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Sistematização gráfica de um guia turístico da cidade de São Francisco do Sul

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Academic year: 2021

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BACHARELADOEMDESIGN

GUSTAVODEBARROSCARDOSO

SISTEMATIZAÇÃO

GRÁFICA

DE

UM

GUIA

TURÍSTICO

DA

CIDADE

DE

SÃO

FRANCISCO

DO

SUL

TRABALHODECONCLUSÃODECURSO

CURITIBA 2015

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GUSTAVODEBARROSCARDOSO

SISTEMATIZAÇÃO

GRÁFICA

DE

UM

GUIA

TURÍSTICO

DA

CIDADE

DE

SÃO

FRANCISCO

DO

SUL

Proposta de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Design, do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Curitiba.

Orientadora: Profa. Drª. Rosamelia Parizotto

CURITIBA 2015

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PR

Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Curitiba

Diretoria de Graduação e Educação Profissional Departamento Acadêmico de Desenho Industrial

TERMO DE APROVAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Nº 108

SISTEMATIZAÇÃO GRÁFICA DE UM GUIA TURÍSTICO

DA CIDADE DE SÃO FRANCISCO DO SUL

por

GUSTAVO DE BARROS CARDOSO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no dia 22 de junho de 2015 como requisito parcial para a obtenção do título de BACHAREL EM DESIGN do Curso de Bacharelado em Design, do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O aluno foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo, que após deliberação, consideraram o trabalho aprovado.

Banca Examinadora: Prof(a). Dra. Laís Cristina Licheski DADIN - UTFPR

Prof(a). Dra. Elenise Leocádia da Silveira Nunes DADIN - UTFPR

Prof(a). Dra. Rosamélia Parizotto Ribeiro

Orientador(a) DADIN – UTFPR

Prof(a). Esp. Adriana da Costa Ferreira Professor Responsável pela Disciplina de TCC DADIN – UTFPR

CURITIBA / 2015

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer principalmente a meu pai Olando e minha namorada Talita, pela compreensão e por acreditarem que meus esforços se farão valer, à minha mãe, e futuros sogro e sogra, por me ampararem, e a professora Rosamelia pelo incentivo que, sem o qual, não teria chego até aqui.

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RESUMO

CARDOSO, Gustavo. Sistematização Gráfica de um guia turístico da cidade de São Francisco do Sul. 104 f. Trabalho de Conclusão de Curso. Departamento de Desenho Industrial. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba. 2015

O presente trabalho aborda a criação de um guia turístico da cidade de São Francisco do Sul, Santa Catarina. A proposta estuda um modelo aplicável ao mercado, desejável pelos público (turistas), tecnicamente viável e financeiramente possível, sendo acessível a um maior número de pessoas. Guiado pelo design de informação, a realização do guia incorpora os estudos necessários para entender como o ser humano se relaciona com o impresso e como um designer cria e dispõe os textos, ícones, dados e as fotografias dentro do guia. Considerando que no atual mercado local essas publicações têm baixa preocupação com o design e muitas vezes possuem os custos de produção elevados devido à falta de conhecimento e planejamento, enxergou-se uma oportunidade de elaborar um material adaptado a realidade local de mercado a fim de promover uma interação diferenciada e acessível aos visitantes da cidade. Para coletar as informações necessárias à produção do modelo, foram utilizadas pesquisa de campo, pesquisa de mercado e de similares, analisando os pontos positivos e negativos que fundamentam o padrão criado; pesquisa de público alvo para levantamento das preferências quanto a formato, material e apresentação; consulta a especialistas da área de design para o debate quanto a cores, tipografia, formato e estrutura; além da metodologia de análise cíclica e do conjuntos de tarefas para a verificação da eficiência do modelo desenvolvido. Como resultado, criou-se um protótipo adequado às problemáticas originadas nas pesquisas, contemplando capítulos separados por embalagens específicas, que podem ser independetemente adquiridos, de acordo com o interesse do usuário com cada assunto apresentado no guia.

Palavras-chave: Design de Informação, Sistema Gráfico, Design Editorial,

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ABSTRACT

CARDOSO, Gustavo Graphic Systematization of a tourist guide of the city of São Francisco do Sul. 104 s. Final Year Research Project. Bachelor in Design. Federal University of Technology – Paraná. Curitiba. 2015.

The current work discusses the creation of a touristic guide to São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brazil. The execution draws an applicable model to the market, desireable among the public (tourists), technically viable and financially possible, being accessible to a large number of people. Guided through the information design, the achievement of the project covers the necessary studies to understand how the human being relates himself with the printing and how the designer creates and features texts, icons, data and the photography inside the guide. Considering that in the actual market, these publications has got low concerning with the design itself, and many times having the high production costs due to the lack of knowledge and planning, was sensed the opportunity to bring an adapted material to the local reality of the market in order to promote a different interaction and accessible to the city visitors. To colect the necessary informations before the prototype production, it were used field research, market research and benchmarking, to analise the positive and negative points that substantiated the standard created; target audience to set up the preferences as for formats, materials and presentation; consult to specialized people from design areas to debate subjects as colors, typography, format and structure; besides the cyclical analysis as a methodology used to the set of tasks to verify the efficiency of the developed model. As a result, it was created an adequate prototype with the original issues, contemplating chapters separated through specific packages that can be independently obtained, attendind the needs from the user on each chapter presented on the guide.

Keywords: Information Design, Graphic System, Editorial Design, Printing

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LISTADEFIGURAS

FIGURA 1 – METODOLOGIA CÍCLICA ... FIGURA 2 – METODOLOGIA "GOAL -ACTION-FEEDBACK LOOPS"... FIGURA 3 – ESPIRAL DE FIBONACCI ... FIGURA 4 – CONJUNTOS DE RETÂNGULOS DE FIBONACCI... FIGURA 5 – SIMETRIA DINÂMICA... FIGURA 6 – CAIXA ALTA E NEGRITO... FIGURA 7 – TRIÂNGULO DOS GRÁFICOS... FIGURA 8 – FORMATOS ... FIGURA 9 – ISO 216, SERIE A... FIGURA 10 – DELUXE LAYOUT... FIGURA 11 – WEBSITE "THE NEW YORK TIMES"... FIGURA 12 – FONT BOOKLET Nº2... FIGURA 13 – FORMA/CONTRA-FORMA... FIGURA 14 – CORPOS DE FONTE... FIGURA 15 – FONTES MAIS VENDIDAS NO SITE MYFONTS.COM... FIGURA 16 – CÍRCULO CROMÁTICO... FIGURA 17 – MISTURA DE CORES NA SÍNTESE SUBTRATIVA... FIGURA 18 – CMYK X RGB X OLHO HUMANO... FIGURA 19 – NEW YORK CITY FOR DUMMIES ... FIGURA 20 – PÁGINAS INTERNAS DO NEW YORK CITY FOR DUMMIES... FIGURA 21 – MAPA DO NEW YORK CITY FOR DUMMIES... FIGURA 22 – BARCELONA CITY GUIDE... FIGURA 23 – PÁGINA INTERNAS DO GUIA... FIGURA 24 – SÃO FRANCISCO DO SUL: UM LUGAR PARA FAZER HISTÓRIA FIGURA 25 – PÁGINA INTERNAS DO GUIA... FIGURA 26 – ROTEIRO DE ENCANTOS: NORTE DE SANTA CATARINA... FIGURA 27 – PÁGINA INTERNAS DO GUIA... FIGURA 28 – SÃO FRANCISCO DO SUL: CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS... FIGURA 29 – MAPA DE SÃO FRANCISCO DO SUL... FIGURA 30 – FOTOGRAFIAS DO CENTRO HISTÓRICO... FIGURA 31 – O TRIÂNGULO DOS GRÁFICOS E O GUIA... FIGURA 32 – ESTRUTURA EDITORIAL... FIGURA 33 – FORMATO - FOLDER 10 PÁGINAS COM DOBRAS... FIGURA 34 – DRAB LAYOUT... FIGURA 35 – LEIAUTE DE PÁGINA EM ESTUDO DE ALTERNATIVA... FIGURA 36 – CORTE DE PÁGINA EVIDENCIANDO USO DE GRID... FIGURA 37 – SIMETRIA DINÂMICA - ALTERNATIVA DE ESTRUTURA... FIGURA 38 – ALTERNATIVAS DE LEIAUTE DE PÁGINA: PONTO TURÍSTICO.. FIGURA 39 – GRIDS - ALTERNATIVA DE ESTRUTURA... FIGURA 40 – ALTERNATIVAS DE LEIAUTE DE PÁGINA: PONTO TURÍSTICO.. FIGURA 41 – ALTERNATIVAS DE TIPOGRAFIAS... FIGURA 42 – ALTERNATIVA 1 - ESTUDO DE ÍCONES... FIGURA 43 – ALTERNATIVA 2 - ESTUDO DE ÍCONES... FIGURA 44 – ALTERNATIVA 3 - ESTUDO DE ÍCONES... FIGURA 45 – EMBALAGEM CARTA... FIGURA 46 – EMBALAGEM SACO-DE-PÃO...

16 16 24 24 25 26 27 28 29 31 32 32 33 33 35 36 37 37 41 42 44 45 47 48 48 50 50 52 62 64 70 72 72 73 74 75 76 77 77 78 79 80 80 80 82 83

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FIGURA 47 – LEIAUTES DE PÁGINA... FIGURA 48 – FORMATO, ESTURUTRA, GRID E LEIAUTE DE PÁGINA... FIGURA 49 – O GUIA - EM PERSPECTIVA... FIGURA 50 – O GUIA - ABERTO... FIGURA 51 – DIN NEXT LT - EXEMPLO... FIGURA 52 – OS ÍCONES E O GRID... FIGURA 53 – IOS CONES E O GUIA... FIGURA 54 – SELEÇÃO DE CORES... FIGURA 55 – PALETA CROMÁTICA... FIGURA 56 – CORES APLICADAS AOS CAPÍTULOS... FIGURA 57 – USO DAS CORES APLICADAS AOS CAPÍTULOS... FIGURA 58 – USO DAS CORES APLICADAS AOS CAPÍTULOS... FIGURA 59 – MAPA NO GUIA... FIGURA 60 – FOTOGRAFIA CAPTADA E MANIPULADA - MUSEU DO MAR... FIGURA 61 – CAPA CENTRO HISTÓRICO... FIGURA 62 – EXEMPLO DA "REKLAME SCRIPT"... FIGURA 63 – MARCA PARA O GUIA SÃO FRANCISCO DO SUL... FIGURA 64 – ÍCONE PARA O GUIA... FIGURA 65 – ÍCONE COMO MÁSCARA SOB FOTO... FIGURA 66 – EMBALAGEM FINAL...

86 86 87 87 88 89 89 90 91 91 92 92 93 93 94 96 96 97 97 98

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LISTADEQUADROS

QUADRO 1 – TIPOS DE PAPÉIS. ... QUADRO 2 – AVALIAÇÃO DO NEW YORK CITY FOR DUMMIES... QUADRO 3 – AVALIAÇÃO DO GUIA - "LONELY PLANET: BARCELONA"... QUADRO 4 – AVALIAÇÃO DO GUIA - "SFS - UM LUGAR PARA FAZER ..."... QUADRO 5 – PÁGINA INTERNAS - "ROTEIRO DE ENCANTADAS - NORTE.... QUADRO 6 – AVALIAÇÃO DO LIVRO - "SFS - CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS. QUADRO 7 – PRINCIPAIS PONTOS DE TURISMO HISTÓRICO/CULTURAL... QUADRO 8 – RELEVÂNCIA DE ASSUNTOS NOS GUIAS...

29 41 45 48 49 51 60 62

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 2 JUSTIFICATIVA... 3 OBJETIVOS... 3.1 OBJETIVO GERAL... 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS... 4.1 TIPO DE PESQUISA... 4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS... 4.3 ANÁLISE DOS DADOS... 4.4 ANÁLISE DE SIMILARES...

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...

5.1 DESIGN GRÁFICO... 5.2 FUNDAMENTOS DE DESIGN EDITORIAL... 5.2.1 Proporção Áurea e Simetria Dinâmica. ... 5.3 FUNDAMENTOS DE DESIGN DA INFORMAÇÃO... 5.3.1 O Triângulo dos Gráficos... 5.4 PROJETO EDITORIAL... 5.4.1 Formatos... 5.4.2 Suporte... 5.4.3 Grids e leiautes de página... 5.4.4 Tipografia... 5.4.5 Cor... 5.4.6 Embalagem... 5.5 PRODUÇÃO GRÁFICA...

6 ANÁLISE DE SIMILARES...

6.1 ANÁLISE DE SIMILARES GLOBAIS... 6.2 ANÁLISE DE SIMILARES LOCAIS... 6.3 CONSIDERAÇÕES DAS ANÁLISES...

7 PÚBLICO ALVO E MERCADO...

7.1 PÚBLICO CONSUMIDOR... 7.2 PESQUISA DE PÚBLICO...

8 LEVANTAMENTO DE CONTEÚDO...

8.1 CONTEXTUALIZAÇÃO... 8.2 VISITA... 8.3 CLASSIFICAÇÃO DOS DADOS... 8.4 SISTEMATIZAÇÃO DO CONTEÚDO... 8.4.1 Tags... 8.5 ORGANIZAÇÃO DO CONTEÚDO... 9 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS... 9.1 CONCEITO... 9.1.1 Estrutura do Conceito... 9.2 FORMATO... 9.3 ALTERNATIVAS DE GRID E LEIAUTE DE PÁGINA... 9.4 TIPOGRAFIA... 9.5 ÍCONES... 9.6 PAPEL... 12 14 15 15 15 16 19 19 20 21 22 22 23 23 25 26 28 28 29 30 32 35 38 38 41 41 47 53 54 54 55 59 60 61 62 63 64 65 67 67 67 69 70 76 77 79

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9.7 EMBALAGEM... 9.8 SELEÇÃO DA ALTERNATIVA... 10 PROTÓTIPO FINAL... 10.1 FORMATO E TAMANHOS... 10.2 PROJETO GRÁFICO... 10.2.1 Tipografia... 10.2.2 Ícones... 10.2.3 Cores... 10.2.4 Mapas... 10.2.5 Fotografia... 10.3 PRODUÇÃO... 10.3.1 Papel... 10.4 MARCA E SÍMBOLO... 10.5 EMBALAGEM... 11 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 79 82 83 83 84 84 85 86 87 88 90 90 90 93 94

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1 INTRODUÇÃO

Com a Revolução da Informação e o surgimento de novas ferramentas digitais, as relações e os formatos de interação do leitor com projetos editoriais impresso (livros, jornais, revistas, etc.) se transformaram. A evolução no presente cenário da indústria gráfica e editoral também trouxe melhorias quanto a execução destes projetos, seja no tipo do papel, acabamentos possíveis, opções de custos e rapidez dos processos. Existe porém, uma lacuna entre o uso do design como ferramenta de qualidade e a indústria gráfica, principalmente em projetos de menor amplitude.

Do ponto de vista do design, a consolidação do computador como ferramenta de trabalho proporcionou facilidades para trabalhos editoriais, como tipografia e leiaute. Num passado, o designer atuava integralmente no processo, pois escolhia, desenhava as fontes e diagramava, além de ser o responsável pela impressão dos exemplares. Hoje este processo está baseado nas profissões desenvolvidas dadas determinadas atividades que demandam um especialista, que desempenha diferentes papéis na execução de um projeto, conforme afirma Hendel (1998).

Levando em consideração o desenvolvimento tecnológico e das profissões, temos ainda a transformação quanto à leitura convencional. O fluxo de leitura foi se alterando, proporcionando uma leitura mais dinâmica e mais interativa consagrando-se como uma experiência mais complexa, podendo trazer ao leitor valores culturais e emocionais que serão utilizados como ferramenta de pesquisa.

Desta forma, o presente projeto estuda maneiras contemporâneas de elaborar um produto utilizando as ferramentas propostas do design de comunicação e de produção gráfica. Os relatos a seguir são os esforços em resolver processos de levantamento de dados, análise e design de um guia turístico sobre a cidade de São Francisco do Sul, localizada no nordeste do estado de Santa Catarina. O guia será uma compilação de informações organizadas e divididas por assuntos que contemplam um pouco da história, cultura, eventos culturais, mapa e os pontos turísticos da cidade, levando em consideração os locais de maior expressão, expostos nos materiais de referência e nos meios de comunicação pesquisados.

O Projeto divide a pesquisa em 3 partes: O levantamento de dados, que pretende utilizar o conteúdo da cidade e transformá-lo numa linguagem sintética e

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gráfica, o guia, que é o produto elaborado dentro das soluções de design para organizar e estruturar o conteúdo, como a diagramação e o formato das páginas, e a linguagem visual, que estudará as soluções gráficas, como a tipografia e os ícones. Uma análises de similares de guias de cidades auxilia um melhor entendimento dos projetos que constituem soluções com objetivo similar. A pesquisa do projeto utilizará um processo criativo da seleção e evolução de alternativas, como por exemplo, das soluções gráficas para ícones e leiaute de páginas. A idéia geral é sustentar estas alternativas através de três conceitos, levando em consideração o público e o mercado: ser desejável para as pessoas, tecnicamente viável e financeiramente possível. Por fim, a solução final encontrada é fruto do desenvolivmento de uma alternativa, consolidando-se em um protótipo de identidade única, contendo sua própria embalagem, estrutura e linguagem visual.

A investigação do projeto pretende por fim, elaborar uma solução simplificada, barata e passível de implementação em eventos sazonais e/ou elaboração de outros guias interessantes à acidade, por exemplo, tornando a sistematização proposta em uma solução viável e livre para reprodução. É a tentativa de elaborar um sistema reaplicável, semelhante ao que acontece em guias de série, como “Lonely Planet” (2007) ou “Dummies Travel” (2006), por exemplo, mas de maneira simplificada, servindo como uma ferramenta para a cidade. Quanto ao objetivo do guia como solução, tem-se ainda a diretriz de facilitar a consulta do usuário, do entendimento dos dados e características mais importantes da cidade através de uma sistematização do conteúdo e assim fazer com que curiosos, entusiastas culturais e principalmente turistas possam ter a possibilidade de obter (apenas) os assuntos que mais lhes interessam sobre a cidade.

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2 JUSTIFICATIVA

O autor, nascido em São Francisco do Sul, conviveu usufruindo da natureza e da arquitetura da cidade onde passou a infância, porém com o passar dos anos, foi percebendo que muitas pessoas não tinham conhecimento sobre o potencial turístico que a cidade possui, pois acabavam escolhendo visitar cidades mais distantes, ou apenas alguma praia para veranear, sem saber que a cidade poderia oferecer muito mais. O desenvolvimento do turismo na cidade é também falho, por faltar informações e conteúdo de fácil acesso. Curitibanos que passavam o verão em São Francisco do Sul não conheciam o valor histórico/cultural de, por exemplo, a Igreja Matriz, tendo sido construída em 1553 por escravos utilizando óleo de baleia ou de abrigar o singular Museu Nacional do Mar (SEIBEL, 2002). Por isso, viu-se a importância de um material de divulgação barato e acessível que pudesse ser deixado nos diversos pontos da cidade ou até mesmo utilizar um intercâmbio de materiais entre-cidades que possuem um público respeitável de turistas incentivando a visita aos outros locais de interesse na cidade, levando em consideração o fato de os produtos criados e desenvolvidos apresentarem funções práticas, estéticas e simbólicas para a sociedade (Löbach, 2000).

São Francisco do Sul foi escolhida como um estudo de caso, pois a história da cidade e seus valores culturais, a arquitetura do centro histórico, as praias, sua localização como ilha e o fato de ser um dos mais antigos pontos de descobrimento do Brasil, aliados a um ainda fraco investimento no potencial turístico, floresceram no autor uma vontade de divulgar as riquezas que temos tão próximas e que em outros países parecem ser tão mais valorizadas do que se percebe por aqui. Leva-se ainda em consideração o trabalho atual do governo municipal e federal em planejar a revitalização de ruas, museus e casarões históricos através do IPHAN1 e MONUMENTA2, abrindo caminhos para iniciativas e projetos de turismo, como este guia em questão. A cidade, a importância histórica e cultural e o turismo são ainda pouco conhecidos fora de sua região (Norte do estado de Santa Catarina), e por isso acredita-se na importância de criar esse material de fácil acesso e divulgação.

1 IPHAN é o Instituto do Patrimônio Histórico, programa federal responsável pela preservação do acervo patrimonial tangível e

intangível do Brasil.

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Elaborar um projeto gráfico, contendo informações sobre história, cultura, turismo e dados relevantes da cidade de São Francisco do Sul. Estes dados serão organizados através de num guia turístico sobre a cidade, contendo ferramentas do design de informação criados para tornar o produto final interessante e de fácil entendimento para o público em geral.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Coletar, organizar e categorizar as informações da cidade, fazendo uma seleção do conteúdo e estruturando dentro do projeto gráfico.

• Utilizar uma linguagem de fácil leitura e entendimento num modelo desejável pelo público e que seja aplicável ao mercado.

• Criar um projeto gráfico levando em consideração os modelos de guias atuais, sendo tecnicamente viável e financeiramente possível.

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4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O método sistemático relatado por Bruce Archer, é uma metodologia explorativa a ser utilizada na pesquisa. Publicado pela primeira vez entre 1963 e 1964 pela revista inglesa Design, Archer propõe como definição de design a seleção dos materiais corretos para dar uma forma para satisfazer as necessidades de função e estética dentro das limitações dos meios de produção disponível. Para tanto, o processo de design deve conter as etapas analíticas, criativas e de execução que, por sua vez, subdividem-se em:

1. Definição do problema e preparação do programa detalhado; 2. Obter dados relevantes, preparas especificações e rever a fase 1; 3. Analise e Síntese dos dados para preparar propostas de design; 4. Desenvolver os protótipos;

5. Preparar e executar estudos e experimentos que validem o design; e 6. Preparar documentos para a produção.

Archer afirma ainda, que o design é uma ciência porque é uma busca sistemática cuja meta é o conhecimento (ARCHER, 1966).

Utilizou-se os procedimentos de Archer para a pesquisa deste trabalho e são aqui apresentados e adaptados visando cruzar com as linhas de design, como por exemplo os que foram feitos por Jan Tschichold, Bruce Brown e Jay Hambidge e com apontamentos de autores contemporâneos como Ellen Lupton, Gilberto Strunck e James Craig, adaptados com as propostas possíveis do projeto e dos desdobramentos que envolve a pesquisa em questão.

Metodologias que se desenvolvem exclusivamente pelo design também são referências para o trabalho a ser desenvolvido: como a da empresa IDEO3, que na busca em entender alguns apelos sociais, descreve um método intitulado Hear,

Create and Deliver (IDEO, 2009) ou em tradução literal "Escutar, criar e entregar",

que envolve a equipe de pesquisa numa imersão às pessoas e aos conteúdos em que estão envolvidas, a fim de entender melhor os anseios, e por fim, desenvolver um produto capaz de atender uma demanda. O entendimento desta abordagem faz parte do modelo de criação para este guia.

3 IDEO é uma empresa internacional de design e consultoria, tendo escritórios em diversas cidades do mundo, sendo

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Através de referências de metodologia, apontadas em “How do you Design?” por Dubberly, chegou-se a um processo cíclico de pesquisa, como demonstrado na figura 01 que, junto à lógica da IDEO servirá de base para a pesquisa aqui elaborada. Exemplificando, as alternativas durante a pesquisa serão elaboradas e analisadas, e os resultados são obtidos através do refinamento das alternativas. Essa estrutura estará aplicada a diversas situações de estudo, como por exemplo, um formato que pode ser de alterado para obter um resultado mais condizente com o proposto. Esta forma de pensar caracteriza a pesquisa para o desenvolvimento do projeto.

Figura 1: Metodologia cíclica.

Fonte: DUBBERLY, 2004. Adaptado pelo autor.

O método possui maior quantidade de análises e ajustes, por ser cíclico. Assim, existe melhoria contínua do caminho que é trilhado dentro das alternativa possíveis. No modelo apresentado por Dubberly, mas de Paul Pangaro (2002)

Goal-action-feedback loops (DUBBERLY, Hugh. 2004) em tradução livre: “Loops de

resposta de Objetivo e ação”, o sistema mede o efeito que as ações têm no ambiente e compara com o efeito no objetivo. Então, o sistema procurar por falhas para corrigí-las. repetindo os ciclos para que o sistema possa convergir no objetivo, assim como demonstrado na figura 02:

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Figura 2: Metodologia “Goal-Action-Feedback Loops Fonte: DUBBERLY, 2004.

O método cíclico e sua forma de objetivo/ação/análise podem se encaixar no projeto de forma a alinhar o pensamento de design com um feedback contínuo na criação dos conceitos. As análises podem acontecer por profissionais do mercado, professores da área de design, colegas da área, mas também amigos e familiares, e por fim definir um público-alvo mais amplo, como parte da própria proposta.

Já em outros momentos dentro desta linha de pesquisa, itens que não dependem de um processo de criação e adaptação contínuo, mas somente de seleção, como por exemplo da escolha da tipografia ou da paleta cromática utilizadas, serão consideradas em uso por um período mais longo nas análises. Se a possível solução, após testada, deixar o resultado final com uma unidade concisa, ela se encaixa na proposta.

Entende-se também que os caminhos das escolhas e desenvolvimento das alternativas sofrerão alterações à medida em que for sendo estudada a relevância destas para o projeto. Durante a análise das alternativas, são coletadas e selecionadas informações adicionais, gerando soluções mais aptas e descartando soluções de baixa importância, ou que não podem apresentar um progresso, como conceito. De maneira geral, as soluções encontradas para o guia, a seleção da informação e o método de criação puderam ser exploradas neste formato, que

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pretende dividir e mesclar soluções quando necessário, até uma solução geral, final e sólida.

4.1 TIPO DE PESQUISA

A fundamentação teórica foi baseada em pesquisa bibliográfica, que para Mattar (2001, p.20), é um levantamento que “deverá envolver procura em livros sobre o assunto, revistas especializadas ou não, dissertações e teses apresentadas em universidades e informações publicadas por jornais, órgãos governamentais, sindicatos, associações de classe, concessionárias de serviços públicos”, sabendo que sites oficiais também são passíveis de busca.

Outro meio que foi usado para enriquecer o conteúdo foi o documental, que segundo Pimentel (2001) são “estudos baseados em documentos como material primordial, sejam revisões bibliográficas, sejam pesquisas historiográficas, extraem deles toda a análise, organizando-os e interpretando-os segundo os objetivos da investigação proposta”.

4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS

Os dados referentes ao conteúdo a serem explorados no projeto, serão coletados de materiais e publicações da cidade. Materiais cedidos pela cidade, em informações turísticas ou em meios digitais, também serão levados em consideração. A coleta das informações de publicações, como os dados de alguns pontos e as fotografias, foram cedidas de forma verbal para fins acadêmicos pela "Fundação Cultural" e pela "Secretaria de Turismo e Lazer" da cidade de São Francisco do Sul. Possui ainda, parte das informações provenientes do livro “São Francisco do Sul – Construções Históricas”, onde uma permissão verbal para uso de conteúdo para fins acadêmicos foi concedida através de contato telefônico com a editora chefe e historiadora, Dra. Nelci Seibel e com o fotógrafo do livro Sr. Áureo Berger. Outras fontes de dados, que quando citadas levarão suas fontes, atualizarão

(20)

e incluirão novas informações, como por exemplo, dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia, o IBGE, com informações de domínio público. Como uma análise desta coleta, delimita-se a concentração dos esforços da pesquisa a explorarem valores do design, e não para utilizar do jornalismo ou da redação como argumento.

4.3 ANÁLISE DOS DADOS

A intenção da análise do conteúdo é selecionar informação objetiva e relevante. É ainda fazer com que o projeto gráfico relacione-se com o formato . Os dados da cidade serão analisados, selecionados e posteriormente categorizados. Para alcançar este objetivo, o estudo do conteúdo se apropriará e ajustará o conteúdo à sua melhor forma de ser apresentando, mantendo o foco na estrutura e organização do guia. Faz parte ainda da análise, qualificar os dados e selecioná-los de acordo com a classificação que aqui será proposta, a fim de proporcionar conteúdo sucinto e organizado através desta sistematização elaborada. O estudo da análise de similares investigará publicações semelhantes ao projeto, como por exemplo guias de cidade, mapas, infográficos, planos de espaços e outros sistemas de design de informação, quer servirão de referência.

4.4 ANÁLISE DE SIMILARES

A análise de similares identificará dois segmentos, para conseguir elencar as diretrizes do trabalho de acordo com o especificado:

• Análise de similares globais: são publicações e materiais diversos de outra cidades, como Mapas, Livros, Planos de museus, Guias, Infográficos, etc... • Análise de similares locais: são as publicações locais, da cidade de São

Francisco do Sul ou região. Servirá também para a base do levantamento de conteúdo.

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Os itens identificados nas Análises:

• Nome da Publicação: É o título original da publicação.

• Tipo da Publicação: Identifica-se se é um livro, um folder, ou um guia, por exemplo.

• Detalhes: É um detalhamento técnico dos aspectos físicos da publicação, como o tamanho, o formato e o número de páginas.

• Projeto Gráfico: Leva-se m consideração uma análise dos aspectos gráficos, como tipografia e cores, e espaciais, com espaçamentos, estrutura e leiaute de página.

• Estrutura: Identifica-se as partes que constituem o projeto editorial, como capa, introduções, capítulos, etc...

• Dados: O conteúdo, ou as informações que apresenta a publicação.

• Prós e Contras: Uma análise subjetiva elaborada a partir da conclusão do autor sobre a publicação como um todo.

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5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ser humano busca desde a pré-história, maneiras para representar suas ideias para torná-las organizadas e clara para quem for visualizar esse conhecimento posteriormente. Essa necessidade que surgiu com os primeiros desenhos nas cavernas, está sendo suprida ao passar dos anos por escribas, impressores e artistas (MEGGS, 2002).

Existe uma necessidade do ser humano na busca pela expressão. Referências bibliográficas servem de fonte de conhecimento nas áreas do design e suas ramificações, como o design gráfico, o design editorial e design de informação. O anseio do designer é fazer com que seja aprendido a identificar problemas na sociedade através da percepção, e de uma sugestão de melhoria através das ferramentas a que se faz disposição.

5.1 DESIGN GRÁFICO

Para STRUNCK (2001, p. 86): “o design gráfico, é um conjunto de teorias e técnicas que nos permite ordenar a forma pela qual se faz a comunicação visual." servindo como uma ferramenta científica para a sintetizção de uma idéia, por eemplo. "Por meio dela podemos dirigir, com um nível bastante razoável de segurança, o modo pelo qual o entendimento das imagens se processa" (STRUNCK, 2001, p. 86). São essas teorias e técnicas que embasam a formulação de publicações que sejam inteligíveis e consigam transmitir aquilo que o autor propõe.

No design gráfico encontra-se uma forma de adequar a imagem de um produto para que sua mensagem seja transmitida da forma correta e identificada da maneira mais facilitada possível, sem interferências visuais.

O design gráfico possui uma relação interdisciplinar com outras ciências, como a psicologia e a biologia, mas os esforços desta pesquisa é de discursar sobre os caminhos criados dentro das técnicas envolvendo parte teórica e prática para resolver as problemáticas identificadas e criar um produto final que possua um valor cultural, gerado pelo design gráfico.

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Um meio de comunicação é produto cultural, característico de uma sociedade industrial em que o design gráfico, enquanto tal, necessariamente tem como função transcrever a mensagem a ser transmitida - seja de qual enfoque for - para o código simbólico estabelecido, sob pena de não efetivar-se enquanto prática comunicacional. (VILLAS-BOAS, 2000, p.27).

5.2 FUNDAMENTOS DE DESIGN EDITORIAL

Uma produção editorial é um campo do design gráfico que abrange especialidades nas produções impressas, como: livros, revistas, guias e jornais. São por natureza, publicações. Dentro de um sistema gráfico, o design editorial propõe diversos estudos, contemplando por exemplo, sistema de grids, seleção tipográfica e a seleção do sistema de impressão (HASLAM, 2007).

Na produção de um livro, deve-se elaborar um projeto coerente, que dentro de sua organização forneça soluções eficazes de usabilidade, comunicação, legibilidade e ainda serem focadas na necessidade de um público alvo. Transformar informação em comunicação é uma tarefa destinada ao autor para fornecer através de um planejamento teórico e prático o poder de expressar uma mensagem, obtendo uma proposta eficaz.

O design de livro é considerado uma das áreas do design gráfico que definem o design editorial e é a base para a estruturação de publicações em geral, e da proposta aqui estudada. É possível utilizar os métodos de uma grande publicação, porém existem limitações quanto ao processo de produção, por exemplo. Como exemplifica Ellen Lupton (p. 12, 2008):

Propostas de solução simplificada também podem ser executadas, podendo facilmente ser implementada fora da indústria gráfica seriada, entrando como um projeto de baixo valor, de publicações independentes e com uso de materiais alternativos e formatos que são pensados na execução e produção facilitada, com processos análogos aos industriais.

(24)

Busca-se nas artes um ideal de beleza estética, que pode ser diretamente ligado com a seção áurea: uma proporção matemática que resulta em valor aproximado de: 1:1.61803. Essa proporção, resulta na simetria da natureza como folhas e conchas e de obras arquitetônicas, impressos, quadros ou outros objetos criados.

As palavras de Hambidge (2012, p.34) expressam bem o exposto: “É dito que onde houver harmonia lá encontraremos o número de ouro. Este número é indicado como a máxima expressão do equilíbrio. Quando procuramos atentamente, podemos encontrá-lo em toda parte”.

Figura 3: Espiral de Fibonacci. Fonte: AMBROSE & HARRIS (2009).

Vários estudos, demonstram que a maioria dos livros são montados seguindo um formato dentro da proporção áurea. Como afirma Haslam (p.30, 2007): "O retângulo da seção áurea pode ser dividido de tal modo que a relação entre o lado menor e o maior seja a mesma que aquela entre o maior e o todo."

Figura 4: Conjuntos de retângulos de Fibonacci. Fonte: AMBROSE & HARRIS (2009).

Sendo assim, a seção áurea deve ser desenhada a partir de um quadrado, já que o quadrado e o retângulo possuem uma relação consistente na criação deste formato da página: se um quadrado é adicionado ao fim da página do retângulo, ou desenhado em conjunto, uma nova proporção áurea é criada. Ainda conhecido,

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Retângulo de Ouro. "A relação consistente entre quadrado e retângulo, criando um algoritmo de uma sequência espiral." aponta Haslam (2007).

No livro, "Os elementos da simetria dinâmica", Jay Hambidge (2012) descreve que embora suas composições geométricas não sejam novas, tentou estabelecer uma base científica para um conceito que historicamente teve uma variedade de interpretações metafísicas. O retângulo dourado, seção, proporção, espiral ou o que Hambidge (2012) chama simetria dinâmica, têm uma longa história. Ela acreditava que "através da construção de suas composições em torno destas tradições seria mais provável produzir resultados esteticamente agradáveis." A simetria dinâmica foi primeiramente descrita por relatos e estudos por volta de 1916, mas é contemporânea e versátil, podendo ser aplicada a diferentes projetos de diagramação, de livros, revistas e jornais, mas inclusive aplicada a projetos digitais que envolvem um sistema de leiaute de página, como blogs, rede sociais e sistemas online.

Figura 5: Simetria Dinâmica. Fonte: HAMBIDGE (2012).

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Para uma análise eficaz dos termos cunhados por Kostelnick (1998), utilizaremos como referência enquanto análise do projeto editorial, sua pesquisa intitulada: “Design supra textual: A retórica visual do documento como um todo” (KOSTELNICK, 1998, tradução pelo autor). Dentro do estudado, Kostelnick identifica que o design supra textual engloba a linguagem visual de um documento. “A retórica de um design supra-textual inclui funções estruturais que criam organização global, coesão e funções de estilo que afetam credibilidade, tom, ênfase, interesse e usabilidade”. Dentro desta fundamentação proposta pelo autor, existe uma ferramenta para identificar os elementos textuais, espaciais e gráficos dentro de camadas de ordenação, chamadas de Entra, Inter, Extra e Supra. Como aponta Koslenick (1998), "os elementos de design, entretanto, não transmitem o texto de forma passível. Eles são uma retórica ativa porque eles afetam a recepção da mensagem pelo leitor". No exemplo da figura abaixo, Kostelnick (1998) se refere ao uso de caixa alta e negrito, que podem ser um lembrete eficaz e tornar um fragmento em sutil, importante ou até exagerado:

Figura 6: Caixa alta e negrito Fonte: KOSTELNICK (1998).

A matriz descrita por Kostelnick é uma ferramentas para verificar as questões espaciais, textuais e gráficas. Será posteriormente utilizada para escalar os efeitos das variáveis sob a alternativa final, a ponto de validá-la. Cabe ao estudo aqui proposto o bom senso em mensurar os usos destes elementos, e se prevalecer dos benefícios que eles podem adicionar ao trabalho.

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A ferramenta do triângulo tem o objetivo de ser utilizada para auxiliar o entendimento da proposta do guia, conseguindo fazer com que seja entendido os conceitos a serem tratados dentro do design e sua linguagem.

O “Triângulo dos Gráficos” é um modelo criado por Bruce Brown em 1979. O modelo possui três lados que correspondem e representam os únicos valores que, segundo Brown, “nos podemos adotar enquanto tentarmos comunicar mensagens ou ideias”. (The Gráficas Triangle, 1979, p. 123, tradução pelo autor). Ou seja, são identificados de acordo com cada projeto, mas intrinsecamente existem dentro do projeto em lidar com a informação. O triângulo consistem em três facetas: explicação, persuasão e identificação. E com estes, definem-se ainda três áreas de atividades de design: educacional, de Informação e de construção de imagem, em uma tradução livre pelo autor:

Figura 7: Triângulo dos Gráficos.

Fonte: BROWN (1979). Adaptado pelo autor.

O triângulo dos Gráficos é utilizado para identificar as prioridades do conteúdo e assim criar pontes na linha de pesquisa, além de embasar os segmentos possíveis adotados dentro do design e que farão parte do projeto, além de completar planejamento do design de informação iniciado com a matriz de linguagem visual.

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5.4 PROJETO EDITORIAL

Na criação de uma publicação, o designer "primeiro irá analisar as diversas abordagens do design, em seguida analisará as informações sobre o projeto e depois identificará a natureza e os componentes do conteúdo" (HASLAM, 2007, p.23) e para tanto, faz-se necessário o entendimento da estrutura através um projeto editorial gráfico, que segue:

5.4.1 Formatos

Uma publicação pode possuir diferentes formatos e tamanhos, Haslam (2007, p.24) comenta que "Um livro pode ter virtualmente qualquer formato e tamanho, mas por razões práticas, de produção e de estética, considerações são tomadas para um design com formato que acompanhe uma melhor experiência do leitor" e dentro desta análise, se fez uso de 3 formatos característicos: "retrato, que consiste numa altura maior que a largura; paisagem, que consiste na largura maior que a altura; e quadrado." (HASLAM, 2007, p. 24). Segue diagrama exemplificando os formatos:

Figura 8: Formatos

Fonte: HASLAM (2007). Adaptado pelo autor.

"A seleção do formato depende de considerações práticas como o público-alvo, a natureza das informações a serem apresentadas e os custos envolvidos". Os

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formato convencionais que hoje podem ser encontrado com facilidade são do padrão DIN4, que se definem três series (A, B e C). É uma padronização aceita integralmente pela ABNT5, que se refere à normatização ISO6. Dentro do padrão

internacional ISO 216, se inclui a Serie A. Baseada em retângulos que divididos ao meio, mantém sua proporção, sempre. A imagem abaixo demonstra os tamanhos de papéis desta série:

Figura 9: ISO 216, Serie A. Fonte: HASLAM (2007).

5.4.2 Suporte

"Um suporte é qualquer material que recebe uma imagem impressa", segundo Ambrose e Harris (p. 11, 2009). A escolha de um suporte adequado é uma decisão feita antes do início da geração de alternativas, pois está assimilada ao objetivo do trabalho. O mais comum suporte utilizado, principalmente em publicações impressas, é o papel. Possui um processo mais fácil e acessível de produção. O estudo preliminar das possibilidades tem grande relevância no resultado final, e principalmente ao presente trabalho por ser parte integral do produto final. Como o

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Deutsches Institut für Normung: instituto alemão de padronização e representante ISO na Alemanha.

5

Associação Brasileira de Normas Técnicas: órgão responsável por normatizações técnicas no Brasil e membro da ISO no

país 6

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projeto pretende delimitar e simplificar a produção, relacionam-se aqui os papéis encontrados no mercado que possuem um custo relativamente baixo e com as propriedades necessárias para o que será proposto na geração de alternativas, e consequente protótipo:

Tipo Características Principais Usos

Papel jornal Baixa resistência e durabilidade, Além de ser o mais barato. O tipo mais econômico que suporta impressões normais e de baixa definição.

Jornais, revistas, quadrinhos e livros de mercado de massa.

Papel offset A mais ampla categoria. Possui boa alvura para definição de imagens e bom acabamento superficial; Atende bem as impressões comerciais em geral.

Papel de escritório (impressora, envelopes, etc.), impressos e miolos de livros em geral. Papel off-white (pólen)

Possui tom amarelado, refletindo pouco a luz e sendo mais confortável para leitura.

Miolo de livros.

Papel

reciclado Produzido com aparas de papel, possui tonalidade acinzentada. Possui forte apelo de marketing ecológico. Revistas, livros, cartões, folders, material de escritório em geral. Papel couchè (fosco e brilho)

papel revestido que oferece uma boa superfície de impressão; Alta qualidade e baixo custo, proporciona boa

definição de imagens.

Impressão em cores, revistas, livros de

arte/fotografia. Quadro 01: Tipos de papéis.

Fonte: HASLAM (2007) e LUPTON (2008). Adaptado pelo autor.

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Com a evolução da indústria gráfica, um número grande de designers discutiram sobre a relevância do uso da grid e do leiautes da página. Entre eles, Jan Tschichold, que desenvolveu seu próprio métodos de grids para livros e cânones da construção da página (proporções, margens e áreas imprimíveis). O redesign dos Livros da Penguin Books7 em 1947-49 revolucionaram as convenções tipográficas. "Os leiautes de página deram a Tschichold a flexibilidade de criar relações de escalas apropriadas entre tipografia e dimensões de cada livro.” (DOUBLEDAY, 2005). Cartazes, livros e revistas utilizam sistemas capazes de melhorar a organização da informação contida na peça ou trabalho gráfico, proporcionando dinâmica na organização do conteúdo. O sistema de grid simétrico proposto por Tschichold, analisando ainda por diferentes designers e inclusive alguns referenciados aqui como Haslam ou Ambrose & Harris, é construído em uma pagina com proporções 2:3 e margem 1:1:2:3. "Este modelo acomoda o bloco de texto de maneira harmoniosa e está baseado em proporções e não em medidas fixas (TSCHICHOLD, 2007). No livro Indie Publishing, Ellen Lupton, chama este leiaute

de "Deluxe Layout" e atribui a proporção a seção de ouro (1.1618) ou a:b = b(a+b), segue o modelo:

Figura 10: Deluxe Layout Fonte: LUPTON (2008).

7

Penguin Books: é uma editora britânica fundada em 1935, que tinha a intenção de fornecer literatura a preços baratos e em qualquer tipo de loja.

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Sistemas de grid são bastante usados para a web. Um exemplo bastante conhecido é o Website, do “The New York Times”.

Figura 11: Website “The New York Times” Fonte: The New York Times (2013).

Para a análise do uso de grids em publicações, é possível referenciar o trabalhos do designer de fontes alemão Erik Spiekermann8, com seu catálogo de

fontes intitulado “Font Booklet” da Font Shop9:

Figura 12: Font Booklet nº 2 Fonte: SPIEKERMANN, 2009.

8 Erik Spiekermann é designer de fontes e chefe executivo da FontShop.

9 FontShop é uma Type Foundry que cria, produz e distribui fontes exclusivas, sendo uma das maiores em atividade no

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5.4.4 Tipografia

Tipografia é um dos temas mais importantes pois diz respeito à uma forma de comunicar que estará presente em todas as páginas do projeto. Os estudos da tipografia envolvem um grande grau de complexidade quanto a parte cognitiva e psicológica do usuário receptor. "Como leitores, nos temos a tendência de ver as palavras nos termos de uma mensagem que as convém, e raramente consciente da forma real ou individual das formas das letras." (CRAIG, 2006). A afirmação de Craig diz respeito da quantidade de informação que podemos transmitir, de forma subjetiva. A forma e a contra forma da tipografia, segundo Craig (2006), já possui formas intrigantes dentro e ao redor delas, e como elas se relacionam com a mensagem. Por si só já possuem uma complexidade enorme.

Figura 13: Forma/contra-forma. Fonte: CRAIG (2006).

Entre as problemáticas técnicas envolvendo o uso de fontes, há soluções importantes, como por exemplo, os tamanho utilizados: "Corpos para leitura consumam ter entre 8pt e 14pt, e o uso de diferentes corpos no mesmo texto indica uma hierarquia de importância, uma vez que o tamanho influencia o que é lido primeiro" (AMBROSE & HARRIS, 2009, p. 58).

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Figura 14: Corpos de fonte.

Fonte: AMRBOSE & HARRIS (1998).

Entram também como estudos no na técnica da tipografia que num conjunto criam a identidade tipográfica: O kerning, que segundo Ambrose & Harris (2009) comentam, é a quantidade de espaço em branco entre duas letras sendo possível ajustar títulos e textos a formatos, grids e alinhamentos. A justificação do texto, se é alinhado à esquerda, ou a direita ou se será justificado centralizado.

E último, e mais importante, o uso do bom senso enquanto a escolha da tipografia. Craig afirma que hoje existe um número incrível de estilos disponíveis aos designers. "Escolher uma família de fontes e dispô-las adequadamente nas páginas de seu livro são passos essenciais em criar um convidativa e apropriada atmosfera para sua publicação" afirma Lupton (2006).

O ranking da imagem abaixo é do site MyFonts.com10, empresa do grupo

Monotype11 um dos maiores comercializadores de fontes do mundo e que também

serve como base para a escolha das fontes por possuir uma ranqueamento das fontes mais vendidas em seu site.

10

MyFonts é pioneira no modelo de distribuição de fontes digitais. Foi fundada pela Bitstream Inc.

11

Monotype Imaging Holdings, Inc é uma empresa especializada em tipografia e design de fonte (foundry) responsável com

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Figura 15: fontes mais vendidas do MyFonts.com Fonte: MyFonts.com (2015).

Este ranqueamento é caracterizado por possuir uma classificação de fontes similares: Sem serifa, entre neogrotesca e geométrica, podendo ter um uso versátil em diversos projetos de caráter diferenciado, porém fontes consideradas neutras, além populares.

5.4.5 Cor

Os estudos do homem quanto às cores iniciaram no fim do século 17 com os estudos de Isaac Newton. Estes primeiros relatos, Afirma Mollica (2013), consistiam em jogar uma fonte de luz branca através de um prisma, separando as ondas de luz em cores individuais que poderiam individualmente contadas em 7. Segundo Mollica (2013), o jeito mais fácil de enxergar as relações entre as cores é através do círculo cromático, que tem como origem os estudos do prisma:

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Figura 16:Círculo Cromático. Fonte: MOLLICA (2013).

A definição de cor é abrangente e estudada em diversas escolas, de arte, design e cinema, por exemplo, pois se diz respeito a um campo subjetivo (psicologia das cores) e cientifico (cóptica física). Está ainda relacionada as experiências individuais e a cultura de cada individuo. Collaro (2000) classifica que a preferência das cores se dá de acordo com idade, sexo, cultura, gosto pessoal e clima. Para fins de estudo deste projeto, o presente trabalho se concentrará em uma análise no âmbito do processamento mecânico, além de utiliza-las em algum processo objetivo gráfico dentro do estudo.

O formato CMYK (acrônimo em inglês para Ciano, magenta, Amarelo e Preto) é uma referência às três cores primárias subtrativas, mais o preto. Esse, para efeito prático de impressão.

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Figura 17: Mistura de cores na síntese subtrativa. Fonte: MOLLICA (2013).

Ainda que abrangente, a possibilidade de cores do padrão gráfico CMYK é limitada por questões físicas. A figura 16 mostra a limitação do alcance de interfaces digitais (RGB) e impressas (CMYK) em comparação com o espectro de cores percebido pelo olho humano. Cores CMYK produzem uma grande variação de tonalidade, que oscila num impresso de acordo com a calibragem, o papel e o equipamento utilizado, tornando-se um desafio para ajustes nas fases de geração de alternativas.

Figura 18: CMYK x RGB x Olho humano

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O conhecimento dos padrões de cores é importante para o designer ter controle e prever um bom resultado ainda durante a diagramação. Villas-Boas (2010) afirma que os fatores mais frequentes que comprometem a fidelidade da cor no material impresso são: não conversão para escala CMYK, a influencia do papel, o carregamento da tinta e a instabilidade do processo de impressão selecionado. De uma maneira geral, estar atento a esses fatores e praticar testes para sanar detalhes de cor, evitam imprevistos como erros ou variações grosseiras.

5.4.6 Embalagem

"O desenvolvimento de embalagens é uma atividade essencialmente multidisciplinar" (NEGRÃO & CAMARGO, 2008, p. 17) que engloba diferentes áreas do design, vinculando o produto com o consumidor através de uma plataforma expositiva. Para Moura e Banzato (1997) o produto e a embalagem estão inter-relacionados, não tendo como imaginar um sem o outro. (...) Embalagem possui uma função tecno-econômica, com o objetivo de proteger e distribuir produtos ao menor custo possível". Dentro do mercado de embalagens existem diferentes tecnologias, materiais, classificações, funções e apresentações. O projeto de uma embalagem passa por várias etapas antes de ser produzido junto a indústria, até de normas e leis. As variáveis envolvendo embalagens são tantas, que neste trabalho o enfoque é menos amplo. O proposto uso pretende ampliar a validade do produto em ser funcional. Uma embalagem que obedeça um valor cultural ou social, antes de qualquer outro, promovendo e agregar um valor diferenciado ao produto. A proposta aqui será o de fundamentar o uso da embalagem para as possíveis soluções que podem ser vinculadas ao projeto de maneira facilitada, levando em consideração a funcionalidade e a identificação, citados por Negrão & camargo. “A embalagem não se atém apenas às funções de proteger e transportar” (NEGRÃO & CAMARGO, 2008, p. 29). Não serão trabalhadas competências do design para desenvolver uma embalagem do zero, mas sim o uso e o bom senso da apropriação de uma modelo já utilizado, simplificado e caracterizado sendo usado no mercado e que possa se encaixar na proposta, desta forma utiliza-se uma forma mais barata de conseguir atribuir valor ao produto final e ainda assim buscar uma solução de baixo custo.

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5.5 PRODUÇÃO GRÁFICA

A Impressão consiste basicamente no "processo para reproduzir textos e imagens usando tinta sob um suporte", afirma Tschichold (2007). Além de características únicas, cada processo têm variáveis próprias a serem levadas em consideração na hora do projetar, como por exemplo: alcance de cores, quantidade mínima, número de cores e custo. São descritas a seguir as principais técnicas de Impressão e suas características, conforme definições de Lupton (2006) e Villas-Boas (2010):

• Impressão digital: é o processo atual mais simples e acessível por poder ser utilizado para pequenas tiragens, mas também tem um custo unitário elevado. Não possui a mesma qualidade quanto a Impressão offset além de adquirir um acabamento característico, mas não necessita a produção de matriz, pois o arquivo é transferido diretamente para um dispositivo de Impressão. É também mais fácil manusear e alterar os arquivos a serem impresso.

• Impressão offset e CTP: utiliza uma chapa metálica tratada que transfere a tinta para o suporte através de um cilindro. Cada cilindro trabalha com uma cor, e é mais comumente usado com quatro cores, que são aplicadas individualmente em retículas. Aceita mais cores e padrões, como o Pantone12. E o processo largamente utilizado para publicações (e uma grande variedade de materiais) por ser rápido e trabalhar com grandes tiragens, além de ter um custo baixo e uma qualidade excelente.

• Serigrafia: é produzida através da imposição de uma imagem em uma tela vazada, através da qual a tinta toca o suporte. É uma técnica que também pode ser reticulada, para ser produzida com tonalidades diferentes em cada cor aplicada. É uma técnica mais lenta, pois como a aplicação acontece em camadas individuais de cor, cada uma delas deve estar seca para receber a próxima. Pode ser aplicada em uma variedade de materiais (tecido, madeira, plástico, etc.), permite a impressão em branco. Adiciona uma característica tátil ao projeto;

12

Pantone é uma empresa sediada em Carlstadt, New Jersey conhecida pelo seu sistemas de cor, largamente utilizado na indústria gráfica.

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• Impressão tipográfica: método antigo de impressão com moldes em relevo, onde a superfície que contem a imagem é prensada contra o suporte, fazendo a impressão. Produz alguma variação entre as unidade.. É utilizado para pecas com pouco texto e reproduz apenas uma cor;

• Rotogravura: tipo de impressão direta com alimentação de bobina que permite uma qualidade boa, uniforme e com velocidade extremamente alta. Aplicada a diversos suportes e é recomendado para processos de alta tiragem, por isso é muito utilizado na fabricação de embalagens e até de revistas. Tem um custo alto para publicação, mas é utilizada principalmente em livros de arte e impressões de luxo, Além de livros que possuem tiragens elevadas.

Para o projeto aqui estudado, é necessário escolher um método aplicável ao protótipo, levando em consideração fatores que podem ser escalonados em outro momento, além de se fazer necessário favorecer o conteúdo da obra e seu conceito, além da usabilidade e do manuseio do material. A abordagem da proposta, de caracterizar o produto como viável ao mercado e tecnicamente possível, é outro fator a ser levado em consideração.

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6. ANÁLISE DE SIMILARES

6.1 Análise de Similares Globais

A pesquisa de Análise de Similares elaborada no âmbito global, seleciona alternativas de produções gráficas similares mas que não sejam da cidade ou da região de São Francisco do Sul. Com este material, estudam-se quais as soluções de apresentação do conteúdo, do formato, da sistematização de dados e outros detalhes específicos para a análise da Linguagem Visual e Informativa. A Análise de Similares Globais focará uma análise mais pontual, levando em consideração aspectos característicos que valem a pena considerar de cada material em questão:

• New York for Dummies. (Estados Unidos - Inglês, 2006)

Figura 19: New York City for Dummies.

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Figura 20: Páginas Internas do tópico do New York City for Dummies. Fonte: CARROLL (2006).

Tipo Guia - Cidade

Detalhes 316 Páginas;

22x14cm; ±350 Gramas

Impresso maior parte em Preto. Restante em Color. Papel ±90gr (brilhante) - Provável papel offset; Sem acabamentos;

Encadernação Industrial para Livros – Páginas Coladas; Capa Flexível a Cores.

Estrutura Resumida Parte 1: Introduzindo Nova Iorque Parte 2: Planejando sua Viagem

Parte 3: Estabelecendo-se em Nova Iorque Parte 4: Explorando Nova Iorque

Parte 5: Vivendo Após Anoitecer: Vida Noturna Parte 6: A Parte dos Dez

Projeto Gráfico Trabalho Gráfico Editorial;

Tipografia Display para títulos, 18-22 pt. Serifa para textos, ±12pt; Espaçamento padrão entre linhas;

Paleta Cromática: Preto e Cinza

Leiaute de Página em 1 coluna, itens organizados por endentação.

Pros Mapas como destaques;

Boa legibilidade de fontes; Conteúdo sucinto;

Boa estrutura e organização de conteúdo Leiaute de Página sempre idêntico;

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Uso de Bullets e Identação para resolver problemáticas de conteúdo

Contra Artigos compostos de texto/título apenas; Sistematização Gráfica simplória;

Sem Fotos;

Quadro 02: Avaliação do New York City for Dummies. Fonte: Autoria própria (2013).

A série “for dummies” é uma extensa e completa coleção de livros instrucionais/referenciais que pretende apresentar guias práticos para seus leitores. Mais de 2.300 títulos já foram publicados pela série que foi traduzido para inúmeras línguas e portanto, julga-se necessário a análise de um caso de sucesso.

Em cada início de capítulo é apresentado um sumário em pequenos tópicos sobre o que será exposto. O livro é basicamente todo formado por texto, com algumas imagens e quase nenhum elemento gráfico, apenas mapas e uma série de “6 ícones de interesse”. Estes ícones identificam: “Preço barato”, “Melhor do melhor”, “Alerta”, “Dica”, “Ambiente para crianças” e “Vale a procura”. Além de uma convenção em um esquema de cifras, entre uma ($) e cinco ($$$$$) para determinar o preço dos serviços/produtos dos estabelecimentos, em sua maioria Restaurante e Hotéis. Os destaques nos capítulos são tabelas com elementos apenas textuais inseridos. A forma de visualização é sempre uma coluna e os itens são apresentados sempre em forma de lista simples (normal, com bullets), além de por vezes apresentar os “ícones de interesse” .

Para a série de guias analisados, serão também levados em consideração detalhes quanto a conteúdo e a forma de apresenta-lo. Para o guia da série “Dummies” podemos notar aqui diversos elementos interessantes para serem apontados e levados em consideração. O Guia é dividido em 6 partes. Internamente, estas partes estão divididas em Capítulos. A forma em que o Mapa é apresentado, dividido em mais páginas, permite visualizar com mais precisão os nomes de ruas e a localização exata dos lugares apresentados. Segue o exemplo na Figura 21:

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Figura 21: Mapa do New York City for Dummies. Fonte: CARROLL (2006).

No guia é apresentado pontos da cidade de Nova Iorque com um breve texto, um histórico da cidade e uma Linha do Tempo, simples e textual com as arquiteturas desenvolvidas a partir do século XIX. No capítulo 3 é apresentado uma cartilha das temperaturas mensais, os dias de chuva e as características de cada época do ano: Verão, Inverno, Outono e Primavera. Existe ainda um calendário mensal mostrando festividades e acontecimentos especiais. A partir da parte II do livro, e do capítulo 4, são apresentadas informações textuais sobre: Hotel, Transporte, Comida, Pontos Turísticos, Compra, Vida Noturna, Taxas e Dicas. No capítulo 5 são apresentados as formas possíveis de chegar a Nova Iorque: Aeroporto, Carro, Ônibus e Navio, além de informações relevantes para cada transporte. No capítulo 6 é comentado sobre os tipos de passeios possíveis: Para casais ou famílias, por exemplo, além de dicas e conselhos para cada um e sobre a Acessibilidade da cidade. A partir da Parte III (Capítulo 7) explica-se um pouco sobre dicas de segurança, saúde e garantias de um bom uso do tempo em Nova Iorque. É um apanhado geral sobre informações na sua maioria quantitativa. O capítulo 8 são sobre novos moradores da cidade e detalhes para os mesmos. O capítulo 9 contem a lista de hotéis selecionado pelo guia e a localização de cada, em mapas apresentados da mesma forma que já

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comentado: Cada região por página. O capítulo 10 é sobre jantar e comer na cidade, similar ao capítulo 9, onde são apresentado seleção de estabelecimentos e mapas. A partir da parte IV (Capítulo XI) são explorados os principais pontos turísticos da cidade, como sempre, com dicas de onde e como visitar, além de como chegar até os lugares em questão e sobre os tours pagos. Novamente apresentado com mapas e listas. O capítulo 12 é sobre compras. O capítulo 13 possui itinerários para serem seguidos, divididos em já elaborados cronogramas, como: “3 dias”, “5 dias”, “Museus”, “Com sua Família”, etc.. Nos capítulos 14, 15 e 16, os capítulo sobre Cultura, comenta-se sobre teatros, música, balé, ópera, bares, etc... Apresentado da mesma forma que antes com listas, alguns destaques e mapas. Na parte VI são apresentados algumas seleções, nomeadas de “Os Top 10 baratos da experiência da cidade”, apenas demonstrando os selecionados como “os melhores” de cada sessão. Chegando ao final do livro, o apêndice possui um pequeno guia com telefones, endereços, peculiaridades da cidade, feriados e outras informações de interesse público.

• Lonely Planet: Barcelona. (Reino Unido - Inglês, 2007)

Figura 22: Barcelona City Guide. Fonte: KAMINSKI & MARIC (2007).

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Tipo Guia - Cidade

Detalhes 241 Páginas;

20x13cm; ±350 Gramas

Impresso maior parte em Preto e Azul, restante em Color. Papel ±90gr (semi-brilhante) - Provável papel offset; Sem acabamentos;

Encadernação Industrial para Livros – Páginas Coladas; Capa Flexível a Cores.

Estrutura Resumida Parte 1: Introduzindo Barcelona Parte 2: Os Pontos-Alto de Barcelona Parte 3: Iniciando Parte 4: Contextualização Parte 5: Arquitetura Parte 6: Vizinhanças Parte 7: Compras Parte 8: Comer

Parte 9: Beber e Vida Noturna Parte 10: Artes

Parte 11: Esportes e Atividades Parte 12: Dormir

Parte 13: Excursões Parte 14: Transporte Projeto Gráfico Trabalho Gráfico Editorial;

Tipografia Myriad Condensed (Sem serifa) para títulos, 18-22 pt. Myriad e outra Serifa para textos, ±12pt;

Espaçamento padrão entre linhas; Paleta Cromática: Preto e Azul Leiaute de Página em 2 coluna.

Pros Boa legibilidade de fontes;

Capítulos e partes separadas e segmentados Boa estrutura e organização de conteúdo Leiaute de Página sempre idêntico;

Uso de Bullets e Endentação para resolver conteúdo Contra Artigos compostos de texto/título apenas;

Conteúdo Excessivo

Sistematização Gráfica simplória; Sem Fotos;

Quadro 03: Avaliação do guia "Lonely Planet: Barcelona City Guide". Fonte: Autoria própria (2013).

“Lonely Planet” é uma das maiores séries de guias para turismo existente na atualidade, com uma vasta série de títulos e informações compiladas sobre cidades e regiões do planeta. É um guia para viajantes, exploradores e curiosos. A maioria dos seus livros possui mais de uma edição, no caso o livro analisado possuía sua 6ª edição.

O Livro é dividido em capítulos, após a introdução/histórico e um diretório de informações úteis, são apresentados de acordo com temas, itens em listas. Possui

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um index ao fim do livro. Na maioria das páginas, o texto é apresentado em 2 colunas. A maior parte da informação quantificada é apresentada em Listas e possui a cor azul como títulos e destaques. Além de apresentar uma tabela com fundo cinza-claro para informações com maiores destaques. como segue na imagem a seguir:

Figura 23: Páginas Internas do guia. Fonte: KAMINSKI & MARIC (2007).

6.2 ANÁLISE DE SIMILARES LOCAIS

A Análise de Similares Locais iniciou-se após visita a cidade, da coleta de material oriundo do primeiro contato com a fundação de turismo da cidade. Iniciou-se a partir daí a definir o caminho das informações que necessitariam serem incluídas no guia. De uma publicação local, o Livro “São Francisco - Construções Históricas” descobriu-se dados interessantes e bastante importantes a serem explorados dentro do projeto gráfico. Esta (e outras a definir) publicações locais serão o banco de dados de conteúdo do guia. Além destes, guias da cidade e mapas obtidos através

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da secretaria de turismo da própria cidade serão aqui analisados. Estas publicações locais apresentam o material e o conteúdo utilizado no turismo local e apontam fatos e informações que são relevantes da cidades. De certa maneira, segundo a Secretaria de Turismo, os dados mais importantes sobre a cidade quanto a turismo e cultura, tornando-se também mais um caminho para a seleção do conteúdo do guia. Seguem os materiais selecionados e alguns deles analisados.

• São Francisco do Sul - Um Lugar para Fazer História. (Português, 2006).

Figura 24: São Francisco do Sul: Um lugar para fazer história.

Fonte: GAGO (2004).

Figura 25: Páginas Internas do guia. Fonte: GAGO, 2004

Referências

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