u zir p ad r ões d e con su m o/ d esp er d ício,

ident ificar e m it igar os efeit os de poluent es cult ur ais

e m a t e r i a i s e o u t r a s a m e a ç a s , e a d m i n i s t r a r

flexivelm ent e com vist as a alcançar e m ant er sist em as

e h abit an t es sau dáv eis. Est as m edidas com cer t eza

con st it u em u m p lan o ig u alm en t e p r u d en t e p ar a a

assist ência à saúde e para o nosso m undo no sent ido

m ais am plo. Por ém , o que fazer se nossa t eor ização

não at ender às nossas ex pect at iv as?

No sso s esf o r ço s p a r a u sa r o p en sa m en t o

e co l ó g i co f o r n e ce r ã o n o v o s co n h e ci m e n t o s so b r e

q u ais são as m elh or es m an eir as d e se m elh or ar a

seg u r an ça d e sist em as d e saú d e sob r ecar r eg ad os?

Co n t r i b u i r e m o s a o s f u n d a m e n t o s t e ó r i c o s d a

segur ança do pacient e, da gest ão da saúde da ét ica

da assist ência à saúde de um a nova perspect iva? Os

m ét odos de pesquisa dir ecionados à r est aur ação nos

aj u dar ão par a en v olv er n ossos par ceir os clín icos n a

descober t a e adoção de con h ecim en t os ú t eis sobr e Rev Lat ino- am Enferm agem 2005 set em bro- out ubro; 13( 5) : 750- 3

w w w .eer p.usp.br / r lae Teorizando sobre sist em as...

(4)

753

s e g u r a n ç a n a p r á t i c a d i á r i a e e m a b o r d a g e n s

adm inist rat ivas adapt at ivas? Os result ados das nossas

pesquisas produzirão um currículo út il para as ciências

da saú de?

D a m e s m a m a n e i r a q u e t o d o s o s

pesquisadores que navegam num público ansioso, um

m e r ca d o d e a ssi st ê n ci a à sa ú d e p e r m e a d o p o r

con f lit os, u m a f or ça de t r abalh o qu e é cobr ada em

ex cesso, r ecur sos finit os e am bient es clínicos m ais e

m ais t en sos, r ealm en t e n ão sab em os. Por ém , p elo

m e n o s s a b e m o s q u e e s t a m o s t e n t a n d o p e n s a r

s i s t e m a t i c a m e n t e s o b r e s i s t e m a s e p e l o m e n o s

avaliarem os os m érit os da t eoria da rest auração para

a p esq u isa d e seg u r an ça d o p acien t e ao lon g o d o

t em po. Viv em os com esper an ça, colabor am os e, da

m esm a m aneira que t odos nossos colegas nessa área

da rest auração e na assist ência clínica, saberem os a

r espost a na pr át ica. Se t iv er m os sor t e, m ais e m ais

pesquisador es no cont ex t o clínico se j unt ar ão a nós

n a per gu n t a: qu ais t eor ias dev em dir ecion ar n ossa

p e s q u i s a – e p a r a q u a l t i p o d e s i s t e m a ? Co m o

podem os t est ar essas t eor ias e, o m ais im por t ant e,

com o podem os usar a t eoria para planej ar e conduzir

pesquisas que r esult em em am bient es pr át icos m ais

seguros e assist ência clínica com a m aior segurança

p ossív el?

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

1. Aust r alian Council for Safet y and Qualit y in Healt h Car e. Safet y in pract ice: Making healt h care safer. Sydney, Aust ralia: Au t h or ; 2 0 0 1 .

2. I nst it ut e of Medicine. To er r is hum an. Washingt on DC: Nat ion al Acad em y Pr ess; 1 9 9 9 .

3 . Mor g an MW. I n : p u r su it of a saf e Can ad ian h ealt h car e sy st em . Healt h car e Paper s; 2 0 0 4 ; 5 ( 3 ) : 2 6 .

4 . Nat ion al Healt h Ser v ice. An or g an izat ion w it h m em or y : Report of an expert w orking group on learning from adverse ev ent s in t he NHS. London: Depar t m ent of Healt h; 2000. 5. Nat ional St eering Com m it t ee on Pat ient Safet y. Building a saf er sy st em : A n at ion al in t egr at ed st r at egy f or im pr ov in g p at ien t saf et y in Can ad ian h ealt h car e. Ot t aw a ( Can ad a) : Au t h or ; 2 0 0 2 .

6. Bion JF, Heffner JE. Challenges in t he care of t he acut ely ill. Lan cet 2 0 0 4 ; 3 6 3 ( 9 4 1 3 ) : 9 7 0 - 7 .

7 . Sh oj an ia KG, Du n can BW, McDon ald KM, Wach t er. RM. S a f e b u t s o u n d : Pa t i e n t s a f e t y m e e t s e v i d e n c e - b a s e d m ed icin e. JAMA 2 0 0 2 ; 2 8 8 ( 4 ) : 5 0 8 - 1 3 .

8. Whit e P, McGillis H. Pat ient safet y out com es. I n: Doran D, Sidani S, McGillis LH, Wat son JW, Mallet t e C, Laschinger H, et al. Nurse sensit ive out com es: The st at e of science. Bost on: Jones and Bar t let t ; 2 0 0 4 . p. 2 2 1 - 4 2 .

9. Woolf SH. Pat ient safet y is not enough: Target ing qualit y im pr ov em ent s t o opt im ize t he healt h of t he populat ion. Ann I n t er n Med 2 0 0 4 ; 1 4 0 ( 1 ) : 3 3 - 3 6 .

1 0 . Mar ck PB. Et h ics in h ar d places: Th e ecology of saf er sy st em s in m oder n h ealt h car e. Healt h Et h ics Today 2 0 0 4 ; 1 4 ( 1 ) : 2 - 5 .

1 1 . M a r c k PB . Et h i c s f o r p r a c t i t i o n e r s : A n e c o l o g i c a l fram ew or k . I n: St or ch JL, Rodney P, St ar zom sk i R, edit or s. Tow ar d a m oral h or izon : Nu r sin g et h ics f or leader sh ip an d pract ice. Tor ont o: Pear son Educat ion Canada 2004. p. 232-4 7 .

12. Mar k PB. Nur sing in a t echnological w or d: Sear ching for h ealin g com m u n it ies. ANS Ad v Nu r s Sci 2 0 0 0 ; 2 3 ( 2 ) : 5 9 -7 2 .

1 3 . So ci et y o f Eco l o g i cal Rest o r at i o n Sci en ce an d Po l i cy Wor k ing Gr oup. [ on line] 2002. The SER pr im er on ecological r e st o r a t i o n . [ Re t r i e v e d Ja n u a r y 9 . 2 0 0 3 ] . Fr o m : h t t p : / / www.ser.org.

1 4 . Hi g g s ES. Nat u r e b y d esi g n : Hu m an ag en cy, n at u r al p r ocesses an d ecolog ical r est or at ion . Bost on : MI T Pr ess; 2 0 0 3 .

1 5 . Hi g g s ES. A q u a n t i t y o f en g ag i n g w o r k t o b e d o n e: Ecological rest orat ion and m oralit y in a t echnological cult ure. Rest or at ion and Managem ent Not es; 1991; 9( 2) : 97- 103. 16. St rong D. Crazy m ount ains: Learning from w ilderness t o w eigh t echnology. Albany: St at e Universit y of New York Press; 1 9 9 5 .

1 7 . Gu n d er son LH, Hollin g , CS. Pan ar ch y : Un d er st an d in g t r ansfor m at ions in hum an and nat ur al sy st em s. Washingt on, DC: I slan d Pr ess; 2 0 0 2 .

1 8 . H i g g s ES . W h a t i s g o o d e c o l o g i c a l r e s t o r a t i o n ? Con ser v at ion Biolog y ; 1 9 9 9 ; 1 1 ( 2 ) : 3 3 8 - 4 8 .

19. Jordan WR I I I . Rest orat ion ecology: A synt het ic approach t o eco l o g i cal r esear ch . I n Cai r n s J, ed i t o r. Reh ab i l i t at i n g d am ag ed ecosy st em s. 2 n d . Boca Rat on . FL. Lew is; 1 9 9 5 . p . 3 7 3 - 8 4 .

Recebido em : 17.3.2005 Aprovado em : 22.8.2005

Rev Lat ino- am Enferm agem 2005 set em bro- out ubro; 13( 5) : 750- 3 w w w .eer p.usp.br / r lae

Teorizando sobre sist em as...

Referências

Documentos relacionados

30 ROBERTO MARCIO RAGONEZI FRANCISCO. 31 WELLINGTON

Foi criada em 1118, em Jerusalém, uma Ordem de Cavalaria chamada de Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, famosa como Ordem dos Templários.

Se a paciente tem o útero invertido, a detecção da vida fetal será simplificada se o útero for manualmente levantado para frente. Como as artérias são ouvidas algumas vezes,

Além disso, o ponto de tangência pode ser obtido pela interseção da reta que passa pelo centro (incentro) e é perpendicular a reta suporte de um dos lados e o lado.. 2ª

A Tabela 5 mostra uma projeção da quantidade de resíduos que são encaminhados desnecessariamente para tratamento e disposição final, a partir de um balanço que utiliza à

 Informamos que o CREF realizará fiscalização durante o evento e que todos os profissionais devem portar a sua carteira de registro no Conselho para apresenta-la

Para a avaliação da eficiência dos discos dosadores e os sistemas de aquisições de dados microcontrolados nas diferentes velocidades de deslocamento do conjunto

1) o tempo de infecção nos fígados de bovinos e bubalinos estudados é superior a nove semanas, indicando uma fasciolose crônica, isto se deve também a presença de parasitas