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Implementação de um sistema de alertas de segurança e boletins tecnológicos

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Academic year: 2021

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(1)

Implementac¸ ˜ao de um sistema de

alertas de seguranc¸a e boletins

tecnol ´

ogicos

Monografia submetida `a Universidade Federal de Santa Catarina

como requisito para a aprovac¸ ˜ao da disciplina:

DAS 5511: Projeto de Fim de Curso

Igor Marques de Souza Gois

(2)

Implementac¸ ˜ao de um sistema de alertas de seguranc¸a

e boletins tecnol ´

ogicos

Igor Marques de Souza Gois

Esta monografia foi julgada no contexto da disciplina

DAS 5511: Projeto de Fim de Curso

e aprovada na sua forma final pelo

Curso de Engenharia de Controle e Automac¸ ˜ao

Banca Examinadora:

Eng

a

. Deborah Dantas

Orientadora da empresa

Prof. Agustinho Plucenio

Orientador do Curso

(3)

Agradecimentos

Deixo aqui registrado os meus sinceros agradecimentos para:

Rob ´erio e Selma: pela dedicac¸ ˜ao, preocupac¸ ˜ao e investimento em todas as

minhas empreitadas Brasil afora. Mesmo distantes, voc ˆes sempre estiveram ao meu lado me dando conselhos e me motivando a voar cada vez mais alto. A dedicac¸ ˜ao de voc ˆes para com os seus filhos ´e algo imensur ´avel e eu serei eternamente grato por isso.

Isis: por torcer, de um jeito extremamente peculiar, pelo sucesso do irm ˜ao mais

velho. Acredite, a rec´ıproca ´e verdadeira.

Minha fam´ılia: pela torcida, pelas orac¸ ˜oes e por sempre me receber de brac¸os

abertos em Aracaju.

Felipe Aguiar (in memoriam): pelo exemplo de lic¸ ˜ao de vida e por me ensinar

a nunca desistir dos objetivos.

Rodrigo Le ˜ao: pela amizade digna de um irm ˜ao. Sou grato pela sua

compa-nhia nas viagens, festas, madrugadas de estudos e em Maca ´e. Agradec¸o tamb ´em pelas profundas conversas sobre projetos inovadores, carreira, empreendedorismo, petr ´oleo, etc.

Alisson Calgaroto, Francisco Bezerra e Paulo Botura: por toda assist ˆencia

prestada a mim neste semestre. Sem voc ˆes morar em Maca ´e n ˜ao seria a mesma coisa.

Guilherme Piazzetta e Bruno Balvedi: por compartilharem comigo as alegrias

e dificuldades de se ter a nossa pr ´opria empresa.

Amigos de Aracaju: pela amizade verdadeira que, apesar da dist ˆancia,

perdu-rar ´a por toda a vida.

Fam´ılia automac¸ ˜ao e agregados: por me adotarem nesses inesquec´ıveis anos

de muito estudo e muita festa que passei em Florian ´opolis.

Professores do DAS: por todos os conhecimentos compartilhados.

Funcion ´arios de TSS: pela atenc¸ ˜ao e paci ˆencia para sanar todas as minhas

(4)

Resumo

Descrevem-se aqui as atividades desenvolvidas pelo estudante Igor Marques de Souza Gois durante o est ´agio final na empresa Halliburton em Maca ´e-RJ, no contexto da disciplina Projeto de Fim de Curso (DAS 5511), do curso de Engenharia de Controle e Automac¸ ˜ao.

A ind ´ustria do petr ´oleo possui diversos riscos intr´ınsecos, logo os aspectos rela-cionados `a seguranc¸a s ˜ao uma preocupac¸ ˜ao constante na empresa. Frequentemente s ˜ao gerados alertas de seguranc¸a e boletins tecnol ´ogicos que devem ser divulgados para todos os funcion ´arios da empresa. Os alertas de seguranc¸a s ˜ao notificac¸ ˜oes que relatam algum acidente que ocorreu recentemente, informando quais as cau-sas que levaram a esse acontecimento e o que se deve fazer para evit ´a-lo. Bole-tins tecnol ´ogicos, por sua vez, s ˜ao notificac¸ ˜oes emitidas pela Halliburton referentes a mudanc¸as ocorridas em alguma ferramenta ou em um processo da companhia. Sendo assim, todos os funcion ´arios do segmento, sem excec¸ ˜ao, devem estar cientes destes alertas e boletins para uma maior seguranc¸a nas operac¸ ˜oes e para evitar que aciden-tes semelhanaciden-tes aos que j ´a aconteceram n ˜ao se repitam.

Nesse contexto, as atividades do projeto s ˜ao concentradas na implementac¸ ˜ao de um sistema de alertas de seguranc¸a e boletins tecnol ´ogicos atrav ´es de um fra-mework web chamado CakePHP. O escopo do projeto ´e importante porque viabilizar ´a uma maior divulgac¸ ˜ao dessas notificac¸ ˜oes, e consequentemente um maior comprome-timento dos funcion ´arios com a seguranc¸a e com a qualidade dos servic¸os prestados pela empresa.

Palavras-chave: Alertas de seguranc¸a, boletins tecnol ´ogicos, aspectos de seguranc¸a,

(5)

Abstract

This report describes the activities developed by the student Igor Marques de Souza Gois during his internship at Halliburton in Maca ´e-RJ, in the context of the Final Project, as part of the Control and Automation Engineering undergraduate course.

The oil industry has several inherent risks, so safety is a constant concern in the company. Frequently, flash alerts and technology bulletins are published and they must be disclosed to all employees. Flash alerts are notifications that report an acci-dent that occurred recently, what were its causes and what should be done to prevent it. Technology bulletins are notifications issued by Halliburton relating to modifications in its operational tools or in its processes. Therefore, all employees, without excep-tion, should be aware of these notifications. Thus, the operations become safer and accidents are prevented.

In this context, the activities of this project are focused on the implementation of a flash alerts and technology bulletins system using a web framework called Ca-kePHP. The project scope is important because it will allow a greater disclosure of such reports. Therefore the employees will be more committed to safety and quality of services provided by the company.

(6)

Sum ´ario

Lista de Figuras viii

Lista de Tabelas xi

Simbologia xii

1 Introduc¸ ˜ao 1

1.1 A ind ´ustria do petr ´oleo . . . 1

1.2 Halliburton Servic¸os . . . 1

1.3 O PSL de Testing and Subsea (TSS) . . . 3

1.3.1 Data Acquisition Services (DAS) . . . 4

1.3.2 Fluid Sampling (SAM) . . . 4

1.3.3 Test Tools (TT) . . . 5

1.3.4 Surface Well Testing (SWT) . . . 6

1.3.5 Subsea Safety Systems (SSS) . . . 7

1.3.6 Reservoir Engineering (RE) . . . 7

1.4 HSE e SQ . . . 7

1.5 Apresentac¸ ˜ao do problema . . . 8

1.6 Objetivos . . . 12

1.6.1 Objetivos gerais . . . 12

1.6.2 Objetivos espec´ıficos . . . 13

1.7 Justificativa do projeto . . . 13

1.8 Paralelo com a engenharia de controle e automac¸ ˜ao . . . 14

(7)

2 Aspectos de seguranc¸a na Halliburton 16

2.1 Treinamentos HSE . . . 16

2.2 Programa de cart ˜oes de observac¸ ˜ao . . . 18

2.3 Stop Work Authority . . . 19

2.4 L´ıder de HSE e 5S . . . 20

2.5 Reuni ˜ao di ´aria de seguranc¸a . . . 21

2.6 An ´alise de risco . . . 21

2.7 Considerac¸ ˜oes finais . . . 24

3 Concepc¸ ˜ao e elaborac¸ ˜ao do sistema 25 3.1 Concepc¸ ˜ao . . . 25

3.1.1 Levantamento dos requisitos . . . 25

3.1.1.1 Vis ˜ao geral do sistema . . . 26

3.1.1.2 Especificac¸ ˜ao de requisitos . . . 26

3.1.2 Organizac¸ ˜ao dos requisitos . . . 31

3.2 Elaborac¸ ˜ao . . . 34

3.2.1 Expans ˜ao dos casos de uso . . . 34

3.2.2 Operac¸ ˜oes e consultas do sistema . . . 35

3.3 Projeto do banco de dados . . . 37

4 Implementac¸ ˜ao do sistema 40 4.1 Tecnologias utilizadas . . . 40 4.1.1 PHP . . . 41 4.1.2 MySQL . . . 42 4.1.2.1 phpMyAdmin . . . 43 4.1.3 XAMPP . . . 44 4.1.3.1 Servidor . . . 44

(8)

4.1.3.2 Backup . . . 46 4.1.4 Model-view-controller (MVC) . . . 46 4.1.5 CakePHP . . . 47 4.1.5.1 Modelos . . . 47 4.1.5.2 Controladores . . . 50 4.1.5.3 Vis ˜oes . . . 52 4.2 Seguranc¸a . . . 52 4.3 Detalhamento . . . 54

4.3.1 Confirmar leitura de alertas e boletins . . . 54

4.3.1.1 Excec¸ ˜oes . . . 57

4.3.1.2 Listar alertas e boletins j ´a lidos . . . 59

4.3.2 Area administrativa . . . .´ 60

4.3.2.1 Gerenciamento de alertas e boletins . . . 61

4.3.2.2 Gerenciamento de usu ´arios . . . 62

4.3.2.3 Relat ´orios . . . 64

4.4 Considerac¸ ˜oes finais . . . 66

5 Resultados 67 5.1 Resist ˆencia inicial . . . 67

5.2 Dados obtidos . . . 68

5.2.1 Tamanho do banco de dados . . . 68

5.2.2 Usu ´arios . . . 68

5.2.3 Alertas . . . 69

5.2.4 Confirmac¸ ˜ao de leitura . . . 70

5.3 Pr ˆemio de boas pr ´aticas . . . 71

(9)

6.1 Perspectivas . . . 73

6.1.1 Expans ˜ao para outros segmentos . . . 73

(10)

Lista de Figuras

1.1 Areas de atuac¸ ˜ao da Halliburton. [2] . . . .´ 2

1.2 Os sub-PSLs de Testing and Subsea. . . 5

1.3 Coluna b ´asica de Test Tools. . . 6

1.4 Exemplo de um alerta de seguranc¸a. . . 9

1.5 Exemplo de um boletim tecnol ´ogico. . . 10

1.6 Pasta classificadora utilizada. . . 11

1.7 Dificuldade na coleta de assinaturas. . . 12

2.1 Seguranc¸a ´e condic¸ ˜ao de emprego na Halliburton. . . 17

2.2 Programa de cart ˜oes de observac¸ ˜ao. . . 19

2.3 Cart ˜ao Stop Work Authority. . . 20

2.4 Reuni ˜ao di ´aria do sub-PSL de SWT. . . 22

2.5 Matriz de an ´alise de risco. . . 23

2.6 Exemplo de um item da an ´alise de risco do laborat ´orio de DAS. . . 24

3.1 Diagrama de casos de uso do sistema. . . 32

3.2 Diagrama de sequ ˆencia do sistema. . . 37

3.3 Modelagem conceitual do banco de dados. . . 39

4.1 Exemplo de sintaxe PHP utilizada para a filtragem. . . 42

4.2 Criac¸ ˜ao da tabela dos usu ´arios. . . 43

4.3 Interface do phpMyAdmin. . . 43

4.4 Interface do XAMPP. . . 45

4.5 Sistema sendo acessado no navegador web. . . 45

4.6 Arquitetura do modelo MVC. [15] . . . 47

4.7 Relac¸ ˜ao muitos para muitos implementada no CakePHP. . . 50

(11)

4.9 Configurac¸ ˜ao do XAMPP protegido por senha. . . 53

4.10 Configurac¸ ˜ao do XAMPP e phpMyAdmin ´e poss´ıvel apenas localmente no servidor. . . 53

4.11 Requisic¸ ˜ao de senha para acessar o phpMyadmin. . . 54

4.12 Tela de login para os administradores. . . 54

4.13 Tentativa de acesso a conte ´udo protegido. . . 55

4.14 Listagem de alertas de seguranc¸a e boletins tecnol ´ogicos. . . 55

4.15 Boletins filtrados de acordo com seus sub-PSLs. . . 56

4.16 Vis ˜ao do m ´etodo view() do controlador Alertas. . . 57

4.17 Confirmac¸ ˜ao da leitura de um boletim tecnol ´ogico. . . 58

4.18 Leitura confirmada com sucesso. . . 58

4.19 Erro gerado ao digitar um SAP inexistente. . . 59

4.20 Alerta gerado quando a opc¸ ˜ao ’Declaro que li e entendi’ n ˜ao foi selecio-nada. . . 59

4.21 Confirmac¸ ˜ao de leitura de um alerta ou boletim que j ´a foi lido. . . 59

4.22 Listar alertas e boletins que j ´a foram lidos. . . 60

4.23 Menu de gerenciamento do sistema. . . 61

4.24 Adic¸ ˜ao de um novo alerta ou boletim. . . 62

4.25 Remoc¸ ˜ao de um alerta ou boletim. . . 62

4.26 Adic¸ ˜ao de um novo usu ´ario. . . 63

4.27 Alerta de confirmac¸ ˜ao para a remoc¸ ˜ao de um usu ´ario. . . 63

4.28 Estat´ıtisca referente a um alerta de seguranc¸a. . . 64

4.29 Funcion ´arios que j ´a leram o alerta de seguranc¸a. . . 65

4.30 Funcion ´arios que ainda n ˜ao leram o alerta de seguranc¸a. . . 66

5.1 Tamanho do banco de dados. . . 68

5.2 N ´umero de usu ´arios cadastrados sistema. . . 69

(12)

5.4 N ´umero de alertas e boletins adicionados ao sistema. . . 70

5.5 Confirmac¸ ˜oes de leitura. . . 71

(13)

Lista de Tabelas

3.1 Requisito funcional F1 e seus requisitos n ˜ao funcionais. . . 27

3.2 Requisito funcional F2 e seus requisitos n ˜ao funcionais. . . 28

3.3 Requisito funcional F3 e seus requisitos n ˜ao funcionais. . . 29

3.4 Requisito funcional F4 e seus requisitos n ˜ao funcionais. . . 30

3.5 Consultas do sistema. . . 33

3.6 Expans ˜ao do caso de uso. . . 36

4.1 Modelos implementados no CakePHP. . . 49

(14)

Simbologia

PSL (Product Service Line): sigla referente a um segmento de atuac¸ ˜ao da Hal-liburton.

TSS (Testing and Subsea): PSL de Testing and Subsea da Halliburton.

DAS (Data Acquisition Services): sub-PSL de Testing and Subsea respons ´avel pela aquisic¸ ˜ao de dados do poc¸o.

SAM (Fluid Sampling): sub-PSL de Testing and Subsea respons ´avel pela amos-tragem de fluidos.

TT (Test Tools): sub-PSL de Testing and Subsea respons ´avel pelos equipamen-tos da coluna de teste.

SWT (Surface Well Testing): sub-PSL de Testing and Subsea respons ´avel pelos equipamentos de superf´ıcie.

SSS (Subsea Safety Systems): sub-PSL de Testing and Subsea respons ´avel pelos equipamentos subsea de seguranc¸a.

BOP (Blowout Preventer): conjunto de v ´alvulas de seguranc¸a respons ´aveis pelo controle de abertura e fechamento de poc¸os de petr ´oleo.

RE (Reservoir Engineering): sub-PSL de Testing and Subsea respons ´avel pela an ´alise e avaliac¸ ˜ao dos dados do reservat ´orio.

HSE (Health, Safety, and Environment): ´area respons ´avel por s ´aude, seguranc¸a e meio ambiente.

SQ (Service Quality): ´area respons ´avel pela qualidade do servic¸o.

5S: metodologia japonesa que preza pela organizac¸ ˜ao, ordem e limpeza do ambiente de trabalho.

RPC (Risk Priority Code): medida que avalia os perigos e risco de uma ativi-dade.

UP (Unified Proccess): metodologia de desenvolvimento de software atrav ´es do processo unificado.

(15)

RS (Respostas do sistema): respostas realizadas pelo sistema.

UML (Unified Modeling Language): ´e uma linguagem de modelagem de soft-ware.

PHP (PHP Hypertext Preprocessor - acr ˆonimo recursivo): linguagem de programac¸ ˜ao utilizada para implementar o sistema.

SGBD (Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados): sistema respons ´avel por gerenciar o banco de dados.

SQL (Structured Query Language): linguagem para realizar as consultas no banco de dados.

IP (Internet Protocol): enderec¸o que indica o local de um computador em uma rede local ou p ´ublica.

MVC (Model-view-controller): modelo de desenvolvimento de software em tr ˆes camadas.

(16)

Cap´ıtulo 1: Introduc¸ ˜ao

1.1: A ind ´

ustria do petr ´

oleo

O petr ´oleo - do latim petra (pedra) e oleum ( ´oleo) - ´e uma subst ˆancia oleosa, inflam ´avel, menos densa que a ´agua, com cheiro caracter´ıstico e de cor variando entre o negro e o castanho escuro.

Atualmente, o petr ´oleo ´e a principal fonte de energia n ˜ao renov ´avel do mundo. Ele ´e um bem estrat ´egico, de import ˆancia vital para a economia mundial. O petr ´oleo, juntamente com o g ´as natural, representam 52% de toda a energia consumida no mundo [1]. Diante disso, se faz necess ´aria a explorac¸ ˜ao e produc¸ ˜ao em ´areas cada vez mais inacess´ıveis, como por exemplo em ´aguas ultra profundas do pr ´e-sal e na floresta amaz ˆonica.

Nesse contexto, a engenharia desempenha um papel fundamental. ´E atrav ´es dela que as novas tecnologias s ˜ao desenvolvidas, permitindo assim a explorac¸ ˜ao e produc¸ ˜ao em condic¸ ˜oes cada vez mais desafiadoras. As empresas que possu´ırem esse diferencial, bem como um servic¸o de qualidade estar ˜ao a frente.

Al ´em da qualidade do servic¸o, a seguranc¸a nas operac¸ ˜oes, a confiabilidade e a preocupac¸ ˜ao com o meio ambiente s ˜ao fatores fundamentais na ind ´ustria de petr ´oleo. Uma vez que os custos com o processo de explorac¸ ˜ao s ˜ao extremamente elevados, qualquer tipo de erro ´e inadmiss´ıvel. E danos a equipamentos, acidentes de trabalho e ambientais resultam em s ´erias consequ ˆencias para a empresa e a sua imagem.

´

E justamente na qualidade do servic¸o, seguranc¸a nas operac¸ ˜oes e ao meio ambiente que est ´a vinculado este projeto. Antes, por ´em, se faz necess ´aria uma apresentac¸ ˜ao sobre a empresa onde o est ´agio foi realizado.

1.2: Halliburton Servic¸os

A Halliburton ´e hoje uma das maiores empresas de servic¸os para campos pe-trol´ıferos do mundo. Atualmente ela conta com mais de sessenta mil funcion ´arios atu-ando em aproximadamente oitenta pa´ıses. Suas principais sedes est ˜ao em Houston e em Dubai.

(17)

A vis ˜ao da Halliburton ´e ser a empresa preferida em servic¸os de explorac¸ ˜ao e produc¸ ˜ao para o desenvolvimento de recursos globais de ´oleo e g ´as. Sua miss ˜ao, por sua vez, ´e criar um valor sustent ´avel atrav ´es do fornecimento de soluc¸ ˜oes excepcio-nais em produtos, servic¸os e recursos digitais que auxiliem seus clientes a terem ˆexito atrav ´es: [2]

• da maximizac¸ ˜ao da produc¸ ˜ao e recuperac¸ ˜ao;

• da obtenc¸ ˜ao de reservas ambientais dif´ıceis;

• do aperfeic¸oamento da efici ˆencia operacional.

A empresa oferece produtos e servic¸os l´ıderes da ind ´ustria para todo o ciclo de vida do reservat ´orio, da localizac¸ ˜ao de hidrocarbonetos e gerenciamento de dados geol ´ogicos at ´e a avaliac¸ ˜ao de perfurac¸ ˜ao e formac¸ ˜ao, da construc¸ ˜ao e conclus ˜ao do poc¸o at ´e a melhoria da produc¸ ˜ao. As ´areas de atuac¸ ˜ao da Halliburton s ˜ao mostradas na figura 1.1:

Figura 1.1: ´Areas de atua¸c˜ao da Halliburton. [2]

• Evaluation - caracterizac¸ ˜ao de reservat ´orios;

(18)

• Production - produc¸ ˜ao de poc¸os.

Cada ´area de atuac¸ ˜ao ´e dividida em segmentos, tamb ´em chamados de PSL (Product Service Line). Estes PSLs possuem ainda subdivis ˜oes conhecidas como sub-PSLs. O projeto descrito neste documento foi realizado na ´area de caracterizac¸ ˜ao de reservat ´orios, mais especificamente no PSL de Testing and Subsea, tamb ´em co-nhecido como TSS. O mesmo ser ´a detalhado a seguir.

1.3: O PSL de Testing and Subsea (TSS)

O TSS no Brasil possui aproximadamente duzentos funcion ´arios espalhados por tr ˆes bases operacionais em Maca ´e-RJ, Mossor ´o-RN e Manaus-AM. Al ´em disso, o PSL possui tamb ´em escrit ´orios no Rio de Janeiro-RJ e em Natal-RN.

Os principais clientes do segmento s ˜ao as empresas Petrobr ´as, Anadarko, HRT, Repsol, Statoil, Shell e Devon.

A fase de explorac¸ ˜ao de um reservat ´orio consiste em diversos passos. E para entender em que parte desse processo os servic¸os de Testing and Subsea est ˜ao in-seridos, se faz necess ´ario citar as operac¸ ˜oes que antecedem o teste propriamente dito.

Primeiramente, o poc¸o encontrado deve ser perfurado. Em seguida ele passa por uma caracterizac¸ ˜ao chamada perfilagem. Ap ´os isso, ele ´e revestido e cimentado. Somente ap ´os todas essas etapas ´e que o poc¸o pode ser, efetivamente, testado. Es-sas informac¸ ˜oes obtidas no teste auxiliar ˜ao o cliente a tomar a decis ˜ao se ´e vi ´avel investir na produc¸ ˜ao desse poc¸o ou se ele deve ser abandonado.

Os testes de poc¸o ajudam na previs ˜ao da capacidade de produc¸ ˜ao e suas tend ˆencias. A partir dessas informac¸ ˜oes, s ˜ao tomadas decis ˜oes importantes, tais como m ´etodos de produc¸ ˜ao, programas de recuperac¸ ˜ao secund ´aria e desenvolvi-mento em perfurac¸ ˜ao. Os encarregados de realizar o teste no poc¸o t ˆem a responsa-bilidade de fornecer dados precisos e completos do comportamento do reservat ´orio. [3]

Dito isto, o PSL de Testing and Subsea oferece servic¸os relacionados a teste e avaliac¸ ˜ao de poc¸os de petr ´oleo. Seu principal objetivo ´e disponibilizar para o cliente informac¸ ˜oes acerca do reservat ´orio, auxiliando-o na tomada de decis ˜ao. Para isso, s ˜ao realizadas as seguintes operac¸ ˜oes:

(19)

• aquisic¸ ˜ao de dados de press ˜ao e temperatura;

• identificac¸ ˜ao e obtenc¸ ˜ao de amostras representativas de fluidos;

• determinac¸ ˜ao da vaz ˜ao do fluido;

• identificac¸ ˜ao de problemas;

• determinac¸ ˜ao de par ˆametros do reservat ´orio;

O segmento ´e dividido em seis sub-PSLs como mostrado na figura 1.2. Ape-sar de trabalharem em conjunto, cada um ´e respons ´avel por um determinado tipo de servic¸o. S ˜ao eles:

• Data Acquisition Services (DAS).

• Fluid Sampling (SAM).

• Test Tools (TT).

• Surface Well Testing (SWT).

• Subsea Safety Systems (SSS).

• Reservoir Engineering (RE).

1.3.1: Data Acquisition Services (DAS)

Aquisic¸ ˜ao de dados ´e um dos principais objetivos durante um teste de poc¸o. O DAS ´e o sub-PSL de Testing and Subsea respons ´avel, principalmente, pela aquisic¸ ˜ao e tratamento desses dados. Estes, por sua vez, devem ser confi ´aveis, exatos e facil-mente disponibilizados para os clientes.

Os principais dados coletados s ˜ao press ˜oes e temperaturas do fundo da formac¸ ˜ao e da superf´ıcie.

1.3.2: Fluid Sampling (SAM)

O sub-PSL de Fluid Sampling ´e respons ´avel pela coleta de amostras repre-sentativas do fluido do poc¸o. Esse fluido pode ser coletado tanto na superf´ıcie, como tamb ´em no fundo do poc¸o. E a partir da an ´alise desse material pode-se obter informac¸ ˜oes

(20)

Figura 1.2: Os sub-PSLs de Testing and Subsea.

1.3.3: Test Tools (TT)

Test Tools ´e o sub-PSL respons ´avel pela completac¸ ˜ao tempor ´aria do poc¸o. Suas ferramentas, em sua maioria hidr ´aulicas e mec ˆanicas, descem no fundo da formac¸ ˜ao para executar e auxiliar a realizac¸ ˜ao do teste. Por exemplo, as ferramentas eletr ˆonicas do DAS descem acopladas em uma ferramenta de TT chamada porta registrador, a qual faz parte da coluna de teste. Um exemplo de uma coluna b ´asica de teste com suas ferramentas principais ´e mostrada na figura 1.3.

(21)

Figura 1.3: Coluna b´asica de Test Tools.

1.3.4: Surface Well Testing (SWT)

O subsegmento de SWT est ´a relacionado com todos os equipamentos de su-perf´ıcie que auxiliam a realizac¸ ˜ao de um teste de formac¸ ˜ao. Seus principais objetivos s ˜ao:

• controlar a press ˜ao e a vaz ˜ao dos fluidos do poc¸o na superf´ıcie;

• estabelecer um regime est ´avel de escoamento;

• gerar dados atrav ´es de medic¸ ˜oes das vaz ˜oes de ´oleo, g ´as e ´agua;

• descartar os fluidos recuperados da maneira menos agressiva poss´ıvel ao meio ambiente.

(22)

1.3.5: Subsea Safety Systems (SSS)

O sub-PSL de subsea ´e respons ´avel pelos equipamentos que se localizam junto ao Blowout Preventer (BOP). Esses equipamentos fornecem uma maior seguranc¸a e evita acidentes em casos de emerg ˆencia em que ´e preciso desconectar a coluna de teste da plataforma.

1.3.6: Reservoir Engineering (RE)

No Brasil, o sub-PSL de Reservoir Engineering, respons ´avel pela an ´alise e avaliac¸ ˜ao dos dados do reservat ´orio, ainda n ˜ao existe. Ele se encontra em fase de planejamento e brevemente far ´a parte do PSL Testing and Subsea no pa´ıs.

1.4: HSE e SQ

Como j ´a dito anteriormente, a qualidade do servic¸o, a seguranc¸a nas operac¸ ˜oes, a confiabilidade e a preservac¸ ˜ao do meio ambiente s ˜ao preocupac¸ ˜oes constantes da empresa. Neste contexto, existem duas ´areas respons ´aveis por esses fatores.

A primeira ´e chamada de HSE (Health, Safety, and Environment) que ´e res-pons ´avel por toda parte de sa ´ude, de seguranc¸a e de meio ambiente. Como principais metas e atribuic¸ ˜oes do HSE est ˜ao [4]:

• identificar e documentar os processos necess ´arios para prestar um servic¸o se-guro e ambientalmente saud ´avel e confi ´avel;

• fornecer as habilidades e conhecimentos para realizar o trabalho com seguranc¸a;

• eliminar os riscos percebidos relacionados a performance do trabalho;

• prover ferramentas necess ´arias para identificar e reduzir os impactos de

HSE nas atividades di ´arias.

A segunda se chama SQ (Service Quality ) que, como o pr ´oprio nome j ´a diz, ´e a respons ´avel pela qualidade do servic¸o e pela percepc¸ ˜ao do cliente em relac¸ ˜ao aos servic¸os prestados pela Halliburton. Como principais atribuic¸ ˜oes do SQ est ˜ao [5]:

• estar em total conformidade com os padr ˜oes da ind ´ustria e preparar a organizac¸ ˜ao para potenciais certificac¸ ˜oes;

(23)

• assegurar que cada funcion ´ario tenha o conhecimento, habilidades e comporta-mentos para trabalhar de forma eficaz e competente;

• fornecer aos funcion ´arios um mecanismo para comunicar e tratar os riscos;

• melhorar continuamente a tecnologia e processos para mitigar os impactos em SQ;

• verificar o desempenho atrav ´es de auditorias robustas e comunicac¸ ˜ao de

lic¸ ˜oes aprendidas.

Dois itens citados anteriormente foram colocados em negrito de forma proposi-tal, pois eles est ˜ao diretamente relacionados ao projeto em quest ˜ao. O mesmo prop ˜oe uma ferramenta para identificar e reduzir os impactos de HSE, bem como comunicar lic¸ ˜oes aprendidas com o passado, auxiliando assim o SQ.

1.5: Apresentac¸ ˜ao do problema

Para um entendimento completo do problema encontrado, primeiramente se faz necess ´ario a definic¸ ˜ao de dois termos vinculados a este projeto:

• Alerta de seguranc¸a: ´e um documento, emitido principalmente pela Petrobr ´as, que descreve algum acidente que ocorreu recentemente nas atividades da ind ´ustria de petr ´oleo e g ´as. Ele contempla basicamente as causas, as consequ ˆencias e o que poderia ter sido feito para evitar o ocorrido. A partir da figura 1.4 observa-se um exemplo de alerta de seguranc¸a.

• Boletim tecnol ´ogico: este ´e um documento, emitido pela ´area tecnol ´ogica da Halliburton, que fornece informac¸ ˜oes sobre procedimentos a serem seguidos e/ou alterac¸ ˜oes em pec¸as, ferramentas e processos. Essas mudanc¸as devem ser seguidas por todos funcion ´arios ao redor do mundo de forma a manter a padronizac¸ ˜ao dos servic¸os. Normalmente nele ´e contemplada uma descric¸ ˜ao da modificac¸ ˜ao a ser efetuada e o que deve feito para realiz ´a-la. Um exemplo ´e observado na figura 1.5.

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Assim que os alertas de seguranc¸a e boletins tecnol ´ogicos s ˜ao gerados, as ´areas de HSE e SQ encaminham estes para a ger ˆencia de cada PSL. Estes, por sua vez, s ˜ao respons ´aveis por repassar estes informativos a todos os funcion ´arios do segmento (sem excec¸ ˜ao).

Al ´em disso, frequentemente ocorrem auditorias internas e externas as quais a ger ˆencia deve, de algum modo, comprovar que todos os funcion ´arios do seu PSL est ˜ao cientes dos alertas e boletins gerados.

Para isso, o TSS utiliza uma pasta classificadora, como observa-se na figura 1.6, onde s ˜ao colocados todos os alertas e boletins impressos. Essa pasta, por sua vez, permanece uma semana em cada sub-PSL para que seus funcion ´arios leiam todos os informativos e assinem uma lista declarando que leram e entenderam os mesmos. Como existem tr ˆes bases operacionais de TSS no Brasil, se faz necess ´ario a criac¸ ˜ao de tr ˆes pastas id ˆenticas, uma para cada base.

Figura 1.6: Pasta classificadora utilizada.

A rotatividade das pessoas na base ´e elevada devido a grande quantidade de embarques. Assim, quando um funcion ´ario retorna de um trabalho e a pasta j ´a passou pelo seu sub-PSL, ´e necess ´ario que o mesmo saia a procura dela nas outras ´areas e leia todo seu conte ´udo de uma s ´o vez para no final assin ´a-la, comprovando assim que est ´a ciente do conte ´udo apresentado. Todo esse processo gera uma grande perda de tempo at ´e se encontrar o paradeiro dos informativos da semana e dificulta a coleta de assinaturas de todos os empregados, como observa-se na figura 1.7.

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Figura 1.7: Dificuldade na coleta de assinaturas.

Al ´em disso, outro ponto a ser destacado ´e a necessidade de se imprimir todos os alertas e boletins, bem como a lista com os nomes de todos os funcion ´arios. Esse gasto de papel poderia ser evitado atrav ´es da digitalizac¸ ˜ao deste processo.

Em geral, o m ´etodo utilizado apresenta diversas desvantagens. Um fato que comprova isso ´e que nos ´ultimos tr ˆes anos, nunca se conseguiu 100% das assinaturas, obtendo assim indicadores negativos nesse quesito nas auditorias de SQ e HSE.

Dito isto, este projeto tem como foco propor melhorias nesse processo de divulgac¸ ˜ao dos sistemas de alertas de seguranc¸a e boletins tecnol ´ogicos.

1.6: Objetivos

1.6.1: Objetivos gerais

O objetivo geral deste trabalho ´e propor e implementar um sistema de alertas de seguranc¸a e boletins tecnol ´ogicos de f ´acil acesso a todos os funcion ´arios.

Como produto final espera-se obter uma interface em que os usu ´arios poder ˜ao ler e confirmar, a qualquer momento, a leitura dos alertas de seguranc¸a e dos boletins tecnol ´ogicos. Com isso, relat ´orios e estat´ısticas poder ˜ao ser gerados para serem

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utilizados nas auditorias de HSE e SQ.

Al ´em disso, o sistema deve ser implementado segundo os padr ˜oes utilizados na Engenharia de Software, facilitando assim futuras manutenc¸ ˜oes, atualizac¸ ˜oes e at ´e a utilizac¸ ˜ao do sistema em outros pa´ıses.

1.6.2: Objetivos espec´ıficos

Para alcanc¸ar o objetivo geral, foram definidos diversos objetivos espec´ıficos, os quais s ˜ao apresentados abaixo:

• entendimento do processo antigo e elaborac¸ ˜ao de uma proposta de melhoria;

• levantamento das especificac¸ ˜oes/requisitos do projeto;

• utilizac¸ ˜ao de uma metodologia padronizada para desenvolvimento de software;

• escolha da linguagem de programac¸ ˜ao e estudo da mesma;

• desenvolvimento de uma interface simples e amig ´avel;

• estudo e implementac¸ ˜ao de um banco de dados, de forma a armazenar os aler-tas, os boletins e as confirmac¸ ˜oes de leitura;

• escolha dos indicadores de desempenho mais relevantes para serem utilizados nos relat ´orios.

1.7: Justificativa do projeto

A motivac¸ ˜ao deste projeto est ´a fortemente ligada aos quatro pilares da Hallibur-ton: seguranc¸a, excel ˆencia operacional, inovac¸ ˜ao tecnol ´ogica e ´etica.

A medida que os acidentes ocorridos s ˜ao fortemente divulgados atrav ´es dos alertas de seguranc¸a, fatos semelhantes s ˜ao prevenidos e evitados no futuro. Al ´em disso, a cada alerta divulgado, os funcion ´arios ficam sensibilizados com o ocorrido e, consequentemente, ficam mais atentos aos perigos e riscos presentes ao seu redor. Assim, obt ´em-se um ambiente de trabalho com maior seguranc¸a.

Com a divulgac¸ ˜ao dos novos procedimentos ou alterac¸ ˜oes nas ferramentas e processos atrav ´es dos boletins tecnol ´ogicos, evita-se poss´ıveis falhas nos trabalhos e garante uma excel ˆencia operacional dos servic¸os.

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Al ´em disso, com a utilizac¸ ˜ao de um sistema mais eficiente para a divulgac¸ ˜ao dos alertas e boletins, espera-se um maior comprometimento por parte dos funcion ´arios. Somado a isso, tem-se a gerac¸ ˜ao de relat ´orios e estat´ısticas do sistema. Todos esses fatores contribuir ˜ao para resultados positivos nas pr ´oximas auditorias de HSE e SQ, elevando assim os indicadores de Testing and Subsea.

Outra justificativa est ´a relacionada ao meio ambiente. Uma vez que, atrav ´es desse novo sistema, n ˜ao haver ´a a necessidade da impress ˜ao de in ´umeras folhas.

1.8: Paralelo com a engenharia de controle e automac¸ ˜ao

Dentro do contexto do curso de Engenharia de Controle e Automac¸ ˜ao, este pro-jeto est ´a intimamente ligado a ´area de engenharia de software. Al ´em disso, todo o embasamento obtido na disciplina Metodologia para Desenvolvimento de Sistemas (DAS5312) foi de fundamental import ˆancia para o levantamento dos requisitos do usu ´ario, modelagem do sistema e seus diagramas.

No que se refere a fatores relacionados `a seguranc¸a na ind ´ustria do petr ´oleo, a disciplina Aspectos de Seguranc¸a em Sistemas de Controle e Automac¸ ˜ao (DAS5401) foi de grande valia. J ´a a disciplina Fundamentos de Sistemas de Banco de Dados (INE5225) teve tamb ´em grande import ˆancia para o projeto do banco de dados do sis-tema. J ´a a disciplina Integrac¸ ˜ao de Sistemas Corporativos (DAS5316) tamb ´em foi de suma import ˆancia no entendimento das poss´ıveis consequ ˆencias na implementac¸ ˜ao de um software em um sistema corporativo.

Vale destacar tamb ´em as disciplinas oferecidas pelo programa PRH-34 que for-neceram todo o conhecimento relacionado a ind ´ustria de petr ´oleo e g ´as.

1.9: Organizac¸ ˜ao do documento

No decorrer deste documento ser ´a poss´ıvel acompanhar as etapas de desen-volvimento do trabalho realizado. Neste primeiro cap´ıtulo, foi feita uma apresentac¸ ˜ao do local onde o est ´agio foi realizado, bem como uma breve descric¸ ˜ao do projeto. No pr ´oximo cap´ıtulo s ˜ao mostrados aspectos relacionados a seguranc¸a que s ˜ao utilizados na ind ´ustria do petr ´oleo e na Halliburton.

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do sistema, desde o levantamento de requisitos at ´e o projeto do banco de dados. J ´a o quarto cap´ıtulo detalha a implementac¸ ˜ao do sistema e as tecnologias utilizadas.

O cap´ıtulo cinco aborda todos os resultados obtidos com o sistema proposto. No sexto e ´ultimo cap´ıtulo exp ˜oe-se as conclus ˜oes e perspectivas sobre o projeto, onde se faz uma an ´alise cr´ıtica das tarefas realizadas e das dificuldades encontradas durante o per´ıodo.

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Cap´ıtulo 2: Aspectos de seguranc¸a na Halliburton

Considerando que o exerc´ıcio de qualquer atividade profissional provoca riscos, podemos verificar que em quase todos os pa´ıses a preocupac¸ ˜ao com a protec¸ ˜ao ao trabalhador se registra nas pr ´oprias constituic¸ ˜oes. [6]

Na ind ´ustria do petr ´oleo n ˜ao ´e diferente. Ela possui in ´umeros riscos intr´ınsecos relacionados tanto ao meio ambiente como aos seus funcion ´arios. Uma prova disso s ˜ao as cat ´astrofes ambientais que, de vez em quando, est ˜ao presentes nos notici ´arios.

E, apesar de toda a preocupac¸ ˜ao com este assunto, dados de entidades re-guladoras do mundo inteiro sugerem que, ap ´os anos avanc¸ando, a seguranc¸a de operac¸ ˜oes de explorac¸ ˜ao em alto mar piorou nos ´ultimos dois anos. [7]

Apesar disso, muito continua sendo feito para atingir a meta de zero acidentes. A atual presidente da Petrobr ´as, Maria das Grac¸as Silva Foster, em um carta a todos os funcion ´arios e terceirizados, disse: ”nessas quest ˜oes, n ˜ao podemos simplesmente filosofar, muito menos nos contentar com o muito que, reconhec¸o, conquistamos at ´e agora. Em quest ˜oes de seguranc¸a no trabalho, sa ´ude dos nossos profissionais e res-peito ao meio ambiente, temos de ser absolutamente pragm ´aticos e conseguir o ideal: zero em estat´ısticas de acidentes, vazamentos, afastamentos e mortes no trabalho”.

A Halliburton possui a seguranc¸a como um dos seus quatro pilares. Para isso, ela promove diversos programas e atividades que t ˆem como objetivo a conscientizac¸ ˜ao de seus funcion ´arios para as quest ˜oes relacionadas a seguranc¸a, a sa ´ude e ao meio ambiente. O assunto ´e levado muito a s ´erio na empresa e ´e considerado como condic¸ ˜ao n ´umero um de emprego, como observado em um cartaz mostrado na figura 2.1. Ao longo desse cap´ıtulo ser ˜ao apresentados exemplos de iniciativas relacionadas a seguranc¸a na Halliburton.

2.1: Treinamentos HSE

Assim que o funcion ´ario ´e contratado pela Halliburton, ele deve, obrigatoria-mente, participar de diversos cursos relacionados a HSE. S ˜ao aproximadamente tr ˆes semanas de treinamentos, onde s ˜ao absorvidos conhecimentos iniciais sobre a em-presa e conceitos sobre sa ´ude, seguranc¸a e meio ambiente. A seguir segue a lista de

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Figura 2.1: Seguran¸ca ´e condi¸c˜ao de emprego na Halliburton.

alguns dos cursos iniciais obrigat ´orios:

• gerenciamento ambiental;

• primeiros socorros;

• an ´alise de risco;

• seguranc¸a em H2S;

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• movimentac¸ ˜ao de cargas;

• protec¸ ˜ao auditiva;

• protec¸ ˜ao contra quedas;

• combate a inc ˆendio;

• procedimento de entrada em espac¸o confinado;

• protec¸ ˜ao das costas;

• programa de cart ˜oes de observac¸ ˜ao.

Os treinamentos podem ser presenciais ou de forma online atrav ´es de uma pla-taforma de ensino chamada Halliburton University. Todos eles possuem uma avaliac¸ ˜ao ao final, em que ´e obrigat ´orio obter uma nota igual ou superior a 80 por cento.

2.2: Programa de cart ˜

oes de observac¸ ˜ao

O programa de cart ˜oes de observac¸ ˜ao ´e uma ferramenta que motiva os fun-cion ´arios a cuidar um dos outros. Assim que ´e verificada uma situac¸ ˜ao de risco `a seguranc¸a ou ao meio ambiente, o funcion ´ario deve abordar, de forma adequada, os envolvidos e mostrar a eles os riscos envolvidos e qual a maneira mais indicada de realizar tal atividade.

Ap ´os isso, o funcion ´ario que realizou a intervenc¸ ˜ao deve registrar o acontecido em uma interface web, como mostrado na figura 2.2. Se o fato observado est ´a rela-cionado com seguranc¸a das pessoas, ferramentas e equipamentos, diz-se ent ˜ao que ele criou um cart ˜ao de observac¸ ˜ao de seguranc¸a. E caso o fato esteja relacionado ao meio ambiente, cria-se um cart ˜ao de observac¸ ˜ao sobre o meio ambiente.

Os cart ˜oes devem conter uma descric¸ ˜ao detalhada da situac¸ ˜ao observada, a ac¸ ˜ao corretiva imediata realizada e a atitude tomada para evitar a recorr ˆencia. Um fato importante a ser citado ´e que os nomes dos envolvidos n ˜ao s ˜ao mencionados. O objetivo do programa ´e a obtenc¸ ˜ao de uma tend ˆencia dos perigos e riscos e n ˜ao a repreens ˜ao.

Dessa forma, a ger ˆencia consegue identificar os pontos mais cr´ıticos e tomar ac¸ ˜oes para evit ´a-los. Al ´em disso, ´e poss´ıvel tamb ´em criar cart ˜oes de boas pr ´aticas.

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Figura 2.2: Programa de cart˜oes de observa¸c˜ao.

Nesse caso, deve-se citar os nomes dos envolvidos nos cart ˜oes e parabeniz ´a-los pelo comprometimento com seguranc¸a. O elogio ´e uma das melhores formas de promover a recorr ˆencia das boas pr ´aticas.

2.3: Stop Work Authority

O Stop Work Authority ´e um cart ˜ao, mostrado na figura 2.3, que todos os fun-cion ´arios da Halliburton Brasil possuem. Com este cart ˜ao em m ˜aos, o funfun-cion ´ario, independente da hierarquia, tem o direito de parar qualquer atividade que ele julgue ser insegura.

De acordo com H.M., vice presidente da Halliburton no Brasil: ”O funcion ´ario que apresentar este cart ˜ao tem autoridade e responsabilidade de intervir ou interrom-per uma tarefa sem medo de repres ´alias, se observar uma ac¸ ˜ao ou condic¸ ˜ao insegura no local de trabalho, ou que tenham preocupac¸ ˜ao com o controle de SQ ou risco HSE. Caso tenha d ´uvida em realizar qualquer trabalho ou n ˜ao se sinta seguro em faz ˆe-lo, por favor, n ˜ao o fac¸a e chame seu supervisor”.

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Figura 2.3: Cart˜ao Stop Work Authority.

2.4: L´ıder de HSE e 5S

O 5S ´e uma metodologia de trabalho que usa uma lista de cinco palavras japo-nesas: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. Em portugu ˆes elas s ˜ao:

• classificac¸ ˜ao: eliminar do espac¸o de trabalho o que seja in ´util;

• ordem: organizar o espac¸o de trabalho de forma eficaz;

• limpeza: melhorar o n´ıvel de limpeza;

• normatizac¸ ˜ao: prevenir o aparecimento de sup ´erfluos e a desordem;

• manutenc¸ ˜ao: incentivar esforc¸os de aprimoramento.

Dessa forma, a metodologia possibilita desenvolver um planejamento sistem ´atico de classificac¸ ˜ao, ordem, limpeza, permitindo assim de imediato maior produtividade, seguranc¸a, clima organizacional e motivac¸ ˜ao dos funcion ´arios, com consequente me-lhoria da competitividade organizacional. [8]

Em cada sub-PSL, todos os dias, uma pessoa ´e escolhida para exercer a func¸ ˜ao de l´ıder de HSE e 5S. Assim, sua atribuic¸ ˜ao ´e aguc¸ar seu senso de seguranc¸a e de organizac¸ ˜ao, motivando todos a fazerem o mesmo. Todas as observac¸ ˜oes verificadas durante o dia dever ˜ao ser comentadas a todos na reuni ˜ao di ´aria do dia seguinte.

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2.5: Reuni ˜ao di ´aria de seguranc¸a

No in´ıcio de cada dia, acontece a reuni ˜ao di ´aria de seguranc¸a de TSS. Ela se inicia com algum funcion ´ario lendo um alerta de seguranc¸a ou expondo algum ponto observado. Em seguida, os l´ıderes de HSE e 5S de cada sub-PSLS exp ˜oem para todos suas observac¸ ˜oes do dia anterior, relatando o que foi observado e o que foi feito para evitar reincid ˆencia, ou at ´e mesmo elogiando alguma boa pr ´atica.

Por fim, os gerentes relatam a todos sobre as operac¸ ˜oes em andamento e pon-tos relacionados `a seguranc¸a observados nas plataformas. Ap ´os isso, a reuni ˜ao ´e finalizada com algum funcion ´ario proferindo a seguinte frase: ”Se algu ´em aqui n ˜ao se encontra apto, fisica ou psicologicamente, para exercer suas func¸ ˜oes com seguranc¸a no dia de hoje, por favor contate seu supervisor. Bom dia de trabalho a todos”.

Terminada a reuni ˜ao, os funcion ´arios de cada sub-PSL formam uma pequena roda onde acontece a sua reuni ˜ao di ´aria, conforme mostrado na figura 2.4. Nela s ˜ao planejadas e divididas as tarefas a serem executadas durante o dia, bem como a esco-lha do l´ıder de HSE e 5S. Al ´em disso, todos devem assinar um documento chamado an ´alise de risco, comprovando que est ˜ao cientes dos perigos e riscos presentes na

´area.

2.6: An ´alise de risco

A an ´alise de risco ´e um documento feito por cada sub-PSL que tem como obje-tivos identificar, avaliar e controlar os riscos existentes em cada ´area.

Assim, a identificac¸ ˜ao exige que cada tarefa seja observada e os riscos intr´ınsecos a mesma sejam levantados. Um fato importante a ser citado ´e que toda tarefa nova deve ser, obrigatoriamente, analisada e adicionada ao documento. As atividades j ´a analisadas, por sua vez, devem ser revisadas de tempos em tempos de forma a ga-rantir uma an ´alise de risco atualizada que contemple todos os perigos e riscos envol-vidos.

Uma vez identificados, os riscos devem ser avaliados. Para isso, eles devem ser classificados de acordo com seus envolvidos, suas consequ ˆencias e sua frequ ˆencia. Esses par ˆametros podem ser divididos em:

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Figura 2.4: Reuni˜ao di´aria do sub-PSL de SWT.

• consequ ˆencias: catastr ´ofico, cr´ıtico, marginal ou desprez´ıvel;

• frequ ˆencia: frequente, razoavelmente prov ´avel, ocasional, remota, extremamente improv ´avel ou imposs´ıvel.

Esses par ˆametros devem ser interligados na matriz de an ´alise de risco. Atrav ´es dela obt ´em-se o fator RPC (Risk Priority Code). Para isso, basta observar na tabela da figura 2.5 qual o valor do RPC para determinada consequ ˆencia e frequ ˆencia do perigo identificado. Existem tr ˆes poss´ıveis valores: 1 (vermelho), 2 (amarelo) ou 3 (verde). Por exemplo, para um perigo considerado como cr´ıtico (II) e que possui frequ ˆencia avaliada em razoavelmente prov ´avel (B), de acordo com a tabela da matriz, ele pos-suir ´a um RPC de 1.

Caso a avaliac¸ ˜ao obtenha um perigo com RPC 3, ent ˜ao o mesmo ´e aceit ´avel e nada precisa ser feito. Entretanto, caso o perigo seja avaliado com RPC de 1 ou

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2, medidas de controle devem ser tomadas de forma a diminuir a frequ ˆencia ou a consequ ˆencia do mesmo at ´e que um RPC 3 seja obtido.

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Atrav ´es da figura 2.6 observa-se um item da an ´alise de risco do laborat ´orio de DAS. O item contempla o poss´ıvel risco referente a queda dos registradores, um equipamento utilizado para obter dados de press ˜ao e temperatura. A poss´ıvel causa levantada ´e o descuido do operador no transporte e manuseio da ferramenta. Como efeito tem-se danos aos equipamentos e as pessoas. Diante disso, a consequ ˆencia ´e considerada como cr´ıtica (II) e a frequ ˆencia como ocasional (C), obtendo assim um RPC 2, o qual ´e inaceit ´avel. Como medida de controle aconselha-se manter a atenc¸ ˜ao constante e sempre deixar uma das m ˜aos livres durante o transporte do equipamento. Dessa forma, a frequ ˆencia passa a ser considerada extremamente improv ´avel (E), logo o RPC se torna 3, o qual classifica o risco como aceit ´avel.

Figura 2.6: Exemplo de um item da an´alise de risco do laborat´orio de DAS.

2.7: Considerac¸ ˜

oes finais

Diante de todas as pr ´aticas citadas anteriormente, o projeto em quest ˜ao prop ˜oe uma nova ferramenta que auxilie os funcion ´arios a aguc¸ar o senso de seguranc¸a atrav ´es da leitura de alertas de seguranc¸a e boletins tecnol ´ogicos.

Para a implementac¸ ˜ao desse sistema, se faz necess ´ario o levantamento de requisitos do projeto a ser desenvolvido. As etapas de concepc¸ ˜ao e de elaborac¸ ˜ao do sistema ser ˜ao detalhadas no pr ´oximo cap´ıtulo.

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Cap´ıtulo 3: Concepc¸ ˜ao e elaborac¸ ˜ao do sistema

O desenvolvimento do software proposto foi implementado atrav ´es da meto-dologia UP (Unified Proccess), a qual ´e composta basicamente por quatro etapas: concepc¸ ˜ao, elaborac¸ ˜ao, construc¸ ˜ao e transic¸ ˜ao [9].

Neste cap´ıtulo ser ˜ao detalhadas apenas as etapas de concepc¸ ˜ao e elaborac¸ ˜ao do sistema, bem como o projeto do banco de dados do mesmo.

3.1: Concepc¸ ˜ao

´

E na fase de concepc¸ ˜ao que obt ´em-se conhecimento do que realmente deve ser projetado. De acordo com Fred Brooks [10], ”a parte mais ´ardua da construc¸ ˜ao de um software consiste exatamente em identificar ’o que’ construir. Nenhuma outra parte do trabalho compromete tanto o resultado se elaborado de forma incorreta. Nenhuma outra parte oferece tanta dificuldade para efetuar correc¸ ˜oes posteriores”.

Por isso, ´e nessa fase que deve haver uma grande interac¸ ˜ao entre o projetista e o cliente, de forma a obter, com clareza, uma vis ˜ao geral do que deve ser desenvolvido.

Durante a fase de concepc¸ ˜ao, duas etapas s ˜ao de fundamental import ˆancia: o levantamento de requisitos e a organizac¸ ˜ao dos requisitos

3.1.1: Levantamento dos requisitos

O mais importante da fase de concepc¸ ˜ao ´e determinar o que deve ser de-senvolvido, sem a preocupac¸ ˜ao - pelo menos nesse momento - em como o projeto ser ´a implementado e quais tecnologias ser ˜ao utilizadas. Assim, se faz necess ´ario a elaborac¸ ˜ao de dois documentos:

• Vis ˜ao geral: documento que apresenta de maneira breve algumas id ´eias do pro-jeto, destacando as principais funcionalidades que caracterizam o sistema;

• Especificac¸ ˜ao de requisitos: consiste na coleta e organizac¸ ˜ao dos requisitos fun-cionais e n ˜ao funfun-cionais que caracterizam a finalidade e uso do sistema.

(41)

Ap ´os diversas reuni ˜oes com os gerentes de Testing and Subsea - que nessa situac¸ ˜ao fizeram o papel de cliente do projeto - respons ´aveis pelo processo de atualizac¸ ˜ao da pasta contendo os alertas de seguranc¸a e boletins tecnol ´ogicos, foi poss´ıvel obter a vis ˜ao geral do sistema a ser projetado, mostrada a seguir.

3.1.1.1: Vis ˜ao geral do sistema

O sistema de alertas de seguranc¸a e boletins tecnol ´ogicos visa informatizar e facilitar o acesso dos funcion ´arios aos alertas e boletins emitidos pela ger ˆencia. A utilizac¸ ˜ao desse sistema elimina o processo manual e ineficiente feito atrav ´es da impress ˜ao das notificac¸ ˜oes e simplifica o processo de leitura das mesmas. Os aler-tas e boletins gerados devem ser armazenados e visualizados, possibilitando que os usu ´arios confirmem a leitura dos mesmos de forma extremamente simples. Al ´em disso, relat ´orios com base nas informac¸ ˜oes adquiridas devem ser entregues como produto final.

Uma vez obtida a vis ˜ao geral do sistema, deve-se levantar os requisitos do sistema.

3.1.1.2: Especificac¸ ˜ao de requisitos

Existem dois tipos de requisitos: os funcionais e os n ˜ao funcionais. Os funci-onais representam as func¸ ˜oes b ´asicas do sistema. Os n ˜ao funcifunci-onais, por sua vez, est ˜ao vinculados aos requisitos funcionais e suas restric¸ ˜oes. Eles podem ser classifi-cados de acordo com:

• a especificac¸ ˜ao: obrigat ´orios ou desej ´aveis;

• o tempo de utilizac¸ ˜ao: permanentes ou transit ´orios;

• a categoria de padr ˜oes de qualidade: interface, seguranc¸a, performance, usabi-lidade, confiabiusabi-lidade, especificac¸ ˜ao, etc.

Para o sistema em quest ˜ao, os requisitos funcionais levantados foram:

• F1: mostrar os alertas e boletins existentes;

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• F3: administrar o sistema;

• F4: gerar relat ´orios.

Os requisitos funcionais juntamente com seus respectivos requisitos n ˜ao funci-onais s ˜ao apresentados nas tabelas a seguir.

Tabela 3.1: Requisito funcional F1 e seus requisitos n˜ao funcionais.

F1 Mostrar os alertas e boletins existentes Oculto ( ) Descri¸c˜ao: O sistema deve apresentar ao usu´ario os alertas de seguran¸ca e boletins tecnol´ogicos.

Requisitos n˜ao funcionais:

C´odigo Nome Restri¸c˜ao Categoria Classe Permanente

NF 1.1 Apresenta¸c˜ao As informa¸c˜oes devem estar dispostas da maneira simples e amig´avel.

Interface Obrigat´orio Sim

NF 1.2 Presen¸ca de categorias Deve existir a distin¸c˜ao entre alertas e boletins. Os boletins devem ser divididos por

sub-PSLs.

Interface Obrigat´orio Sim

NF 1.3 Identificar alertas e boletins j´a lidos Identificar os alertas e boletins que j´a foram lidos pelo usu´ario.

Usabilidade Desej´avel Sim

NF 1.4 Filtragem

Os alertas e boletins devem ser filtrados de acordo com seus atributos (t´ıtulo, data de cria¸c˜ao,

descri¸c˜ao).

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Tabela 3.2: Requisito funcional F2 e seus requisitos n˜ao funcionais.

F2 Ler alertas e boletins existentes e

confirmar a leitura dos mesmos Oculto ( ) Descri¸c˜ao: O sistema deve disponibilizar uma interface para ler e confirmar a leitura dos alertas e boletins.

Requisitos n˜ao funcionais:

C´odigo Nome Restri¸c˜ao Categoria Classe Permanente

NF 2.1 Abrir ou salvar as notifica¸c˜oes Os alertas ou boletins podem ser acessados

ins-tantaneamente ou salvos no computador para posterior leitura.

Usabilidade Obrigat´orio Sim

NF 2.2 Processo simples e direto O processo de ler e confirmar a leitura deve ser simples, r´apido e

direto.

Interface,

usabili-dade

Obrigat´orio Sim

NF 2.3 Confirma¸c˜ao ´

unica

Apenas uma leitura pode ser confirmada por

vez.

Seguran¸ca Obrigat´orio Sim

NF 2.4 Confirma¸c˜ao atrav´es de identificador ´ unico A confirma¸c˜ao da leitura deve ser

feita mediante um identificador

´

unico para cada funcion´ario.

Seguran¸ca Obrigat´orio Sim

NF 2.5 Declara¸c˜ao que leu e entendeu A confirma¸c˜ao de leitura s´o ser´a realizada ap´os o usu´ario declarar que leu, entendeu

e est´a ciente da notifica¸c˜ao.

(44)

Tabela 3.3: Requisito funcional F3 e seus requisitos n˜ao funcionais.

F3 Administrar o sistema Oculto ( ) Descri¸c˜ao: O sistema deve disponibilizar uma interface

administrativa para gerenciar os usu´arios e alertas do sistema. Requisitos n˜ao funcionais:

C´odigo Nome Restri¸c˜ao Categoria Classe Permanente

NF 3.1 Acesso restrito Acesso a interface administrativa apenas para usu´arios autorizados.

Seguran¸ca Obrigat´orio Sim

NF 3.2 Gerenciamento de usu´arios alertas e boletins Os administradores do sistema devem ser capazes de adicionar, editar e remover usu´arios, alertas

e boletins.

Usabilidade Obrigat´orio Sim

NF 3.3 Adi¸c˜ao de usu´arios Os usu´arios devem estar vinculados a um identificador ´ unico, a um sub-PSL e a um n´ıvel de acesso ao sistema.

Seguran¸ca Obrigat´orio Sim

NF 3.4 Adi¸c˜ao de alertas e boletins Os alertas e boletins devem estar vinculados a um t´ıtulo, a uma descri¸c˜ao e a um arquivo. Os boletins tamb´em devem estar ligados a um sub-PSL.

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Tabela 3.4: Requisito funcional F4 e seus requisitos n˜ao funcionais.

F4 Gera¸c˜ao de relat´orios Oculto ( ) Descri¸c˜ao: O sistema deve gerar relat´orios com estat´ısticas e

indicadores de desempenho do sistema. Requisitos n˜ao funcionais:

C´odigo Nome Restri¸c˜ao Categoria Classe Permanente

NF 4.1 Acesso restrito

A ´area de relat´orios deve estar dispon´ıveis

apenas aos usu´arios com

acesso privilegiado.

Seguran¸ca Obrigat´orio Sim

NF 4.2 Estat´ısticas

O sistema deve possuir a porcentagem de funcion´arios que

j´a leram determinada

notifica¸c˜ao.

Usabilidade Obrigat´orio Sim

NF 4.3 Relat´orio de leitura

O sistema deve gerar relat´orios de quem j´a leu e de quem falta ler

determinada notifica¸c˜ao.

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A maior preocupac¸ ˜ao dos gerentes era em relac¸ ˜ao a simplicidade do sistema e sua interface. Haja vista que alguns funcion ´arios n ˜ao possuem conhecimentos em inform ´atica. Assim, chegou-se a conclus ˜ao que o sistema acessado pelos usu ´arios comuns deveria ser direto e intuitivo.

Outra preocupac¸ ˜ao existente era que o sistema n ˜ao permitisse a confirmac¸ ˜ao de leitura de diversos alertas e boletins simultaneamente. Ler dezenas de notificac¸ ˜oes de seguranc¸a pode se tornar uma tarefa mon ´otona. Com isso, os funcion ´arios poderiam ser induzidos a negligenciar a leitura, declarando que est ´a ciente de alertas e boletins que nem sequer leu. Dessa forma, optou-se pela confirmac¸ ˜ao de apenas um alerta ou boletim por vez.

Como forma de comprovar, em poss´ıveis auditorias, que os alertas e boletins est ˜ao sendo divulgados e os funcion ´arios est ˜ao cientes dos mesmos, viu-se a neces-sidade da gerac¸ ˜ao de relat ´orios de participac¸ ˜ao. Atrav ´es deste requisito tamb ´em ´e poss´ıvel verificar quais funcion ´arios n ˜ao est ˜ao engajados com a seguranc¸a, fato n ˜ao aceit ´avel na empresa.

Outro fator de extrema import ˆancia levantado pelos gerentes ´e a seguranc¸a do sistema, que n ˜ao deve permitir o acesso de pessoas que n ˜ao s ˜ao da Halliburton, pois nele cont ´em informac¸ ˜oes confidencias da parte tecnol ´ogica. Al ´em disso, o acesso aos relat ´orios deve ser feito apenas por pessoas autorizadas. Esse requisito ser ´a detalhado no pr ´oximo cap´ıtulo.

3.1.2: Organizac¸ ˜ao dos requisitos

Com base nos requisitos levantados pelos gerentes, chegou-se a conclus ˜ao que a implementac¸ ˜ao do sistema era vi ´avel. Nessa etapa, segundo a metodologia utilizada e de acordo com o projeto proposto, deve-se modelar os seguintes itens:

• casos de uso: consiste na relac¸ ˜ao dos principais processos do sistema. Deve ser pensado do ponto de vista do usu ´ario utilizando o sistema, e deve consistir em uma unidade funcional coerente;

• consultas: consiste em simples verificac¸ ˜oes de informac¸ ˜oes armazenadas. As-sim, devem ser relacionados os principais procedimentos que o sistema deve ser capaz de executar para realizar os casos de uso.

(47)

Um ponto importante a ser citado, para melhor entendimento das definic¸ ˜oes anteriormente citadas, ´e que os casos de uso provocam uma mudanc¸a no estado do sistema. As consultas, por sua vez, apenas obt ˆem informac¸ ˜oes e n ˜ao as modifica.

Atrav ´es do levantamento de requisitos, observa-se que o sistema ter ´a basi-camente dois tipos de usu ´arios: os usu ´arios comuns e os administradores. Assim, espera-se que os casos de uso sejam executados por dois atores. Al ´em disso, como j ´a era previsto, o ator administrador do sistema ´e respons ´avel por muito mais casos de uso do que o usu ´ario comum, como pode ser observado na figura 3.1.

Figura 3.1: Diagrama de casos de uso do sistema.

As consultas presentes no sistema s ˜ao detalhadas e interligadas aos requisitos funcionais atrav ´es da tabela 3.5.

Uma vez obtido os casos de uso e as consultas, a pr ´oxima etapa a ser execu-tada ´e a fase de elaborac¸ ˜ao.

(48)

Tabela 3.5: Consultas do sistema.

Nome Descri¸c˜ao Referˆencia

Listar alertas de seguran¸ca

Listagem dos alertas de seguran¸ca existentes. Esta pode ser filtrada e ordenada de acordo com os atributos

nome, descri¸c˜ao, data de cria¸c˜ao.

F1

Listar boletins tecnol´ogicos

Listagem dos boletins tecnol´ogicos existentes. Esta pode ser filtrada e ordenada de acordo com os atributos sub-PSL, nome, descri¸c˜ao, data de cria¸c˜ao.

F1

Listar alertas e boletins j´a lidos

Listagem dos alertas e boletins que j´a foram lidos. Esta consulta ser´a feita atrav´es do identificador ´unico de cada

usu´ario.

F1

Listar usu´arios Listagem dos usu´arios do sistema, feita

apenas pelos administradores. F3

Listar relat´orios das leituras

Listagem dos usu´arios que j´a leram e os que ainda n˜ao leram determinado alerta

ou boletim, feita apenas pelos administradores.

F4

Listar estat´ısticas das leituras

Listagem das estat´ısticas referente aos usu´arios que j´a confirmaram a leitura de

determinado alerta ou boletim, feita apenas pelos administradores.

(49)

3.2: Elaborac¸ ˜ao

A meta da fase de elaborac¸ ˜ao ´e criar uma estrutura para a arquitetura do sis-tema a fim de fornecer uma base est ´avel para o esforc¸o da fase de construc¸ ˜ao, que ser ´a abordada posteriormente. A etapa se desenvolve a partir do exame e do deta-lhamento dos requisitos mais significativos. [11]

Assim, de acordo com as necessidades do projeto nesta etapa deve-se obter os seguintes documentos:

• Expans ˜ao dos casos de uso: consiste na documentac¸ ˜ao dos casos de uso relaci-onados na etapa anterior, fornecendo detalhes que auxiliam na sua interpretac¸ ˜ao;

• Operac¸ ˜oes e consultas do sistema: nesta etapa devem ser relacionados os prin-cipais procedimentos que o sistema deve ser capaz de executar para realizar os casos de uso.

3.2.1: Expans ˜ao dos casos de uso

A expans ˜ao dos casos de uso ´e baseada nos casos de uso obtidos na etapa an-terior. O objetivo ´e levantar uma sequ ˆencia de passos realizados durante o processo. Nesse caso ser ´a detalhado o principal caso de uso do sistema, realizado tanto por usu ´arios comuns quanto por usu ´arios administradores, que ´e a confirmac¸ ˜ao da leitura de alertas de seguranc¸a e de boletins tecnol ´ogicos.

Para se detalhar o caso de uso de confirmac¸ ˜ao de leitura, de acordo com [9], ´e necess ´aria obtenc¸ ˜ao do fluxo principal do processo. Assim, todos os passos para a execuc¸ ˜ao dessa func¸ ˜ao s ˜ao listados de forma cronol ´ogica.

Uma vez obtida a sequ ˆencia do processo, deve-se listar todas as pr ´e condic¸ ˜oes, excec¸ ˜oes e p ´os condic¸ ˜oes da execuc¸ ˜ao dessa func¸ ˜ao. Espera-se que todos esses fa-tores estejam vinculados aos requisitos funcionais e n ˜ao funcionais obtidos na primeira etapa.

O principal caso de uso do sistema ´e a confirmac¸ ˜ao de leitura de alertas de seguranc¸a e de boletins tecnol ´ogicos. ´E atrav ´es desses processos que os funcion ´arios ficam cientes dessas notificac¸ ˜oes envolvendo seguranc¸a e qualidade do servic¸o. Al ´em disso, ´e atrav ´es dessa confirmac¸ ˜ao que a ger ˆencia comprova, em poss´ıveis auditorias, que est ´a repassando esses alertas e os boletins a seus funcion ´arios.

(50)

Como pr ´e condic¸ ˜ao para esse caso de uso, ´e necess ´ario que os administradores do sistema tenham adicionado algum alerta ou boletim. Sem eles no sistema, n ˜ao h ´a como haver confirmac¸ ˜ao de leitura. Outra pr ´e condic¸ ˜ao para esse processo seria que o usu ´ario em quest ˜ao deve estar devidamente cadastrado com seu identificador ´unico.

Como poss´ıveis excec¸ ˜oes para este caso est ˜ao a digitac¸ ˜ao incorreta do iden-tificador do usu ´ario e a tentativa de confirmac¸ ˜ao de leitura de um alerta ou de um boletim que j ´a foi anteriormente confirmada pelo funcion ´ario em quest ˜ao. J ´a como p ´os condic¸ ˜ao tem-se, caso n ˜ao haja nenhuma excec¸ ˜ao, a mensagem de confirmac¸ ˜ao de leitura e o registro dessa confirmac¸ ˜ao em algum banco de dados para a gerac¸ ˜ao de relat ´orios futuros.

Todas essas informac¸ ˜oes s ˜ao mostradas na tabela 3.6 de expans ˜ao do caso de uso principal do sistema. Na tabela ´e utilizada a sigla EV para denotar eventos do sistema e a sigla RS para as respostas do sistema. Esta identificac¸ ˜ao auxiliar ´a a pr ´oxima etapa.

Os outros casos de uso n ˜ao ser ˜ao detalhados, pois seus fluxos s ˜ao func¸ ˜oes b ´asicas como adicionar, editar e deletar. Elas n ˜ao influenciam no entendimento do sistema como um todo.

3.2.2: Operac¸ ˜oes e consultas do sistema

As operac¸ ˜oes do sistema consistem em m ´etodos ativados a partir de um evento do sistema, nada mais ´e que a resposta a uma ac¸ ˜ao do usu ´ario. Elas geralmente provocam alguma alterac¸ ˜ao nas informac¸ ˜oes armazenadas. Um exemplo de uma operac¸ ˜ao seria a edic¸ ˜ao de um funcion ´ario, que altera as informac¸ ˜oes sobre este no banco de dados.

J ´a uma consulta consiste em simples verificac¸ ˜ao dos dados armazenados. Nada ´e alterado, as informac¸ ˜oes s ˜ao apenas apresentadas. Um exemplo de consulta seria a listagem dos alertas de seguranc¸a existentes no sistema.

As operac¸ ˜oes e consultas do sistema devem ser modeladas de forma a repre-sentar todo o fluxo das informac¸ ˜oes entre os objetos do sistema e sua din ˆamica. Para isso, ser ´a utilizado o diagrama de sequ ˆencia do UML (Unified Modeling Language). Ele registra o comportamento de um ´unico caso de uso e exibe os objetos e as men-sagens passadas entre esses objetos.

(51)

Tabela 3.6: Expans˜ao do caso de uso. Caso de uso: Confirmar leitura de alertas e boletins Pr´e condi¸c˜oes:

Existir alertas de seguran¸ca e boletins tecnol´ogicos cadastrados no sistema; Usu´ario que for confirmar a leitura deve estar cadastrado no sistema. P´os condi¸c˜oes:

Mensagem de confirma¸c˜ao de leitura;

Registro dessa confirma¸c˜ao em algum banco de dados. Requisitos envolvidos: F1,F2 e F3

Fluxo principal:

1- Usu´ario lista alertas de seguran¸ca e boletins tecnol´ogicos; [EV] 2- Usu´ario escolhe alerta ou boletim a ser lido; [EV]

3- Usu´ario lˆe a notifica¸c˜ao escolhida; 4- Usu´ario digita identificador ´unico; [EV]

5- Usu´ario declara que leu e entendeu a notifica¸c˜ao; [EV] 6- Usu´ario confirma a leitura; [EV]

7- Sistema apresenta mensagem de confirma¸c˜ao de leitura. [RS]

Exce¸c˜oes:

4.a- Usu´ario digita incorretamente o identificador ´unico para confirmar a leitura [EV]

4.a.1- Sistema mostra mensagem de erro; [RS]

4.a.2- Usu´ario digita seu identificador ´unico corretamente; [EV] 4.a.3- Usu´ario declara que leu e entendeu a notifica¸c˜ao; [EV]

4.a.4- Sistema apresenta mensagem de confirma¸c˜ao de leitura. [RS]

5.a- Usu´ario tenta confirmar a leitura de um alerta ou boletim que j´a foi lido [EV]

5.a.1- Sistema mostra mensagem de erro; [RS]

5.a.2- Usu´ario escolhe outro alerta ou boletim a ser lido. [EV]

6.a- Usu´ario tenta confirmar leitura sem declarar que leu e entendeu a notifica¸c˜ao [EV]

6.a.1- Sistema mostra mensagem de erro; [RS] 6.a.2- Volta ao passo 5. [EV]

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confirmar a leitura de alertas e boletins.

Figura 3.2: Diagrama de sequˆencia do sistema.

3.3: Projeto do banco de dados

Outra etapa muito importante da fase de elaborac¸ ˜ao ´e a modelagem conceitual. Ela serve basicamente para apresentar as principais entidades do dom´ınio do sistema, bem como suas relac¸ ˜oes e principais caracter´ısticas.

Para o caso do sistema proposto, o modelo conceitual ´e semelhante ao pro-jeto conceitual do banco de dados. Por isso, optou-se pela modelagem conceitual do banco de dados devido a sua maior abrang ˆencia e detalhamento do sistema.

A modelagem do banco de dados do sistema possui tr ˆes entidades b ´asicas: usu ´ario, notificac¸ ˜ao e arquivo. A entidade usu ´ario se refere aos usu ´arios do sistema e podem ser de dois tipos: usu ´arios comuns ou administradores. Todos eles possuem

(53)

os atributos nome, e-mail e possuem como chave prim ´aria o identificador ´unico para cada funcion ´ario, chamado de n ´umero SAP. Os usu ´arios comuns possuem ainda a en-tidade sub-PSL. J ´a os administradores possuem um login e um senha para gerenciar o sistema.

J ´a a entidade notificac¸ ˜ao se refere aos alertas e boletins emitidos. Ela possui um identificador (id) ´unico como chave prim ´aria e os atributos t´ıtulo e descric¸ ˜ao. A notificac¸ ˜ao pode ser de dois tipos: alerta de seguranc¸a ou boletim tecnol ´ogico. Como j ´a dito nos cap´ıtulos iniciais, os boletins tecnol ´ogicos est ˜ao vinculados a algum sub-PSL, por isso este ´e um de seus atributos. Estes devem ser, a princ´ıpio, lidos por todos os funcion ´arios do sub-PSL em quest ˜ao. J ´a os alertas de seguranc¸a devem ser lidos por todos, independente do sub-PSL.

A entidade arquivo se refere aos alertas e boletins digitalizados, normalmente em formato pdf. Ela possui como atributos o nome, o diret ´orio, o tamanho do arquivo e a extens ˜ao, sendo o nome sua chave prim ´aria.

As entidades est ˜ao relacionadas entre si. Por exemplo, o usu ´ario pode ter lido nenhuma, uma ou diversas notificac¸ ˜oes. Da mesma forma, uma notificac¸ ˜ao (alerta ou boletim) pode ter sido lida por nenhum, um ou v ´arios usu ´arios. Essa relac¸ ˜ao ´e cha-mada de muitos-para-muitos, tamb ´em denotada por (0,n). J ´a a entidade notificac¸ ˜ao tem um relacionamento do tipo um-para-um com a entidade arquivo. Assim, uma notificac¸ ˜ao possui obrigatoriamente um, e apenas um, arquivo. Assim como um ar-quivo est ´a vinculado a uma, e apenas uma, notificac¸ ˜ao.

Todas essas entidades e relac¸ ˜oes citadas podem ser observadas na figura 3.3. Depois de modelado, o banco de dados precisa ser implementado e integrado ao sis-tema. As tecnologias respons ´aveis pela implementac¸ ˜ao ser ˜ao detalhadas no pr ´oximo cap´ıtulo.

(54)
(55)

Cap´ıtulo 4: Implementac¸ ˜ao do sistema

No cap´ıtulo anterior foi feito o detalhamento de todos os requisitos, casos de usos, operac¸ ˜oes e consultas, bem como o projeto do banco de dados. A partir da´ı, tem-se uma id ´eia de como o sistema deve ser e como ser ´a seu fluxo de informac¸ ˜oes. A todo o momento foi pensado o que deve ser feito, por ´em nada foi discutido sobre como fazer. Esse ´e justamente o enfoque deste cap´ıtulo, detalhar a implementac¸ ˜ao, baseada nos requisitos levantados, do sistema e as tecnologias envolvidas.

4.1: Tecnologias utilizadas

De acordo com os requisitos levantados, observou-se que o sistema a ser im-plementado deveria possuir uma interface amig ´avel e que fosse facilmente acessada por todos os usu ´arios. A princ´ıpio foi pensado em desenvolver um software. Entre-tanto, essa soluc¸ ˜ao n ˜ao possu´ıa o alcance desejado, uma vez que seria necess ´aria a instalac¸ ˜ao do mesmo em cada computador que fosse utilizar o sistema. Isso seria uma grande desvantagem, j ´a que nem todos os usu ´arios possuem conhecimentos em inform ´atica.

Dessa forma, optou-se por utilizar uma plataforma web para implementar o sis-tema. Essa soluc¸ ˜ao possui as seguintes vantagens:

• f ´acil acesso/grande alcance: o usu ´ario n ˜ao precisa instalar nenhum software em seu computador para utilizar o sistema. Na plataforma web ele j ´a est ´a dispon´ıvel a todos da empresa que acessarem seu enderec¸o;

• conhecimento pr ´evio: todos os funcion ´arios, por mais inexperientes que sejam, j ´a est ˜ao habituados de como acessar um website atrav ´es de seu navegador;

• sistemas Halliburton: alguns sistemas da Halliburton tamb ´em s ˜ao implemen-tados em plataformas web. Um exemplo deles ´e o programa de cart ˜oes de observac¸ ˜ao, largamente utilizado pelos funcion ´arios;

• f ´acil atualizac¸ ˜ao: em caso de mudanc¸as, n ˜ao ´e necess ´aria a atualizac¸ ˜ao pelos usu ´arios. Ela ´e feita somente no servidor, fazendo com que todos acessem

(56)

• seguranc¸a: a plataforma web permite que enderec¸os sejam acessados apenas em redes internas, protegendo assim as informac¸ ˜oes confidenciais contidas no sistema.

4.1.1: PHP

PHP ´e uma das linguagens mais utilizadas no mundo. Sua popularidade se deve `a facilidade em criar aplicac¸ ˜oes din ˆamicas com suporte `a maioria dos bancos de dados existentes e ao conjunto de func¸ ˜oes que, por meio de uma estrutura flex´ıvel de programac¸ ˜ao, permitem desde a criac¸ ˜ao de simples portais at ´e complexas aplicac¸ ˜oes de neg ´ocios. [12]

Para a implementac¸ ˜ao do sistema web se escolheu a linguagem PHP (PHP Hypertext Preprocessor ). Ela ´e especificamente voltada para o desenvolvimento web, onde ´e largamente utilizada. Suas principais caracter´ısticas s ˜ao:

• velocidade e robustez;

• estruturada e orientada a objetos;

• portabilidade;

• sintaxe similar a C/C++ e o Perl;

• open-source.

A linguagem PHP ´e recomendada para o desenvolvimento de sistemas web velozes, simples e eficientes. Esses s ˜ao requisitos intr´ınsecos do projeto em quest ˜ao. Eles foram os principais fatores respons ´aveis pela a escolha do PHP. Outro fator muito importante foi o fato dela ser open-source, n ˜ao sendo necess ´ario nenhum tipo de custo para sua utilizac¸ ˜ao. Al ´em disso, como ela ´e bastante utilizada no mundo, h ´a um grande acervo de documentac¸ ˜ao na internet e um suporte eficiente por partes daqueles que utilizam essa linguagem.

Na figura 4.1 observa-se um exemplo de sintaxe PHP com um condicional if para a implementac¸ ˜ao da filtragem dos alertas de seguranc¸a e dos boletins tec-nol ´ogicos.

Referências

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