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Suscetibilidade aos agentes quimioterápicos de isolados de Schistosoma mansoni oriundos de pacientes tratados com oxamniquine e praziquantel e não curados.

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Academic year: 2017

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R ev ista d a S o c ie d a d e B ras ileira d e M e d ic in a Tro pical 2 9 ( 5 ) : 4 6 7 - 4 7 6 , set- o ut, 1 9 9 6 .

SUSCETIBILID A D E AOS A GENTES Q UIM IO TERÁ PICO S D E

ISO LA D OS D E

SCHISTO SO M A M A N SO N I

O RIUN D O S D E

PA CIEN TES TRATADOS CO M O XA M N IQ UIN E E

PRA ZIQ UA N TEL E NÃO CURA DOS

Neusa Araújo, Cecília Pereira de Souza, Liana K. Jannotti Passos, Andrew

J.G . Simpson, Eimnanuel Dias Neto, Temísio Rodrigues Pereira, Crispim

Cerutü Júnior, Filomena Eurídice Carvalho de Alencar, Reynaldo

Dietze e Naftale Katz

Fo ra m es t udado s d e z iso lado s d e Schistosoma mansoni p ro v e n ie nt e s d e p a c ie n t e s res ident es e m It aq u ara, B a hia , B ras il, t rat ado s co m o x a m n i q u in e ep o s t e rio rm e n t e co m p ra z iq u a n t e l, e a in d a ass im n ã o cu ra do s . C aram ujo s (Biomphalaria glabrataj f o ra m expo sto s a m ira cíd io s p ro v e n ie nt e s d a s f e z e s do s p ac ie nt e s . C e rc ãría s eli m ina d a s p o r estes c a ra m u jo s e p o r m o lus co s co let ado s no p erid o m ic ílio do s p a c ie n t e s f o ra m ut iliz adas p a ra in fe c çã o e x p erim en t a l d e ca m u n d o n g o s albino s . O s a n im a is infect ado s f o ra m t rat ado s e m do s e ú nica , v ia o ral, co m o x a m n iq u in e (2 5 , 5 0 e 1 0 0 m g/ k g) o u p ra z i q u a n t e l ( 1 0 0 , 2 0 0 e 4 0 0 m g / k g ). F o ra m re a liz a d o s es t udo s d e a n á lis e e c o m p a ra ç ã o d e D N A d e ce rc ã ría s d e S. mansoni e lim in a d as p elo s ca ra m u jo s e d e v erm es adult o s reco lhido s d e c a m u n d o n g o s infect ado s ex p erim en t a lm en t e co m os iso lado s d o s 1 0 p a c ie n t e s e a in d a d e ce rc ã ría s d e S. mansoni e lim ina d a s p o r m o lus co s n a t u ra lm e n t e infect ado s co let ado s e m It a q uara . A ce p a LE (m a n t id a ro t in eira m e nt e no la b o ra t ó rio ) f o i u s a d a co m o p a d rã o d e c o m p a ra ç ã o d a res po s t a ao s a ge n t e s es quis t o s s o m icidas adm inis t rado s .A s respo stas t erap êut icas f o ra m s ignificat iv am ent e d ife re nt es e n t re a lg u n s do s iso lado s em b o ra n ã o fo s s e po s sív el ca ra c t e riz a r n e n h u m co m o res ist ent e. A anális e do s p e rfis d e a m p lifica ção d e D N A nas ce rc ã ría s e no s v erm es adult o s do s iso lado s d e S. mansoni de m o ns t ro u b a ix o g ra u d e v aria b ilida de in d ic a n d o q u e estes s ão g e n e t ic a m e n t e p ró x im o s e re v e lando a a u s ê n c ia d e re a rra n jo s glo b ais d e n t ro do s gen o m a s .

P alav ras - chav es : Schistosoma mansoni. C epas. Sus cet ib ilidade.

Pacientes co m esqu isto sso m o se ap resentam d iferentes resp o stas ao tratam ento esp ecífico . Enquanto a maio ria d o s ind ivíduo s é co nsid erad a curad a d a in fecção ap ó s o tratam ento , alg uns a in d a c o n tin u a m e lim in a n d o o v o s d e Schis t o s o m a m a n s o n i nas fez es, m esm o ap ó s rep etid o s tratam ento s co m um a o u m ais d ro gas q uim io teráp icas613.

Centro de Pesquisas “René Rachou" /FIO CRUZ/D epartamento de Bioquímica e Imunologia/Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de M inas G erais, Belo H orizonte, MG e N úcleo de D oenças Infecciosas/U niversidade Federal do Espirito Santo,V itória, ES, Brasil

Trabalho subvencionado pela O rganização M undial de Saúde, Fundação N acional de Saúde, Universidade Federal do Espirito Santo e Fundação O swaldo Cruz.

E n d e re ç o p a ra c o rre s p o n d ê n c i a: Dr* N eusa A raújo.

Laboratório de Esquistossom ose/Centro de Pesquisas René Rachou. Caixa Postal 174 3 ,3 0 1 6 1 - 9 7 0 Belo H orizonte, MG. Recebido para publicação em 0 9 / 1 1 / 9 5 .

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A ra ú j o N, S o u z a CP, P as s o s LKJ, Sim p s o n A JG , D ias N et o E, P e re ira TR, C erut t i Jú n i o r C, A l e n c a r PEC, D iet z e R, K at z N . Sus cet ib ilidade ao s agent es q uim io t erãp ico s d e iso lado s d e Schistosoma mansoni o riund o s d e p a c ie n t e s t rat ado s co m o x a m in iq u i n e e p ra z i q u a n t e l e n ã o cu ra do s . R ev ista d a S o cie d a d e B ras ileira d e M e d ic in a T ro p ical 2 9 : 4 6 7 - 4 7 6 , set- o ut, 1 9 9 6 .

d iferentes. Resultad o s d e o utro s iso lad o s d e S. m a n s o n i co nsid erad o s resistentes ao s ag entes esqu isto sso m icid as fo ram relatad o s p o r v ário s auto res4 5 6 9101125.

P o lim o rfism o s d e D N A d e te c tad o s p o r iniciad o res aleató rio s atrav és d a reação em cad eia d e p o lim erase (PCR) tem se m o strad o co m o m arcad o res g enético s úteis no estu d o d e u m a g ra n d e v a r ie d a d e d e o rg a n is m o s p ro cario n tes e eu c ario n tes23 2\ A téc n ic a, d eno m inad a A P- PCR, fo i usad a p ela p rim eira v ez em S. m a n s o n i p o r D ias N eto e co ls7 q ue m o straram um a v ariabilid ad e g enética lim itad a em d iferentes iso lad o s d esta esp écie. O utro s au to re s, u san d o a m esm a m e to d o lo g ia, c o n seg u iram d etectar d iferen ças entre as esp éc ies d e Schis t o s o m a7 8 u e d em o nstrar a p eq u en a v ariabilid ad e intra esp ecífica d o S. m a n s o n i 1. O u so d e sta té c n ic a em p lan tas p e rm itiu a i d e n tif i c a ç ã o d e m a rc a d o re s g e n é tic o s d e re sistê n c ia à in f e c ç ã o p o r p a tó g e n o s1617 d e m o n stran d o a u tilid ad e d a m eto d o lo g ia na inv estig ação d e p o lim o rfism o s d e DN A relacio nad o s à fenó tip o s d e interesse.

O p resente trabalho tem o o bjetiv o d e avaliar, exp erim entalm ente, a suscetibilid ad e d e iso lad o s d e S. m a n s o n i p ro v enientes d e p a c ie n te s tra ta d o s c o m o x a m n iq u in e e p r a z iq u a n te l e n ã o c u r a d o s e d e te n ta r id entificar m arcad o res g enético s q u e p erm itam d istinguí-lo s.

M ATERIAL E M ÉTO D O S

P a cie n t e s . Fo ram selecio nad o s p ara estud o d ez p acientes q u e 45 d ias ap ó s o tratam ento esp ecífico co ntinuav am elim inand o o v o s d e S. m a n s o n i nas fez es (co m p ro v ad o p elo m éto d o

quantitativ o d e Kato -Katz ). To d o s resid iam em Itaquara, Bahia, Brasil, co m id ad e v ariand o d e 7 a 15 ano s e p eso entre 19 e 36kg . A m éd ia g eo m étrica d o núm ero d e o v o s p o r g ram a d e fez es fo i d e 398,1 + 5,2 co m v ariação d o núm ero d e o v o s entre 48 e 4248. O tratam ento fo i realiz ad o p rim eiro co m o xam niq u ine na d o se ú nica o ral d e 15 o u 20mg/ kg p ara p eso su p erio r o u inferio r a 30kg, resp ectiv am ente e 5 sem anas ap ó s co m p raziquantel na d o se ú nica o ral d e 60m g/ kg. A m ed icação fo i ing erid a na p resença d o m éd ico (RD ). Entre o s d o is tratam ento s fo i realizad o exam e d e fez es (FPC - fo rm o l éter m o d ificad o ) co m teste d e v iab ilid ad e . A a v aliaç ão d e c u ra ap ó s o seg und o tratam ento fo i feita tam bém p elo m é to d o FPC e m trê s a m o s tra s d e f e z e s co letad as em d ias d iferentes. D e cad a am o stra eram p re p arad as 4 lâm in as. C aso as d u as p rim eiras lâm inas fo ssem neg ativ as as d uas lâm in as su b se q ü e n te s e ram lid as p o r um segund o técnico para co nfirm ação d o resultad o . To d o s o s resultado s po sitivo s fo ram co nfirm ad o s p elo teste d e eclo são d e m iracíd io s. Na tab ela 1 p o d em ser o b serv ad o s d ad o s referentes a cad a um d o s p acientes.

I n f e c ç ã o e x p e ri m e n t a l d e c a m u n d o n g o s . C aram ujo s (B i o m p h a l a ri a g l a b ra t á ) fo ram exp o sto s a m iracíd io s o b tid o s d as fez es d o s p acientes acim a m encio nad o s, seis sem anas ap ó s o últim o tratam ento . Cercárias elim inad as p e lo s c a ra m u jo s s e rv ira m p a ra in f e c ta r cam und o ng o s albino s, p o r via su bcu tânea co m 100 ± 10 cercarias/ cam u nd o ng o 18. Fo ram u sad as tam b ém cercárias elim inad as p o r caram ujo s co letad o s em Itaquara p ara infecção e x p e rim e n tal d e c am u n d o n g o s se g u in d o a m esm a m eto d o lo g ia acim a citad a.

T abela 1 - C aracterísticas c lín ic as e p arasit oló g ic as dos 1 0 p ac ie n t es estu dados q u e n ão respo n deram a o tratam en to c o m o x am n iqu in e e p raz iqu an t el.__________________________________________________________________________________

Pac ien te nc

Id ad e (an o s)

Peso (kg )

N2 d e o v o s p o r g ram a d e fez e s (K ato -K atz ) an tes d o tratam ento

O x a (m g )

Pz q (m g )

T este d e e c lo são d e m irac íd io s ap ó s o tratam ento

8 11 29 72 580 1740 +

20 11 30 624 600 1800 +

29 10 29 48 580 1740 +

99 9 20 264 400 1200 +

126 10 29 96 580 1740 +

162 12 22 96 440 1320 +

256 15 36 1272 540 2160 +

2Ó2 7 19 4248 380 1140 +

290 10 25 4224 500 1500 +

294 10 27 768 540 1620 +

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A ra ú j o N, S o u z a CP, P as s o s LKJ, Sim p s o n A JG , D ia s N et o E, P e re ira TR, C erut t i Jú n i o r C, A l e n c a r FEC , D ie t z e R, K a t z N . Sus cet ib ilidade ao s agent es q uim ío t erãp ico s d e iso lado s d e Schistosoma mansoni o riu nd o s d e p a c ie n t e s t rat ado s co m o x a m in iq u in e e p ra z i q u a n t e l e n ã o cu ra do s . R ev ista d a S o c ie d a d e B ras ileira d e M e d ic in a T ro pical 2 9 :4 6 7 - 4 7 6 , set- o ut, 1 9 9 6 .

T e ra p ê u t ic a e x p e rim e n t a l d e c a m u n d o n g o s . Q uarenta e c in c o d ias ap ó s a in fecção o s cam u nd o ng o s fo ram sep arad o s em grup o s e tratad o s p o r v ia o ral e em d o se ú nica co m o x a m n i q u i n e ( 2 5 , 5 0 e 1 0 0 m g / k g ) o u p ra2iq u antel (100, 200 e 400m g/ kg). Fo ram re a liz a d o s , p a ra le la m e n te , e x p e rim e n to s seg u ind o o m esm o esq u em a d e tratam ento utiliz and o -se cam u nd o ng o s infectad o s co m 100 ± 10 cercárias d a cep a LE d e S. m a n s o n i (m antid a ro tineiram ente em no sso s labo rató rio s e u sad a c o m o p ad rão em e stu d o s d e resistên cia) p ara efeito d e co m p aração e av aliação d a ativ id ad e d as d ro gas. Um grup o d e cam u nd o ng o s infectad o s e não tratad o s fu ncio no u co m o co ntro le d a in fecção no s exp erim ento s realizad o s para cad a iso lad o . Q uinze d ias ap ó s o tratamento , o s cam und o ng o s fo ram sacrificad o s p o r fratura cerv ical e o s v erm es lo caliz ad o s no m esentério e fígad o fo ram reco lhid o s p o r p erfusão . O s fíg ad o s d o s cam u nd o ng o s fo ram esm ag ad o s entre d uas p lacas d e v id ro e exam inad o s em m icro scó p io estereo scó p ico p ara d eterm inação d o núm ero d e v erm es m o rto s. Frag m ento s d o intestino d elg ad o , esm ag ad o s entre lâm ina e lam ínula fo ram o b se rv ad o s ao m ic ro sc ó p io p ara av aliação d o o o g ram a, q u e fo i co nsid erad o alterad o na au sência d e um o u m ais estág io s d e o v o s im aturo s“ . A eficácia da d ro ga fo i calcu lad a b aseand o -se no núm ero d e v erm es v iv o s reco lh id o s d o s anim ais d o s g rup o s co ntro les e tratad o s, u sand o -se a seg uinte eq u ação 15:

Eficácia= a - b x 100 a

o nd e a = nú m ero m éd io d e v erm es viv o s reco lhid o s d o s anim ais d o s g rup o s co ntro les e b= núm ero m éd io d e v erm es v iv o s reco lhid o s d o s g rup o s tratad o s..Fo ram realiz ad o s cálculo s d as d o se s re sp o n sáv e is p o r 50 e 90% d e eficácia (D E^q e D Eo q, resp ectiv am ente) d e cad a d ro ga p ara cad a iso lad o utilizand o -se g ráfico s, o nd e as p ercentag ens d e eficácia fo ram p o sicio nad as no eixo y e a d o se to tal (m g/ kg) no eixo x .

Para d eterm inar a d o se resp o nsáv el p o r 50% d e alteração d o o o g ram a (D O ^q) d e cad a d ro ga p ara cad a iso lad o , fo i feito um g ráfico , o nd e a p ercentag em d e alteração d o o o g ram a fo i p o sicio nad a n o eixo y e a d o se to tal (m g/ kg) no eixo x.

P re p a ra ç ã o d o D N A . A extração d o DNA fo i feita d e aco rd o co m a técn ica d escrita anterio rm ente p o r Sim p so n e co ls21. C ercárias e v erm es ad ulto s fo ram su sp enso s em 50m M d e Tris HCL, 100m M d e N aCl, 50nM d e EDTA , SDS a 0,5% , em p H 8,0 e d ig erid o s co m 50g/ ml d e p ro teinase K p o r 2 ho ras a 37°C. A seg uir fo i fe ita e x tra ç ã o c o m fe n o l/ c lo ro fó rm io e p recip itação co m etano l. O DNA fo i ressusp enso em lOmM d e Tris HCL, lm M d e ED TA em p H 8,0 e sua co ncentração fo i d eterm inad a p o r co m p aração co m p ad rõ es co nhecid o s, atrav és d e eletro fo rese em g el ag aro se a 2% co rad o co m b ro m eto d e etíd io .

A ná lis e dep o lim o rfis m o s d e D N A a m p li f ic a d o a l e a t o ri a m e n t e . A an álise d o s p erfis d e am p lificação d e DN A fo i feita co m o DNA d e cercárias e v erm es ad ulto s p ro v enientes d e c ad a iso lad o e d e cercárias d e caram ujo s naturalm ente infectad o s (Itaquara-Bahia), co m p arad o s co m a cep a LE. O s p erfis fo ram o b tid o s co m o s in ic ia d o re s : 3 3 0 3 ( 5 ’ -T C A C G A T G C A -3’), GATA4 ( 5 ’-GA TA GA TA GA TA GA TA -3’), 3307 ( 5 - A GTGCTA CGT-3’) e 3306 (5’- A GCA TCTGTT-3’). Cad a reação d e am p lificação fo i feita em um v o lu m e final d e 10pl co n ten d o 0,8 u nid ad es d e Taq DNA p o lim erase (C enb io t RS, Brasil), 200m M d e cad a dNTP, l,5m M d e MgC12, 50m M d e KC1, 10mM d e Tris-HCl, pH 8,5, ju ntam ente co m 6,4 p m o les d e iniciad o r e l,0n g d o DN A m o ld e. Esta reação fo i co b erta co m 20p l d e ó leo m ineral seg u ind o -se um a d esnaturação inicial a 95°C p o r 5 m inuto s. À seg u ir fo i subm etid a a 2 ciclo s o b serv and o as seg uintes tem p eraturas e tem p o s: 30°C p o r 2 m inuto s p ara anelam ento , 72°C p o r 1 m inuto p ara e x t e n s ã o e 9 5 ° C p o r 5 m i n u to s p a ra d esnatu ração seg uid o p o r 33 ciclo s o nd e o p asso anelam ento fo i alterad o p ara 40°C. N o ciclo final o p asso d e exten são fo i d e 5 m inuto s. A p ó s am p lificação , 3pl d a reação fo ram m isturad o s co m 0 ,6yil d o tam p ão d e am o stra 6X co ncentrad a (0,25% d e azul d e b ro m o feno l, 0,25% d e xilen o ciano l e 30% d e g licero l) e su bm etid o à eletro fo rese em g el d e p o liacrilim id a à 4% . O s g éis fo ram fixad o s co m 10% d e etano l-0 ,5% d e ácid o acético p o r 20 m inuto s e as band as d e DNA v isualizad as co m o au xílio d e 0,2% d e nitrato d e p rata p o r 30 m inu to s e red u ção c o m N aO H 0,75 M- fo rm ald eíd o 0.1M p o r 10 m inu to s co m o p rev iam ente d escrito 19.

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A ra ú j o N, S o u z a CP, P as s o s LKJ, Sim p s o n A JG , D ia s N et o E, P e re ira TR, C erut t i Jú n i o r C, A l e n c a r P EC , D iet z e R, K at z N . Sus cet ib ilidade ao s age nt es q uim io t erãp ico s d e iso lado s d e Schistosoma m ansoni o riu nd o s d e p a c ie n t e s t rat ado s co m o x a m in iq u i n e e p ra z i q u a n t e l e n ã o cu ra do s . R ev ista d a S o cie d a d e B ras ileira d e M e d ic in a T ro pical 2 9 : 4 6 7 - 4 7 6 , set- o ut, 1 9 9 6 .

tratad o s e co ntro les, a co m p aração d a m éd ia d e v erm es e d a m éd ia d e v erm es m o rto s no fíg ad o , o sig nificad o estatístico d a alteração d o o o g ram a e as d iferenças d e eficácia entre o s d iv erso s iso lad o s e a cep a LE fo ram realizad o s o s seg u intes testes estatístico s: análise de v ariância, q ui-qu ad rad o d e Pearso n e teste t d e Stud ent, send o co nsid erad o o v alo r m ínim o d e sig nificância d e p < 0,0520.

RESULTADOS

N as Tab elas 2 e 3 p o d em ser v isto s o s resultad o s o b tid o s ap ó s a ad m inistração d e o xam niquine o u praziquantel no s cam und o ng o s infectad o s exp erim entalm ente co m o s d iv erso s iso lad o s d e S. m a n s o n i b em co m o co m a cep a LE, e as resp ectiv as p ercentag ens d e eficácia. Co m o xam niq u ine (100m g/ kg), a p ercentag em

d e v erm es m o rto s no fíg ad o v ario u d e 23,5 (iso lad o 8) a 92,4 (iso lad o 29). Em relação à alteração d o o o g ram a, não ho u v e d iferença sig nificativ a. Q u and o fo i ad m inistrad o o p raziquantel na d o se d e 400m g/ kg, ho uv e alteração d o o o g ram a em 100% d o s anim ais tratad o s, e a p ercentag em d e v erm es m o rto s no fíg ad o v ario u d e 53,1 (iso lad o 99) a 98,0 (iso lad o d o cam p o ).

A s p ercentag en s d e eficácia d as d uas d ro gas usad as p o d em ser v istas nas Tab elas 2 e 3 . O iso lad o 008 m o stro u se r o m e n o s su scetív el à o xam niq u ine (32,8, 37,6 e 48,0% d e eficácia q uand o as d o ses usad as fo ram 25, 50 e 100m g/ kg) e o s iso lad as 29 e 99 fo ram o s m ais su scetív eis à esta m esm a d ro g a a p r e s e n ta n d o e f i c á c i a d e 9 2 ,4 e 9 1 ,5 % , resp ectiv am ente, q u and o fo i usad a a d o sag em

T abela 2 - A tiv idade esqu istossom icida d e ox am n iqu in e, do se ú n ica, v ia oral. em c am u n don g os in fec tados ex perim en talm en te com c erc arias d e div ersos iso lados e a c ep a LE de Schistosom a m an son isac rífic ado s 1 5 dias apó$ o tratam en to

Esq u em a d e V erm es m o rto s A lteraç ao d o M éd ia d e v erm es M éd ia d e v erm es Eficácia

tratam ento Iso lad o n o fíg ad o o o g ram a v iv o s tratad o s v iv o s co n tro le %

(m g / kg ) % %

25 8 17.3 0.0 1Ó.8 25.0 32.8

20 28.9 25.0 14.8 22,7 34.8

29 40.9 0,0 18,8 26,3 28,5

99 16,0 0.0 22.4 30,5 26.6

126 2,3 0.0 7.6 7,8 2,6

162 0.0 0.0 24,0 28.4 15,5

256 0.0 0.0 13;5 32.5 58,5

262 0.0 0.0 20.0 13.0 0,0

290 45.6 0.0 10.4 18,3 43,2

294 29.4 28.6 11.4 21.8 47.7

LE 38.7 20.0 13.8 21.0 34,3

50 8 2 1 7 50.0 15.6 25.0 37,6

20 63.1 66.7 6,3 22,7 72,2

29 57.9 50,0 8,4 26.3 68,1

99 52.6 60.0 7.4 30,5 75.7

126 47,5 28,6 3-6 7,8 53.8

162 31.3 66.7 16,8 28,4 40,8

25ó 55.3 100.0 5.3 32.5 83,7

262 44.8 50,0 8,0 13.0 38,5

290 34,9 37,5 6.8 18,3 62,8

294 37,7 50,0 10,8 21.8 50.5

cam p o 25.6 66.7 10.8 25.4 57,4

LE 41.7 60,0 9.6 21.0 54,3

100 8 28.5 100.0 13-0 25.0 48.0

20 81.5 ' 100.0 2.5 22.7 89.0

29 92.4 100,0 2,0 26,3 92,4

99 73.8 100,0 2,6 30.5 91,5

126 88,1 100.0 1,0 7,8 87.2

162 77,1 100.0 3,8 28.4 86,6

256 48.7 100,0 6.7 32,5 79,4

262 75,2 85,7 4,4 13-7 67,9

290 61,9 100.0 4,6 18,3 74.9

294 70,7 100,0 3.8 21,8 82.6

c am p o 55,9 100,0 11,2 25.4 55,9

(5)

A ra ú j o N, S o u z a CP, P as s o s L K J, Sim p s o n A JG , D ia s N et o E, P e re i ra TR, C erut t i Jú n i o r C, A l e n c a r FEC , D ie t z e R, K a t z N . Sus cet ib ilidade ao s aget ites q uim io t erãp ico s d e iso lado s d e Schistosoma mansoni o riund o s d e p a c ie n t e s t rat ado s co m o x a m in iq u in e e p ra z iq u a n t e l e n ã o cura do s . R ev ista d a S o c ie d a d e B ras ileira d e M e d ic in a T ro p ical 2 9 : 4 6 7 - 4 7 6 , set- o ut, 1 9 9 6 .

m a is a lta . Q u a n d o f o i a d m in is tra d o o p raziquantel, o iso lad o 8 m o stro u ser o m eno s sensív el p o is co m a d o sag em d e 400m g/ kg ap resento u 30,4% d e eficácia e o s iso lad o s 290 e d e caram u jo s n atu ralm ente in fectad o s, co letad o s em Itaquara, fo ram o s m ais sensív eis a p r e s e n ta n d o 9 0 ,2 e 8 6 , 6 % d e e f i c á c i a , resp ectiv am ente, q u and o a d o sag em u sad a fo i d e 400m g/ kg.

O s resultad o s d a análise d e v ariância da m éd ia d e v erm es e d a m éd ia d e v erm es m o rto s n o fíg ad o co m p arad o s entre cam und o ng o s infectad o s p eío s d iferentes iso lad o s e a.c e p a LE d e S. m a n s o n i ap ó s tratam e n to c o m o xam n iq u in e ( 100m g/ kg) o u p raz iq u antel (400m g / kg ) p o d em ser v isto s na Tabela 4. Os iso lad o s 99 e 20 não ap arecem nesta tabela p o rq u e a análise d e v ariância m o stro u q u e a

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A ra ú j o N , S o u z a CP, P as s o s L K J Sim p s o n A / G , D ia s N et o E, P e re i ra TR, C erut t í Jú n i o r C, A l e n c a r FEC , D ie t z e R, K at z N. Sus cet ib ilidade ao s agent es q uim io t erãp ico s d e iso lado s d e Schistosoma mansoní o riu nd o s d e p a c ie n t e s t rat ado s co m o x a m in iq u in e e p ra z iq u a n t e l e n ã o cu ra do s . R ev ista d a S o c ie d a d e B ras ileira d e M e d icin a T ro pical 2 9 :4 6 7 - 4 7 6 , set- o ut, 1 9 9 6 .

e s te ú ltim o r e s u lta d o e s ta tis tic a m e n te sig nificativ o . Q u and o fo i ad m inistrad o o p raz iqu antel, a D E50 v ario u d e 50 (iso lad o d o cam p o ) a 640m g/ kg (iso lad o 8) ap resentand o d iferenças estatisticam ente sig nificativ as o s

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A ra ú j o N, S o u z a CP, P as s o s L K J, Sim p s o n A JG , D ia s N et o E, P e re ira TR, C erut t i Jú n i o r C, A l e n c a r FEC , D ie t z e R, K at z N . Sus cet ib ilidade ao s age nt es q uim io t eráp ico s d e iso lado s d e Schistosoma mansoni o riu nd o s d e p a c ie n t e s t rat ado s co m o x a m in iq u in e e p ra z i q u a n t e l e n ã o cura do s . R ev ista d a S o c ie d a d e B ras ileira d e M e d ic in a T ro pical 2 9 : 4 6 7 - 4 7 6 , set- o ut, 1 9 9 6 .

o xam niq u ine e d e 150 a 230m g/ kg n o caso d o p r a z i q u a n t e l . D o i s r e s u l t a d o s f o r a m estatisticam ente significativ o s, a saber: iso lad o s 262 e 290 q u and o a d ro ga ad m inistrad a fo i o p raziquantel.

Q uand o o s perfis d e am p lificação d e iso lad o s o riund o s d e p acientes fo ram co m p arad o s ao s p erfis d e iso lad o s d e m o lu sco s naturalm ente infectad o s d a reg ião o u à cep a LE, não fo i o bserv ad o nenhu m p o lim o rfism o d e DNA q u e p u d esse ser relacio nad o a alg um a característica e s p e c í f i c a e m q u a l q u e r d as a m o s t r a s estud ad as. Q u and o o p ad rão d e band eam ento d e DN A fo i analisad o (Fig ura 1) o b serv o u -se u m alto grau d e co m p artilham ento d e band as.

A au sência d e p o lim o rfism o s característico s tam bém fo i o bserv ad a q uand o o DNA d erivad o d e cercárias o u v erm es ad ulto s d e iso lad o s fo ram co m p arad o s ao s m esm o s estág io s da cep a LE (Fig ura 2) ind icand o a inexistência d e rearranjo s g enético s g lo bais, q u e p o d eriam ser relacio nad o s à resistência a d ro gas.

F ig u ra 1 - G el d e p o lia c ri la m id a a 4 % co ra do p e l a p ra t a m o s t ra nd o

0

p e rf i l d e R A P D de riv ad o d e u m p o o l d e c e rc á ri a s d e S. m ansoni e l im i n a d a s d e B. èlábrata infect ado s co m m ira cíd io s p ro v en ien t e s da s f e z e s do s p a c ie n t e s 0 0 8 (L in da 1), 0 2 9 (L inda 2 ), 1 6 2 (L ind a 3 ), 1 2 6 (L in da 4 ), 2 9 0 (L in da 5 ) , ca ra m u j o s n a t u ra lm en t e infe ct ad o s (lin h a 6 ) o u a c e b a L E (lin h a 7). O in ic ia d o r us ad o f u i G A TA 4 . O t a m a n h o m o le cu la r - TM ( e m p a re s d e b a s e s - p b ) est á in d ic a d o ã e s q u e rd a d a f i g u ra .

DISCUSSÃ O

N este trabalho fo i av aliad a a su scetibilid ad e ao tratam ento q uim io teráp ico exp erim ental d e 10 iso lad o s d e S. m a n s o n i p ro v enientes d e p acientes esq u isto sso m ó tico s, tratad o s p o r d uas v ez es send o um a co m o xam niq u ine e o utra co m p raziquantel, e não curad o s, e um iso lad o p ro v eniente d e caram ujo s co letad o s no p erid o m icílio d o s p acientes, p aralelam ente à cep a LE, d e suscetibilid ad e co nhecid a, p ara efeito d e co m p aração .

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A ra ú j o N, S o u z a CP, P as s o s LKJ, Sim p s o n A JG , D ia s N et o E, P e re ira TR. C erut t i Jú n i o r C, A l e n c a r FEC , D ie t z e R, K at z N . Sus cet ib ilidade ao s a gen t es q uim io t eráp ico s d e iso lado s d e Schistosoma mansoni o riund o s d e p a c ie n t e s t rat ado s co m o x a m in iq u i n e e p ra z i q u a n t e l e n ã o cu ra do s . R ev ista d a S o cie d a d e B ras ileira d e M e d ic in a T ro pical 2 9 : 4 6 7 - 4 7 6 , set- o ut, 1 9 9 6 .

Katz e c o ls12 d em o nstraram , p ela prim eira v ez na literatura, q u e um a cep a iso lad a d e d o is p acientes tratad o s 2 v ez es co m hy cantho ne e um a v ez co m nirid azo le, ap resento u baixa su scetibilid ad e ao hy cantho ne, nirid azo le e o xamniquine quando estudada experimentalmente. A raú jo e c o ls 1 e n c o n traram re sistê n c ia exp erim ental ao s tratam ento s co m nirid azo le, h y c a n th o n e e o x a m n iq u in e em c e p a s o rig inárias d e p acientes tratad o s co m d ro gas esqu isto sso m icid as e não curad o s e em o utras p ro v enientes d e p acientes q u e nunca hav iam sid o tratad o s.

Yeang e co ls25 m o straram q u e as DL^q, em m g / kg d e o x a m n iq u in e , p ara o s v erm es m acho s fo i d ez v ez es m aio r em d uas d e três cep as resistentes testad as, q uand o co m p arad as a 4 cep as reco nhecid am ente sensív eis. D rescher e co ls9 estu d aram a su scetib ilid ad e d e 4 iso lad o s (BH , MA P, M PR-1 e K ) u san d o esq u em as m últip lo s d e hy antho ne, nirid azo le, o xam niq u ine e p raziquantel. A d iscussão d o s re su ltad o s fo i b ase ad a na D E^ q (50% d e eficácia). A cep a BH fo i su scetív el à to d as as d ro g as usad as. O iso lad o K fo i resistente ao nirid azo le; M PR-1 fo i resistente à o xam niq u ine e o iso lad o MAP , citad o na literatura co m o resistente ao hy cantho ne e o xam n iq u in e5 ap resento u valo res d a DEcq 5 e 10 v ezes m aio res q u e aq u eles ap resentad o s p elo iso lad o BH , resp ectiv am ente, co nfirm and o sua resistência. Fallo n e D o en ho ff10 estud aram a resistência d e in fecçõ es esq u isto sso m ó ticas ind uzid a p elo tratam ento co m d o ses m últip las subcurativ as d e p raz iqu antel o u o xam niq u ine, A s d ro gas fo ram ad m inistrad as a cam und o ngo s p o rtad o res d e in fecção no estág io d e v erm e ad ulto no inicio d a p o stu ra (35 e 37 d ias ap ó s infecção , resp ectiv am ente). N o v enta e três p o r cento d o s v erm es selecio nad o s p ara resistência ao p raz iq u antel so b rev iv eram à 3 d o ses d e 300m g/ kg d a m esm a d ro ga ad m inistrad a entre o s d ias 28 e 37 da in fec ç ão ap ó s 7 g eraçõ es, m as so m ente 13% d o s v erm es so brev iv eram à 3 d o s e s d e 2 0 0 m g / k g d e o x a m n iq u in e ad m inistrad a no m esm o p erío d o ap ó s infecção . O s v erm es selecio nad o s p ara resistência à o xam niq u ine fo ram co m p letam ente resistentes a 3 d o ses d e 200mg/ kg d a m esm a d ro ga ap ó s a s e x ta g e r a ç ã o , p o ré m s o m e n te 2 6 % so b re v iv e ram a 3 d o se s d e 3 0 0 m g / kg d e p raziquantel. O s auto res co nclu íram q u e o S.

m a n s o n i p o d e to rnar-se resistente ao s ag entes esq u isto sso m icid as, num esp aço d e tem p o relativamente curto, quand o submetid o a d iverso s

tratam ento s, m as q u e a resistência cruzad a entre p raziquantel e o xam niq u ine não o co rre.

M arcad o res g en étic o s d e resistên cia à d ro gas em S. m a n s o n i fo ram estud ad o s p o r Brind ley e co ls3 que d em o nstraram alteraçõ es no g en e 18S d e RNA rib o so m al relacio nad as co m a ind u ção exp erim ental d e resistência no tratam ento co m hy cantho ne. Este d ad o p arece ind icar q u e d ev em surgir alteraçõ es a nív el d e DNA q uand o a resistência à d ro g as o co rre em d e te rm in a d a s c e p a s d e S . m a n s o n i . A p ro babilid ad e d e o co rrência d e m o d ificaçõ es g enéticas g lo bais, to rna d e interesse o u so d e m e to d o lo g ia q u e p e rm ita a n á lis e s d e rearranjo s g enético s g lo bais. V ieira e c o ls22 estud and o v ariaçõ es d e p o p u laçõ es brasileiras d e S. m a n s o n i co nseg u iram traçar um p erfil g e n ô m ic o d e v á rio s is o la d o s , re la ta n d o d iferen ças entre o s iso lad o s testad o s e d iferenças ind iv id uais d entro d e um m esm o iso lad o . O s au to re s o b se rv aram q u e as v a r ia ç õ e s g e n ô m ic a s in d iv id u a is e n tre p o p u laçõ es naturais fo i m arcante, send o m ais sig nificante d o q u e aq u ela o b serv ad a em p arasitas q u e são m antid o s no lab o rató rio p o r várias g eraçõ es, entretanto não co nseg uiram id entificar um m arcad o r p ara resistência.

No p resente trabalho fo i p o ssív el d em o nstrar d iferença d e resp o sta terap êu tica entre o s 10 iso lad o s d e S. m a n s o n i p ro v en ien tes d e p a c ie n te s tra ta d o s e q u e c o n tin u a ra m a e lim in a r o v o s n a s f e z e s e u m is o la d o p ro v e n ie n te d e c a ra m u jo s n a tu ra lm e n te infectad o s.To d av ia não fo i p o ssív el d em o nstrar re sistê n c ia às d ro g as ad m in istrad as, na infecção exp erim ental d e cam und o ng o s. A an álise d o s p e rfis d e a m p lific aç ão d e D N A o btid o s co m o s iso lad o s em estud o , d em o nstro u b aixo grau d e v ariabilid ad e intraesp ecífica d a esp écie não send o enco ntrad o s p o lim o rfism o s característico s q u e p erm itissem d isting uir iso lad o s o btid o s d e p acientes não curad o s, m o lu sco s naturalm ente infectad o s o u a cep a d e referência LE.

Estud o s d e iso lad o s p ro v en ien tes d e pacientes tratado s e não curad o s serão realiz ad o s p o sterio rm ente, u san d o -se RNA c o m o u m p o ssív el m arcad o r g en ético d e resistência à d ro gas.

SUM M ARY

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A ra ú j o N, S o u z a CP, P as s o s LKJ, Sim p s o n A JG , D ia s N et o E, P e re ira TR, C erut t i Jú n i o r C, A l e n c a r FEC , D ie t z e R, K a t z N . Sus cet ib ilidade ao s a gen t es q uim io t erãp ico s d e iso lado s d e Schistosoma mansoni o riu nd o s d e p a c ie n t e s t rat ado s c o m o x a m in iq u in e e p ra z i q u a n t e l e n ã o cu ra do s . R ev ista d a S o c ie da de B ras ileira d e M e d ic in a T ro pical 2 9 :4 6 7 - 4 7 6 , set- o ut, 1 9 9 6 .

p ra z i q u a n t e l w ere no t c u re d . Schistosoma mansoni iso lates d eriv e d f ro m t hes e p at ient s w ere s t udied. Snails w ere infec t e d w ith m ira ci d ia d e ri v e d f ro m the f e c e s o f t hes e p at ient s a n d t he c e rc a ria e p ro d u c e d u s e d to in fec t a lb in o m ice. T he a nim a ls w ere t hen t re at ed w ith a s i n gle o ral do s e o f o x a m n i q u in e (2 5 , 5 0 a n d 1 0 0 m g / k g ) o r p ra z i q u a n t e l (1 0 0 , 2 0 0 a n d 4 0 0 m g/ k g). Tloe re s p o ns e to chem o t he rap y w as s ig n ific a n t ly d i f f e re n t iti s o m e o f t h e iso lates alt ho ugh it w as no t p o s s ib le to ch a ra c t e ri z e a n y o f t hem as res is t ant , h i addit io n, D N A analy s is o f the iso lates b y m ea ns o f " R ando m A m p lified P o ly m o rfhic D N A ’’in d ic a t e d a lo w d e g re e o f v ariabilit y as c o m p a re d w ith a lab o rat o ry s t rain, LE. Thus, it w as no t p o s s ib le to c h a ra c t e riz e thes e o rganis m s at a g e n e t ic lev el as a dis t inct s t rain.

K e y - w o rd s : S chistosom a m an so n i. S t ra i n s . S u s c e p t ib ilit y .

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Referências

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