• Nenhum resultado encontrado

PROJETO DE RELATÓRIO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROJETO DE RELATÓRIO"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

DR\1124477PT.docx PE102.164v02-00

PT

PT

ASAMBLEA PARLAMENTARIA EURO-LATINOAMERICANA EURO-LATIN AMERICAN PARLIAMENTARY ASSEMBLY ASSEMBLEIA PARLAMENTAR EURO-LATINO-AMERICANA ASSEMBLÉE PARLEMENTAIRE EURO-LATINO- AMÉRICAINE PARLAMENTARISCHE VERSAMMLUNG EUROPA-LATEINAMERIKA

Comissão dos Assuntos Sociais, da Juventude e da Infância, dos Intercâmbios Humanos, da Educação e da Cultura

27.4.2017

PROJETO DE RELATÓRIO

sobre o trabalho informal e não declarado na UE e na ALC

Comissão dos Assuntos Sociais, da Juventude e da Infância, dos Intercâmbios Humanos, da Educação e da Cultura

Correlatores: Luis Bernado Lusquiños (Parlatino, Argentina) Thomas Mann (Parlamento Europeu)

(2)

PE102.164v02-00 2/8 DR\1124477PT.docx

PT

DR_Assemblies ÍNDICE Página PROPOSTA DE RESOLUÇÃO ...3 PROCESSO ...8

(3)

DR\1124477PT.docx 3/8 PE102.164v02-00

PT

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO sobre o trabalho informal e não declarado na UE e na ALC

A Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana,

- Tendo em conta a Declaração Universal dos Direitos do Homem, adotada pela Assembleia-Geral de Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948,

- Tendo em conta o Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e

Culturais, aprovado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em 16 de dezembro de 1966,

- Tendo em conta a Resolução 70/1 da Assembleia-Geral das Nações Unidas, de 25 de setembro de 2015, intitulada “Transformar o nosso mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, e o seu Objetivo de Desenvolvimento Sustentável n°8, “Promover o crescimento económico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e trabalho digno para todos,

- Tendo em conta a Declaração de Bruxelas “Construir o nosso futuro comum: trabalhar para criar sociedades prósperas, coesas e sustentáveis para os nossos cidadãos”, e o seu Plano de Ação, aprovados pela Cimeira UE-CELAC de Chefes de Estado, celebrada em 10 e 11 de junho de 2015,

- Tendo em conta a Resolução sobre trabalho digno e economia informal, adotada pela Conferência Internacional do Trabalho em 2002,1

- Tendo em conta a Recomendação n° 204 sobre a transição da economia informal para a economia formal, adotada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra, em 12 de Junho de 2015,

- Tendo em conta o relatório da OIT intitulado “Experiências recentes de formalização de países da América Latina e das Caraíbas”, publicado em 4 de Junho de 2014,2 - Tendo em conta o relatório da OIT intitulado “Panorama Laboral Temático: transição

para o setor formal na América Latina e nas Caraíbas”, publicado em 2014,

- Tendo em conta o relatório da OIT “Panorama laboral 2015 da América Latina e das Caraíbas”, publicado em 10 de dezembro de 2015,3

- Tendo em conta a “Iniciativa para pôr fim à pobreza: A OIT e a Agenda 2030”,

1http://www.ilo.org/public/english/standards/relm/ilc/ilc90/pdf/pr-25res.pdf

2http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---americas/---ro-lima/documents/publication/wcms_245882.pdf 3http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---americas/---ro-lima/documents/publication/wcms_435169.pdf

(4)

PE102.164v02-00 4/8 DR\1124477PT.docx

PT

elaborada durante a 105.ª Conferência Internacional do Trabalho (2016),

- Tendo em conta o “Programa de Promoção da economia formal na América Latina e nas Caraíbas” (FORLAC), impulsionado pela OIT em 2013,1

- Tendo em conta a Resolução do Parlamento Latino-Americano e das Caraíbas sobre as condições do trabalho informal e a integração social (Resolução AO/2011/03), adotada em 22 de setembro de 2011, em Aruba,2

- Tendo em conta a Resolução do Parlamento Europeu 2013/2111(INI), de 14 de janeiro de 2014, sobre a Proteção Social para todos, incluindo os trabalhadores

independentes,3

- Tendo em conta a Resolução legislativa do Parlamento Europeu P8_TA (2016)033 sobre a proposta de decisão do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece uma Plataforma Europeia para reforçar a cooperação na prevenção e dissuasão do trabalho não declarado, aprovada em 2 de fevereiro de 2016,4

- Tendo em conta o relatório “O combate ao trabalho não declarado nos 27 Estados-Membros da União Europeia e na Noruega: abordagens e medidas desde 2008”, publicado pelo Eurofound em 20135,

A. Considerando que, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a

economia informal se refere a “todas as atividades económicas dos trabalhadores e às unidades económicas que - na lei ou na prática - não estão abrangidas ou estão insuficientemente abrangidas por disposições formais”;

B. Considerando que o trabalho informal constitui uma violação dos direitos humanos e se converteu numa das principais problemáticas que enfrenta o mercado de trabalho na atualidade, afetando tanto o bem-estar dos trabalhadores e das suas famílias, como o Estado, as empresas e a sociedade em geral;

C. Considerando que o relatório “Panorama Laboral 2015 da América Latina e das Caraíbas”, elaborado pela OIT, indica que, na América Latina e nas Caraíbas, existem 130 milhões de trabalhadores no setor informal, ou seja, 47% dos trabalhadores, distribuídos principalmente por três grupos: trabalhadores por conta própria (82,3%), trabalhadores domésticos (77,5%), trabalhadores de microempresas (58,6%);

D. Considerando que a Resolução do Parlamento Europeu 2013/2111 estabelece que o trabalho não declarado prejudica a economia da União, originando uma concorrência desleal, colocando em perigo a sustentabilidade financeira dos modelos sociais e 1https://www.oitcinterfor.org/hechos-noticias/forlac-programa-oit-formalizaci%C3%B3n-informalidad 2 http://www.parlatino.org/pdf/organos-principales/asamblea/declaraciones-resoluciones-actuales/pma-2-12-2011/resoluciones/resolucion3-condiciones-informal-social.pdf 3 http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+TA+P7-TA-2014-0014+0+DOC+XML+V0//En 4 http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+TA+P8-TA-2016-0033+0+DOC+XML+V0//En 5https://www.eurofound.europa.eu/sites/default/files/ef_files/pubdocs/2013/2431/en/2/EF132431EN.pdf

(5)

DR\1124477PT.docx 5/8 PE102.164v02-00

PT

gerando a crescente desproteção social e laboral dos trabalhadores;

E. Considerando que o trabalho não declarado representa uma parte significativa da economia da União Europeia e também dos países da América Latina e das Caraíbas; F. Considerando que os trabalhadores do setor informal são amiúde obrigados a aceitar

condições de trabalho precárias, ou inclusive perigosas, salários mais baixos e uma proteção nula ou muito reduzida em matéria de segurança social e laboral, o que os priva das prestações sociais, do direito à pensão e de cuidados médicos adequados, além de que os impede de desenvolver as suas capacidades e de aceder a

oportunidades de capacitação;

G. Considerando que o trabalho não declarado tem graves repercussões nos orçamentos nacionais, na sustentabilidade financeira dos sistemas de segurança social e no emprego, na produtividade e na concorrência;

H. Considerando que a formalização do emprego tem impactos positivos, como a recuperação do exercício dos direitos fundamentais, o alargamento da capacidade económica das empresas, o benefício que implica para o Estado o contributo dos assalariados e a competitividade justa;

I. Considerando que a Recomendação 204 da OIT constitui um instrumento-chave para os governos que oferece 12 princípios orientadores para promover a criação de postos de trabalho e empresas sustentáveis num ambiente formal e que avança propostas para garantir os direitos dos trabalhadores e prevenir todo o tipo de informalidade;

J. Considerando que, em 2014, o programa FORLAC (Programa de Promoção do Setor Formal na América Latina e nas Caraíbas) se consolidou como uma nova estratégia regional para apoiar aos países na aplicação de medidas de promoção do setor formal nas empresas e no emprego;

K. Considerando que o ponto 8 da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável “Trabalho Digno e Crescimento Económico” estabelece como prioridade a promoção do crescimento económico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo, e o trabalho digno para todos, através da adoção de medidas eficazes que erradiquem o trabalho forçado, a escravidão e o tráfico humano;

1. Reconhece os progressivos avanços alcançados nos países da UE e da ALC em matéria de regulação do trabalho não declarado e da redução do setor informal, tanto através de legislação como de medidas específicas;

2. Realça, no entanto, que subsistem ainda sérios desafios em matéria de trabalho informal e não declarado, o que constitui um dos maiores reptos à gestão das políticas públicas nos próximos anos em matéria laboral, social, fiscal e produtiva;

3. Assinala que a definição de informalidade logrou incorporar uma das vertentes do emprego precário, contemplando aqueles trabalhadores não sujeitos à legislação, para além do setor (formal ou informal) em que desenvolvem as suas atividades;

(6)

PE102.164v02-00 6/8 DR\1124477PT.docx

PT

4. Sublinha que a economia informal representa um importante obstáculo não só a que os trabalhadores beneficiem de direitos, de proteção social e de condições de trabalho dignas, mas também um importante obstáculo para o desenvolvimento sustentável, as receitas públicas, a solidez institucional e a concorrência leal nos mercados nacionais e internacionais;

5. Insta os Estados a adotarem uma abordagem integral, coerente e coordenada, para lograrem uma transição bem-sucedida para a economia formal, e a elaborarem estratégias no âmbito da sua legislação e políticas tendentes a combater a informalidade;

6. Destaca que a educação e a formação da sociedade constituem eixos centrais para que os trabalhadores conheçam os seus direitos, as instâncias a quem dirigir-se para apresentar queixas e denúncias, e contribuem para promover os impactos positivos gerados pela formalização do emprego, tanto para os trabalhadores, o Estado e as empresas, como para a economia no seu conjunto. Nesse sentido, sugere a elaboração de campanhas de sensibilização;

7. Apela os países para que adotem normas que tornem obrigatória a formalização no trabalho e para que levem a cabo reformas que simplifiquem a regulação e os procedimentos para formalizar empresas e/ou trabalhadores, bem como os trâmites relativos à filiação nos serviços de segurança social, de cuidados médicos e os regimes de pensões;

8. Sugere que nos instrumentos internacionais que sejam assinados com fins comerciais ou de integração seja incluída uma cláusula de trabalho, semelhante à «cláusula democrática», que imponha a suspensão de qualquer das partes em caso de incumprimento;

9. Propõe que sejam estabelecidos incentivos de natureza económica, fiscal e financeira, subsídios à contratação, investimento na capacitação laboral e reduções dos encargos dos empregadores e dos trabalhadores de forma gradual, com regimes preferenciais para as micro, pequenas e médias empresas;

10. Sublinha a necessidade de que todas as medidas de promoção do emprego formal não contemplem qualquer tipo de flexibilização que atente contra os direitos dos

trabalhadores, e que em todo o caso os trabalhadores sejam acautelados, em especial, relativamente a processos judiciais que estejam a decorrer, assim como em relação aos pagamentos para a segurança social e aos efeitos do cálculo da antiguidade e

permanência no emprego.

11. Propõe que, sem prejuízo de outras sanções, sejam criadas leis especiais que condicionem o acesso ao crédito e a benefícios económicos, contributivos, fiscais e tributários ao registo formal dos trabalhadores, como condição prévia e necessária, cujo incumprimento implique a perda automática de tais benefícios;

12. Apela aos países para que reforcem as estruturas e a capacidade do Estado para fazer cumprir estas normas, fortalecendo as instituições a cargo da inspeção do trabalho e da segurança social; apela ao mesmo tempo aos parlamentos para que promovam, no

(7)

DR\1124477PT.docx 7/8 PE102.164v02-00

PT

âmbito das suas funções e competências, a formalização do trabalho, através do

controlo e da legislação correspondente;

Encarrega os seus copresidentes de transmitir a presente Resolução à Presidência da Cimeira UE-ALC, ao Conselho da União Europeia e à Comissão Europeia, aos Parlamentos dos Estados-Membros da União Europeia e de todos os países da América Latina e Caraíbas, ao Parlamento Latino-Americano, ao Parlamento Centro-Americano, ao Parlamento Andino, ao Parlamento do Mercosul, ao Secretariado da Comunidade Andina, à Comissão dos

Representantes Permanentes do Mercosul, ao Secretariado Permanente do Sistema Económico Latino-Americano, e aos Secretários-Gerais da Organização dos Estados Americanos e da União de Nações Sul-Americanas.

(8)

PE102.164v02-00 8/8 DR\1124477PT.docx

PT

PROCESSO

Título O trabalho informal e não declarado na UE e na ALC

Órgão competente Comissão dos Assuntos Sociais, da Juventude e da Infância, dos

Intercâmbios Humanos, da Educação e da Cultura

Correlatores Luis Bernado Lusquiños (Parlatino, Argentina), Thomas Mann

(Parlamento Europeu)

Exame em comissão 24.5.2017

Data de aprovação

Deputados presentes no momento da votação final

Exame em sessão plenária DT(19.09.2017)

Referências

Documentos relacionados

Diante disso, o objetivo deste projeto foi p esquisar os recursos terapêuticos a base de plantas medicinais e fitoterápicos utilizados como tratamento da pediculose observando

Com 15 anos de experiência em fundição, a empresa possui os processos de moldagem em areia verde e Cold-Box, denominados respectivamente neste trabalho como

Seus posicionamentos se centram na aplicação do princípio de precaução e incluem pedidos de moratória, reali- zação de mais investigação sobre riscos à saúde, ocupacionais

profissionais e de aprendizado. • Desenvolver perfis profissionais em termos de competências genéricas e relativas a cada área de estudos incluindo habilidades,

Com efeito, devemos formular recomendações dirigidas à cimeira dos chefes de Estado e de governo, mas devemos, também e sobretudo, reforçar as nossas relações, o nosso diálogo

10.1 Para o cargo de Nível Superior: ANALISTA LEGISLATIVO MUNICIPAL / Área de Qualificação: TAQUIGRAFIA, o candidato deverá obter 50,00 (cinquenta) pontos ou mais na prova objetiva

E, para encerrar a gama de definições sobre o conceito de APL’s, Cassiolato e Szapiro (2002) os definem como aglomerados produtivos cujas relações entre os agentes locais não

A mesa a explorar criticamente tais intepretações, direcionando os olhares críticos do pensamento pós-colonial sobre o papel de estados nacionais nascidos escravocratas, como