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- Lição 4-23 de julho de 2017 O SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO

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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS 3º Trimestre de 2017

Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos. - Lição 4 -

23 de julho de 2017

O SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO

Vamos estudar uma doutrina, chamada Cristologia, um estudo que gira até entre 60 a 80 horas em seminários, porem faremos em 1 hora, será apenas um breve apanhado. Como professores, devemos cuidar para não nos perdermos diante do vasto assunto que está diante de nós e do pouquíssimo tempo que temos para lecionar a lição.

Quem é Jesus Cristo (Mt8.27;Mt 16.17).

A melhor resposta para essa pergunta está na declaração e explicação dos "nomes", títulos pelos quais ele é conhecido.

Esta lição tem como objetivo principal, estudar a pessoa maravilhosa de Jesus Cristo, para que possamos entende-lo melhor pois, disto depende a nossa fé e crescimento espiritual. Os erros teológicos, em relação a sua natureza, missão e obras, extrapolam, daí nossa preocupação em dirimir dúvidas, para que a Igreja incorruptível não seja contaminada e perca de vista aquele que é o autor e consumador da fé (Hb 12.2).

I- A CONCEPÇÃO MIRACULOSA DE JESUS

1- A concepção miraculosa de Jesus

1.1- Segundo Isaias 7.14, o Messias nasceria de uma virgem, ou seja, não seria de uma concepção natural, entre um homem e uma mulher, mas sim que, através de uma intervenção divina Jesus viria ao mundo, em Lucas 1.35, o anjo Gabriel declara a Maria que o Espírito Santo desceria sobre ela, e a graça de Deus a envolveria. Portanto, podemos afirmar que a gravidez de Maria é miraculosa.

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Nas palavras do teólogo Louis Berkhof, a encarnação do Verbo “é o milagre dos milagres”.

2- O nascimento de Jesus.

1-O nosso credo apostólico diz “Nascimento Virginal de Jesus”, significando que Maria a mãe de Jesus, estava sexualmente intocada até o seu nascimento, embora José a tivesse recebido em sua casa (Mt 1.24; Lc 1.28-35).

1.1-Porem, pela interpretação lógica de (Mateus 1.25), entendemos que após o nascimento de Jesus, José e Maria passaram a ter uma vida normal de marido e mulher, inclusive os evangelhos vão pontuar que Cristo Jesus possuiu irmãos e irmãs (Marcos 6.3).

Todos esses fatos depõem contra a doutrina católica da “Virgindade perpétua de Maria”, que iniciou no século 150, no apócrifo de Tiago, onde defende-se a virgindade de Maria para além do nascimento de Jesus.

II- A DEIDADE DO FILHO DE DEUS (O FILHO UNIGÊNITO DE DEUS)

Dentro deste tópico, vamos destacar a divindade de Jesus após a sua encarnação, analisaremos os títulos, e os atributos divinos que lhe foram conferidos.

1- Títulos (nomes) atribuídos a Cristo.

1.1- Filho de Deus (João 20.31).

1.2- Jesus poucas vezes usou para si esta expressão, “Filho de Deus”, é João, quem na verdade vai trabalhar com este título. Porem podemos perceber que em dois momentos do ministério terreno de Cristo, Deus vai chama-lo de Filho, no batismo e na transfiguração.

1.3- Muitos observam esta expressão do ponto natural, o filho vindo após o pai, ou seja, Cristo em um passado remoto teria nascido, ou passou a existir, porem o ato de Jesus ter sido chamado filho de Deus, não é derivado deste ponto de vista, mas sim que esta expressão “Filho de Deus”, identifica a sua procedência divina, ou seja, isso implica em igualdade de essência com Deus Pai e revelação completa de Deus.

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Filho de Deus, é a declaração da sua Divindade e da sua Existência Divina e não que Ele foi gerado ou passou a existir em algum momento. Ser ‘Filho de Deus’ é ser da mesma natureza de Deus. O ‘Filho de Deus’ é “de Deus”.

1.1.1- Deus.

Jesus é chamado de Deus em vários trechos da Bíblia Sagrada João 1.1, “O Verbo

era Deus”, também em João 20.28, Tomé declara, “Senhor meu e Deus meu”. Este título

aponta para a divindade de Cristo.

1.1.1.1- Senhor.

A expressão Senhor, no grego é a palavra Kurios, que é usada na primeira versão grega do A.T. somente com referência a Jeová. Todos os cristãos do primeiro século, rejeitaram usar este título com referência aos imperadores romanos, os quais se consideravam divinos.

Cristo é chamado de Senhor pelo menos 21 vezes nos N.T. Em Atos 9.17, e em

Atos 16.31, expressões referindo-se a Cristo como Senhor.

2- Atributos divinos atribuídos a Cristo.

Precisamos estabelecer uma importante distinção entre Criador e criatura, para não cairmos em erros e equívocos que grupos no decorrer da história acabaram caindo.

2.1- A Auto existência de Jesus.

Podemos afirmar que Jesus é Eterno, ou seja, Ele jamais foi gerado, não teve inicio, meio ou fim de existência, Sempre existiu. Jesus não dependeu de ninguém para existir pois Ele sempre existiu.

Ao analisarmos o ultimo capitulo de apocalipse, no versículo 13, encontraremos as seguintes palavras “Eu sou o Alfa e o Omega, o Primeiro e o Ultimo, o Principio e o Fim”, as palavras, Alfa e Omega, correspondem as letras A e Z do alfabeto grego, quando

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Jesus se apresenta com a primeira e a última letra do alfabeto, está dando uma das maiores provas da sua eternidade. Antes que tudo fosse criado Ele já existia e após o fim de todas as coisas, Ele continuará existindo. Ninguém o Criou, pois Ele é Eterno.

Além de outros textos como Is 9.6; Mq 5.2; Hb 13.8. Onde as comprovações Bíblicas apontam para a eternidade de Cristo Jesus.

2.1.1- Jesus e a Coexistência

Jesus não existia sozinho na eternidade, mas com mais duas pessoas divinas, o Pai e o Espírito Santo, formando assim a Trindade, (já estudamos na aula passada), desta forma cremos que Jesus é igual a todas as pessoas divinas, e que participou ativamente da criação, da sustentação e da decisão de redimir o homem caído.

Nestes textos (Mt 28.19; 2Co 13.13), não existe uma ordem hierárquica, mas sim refere-se a igualdade de poder e posição da Trindade, três Pessoas distintas, mas com a mesma Essência.

a) Jesus Co-Criador do universo (Gn 2.7; Cl 1.16).

b) Jesus Co-Sustentador do universo (Hb 1.1-3;Cl 1.17).

c) Jesus Co-Redentor do Universo (Gl4.4;Hb 10.5; Jo 1.29; Gn 3.15).

2.1.1.1- Jesus e a Preexistência.

Jesus tem sua existência anterior e distinta da criação, João vai falar sobre esse atributo no seu prólogo, (1.1-3), declarando que no princípio eterno, antes que qualquer coisa existisse, ou fosse criada, Jesus já estava com Deus e que todas as coisas foram criadas por intermédio Dele (Cl 1.16,17).

III- A HUMANIDADE DO FILHO DE DEUS

1- Em 1Timóteo 2.5, encontramos, “Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem”, o termo Emanuel, referido a Cristo Jesus, é traduzido

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pelo próprio escritor sagrado por “Deus Conosco”. Jesus Cristo é o eterno e verdadeiro

Deus e ao mesmo tempo o verdadeiro homem.

Precisamos destacar que Cristo nasceu e cresceu de forma natural, durante sua infância Ele não realizou milagres como contam algumas histórias. Ele foi tão homem, que quando em Nazaré, na sinagoga, leu Isaias 61, as pessoas se admiravam e perguntavam, “Não é este filho de José e Maria e seus irmãos e suas irmãs não estão entre nós”? Esta pergunta revela-nos que nada era visto de diferente em Cristo, até Ele iniciar

seu ministério.

1.1- Os Evangelhos revelam-nos atributos do ser humano em Jesus, como por exemplo:

a) Embora gerado pelo Espírito, nasceu de uma mulher, com um parto normal (Lc 2.6,7).

b) Cresceu em estatura, sabedoria e graça (Lc 2.52). c) Sentiu fome, sono, sede, cansaço (Mt 8.24; Jo 19.28). d) Morreu, embora ressuscitado ao terceiro dia (1Co 15.3,4).

1.2- Estes e outros textos nos falam de um Cristo, com uma natureza humana, além da divina. Fica assim claro, que Jesus possuía duas naturezas, a Divina e a Humana.

2-União Hipostática.

2.1-Os teólogos vão chamar de União Hipostática, a união do divino e do humano em uma só pessoa, ou seja, um homem com Duas Naturezas.

2.2- Hipostática vem do grego “Hipostasis”, significando na teologia, “união do verbo com a natureza divina”.

Portanto, União Hipostática, é a União de duas Naturezas, distintas e independentes, que ocorre uma única vez na história da humanidade, na encarnação de Jesus Cristo.

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Havia harmonia entre as duas naturezas de Jesus, tanto a humana quanto a divina, não há alternância ou alteração de natureza no decorrer do ministério de Cristo, Ele era sempre a mesma pessoa em todos os lugares.

Muitos cristãos procuram separar as duas naturezas de Cristo, fragmentando assim, o próprio Mestre, por exemplo, quando Cristo chora diante do tumulo de Lázaro, declaram que era o Cristo homem, e quando Ele ressuscita Lázaro, declaram que era o Cristo Deus. Se concordarmos com esta interpretação, concordamos que existe não uma pessoa, com duas naturezas, mas sim duas pessoas distintas, caindo assim em um sério erro.

Wayne Grudem declara, “O nascimento virginal de Jesus possibilitou a união da

plena divindade e da plena humanidade em uma só pessoa”. Precisamos com clareza ter convicção que Jesus Cristo, não é a soma de duas pessoas (divina e humana), mas que é um só homem, que agrega duas naturezas (Divina e Humana), que não se fundiram, continuam sendo distintas, porem harmoniosas entre si.

3- Rejeições com relação a origem de Jesus.

No decorrer da história, líderes e grupos, sendo alguns na tentativa de não pecarem contra Deus, acabaram pecando contra a divindade de Cristo, alegando que Este não era Deus, vejamos alguns destes:

a) Docetistas (70-170 d.C): Declaravam que Jesus não tinha um corpo físico real, apenas uma aparência de homem, como se fosse um fantasma.

b) Ebionistas (170 d.C): Negavam a natureza Divina de Jesus.

c) Arianismo (quarto século): Negava a integridade da natureza divina de Jesus, Ário passou a ensinar que Cristo era uma criatura de Deus, por causa da expressão “Primogênito da criação”, (Cl 1.14,15).

d) Eutiquianos: diziam que a natureza humana foi absorvida pela natureza divina, reduzindo assim as duas naturezas a uma só.

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Finalmente nessa data, no concilio da Calcedônia, a doutrina ortodoxa foi elaborada, ficando assim, “...duas naturezas integrais e distintas de Jesus: Uma humana e outra divina...”!

IV- MISSÃO DO CRISTO

1- Necessidade da encarnação do Verbo.

Vejamos alguns pontos que podemos relacionar a necessidade da Encarnação do Verbo.

a) Desfazer as obras do diabo.

Em Gênesis 3.1-6, encontramos a obra mais sagaz do Diabo já desferida contra o ser humano.

Se observarmos o texto de Mateus 4.1-11, veremos que o adversário usou a mesma arma contra o Senhor. O Senhor demonstrou plena convicção na sua filiação e derrotou o inimigo na sua primeira investida. "Para isto o Filho de Deus se manifestou: Para desfazer as obras do diabo" (1 Jo. 3.8). A explicação mais detalhada da sua missão se encontra em Hebreus 2.14-18.

b) A revelação do Amor do Pai.

A vinda de Jesus a terra, foi uma das formas de Deus revelar de forma clara seu amor para a humanidade, todas as obras de amor, compaixão, libertação e refrigério para o homem, que Cristo realizava, era a extensão das obras do Pai, (Jo 10.30).

c) A aniquilação do pecado.

O único meio de Deus aniquilar o pecado da raça humana, e reparar a culpa do homem perante sua justiça, foi o sacrifício de Cristo, “..., mas agora na consumação dos

séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9.26).

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d) O Plano redentor

Salvar o que se havia perdido - "Porque o Filho do Homem veio para buscar o que havia se perdido" (Lc. 19.10). Jesus Cristo como o Homem perfeito, nasceu de uma virgem, a fim de buscar e resgatar os pecadores.

"Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo. 20.31). No evangelho de João, Jesus Cristo é: Vida eterna (Jo. 6.58); Luz eterna (Jo. 8.12); e amor eterno (Jo. 15.9). O Senhor é apresentado como o Verbo divino e eterno que se fez carne, e habitou entre nós, para nos salvar (Jo. 1.14). Ele é Deus conosco (Mt. 1.23).

O pecado entrou na humanidade por meio do casal Adão e Eva, seres humanos. A Bíblia mostra que todo o gênero humano está condenado; que o homem está perdido e debaixo da maldição do pecado (SI 14.2,3; Rm 3.23). Todos são devedores, por isso, ninguém pode pagar a dívida do outro. Jesus se fez carne. Fez-se homem sujeito ao pecado, embora nunca houvesse pecado, e venceu o pecado como homem (Rm 8.3), trazendo-nos o perdão de nossos pecados e cumprindo Ele mesmo a lei que promulgara (At 4.12; 1Tm 3.16; Cl 2.14).

CONCLUSÃO

O Senhor Jesus Cristo é a mais controvertida de todas as personagens da Históriaporque é o único que é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem, e a sua verdadeira identidade só é possível pela revelação (Mt 16.17; 1Co 12.3). Issorevela a sua divindade.

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BIBLIOGRAFIA

BRUNELLI Walter. Teologia para Pentecostais. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2016. CHAMPLIM Russel Normam. Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia. São Paulo. Hagnos, 2013.

GEORGE Timothy. Teologia dos Reformadores. São Paulo. Edições Vida Nova, 1994. LAHAYE Tim. Um homem chamado Jesus. São Paulo. Editora United Press Ltda, 1998. ROSA Isaias. Cristologia. Pindamonhangaba. IBAD, 2006.

SOARES Esequias. A razão da nossa fé, assim cremos, assim vivemos. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

Wycliffe Bible dictionary. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

17/07/2017 - Ev. Jaisson Campos www.eb-blumenau.com.br

Referências

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