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Coordenação/Colegiado ao(s) qual(is) será vinculado: Engenharia Civil

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA Pró-Reitoria Acadêmica

Setor de Pesquisa

FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA.

Coordenação/Colegiado ao(s) qual(is) será vinculado: Engenharia Civil

Curso (s) : Engenharia Civil

Nome do projeto: CARACTERIZAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO

CONCRETO CONVENCIONAL COM AREIA DE FUNDIÇÃO EM SUBSTITUIÇÃO

PARCIAL A AREIA NATURAL

Nome do professor orientador: Helena Ravache Samy Pereira

Nome do professor co-orientador:

Nome do coordenador(a) do Curso: Helena Ravache Samy Pereira

Para a Fundação Educacional Regional Jaraguaense – FERJ, mantenedora do Centro

Universitário - Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul e em Joinville, encaminhamos

anexo, Projeto de Iniciação Científica a ser submetido ao Edital nº .../2014 Programa de

Bolsas de Estudo da Educação Superior – UNIEDU, da Secretaria de Estado da Educação de

Santa Catarina, e declaramos nosso interesse e prioridade conferida ao desenvolvimento do

projeto ora proposto, assim como nosso comprometimento de que serão oferecidas as

garantias necessárias para sua adequada execução, incluindo o envolvimento de equipe,

utilização criteriosa dos recursos previstos e outras condições específicas definidas no

formulário anexo.

Jaraguá do Sul, 20 de novembro de 2014

____________________________________________ _________________________________________________ Professor orientador Professor coorientador

____________________________________________ Coordenador do Curso

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2 –

DESCRIÇÃO DO PROJETO

Título do Projeto:

Caracterização da Resistência à

Compressão do Concreto Convencional com Areia de

Fundição em Substituição Parcial a Areia Natural

Tipo de Projeto ( 12 meses ) (X) Apresentado pelo professor;

Resumo do Projeto

A indústria metalúrgica gera uma grande quantidade de resíduos

durante o processo de fundição. Um

dos principais resíduos sólidos gerados é a areia de fundição. O uso da areia de fundição em

substituição parcial a areia natural em concreto

contribui para o meio ambiente através da

minimização do descarte deste resíduo. Este projeto de pesquisa

tem por objetivo caracterizar a

propriedade resistência à compressão do concreto convencional com areia de fundição.

O resíduo

areia de fundição será disponibilizada pela WEG Equipamentos Elétricos S.A.

Para analisar a

propriedade serão dosados e produzidos quatro traços de concreto convencional

com a porcentagens

de 0%, 10%, 20% e 30% de areia de fundição em substituição parcial a areia natural em massa.

Os

corpos-de-prova serão rompidos com idade de 14 dias e 28 dias.

A água acrescida ao concreto será a

necessário para obtenção de um índice de consistência plástica

entre 800mm e 1000mm. Por meio

deste estudo, pretende-se obter resultados experimentais

que poderão ser úteis ao setor de construção

civil da região, contribuindo com a divulgação e melhor entendimento da influência da

substituição

de areia de fundição por areia natural na propriedade resistência à compressão do concreto.

Palavras

-chave: resistência à compressão; concreto; areia de fundição; areia natural.

Problematizacão

O concreto é uma rocha artificial formada por agregados graúdos, miúdos e materi

al ligante,

podendo ter ainda aditivos químicos e minerais. O agregado miúdo utilizado na produção do

concreto pode ser areia natural, cuja produção é ambientalmente problemática. A obtenção de areia

natural pode ocorrer através da dragagem de depósitos de

leitos de rios, por escavações mecânicas de

depósitos de solos residuais derivados de alterações físico-

químico de rochas, ou por desmonte

hidráulico destas acumulações com posterior dragagem e armazen

amento de cavas. Esses processos

citados apresentam im

pactos ambientais significativos e de razoável extensão, com danos na maioria

das vezes irreversíveis. Dentre os impactos ambientais identificados nas áreas de extração de areia

natural, destaca-se perda da biodiversidade, o comprometimento do regime de va

zão dos cursos de

água, além do assoreamento dos mesmos pela destruição das margens e matas ciliares.

Neste contexto surge como alternativa o uso da areia de fundição

em substituição parcial a

areia natural no concreto convencional. Atualmente, devido as

novas políticas ambientais, existe uma

preocupação em relação ao destino dos resíduos industriais gerados. Pode-

se verificar que o

desenvolvimento de novos materiais que permitam o retorno de resíduos para a cadeia produtiva é de

extrema importância. Na construção civil, o aproveitamento de resíduos torna-

se vantajoso

ambientalmente e economicamente, pois é possível produzir materiais adequados ao uso com um

custo mais reduzido.

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Justificativa

O índice de consumo do concreto é muito maior atualmente do que 40 anos atrás. Estima-

se

que o consumo atual de concreto no mundo seja da ordem de 11 bilh

ões de toneladas ao ano

(MEHTA; MONTEIRO, 2008).

Entre as vantagens deste material de construção podem ser citados

seu baixo custo relativo, a disponibilidade de seus materiais componentes, sua versatilidade e

adaptabilidade. O concreto é uma rocha artific

ial formada por agregados graúdos, miúdos e material

ligante, podendo ter ainda aditivos químicos e minerais.

Os agregados ocupam em torno de 60% a 80% do volume do concreto e tem influência nas

propriedades do concreto endurecido como resistência, estabil

idade dimensional e durabilidade.

Além dessas propriedades importantes, ao agregados também tem papel relevante na determinação

do custo e trabalhabilidade das misturas de concreto.

O estudo das características de concretos produzidos com resíduos como agr

egado miúdo obtidos

na região de Jaraguá do Sul traz benefícios a toda sociedade, pois os conhecimento

técnico-científicos adquiridos na pesquisa podem influenciar na escolha de materiais que apresentem as

propriedades requeridas com contribuição ambiental.

Objetivo Geral:

Caracterizar a propriedade resistência à compressão do concreto convencional com

areia de fundição

em substituição parcial a areia natural possibilitando desta forma diretrizes sobre o uso deste resíduo

Objetivos específicos

Em relação aos objetivos específicos pode-se destacar:

Identificar e caracterizar os materiais utilizados na produção do concreto;

dosar e produzir os concretos convencionais utilizando os materiais caracterizados;

caracterizar o concreto convencional em relação ao índice de consistência (Slump Test);

avaliar a resistência à compressão do concreto convencional.

Metodologia

A pesquisa proposta é viável devido à disponibilidade de utilização do resíduo areia de fundição

da empresa WEG Equipamentos Elé

tricos S.A. bem como os outros materiais necessários para a

produção do concreto. Os equipamentos utilizados nas caracterizações dos materiais e do concreto

estão disponíveis no Laboratório de Materiais de Construção do Centro Universitário Católica de

Santa Catarina de Jaraguá do Sul.

O procedimento experimental pode ser resumido em quatro etapas (ver Quadro 01) e deverá ser

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Quadro 1 – Etapas da pesquisa

Etapa Descrição

1 Caracterização dos agregados 2 Dosagem dos concretos 3 Produção dos concretos 4 Caracterização dos concretos 5 Produção de texto científico

Fonte: produção da própria autora, 2014

1 Caracterização dos agregados

Para a caracterização do agregado miúdo (areia) e graúdo (brita 1) serão real

izados procedimentos

experimentais normalizados como a determinação da distribuição granulométrica (

NBR NM 248,

2003). A especificação de limites granulométricos e da dimensão máxima dos agregados é

importante devido a sua influência nas propriedades do co

ncreto no estado fresco e endurecido e é

utilizada no procedimento de dosagem dos concretos.

2 Dosagem dos concretos

Após a caracterização

dos agregados do concreto será feito o cálculo do traço do concreto, através

do qual é obtida a proporção entre est

es todos os componentes do concreto. O método de dosagem

utilizado é o proposto pela ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland).

3 Produção dos concretos

A preparação e mistura dos materiais deverá ser realizado no laboratório

de Materiais de

Construção

. Os agregados utilizados na produção dos concretos devem ser secados em estufa a

temperatura de (110 ± 5)°C por um período de 24 horas.

Os materiais foram misturados em uma betoneira com capacidade para 120 litros, rotação de 28

rpm e potência do motor de 1/3 CV obedecendo a seguinte sequência de mistura (ver Quadro 2):

Devem ser realizadas quatro betonadas, uma para cada combinação de traço e produzido 12

corpos-de-prova por betonada, totalizando 48 corpos-de prova que serão rompidos com 14 dias e

28

dias de idade.

Quadro 2 - Seqüência da mistura (baseado em HELENE e TERZIAN, 1993) Seqüência da mistura

1 Água (80%)

2 Agregado graúdo (100%)

3 Agregado miúdo (areia e resíduo) (100%)

4 Cimento(100%)

5 Restante da água

Fonte: produção da própria autora, 2014

O procedimento de moldagem deve ser realizado de acordo com a NBR 5738 (2003). Antes de

proceder à moldagem dos corpos-de-prova, os moldes (ver Figura 1)

devem ser untados com uma

fina camada de óleo mineral. O concreto deve ser introduzido

nos moldes com ajuda de uma pá de

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Figura 1 – Moldes para corpos-de-prova cilíndricos de concreto

Fonte: produção da própria autora, 2014

O adensamento deve ser manual com haste. O concreto deve ser introduzido nos moldes em 2

ca

madas de volume aproximadamente igual e cada camada deve ser adensada utilizando uma haste

de ferro, que penetra no concreto 12 vezes.

A última camada deve ser moldada com quantidade em excesso de concreto, de forma que ao ser

adensada complete todo o vol

ume do molde. Posteriormente o molde deve ser rasado para eliminar o

material em excesso.

Durante as primeiras 24 horas os corpos-de-

prova permanecem no laboratório. Em seguida,

devem ser desmoldados e transportados ao local apropriado para o período de c

ura final. A cura final

deve ser realizada em tanques de cura.

4 Caracterização dos Concretos

Os concretos serão

caracterizados de acordo com as propriedades no estado fresco (consistência) e

endurecido (resistência à compressão). A determinação do índice

consistência dos concretos

produzidos deve ser obtida pelo abatimento do troco de cone conforme NBR NM 67 (1998).

A resistência à compressão é a propriedade mecânica mais valorizada do concreto. A máquina

utilizada neste ensaio é da marca EMIC, modelo PC 200 (ver Figura 2) . Serão ensaiados 12

corpos-de-prova para cada mistura aos 14 dias e 28 dias de idade.

Os corpos-de-

prova submersos em água serão ensaiados após serem retirados do tanque de cura.

A carga deve ser aplicada de forma contínua, com aum

ento de tensão média de 0,2 a 0,35 MPa/s até

que ocorra a ruptura. O valor da máxima carga de ruptura deve ser registrado.

Figura 2- Equipamento utilizado no ensaio de resistência à compressão do concreto

Fonte: produção da própria autora, 2014

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4

d

Q

f

c

π

=

(1)

Onde:

f

c

: resistência à compressão (MPa)

Q: carga máxima (N)

D: diâmetro do corpo-de-prova (mm)

5 Produção de texto científico

Para finalizar a pesquisa será produzido um texto científico com objetivo de publicação em

congresso ou periódico, onde será feita a descrição da etapa experimental e análise dos resultados

obtidos.

Fundamentação Teórica

1 Concreto

O concreto é um material composto que consiste essencialmente de um meio contínuo

aglomerante, dentro do qual estão mergulhadas partículas ou fragmentos de agregados (MEHTA;

MONTEIRO, 2008). No concreto de cimento hidráulico, o meio aglomerante é formado por uma

mistura de cimento hidráulico e água.

Além de cimento, água e agregados, o concreto pode conter aditivos, pigmentos, fibras, agregados

especiais e adições minerais, cujos empregos tornam-se cada vez mais freqüentes nos concretos

atuais. A proporção entre os diversos constituintes é buscada pela tecnologia do concreto, para

atender simultaneamente as propriedades mecânicas, físicas e de durabillidade do concreto, além das

características de trabalhabilidade necessárias para o transporte, lançamento, condições estas que

variam caso a caso.

2 Materiais Constituintes do Concreto

A seguir são apresentados os materiais constituintes convencionais utilizados em concreto

convencional como cimento e agregados.

2.1 Cimento Portland

Cimento Portland é definido como um cimento hidráulico produzido pela moagem de clínqueres

constituídos essencialmente por silicatos de cálcio hidráulicos e uma pequena quantidade de uma ou

mais formas de sulfato de cálcio (MEHTA; MONTEIRO, 2008). Clínqueres são nódulos de 5 a

25mm de diâmetro de material sinterizado que é produzido quando uma mistura de matérias-primas

de composição pré-determinada é aquecida em altas temperaturas (MEHTA; MONTEIRO, 2008).

Para a fabricação do clínquer Portland, o material de partida deve conter, em sua composição

química, os óxidos principais do clínquer, CaO, SiO

2

, Al

2

O

3

e Fe

2

O. Raramente esses componentes

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misturas de dois ou mais tipos de rochas. O calcário (75% a 80%) e a argila (20% a 25%) são

matérias-primas comuns do clínquer (BATTAGIN, 2011).

O processo de fabricação do cimento Portland (ver Figura 3) consiste essencialmente em moer a

matéria prima, misturá-la intimamente nas proporções adequadas e queimar essa mistura em um

grande forno rotativo até a temperatura de aproximadamente 1450°C Nessa temperatura, o material

sofre uma fusão incipiente formando o clínquer. O clínquer é resfriado e moído até um pó bem fino

com a adição de aproximadamente 5% de gipsita ou sulfato de cálcio, resultando o cimento Portland

comercial largamente usado em todo mundo (SHERVE e BRINK, 1997).

Figura 3 - Etapas do processo de fabricação do cimento Portland

Fonte: Kihara et al., 1990 apud Battagin, 2011

No processo de fabricação ocorrem combinações químicas das matérias-primas, conduzindo à

formação dos compostos do cimento Portland. O aporte térmico no forno provoca a descarbonatação

do calcário e a desestruturação dos argilominerais, liberando os quatro elementos principais (Ca, Si,

Al e Fe) que se recombinam ao longo do perfil de temperaturas do forno rotativo, sob pressão

negativa e ambiente oxidante e alcalino, sinterizando os componentes formadores do clínquer

Portland, alita (C

3

S), belita (C

2

S), C

3

A e C

4

AF (BATTAGIN, 2011) conforme o quadro 3.

Quadro 3 - Principais compostos do cimento Portland

Nome do composto Composição em óxidos Nomenclatura

Silicato tricálcico (alita) 3CaO.SiO2 C3S

Silicato dicálcico (belita) 2CaO.SiO2 C2S

Aluminato de cálcio 3CaO.Al2O3 C3A

Ferroaluminato tetracálcico 4CaO.Al2O3.Fe2O3 C4AF Fonte: Neville e Brooks, 2013

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Figura 4 - Principais componentes do cimento Portland

Fonte: Ballin e Graham, 2004

A alita é o principal constituinte do clínquer, compreendendo 40% a 70%, em massa. Tem

importante papel no endurecimento e na resistência mecânica do cimento nas primeiras idades (de 1

a 28 dias). A belita representa em média de 10% a 20% do clínquer e também desempenha

importante papel nas resistências do cimento sobretudo em idades mais avançadas (acima de 28 dias)

(BATTAGIN, 2011). A fase intersticial é formada por aluminatos e ferroaluminatos cálcicos, em

solução sólida e corresponde de 15% a 20% do clínquer. O C

3

A é responsável pela pega do cimento

e o C

4

AF tem importante papel na resistência química do cimento, em especial ao ataque de sulfatos

(BATTAGIN, 2011).

As propriedades físicas do cimento Portland são consideradas sob três condições distintas, na

forma de pó, de pasta ou da mistura da pasta com agregado padronizado, as argamassas. A hidratação

inicia-se na superfície das partículas de cimento, é a área superficial total do cimento que representa

o material disponível para hidratação. A finura ou superfície específica das partículas do cimento é o

fator que governa a velocidade da reação de hidratação e para um rápido desenvolvimento de

resistência, é necessário uma finura elevada (NEVILLE; BROOKS, 2013). Os ensaios de resistência

não são feitos na pasta de cimento. A resistência mecânica dos cimentos é determinada pela ruptura à

compressão de corpos-de-prova realizados com argamassa de cimento e areia (NEVILLE; BROOKS,

2013).

O aumento da proporção de cimento na argamassa, no estado fresco, acarreta maior exsudação,

menor tempo de endurecimento e aumento da retração e coesão. No estado endurecido, acontece o

aumento da resistência à compressão e da aderência superficial e a diminuição na capacidade de

acomodar deformações (MOHAMAD et al., 2007).

A maioria dos países no mundo produz uma variedade de cimentos hidráulicos de acordo com

suas normas nacionais (MEHTA; MONTEIRO, 2008). O quadro 4 apresenta alguns tipos de

cimentos Portland e suas respectivas aplicações.

Quadro 4 - Tipos de cimento Portland e suas aplicações

Tipo de cimento Aplicações

Cimento Portland Composto-CP-II Obras correntes de engenharia Cimento Portland de Alto-forno-CP-III Obras de concreto massa

Cimento Porland Pozolânico-CP-IV Obras com concretos sujeito a lixiviação Cimento Portland de Alta Resistência Inicial-CP-V Indústria de pré-moldados

Cimento Portland Resistente aos Sulfatos Obras sujeitas a ação de sulfatos Cimento Portland de Poços Petrolíferos Obras de poços petrolíferos

Cimento Portland Branco Obras em que é desejado efeito arquitetônico Fonte: Mehta e Monteiro, 2008

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2.2 Agregados

Agregado é um material granular, sem forma ou volume definido, de dimensões e propriedades

adequadas às obras de engenharia, em particular a fabricação de concretos e argamassas de cimento

Portland (SBRIGHI NETO, 2011).

Os agregados podem ser classificados quanto à origem como naturais, britados, artificiais e

reciclados. Os agregados naturais são encontrados na natureza já preparados para o uso como a areia

de rio, o pedregulho e a areia de cava. Os agregados britados são submetidos a processo de

cominuição como a pedra britada. Os agregados artificiais são derivados de processos industriais

como a argila expandida. E os agregados reciclados podem ser resíduos industriais granulares que

tenham propriedades adequadas para uso como agregado.

Em relação à dimensão dos grãos, são classificados como agregado graúdo e agregado miúdo.

Segundo a NBR 7211 (ABNT, 2005), o agregado graúdo cujos grãos passam pela peneira com

abertura de malha 152 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm. As areias

são agregados miúdos, ou seja, são aqueles cujos grãos passam na peneira com abertura de malha de

4,75mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 0,075mm segundo a NBR 7211

(ABNT, 2005). Em argamassas utiliza-se apenas o agregado miúdo diferentemente do concreto que

utiliza o agregado graúdo e o agregado miúdo.

O conhecimento das características dos agregados é fundamental para a perfeita dosagem de

concretos.

3 Utilização de Resíduos de Fundição em Concreto

Os estudos sobre concreto sustentável inclue aquele que se dispõe a consumir rejeitos industriais.

Os rejeitos da indústria metalúrgica podem ser incorporados em materiais cimentícios de forma

geral. Pereira (2014) apresenta em sua pesquisa um referencial teórico sobre a utilização de resíduos

de fundição em concreto.

A incorporação de areia de fundição em substituição parcial a areia natural é analisada nos

trabalhos de Monosi, Sani e Tittarelli (2010). Foi observado que a trabalhabilidade das argamassas

não foi alterada se a substituição for de até 10%. Em dosagens maiores é necessária a adição de

plastificantes para obtenção da mesma trabalhabilidade. Também foi observada uma diminuição da

resistência mecânica em torno de 20% até 30%.

Guney et al. (2010) investigam a utilização de areia de fundição em substituição parcial da areia

natural fina nas proporções de 0%, 5%, 10% e 15% em concreto. Foi observado que o concreto

contendo até 10% de areia de fundição apresentou resultados de resistência à compressão e tração e

módulo de elasticidade semelhante ao concreto sem areia de fundição.

Siddique e Singh (2011) apresentam uma visão geral de algumas das pesquisas publicadas sobre o

uso de areia de fundição em concreto. Os efeitos do uso da areia de fundição em propriedades como

resistência a compressão, resistência à tração, resistência ao congelamento e módulo de elasticidade

são apresentados.

Em outras pesquisas Singh e Siddique (2012a) descrevem os efeitos da utilização da areia de

fundição em substituição parcial ao agregado miúdo sobre a resistência e permeabilidade do

concreto. Foram feitas substituições em peso de 0%, 5%, 10%, 15% e 20% e foi verificado aumento

de resistência e permeabilidade. Os mesmos autores Singh e Siddique (2012b) em outro trabalho

analisam a resistência à abrasão e outras propriedades de resistência do concreto com areia de

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fundição em proporções de substituição em relação ao agregado natural variadas. As propriedades

analisadas foram resistência à compressão, resistência à tração, resistência à abrasão e módulo de

elasticidade. Os resultados mostram uma melhoria contínua destas propriedades com a substituição

parcial dos agregados por areia de fundição.

Khatib, Herki e Kenai (2013) investigam as propriedades do concreto com areia de fundição. O

agregado fino natural foi substituído em peso em porcentagens de 0%, 30%, 60% e 100%. As

propriedades estudadas foram absorção de água e resistência à compressão. Os resultados indicam

que há um aumento na absorção de água e uma diminuição na resistência à compressão em relação

ao aumento da quantidade de areia de fundição na mistura.

3. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ETAPA OU FASE DO PROJETO

Objetivo Específico Etapa/Fase (O que?) Especificação (Como?) Início Semanas e meses Término Semanas e meses Identificar e caracterizar os materiais utilizados na produção do concreto. Caracterização dos agregados -Revisão bibliográfica. -Realizar os ensaios normalizados 01/03/2015 01/04/2015 Dosar e produzir os concretos convencionais utilizando os materiais caracterizados

Dosagem dos concretos Produção dos concretos

-Revisão bibliográfica. -Realizar a dosagem e a produção dos concretos conforme método de dosagem da ABCP e normas técnicas. 01/04/2015 01/06/2015 Caracterizar o concreto convencional em relação ao índice de consistência (Slump Test) Caracterização dos concretos -Revisão bibliográfica. -Realizar o “Slump Test”

01/04/2015 01/06/2015 Avaliar a resistência à compressão do concreto convencional. Caracterização dos concretos -Revisão bibliográfica. -Realizar o ensaio de compressão do concreto e avaliar os resultados -Produzir texto científico. 01/05/2015 01/12/2015 4. REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT.

NBR 5738: Concreto –

Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova.

Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT.

NBR NM 248:

Agregados – Determinação da composição granulométrica.

Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT.

NBR NM 67:

Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone

. Rio de

Janeiro, 1998.

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MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M..

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5. RESUMO DO ORÇAMENTO: VALOR MÁXIMO DE R$ 900,00 FERJ

Setor de Pesquisa

Contrapartida (quando houver parcerias)

Total R$ Elementos de Despesa Quantidade Preço Unitário

R$

Quantidade Preço Unitário R$

Participação em eventos1 900,00 900,00

Passagens e Despesa de Locomoção.

Material de Consumo ( descrever todos os itens ex: Papel A4, disquetes,etc..)

Aquisição de Livros * Cópias monocromáticas, fotocópia colorida, fotos aéreas, mapas, plotagens, cópias em metro. Equipamentos e Material Permanente ** Outros ( Descrever conforme padrão) Total do Projeto 900,00

* O valor não poderá exceder a 15 % do valor total solicitado para a execução do projeto. ** O valor solicitado deverá respeitar os critérios dispostos no Edital.

6-CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO (R$) (Especificar o período em que os elementos de despesas serão solicitados)

Objetivo Específico Elementos de despesas 05/2015 08/2015

Avaliar a resistência à compressão do concreto convencional.

Participação em eventos - Inscrição 650,00

Avaliar a resistência à compressão do concreto convencional.

Participação em eventos - Deslocamento

250,00

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7. EQUIPE

HELENA RAVACHE SAMY PEREIRA

Possui graduação em Engenharia Civil (1992), mestrado em Ciência e Engenharia de

Materiais (2007) e doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais (2014) pela

Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Atualmente é coordenadora do curso de

Engenharia Civil da Católica de Santa Catarina de Joinville e de Jaraguá do Sul. Tem

experiência em docência na área de Matemática e Engenharia Civil, com ênfase nas

disciplinas de Cálculo Diferencial e Integral, Álgebra e Geometria Analítica, Materiais de

Construção Civil e Técnicas de Construção Civil.

Referências

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