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Nota Prévia 3. Capítulo I Enquadramento Internacional 5. Capítulo II Evolução das Economias dos PALOP 15. Angola 17. Cabo Verde 41.

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Índice

Nota Prévia 3

Capítulo I

Enquadramento Internacional 5

Capítulo II

Evolução das Economias dos PALOP 15

Angola 17

Cabo Verde 41

Guiné-Bissau 65

Moçambique 89

São Tomé e Príncipe 113

Caixa: Timor-Leste 137

Capítulo III

Relações Económicas e Financeiras entre Portugal e os PALOP 143

Relações comerciais e balança de pagamentos de Portugal com os PALOP 145

Investimento directo bilateral nos PALOP 155

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Nota Prévia

A "Evolução das Economias dos PALOP - 2001/2002" pretende contribuir para um melhor conhecimento da realidade económica actual dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, tanto no que diz respeito aos seus indicadores macro-económicos fundamentais, como no que se refere às suas relações económicas e financeiras com Portugal. Apresentamos novamente este ano, e com o mesmo propósito, uma breve nota sobre a economia de Timor-Leste.

O presente documento foi elaborado com base nos dados mais recentes a que se teve acesso, os quais correspondem, em alguns casos, a valores preliminares ou estimativas, pelo que poderão ser eventualmente sujeitos a posterior revisão.

Agradece-se ainda a amável colaboração das diversas entidades contactadas - e em particular os bancos centrais de Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe, assim como a Agência Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental na Guiné-Bissau - que se revestiu da maior importância para a obtenção dos elementos necessários.

Departamento de Relações Internacionais Área de Cooperação

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Enquadramento

Enquadramento

Internacional

Internacional

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A retoma da economia mundial evidenciada no primeiro trimestre de 2002 e liderada pelos EUA parece estar agora a abrandar. Efectivamente, após o forte dinamismo do início do ano, com origem na reposição de existências e no consumo privado, a economia americana, prejudicada pela acentuada deterioração do mercado financeiro e concomitante perda de confiança - agravada também pelos sucessivos escândalos contabilísticos - abrandou de forma nítida. Estimativas recentes indiciam terem ocorrido em 2001 três trimestres consecutivos de contracção de actividade nos EUA – isto é, uma recessão segundo a terminologia “oficial” - a qual, contudo, e em comparação com anteriores fases de descida cíclica, foi bastante moderada, para o que poderá ter contribuído a resposta decisiva - bem como a credibilidade - das políticas adoptadas. O elevadíssimo nível de endividamento das famílias e sector empresarial e o desequilíbrio externo recorde (o défice corrente excede 4% do PIB) ampliam o grau de incerteza quanto aos desenvolvimentos futuros, que se está já a manifestar no ajustamento em baixa da taxa de câmbio do dólar.

Com a taxa dos federal funds ao nível mínimo em 40 anos (1.75%) e uma política orçamental acomodatícia (espera-se um défice do sector público de 2 ¼%, resultado da combinação de cortes de impostos, despesas adicionais na sequência dos ataques de 11 de Setembro e impacto dos estabilizadores automáticos), as principais incertezas prendem-se com a retoma do investimento e a evolução do consumo privado, prejudicado pelas perdas de riqueza derivadas da baixa continuada no preço das acções, bem como pelo aumento do desemprego, e ainda com o ritmo da desvalorização cambial. O FMI prevê para o conjunto do ano um crescimento superior a

2%, com abrandamento da inflação para 1.5% (2.8% em 2001).

A economia europeia registou um crescimento suave e prosseguiu a moderação da taxa de inflação, que em Julho se cifrou em 1.9%, em termos homólogos (2.0% em Junho). A recente aceleração da produção na indústria e serviços não foi acompanhada por um aumento de confiança dos agentes económicos, pelo que a retoma tem sido liderada pelo sector externo. Espera-se na segunda metade do ano um maior dinamismo do consumo privado, favorecido pelas baixas taxas de juro, enquanto a desaceleração dos preços deverá ser facilitada pela apreciação do euro. O fortalecimento da posição orçamental permanece um dos principais objectivos a médio prazo para vários países europeus, salientando-se a necessidade de prosseguimento das reformas estruturais no mercado de trabalho e na segurança social. O PIB deve crescer cerca de 1 ¼% em 2002.

Na economia japonesa continuam patentes várias fragilidades a nível bancário e empresarial. O novo governo iniciou uma estratégia de reforma abrangendo quer a restruturação, modernização e aumento da transparência nestes sectores, quer a consolidação orçamental. A persistência de um ambiente deflacionista associado a descidas de produtividade na indústria, não obstante os consecutivos pacotes de estímulo orçamental ao longo da última década e a descida da taxa de juro para próximo de zero revelam bem a necessidade de uma mais eficiente utilização dos recursos e do retorno a condições de rentabilidade nos sectores bancário e empresarial. Com uma dívida pública bruta a atingir 140% do PIB, um dos principais factores de risco neste momento associa-se à subida dos yields. Também novas descidas do preço das acções podem minar a

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confiança dos agentes, dificultando a recuperação.

A recuperação das economias avançadas, nomeadamente os EUA, no início do ano, repercutiu-se rapidamente no nível de actividade dos países asiáticos, quer dos novos países industrializados (NPI) da Ásia (Coreia, Taiwan, Singapura e província chinesa de Hong-Kong), quer das economias emergentes deste continente. Enquanto nos NPI - onde se destaca o dinamismo da Coreia - se espera um crescimento médio de 4.7% em 2002, após o forte abrandamento de 2001 (+0.8%), a Ásia em desenvolvimento deverá evoluir a um ritmo superior a 6%. A produção industrial, incluindo o sector tecnológico acelerou, com as exportações e reposição de existências a darem os maiores contributos para o crescimento. Urge contudo avançar na agenda de reformas estruturais, principalmente nos países em que os avanços foram ainda menores. Na China, o crescimento continuou a exceder as expectativas, ajudado pelas fortes entradas de investimento directo estrangeiro. A entrada na OMC deverá contribuir para abrir novos mercados a este país, mas coloca também importantes desafios estruturais a esta economia.

Em contraste com o ocorrido na Ásia, os desenvolvimentos na América Latina são preocupantes, tendo o PIB da região decaído 2 ½ % no primeiro trimestre de 2002. A deterioração das condições financeiras foi muito nítida em algumas economias do continente americano: os spreads das obrigações alargaram-se significativamente no Brasil, Uruguai, Equador, Paraguai e Venezuela - para além obviamente da Argentina que se encontra em situação de moratória na dívida externa. Com uma quebra acumulada do PIB entre 1999 e 2002 da ordem de 20% e o desemprego a atingir 25% da população activa, a Argentina enfrenta a maior contracção económica da

sua história, ao mesmo tempo que a inflação disparou, dada a ausência de um enquadramento monetário credível, após o abandono, em Dezembro, do regime cambial de currency board e a introdução de controles bancários e de capitais. A prolongada crise neste país foi-se repercutindo nos países vizinhos, com os investidores a centrarem as suas preocupações na dinâmica da dívida de algumas destas economias, especialmente aquelas em que é maior a incerteza política. Gráfico I 0 1 2 3 4 5 6 7 Países de ec.

avançada Países emtransição desenvolvimentoPaíses em África sub-saariana 2000 2001 2002 2003

PIB Real

(taxa de variação anual em percentagem)

Gráfico II 0 5 10 15 20 25 Países de ec.

avançada Países emtransição desenvolvimentoPaíses em África sub-saariana 2000 2001 2002 2003

Inflação

(taxa anual em percentagem)

Gráfico III -5 -4 -3 -2 -1 0 1

Países de ec. avançada Países em transição Países em desenvolvimento 2000 2001 2002 2003 Finanças Públicas

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O Brasil, não obstante a solidez das suas políticas macroeconómicas desde 1998, confronta-se com elevadas necessidades de financiamento para responder às exigências de serviço da dívida. A incerteza quanto aos resultados eleitorais de Outubro próximo afectou o sentimento de mercado. A forte depreciação cambial desde Maio veio agravar significativamente os custos do sector público em pagamento de juros, medidos em moeda nacional, já que a dívida pública, embora maioritariamente interna, está no geral indexada ao dólar ou às taxas de juro internas. Em Julho, as autoridades acordaram com o FMI uma revisão dos objectivos de reservas externas, por forma a permitir às autoridades disporem de 10 mil milhões de dólares para intervenções de apoio ao real. Foi também anunciado um volumoso empréstimo do FMI , da ordem de 30 mil milhões de dólares – o maior crédito alguma vez concedido por esta instituição - a adicionar ao acordo stand-by em vigor, o qual deverá concretizar-se em Setembro. O Uruguai, que tal como outras economias da região se caracteriza por uma elevada dolarização da economia, assistiu também a uma corrida aos bancos, que obrigou à suspensão temporária das operações bancárias. A flutuação do peso, introduzida a 20 de Junho e o aumento do apoio financeiro do FMI, com uma forte componente de front loading, conseguiram conter a crise.

As economias em transição da Europa

central e oriental conseguiram manter-se

dinâmicas em 2001, evolução que tem prosseguido no corrente ano. Na generalidade dos países em pré-adesão à UE, as entradas de capital, nomeadamente investimento directo atraído pelos baixos custos de produção em conjunto com a estabilidade política, têm estimulado o crescimento e originado apreciações cambiais. Também a procura interna permanece sustentada, num contexto de inflação em desaceleração. Estes países, com

défices correntes elevados e, nalguns casos, sectores públicos a exigirem ainda reformas profundas, são contudo vulneráveis a alterações bruscas de confiança. Quanto aos países do CEI, naqueles em que as reformas estão mais avançadas a forte procura interna atenuou os efeitos do abrandamento internacional, enquanto os outros continuam a ser prejudicados pela instabilidade macroeconómica e institucional.

A Turquia, que negociou em Janeiro um novo programa com o FMI, evoluiu favoravelmente nos primeiros meses de 2002, com a inflação a apresentar uma tendência decrescente e as exportações e o turismo a impulsionarem a economia, enquanto as políticas orçamentais se mantiveram fortemente restritivas. No entanto, a partir de Maio, as incertezas políticas traduziram-se numa forte saída de capitais, quedas nos mercados accionista e obrigacionista e depreciação cambial. Em Julho, a marcação de eleições gerais antecipadas permitiu alguma recuperação da confiança e consequente melhoria das condições financeiras, indispensável para garantir a sustentabilidade da dívida pública e externa.

Nos países do Médio Oriente, a evolução dos preços de petróleo e a difícil situação de segurança na região são os principais condicionantes dos desenvolvimentos económicos, com divergências entre países associadas também ao grau de solidez e disciplina das políticas macroeconómicas. Em África, após um crescimento de 3.5% em 2001, prevê-se um abrandamento para 3.1% em 2002. O impacto do fortalecimento da economia global é contrariado pela fraqueza dos preços de alguns produtos primários e pela quebra da produção agrícola nos países do sul do continente, bem como pela instabilidade política, conflitos armados e os efeitos de doenças infecciosas sobre a esperança de vida. A África foi bem

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sucedida na redução da inflação, desde meados da década de 90, prevendo-se que atinja em 2002 um ritmo médio inferior a 10%. Apenas em casos pontuais, notoriamente em Angola e no Zimbabwe, a situação dos preços se mantém por controlar. Em termos gerais, a África, tendo já conseguido alguns progressos na estabilização macroeconómica e confrontando-se com uma significativa descida nos encargos com o serviço da dívida, na sequência da iniciativa HIPC, deverá agora centrar a ênfase no desenvolvimento das instituições e infraestruturas, tal como salientado na Nova Parceria para o Desenvolvimento em África, por forma a criar o enquadramento para um crescimento sustentado. Apesar de alguns países, como Moçambique, terem já conseguido alguns progressos há ainda um importante caminho a prosseguir no âmbito da liberalização económica e do estabelecimento de instituições básicas de mercado, bem como a nível da gestão do sector público e da redução da pobreza. Melhorias nestas áreas permitirão criar as bases para o desenvolvimento humano. Ao mesmo tempo, a maior abertura e integração no sistema comercial internacional, de acordo com a agenda de Doha, poderá dar

um importante contributo para elevar as taxas de crescimento e a solvabilidade externa. Gráfico IV -250 -200 -150 -100 -50 0 50 100 Países de ec. avançada Países em transição Países em desenvolvimento África sub-saariana 2000 2001 2002 2003 Balança Corrente

(saldos, em mil milhões de USD)

Gráfico V 0 50 100 150 200 250 Países em

transição África Ásia América Latina eCaraíbas 2000 2001 2002 2003

Dívida Externa

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ECONOMIA MUNDIAL

PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICOS, 1984 - 2003

1984/93 1994/2000 1998 1999 2000 2001 2002 2003

(média) (média) (estim.) (proj.) (proj.)

PIB real

Países de economia avançada 3.2 3.4 2.7 3.3 3.8 0.8 1.7 2.5

dos quais: Novos países industrializados da Ásia1

8.1 5.7 -2.4 7.9 8.5 0.8 4.7 4.9

Países em transição -1.4 0.0 -0.9 3.6 6.6 5.0 3.9 4.5

dos quais: Europa central e oriental2

-- -- 2.0 2.0 3.8 3.0 2.7 3.8

dos quais: Países em pré-adesão à UE3

-- -- 2.5 0.0 3.8 3.0 2.7 3.7

Países em desenvolvimento 5.1 5.5 3.5 3.9 5.7 3.9 4.2 5.2

África 2.0 4.3 3.1 2.5 3.0 3.5 3.1 4.2

da qual: África sub-sahariana 1.9 3.2 2.4 2.5 3.2 3.3 3.1 4.2

Ásia 7.6 5.4 4.0 6.1 6.7 5.6 6.2 6.2

da qual: excluindo China e Índia 5.5 4.1 -5.2 3.6 5.1 3.0 3.8 4.6

Médio oriente e Europa4

3.5 3.6 3.7 1.0 6.1 1.5 3.6 4.7 América latina e Caraíbas 2.9 3.2 2.3 0.2 4.0 0.6 -0.6 3.3

da qual: Brasil 2.8 3.1 0.2 0.8 4.4 1.5 1.5 3.0

Inflação (IPC)

Países de economia avançada 4.1 2.1 1.5 1.4 2.3 2.2 1.5 1.8

dos quais: Novos países industrializados1

4.2 3.11.0 4.4 -1.8 1.1 1.9 1.1 2.2

Países em transição 72.8 80.6 22.1 44.1 20.2 15.9 11.4 8.9

dos quais: Europa central e oriental2

-- 25.2 17.2 11.0 12.8 9.6 6.3 5.8

dos quais: Países em pré-adesão à UE3

-- -- 13.1 9.8 6.3 5.9

Países em desenvolvimento 47.7 18.2 10.5 6.9 6.1 5.7 5.8 6.0

África 24.2 24.5 10.8 12.3 14.3 13.1 9.6 9.5

da qual: África sub-sahariana 28.6 30.1 13.0 15.5 18.4 16.6 11.7 11.5

Ásia 10.2 7.8 7.7 2.5 1.9 2.6 2.0 3.1

da qual: excluindo China e Índia 12.9 9.4 22.1 9.1 3.3 5.9 5.9 5.5

Médio oriente e Europa4

19.2 29.4 27.6 23.6 19.6 17.3 17.0 13.1 América latina e Caraíbas 184.3 39.4 9.8 8.9 8.1 6.4 9.5 9.2

Finanças públicas (saldo orçamental5)

Países de economia avançada -- -- -1.5 -1.0 0.1 -1.3 -2.2 -1.8

dos quais: Novos países industrializados1

-- -- -2.9 -2.8 0.5 -0.7 -0.1 0.2

Países em transição -- -- -4.9 -2.1 0.2 -0.4 -1.4 -1.5

Países em desenvolvimento -- -- -3.8 -4.1 -3.2 -3.9 -4.0 -3.2

África -- -- -3.8 -3.7 -1.6 -2.1 -3.2 -2.5

da qual: África sub-sahariana -- -- -3.8 -4.4 -2.7 -2.5 -3.6 -3.0

Ásia -- -- -3.6 -4.2 -4.3 -4.1 -4.1 -3.6

da qual: excluindo China e Índia -- -- -3.2 -3.1 -4.3 -4.4 -3.9 -3.2

Médio oriente e Europa4

-- -- -5.7 -3.8 -0.6 -5.9 -5.2 -3.8 América latina e Caraíbas -- -- -3.3 -4.3 -2.7 -3.3 -3.3 -2.0

Balança corrente

Países de economia avançada -- -- 46.9 -96.0 -227.1 -188.4 -182.2 -187.8

dos quais: Novos países industrializados1 -- -- 67.4 60.9 45.5 57.1 57.9 60.4

Países em transição -- -- -29.4 -1.9 27.1 11.9 0.7 -1.9

dos quais: Europa central e oriental2

-- -- -20.2 -23.0 -19.7 -18.7 -21.5 -23.6

dos quais: Países em pré-adesão à UE3 (em % do PIB)

-5.3 -4.3 -4.6 -4.6 Países em desenvolvimento -- -- -85.1 -10.1 66.6 39.4 18.8 -10.0

África -- -- -20.0 -14.3 5.4 1.3 -7.2 -7.1

da qual: África sub-sahariana -- -- -18.3 -13.9 -3.7 -7.0 -11.9 -12.8

Ásia -- -- 47.3 46.0 45.4 39.4 33.5 17.9

da qual: excluindo China e Índia -- -- 22.7 33.5 29.3 21.7 13.3 4.1

Médio oriente e Europa3

-- -- -21.5 14.9 63.7 51.8 25.2 6.9 América latina e Caraíbas -- -- -90.8 -56.7 -47.9 -53.1 -32.7 -27.7

Dívida externa

Países em transição -- -- 150.6 156.9 108.0 101.5 97.5 87.2

dos quais: Europa central e oriental2

-- -- 107.4 115.9 107.5 100.5 99.3 96.5 Países em desenvolvimento -- -- 187.7 178.0 143.5 145.5 143.3 132.7 África -- -- 254.8 241.3 193.5 192.6 197.9 187.3

Ásia -- -- 127.1 119.0 94.7 97.3 92.3 87.6

Médio oriente e Europa3

-- -- 205.1 186.5 146.2 152.0 163.0 162.6 América latina e Caraíbas -- -- 258.5 256.7 214.6 215.1 208.9 179.9

Outros indicadores

Termos de troca (bens e serviços; t. v. anual)

Países de economia avançada 1.1 -- 1.3 -0.1 -2.5 0.2 0.4 0.4 Países em transição -1.0 -- -4.4 4.5 8.7 0.1 -0.9 1.3 Países em desenvolvimento -3.4 -- -3.1 0.7 6.2 -3.1 -0.7 -1.4 Volume de comércio mundial (bens e serviços; t. v. anual) 5.6 -- 4.3 5.5 12.6 -0.2 2.4 6.1 Preço do petróleo (t. v. anual com preços em USD) -- -- -32.1 37.5 57.0 -14.0 0.5 -0.8 Preço de bens primários, excluindo petróleo (t. v. anual com preços em USD) -- -- -14.7 -7.1 1.8 -5.4 4.2 5.7

(em % das exportações de bens e serviços) (t. v. anual)

(t. v. anual)

(em % do PIB)

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Evolução das

Evolução das

Economias

Economias

dos PALOP

dos PALOP

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Área: 1 246 700 Km2

Capital: Luanda

ANGOLA

ANGOLA

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1. SÍNTESE

A perspectiva de uma ultrapassagem duradoura do conflito armado, que se foi consolidando ao longo do primeiro semestre de 2002, abre certamente novos horizontes de prosperidade para a sociedade angolana. Tal perspectiva torna, porém, mais premente ainda a necessidade de redobrar o empenho no esforço de estabilização e ajustamento, assumido pelas autoridades angolanas como prioritário e seguramente indispensável para a criação de condições que sustentem o processo de crescimento económico e desenvolvimento social.

Esse esforço tem sido levado a cabo sobretudo desde meados de 1999 - quando se procedeu à liberalização cambial e monetária - com resultados visíveis em diversos domínios (desde a redução das distorções comerciais, cambiais e tributárias até ao aumento e diversificação da produção não-petrolífera). Tais resultados afiguram-se contudo ainda insuficientes, além de se concretizarem a um ritmo excessivamente lento face à dimensão das carências com que se vê confrontada a sociedade angolana. Terá sido, aliás, esta circunstância (traduzida em aspectos concretos, como a dificuldade em assegurar um controlo efectivo da despesa pública) que esteve na origem do afastamento entre Angola e o FMI, depois de gorado o programa que vigorou durante 14 meses, até Junho de 2001 - adiando assim um eventual reescalonamento da dívida externa, no âmbito do Clube de Paris.

Particularmente ilustrativo do referido esforço de estabilização, positivo ainda que insuficiente, é o comportamento da inflação, cuja cadência tem vindo, por um lado, a

abrandar de forma globalmente consistente desde meados de 2000; mas que, por outro lado, invariavelmente ultrapassou as metas estipuladas pelas autoridades angolanas - caindo para valores de dois dígitos apenas em Abril de 2002. A causa directa desta persistente instabilidade nominal terá sido a excessiva injecção de liquidez na economia, por sua vez induzida sobretudo pelo expansionismo das finanças públicas.

Na sequência do processo de análise a estas últimas que tem sido levado a cabo pelas autoridades angolanas e pelo FMI, apurou-se um valor global mais elevado do que antes se admitia para a despesa pública efectuada desde 1999 - quer por via orçamental quer extra-orçamental. O excesso de despesa revelou-se especialmente difícil de acomodar em 2001, devido à queda de receitas provocada pela baixa do preço do petróleo (cujo impacto na balança de pagamentos determinou o regresso da conta corrente a níveis deficitários e uma redução para metade das reservas oficiais de divisas). O forte crescimento da produção petrolífera, concretizado já em 2002, poderá sem dúvida servir de respaldo ao saneamento das contas públicas (e a expansão da liquidez abrandou sensivelmente, de facto, até Maio findo), mas não dispensa, porém, o necessário aumento de rigor no controlo da despesa.

Quadro I

Principais Indicadores Económicos

2000 2001 2002

est. est. prog.

PIB real (t.v. anual) 3.0 3.2 17.2

Inflação (t.v. média) 325.0 152.6 --

(t.v. homóloga) 268.4 116.1 50.0

Massa monetária (t.v.a.) 303.7 162.7 52.4

C. corrente ext. (% PIB) 10.0 -2.7 -5.9

Saldo orçamental (% PIB) -6.7 -5.3 1.1

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2. PROCURA, PRODUÇÃO E PREÇOS

A perspectiva de uma pacificação duradoura, tanto tempo adiada, representa certamente uma viragem crucial no contexto angolano e deve ser entendida como uma oportunidade privilegiada para se aprofundarem as reformas necessárias à dinâmica de crescimento de que o país carece, por forma a concretizar as potencialidades que lhe são habitualmente reconhecidas.

O desempenho da economia não-petrolífera ao longo dos dois últimos anos é, aliás, bem ilustrativo da dimensão que poderá assumir essa dinâmica, caso o conflito armado seja definitivamente ultrapassado. Depois de um abrandamento no ritmo de actividade, induzido pelo recomeço da guerra em finais de 1998, a acalmia progressiva da mesma a partir de 2000 (sobretudo nas zonas do litoral) - em conjugação com factores como o impacto da liberalização cambial (em 1999) e do comércio externo (em 2000/01) ou o acréscimo da procura interna suscitado pelo aumento da receita petrolífera (a partir de 1999) - permitiu que a economia não-petrolífera crescesse cerca de 10% em 2001.

Tal fenómeno terá assumido especial significado em certos ramos do sector secundário (com destaque para a construção) mas também ao nível dos serviços e mesmo da actividade agrícola (embora neste caso as

estimativas sejam particularmente débeis) - cf. quadro III. Já quanto ao segundo grande sector de enclave, o diamantífero, estima-se que a produção comercializada pelas vias oficiais tenha aumentado aproximadamente 20% em 2001 (para cerca de 5.1 milhões de carates), embora o respectivo valor acuse um ligeiro recuo face a 2000 (para perto de USD 690 milhões), devido à queda do preço internacional.

Apesar do comportamento evidenciado pelos referidos sectores, a evolução global do PIB angolano ao longo do último triénio revelou-se bastante mais modesta, com uma estimativa de crescimento para 2001 que não ultrapassa os 3.2%, em termos reais (cf. gráf. I). Tal resultado é consequência da quase estagnação que se verificava desde 1999 ao nível da produção petrolífera (sector cujo peso no PIB tem oscilado entre 53% e 61% nos últimos anos), chegando mesmo a registar-se um ligeiro decréscimo em 2001 (com o esgotamento progressivo de certas áreas onde a extracção se vinha fazendo desde há mais tempo).

Quadro III

Decomposição do PIBpm

(em percentagem)

2000 2001 2002

est. est. prog.

Sector primário 72.8 72.8 65.4

Agric., silvic. e pescas 5.8 8.0 --

Petróleo e gás 60.6 53.6 50.5 Diamantes 6.4 5.8 -- Sector secundário 5.8 7.4 7.9 Indústria transformadora 3.0 3.8 -- Energia eléctrica 0.0 0.0 -- Construção 2.8 3.5 -- Sector terciário 21.4 25.2 26.7 Serv. mercantis 14.5 15.6 -- Serv. não-mercantis 6.8 9.6 -- Gráfico I -25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 (prog.) PIB real (1992-2002, estimativas, t.v. anual em %)

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Essa situação foi já porém substancialmente alterada, ao entrar em actividade, no final de 2001, o bloco 17 do off-shore angolano, graças ao qual se admite que a produção de petróleo poderá aumentar mais de 25% em 2002 (para cerca de 927 mil barris/dia). Trata-se do primeiro de vários acréscimos relevantes da produção petrolífera previstos para os próximos anos (admitindo-se um nível próximo de 2 milhões b/d em 2007) e dele deverá resultar o principal contributo para uma expansão da actividade económica que se estima poder atingir 17.2% em 2002.

Já no que diz respeito aos esforços tendentes à estabilidade dos preços - fundamental na criação de um ambiente propício ao investimento e, por conseguinte, a um crescimento ainda mais acelerado e sustentado (além de ser também crucial em termos sociais) - constata-se que o ritmo dos progressos permanece lento. A pressão exercida pela excessiva injecção monetária na economia (cf. cap. 5), determinada pelo cariz expansionista das finanças públicas, determinou, de facto, que a inflação anual permanecesse cifrada em três dígitos no final de 2001: variações média e homóloga de 152.6% e 116.1% por parte do IPC-Luanda, respectivamente - ou seja, níveis bastante acima das metas programadas, já de si pouco ambiciosas.

Importa, porém, sublinhar que, apesar de insuficientes (requerendo em especial maior

rigor nas contas públicas), tais resultados reflectem, todavia, quer uma tendência descendente da cadência inflacionária (cf. gráf. IV) quer alguma redução da volatilidade mensal (cf. gráf. II). Trata-se aliás, em ambos os casos, de características que parecem prolongar-se no ano em curso, depois do habitual sobressalto induzido pela quadra festiva, no final de 2001 (ano em que a inflação reflectiu também o aumento dos combustíveis, tendo mesmo sido esta a classe do IPC-Luanda que acusou uma

variação mais acentuada). O referido sobressalto seria, de facto, corrigido nos meses seguintes, acabando a inflação homóloga por cair para valores de dois dígitos em Abril de 2002 (pela primeira vez em quatro anos). Gráfico III 0 2500 5000 7500 10000 12500 Tx. var. homóloga Tx. var. média 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 Inflação: IPC-Luanda (1991-2002, em %) 2002: Maio 2001 Gráfico II 0 5 10 15 20 25 30 35 J F M A M J J A S O N D 2000 2001 2002

Inflação: IPC-Luanda (variação mensal, em %)

Gráfico IV 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Tx. var. homóloga Tx. var. média Inflação: IPC-Luanda (1998-2002, em %) 1998 1999 2000 2001 2002: Maio 2002

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3. CONTAS EXTERNAS

A balança de pagamentos angolana tem reflectido com particular clareza a elevada vulnerabilidade que afecta economias tão dependentes de um bem transaccionável principal como sucede com Angola face ao petróleo - tradicionalmente responsável por cerca de 90% das exportações totais (com preços definidos no mercado internacional e caracterizados por acentuada volatilidade). É essa a razão fundamental que justifica as profundas oscilações patentes, desde logo, ao nível da conta corrente (cf. gráf. VII): um défice equivalente a quase 30% do PIB no biénio 1998/99, seguido de um excepcional superavit no ano seguinte (10% do PIB) e de novo défice em 2001 (embora mais modesto do que antes: 2.7% do PIB) - com a ressalva, relativamente a estes dois últimos anos, de se apurar um valor elevado a título de erros e omissões (que corresponde a débitos correntes ou de capitais não contabilizados, reflectindo as dificuldades de apuramento estatístico que se fazem sentir nesta área). Apesar de se constatar que a produção petrolífera angolana permaneceu a um nível quase constante entre 1998 e 2001 (cerca de 270 milhões de barris por ano), a oscilação do preço internacional determinou, de facto, variações acentuadas no valor das exportações ao longo desse período, com profundo impacto a diversos níveis da economia. Depois de ter caído para $11.9 em 1998, o preço médio anual do barril de petróleo angolano subiu acentuadamente até aos $27.1 apurados em 2000, determinando assim um acréscimo de 134% no valor das respectivas exportações. O mesmo fenómeno - que se repercute de forma vincada sobre os principais indicadores de

equilíbrio externo (cf. gráf. VII) - viria a verificar-se de novo no ano seguinte, agora em sentido oposto, com uma queda de 15.5% no preço em causa (para $22.9 por barril).

Finalmente, antecipa-se para 2002 um forte aumento do volume exportado (cf. cap. 2), embora sem correspondência em termos de valor, face a uma expectativa de queda do preço praticado para o crude angolano (não confirmada, todavia, no primeiro semestre).

Parece estar também a definir-se, por outro lado, uma tendência para a diversificação dos mercados consumidores das exportações angolanas, com os EUA a perderem peso, enquanto principal cliente, nos dois últimos anos (cf. gráf. V), em favor de certos países do Extremo Oriente, que se têm afirmado aliás também no domínio das importações Gráfico V 0% 20% 40% 60% 80% 100% 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 0 2000 4000 6000 8000 10000 Milhões de USD

E.U.A. Espanha França Portugal Outros Total

eixo secundário Exportações de mercadorias (1992-2001) Gráfico VI 0% 20% 40% 60% 80% 100% 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 0 700 1400 2100 2800 3500 Milhões de USD

Portugal Espanha E.U.A. França Outros Total

eixo secundário Importações de mercadorias (1992-2001)

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(sobretudo a Coreia do Sul) - com a ressalva de que as fontes utilizadas para a

distribuição geográfica do comércio externo só parcialmente são compatíveis com as que servem de base à balança de pagamentos. O triénio 1999/2001 correspondeu ainda a um período de certa recuperação por parte das exportações não-petrolíferas, a começar pelos diamantes oficialmente contabilizados, cujo valor aumentou 76% de 1998 para 2000 (caindo depois ligeiramente em 2001, também neste caso devido à baixa do preço internacional) - mas igualmente as restantes, que duplicaram no referido triénio (embora partindo de uma base muito baixa).

Alguns dos factores que sustentaram este último acréscimo (contrariado, em contrapartida, pela perda de competitividade associada à apreciação real da moeda angolana - cf. cap. 5) favoreceram também o aumento das importações, nomeadamente a relativa liberalização do comércio externo efectuada nos últimos anos, com uma redução média dos encargos aduaneiros e alguma simplificação de procedimentos - no contexto da melhoria operacional resultante de se ter iniciado, em Março de 2001, a gestão privada das Alfândegas. Não obstante determinados aspectos deste processo (como a redução das isenções aduaneiras) poderem

ter induzido a quebra de algumas importações, o certo é que, globalmente, estas últimas aumentaram 5.7% em 2001. Para tal resultado contribuiu ainda o efeito provocado pelo reforço do investimento

directo estrangeiro - essencialmente

encaminhado para o sector petrolífero, com a particularidade de se voltar a contabilizar um valor elevado de bónus (contrapartidas pelos direitos de exploração) - reforço esse que se admite poder acentuar-se em 2002, reflectindo especialmente a expansão das áreas de produção.

Ao avolumar do investimento directo veio juntar-se um afluxo de outros capitais bastante superior ao programado - e correspondente a novos financiamentos não-concessionais com garantia de petróleo - mas tal não bastou para evitar a deterioração das reservas cambiais (após dois anos de um reforço considerável) e a acumulação de novos atrasados da dívida externa. O peso relativo desta última terá diminuído nos últimos dois anos (cf. gráf. VIII), em função do aumento das exportações, mas estima-se que continua elevado (101.2% do PIB em 2001) e sobretudo com um serviço oneroso, dado o reduzido grau de concessionalidade que a caracteriza. Gráfico VII -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80

Bal. corrente Bal. global Mercadorias Serviços e rendimentos

(est.) (prog.) Balança de pagamentos (1992-2002, em % do PIB)

eixo secundário (est.) Gráfico VIII 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 0 40 80 120 160 200 240 Em % do PIB

Médio e longo prazo Curto prazo Total Atrasados

eixo secundário

Dívida externa (1993-2001, estimativas, milhões de USD)

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4. FINANÇAS PÚBLICAS

O processo de análise por que têm passado as contas públicas angolanas relativas aos últimos anos - nomeadamente na sequência do trabalho conjunto entre as autoridades e o FMI para efeitos do Programa Monitorado vigente até meados de 2001 - determinou uma significativa revisão dos respectivos valores (ainda passível de mais rectificações, dadas as dificuldades que se encontram neste contexto). Na sequência de tal revisão, fica patente que a crónica instabilidade nominal da economia angolana tem resultado essencialmente do excesso de despesa pública (pela debilidade do controlo exercido sobre a mesma), excesso esse que coloca fortes pressões sobre a política monetária, dando origem - com a agravante da brusquidão - a sucessivas injecções de liquidez na economia, que necessariamente se repercutem sobre os preços.

Assim se apuraram défices de dimensão extremamente elevada ao longo da década de noventa - sobretudo em 1999, quando recomeçou o conflito armado (cf. gráf. IX) - com algum progresso aparente nos dois últimos anos (valores provisórios, repita-se) e mesmo uma expectativa de superavit para

2002. Esta última está condicionada, em particular, pelo grau de sucesso que se venha a obter nos esforços para o saneamento das contas públicas, quer quanto à consolidação de receitas quer, sobretudo, no tocante ao controlo das despesas orçamentadas e à eliminação das extra-orçamentais - muito relevantes em 2000/01 (cf. quadro IX) e abrangendo desde despesas quase-fiscais efectuadas pelo BNA por conta do Tesouro até à cobertura dos défices operacionais de diversas entidades públicas, além de despesas associadas ao sector petrolífero. Tal sector continuou a ser responsável pela maioria da receita pública estimada em 2001 (cf. gráf. X), não obstante uma redução em termos relativos, associada à queda do preço internacional do crude - que provocou uma variação de -22.5% nas receitas petrolíferas do Estado (depois do pico registado em 2000: USD 4.1 mil milhões). Admite-se ainda nova queda em 2002, como reflexo do esperado prolongamento na tendência de Quadro IV

Operações financeiras do Estado

(em % do PIB)

2000 2001 2002

est. est. orç.

Receitas totais 54.0 43.5 39.0

Receitas petrolíferas 46.2 33.1 28.7

Rec. corr. não-petrol. 5.5 8.1 9.2

Donativos 2.3 2.3 1.1 Despesas totais 60.7 48.8 37.9 Despesas correntes 44.8 30.6 31.9 Bens e serviços 26.6 12.9 16.0 Pessoal 5.9 7.8 9.2 Juros programados 5.6 4.7 3.7 Transferências 6.7 5.2 3.1 Desp. de investimento 6.3 5.4 6.0 Outras despesas1 9.6 12.8 0.0

Saldo global (compromissos) -6.7 -5.3 1.1

Variação de atrasados2 26.5 -0.9 4.1

Saldo global (caixa) 19.8 -6.2 5.2

Financiamento interno -15.0 5.8 6.2

Financiamento externo -4.8 0.4 -11.4

1 Despesas quase-fiscais, défices operacionais do BNA e

não-identificadas; 2 Atrasados internos e de juros

Gráfico IX -35 -30 -25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Global Global s/ Juros Global s/ Juros, c/ Bónus do petróleo

Finanças públicas (1992-2002, estimativas, saldos em % do PIB)

(25)

baixa do preço internacional (desmentida, porém, até Agosto) e da canalização de uma

fatia maior da receita total do sector para a recuperação do considerável investimento suportado pelos parceiros externos.

A quebra relativa das receitas petrolíferas face ao total é também resultado do aumento que as restantes receitas têm conhecido em termos absolutos (com variações, expressas em USD, de 41.1% em 2000 e 58.7% em 2001). Para tanto, contribuiram factores como a reforma do sector diamantífero (cuja receita para o Estado terá aumentado 203% entre 1999 e 2001, estimando-se em USD 62.9 milhões neste último ano) e o início da gestão privada das Alfândegas, em Março de 2001 (cujo impacto, restringindo as isenções aduaneiras e melhorando a organização, terá já permitido aumentar em 59.2% a receita de 2001 - admitindo-se outro tanto para 2002). As principais tarefas a desenvolver estão todavia, como atrás se sublinhou, no domínio da despesa - e, em particular, no combate aos gastos extra-orçamentais, cuja dimensão poderá ter ascendido a 12.8% do PIB em 2001 (depois dos 9.6% estimados no ano anterior). Ressalvando a incerteza que resulta de não se conhecer com rigor a natureza de uma parte substancial dos

referidos gastos, destaca-se, no conjunto das despesas, o aumento relativo dos encargos salariais - permitindo uma recuperação do poder de compra que deve, no entanto, ser sustentada pela contenção em outras categorias de despesa. Tal terá, aliás, sucedido com os bens e serviços, reflectindo a descompressão do esforço de guerra, e também com as transferências (cf. gráf. XI), sobretudo graças à redução nos subsídios aos preços dos combustíveis (admitindo-se que possa haver novas poupanças, em 2002, nas transferências para as empresas públicas, devido ao relançamento das privatizações). O défice global que se apurou em 2001 na

perspectiva dos compromissos foi ainda agravado, na óptica de caixa, pela louvável redução de atrasados associada ao esforço de regularização da dívida interna (encetado em meados do ano, começando pelos créditos de menor valor). Daí resultaria, enfim, a necessidade de mobilizar financiamento, que veio a ser sobretudo interno (e monetário, ou seja mais imediatamente inflacionista), dadas as dificuldades de acesso a crédito externo, em termos concessionais, enquanto não se lograr uma normalização da dívida externa - por sua vez dependente de avanços adequados no processo de estabilização e ajustamento da economia. Gráfico X 0 10 20 30 40 50 60 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Donativos Outras rec. correntes Imp. sobre com. externo Imp. sobre consumo Imp. sobre rendimento Rec. petrolíferas

Receitas públicas (1992-2002, em % do PIB)

Receitas públicas (1996-2002, estimativas, em % do PIB)

(orç.) Gráfico XI 0 10 20 30 40 50 60 70 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Bens e serv. Pessoal Juros prog. Transf. Outras Investimento

Despesas públicas (1996-2002, estimativas, em % do PIB)

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5. SITUAÇÃO MONETÁRIA, FINANCEIRA E CAMBIAL

O peso assumido pelo Estado, a diversos níveis, na economia angolana (não obstante a abertura ao mercado encetada em finais dos anos oitenta) determina, entre outras consequências, que as opções seguidas no âmbito da política orçamental acabem por se revelar decisivas no quadro geral da gestão macroeconómica. Tal característica tem sido notória ao longo dos últimos anos, sobretudo na perspectiva de uma análise aos esforços desenvolvidos com vista à estabilização financeira, e contrasta, em particular, com as limitações da política monetária. Esta última é, efectivamente, exercida num contexto de repressão financeira (patente, por exemplo, na prática de taxas de juro reais negativas - só recentemente em vias de ultrapassagem), com um sistema bancário em expansão mas ainda pouco eficiente e centrado numa autoridade monetária cuja rentabilidade operacional se deteriorou significativamente nos últimos anos.

O excesso de despesa pública tem sido, de facto, apontado como a causa última da instabilidade nominal que vai persistindo na conjuntura angolana (conforme reflecte, com

particular clareza, a cadência inflacionária: em queda tendencial desde meados de 2000 mas mais lentamente do que seria desejável e ultrapassando as metas, já de si pouco

ambiciosas, estipuladas pelas autoridades - cf. cap. 2). Esse excesso de despesa, que terá continuado patente ao longo de 2001, fez-se sentir desde logo no plano estritamente orçamental, ou seja no financiamento ao Tesouro: o crédito líquido ao SPA acusou um acréscimo equivalente a 39.8% do stock inicial da massa monetária (cf. gráf. XII), em contraste com a redução do ano anterior. Além deste impacto orçamental directo, terá também voltado a verificar-se, tal como em 2000, um importante efeito expansionista induzido pela realização de diversos tipos de despesas extra-orçamentais (reflectindo as dificuldades sentidas para assegurar um controlo efectivo a este nível - cf. cap. 4). Particularmente perniciosa por ocorrer com frequência de forma brusca, originando sobressaltos de liquidez que distorcem as expectativas, a pressão exercida por ambas essas vias acabaria por determinar uma excessiva injecção monetária na economia, fenómeno esse que inevitavelmente acabou por se repercutir sobre os preços.

Gráfico XII -600 -400 -200 0 200 400 600 800 1000 1200 1997 1998 1999 2000 2001 Outros activos líquidos Crédito interno líquido Posição externa

Factores de variação da Liquidez (1997-2001)

Variação em % do stock inicial de M3 (est.) Gráfico XIII 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130

Dez 99 Jun 00 Dez 00 Jun 01 Dez 01 Mar 02 Maio 02

Taxas dos Títulos do Banco Central (TBC, médias, em %)

(27)

Parte substancial da referida pressão (com a qual se conjugou aliás o efeito, igualmente expansionista, induzido por um aumento do crédito à economia correspondente a 36.7% do stock inicial da massa monetária) foi canalizada para o mercado cambial - como é natural numa economia tão fortemente dependente da importação como a angolana - determinando, em meados de 2001, um afastamento significativo entre as taxas praticadas no mercado paralelo e as vigentes no mercado oficial (cf. gráf. XIV). Apesar de liberalizado em 1999, este último continua a ser pautado pela intervenção frequente do BNA, cujo principal instrumento para a prossecução dos seus objectivos de política monetária acaba precisamente por ser a venda de divisas no mercado cambial - que terá ascendido a cerca de USD 1.2 mil milhões em 2001.

A impossibilidade de sustentar o recurso a este instrumento quando as contas públicas se revelam expansionistas ficaria evidente no final de 2001: apesar de uma redução das reservas oficiais para cerca de metade do nível atingido em 2000, o aumento da liquidez cifrou-se em 162.7% e a taxa de câmbio efectiva do Kwanza acusou em Dezembro de 2001 uma depreciação de aproximadamente 50% face ao valor

apurado no mês homólogo do ano anterior (e ainda, no entanto, uma apreciação de 13.4% em termos reais, que naturalmente afecta a competitividade da economia angolana - cf.

gráf. XV). O outro instrumento relevante utilizado pela autoridade monetária - a colocação de Títulos do Banco Central (TBC) - conheceu, por seu turno, uma evolução apreciável nos primeiros meses de 2002, com destaque para o aumento do volume de transacções e a queda das taxas nos prazos menores.

O panorama monetário evidenciou também uma evolução globalmente favorável neste período, com uma importante recuperação das DLX oficiais e um aumento da massa monetária em 30.3% até Maio (o que é relativamente moderado mas já pouco confortável face aos 52.4% programados para todo o ano). A respaldar esta evolução, parece patente algum progresso na esfera das contas públicas, como desde logo se constata pela redução do crédito líquido ao SPA entre Dezembro e Maio (num montante equivalente a 21.2% do stock inicial da massa monetária), embora o OGE rectificativo debatido em Julho levante alguma preocupação, dado prever aumentos de despesa substancialmente superiores à correcção das receitas.

Gráfico XIV 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Mercado oficial (tx. de referência) Mercado paralelo

1998 1999 2000

Taxas de câmbio KZ/USD (1998-2002, médias mensais)

2002: Junho 2001 2002 Gráfico XV 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 1996 1997 1998 1995 1999 (depreciação: - ; apreciação: +) Índice (base 100: 1994)

Taxa de câmbio efectiva real (1995-2002, média mensal)

2000 2001

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ANGOLA - Quadro 1

Principais Indicadores Económicos, 1996 - 2002

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2001 2002 2002

Est. Est. Est. Est. Est. Prog. Est. Prog. Est.

PRODUTO E PREÇOS

PIB real 11.2 7.9 6.8 3.3 3.0 3.4 3.2 17.2 Sector petrolífero 10.4 4.7 3.5 1.0 0.4 -1.8 -1.0 25.3

Inflação (t.v. homóloga do IPC) 1 650.1 147.7 134.8 329.0 268.4 75.0 116.1 50.0 94.9 Maio

(t.v. média do IPC) 4 145.1 219.2 107.3 248.2 325.0 120.0 152.6 118.7 Maio

CONTAS EXTERNAS

Exportações f.o.b. (em USD) 38.9 -2.0 -31.2 49.8 50.9 -4.2 -15.0 0.9 Importações f.o.b. (em USD) 10.2 27.3 -19.9 49.5 1.2 12.6 5.7 8.0 FINANÇAS PÚBLICAS (em KZ1 correntes)

Receitas totais 9 609.4 87.0 15.7 899.8 456.3 86.3 89.1 39.7 Despesas totais 6 708.7 111.8 -4.4 1 194.5 284.7 41.7 88.8 21.1 Défice global 3 523.9 184.9 -43.2 2 351.8 10.0 -319.4 86.7 -132.0 MOEDA E CRÉDITO

Crédito interno total (líq.) 338.9 405.4 156.0 176.0 -1 191.3 30.1 89.6 -427.5 -174.2 6

Sector público administrativo (líq.) 31.8 1 235.2 300.0 133.8 -2 332.2 55.3 40.1 -133.8 -93.8 6

Economia 700.4 244.5 47.8 261.8 308.8 210.7 265.8 82.4 79.7 6

Massa monetária (M3) 2 550.7 90.3 126.0 528.2 303.7 127.3 162.7 52.4 30.3 6

SALDO ORÇAMENTAL GLOBAL 2

-16.2 -22.1 -8.7 -31.8 -6.7 6.8 -5.3 0.9 INVESTIMENTO INTERNO BRUTO 26.6 25.3 24.1 32.3

SALDO DA CONTA CORRENTE EXTERNA -3.8 -12.4 -31.7 -25.7 10.0 -8.3 -2.7 -5.9 TAXAS DE CÂMBIO (médias)

Nominal KZ1/EUR (mercado oficial) 2.662 9.147 19.767 36.695 Maio

Nominal KZ1/USD (mercado oficial) 0.128 0.228 0.393 2.791 10.041 22.360 22.020 38.078 40.106 Maio

ITCE real (base 100: 1994) 3 130.3 236.5 281.0 136.4 162.2 182.7 189.1 Abr.

DÍVIDA EXTERNA (USD milhões) 8 488 9 590 9 778 10 311 10 171 9 600 Em % das exportações 4 155.5 183.2 266.7 188.6 125.6 138.9

Em % do PIB 129.8 124.6 151.5 169.4 114.8 101.2 Serviço da dívida prog. em % das export. 4 36.3 37.0 70.9 44.6 39.3 28.7 48.2

TAXAS DE JURO

Depósitos a 1 ano (média simples das OIM) +1.55 45.0 45.0 57.0 57.0 57.0 57.0 Maio

Redesconto +2.05 48.0 58.0 120.0 150.0 150.0 150.0 Maio

Títulos do Banco Central (a 28 dias) 79.1 115.2 120.8 41.9 Maio

Fontes: Banco Nacional de Angola, Fundo Monetário Internacional e cálculos do Banco de Portugal.

1 Kwanza (reintroduzido em Outubro de 1999, à razão de 1 para 1 milhão de Kwanzas Reajustados); 2 Englobando os Donativos nas Receitas e não no Financiamento; 3 Índice da taxa de câmbio efectiva real, calculado a partir das taxas oficiais praticadas para as moedas dos quatro principais parceiros comerciais no período 1995/1999

(depreciação: -; apreciação: +); 4 Bens e serviços; 5 Para apurar a taxa em causa, aos pontos percentuais indicados aplica-se um índice de correcção monetária

igual à variação da taxa de câmbio do mercado primário nos trinta dias precedentes; 6 Variação entre Dezembro de 2001 e Maio de 2002. (nas unidades definidas) (em percentagem do PIB) (variação anual em percentagem)

(31)

ANGOLA - Quadro 2

Produto Interno Bruto, 1996 - 2002

(preços correntes, em milhões de KZ1)

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2001 2002 Est. Est. Est. Est. Est. Prog. Est. Prog. Sector primário 571 1 073 1 423 12 478 64 730 140 800 253 700 Agricultura, silvicultura e pesca 59 158 330 1 080 5 193 16 700

Indústria extractiva 512 915 1 093 11 398 59 537 124 100 Petróleo e gás 484 839 956 9 980 53 858 111 900 196 100 Outros 28 76 137 1 418 5 679 12 200 Sector secundário 55 149 318 1 089 5 178 15 400 30 800 Indústria transformadora 29 77 160 553 2 649 7 900 Electricidade e água 0 1 2 6 27 100 Construção 26 71 156 529 2 502 7 400 Sector terciário 194 488 757 3 383 18 997 52 600 103 500 Serviços mercantis 125 283 489 2 555 12 924 32 600 Serviços não-mercantis 69 206 267 828 6 073 20 000

PRODUTO INTERNO BRUTO (custo de factores) 820 1 710 2 498 16 950 88 905 208 800 388 000

Impostos indirectos 16 41 35 37 39 100 200

PRODUTO INTERNO BRUTO (preços de mercado) 836 1 752 2 533 16 987 88 944 190 300 208 900 388 200

Consumo 640 1 037 1 710 7 928 Público 342 734 808 Privado 298 303 902 Investimento 222 444 610 5 493 Público 41 80 35 Privado 181 364 575 Procura interna 862 1 481 2 320 13 421 Exportações de bens e serviços 698 1 195 1 440 16 568 Procura global 1 560 2 676 3 760 29 989 Importações de bens e serviços 455 920 1 226 13 001

Pro memoria:

Poupança interna bruta 196 715 823 9 059 PIBpm nominal (milhões de USD) 2

6 539 7 699 6 452 6 087 8 858 8 511 9 487 10 195 PIBpm nominal (milhões de USD) 3

5 065 5 826 4 133 5 381 8 428 -- 8 723 -- Deflator do PIBpm (variação anual em %) 5 381.7 94.2 35.4 549.2 408.4 106.9 127.6 58.6 PIBpm nominal (variação anual em %) 5 995.7 109.5 44.6 570.6 423.6 114.0 134.9 85.8 PIBpm real (variação anual em %) 11.2 7.9 6.8 3.3 3.0 3.4 3.2 17.2 Sector petrolífero 10.4 4.7 3.5 1.0 0.4 -1.8 -1.0 25.3

(32)

ANGOLA - Quadro 3

Índice de Preços no Consumidor, 1991 - 2002 (*)

(em percentagem)

Var. mensal Var. acumulada Var. homóloga Var. média

(1) (2) (3) (4) 1991 Dezembro -- 175.72 175.72 2 103.18 1992 Dezembro -- 495.80 495.80 299.10 1993 Dezembro -- 1 837.71 1 837.71 1 379.34 1994 Dezembro -- 971.87 971.87 949.73 1995 Dezembro -- 3 783.25 3 783.25 2 671.63 1996 Dezembro -- 1 650.11 1 650.11 4 145.11 1997 Dezembro -- 147.74 147.74 219.18 1998 Dezembro -- 134.75 134.75 107.29 1999 Janeiro 10.57 10.57 146.28 115.13 Fevereiro 12.13 23.99 167.89 124.72 Março 6.48 32.02 177.34 133.82 Abril 7.79 42.31 184.70 143.05 Maio 10.28 56.93 195.72 152.38 Junho 11.23 74.56 217.19 162.98 Julho 13.27 97.72 224.94 173.01 Agosto 16.80 130.94 201.02 178.15 Setembro 28.85 197.57 271.69 191.93 Outubro 20.24 257.79 326.82 211.54 Novembro 9.36 291.28 335.30 230.55 Dezembro 9.64 329.00 329.00 248.22 2000 Janeiro 13.49 13.49 340.31 265.50 Fevereiro 10.25 25.12 332.93 279.33 Março 12.23 40.43 356.31 294.11 Abril 8.74 52.70 360.33 307.55 Maio 28.58 96.34 436.72 329.17 Junho 6.72 109.53 414.96 345.04 Julho 7.72 125.71 389.73 356.03 Agosto 18.14 166.65 395.35 368.95 Setembro 5.35 180.92 305.00 362.84 Outubro 9.83 208.53 269.94 348.55 Novembro 7.44 231.49 263.44 335.26 Dezembro 11.12 268.35 268.35 325.03 2001 Janeiro 5.10 5.10 241.12 311.40 Fevereiro 8.16 13.68 234.65 298.98 Março 4.88 19.22 212.74 284.12 Abril 14.11 36.05 228.18 273.60 Maio 9.66 49.19 179.89 253.51 Junho 4.25 55.53 173.41 236.61 Julho 3.95 61.67 163.84 221.57 Agosto 3.48 67.30 131.10 202.69 Setembro 3.41 73.00 126.85 188.39 Outubro 4.18 80.23 115.18 175.09 Novembro 4.10 87.62 108.49 162.80 Dezembro 15.20 116.14 116.14 152.60 Dezembro (prog.) -- 75.00 75.00 120.00 2002 Janeiro 7.63 7.63 121.35 145.20 Fevereiro 6.21 14.31 117.35 138.24 Março 5.63 20.75 118.91 132.96 Abril 4.13 25.74 99.77 125.03 Maio 6.98 34.52 94.89 118.66 Dezembro (prog.) -- 50.00 50.00 --

Fontes: Banco Nacional de Angola e cálculos do Banco de Portugal.

(*) Índice total (inclui as tarifas dos serviços públicos).

(33)

ANGOLA - Quadro 4

Balança de Pagamentos, 1996 - 2002

(em milhões de USD)

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2001 2002

Est. Prog. Est. Prog.

1. CONTA CORRENTE -249 -953 -2 043 -1 563 885 -704 -253 -602 Mercadorias 3 129 2 469 1 408 2 116 4 738 4 010 3 378 3 169 Exportações (f.o.b.) 5 169 5 066 3 487 5 225 7 885 7 554 6 703 6 760 dq: Sector petrolífero 4 854 4 630 3 047 4 559 7 120 6 565 5 975 5 914 Sector diamantífero 407 420 629 738 688 798 Importações (f.o.b.) -2 040 -2 597 -2 079 -3 109 -3 147 -3 544 -3 325 -3 591 Serviços, rendimentos e transferências unil. -3 378 -3 422 -3 451 -3 679 -3 853 -4 714 -3 631 -3 771

Serviços e rendimentos -4 402 -3 528 -3 621 -3 891 -4 082 -3 878 -4 032

Créditos 311 251 158 179 342 352 359

Débitos -4 713 -3 778 -3 779 -4 070 -4 424 -4 230 -4 391

dq: Juros da dívida pública prog. -767 -506 -644 -648 -651 -749 -550 -520

Transferências unilaterais 1 1 024 106 170 212 229 247 260

2. CONTA DE CAPITAL E FINANCEIRA 25 297 681 1 420 -140 545 338

Endividamento a médio e longo prazo -306 100 -1 363 -290 -628 -344 -585 -750

Desembolsos 907 1 533 593 1 500 1 902 1 134 2 196 910

Amortizações programadas -1 213 -1 433 -1 956 -1 790 -2 530 -1 478 -2 781 -1 660 Investimento directo estrangeiro (líq.) 588 412 1 114 2 471 878 1 347 1 445

dq: "Bónus" do petróleo 2 0 51 935 0 450 0

Endividamento a curto prazo (líq.) -257 -215 930 -761 -390 -217 -357

3. ERROS E OMISSÕES -122 -153 -24 -9 -739 -- -1 216 --

4. BALANÇA GLOBAL: (1) + (2) + (3) -346 -809 -1 386 -152 6 -913 -924 -264

5. FINANCIAMENTO 346 809 1 386 152 -6 63 924 264

Variação das DLX (aumento: - ) -1 520 183 321 -639 -631 63 508 -132

Financiamento excepcional 1 866 626 1 065 791 625 416 396

dq: Variação de atrasados (aumento: + ) -3 871 597 990 791 473 510 407

Alívio da dívida 5 737 29

6. DIFERENCIAL DE FINANCIAMENTO 3: (4) + (5) 0 0 0 0 0 -850 0 0

(34)

ANGOLA - Quadro 5

Distribuição Geográfica das Exportações, 1990 - 2000

(em percentagem do total)

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 1990 a 2000 China 1 3.8 5.0 13.2 4.0 7.3 13.9 -- Coreia do Sul 1 0.0 0.0 2.8 13.4 10.2 -- Espanha 1.4 1.3 2.8 2.7 4.6 3.3 4.2 1.9 0.8 1.0 2.6 2.4 E.U.A. 51.0 56.5 62.8 71.3 70.3 65.9 58.0 65.0 63.5 53.1 49.4 59.1 França 12.7 10.6 6.7 4.3 3.9 2.4 2.9 3.9 2.9 2.0 5.1 5.0 Portugal 2.1 3.4 3.0 0.2 0.2 0.4 0.3 1.0 0.6 0.2 0.7 1.0 Taiwan 1 6.1 1.7 8.2 6.4 4.8 -- Outros 32.8 28.2 24.7 21.5 21.0 24.2 23.5 13.3 17.2 16.6 13.3 -- Exportações totais 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 --

Fontes: Banco Nacional de Angola, Fundo Monetário Internacional e cálculos do Banco de Portugal.

1 Os valores em falta estão diluídos na rubrica Outros (a China registou uma quota média de 7.9% entre 1995 e 2000; a Coreia do Sul e Taiwan alcançaram 5.1% e 5.3%, respectivamente, entre 1996 e 2000).

ANGOLA - Quadro 6

Distribuição Geográfica das Importações, 1990 - 2000

(em percentagem do total)

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 1990 a 2000 África do Sul 1 5.3 6.2 6.7 8.0 18.7 9.2 9.7 9.7 10.2 -- Alemanha 1 5.3 4.3 3.9 2.3 1.8 1.7 1.7 2.3 2.4 1.7 -- Brasil 5.3 4.1 2.6 2.9 11.9 1.2 1.9 4.0 6.0 3.3 4.4 4.8 China 1 1.3 1.5 1.4 1.8 1.3 -- Coreia do Sul 1 0.0 0.0 1.0 15.6 16.3 -- Espanha 6.7 3.9 14.6 10.0 2.4 3.5 5.0 8.5 4.9 4.4 2.9 6.9 E.U.A. 9.6 11.2 6.5 12.9 15.6 15.4 14.5 13.7 17.6 13.0 10.3 14.8 França 9.8 10.5 6.6 7.3 10.5 22.7 8.3 5.8 5.8 7.8 5.6 10.1 Holanda 6.2 4.0 3.3 4.8 4.2 3.6 3.4 4.6 5.2 3.9 3.3 4.8 Itália 5.0 3.6 2.4 4.7 2.5 2.5 3.1 2.7 3.7 2.9 3.0 3.7 Portugal 26.1 31.8 34.1 26.6 22.5 20.4 21.5 22.5 20.4 15.1 15.9 25.8 Reino Unido 3.4 3.7 4.7 3.2 2.8 2.9 3.9 6.4 3.4 5.5 4.4 4.9 Outros 22.6 22.9 16.0 19.1 19.1 16.8 16.5 18.9 18.1 15.8 23.7 -- Importações totais 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 --

Fontes: Banco Nacional de Angola, Fundo Monetário Internacional e cálculos do Banco de Portugal.

(35)

ANGOLA - Quadro 7

Dívida Pública Externa, 1996 - 2001

(em milhões de USD)

1996 1997 1998 1999 2000 2000 2001

Est. Est. Est. Est. Prog. Est. Est.

Dívida de médio e longo prazo 8 072 8 990 8 756 9 614 8 347 9 450

A) dq: Juros atrasados 491 717 829 B) dq: Não-Concessional 7 929 7 409 7 658 Credores multilaterais 254 268 210 dq: Juros atrasados 22 26 29 Credores bilaterais 7 818 8 722 8 546 dq: Juros atrasados 469 691 800 Países do ex-COMECON 2 510 2 501 2 573 dq: Juros atrasados 97 112 115 Restantes países 5 308 6 221 5 973 dq: Juros atrasados 372 579 685

Dívida de curto prazo 416 600 1 022 697 581 721

dq: Juros atrasados 4 15 18 Credores bilaterais 416 600 1 022 dq: Juros atrasados 4 15 18 Países do ex-COMECON 0 3 44 dq: Juros atrasados 0 0 1 Restantes países 416 597 978 dq: Juros atrasados 4 15 17

DÍVIDA EXTERNA TOTAL 8 488 9 590 9 778 10 311 8 928 10 171 9 600 A) dq: Atrasados 2 051 2 648 3 638 4 198 5 003 4 615 4 685 dq: Juros atrasados 495 732 847

B) dq: Não-Concessional 8 626 7 990 8 379

Serviço programado da dívida de m/l prazo 1 980 1 939 2 600 2 438 1 895 3 181 3 331

Capital 1 213 1 433 1 956 1 790 1 426 2 530 2 781

Juros 767 506 644 648 469 651 550

Dívida externa total 155.5 183.2 266.7 188.6 132.8 125.6 138.9

dq: Não-Concessional 157.8 118.8 103.5

Serviço programado da dívida de m/l prazo 36.3 37.0 70.9 44.6 28.2 39.3 48.2

Dívida externa total 129.8 124.6 151.5 169.4 123.2 114.8 101.2

dq: Não-Concessional 141.7 110.3 94.6

(em % das exportações de bens e serviços)

(36)

ANGOLA - Quadro 8

Operações Financeiras do Estado, 1996 - 2002

(em milhões de KZ1)

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2001 2002 Est. Est. Est. Est. Est. Orç. Est. g.e.2 Orç. 1. RECEITAS TOTAIS 400 747 864 8 638 48 052 89 512 90 872 101.5 126 954 1.1. Receitas correntes 375 706 799 7 959 46 019 83 422 86 067 103.2 123 410 Receitas petrolíferas 336 600 592 6 989 41 125 70 792 69 146 97.7 93 456 Receitas não-petrolíferas 39 106 207 970 4 894 12 631 16 921 134.0 29 954 Impostos sobre o rendimento 7 24 52 264 1 354 3 425 5 849 170.8 9 957 Impostos sobre o consumo 7 27 61 328 1 605 3 616 4 805 132.9 4 857 Impostos sobre o comércio internacional 16 34 56 224 1 238 4 067 4 178 102.7 10 114 Outras receitas 9 21 38 154 697 1 522 2 089 137.2 5 026 1.2. Donativos 25 41 65 679 2 033 6 090 4 805 78.9 3 543 2. DESPESAS TOTAIS 535 1 134 1 084 14 032 53 983 76 501 101 943 133.3 123 410 2.1. Despesas correntes 235 647 883 8 683 39 858 62 799 63 923 101.8 103 836 Despesas com o pessoal 60 179 233 720 5 281 7 993 16 294 203.9 29 790 Bens e serviços 47 311 448 4 610 23 619 31 590 26 948 85.3 52 135 Juros da dívida programados 97 98 175 1 552 4 975 11 608 9 818 84.6 11 900 Transferências 31 59 27 1 801 5 983 11 608 10 863 93.6 10 010 2.2. Despesas de investimento 108 82 150 2 190 5 628 13 702 11 281 82.3 19 574 2.3. Outras 3 192 405 51 3 159 8 497 0 26 739

-- 0

3. SALDO CORRENTE: (1.1) - (2.1) 139 59 -84 -724 6 161 20 623 22 143 -- 19 574 4. SALDO GLOBAL (S/ DONATIVOS): (1) - (2) - (1.2) -161 -428 -285 -6 073 -7 964 6 922 -15 876 -- 0

5. SALDO GLOBAL (Base Compromissos): (1) - (2) -136 -387 -220 -5 394 -5 931 13 011 -11 072 -- 3 543

6. VARIAÇÃO DE ATRASADOS 205 195 295 1 840 23 542 -2 664 -1 880 -- 13 422 6.1. Internos 53 100 100 545 20 235 -11 228 -7 103 -- 5 125 6.2. Juros externos 152 95 195 1 295 3 307 8 564 5 223 -- 8 297 7. VALORES EM TRÂNSITO, ERROS E OMISSÕES 0 0 0 0 0 0 0 -- 0

8. SALDO GLOBAL (Base Caixa): (5) + (6) + (7) 70 -192 75 -3 554 17 611 10 347 -12 952 -- 16 965

9. FINANCIAMENTO -70 192 -75 3 554 -17 611 -9 896 12 952 -- -16 965 9.1. Interno (líq.) 2 70 229 596 -13 326 8 754 12 116 -- 20 249 9.2. Externo (líq.) 4 -72 122 -304 2 958 -4 285 -18 649 836 -- -37 214 dq: Desembolsos de empréstimos a m.l.p. 34 306 124 2 524 10 618 8 564 25 904 302.5 735 Bónus do petróleo 1 0 20 2 609 0 5 138 11 072 215.5 0 10. DIFERENCIAL DE FINANCIAMENTO 5 : (8) + (9) 0 0 0 0 0 451 0 -- 0

Fontes: Banco Nacional de Angola, Fundo Monetário Internacional e cálculos do Banco de Portugal.

1 Kwanza (reintroduzido em Outubro de 1999, substituíu o Kwanza Reajustado à razão de 1 para 1 milhão); 2 Grau de execução face ao orçamentado (em %); 3 Nomeadamente despesas quase-fiscais, défices operacionais do BNA e despesas não identificadas; 4 Incluindo alívio da dívida, variação dos atrasados de capital e

(37)

ANGOLA - Quadro 8b

Operações Financeiras do Estado, 1996 - 2002

(em percentagem do PIBpm)

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2001 2002 Est. Est. Est. Est. Est. Orç. Est. Orç. 1. RECEITAS TOTAIS 47.79 42.64 34.11 50.85 54.02 47.04 43.50 38.97 1.1. Receitas correntes 44.80 40.30 31.54 46.85 51.74 43.84 41.20 37.89 Receitas petrolíferas 40.14 34.25 23.37 41.14 46.24 37.20 33.10 28.69 Receitas não-petrolíferas 4.67 6.05 8.17 5.71 5.50 6.64 8.10 9.20 Impostos sobre o rendimento 0.84 1.37 2.05 1.55 1.52 1.80 2.80 3.06 Impostos sobre o consumo 0.84 1.54 2.41 1.93 1.80 1.90 2.30 1.49 Impostos sobre o comércio internacional 1.91 1.94 2.21 1.32 1.39 2.14 2.00 3.10 Outras receitas 1.08 1.20 1.50 0.91 0.78 0.80 1.00 1.54 1.2. Donativos 2.99 2.34 2.57 4.00 2.29 3.20 2.30 1.09 2. DESPESAS TOTAIS 64.04 64.73 42.79 82.60 60.69 40.20 48.80 37.89 2.1. Despesas correntes 28.16 36.93 34.86 51.12 44.81 33.00 30.60 31.88 Despesas com o pessoal 7.18 10.22 9.20 4.24 5.94 4.20 7.80 9.15 Bens e serviços 5.62 17.75 17.69 27.14 26.55 16.60 12.90 16.01 Juros da dívida programados 11.65 5.59 6.91 9.14 5.59 6.10 4.70 3.65 Transferências 3.71 3.37 1.07 10.60 6.73 6.10 5.20 3.07 2.2. Despesas de investimento 12.92 4.68 5.92 12.89 6.33 7.20 5.40 6.01

2.3. Outras 1 9.55 12.80

3. SALDO CORRENTE: (1.1) - (2.1) 16.65 3.37 -3.32 -4.26 6.93 10.84 10.60 6.01 4. SALDO GLOBAL (S/ DONATIVOS): (1) - (2) - (1.2) -19.24 -24.43 -11.25 -35.75 -8.95 3.64 -7.60 0.00

5. SALDO GLOBAL (Base Compromissos): (1) - (2) -16.25 -22.09 -8.68 -31.75 -6.67 6.84 -5.30 1.09

6. VARIAÇÃO DE ATRASADOS 24.57 11.13 11.65 10.83 26.47 -1.40 -0.90 4.12 6.1. Internos 6.39 5.71 3.95 3.21 22.75 -5.90 -3.40 1.57 6.2. Juros externos 18.18 5.42 7.70 7.62 3.72 4.50 2.50 2.55 7. VALORES EM TRÂNSITO, ERROS E OMISSÕES 0.05 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

8. SALDO GLOBAL (Base Caixa): (5) + (6) + (7) 8.37 -10.96 2.96 -20.92 19.80 5.44 -6.20 5.21

9. FINANCIAMENTO -8.37 10.96 -2.96 20.92 -19.80 -5.20 6.20 -5.21 9.1. Interno (líq.) 0.24 4.00 9.04 3.51 -14.98 4.60 5.80 6.22 do qual: Crédito bancário 0.12 4.00 8.92 2.37 -16.48 -- 2.16 0.00 9.2. Externo (líq.) 2 -8.61 6.96 -12.00 17.41 -4.82 -9.80 0.40 -11.42

dq: Desembolsos de empréstimos a m.l.p. 4.07 17.47 4.90 14.86 11.94 4.50 12.40 0.23 Bónus do petróleo 15.36 0.00 2.70 5.30 0.00 10. DIFERENCIAL DE FINANCIAMENTO 3 : (8) + (9) 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.24 0.00 0.00

Referências

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