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PROJETOS CULTURAIS: MITOS E REALIDADES

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Academic year: 2021

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RIO

PROJETOS CULTURAIS:

PROJETOS CULTURAIS:

MITOS E REALIDADES

MITOS E REALIDADES

(2)

NOSSA PROGRAMAÇÃO

1ª Parte Alguns mitos e realidades sobre a Cultura e o

Marketing Cultural

2ª Parte Projetos Culturais: Planejamento e modelos

(3)

I

I -- PORQUE PORQUE ÉÉ IMPORTANTE REFLETIR?IMPORTANTE REFLETIR?

"O MUNDO É OPACO PARA A CONSCIÊNCIA INGÊNUA QUE SE DETÉM NAS PRIMEIRAS CAMADAS DO REAL. A OPINIÃO AFASTA A ESTRANHEZA ENTRE O SUJEITO E A

REALIDADE. A PESSOA JÁ NÃO SE ESPANTA COM NADA, VIVE NA OPACIDADE DAS

(4)

Mas só merece o esforço de ruptura e re-construção que o conhecimento exige, aquilo em que reconhecemos valor e com o

qual criamos identidade.

Este Seminário pressupõe uma adesão ética, política e profissional a seus termos

geradores, a cultura, o marketing e o desenvolvimento.

(5)

II

II -- ALGUNS MITOS E MUITOS ENGANOSALGUNS MITOS E MUITOS ENGANOS

Existem Mitos e mitos.

Na primeira grafia, Mitos são narrativas simbólicas que transmitidas de geração a

geração oferecem explicações sobre a condição humana e a ordem das coisas naturais e sociais.

Na grafia minúscula quer dizer algo fantasioso, irreal, fruto de uma imagem simplificada e

distorcida da realidade. Elaborada e aceita pelos grupos sociais e instituições, acabam por ter um

expressivo papel na definição de

comportamentos e construção da visão de mundo.

(6)

No campo da cultura e dos negócios não

poderia ser diferente. Convivemos com vários mitos que dificultam nossas relações e nossos

projetos.

Desconstruí-los pode ser uma forma de superá-los.

(7)

O CARÁTER INDISPENSÁVEL DA CULTURA

A Cultura não é um acessório. É condição para

sintaxe humana

( a lógica que rege nossas relações ) semântica humana

(8)

UMA DIMENSÃO SOCIAL

que torna a Cultura indissociável à idéia da construção da cidadania, emancipada do formalismo burguês e pensada como práticas

sociais que oferecem a experiência da inclusão e o sentido do pertencimento

UMA DIMENSÃO ECONÔMICA

que reconhece a Cultura como geradora de empregos, de salários, produtora de renda. A

(9)

A importância da Cultura reside também em 3 outras dimensões convergentes:

DIMENSÃO POLÍTICA

¾ institui a vida coletiva e, portanto, funda o público

¾ na atualidade há um deslocamento dos conflitos políticos do âmbito ideológico para o campo da cultura ¾ é um instrumento eficiente de legitimação do Estado contemporâneo

(10)

ACELERAMENTO DAS MUDANÇAS, GLOBALIZAÇÃO E A CULTURA

Toda Cultura possui uma dinâmica própria de transformação. Não existe cultura estática. A relação entre mudança e permanência resulta da interação – tensa, conflituosa, ambígua – entre os elementos dinâmicos internos e externos de uma sociedade, de um grupo, de uma instituição.

2 riscos de análise :

o elogio da tradição

(11)

A INDUSTRIA CULTURAL E

A CULTURA DO ENTRETENIMENTO

A predominância do consumo sobre a produção no campo cultural gera uma ditadura da renovação e do divertimento.

A relação entre artistas, público, mídia e financiadores passa a ser dominada pelos valores da indústria do entretenimento.

A Cultura passa a ser considerada como uma experiência de suspensão temporária da rotina, limitando-se como mercadoria e serviço de lazer

(12)

Entretanto,

¾apesar de planetário, o processo não se desenvolve

de forma uniforme e linear

¾apesar de gerar uma cultura internacional-popular

homogeneizada, não elimina as diferenças

¾apesar de instituir a multiplicidade como discurso e

valor, não consubstancia um pluralismo cultural, posto que tais diferenças são ajustadas pelo poder do mercado

A globalização não é uma ideologia,

apesar de se configurar também como tal. É uma realidade ímpar de compressão espaço-temporal,

de integração econômica e de fragilização dos estados-nação.

(13)

O desafio parece ser:

¾ reconhecer o consumo como prática cultural

estruturante de identidades contemporâneas

¾ estabelecer limites éticos, políticos, sociais e

econômicos que, coletivamente construídos, possam estabelecer as fronteiras e as

interseções entre o campo das artes e dos negócios

(14)

¾ experimentar as múltiplas possibilidades de

associação produtiva e sustentável entre turismo e cultura, tecnologia da informação e

cidadania, arte e diversão

¾ estabelecer princípios e processos

compensatórios à perda de eficácia das formas tradicionais de participação dos cidadãos e à exclusão ou discriminação na participação no

(15)

A CULTURA DAS MARCAS E AS MARCAS DA CULTURA

A importância das marcas cresce na direta proporção da transformação da Sociedade da

Produção em Sociedade da Informação

O culto às marcas dessubstancializa a já desigual relação entre quem produz e quem consome, instaurando um tipo de sociabilidade em que o

imaginário delirante se impõe à subjetivação simbólica

(16)

Mas é preciso discernimento crítico:

a Cultura não reproduz de forma imediata o dado infra-estrutural da economia:

¾ A Contemporaneidade não se explica através

da unicidade e da unilinearidade dos processos

¾ A complexidade, a ambiguidade, as tensões e

contradições transformam experiências que não se fecham em circuitos exclusivos e tradicionais, mas que também não se rendem ao elogio barato e à adesão fast-food às marcas, em alternativas e apostas

(17)

Os movimentos de cidadania virtual, as experiências de sociabilidade através do funk, do hip-hop e do skate, as ações de voluntariado e empreendedorismo juvenil, as grifes sociais, as fundações ligadas às empresas, as associações de amigos das artes, são exemplos destas alternativas

(18)

MARKETING CULTURAL NÃO É UMA

ESTRATÉGIA DE SEDUÇÃO ATRAVÉS DAS ARTES

O objetivo do Marketing não é fazer com que o consumidor “fique com o produto por uma noite”. É fazer com que o cliente se identifique com a marca e seus atributos e como consequência realize a opção por consumir seus produtos

Assim, se a Publicidade trabalha a dimensão da sedução e da paixão, o Marketing busca algo tão subjetivamente poderoso quanto, mas que resulte num envolvimento duradouro

(19)

O Marketing Cultural não foge a essas regras. Enquanto uma estratégia diferenciada de comunicação, transforma o tradicional mecenato e o patrocínio às artes e à cultura em uma engenhosa estratégia de negócios que, diferentemente de outras, visa garantir imagem, conceitos, valores e retornos financeiros a médio e longo prazo

Com o MKT Cultural há uma dupla e radical transformação.

¾ no campo do financiamento das artes e da

cultura a partir da década de 60 do Século XX marcado pela :

(20)

¾ a substituição do mecenato de estado por

políticas públicas

¾ a transformação do caráter personalizado do

mecenato privado em iniciativa corporativa

¾ no caso específico do Brasil, um declínio do

patrocínio e mecenato motivado pelas facilidades das leis de incentivo

(21)

¾ no campo da comunicação empresarial a partir da década de 80 do Século XX:

¾ a consolidação do imperativo das marcas

sobre a determinação do produto

¾ a crise de credibilidade e eficiência/eficácia

da publicidade convencional

¾ a emergência do que especialistas chamam

(22)

O MARKETING CULTURAL E A CRIATIVIDADE E SUBJETIVIDADE DA ARTE E DA CULTURA

A aproximação entre arte e marketing,

pressupõe a constatação e a competência em atuar considerando:

¾ a existência de um Mercado Cultural cada vez

mais competitivo

¾ a existência de um mercado consumidor cada

vez mais subjetivo na definição de suas (p)referências, mas mais exigente na satisfação de suas demandas

(23)

¾ as possibilidades de tratar a arte como produto

e negócio

Mas o encantamento ingênuo é um risco. Como afirma Millôr Fernandes

“Hoje, com a vitória do marketing sobre o talento, ninguém precisa ser nada para ser

(24)

MECENATO, PATROCÍNIO, INCENTIVO FISCAL E POLÍTICA PÚBLICA DE CULTURA

Existem pelo menos 3 tipos de investimentos privados em Cultura

O clássico Mecenato : uma ação beneficente que caracteriza uma relação de dependência e não

de investimento.

Muitos especialistas acusam a classe artística de manter viva uma “cultura do mecenato”, na medida em que “parece estar sempre em busca do pai generoso”

(25)

O Patrocínio que, a partir do Século XIX, agrega interesse corporativo ao mecenato e que se

consolida em meados do XX através do Marketing Cultural

E o Investimento Incentivado que, com as mesmas características do patrocínio cultural, realiza-se através de benefícios fiscais oferecidos pelo Estado.

(26)

No caso brasileiro algumas distorções

foram sendo produzidas na medida em que as práticas de Mecenato, Patrocínio e

Incentivo Fiscal passaram a ser utilizados como sinônimos:

1 - o risco de se transformar a participação da iniciativa privada na única ou mais importante fonte de financiamento da Cultura.

A lógica do mercado substitui a Política Pública, isentando o Estado de suas obrigações e

excluindo parte da produção artística e da cultura não comercial das possibilidades de financiamento

(27)

2 - consolida-se uma prática de transferência de recursos públicos para a iniciativa privada, sem o devido cuidado e obrigatoriedade de se cumprir objetivos públicos e coletivos junto às

estratégias de marketing privado

3 - fortalece-se uma relação perversa e endêmica, na qual artistas, empresas, Estado e sociedade saem perdendo coletivamente

(28)

As políticas públicas de cultura, não se

esgotam nos incentivos fiscais, possuem um escopo de atuação bem mais amplo. A grosso modo, devem garantir a :

¾ realização de eventos mas também a oferta de serviços culturais permanentes

¾ criação e manutenção de espaços culturais (infra-estrutura)

¾ proteção e promoção da memória e do patrimônio cultural

¾ apoio à produção e à difusão de bens culturais

¾ formação de recursos humanos artísticos e culturais ¾ realização de intercâmbio cultural

¾ integração da política cultural com outras políticas públicas

¾ produção de informações e indicadores de desenvolvimento cultural.

(29)

O PLANEJAMENTO E A FORMATAÇÃO DE PROJETOS PODEM GARANTIR MAIORES E

MELHORES POSSIBILIDADES

Planejar pode ser definido como o processo de

submeter as coisas a uma vontade predeterminada. Submeter o curso dos acontecimentos a uma determinação, a uma deliberação.

Ao contrário do que muitos pensam, planejar não é reduzir a liberdade. Planejar é realizar procedimentos que garantam escolhas, alternativas e opções.

(30)

Há aqui uma proposição conceitual, aparentemente simples, mas complexa:

¾ planejamento é uma prática social, antes

que um saber de especialistas;

¾ planejamento é uma postura no e sobre o

mundo, e não um modismo gerencial;

¾ planejamento é um padrão cultural,

portanto, pressupõe valores e não apenas técnicas. Exige uma conversão e não apenas uma adequação.

(31)

Buscar eficiência e eficácia

Normatizar ações

Além de elaborar planos, executar e avaliá-los

Fabricar planos e projetos

Agir conforme pressupostos e estratégias

Fazer algo antes de agir

Programar e implementar uma intervenção sobre a realidade.

Preencher formulários de projetos

Transformar a realidade numa direção desejada

Colecionar idéias

O QUE É PLANEJAR O QUE NÃO É PLANEJAR

(32)

O PROJETO CULTURAL é, simultaneamente, um instrumento de

gerenciamento e administração de idéias, e um instrumento de comunicação.

Sua qualidade reside na sua capacidade de:

¾ focar um problema ou identificar algo ainda original ¾ transformar as idéias em conceitos e esses em ações

¾ justificar a relevância e a oportunidade de sua realização

¾ traduzir as ações em tempo e recursos

(33)

• Rua Marabá,202, Santo Antônio, Belo Horizonte -MG – Brasil, CEP 30350-160 Telefax: 55 31

Referências

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