FORTALEZA - CEARÁ,QUARTA-FEIRA, 13 DE JANEIRO DE 2021
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cópias”, compara. O preço médio final de uma unidade do livro, pelo acompanhamento feito pelo poeta, acabou se aproximando do quanto ela “valeria” caso ti-vesse preço fixado.
O fato de cada pessoa com-prar um exemplar pelo valor que pudesse, conseguisse ou quises-se pagar, para Talles, não faz a questão ser sobre dinheiro. “É sobre acesso, e posso dizer que o projeto Saral promoveu acesso”, afirma. “Mesmo quando eu tinha alguns pouquíssimos exemplares ou quando doei vários deles para movimentos de saraus e artes de periferias - para que vendessem e ficassem com o dinheiro para si -, sempre fiz questão de manter a ideia inicial”, avança. “O lance do valor não fixo dos livros do projeto Saral é uma estratégia e se manteve pois acredito que foi parte fundamental e compõe performaticamente a estética do projeto”, avalia.
Com os bons resultados do primeiro volume, Talles apro-fundou a poética apresenta-da e produziu uma sequência
FLÁ
VIO DOMINGOS / REPRODUÇÃO
| POESIA |
Projeto que
traz à prática
reflexões
sobre acessos
à cultura e
baseia-se
na literatura
marginal
periférica,
Saral - do poeta
Talles Azigon
- chega ao fim
com terceiro
volume
Um projeto poético de lite-ratura marginal periférica que teve construção coletiva e dis-tribuição facilitada para estu-dantes e pessoas das periferias. Saral, do poeta, curador e ges-tor Talles Azigon, surgiu como ideia nos idos de 2017. Quatro anos e duas edições depois, o projeto chegará ao fim com um terceiro volume que traz ilus-trações do artista Flávio Domin-gos. É possível colaborar com o financiamento coletivo virtual de Saral#3 até 18 de janeiro. A trilogia como um todo reforça temas e formas caras à produ-ção do poeta, como a ligaprodu-ção en-tre linguagens, as potências de vivências periféricas e a demo-cratização de acessos à cultura. A semente de Saral nasceu, remonta Talles, enquanto ouvia a canção “Diário de um detento”, dos Racionais MC’s, numa viagem de ônibus. “Eu estava extrema-mente envolvido com o movi-mento de saraus e, ao pensar nos
Racionais, em como eles conse-guiram se espalhar nas perife-rias, fiquei pensando que, além dos shows, a pirataria foi impor-tante pois tornava o acesso faci-litado”, introduz. O pensamento logo se estendeu para ideias re-lacionadas a ampliar a circulação da própria produção literária.
“Me questionei qual seria a possibilidade de minha litera-tura circular nos espaços em que eu marcava mais presença e com os quais mais me impor-tava. Pensei que precisava lan-çar um livro sem valor de ven-da fixo, para facilitar o acesso para as pessoas que formavam meu público”, explica. Concre-tizando a ideia, Talles reuniu poesias autorais, recorreu ao financiamento coletivo e, as-sim, conseguiu imprimir 500 exemplares de Saral#1.
Em dois meses, por preços que variaram entre alguns cen-tavos e mais de uma centena de reais, vendeu 400 deles. “Para um livro de literatura cearense, independente, marginal e peri-férica, era como se fossem 5 mil
QUE TODO
MUNDO
P
ODE TER
P
OESIA
apostando em novas partilhas. Para tanto, convidou o fotógrafo Léo Silva, também ligado a mo-vimentos de arte nas periferias de Fortaleza, para compor o se-gundo livro. A ideia foi aproxi-mar os pontos de vista das poe-sias de Talles e das fotos de Léo, que foram escolhidas a partir de curadoria da fotógrafa Iana Soa-res. O fotógrafo, para o poeta, traz uma dimensão da periferia
que diverge do “trabalho colo-nialista”. “Léo mostrava a perife-ria diversa, inteligente, potente, sem romantizar ou maquiar”, avalia Talles.
Saral#2, que também foi cus-teado por financiamento coleti-vo, teve projeção e alcance ainda maiores. “Ele possui três narra-tivas, uma poética, uma imagé-tica e uma mista. Acredito que por isso chamou três vezes mais atenção do público”, acredita o poeta, citando também o inte-resse crescente de crítica e pú-blico pela produção intelectual de negras e negros no Estado. Assim como ocorreu após a es-treia de Saral, foi pela repercus-são do segundo volume que Tal-les decidiu produzir mais uma edição, a final. “Precisava encer-rar com um terceiro livro que continuasse essa linha criativa de oferecer uma nova dimensão da arte periférica”, define.
Leia mais na página 3
JOÃO GABRIEL TRÉZ joaogabriel@opovo.com.br
Campanha de
financiamento
Contribua em www.catarse.me/saral3Precisava
lançar um livro
sem valor de
venda fi xo, para
facilitar o acesso
para as pessoas
que formavam
meu público”
Siga os artistas
Talles Azigon, poeta: @tallesazigon Flávio Domingos, ilustrador do Saral#3:
@_epifanico
Léo Silva, fotógrafo do Saral#2: @desconectaoleo
Saral#3 encerra projeto de literatura marginal periférica do poeta Talles Azigon. No volume, os poemas são interligados a ilustrações de Flávio Domingos
VIDA&ARTE
FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 13 DE JANEIRO DE 2021
&
SÉRIE
AVISO
A crônica de Henrique Araújo não serápublicada durante as férias do jornalista
“Jardim dos Famintos” está de volta
Em “Jardim dos Famintos: Kunkalla”, Adams Pinto continua trama
JON BOSCO/DIVULGAÇÃO
| LITERATURA |
Adams Pinto realiza campanha para lançar sequência de livro
Um enredo que mescla hor-ror com elementos de fantasia escrito por um autor cearense. O primeiro volume foi publicado em 2017. Agora, o objetivo é via-bilizar a sequência dessa histó-ria. É dessa maneira que entra em cena a campanha de finan-ciamento coletivo para a publi-cação de “Jardim dos Famintos: Kunkalla”, do ilustrador, desig-ner e escritor alencarino Adams Pinto. O projeto, disponibilizado na plataforma Catarse, pode ser apoiado até esta quinta-feira, 14. É possível receber recom-pensas variadas com apoios a partir de R$ 18.
“Jardim dos Famintos: Kunkalla” é a continuação di-reta dos acontecimentos do primeiro volume. A ideia é que a saga se conclua em uma tri-logia. No livro que dá início ao
universo criado por Adams, o leitor é apresentado a um grupo de pessoas que desperta em um lugar desconhecido com más-caras sobre seus rostos e sem quaisquer lembranças a respei-to de seus passados.
Os personagens, então, em-barcam em uma jornada em ter-ritórios selvagens em busca de respostas e precisam lidar com as suas próprias diferenças. En-quanto encaram essa trajetória, são acometidos por instintos primitivos e sentem o desejo de se alimentarem de carne huma-na, um perigo que poderá des-truí-los. A obra discute temas como busca por identidade, so-brevivência, amizade e os limi-tes humanos. No segundo livro, o autor traz “Kunkalla”, a fagu-lha de esperança na escuridão. As ilustrações de “Jardim dos
Famintos” são feitas pelo artista cearense Jon Bosco.
A escolha pelo financiamento coletivo para lançar seu livro se deu também pelo alcance que as chamadas “vaquinhas on-line” têm nas redes sociais. Adams Pinto encarou como um cami-nho mais fácil para publicação, considerando que, à época, era um autor estreante. O autor de-cidiu continuar com essa estra-tégia para viabilizar a continua-ção da história.
As recompensas disponíveis no Catarse também funcionam como propulsores de engaja-mento com a viabilização da nova obra. Adams percebeu, com o desenvolvimento do pri-meiro livro, que “as pessoas gostam de se sentir parte do projeto”. Para essa nova opor-tunidade, então, ele decidiu
O
MELHOR
DA AGENDA CULTURAL
Q U E R D I V U L GA R S E U E V E N T O ?
A G E N DA O P O V O @ G M A I L . C O M
INFORMAÇÕES SOBRE ATRAÇÕES, DATAS E HORÁRIOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS ORGANIZADORES DOS EVENTOS
ÚLTIMO DIA DE
CINEMA FRANCÊS
FESTIVAL VARILUX
Hoje, 13, é o último dia para assistir ao Festival Varilux no Cinema do Dragão. A programação começa às 14 horas com “A Garota da Pulseira” (foto), dirigido por Stéphane Demoustier. Já a comédia “Meu Primo”, de Jan Kounen, ganha exibição a partir das 16 horas. O enredo acompanha Pierre, um executivo de uma grande empresa familiar que precisa da assinatura do primo, Adrien, para fechar um negócio.
Quando: quarta-feira, 13, com “A Garota da
Pulseira”, às 14 horas; “Meu Primo”, às 16 horas; e “Donas da Bola”, às 20 horas
Onde: no Cinema do Dragão (rua Dragão do
Mar, 81 - Praia de Iracema, Fortaleza)
Quanto: R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia)
PELAS ARTES VISUAIS
UNIFOR
O Espaço Cultural Unifor continua com duas exposições abertas até 7 de fevereiro. A visitação está disponível para o público com respeito aos protocolos de biossegurança para a contenção do coronavírus. Em “Da Terra Brasilis à Aldeia Global”, a instituição explora seis séculos de arte brasileira e aborda, a partir das pinturas, a história do país. Está disponível também “Realtopia” (foto), com obras de Stênio Burgos. Com 70 produções, esta mostra percorre a identidade e as expressões artísticas do artista. Para os que preferem permanecer em casa, o estabelecimento ainda oferece os dois conteúdos em formato virtual.
Quando: até 7 de fevereiro; de terça a sexta-feira, das 9h às 17
horas; sábado e domingo, das 10h às 17 horas
Onde: no Espaço Cultural Unifor (avenida Washington Soares, 1321
- Edson Queiroz, Fortaleza)
Mais informações: (85) 3477.3319
ARTE URBANA
PERFORMANCES
Como a cidade e o humano se relacionam durante a pandemia? De que maneira o “eu”, o “outro” e os espaços urbanos dialogam em um período de distanciamento social? Essas são as questões propostas pela mostra “Performatividade Urbana”, que está com inscrições abertas para artistas enviarem performances em vídeo até sexta-feira, 15 de janeiro. Os conteúdos podem ser realizados em formato livre. Do total, cinco trabalhos serão selecionados e ganharão uma ajuda de custo no valor de R$ 1.000.
Quando: até sexta-feira, 15 de janeiro
Onde: no site do Grupo Meio Fio de Pesquisa e Ação (https://
meiofiodepesquisaeacao.blogspot.com/)
FESTIVAL DIGITAL
NO AR COQUETEL MOLOTOV
O festival “No Ar Coquetel Molotov” realiza sua 17ª edição até dia 23. A iniciativa busca incentivar novos artistas e bandas. Hoje haverá uma oficina com a DJ Perera Elsewhere (foto) sobre mixagem e captação de sons. Às 20 horas, Bixarte conversa sobre suas experiências. Inscrições no site.
Quando: hoje, 13, “Oficina com Perera
Elsewhere” às 15 horas e “Call Center com Bixarte” às 20 horas.
Onde: na plataforma Zoom
Mais informações: no site do No Ar Coquetel
Molotov (https://coquetelmolotov.com. br/17edicao/)
CINEMA EM CASA
DOCUMENTÁRIOS
O streaming do Cinema #EmCasaComSesc mantém títulos até hoje. Entre eles estão os longas “Viver para Cantar” e “A Espuma dos Dias”. Dois documentários brasileiros também podem ser vistos: “Torquato Neto - Todas as Horas do Fim”, de Marcus Fernando e Eduardo Ades, e “Filhos de João - Admirável Mundo Novo Baiano”.
Quando: até hoje, 13 de janeiro Onde: na plataforma do Cinema
#EmCasaComSesc (https://sesc.digital/ colecao/cinema-emcasacomsesc-)
oferecer camisas e até artes digitalizadas dos apoiadores ambientadas no mundo cria-do pelo autor. “Possivelmente alguma dessas artes, caso eu goste muito do visual, até vira-rá personagem efetivo no ter-ceiro livro”, revela.
“Jardim dos Famintos:
Kunkalla”
Catarse:
www.catarse.me/jar-dim_dos_famintos_kunkalla e jardimdosfamintos.com.br
Site do livro:
www.jardimdos-famintos.com.br
Perfi s no Instagram:
@jardim-dosfamintos e @adamspinto
Facebook: www.facebook.com/
FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 13 DE JANEIRO DE 2021
LITERATURA
&
O passo final do projeto Sa-ral, dado após os exitosos lan-çamentos dos dois primeiros volumes, teve ajuda especial do destino, divide o poeta Tal-les Azigon. Navegando no Ins-tagram um dia, viu uma pos-tagem que reunia uma página da primeira edição do livro a uma ilustração, cujo autor era Flávio Domingos, ex-aluno de uma amiga. “Conversei com ele e descobri a história. Ele par-ticipou do lançamento do Sa-ral na escola, comprou o livro, disse que era seu companheiro de viagem diário na topique. O universo me ofereceu a melhor maneira de encerrar o projeto. Entendi que poderia completar um ciclo”, narra o poeta. Foi as-sim que Saral#3 acabou unindo a produção de Talles às ilustra-ções de Flávio.
Mesmo com diferenças, as edições de Saral se conectam em vários níveis. “Temos For-taleza vista de cinema e de dentro, planos constantes dos poemas. Outro ponto dos livros é que eles compõem uma nar-rativa estética de uma periferia que se transforma”, elenca. Os livros em conjunto compõem, também, um discurso de rea-ção. “Nunca quis, com meus poemas, fazer uma denúncia. Todo mundo tá cansado de sa-ber quais são os problemas de Fortaleza. O que o Saral faz é atiçar as pessoas a se rebela-rem, não se conformarem e reagirem”, define.
Tal intenção pulsa desde as primeiras páginas de Saral#1 - que abre com uma “desdedi-catória” e uma precisa epígrafe, “Vocês querendo ou não isto é literatura” - e chega à Saral#3. O volume final terá duas versões. A primeira será digital, apoiada pela Lei Aldir Blanc via Secult-for e voltada para distribuição entre estudantes da rede pública de ensino. Ela reúne informa-ções sobre saraus, explicainforma-ções sobre a grafia com “l” no proje-to e orientações para realização do evento em escolas e comu-nidades - “como disse o músico Parayba, o sarau é sal”, instiga
o material. A versão fica pronta em janeiro e traz tradução em Libras feita pela intérprete Grace Kelly e áudio das poesias.
A segunda versão será físi-ca, financiada pela vaquinha virtual e fica pronta em mar-ço, quando deve ser lançada, planeja Talles, no aniversário de três anos da Livro Livre Curió Biblioteca Comunitária. Ambas têm design gráfico as-sinado por Daniel Firmino. Além da impressão, os recur-sos do financiamento também ajudarão na reedição dos três volumes de Saral, que serão reunidos em box especial com arte de capa da artista Alexia Ferreira e textos críticos das artistas e pesquisadoras Nina Rizzi, Tuyra Maria, Claudiana Alencar e Rômulo Silva.
O projeto e seus desdo-bramentos são exemplos da
produção literária marginal periférica, uma vertente “in-classificável”, como aponta o poeta. “É uma resposta, um grande projeto multidimen-sional que surgiu em vários pontos do Brasil, várias épo-cas, e agora tem tido mais for-ça. É a literatura do povo pre-to, dos povos indígenas, dos mestiços, das trans, das pes-soas empurradas para fora do
| CONTINUAÇÃO DA CAPA |
Projeto Saral entra na reta final do financiamento
do terceiro volume, que contará com ilustrações de Flávio Domingos
O SARAL
É SAL
SARAL#3 terá duas versões, uma digital,
voltada para distribuição na rede pública de ensino, e outra física, prevista para março
TALLES AZIGON, criador da Livro Livre Curió Biblioteca Comunitária
FÁBIO LIMA/O POVO
O que o Saral
faz é atiçar as
pessoas a se
rebelarem, não
se conformarem
e reagirem”
TALLES AZIGONcapitalismo”, busca dar conta. Mesmo “empurradas para fora”, empreendem movimen-tos importantes de não con-formidade - como defende o projeto Saral. “Algumas pes-soas dizem que não gostam do termo ‘literatura marginal periférica’, como se fosse ele que nos excluísse da literatura. Faço questão de dizer que sou um poeta da literatura
margi-nal periférica. Tenho orgulho das minhas origens, dos povos pretos e indígenas que me com-põem, da geografia dos terri-tórios em que vivi e vivo, de ser gay, gordo. Mesmo com toda a vontade do sistema literário de me excluir, eu o burlei. Nós, pessoas que compõem a lite-ratura marginal periférica, o burlamos todos os dias”, atesta.
VIDA&ARTE
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O que é e como jogar
1. O jogo é constituído de 81 quadrados numa grade de 9 x 9 quadrados, subdivivida em nove grades menores de 3 x 3 quadrados. 2. Cada fileira (vertical e horizontal) deverá conter números de 1 a 9. 3. Cada grade menor, de 3 x 3 quadrados, deverá conter números de 1 a 9.
4. Nas fileiras horizontais e verticais da grade maior, cada número deverá aparecer uma só vez.
SUDOKU
PALAVRAS CRUZADAS
23 DE SETEMBRO A 22 DE OUTUBRO 23 DE OUTUBRO A 21 DE NOVEMBRO 22 DE NOVEMBRO A 21 DE DEZEMBRO 21 DE JUNHO A 22 DE JULHO 23 DE JULHO A 22 DE AGOSTO 23 DE AGOSTO A 22 DE SETEMBRO
22 DE DEZEMBRO A 20 DE JANEIRO 21 DE JANEIRO A 19 DE FEVEREIRO 20 DE FEVEREIRO A 20 DE MARÇO 21 DE MARÇO A 20 DE ABRIL 21 DE ABRIL A 20 DE MAIO 21 DE MAIO A 20 DE JUNHO
Brincar
Os mundos de Liz.
VANESSA PAIVA
@vani_ilustraOs Intrépidos.
KARLSON GRACIE E BRENO TAVEIRA
@karlsongracieMulher Listrada.
DOMITILA ANDRADE
@mulherlistradaHORÓSCOPO PERSONARE
www.personare.com.br | a.martins@personare.com.brPEIXES
AQUÁRIO
CAPRICÓRNIO
SAGITÁRIO
ESCORPIÃO
LIBRA
VIRGEM
LEÃO
CÂNCER
GÊMEOS
TOURO
ÁRIES
As redes sociais exigem o exercício crítico do pensamento, sobretudo frente aos desafi os que permeiam a vida em sociedade, conforme aponta a Lua conjunta a Mercúrio, Júpiter e Saturno. É preciso saber fi ltrar as informações que chegam a você, devido à tensão do referido grupo com Marte e Urano.
O comprometimento com a vida doméstica e os relacionamentos cotidianos fi cará mais forte, já que a Lua transita da área comunicativa para a familiar e encontra Mercúrio, Júpiter e Saturno. Como esse grupo quadra com Marte e Urano, é preciso ter equilíbrio emotivo e diplomacia para evitar confl ito.
Como alerta a tensão desse grupo com Marte e Urano, cuidado para que a arrogância não alimente confl itos interpessoais. Sua capacidade de argumentação concilia senso crítico e autoconfi ança elevada, pois a Lua migra da área material para a comunicativa e se une a Mercúrio, Júpiter e Saturno. Apesar das dispersões
sociais revelarem o oposto, conforme alerta a tensão do referido grupo com Marte e Urano, o seu melhor aliado é o planejamento. Questões patrimoniais fi carão no cerne do pensamento na passagem da Lua para a oitava casa e seu encontro com Mercúrio, Júpiter e Saturno.
A articulação interpessoal será essencial frente às oportunidades e responsabilidades, pois a Lua adentra o setor de relacionamentos e encontra Mercúrio, Júpiter e Saturno. Como alerta a tensão do referido grupo com Marte e Urano, não se deixe levar pela competitividade excessiva.
A gestão do cotidiano pede por uma postura capaz de conciliar visão de oportunidade e senso crítico, pois a Lua se desloca para a sexta casa e encontra Mercúrio, Júpiter e Saturno. Aprenda a conter as emoções quando se deparar com desafios, pois Marte e Urano conflitam com o mencionado grupo.
O olhar irá se voltar para questões materiais com o encontro da Lua com Mercúrio, Júpiter e Saturno ao se deslocar para a segunda casa. A tensão do referido grupo com Marte e Urano atenta para a importância de conter os impulsos apesar do senso crítico contribuir com investimentos de longo prazo.
O comprometimento com as metas pessoais tende a se elevar frente à conjunção da Lua com Mercúrio, Júpiter e Saturno em seu signo, levando-lhe a traçar metas ambiciosas que valorizem suas competências. O egoísmo poderá causar litígios
familiares, dada a tensão desse grupo com Marte e Urano.
Uma visão apurada dos desafi os lhe leva a se posicionar estrategicamente para afrontá-los, visto que a Lua adentra o setor de crise e encontra Mercúrio, Júpiter e Saturno. Tenha cuidado para que sua postura exigente não deixe as pessoas na defensiva, pois o referido grupo quadra com Marte e Urano.
O trânsito lunar conjunto ao de Mercúrio, Júpiter e Saturno sugere coesão de interesses nos relacionamentos, o que fortifi ca os vínculos de confi ança. Atente-se para não misturar negócios e amizades, visto que o mencionado grupo quadra com Marte e Urano, indicando prejuízos materiais.
Suas ambições poderão se elevar no encontro da Lua com Mercúrio, Júpiter e Saturno no setor profi ssional, levando-lhe a assumir maiores demandas e a se posicionar implacavelmente. Busque controlar a agressividade e previna o estresse, pois Marte e Urano confl itam com o referido grupo.
A Lua encontra Mercúrio, Júpiter e Saturno ao migrar para o setor espiritual, deixando-lhe mais convicto de seus valores e metas. Conforme sinaliza a tensão desse grupo com Marte e Urano, os desafi os poderão colocar em xeque o rumo de alguns projetos, mas não se deixe desestabilizar emocionalmente.
O SANTO
Santo Hilário de Poitiers
O ANJO
Cahethel
Santo Hilário nasceu em 315, em Poitiers, na França. Sua família vivia segundo a filosofia hedonista. Nos estudos, ele se perguntava quanto ao fim do ser humano. Para ele, não podia acabar tudo com a morte. O Antigo Testamento o levou a proclamar o Deus uno. Passando para o Novo Testamento, foi evangelizado. Viu-se necessitado do batismo para entrar na Igreja. Em pouco tempo, tornou-se sacerdote
e, depois, foi ordenado bispo. No tempo em que o imperador Constâncio apoiou o arianismo, Santo Hilário não teve medo. Não deixou de evangelizar nem mesmo na cadeia. Por conselho, o imperador o assumiu de volta, porque todos sabiam da grande influência do bispo. Ele voltou, convocou um Concílio em Paris e participou de outros conselhos, mas sempre defendendo Jesus Cristo. Invoca-se este anjo para obter a proteção de Deus, inspirar o homem a elevar-se a Ele e agradecer os bens de consumo. Ele ajuda a ter forças para resistir e continuar em frente. Quem nasce sob sua influência possui harmonia e equilíbrio entre espírito e matéria. Tem domínio sobre seu “eu”, além de clara visão e compreensão do mundo e de suas leis. Segue sempre seu coração e não tem medo de nada.
FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 13 DE JANEIRO DE 2021
CLOVISHOLANDA@OPOVO.COM.BR | *ESTA COLUNA É PUBLICADA TODOS OS DIAS
CLÓVIS
HOLANDA
HOMENAGEM
Em cerimônia restrita, no Auditório do BS Design, a Academia Cearense de Literatura e Jornalismo (ACLJ) realizou a entrega dos títulos de Destaque Cearense 2020. Secretário da Saúde, dr. Cabeto, filantropo Igor Queiroz Barroso e empresário Alexandre Sales foram os agraciados nas categorias “Troféu Prasinus Angelos”, “Benemerência Brasileira” e “Empreendedores Brasileiros”, respectivamente. Seguem registros...“S” DE SOCORRO
Plano de vacinação virou
o “Abecedário da Xuxa”
A declaração do excelentíssimo
Ministro da Saúde do Brasil, general Eduardo Pazuello, de que a vacina contra a Covid-19 será aplicada “no Dia D e na hora H” liberou as mentes - insanas e criativas - da web para trocadilhos usando a dança das letrinhas.
Daí que para alguns, faltou ele
dizer que o Brasil está vivendo um período de “M...”.
Outros, que o povo brasileiro
estaria sendo feito de “I...”.
Que o País viveu um dia “T...”. Inadimplentes aproveitaram a
deixa para prometer quitar as dívidas também só no dia “D”.
E teve ainda quem publicasse
que a vacina vai ser aplicada no.... (completem vocês com a letra, tô fora).
Lembrei da Xuxa, que
recentemente decidiu deixar o Brasil para viver na Itália, e seu “A de amor, B de baixinho, C de coração....”. Ah os anos 80-90, éramos felizes e sabíamos...
Voltando ao alfabeto da vida
real, pesquisadores acreditam que o mundo pós-pandemia vai ser pujante em “S”, de sexo. A demanda reprimida vai gerar uma onda “T...”, de tarados.
Já para outros, vem aí uma
geração jovem mais voltada à assepsia corporal e das relações e, portanto, menos afeita aos encontros casuais com vias ao “XXX”. Seriam os “L”, de limpinhos? Ou “P”, de puritanos?
Bom, enquanto a gente aguarda,
vamos torcer pelo “V”, de vacina, já que a economia, pelo menos, não conseguiu crescer em “V”, como prometido pelo ministro Paulo Guedes...
Fazendo sucesso, entre as
bonitas, os pães e refeições saudáveis de Uliana Porto Machado, que após anos de estudo engrenou carreira como nutricionista.
E TEM MAIS...
Está prevista para 7 de outubro a estreia do fi lme “Morbius” no Brasil. Com direção de Daniel Espinosa e Jared Leto no papel principal, o fi lme conta a história do anti-herói da Marvel, que, na tentativa de curar uma rara doença sanguínea, acaba ganhando características de vampiro. O elenco conta ainda com Matt Smith, Adria Arjona, Jared Harris, Al Madrigal e Tyrese Gibson.
Estão abertas até quinta, 14, as inscrições gratuitas para a oficina “A Jornada do Herói para celular: escrita de roteiro para pequenas histórias”, voltada para jovens de 18 a 25 anos oriundos da Escola Pública. Os encontros - ministrados pelos realizadores audiovisuais Abdiel Anselmo,
[ CINEMA ]
A banda cearense Caixeiros Viajantes lança amanhã, 14, o EP “Noite” nas plataformas digitais. Formado por Wilker Andrade (vocal e baixo), Jefferson Juan (guitarras) e Jefferson Castro (bateria), o novo disco do trio reflete sobre os meses de isolamento.
[ MÚSICA ]
AVENTURA
Hoje em Fortaleza Isis Faustino, que atua no Oriente Médio em nome do Grupo Chalhoub, atendendo exclusivamente as grifes Versace e Max Mara no mundo business dos árabes e outras etnias. Vem a convite dos irmãos Tales de Sá Cavalcante, Hilda Prisco, Dayse Tavares (Organização Farias Brito), e de João de Sá Cavalcante (JCS Engenharia). Palestra com a expert em moda internacional marca o lançamento hoje, às 17 horas, no Iate Clube, da FBJ Turismo, nova empreitada dos empresários. Turismo de experiência e conteúdo, lazer e corporativo são as áreas de atuação da nova agência. Sucesso!
LANÇAMENTO
Presidente do Inesp, João Milton Cunha, na foto com o amigo coronel Ronaldo Roque, comandante do Corpo de Bombeiros, convida para o lançamento virtual via Zoom, nesta quinta-feira, do Projeto Inesp Ciência. Iniciativa, com início às 18 horas, é uma homenagem, de caráter periódico, aos estudantes de escolas cearenses aprovados na segunda fase do vestibular do ITA.
Confirmada nesta terça-feira
a inscrição da procuradora federal e professora de Direito Denise Lucena Cavalcante na disputa pela cadeira aberta na Academia Cearense de Letras. Além dela, até o momento, também está no pleito Pio Rodrigues Rolim, que além de empresário é escritor, compositor e poeta.
Bem editada a publicação
“Sociedade Cearense - O Livro da Nata”, do colega Lúcio Brasileiro. Um guia prático e bem organizado para os interessados em ampliar network, gentilezas e relacionamentos. Sobre LB, só quer saber da Bahia que, de fato, tem magia.
Badalado cabeleireiro Romeu
Felipe, que faz muitas bacanas viajarem a Sampa por sua tesoura, vem a Fortaleza para treinar os profissionais do Casa Linda Flor, da dinâmica Surama Geleilate.
Rodrigo Fiúza Carneiro, na
foto com o pai Lúcio Carneiro, é o aniversariante de hoje. Também abrem novo ciclo: Aled Parry, Marcella Laura Feitosa, Aparecida Alencar, Paulo Mota. Saúde!
ENTRE NÓS...
Da psicanalista Maria Homem de Melo, nas Páginas Azuis do O POVO de segunda-feira: “Não dá para um ser plenamente livre, é logicamente impossível, assim como na floresta nenhuma árvore pode ter sozinha todo o espaço e toda a água para ela, do contrário ela morre também. Ela precisa da presenças de outras para ter menos calor, ficar mais fria, mais fresca. Há um equilíbrio do ecossistema grupal”.
Alexandre Sales, Sávio Queiroz (representando Igor Queiroz Barroso) e secretário da Saúde Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, dr.Cabeto.
Reginaldo Vasconcelos, Cabeto e Alexandre Sales Reginaldo Vasconcelos, Alexandre Sales e Marcos André Borges
Cândido Albuquerque, Reginaldo Vasconcelos,
Miqueias Moura e Mozart Freire - acontecem entre os dias 25 e 29 pela plataforma Google Meet. “A proposta da oficina é apresentar os conceitos de arquétipos e estágios da Jornada do Herói como ferramentas para os participantes desenvolverem projetos pessoais de escrita”, explica Miqueias. Durante os encontros, também serão abordados conceitos básicos como argumento e escaleta. Abdiel, Miqueias e Mozart se conhecem desde 2013, quando cursaram Realização em Audiovisual na Vila das Artes. Os participantes receberão certificado emitido pela a Fundação Demócrito Rocha.
Mais informações: oficinadajornada@gmail.com. A inscrição é feita pelo link: tinyurl.com/y66w2coz
VIDA&ARTE
FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 13 DE JANEIRO DE 2021
Cinema
&séries
“O esforço da Negritude Infinita, desde a sua cria-ção, tem sido em reafirmar a pluralidade e a multiplicida-de das experiências do fazer cinema negro, entendendo o cinema como um instrumen-to importante nas lutas so-ciais da população negra”. A afirmação da artista visual, produtora e cineasta Luly Pinheiro dá conta do que norteia as ações do coletivo. Hoje, o grupo dá partida à segunda edição do Seminá-rio Negritude Infinita, cujo tema central é “Dispositivos e estratégias imaginativas no Cinema Negro Brasileiro”. A transmissão ocorre ao vivo no YouTube com tradução si-multânea em Libras.
O seminário se estende até a próxima sexta, 15, e conta-rá com cinco mesas de deba-te, cada uma com 1h30min de duração, que receberão profissionais de todo o Bra-sil dos campos da curadoria, crítica, produção, pesquisa e formação, entre outros. A Negritude Infinita é também uma mostra audiovisual e foi em sua segunda edição que o seminário estreou. “Quando produzimos o primeiro, que-ríamos justamente ampliar os espaços de discussão em torno dos caminhos estéti-cos, éticos e polítiestéti-cos, abrin-do canais de comunicação de compartilhamento das es-tratégias de produção e di-fusão tanto dos filmes como do pensamento em torno desses cinemas negros”, re-cupera Luly.
Na segunda edição, as me-sas de debate irão abordar discussões acerca de outras noções de representativi-dade e visibilirepresentativi-dade, gêne-ros cinematográficos como possível ferramenta de des-colonização, estratégias de entrada e permanência no mercado e curadoria. No to-tal, serão 13 pessoas convi-dadas. As mediações serão das integrantes do coletivo Ana Aline Furtado, Luly Pi-nheiro, Lilian do Rosário, Darwin Marinho e Leon Reis.
Como qualidade dos dis-positivos e estratégias pos-síveis para o cinema negro no País, a imaginação, apon-ta Luly, “é uma transferência de energias que nos possibi-lita sonhar ou fabular for-mas e gestos de discursos perdidos ou porvir”. É por isso, então, que ela desponta como elemento importante das reflexões, sendo “uma via de se autorizar a falar e dizer o impensável”.
Junto da realização do se-minário, estão abertas até 25 de janeiro as inscrições de curtas e longas para 3ª Mos-tra Negritude Infinita, pre-vista para março, com pro-dução da Casamata e apoio da Secretaria da Cultura do Ceará pela Lei Aldir Blanc. A partir das propostas nor-teadoras, a Negritude Infini-ta, porém, se desdobra para além dos eventos. O coletivo organizou recentemente um livro com textos de artistas e pesquisadores que abor-dam temas relacionados ao foco de reflexão do grupo e lançou o Censo de Profissio-nais Negres no Audiovisual do Ceará, inspirado por uma pergunta que abriu uma das mesas do primeiro seminá-rio realizado: “Quem faz ci-nema no Ceará?”.
“O Censo tenta buscar pis-tas de como responder essa pergunta. O objetivo é ma-pear quem são esses e es-sas artistes e profissionais, como estão distribuídos ter-ritorialmente pelo Ceará, que funções exercem, como é o acesso desses profissio-nais aos editais de fomento do Estado, às políticas de incentivo e a outros equipa-mentos”, destrincha Luly.
É possível preencher o formulário até 17 de janeiro. Podem participar do levan-tamento pessoas negras que componham qualquer setor, área e função no audiovisual e que sejam ou nascidas e residentes no Ceará, ou so-mente nascidas ou, ainda, nascidas em outros Estados e residentes no Ceará há pelo menos dois anos.
Com uma posterior análi-se quantitativa e qualitativa dos dados levantados, se-rão produzidos um relatório e um artigo, além de planos para continuar o mapeamen-to realizado. “O censo pode-rá nos munir de informações relevantes que possam nos ajudar a cobrar do poder pú-blico práticas mais assertivas de políticas públicas voltadas para a população negra”, res-salta a realizadora.
| REFLEXÃO | II Seminário Negritude
Infinita traz cinco mesas de debate
que refletem e discutem experiências
múltiplas do fazer cinema negro no Ceará
e no Brasil. Coletivo ainda lança livro e
articula censo de profissionais do Estado
FABULAR
O QUE SE
PERDEU
E O QUE
VIRÁ
D ARWIN MARINHO / DIVULG
A
ÇÃO
A Negritude Infinita desdobra reflexões sobre cinema negro no Brasil em eventos, publicações e levantamento de dados CAS AMA TA / DIVULG A ÇÃO
A primeira edição do seminário se desenrolou dentro da programação da II Mostra Negritude Infinita
Agenda
II Seminário Negritude Infi nita
Quando: de hoje, 13, a 15 Onde: bit.ly/CasamataYoutube Infos: negritudeinfi nita.com Censo de Profi ssionais Negres no Audiovisual do Ceará
Quando: até 17 de janeiro Onde: negritudeinfi nita.com/ censoceara/
III Mostra Negritude Infi nita
Quando: inscrições até dia 25 Onde: negritudeinfi nita.com/ ed2021/inscricoes/
Por
JOÃO GABRIEL TRÉZ
Jornalista e crítico de cinema do O POVO e membro da Associação Cearense de Críticos de Cinema (Aceccine)
Por
JOÃO GABRIEL TRÉZ
Jornalista e crítico de cinema do