UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CÂMPUS DE AQUIDAUANA-CPAQ
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
Renê da Silva Andrade
ATIVIDADE EMPREENDEDORA COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: Estudo de caso na Escola de Idiomas CCAA polo de Aquidauana
Aquidauana-MS Junho – 2019
Renê da Silva Andrade
ATIVIDADE EMPREENDEDORA COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: Estudo de caso na Escola de Idiomas CCAA Polo de Aquidauana
Trabalho apresentado ao curso de Bacharelado em Administração da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, requisitado para cumprimento parcial das atividades exigidas para a obtenção do título de Bacharel em Administração.
Orientadora: Prof. Gercina Gonçalves da Silva
Aquidauana – MS Junho – 2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CÂMPUS DE AQUIDAUANA-CPAQ
PARECER DA COMISSÃO EXAMINADORA DE DEFESA DO ARTIGO DE GRADUAÇÃO DE
RENÊ DA SILVA ANDRADE
Atividade Empreendedora como Diferencial Competitivo: Estudo de Caso na Escola de Idiomas CCAA Aquidauana.
A comissão examinadora, composta pelos professores abaixo, sob a presidência do primeiro, considera o discente Renê da Silva Andrade. APROVADO
Aquidauana, 13 de Junho de 2019
____________________________________ Gercina Gonçalves da Silva
____________________________________ Mario Ney Rodrigues Salvador
____________________________________ Ana Graziele Lourenço Toledo
RESUMO
Em um cenário de alta concorrência nos diversos setores de atuação, a figura do empreendedor e suas atitudes podem fazer grande diferença com relação a competitividade no mercado, diante deste fato este trabalho aborda, através de pesquisa bibliográfica, o conceito de empreendedor e investiga através da aplicação de questionários, expondo os resultados em estudo de caso realizado na escola de idiomas CCAA polo de Aquidauana os diferenciais competitivos gerados a partir da atitude empreendedora de seu gestor, atendendo aos objetivos propostos percebem-se também através das ferramentas utilizadas e dos dados coletados os traços do perfil do empresário que quando traduzidos em atitudes geram vantagem competitiva para o negócio, informações estas que serão avaliadas e comentadas no decorrer do trabalho.
Palavras Chave: Empreendedorismo; Atitude Empreendedora; Diferencial Competitivo.
ABSTRACT
In a scenario of high competition in different fields of work, the figure of the entrepreneur and their attitudes can make a big difference regarding competitiveness in the market. Thus, through bibliographical research and questionnaires, this paper shows the concept of entrepreneur and investigates, while exposing the results in a case study carried out at CCAA language school, Aquidauana branch, the competitive differentials generated from the entrepreneurial attitude of its manager. In accordance with the proposed objectives, the traits of the entrepreneur profile are also noticed through the tools used and the data collected, which, when translated into attitudes, generate a competitive advantage for the business, information that will be evaluated and commented on along this paper.
1 - INTRODUÇÃO
O empreendedorismo possui conceitos de grande abrangência, que se moldaram teoricamente de acordo com o avanço do estudo científico. Mendes (2017) define o empreendedorismo como o processo dinâmico de criar mais riquezas, atribuindo-o a indivíduos que assumem determinado risco em diversas áreas como, patrimônio, tempo ou comprometimento com a carreira, ou ainda aos que proveem valor para algum produto ou serviço, seja este novo ou não.
A complexidade de gerir um negócio pode criar dificuldades que inviabilizem a sua continuação, no entanto o planejamento aliado a outras atitudes empreendedoras, auxiliam na mitigação de riscos e na tomada de decisão possibilitando um horizonte futuro com expectativa de maior positividade. Essa afirmação relaciona-se com as palavras de Chiavenato (2007, p. 68), onde o autor destaca: “uma estratégia para minimizar a probabilidade de insucesso é investir em negócios que possuem um forte diferencial competitivo, oferecem serviços pioneiros e requerem um mínimo de capital”.
Segundo o SEBRAE - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (2016), a taxa de sobrevivência de empresas de até 2 anos passou de 54% (empresas criadas em 2008) para 76,6% (empresas constituídas em 2012). Em parte, essa melhora se deve à ampliação do número de microempreendedores individuais, e ao crescimento do PIB brasileiro no período, no entanto, é perceptível ainda um número considerável de mortalidade de empresas em seus dois primeiros anos.
Os fatores que justificam o insucesso dos empreendedores são apresentados como uma série de eventos conjuntos, a exemplo de: tipos de ocupação dos empresários antes da abertura da empresa, experiência/conhecimento do empresário anterior ao ramo e motivação para abertura do negócio (SEBRAE, 2016). Os desafios encontrados pelos empreendedores são muitos, o que condiz com a ideia de que estes necessitam de inúmeras qualidades. Assim, este trabalho busca retratar as relações entre o sucesso do empreendimento CCAA polo de Aquidauana com a execução de uma gestão empreendedora por parte dos dirigentes.
Apesar de todos os desafios, conforme TAVARES, et al. (2013), existe uma ligação direta dos empreendedores com a capacidade de criação de novos negócios, o que é de grande importância para o desenvolvimento de uma região, ressalta-se assim a necessidade de formação dos empreendedores para que possam através de seu trabalho, gerar renda, empregos diretos ou indiretos e contribuir durante sua atuação para a transformação
econômica de sua região. Fatos estes que justificam o interesse por levantar as questões propostas nesse trabalho e apresentar as qualidades pertencentes a um empreendedor de sucesso que atua no município de Aquidauana-MS.
1.1Definição do Problema
Diante do conceito de empreendedorismo, as dúvidas referentes a “receita para o sucesso” são frequentes. A constante evolução tecnológica junto à temática da globalização exercem atualmente influência significativa sobre os estudos do empreendedorismo e das atitudes assertivas para que uma organização tenha sucesso e saúde operacional.
A organização estudada atua na região da Aquidauana há mais de uma década, enfrentando as influências externas que são constantes e ocorrem junto a outros desafios que fazem parte do dia a dia do gestor. Diante destes fatos fica presumido que exista um nível de conhecimento do modelo de negócios atrelado a características pessoais competitivas e inovadoras tais como motivação, capacidade de realização, capacidade de inovação entre outras, que findam por refletirem se em resultados positivos.
É notável que essas características são essenciais para o sucesso de qualquer empresa, as grandes questões são: como chegar lá? Quais os tipos de atitudes que devem ser preferencialmente utilizadas? Como conseguir ser mais competitivo em um mercado tão acirrado? Diante desses aspectos, a problemática abordada nesse trabalho é: Como o perfil empreendedor interferiu no sucesso da organização CCAA polo de Aquidauana-MS?
1.2 Hipóteses
O sucesso da instituição CCAA, polo de Aquidauana, está diretamente ligado às atitudes empreendedoras e ao perfil de seu gestor.
O gestor da instituição consegue influenciar positivamente seus colaboradores através de suas atitudes empreendedoras, motivando-os a exercer sua função da melhor forma e constituindo uma cultura empreendedora entre os mesmos.
1.3 Objetivos
1.3.1 Geral
Identificar as características empreendedoras do gestor que compactuam para o sucesso da organização escola de idiomas CCAA Aquidauana, assim como identificar outros fatores que possam contribuir para a concretização desse fato.
1.3.2 Específicos
Traçar o perfil do empreendedor administrador da empresa.
Analisar o modelo de negócios aplicado pelo gestor da organização e suas relações com o tema proposto.
Identificar e analisar os fatores e atitudes empreendedoras geradoras de vantagem competitiva aplicadas na organização.
1.4 Justificativa
Considerado o idioma global, é clara a utilização do inglês no dia a dia dos brasileiros, em que se ouve e se fala com muita frequência palavras de origem inglesa. De forma geral, sequer percebe-se a influência sofrida diante da “globalização linguística”. Os exemplos são diversos, e aparecem da calça “jeans”, ao “stress” do trabalho, ou ainda no ramo tecnológico, entre outros. A utilização do inglês no cotidiano é nítida com a utilização frequente de palavras como notebook, pen drive e smartphone, que já fazem parte do cotidiano dos brasileiros.
Conforme pesquisa realizada pela EF Education First em 2013, citada pelo site Exame (2014), o Brasil, com relação ao tema proficiência em inglês, ocupa o 38° lugar no ranking de 60 nações. O mesmo documento afirma que o avanço de 2,8% de 2011 a 2013 também não é considerado satisfatório diante da evolução econômica do país no mesmo período.
No mercado de trabalho, conforme dados do site globo.com (2009), o domínio de um segundo idioma é um diferencial e tanto para quem busca seu espaço, entre os quais constam
profissionais de nível superior em busca de cargos específicos, que normalmente exigem a fluência ou ao menos o conhecimento intermediário do idioma.
O estudo do empreendedorismo numa escola de Inglês e espanhol, organização objeto desse estudo possui total influência na vida do gestor da organização, diante da ligação intrínseca entre o serviço oferecido e gestão do negócio, e da relevância do serviço de modo geral, justifica-se pela importância a temática do estudo, para a própria instituição, para empreendedores locais e para toda a sociedade da região de Aquidauana e Anastácio-MS.
Através dos serviços prestados, o CCAA polo de Aquidauana, traz para a cidade um produto importante, o conhecimento. Oferecendo um serviço imprescindível para o desenvolvimento de habilidade das pessoas da região.
2 REVISÃO DE LITERATURA
Este capítulo destina-se ao conhecimento da literatura que será a base do presente trabalho. Assim, serão abordados os seguintes temas: Empreendedorismo; Empreendedorismo no Brasil; Atitude, comportamento e empreendedorismo; Realização; Planejamento; Poder; Inovação e; Motivação.
Conhecimento de alta relevância diante da aplicabilidade de seus conceitos na temática estudada, a apresentação desses tópicos justificam-se pela relação com o assunto abordado na escola de idiomas CCAA polo de Aquidauana.
2.1 Empreendedorismo
De acordo com Mendes (2017), a palavra ‘empresário’ a partir do século XVIII tem seu conceito alterado e passa a definir aquele indivíduo que empreende alguma coisa, ou então, trata de pessoa dotada da capacidade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, em um tempo onde praticamente não existia a produção em massa e os empresários também executavam atividades ativamente no ramo das artes. Ainda segundo Mendes (2017) desde esse período “o artista era conduzido a inovar em cada obra e a disseminar o conhecimento”.
O termo empreendedor é derivado da palavra francesa entrepreneur, que para Hisrish (1986) apud Dornelas (2012), é traduzido como: “aquele que assume riscos e começa algo novo”. Este termo tem a função de designar as pessoas que estimulavam de certa forma o progresso econômico através de suas ideias.
Uma das conceituações de maior aceitação para o empreendedorismo, apesar de ser um tema introduzido por volta do séc. XVIII, conforme Chiavenato (2015), surgiu através do economista Joseph Schumpeter no ano de 1950, associando o tema diretamente à inovação e ao aproveitamento de oportunidades em negócios, trazendo também o conceito de “destruição criativa”, que se dá pela mudança ou introdução de novos produtos ou serviços que a partir de então substituirão os anteriormente utilizados.
A partir daí a evolução da definição teórica apresentou-se com maior velocidade. De acordo com Dolabela (1999) no final da década de 60 e início da década de 70, introduz-se por Kenneth E. Knight e Peter Drucker o conceito de risco, onde o empreendedor, por sua
definição, deveria assumir o risco de algum negócio. Alguns anos à frente, em 1985, foi introduzido por Gifford Pinchot o conceito de intraempreendedor que por sua vez define aquele que atua de forma empreendedora, porém dentro de uma organização já existente.
Utilizando conceitos mais atualizados, de acordo com Chiavenato (2007) pode-se afirmar que o empreendedor se baseia na busca incessante pela inovação e pelo sucesso, o empreendedor moderno é capaz de criar oportunidades e administrá-las da melhor maneira possível, utilizando como matéria prima para seu sucesso a busca do conhecimento e sua capacidade inovadora.
O empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro capacidade de identificar oportunidades. Com esse arsenal, transforma ideias em realidade, para benefício próprio e para benefício da comunidade. Por ter criatividade e um alto nível de energia, o empreendedor demonstra imaginação e perseverança, aspectos que, combinados adequadamente, o habilitam a transformar uma ideia simples e mal estruturada em algo concreto e bem-sucedido no mercado (CHIAVENATO, 2007, p.7).
Um ponto de importância para a definição do termo empreendedor é sua diferenciação dos termos gerente ou administrador, onde as competências são especificamente separadas segundo suas características que podem ser observadas a seguir na Tabela 1, adaptada de Hisrich (1998) Apud Dornelas (2012).
Tabela 1 – Diferenças entre gerentes tradicionais e empreendedores
Temas Gerentes Tradicionais Empreendedores
Motivação Principal Promoção e outras recompensas tradicionais da corporação, como secretária, status, poder etc.
Independência, oportunidade para criar algo novo, ganhar dinheiro
Referência de tempo
Curto prazo, gerenciando orçamentos semanais, mensais etc. e com horizonte de planejamento anual
Sobreviver e atingir cinco a dez anos do negócio
Atividade Delega e Supervisiona Envolve-se diretamente
Status Preocupa-se com status e como é visto
na empresa Não se preocupa com o status
Como vê o risco Com cautela Assume riscos calculados
Falhas e erros Tenta evitar erros ou surpresas Aprende com erros e falhas
Decisões Geralmente concorda com seus
superiores
Segue seus sonhos para tomar decisões
A quem serve Aos outros (superiores) A si próprio e a seus clientes
Histórico familiar Membros da família trabalharam em grandes empresas
Membros da família possuem alguma empresa ou já criaram algum negócio
Relacionamento com
outras pessoas A hierarquia é a base do relacionamento
As transações e acordos são a base do relacionamento
Fonte: Adaptada de Hisrich (1998) Apud Dornelas (2012).
Visto, segundo Dornelas (2001), como um importante fator positivo para o desenvolvimento econômico e social, a definição de empreendedorismo diz respeito à execução de projetos sociais, políticos, empresariais, entre outros.
Drucker (2002), em seu livro Inovação e espírito empreendedor, enfatiza a importância do conceito citando o modelo econômico dos Estados Unidos, que ao longo dos últimos 10 a 15 anos tem se transformado. O autor define a economia americana como economia empreendedora e cita ainda o fato como: “O Acontecimento mais significativo e promissor ocorrido na história econômico-social recente” (DRUCKER, 2002, p. XV).
O ato de empreender consiste, segundo Drucker (2002), no movimento de maior importância para a atualidade pelo fato de afetar diretamente a economia de um país, além disso, embora muitos ainda defendam a antiga visão de que administrar é um “dom” ou uma característica repassada geneticamente, o autor afirma que isso na verdade é um mito. Segundo Timmons Apud Dolabela (2012, p.7) “o empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais do que a revolução industrial foi para o século XX”.
2.2 Empreendedorismo no Brasil
No fenômeno do empreendedorismo existe uma clara relação entre empreendedorismo e desenvolvimento econômico e social onde podemos destacar as ideias de Dornelas (2001, p.5): “são os empreendedores que estão eliminando barreiras comerciais e culturais, encurtando distâncias, globalizando e renovando os conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e novos empregos”. No Brasil existem várias organizações criadas com a intenção de fornecer conhecimento e fomentar a atividade empreendedora entre as quais podemos destacar o SEBRAE e a ENDEAVOR.
Além destas organizações existem também as incubadoras de empresas e outros projetos como a Oficina do Empreendedor que apresentam conceitos sobre o tema e auxiliam novos empreendedores em sua formação de know-how1 através de suporte técnico e do
desenvolvimento do conhecimento. Estes conceitos de acordo com Dolabela (2008) são
1 Know-How, conhecimento de normas, métodos e procedimentos em atividades profissionais, esp. as que
extremamente relevantes para o cenário atual brasileiro e para o desenvolvimento da atividade empreendedora no país.
O cenário nacional atual relacionado ao empreendedorismo não é dos piores, de acordo com o site Estadão, acessado em 21 de setembro de 2018, em 2013 o número de pessoas que empreendem por acreditarem que existe uma oportunidade de sucesso e não por falta de emprego ou por necessidade chegou a 71%, apresentando um crescimento extremamente relevante quando relacionados aos números do ano de 2002 que apresentavam apenas 42% dos empreendedores como empreendedores de oportunidade, o índice do ano de 2013 é recorde nos últimos 12 anos.
O site Estadão cita ainda o Brasil como líder, chegando em 2014 quase a 85% em número de empreendedores de oportunidade entre os componentes do Brics, onde Rússia, Índia, China e África do Sul apresentam números de 66%, 61%, 70% e 74%, respectivamente. O autor utilizou dados apurados em pesquisa realizada em 68 países pela GEM (Global Entrepreneuship Monitor) comandadas pela London Business School e Babson College. No Brasil é realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Patrocinada pelo SEBRAE.
2.3 Atitude, comportamento e empreendedorismo
Nada mais objetivo do que iniciar esta etapa com uma definição de ‘atitude’ que de acordo com Fishbein (1967) apud Lopez (2005), citados por Muniz (2008), trata-se de palavra derivada do latim e seu significado denota, pensar, sentir e reagir, de acordo com predisposições agregadas ao indivíduo devido a sua vivência de experiências, o que por sua vez, podem influenciar a maneira de agir em relação a determinado estímulo ou situação.
Muito da intenção de explicitar o conceito de atitude, conforme Sueiro Lopes (2005) surge da necessidade de estruturar cientificamente uma linha de pensamento que capacite predizer o comportamento social, sendo a atitude definida como a capacidade de responder a um fator psicológico com certo grau de positividade ou negatividade.
Para Rodrigues (1972) apud Lopes (2005, p.45) a composição da atitude ocorre pela relação entre os 3 elementos seguintes: 1°: componente cognitivo, 2°: componente afetivo e 3°: componente comportamental, onde o primeiro está ligado ao pensamento e crenças e relaciona-se ao aprendizado e à experiência do indivíduo, o segundo define-se pela avaliação dos sentimentos e emoções e reflete seu grau de aceitação e preferências de acordo com um
objeto em questão, enquanto que o terceiro, relaciona-se com a reação do indivíduo diante de um determinado fato. Assim, para Muniz (2008, p. 29):
A atitude quando combinada a uma situação específica desencadeia um resultado denominado comportamento. O comportamento é tido como a maneira que os indivíduos conduzem suas ações. Não se trata, apenas, daquilo que as pessoas acreditam ser correto, mas sim, a maneira que a sociedade espera que o indivíduo se comporte diante de uma dada circunstância. Refere-se à mudança, movimento, reação de qualquer entidade ou sistema em relação a seu ambiente ou situação.
Com relação aos empreendedores conforme Peacock (2000) apud Souza-Depieri (2005) não existe um conjunto característico de atribuições, ou uma ferramenta que possa predizer se o indivíduo é ou não empreendedor, no entanto, os empreendedores frequentemente possuem características similares.
McClelland (1972) apud Lopes (2005) a fim de identificar características do comportamento empreendedor, organizou em três dimensões algumas das principais características identificadas em indivíduos com grau de realização e desempenho profissional elevados, listando as conforme segue: realização, planejamento e poder.
A dimensão inovação aliada a estas dimensões, servirão como base para avaliação do nível de atitude empreendedora ao longo do levantamento e análise de dados deste trabalho, portanto cabe um maior aprofundamento em cada um destes tópicos, a fim de trazer informações claras e coerentes possibilitando suporte mais adequado para a análise dos dados, além desses tópicos será incluída uma rápida definição da dimensão motivação, que está presente como fator relevante utilizado para a criação do questionário de escolha múltipla que será utilizado no levantamento de dados em conjunto com o instrumento de medida de atitude empreendedora.
2.3.1 Realização
Para Lopes (2005) a dimensão da realização está ligada a capacidade do indivíduo em realizar tarefas vislumbrando sempre o aprimoramento, fatores vinculados a determinado processo, como a redução do tempo ou custo de produção, por exemplo, ao atuar nesta
dimensão o empreendedor busca constantemente a qualidade e a eficiência, almejando sempre as melhores alternativas para alcançar os objetivos desejados.
2.3.2 Planejamento
Esta dimensão abrange o estabelecimento de metas, acesso a informação, planejamento sistemático e acompanhamento das ações programadas. (SOUZA-DEPIERI, 2005). Conforme Lopez (2005) ao atuar nesta dimensão o empreendedor pretende gerir seu negócio com organização, captando informações de clientes, concorrentes e fornecedores e definindo objetivos e metas, agregando dessa forma conhecimento acerca do empreendimento, o que por fim contribui para a longevidade do negócio.
2.3.3 Poder
De acordo com Lopez (2005) nesta dimensão pautam-se a capacidade do empreendedor em influenciar resultados em benefício próprio, além da demonstração de independência, autoconfiança e persuasão, destaca-se também a capacidade de construção e manutenção do Network ao atuar nesta dimensão os empreendedores utilizam-se de sua autonomia, autoconfiança e responsabilidade diante de riscos, para mobilizar pessoal em prol da conquista de seus objetivos.
2.3.4 Inovação
Para Dornelas (2003) a inovação aborda as mudanças, almejando melhorias em processos existentes com o intuito de realizar tarefas de uma maneira diferenciada, criando o novo e transformando o que existe ao redor do indivíduo, esta dimensão subdivide-se em criatividade e inovação.
De acordo com Parkhursta (1999) apud Faria (2003) a criatividade refere-se à capacidade demonstrada por determinado indivíduo em criar maneiras novas para solução de problemas distintos ou a capacidade de criar novos produtos.
A inovação, conforme defendido por Drucker (1986) apud Oliveira (2001), deve ser difundida no meio organizacional como um importante fator ligado à sobrevivência do empreendimento no mercado, para estes autores existe a preocupação com a conscientização dos colaboradores no tocante à necessidade da inovação.
2.3.5 Motivação
De acordo com o exposto por Kanaane (2017) em diversas abordagens são atribuídos à motivação os conceitos de necessidade e expectativa, onde define-se que além de suas necessidades, os níveis de motivação sofrem influência das expectativas com as quais a pessoa percebe o ambiente, ainda para Kanaane (2017) a motivação corresponde “às ações selecionadas pelo indivíduo na busca do alcance de suas necessidades, e é influenciada por fatores inerentes à personalidade individual e por aqueles oriundos do ambiente e da herança genética.”
3 – METODOLOGIA
3.1 Procedimentos metodológicos
Visando o satisfatório alcance dos objetivos propostos por este estudo, que trata o levantamento de características empreendedoras do gestor e de sua influência para o sucesso do negócio, a pesquisa tem por finalidade expor em debate os dados para que se identifique a real interferência desses fatores no sucesso da empresa. De acordo com essa linha de raciocínio a pesquisa foi realizada utilizando se do método qualitativo descritivo.
Segundo Richardson (2015, p. 79) citado por Lakatos (2017) apud Marconi (2017), “o enfoque qualitativo difere do quantitativo por não empregar “um instrumental estatístico como base do processo de análise de um problema, bem como por não pretender numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas”. E prosseguem, “A pesquisa qualitativa é uma tentativa de compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção de medidas quantitativas de características ou comportamentos”.
“Em geral, pesquisas qualitativas preocupam-se em desenvolver conceitos mais que aplicar conceitos pré-existentes, estudar casos particulares mais que abarcar populações extensas e descrever os significados das ações para os atores mais que codificar eventos” (ZANELLI, 2002, p. 80).
Lakatos (2017) apud Marconi (2017) explicam a pesquisa descritiva como a que objetiva descrever as características de uma população, ou identificar relações entre variáveis. Trata-se de estudo de caso pois pretende entender o significado do sistema próprio do entrevistado, utilizando-se de dados qualitativos que objetivam retratar a realidade do caso de forma ampla, utilizando linguagem simples e enfatizando a interpretação do contexto, visando a descoberta, podendo apresentar diferentes pontos de vista em dada situação mediante comparação do conteúdo estudado com casos semelhantes, características estas atribuídas ao estudo de caso pelos autores Ludke Menga e Marli (1986), citados por Lakatos (2017) apud Marconi (2017).
Considera-se pesquisa com objetivo descritivo pelo fato de que, obtém registro, observa, analisa, classifica e interpreta os dados coletados, permitindo uma avaliação crítica ao comparar com outros casos que possuam alguma semelhança, características estas, que são atribuídas a este objetivo por Lakatos (2017) apud Marconi (2017). Para Triviños (1987)
citado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, (2009) “Este tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade.”
No desenvolvimento do trabalho foi utilizado um questionário com questões de escolha múltipla, opção que segundo Marconi (2017) apud Lakatos (2017) quando utilizada “proporciona exploração em profundidade quase tão boa quanto a de perguntas abertas”. Este questionário foi desenvolvido pelo autor e seu roteiro possui 30 (trinta) questões objetivas de escolha múltipla, sendo que cada uma dessas possui três opções de resposta que foram formuladas com o intuito de demonstrar qual é o grau de importância do tema tratado para o respondente utilizando a escala de Lickert onde (1) representa pouco importante, (2) representa importância média e (3) representa muito importante.
As questões abrangem temas considerados relevantes e que se correlacionam e complementam às dimensões utilizadas no instrumento de medida de atitude empreendedora que foi adaptado e aplicado em paralelo ao questionário. O questionário foi desenvolvido e transcrito na plataforma Google Forms, em 10/11/2018 as respostas foram registradas na mesma data às 22:31 horas, essa ferramenta foi escolhida por possibilitar uma facilidade de comunicação com a pessoa que o responde, trazendo agilidade e ganho de tempo na apuração dos dados.
O instrumento de medida de atitude empreendedora adaptado de Souza e Lopes (2005), traz 36 (trinta e seis) questões fechadas, utilizando múltipla escolha que ao utilizar a escala de Lickert, apresenta 5 opções de resposta, em que cada item a ser assinalado recebeu um valor numérico, sendo, (1) Nunca, (2) Raramente, (3) Às vezes, (4) Frequentemente, (5) Com muita frequência.
Ligado mais intensamente com a obtenção de dados voltados para a solução dos problemas relacionados aos objetivos gerais apresentados no item 1.3.1, o instrumento de medida de atitude empreendedora possui questões desenvolvidas com um viés ligado às características e atitudes tomadas pelo entrevistado no âmbito do empreendimento.
Para aplicação nessa pesquisa, o instrumento para medida de atitude empreendedora, adaptado de Souza e Lopes (2005), foi transcrito em 14/10/2018 para a plataforma online Google Forms, que proporciona uma maior flexibilidade na coleta das informações e permitiu que os dados fossem transmitidos com uma maior agilidade, o formulário foi respondido na data de 15/10/2018 às 09:38 e as respostas foram transcritas para este artigo a fim de possibilitar o tratamento dos dados e auxiliar na solução da problemática proposta.
A aplicação destas ferramentas, embasando-se nas dimensões apresentadas por McClelland (1972) apud Lopes (2005) em conjunto com a variável inovação e outras
variáveis, pretende auxiliar no levantamento de informações criando a uma base de dados, de onde se possa extrair as informações necessárias para o atingimento dos objetivos desta pesquisa, permitindo extrair e analisar o perfil empreendedor e o modelo de negócios estudado descrevendo sua influência no sucesso da organização.
3.2 Objeto de estudo: A empresa e seu gestor
A escola de idiomas CCAA Aquidauana, atua na área de ensino de idiomas há 18 anos na cidade de Aquidauana, a empresa passou por uma reestruturação há cinco anos, período em que houve a construção de sua sede própria, que com 363 m² de área construída abriga atualmente suas instalações e equipe.
A empresa está localizada no centro do município de Aquidauana, e em sua sede própria, atende atualmente 221 alunos devidamente matriculados sendo destes, 193 alunos estudantes de inglês e 28 estudantes de espanhol em seus diversos níveis, em sua maioria o público ativo representa jovens na faixa etária entre 6 a 11 anos.
Com a trajetória de mais de uma década, a organização já passou por muitos momentos, tendo conhecido oscilações positivas e negativas em seu mercado de atuação, assim como diversas mudanças no cenário econômico em seus variados níveis. Estes fatos agregam experiências de alto valor ao dirigente que através da vivência prática e gestão atuante frente a oscilação dessas variáveis, nunca deixou de persistir e acreditar em seu negócio.
A empresa possui gestão eminentemente familiar e o proprietário não está integralmente vinculado ao negócio, fato que se justifica pela dedicação também a outra atividade em que o dirigente possui função de gerência administrativa atuando em empresa privada na região. Atualmente a gestão é realizada em paralelo com sua esposa, que está a frente da execução das tarefas e maioria das rotinas diárias.
Apesar de não estar presente em tempo integral, o proprietário considera-se totalmente participativo e é o principal responsável pela tomada de decisão, planejamento estratégico e criação de ferramentas, direcionando esforços para que sua equipe realize as tarefas necessárias para o sucesso do negócio.
3.3 Tratamento de dados
As respostas obtidas através das ferramentas utilizadas foram sintetizadas em tabelas que serão demonstradas, analisadas e comentadas separadamente ao longo da etapa resultado e discussão.
4 – RESULTADO E DISCUSSÃO
O instrumento para medida de atitude empreendedora, adaptado de Souza e Lopes (2005) possui como base para seu desenvolvimento o estudo de 4 dimensões que norteiam a criação das questões, as dimensões utilizadas são: Realização, Planejamento, Poder e Inovação. Além dessas dimensões, para o desenvolvimento do questionário de múltipla escolha foram incluídos tópicos que possuem ligação direta com as dimensões descritas acima, os tópicos que nortearam o desenvolvimento do questionário são: Motivação, Prática e dia a dia, Auto avaliação e senso crítico e Ferramentas utilizadas para o desenvolvimento contínuo.
4.1 Análise do questionário
Às respostas obtidas através do instrumento para medida de atitude empreendedora, foram expostas e analisadas a partir do item 4.1.1 até o item 4.1.4, enquanto que para as respostas obtidas através do questionário semiestruturado a demonstração e análise deu-se a partir do item 4.1.5 ao 4.1.8.
Todas as repostas foram analisadas através de comentários detalhados dos resultados, enfatizando os pontos de destaque positivos ou negativos detectados em cada dimensão que foram visualizadas separadamente com a intenção de trazer maior clareza e dinamismo para a avaliação dos resultados.
4.1.1 Realização
Esta dimensão analisa pontos que estão ligados à realização das mais diversas atividades demandadas pela empresa e busca o levantamento de informações que possibilitem identificar o nível de comprometimento do gestor com estas atividades. As questões relacionam-se diretamente com fatores como: quanto o empresário está disposto a se sacrificar pessoalmente para que as atividades fluam de maneira adequada? Qual o seu nível de envolvimento nas atividades da empresa? e até mesmo, qual a sua aceitação a riscos para que as tarefas sejam realizadas com eficiência?
Ao avaliar detalhadamente as respostas recebidas para a dimensão realização, visualize que esta traz ao respondente 9 perguntas relacionadas e através das respostas destacamos
quais, na visão do empreendedor, são seus níveis de comprometimento com relação a cada uma delas, conforme dados dispostos na Tabela 2.
Na linha demonstrativa do resumo total de respostas é perceptível que o respondente não apresenta respostas com os níveis 1 e 2 que denotam baixo índice de comprometimento com as questões propostas, e que estão transcritas como ‘Nunca’ ou ‘Raramente’ realiza ou se envolve com as atividades propostas.
Através das respostas obtidas verifica-se que 55,56 %, o que representa em números inteiros 5 das 9 questões, apresentam a indicação do alto nível de comprometimento, o que pressupõe que o empreendedor se envolve com muita frequência com estas atividades.
Tabela 2 – Dimensão Realização
1 2 3 4 5
1 - Exploro novas oportunidades de negócio.
2 - Assumo riscos para expandir meu negócio.
3 - Responsabilizo-me pela conclusão dos trabalhos nos prazos estipulados.
4 - Junto-me aos colaboradores nas tarefas para cumprir os prazos.
5 - Faço sacrifícios pessoais para concluir tarefas.
6 - Mantenho meus objetivos mesmo diante de resultados que não são
satisfatórios inicialmente.
7 - Renovo meus esforços para superar obstáculos.
8 - Emprego esforços extras para a conclusão de tarefas programadas.
9 - Assumo riscos com o intuito de superar a concorrência.
Resumo total para esta dimensão 0 0 1 3 5
Apesar de esse dado retratar uma boa avaliação, pode-se perceber que o entrevistado apresenta em 4 itens, pontos que podem ser melhorados nesta dimensão, sendo o item identificado com a numeração 2, que está ligado a propensão a aceitação de riscos o que apresenta a resposta com menor índice de envolvimento, indicando que às vezes existe o envolvimento com estas questões, dado que representa 11,11 % das respostas.
Nos itens 1, 5 e 6 que representam 33,33% das respostas, o empreendedor traz a informação de que frequentemente atua nessas questões, apesar de haver a indicação de que esses pontos são trabalhados com frequência, é perceptível que ainda há espaço para que exista um maior foco nesse tipo de atividade, estas perguntas estão relacionadas a novas oportunidades, sacrifícios pessoais e objetivos diante de resultados ruins.
A dimensão planejamento analisa o estabelecimento de metas, busca de informações e o planejamento de diversas atividades existentes na organização sejam no âmbito comercial, administrativo ou qualquer outra atividade que seja demandada. Ao avaliarmos esta dimensão, é nítida uma altíssima aderência do empreendedor a este aspecto do negócio, a dimensão apresenta 13 questões relacionadas ao assunto que abrangem alguns itens importantes do negócio como estratégia, objetivos e metas, padrões de qualidade e risco, conforme os dados verificados na Tabela 3.
Nesta dimensão, as respostas do empresário apresentam em sua totalidade o nível máximo de envolvimento com os assuntos pontuados, o que acaba por transparecer que o planejamento do negócio é tratado como um dos pontos fortes na estratégia do negócio do empreendedor. Em 100% das perguntas foi assinalada a opção 5, o que indica que o respondente se envolve com muita frequência com todos estes aspectos do trabalho.
Tabela 3 – Dimensão Planejamento
1 2 3 4 5
1 - Mudo de estratégia se necessário, para alcançar uma meta.
2 - Defino metas de longo prazo, claras e específicas.
3 - Adoto procedimentos para assegurar que o trabalho atenda padrões de
qualidade previamente estipulados.
4 - Busco obter informações sobre possíveis clientes.
5 - Faço projeções claras para o futuro do meu negócio.
6 - Reviso continuamente objetivos de curto prazo.
7 - Busco informações sobre meu ramo de atividades em diferentes fontes.
8 - Consulto meus registros de controle antes de tomar decisões.
9 - Planejo as atividades do meu negócio subdividindo tarefas de grande porte
em subtarefas.
10 - Defino continuamente objetivos de curto prazo.
11 - Ajo antes de ser pressionado pelas circunstâncias.
12 - Costumo calcular o risco envolvido nos negócios que faço.
13 - Calculo os riscos antes de novos investimentos.
Resumo total para esta dimensão 0 0 0 0 13
Destaca-se os pontos em que o empreendedor demonstra sua capacidade de se antecipar a circunstâncias que possa lhe pressionar de alguma forma, sua capacidade de flexibilização quando aponta que pode mudar sua estratégia quando necessário para atingir uma meta e também a revisão contínua de objetivos o que o possibilita adequar-se à realidade atual independente da influência de fatores externos.
A dimensão poder avalia através de suas questões a percepção do empresário em relação a assuntos como o estabelecimento de redes de contato, persuasão, liderança, independência e autoconfiança, objetiva também trazer à tona informações relevantes sobre a capacidade do empreendedor em estimular pessoas, além de outras relacionadas às suas competências interpessoais. A Tabela 4 expõe os resultados obtidos.
No total de 8 questões, o empreendedor transcreve através de suas respostas seu nível de comprometimento e envolvimento com cada um dos assuntos abordados, fica visível que em 50% de suas respostas o empresário alega envolver-se com muita frequência com as atividades, fato exposto através das respostas atribuídas às questões de numeração 2, 4, 7 e 8.
Tabela 4 – Dimensão Poder
1 2 3 4 5
1 - Utilizo contatos pessoais para atingir meus objetivos.
2 - Confio na minha capacidade de superar desafios.
3 - Utilizo estratégias deliberadas para influenciar pessoas 4 - Assumo a responsabilidade pela resolução de problemas que possam
prejudicar o desempenho do meu negócio.
5 - Considero-me principal responsável pelo desempenho do meu negócio. 6 - Confio na minha competência como fonte do sucesso do meu negócio.
7 - Estimulo o espírito de equipe entre meus funcionários
8 - Estimulo a participação dos funcionários na busca pela solução de um
problema.
Resumo total para esta dimensão 1 1 0 2 4
Em contrapartida é nítida a não aderência ao tema tratado na questão de número 1, representando 12,50% das respostas, questão esta que trata da utilização de contatos pessoais para atingir objetivos, fato em que o empreendedor alega nunca se envolver. Além disso ao ser questionado sobre a utilização de estratégias deliberadas para influenciar pessoas o respondente assinala a resposta de número 2 o que denota o fato de que o mesmo raramente utiliza-se deste tipo de atitude, dado que representa também 12,50% das respostas.
Conforme transcrito nas questões 5 e 6 que abordam assuntos relacionados à confiança em suas competências para o sucesso do negócio e a percepção de sua responsabilidade pelo desempenho do negócio, estas opções receberam como resposta a alternativa de número 4 e representam 25% das respostas do empreendedor nesta dimensão, nos permitindo extrair a informação de que frequentemente o empreendedor acredita nesses fatores como diferenciais competitivos, porém é perceptível que apesar desta frequência existir esta crença poderia ainda avançar em 1 nível, que é representado no caso pela resposta de número 5.
4.1.4 Inovação
A dimensão inovação destaca a inovação e a criatividade, com 6 questões esta dimensão aborda assuntos relacionados à capacidade de criação de processos e novas ideias para a realização de tarefas e solução de problemas. Verifica-se que em 75% das questões o que representa 4 do total de 6 respostas, o empreendedor indica possuir um altíssimo grau de envolvimento com os assuntos, mais especificamente nas questões de identificação 2, 3, 5 e 6, em que as respostas denotam que tais pontos são trabalhados com muita frequência, conforme exposto na tabela 5.
Tabela 5 – Inovação
1 2 3 4 5 1 - Implemento novas ideias com o objetivo de melhorar a qualidade do meu
negócio.
2 - Busco novas maneiras de realizar tarefas
3 - Busco novas soluções para atender necessidades de clientes.
4 - Procuro criar novos serviços
5 - Desenvolvo ideias novas para a solução de problemas
6 - Crio novas rotinas, objetivando a melhoria do desempenho do meu negócio.
Resumo total para esta dimensão 0 0 0 2 4
No restante dos itens tratados através das questões 1 e 4 que representam 25% das respostas, o empreendedor demonstra frequentemente atribuir esforços a estas atividades, embora fique claro que esta dimensão trata também de um de seus pontos fortes ainda é possível que o empresário aumente um pouco seu nível de comprometimento mais especificamente com esses pontos específicos.
4.1.5 Motivação
Esta dimensão tem o propósito de levantar informações sobre aspectos que foram ou que atualmente são decisivos para que o empreendedor se mantenha sempre motivado e que possam motivar sua equipe focando sempre em seus objetivos principais, com 6 questões, as respostas desse item refletem o grau de importância atribuído a este assunto pelo empreendedor. As respostas de 4 de um total de 6 questões ou 66,67% das respostas receberam atribuição da resposta de número 3 que representa maior grau de importância ao assunto, conforme se verifica na Tabela 6.
Tabela 6 - Motivação
1.1 - Como surgiu a ideia de se tornar um empreendedor e o que o motivou a acreditar em sua ideia e colocá-la em prática?
1 - Nunca pensei em empreender, as coisas foram acontecendo e por acaso acabei adquirindo o empreendimento motivado apenas pela oportunidade de aumentar meus ganhos financeiros. 2 - Sempre tive interesse pela área de administração de empresas e tive a sorte de encontrar esta oportunidade, porém isso anteriormente não era a principal prioridade em minha vida.
3 - Sempre sonhei em empreender, durante toda vida busquei informações, e sempre me motivei pela capacidade de realização que isso pode trazer, se não houvesse essa oportunidade certamente eu buscaria outra para empreender.
1.2 - Você procura estabelecer metas em sua empresa? Quais são os fatores motivacionais mais influenciáveis para a definição e cumprimento de suas metas?
1 - Nunca trabalho com metas, acredito que elas não agregam em nada e não têm influência direta nos resultados, assim não perco tempo tentando motivar ou influenciar pessoas a trabalharem por meus objetivos.
2 - Considero importante traçar e acompanhar metas, porém não me importo se estão claras para quem precisa atingi-las, sempre pressiono os colaboradores através de reuniões para que façam mais sem oferecer nenhum incentivo extra, alem do mais estes já recebem seu salário para desenvolver esse trabalho.
3 - Tento buscar o equilíbrio definindo metas atingíveis de curto médio e longo prazo, e trabalhando-as em conjunto tento motivar os funcionários com o oferecimento de benefícios extras, como: premiação em dinheiro, viagens, dias de folga, entre outros.
1.3 - Quais são suas principais fontes de informação e que tipo de informação você considera relevante para auxiliar a tomada de decisão frente a sua empresa?
1 - Não valorizo muito as informações, procuro mais objetividade, para atingir os aspectos que eu considero importantes sem sofrer influência de qualquer informação interna ou externa. 2 - Acredito que atuar em uma empresa pequena, as informações globais exercem menor influência do que as informações locais, portanto descarto dados que não venham do cenário em que atuo, procuro ler jornais locais e utilizo fonte de dados internas para a tomada de decisão.
3 - Toda informação tem seu valor, sempre me pauto na consolidação do cenário global, junto as informações internas sobre diversos aspectos, visando sempre estar preparado para encarar os desafios.
1.4 - Você tem interesse por assuntos acadêmicos em sua área de atuação, palestras, workshops, feiras e eventos relevantes às suas atividades?
1 - Não tenho interesse algum, acredito que devo voltar minha atenção para assuntos práticos do dia a dia a fim de focar em aspectos mais importantes como aumento de receitas.
2 - Tenho interesse e sempre que possível, participo de eventos, feiras, reuniões e/ou outras atividades que podem agregar no meu conhecimento a respeito da minha área de atuação. 3 - Para mim isso é muito importante, procuro estar atualizado a todo tempo e participo de tudo o que tem alguma ligação com meu ramo de atuação, sempre que tenho disponibilidade.
1.5- Você possui interesse nas áreas sociais ou de desenvolvimento sustentável, de onde surgiu o interesse e quais são as ações praticadas para o desenvolvimento dessas ideias caso existam?
1 - Não considero este um tema relevante para uma escola de idiomas, procuro focar em outros fatores de maior relevância para o aumento da receita, acredito que por atuar em uma pequena empresa, minha participação não tem relevância para estes fatores.
2 - Temos ações pontuais, que são exercidas com uma frequência moderada, acredito que as ações de minha empresa apesar de não representar muito com relação ao cenário social/sustentável local, possuem relevância já que toda ação social deve ter sua importância reconhecida.
3 - Independente da minha realidade atual em outros aspectos, sempre tenho pessoas desenvolvendo ações nesse sentido, e com muita frequência coloco em prática este trabalho,
conheço a relevância que as empresas possuem para o fator social e sustentável.
1.6 - Seu trabalho é feito sempre com base numa visão de longo prazo, ou acredita que as ações de curto prazo consolidadas, geram maiores benefícios.
1 - Procuro sempre viver o hoje, trazendo esforços para as ações de curto prazo, acredito que estas é que realmente fazem a diferença no negócio.
2 - Trabalho tantas ações de curto, médio e longo prazo, porém não há uma forte ligação entre estas, que são acompanhadas sempre em sua individualidade.
3 - Acredito que a consolidação programada de pequenas ações de curto e médio prazo, é a melhor alternativa proporcionando um controle mais completo e efetivo da organização no longo prazo.
Através das respostas é possível identificar também as questões 1.4 e 1.5 a que são atribuídas importância média, o que representa 33,33% das respostas para este tópico. Destaca-se de acordo com as respostas obtidas que o empreendedor sempre sonhou em empreender, mostrando-se motivado desde o início do negócio, porém é possível extrair também que sua principal motivação não provém de seu interesse pela realização de ações sociais ou por assuntos acadêmicos eventos feiras.
Analisando a resposta escolhida para a questão de número 1.2, percebe-se que o empresário utiliza como fator motivacional para sua equipe a definição de metas atingíveis e o oferecimento de benefícios extras como premiações, viagens e dias de folga, para aqueles mais engajados em seu atingimento, de acordo com suas ferramentas para medição da produtividade.
4.1.6 Prática e Dia a Dia
Abordando assuntos variados nesta variável busca se dar enfoque à assuntos do dia a dia que possuem importância para qualquer organização, assim como levantar informações a respeito de algumas tarefas realizadas no início da carreira do empreendedor. É possível identificar através das respostas que o empresário respondeu a 7 das 8 questões relacionadas a esta variável atribuindo-as o maior grau de importância, o que representa 87,50% das respostas, fato que é demonstrado na Tabela 7.
Tabela 7 - Prática e dia a dia
2.1 - No início de sua trajetória, você procurou desenvolver e implementar um plano de negócios bem elaborado para a mitigação dos riscos do negócio e para o desenvolvimento pleno de sua empresa?
1 - Não, como iniciei por acaso, não me preocupei com o levantamento de informações e com a elaboração de um plano detalhado de negócios, as coisas foram se ajustando ao longo do tempo.
2 - Procurei levantar informações relevantes a respeito de faturamento, número de alunos, os custos do negócio, porém nada foi documentado, sendo apenas avaliado informalmente.
3 - Possuo tudo documentado, efetuei uma pesquisa detalhada dos mais variados aspectos relativos aos meus futuros desafios a fim de realizar uma gestão com o a máxima eficiência. 2.2 - Quando iniciou suas atividades no CCAA Aquidauana você possuía recursos próprios? Caso a resposta seja não, como arrecadou os recursos necessários para a realização do projeto?
1 - Não, todo o valor foi levantado através de instituições de crédito ou negociado com o antigo proprietário.
2 - Possuía parte do valor, outra parte foi levantada junto a instituições de crédito e financiamento.
3 - Eu possuía na época uma reserva financeira, específica para esta finalidade.
2.3 - Como você avalia seu mercado de atuação, você acredita que conhece bem seus concorrentes? Caso responda que sim, quais as estratégias e ferramentas utilizadas para a realização dessa análise?
1 - Não dou importância para este aspecto, acredito que o sucesso está ligado a minhas ações, e não é influenciável por ações externas de meus concorrentes.
2 - Acredito que conheço superficialmente os concorrentes, apesar de considerar um aspecto importante, não tenho utilizado ferramentas específicas para levantar informações a respeito.
3 - Procuro sempre estar atualizado a respeito da concorrência e do meu cenário de atuação, a fim de estar sempre à frente na tomada de decisão, utilizo ferramentas bem definidas para levantar estes dados.
2.4 - Você possui uma definição teórica exata de quais são os clientes alvo de sua empresa, a fim de definir estratégias de marketing mais assertivas? Você acredita que esse fator tenha relevância e destaque suficientes para influenciar o faturamento de sua organização?
1 - Não tenho muita preocupação com esse aspecto, faço propaganda para o público de maneira geral, e sempre tem dado certo, não acredito que haja ligação direta desse aspecto com o faturamento da empresa.
2 - Tenho uma definição clara de meu público alvo, e tenho consciência da relevância dessas informações para a definição de uma estratégia de marketing mais assertiva, porém não acredito da influência do tema no faturamento da empresa.
3 - Trabalho as estratégias de marketing sempre com base em meu público alvo que é bem definido, e acredito que isso possa impactar diretamente no faturamento da empresa.
2.5 - Você costuma fazer promoções ou eventos para atrair o público em geral, incentivando-o a conhecer o seu negócio a fim de se tornar um novo cliente?
1 - Acredito que a pessoa que quer utilizar nossos serviços mais cedo ou mais tarde, irá nos procurar, independente de realizarmos estas ações ou não, portanto, procuro focar em outras ações mais relevantes.
2 - Sempre ofereço promoções para novos alunos, preços diferenciados no primeiro mês, ou algo do tipo para que haja esse incentivo.
3 - Sempre incentivo o cliente a nos fazer uma visita, seja através das estratégias traçadas para a divulgação dos serviços, promoções ou até mesmo pela divulgação da possibilidade de aulas experimentais.
2.6 - Você costuma implementar metas para vendas, faturamento, qualidade etc.? Como é feito o acompanhamento e controle da execução?
1 - Possuo metas apenas para a área de vendas de materiais e captação de novos clientes, devido a sazonalidade do negócio o acompanhamento é feito apenas no início do semestre, que é o momento de matriculas e entrega de materiais.
2 - As metas para vendas sempre tem maior importância na empresa e são acompanhadas com maior frequência, para o faturamento não há um objetivo, e a qualidade não tem tanta relevância para o negócio haja visto que nossos contratos possuem cláusulas de multa por desistência, fidelizando os clientes, o acompanhamento não tem uma periodicidade e estrutura bem esclarecida.
3 - Todos esses aspectos merecem atenção, a qualidade na prestação dos serviços é considerada tão importante quanto a geração de receita, por tratar-se de forte variável relacionada a fidelização e satisfação dos clientes, os acompanhamentos possuem períodos bem definidos e
estruturados.
2.7 - Com relação a seus fornecedores, como você lida com a compra de materiais, faz levantamento de preços e avalia as variações em busca do melhor preço, ou acredita que por ser um prestador de serviços, os materiais de uso diário não possuem relevância devido a sua baixa utilização?
1 - Não temos um grande fluxo de compra de materiais, portanto por se tratar de poucos produtos de limpeza e escritório, não damos importância a esse aspecto.
2 - Os materiais revendidos aos alunos do curso são adquiridos diretamente da franquia e não há abertura para negociação de preços, e para os materiais de uso diário, não há necessidade de realizar cotações, pois o baixo nível de aquisição, torna isso irrelevante para o caixa da empresa.
3 - Tudo o que adquirimos como material de limpeza e escritório, possui um processo de cotação de preços local a fim de reduzir custos desnecessários, tudo o que é adquirido demanda dinheiro e possui relevância para o fluxo de caixa e faturamento da empresa.
2.8 - Você ou a franquia a qual sua empresa está vinculada possuem algum método para controlar a qualidade dos serviços prestados, caso a resposta seja sim como é feito este controle?
1 - Não existe um método claro para esse acompanhamento, sempre que existe alguma insatisfação esperamos a manifestação dos clientes, não existe um canal ou ferramenta para controlar a qualidade dos serviços.
2 - Não existe uma ferramenta formalizada para isso, porém procuramos informalmente estar sempre em contato com nossos clientes a fim de identificar e corrigir eventuais falhas relacionadas a estas variáveis.
3 - Utilizamos ferramentas bem definidas a fim de medir a qualidade dos serviços além de canais de diálogo abertos para os clientes, utilizamos pesquisas de satisfação periodicamente, onde diversos aspectos são questionados.
Observa-se através dos dados coletados que o empreendedor atribuiu a apenas 1 das respostas o valor 2 que representa um nível de importância médio o que representa 12,50% das respostas, a questão trata do início da carreira como empresário e detectou-se que o mesmo não possuía recursos satisfatórios para o investimento necessário à época tendo que recorrer parcialmente a recursos de terceiros.
Em todas as outras questões deste tópico foram atribuídas a opção de resposta de número 3, que nos traz a informação de que o respondente atribui a assuntos como planejamento do negócio, avaliação de mercado, estratégias de marketing e qualidade dos serviços, entre outros, um alto grau de importância.
4.1.7 Auto avaliação e senso crítico
Busca-se nessa dimensão revelar a percepção que o empresário possui de si mesmo, com o objetivo de alimentar e enriquecer o trabalho com um maior número de dados sobre como o empreendedor se vê através de uma autocrítica, as questões são pessoais e foram formuladas intencionalmente dessa maneira para que seja possível a extração de informações referentes a características pessoais que possam ter relevância nas ações como empresário. As respostas podem ser verificadas através da Tabela 8.
Através de 66,67% suas respostas o que representa 6 respostas do total de 9, o empresário escolheu as alternativas de número 3 que atribuem alto grau de importância aos assuntos mencionados, a seguir a tabela 8 nos mostra os detalhes para avaliação.
Tabela 8 - Auto avaliação e senso crítico
3.1 - Você se considera um empreendedor de sucesso? Qual o seu conceito de sucesso?
1 - Não me considero um empreendedor de sucesso, pois ainda não atingi o faturamento que sempre imaginei alcançar, e minha definição de sucesso está diretamente ligada a realização financeira.
2 - Me considero relativamente um empreendedor de sucesso, pois apesar de estar em uma situação confortável atualmente, sei que posso ir além, para mim o sucesso está ligado não apenas ao sucesso nas finanças, mas a um agrupamento de realização em diversas áreas de nossa vida.
3 - Hoje posso dizer que sou uma pessoa de sucesso, pois já atingi todos os objetivos que sonhei até o momento e apesar de saber que posso fazer mais, sou uma pessoa realizada pelo que consegui criar empreendendo até o momento, sucesso para mim está mais ligado a realização pessoal do que ás finanças.
3.2 - Você acredita que pode mudar a sua vida e contribuir para o desenvolvimento social da região de Aquidauana e Anastácio através de seu trabalho?
1 - Acredito que não somos donos do nosso destino e não podemos mudar as coisas, apesar de acreditar que todo papel social tem seu valor, o desenvolvimento social local não é o principal foco do meu negócio.
2 - Nem tudo pode ser alterado, portanto acredito que posso influenciar positiva ou negativamente alterando parcialmente os rumos da minha vida, com relação ao desenvolvimento social não consigo enxergar grandes contribuições por parte do meu negócio.
3 - Penso que todas as ações refletem em algo e posso sim mudar minha vida e contribuir socialmente para a região, haja visto que uma empresa apenas por gerar empregos já está realizando um papel social extremamente relevante para o ambiente em que está instalada. 3.3 - Você se considera participativo nas atividades de sua empresa, mesmo com as dificuldades de estar dedicado a outra função e trabalhando para outra empresa do setor privado?
1 - Pouco participativo, gostaria de atuar mais, porém não tenho tempo disponível e os horários não são compatíveis
2 - Tenho uma participação mediana, sempre procuro atuar, porém nem sempre é possível, gostaria de estar mais presente.
3 - Muito participativo, apesar das dificuldades sempre me faço presente e procuro acompanhar tudo de perto.
3.4 - O fato de empreender exerce influência positiva ou negativa em seu relacionamento familiar? Como você encara estes assuntos e como lida com isso?
1 - A influência é tanto positiva quanto negativa e sempre acabo perdendo o controle e misturando as coisas, procuro direcionar os pensamentos para o momento adequado, mas nem sempre é possível.
2 - Ás vezes a influência positiva ou negativa pode ocorrer, porém sempre procuro equilibrar as ideias a fim de facilitar as relações tanto em casa quanto no trabalho.
3 - Não me deixo influenciar, procuro sempre separar as coisas e me distanciar de pensamentos que possam trazer os problemas do trabalho para o ambiente familiar.
3.5 - Você se considera flexível e dinâmico em suas relações de trabalho? Quanto você considera estes fatores relevantes para o seu sucesso e para o sucesso de sua empresa?
1 - Sou sempre muito flexível, a ponto de ás vezes perder a credibilidade por não tratar as situações com a devida firmeza, acredito que esse fator é irrelevante para meu sucesso.
outra pessoa possa interferir na minha maneira de gerir o meu negócio.
3 - Defendo sempre o equilíbrio, é muito importante ter flexibilidade de forma positiva, não permitindo que esta afete resultados negativamente, esse aspecto tem sua importância para o sucesso.
3.6 - Em algum momento você já pensou em desistir de empreender?
1 - Sempre penso em desistir, às vezes penso que empreender não é para mim e que foi um erro investir nessa empresa.
2 - Ás vezes, em momentos críticos isso já me passou pela cabeça, mas não penso muito nisso. 3 - Nunca pensei em desistir, ter meu negócio sempre foi meu sonho e não me vejo sem esta empresa para administrar
3.7 - Diante dos conceitos atuais de liderança e sua comparação com o perfil de chefe, você se considera um chefe ou um líder? Você acredita que sempre possuiu estas características ou sua experiência ao longo do tempo juntamente com estudos e análises técnicas lhe ajudou a chegar a tais características?
1 - Me vejo como um chefe, pois meu perfil está menos ligado a características de liderança do que da chefia, acredito que minha vivencia prática me ajudou a formar este perfil.
2 - Procuro exercer a liderança e não ser um chefe a moda antiga, e acredito que sempre possuí estas características.
3 - Procuro sempre liderar e acredito sempre tive uma facilidade devido a meu perfil, porém minhas experiências contribuíram para aprimorar essas características.
3.8 – Como você encara as críticas a seu respeito e a respeito da forma como administra seu negócio? Possui habilidades para lidar com a situação e utilizar as informações de forma favorável a seu próprio desenvolvimento?
1 - Não acredito que as críticas possam agregar valor a meu trabalho como empreendedor, não tenho habilidade alguma para lidar com isso.
2 - Acredito que algumas críticas, podem ser importantes para que possamos melhorar em algum aspecto, porém não sei lidar com isso de uma maneira adequada.
3 - Considero às críticas tão importantes quanto os elogios, e minhas experiências me proporcionaram criar um filtro mental para tratar aquelas que realmente têm relevância, costumo lidar muito bem com isso.
3.9 - Você acredita que um empreendedor possa ser formado através do conhecimento teórico, através do estudo das habilidades empreendedoras, ou considera que esta característica seja um dom para poucos?
1 - Um empreendedor deve ter o "dom" para que exerça bem ser trabalho, caso contrário, não importa o quanto se capacite, não conseguirá atingir altos níveis de desempenho.
2 - Qualquer pessoa pode certamente através do estudo, do conhecimento teórico e da vivência prática, tornar-se um empreendedor de sucesso mesmo que não tenha um perfil totalmente compatível com esta habilidade.
3 - Acredito que a pessoal precisa possuir uma personalidade compatível com a execução das tarefas relacionadas a atividade de empreender, entretanto, se houver um aprimoramento teórico através do estudo, este indivíduo poderá atingir níveis de desempenho que dificilmente poderão ser atingidos por outros.
Em 33,33% das respostas é verifica-se que o empreendedor atribui às respostas a opção de número 2 que traz o grau de importância mediano, contrastando com os 66,67% das respostas com a escolha da opção 3,entre estas destacam-se entre os assuntos, a influência do exercício de empreender em seu ambiente familiar e vida pessoal e a possibilidade de desistência do empreendimento, e sua visão com relação ao próprio sucesso.
