Semin
Semin
á
á
rio
rio
Instituto Polit
Instituto Polit
é
é
cnico de Bragan
cnico de Bragan
ç
ç
a
a
30 de Janeiro de 200930 de Janeiro de 2009
“
“
Tempo, Clima e Altera
Tempo, Clima e Altera
ç
ç
ões
ões
Clim
Clim
á
á
ticas
ticas
”
”
João Corte
João Corte
-
-
Real
Real
ASC_ICAM e Departamento de Engenharia Rural
ASC_ICAM e Departamento de Engenharia Rural
Universidade de
Universidade de
É
É
vora
vora
Introdu
Introdu
ç
ç
ão
ão
A atmosfera como componente do Sistema
A atmosfera como componente do Sistema
Clim
Clim
ático ou Sistema Terra
á
tico ou Sistema Terra
Meteorologia
Complexidade da Atmosfera
Complexidade da Atmosfera
a)
a)
Não linear
Não linear
b)
b)
M
M
ú
ú
ltiplas escalas
ltiplas escalas
c)
c)
Mecanismos de
Mecanismos de
realimenta
realimenta
ç
ç
ão
ão
d)
d)
Teleconexões
Teleconexões
e)
e)
Irregular, turbulento ou ca
Irregular, turbulento ou ca
ó
ó
tico.
tico.
Sensibilidade
Processos Fundamentais
Processos Fundamentais
1.
1.
Advec
Advec
ç
ç
ão
ão
2. Atrito
2. Atrito
3. Condu
3. Condu
ç
ç
ão
ão
4.
4.
Convec
Convec
ç
ç
ão
ão
5. Transi
5. Transi
ç
ç
ões de Fase da
ões de Fase da
Á
Á
gua
gua
6. Radia
6. Radia
ç
ç
ão
ão
A origem do movimento
Processos
Teleconexões
Teleconexões
A Oscila
A Oscila
ç
ç
ão do Atlântico Norte
ão do Atlântico Norte
(NAO)
O que é a Oscilação do Atlântico Norte? Como influencia o Clima da Europa?
A Oscilação do Atlântico Norte (NAO) é, tal como o ENSO, uma
teleconexão, identificada por Sir
Gilbert Walker, nos anos vinte do século passado.
Traduz-se por uma correlação negativa entre a pressão atmosférica na Islândia e nos Açores; dito de outra maneira: quando a pressão atmosférica tende a ser menor que a média na Islândia, tende a ser maior que a média nos Açores e
vice-versa; Oscilação do Atlântico Norte (NÃO)
Estado da Atmosfera
Estado da Atmosfera
Composi
Composi
ç
ç
ão (concentra
ão (concentra
ç
ç
ões; humidade espec
ões; humidade espec
í
í
fica)
fica)
Temperatura (T)
Temperatura (T)
Pressão (p)
Pressão (p)
Velocidade ( )
Velocidade ( )
Densidade (
Densidade (
ρ
ρ
)
)
V HV
V
V
r
=
r
+
r
O TEMPO
O TEMPO
O Tempo (atmosf
O Tempo (atmosf
é
é
rico;
rico;
“
“
weather
weather
”
”
)
)
é
é
definido
definido
pelo estado instantâneo da atmosfera.
Estado da Atmosfera
Estado da Atmosfera
Observa
Observa
ç
ç
ões:
ões:
Superf
Superf
í
í
cie: esta
cie: esta
ç
ç
ões meteorol
ões meteorol
ó
ó
gicas,
gicas,
EMAs
EMAs
Altitude:
Altitude:
radiosondagens
radiosondagens
Detec
Detec
ç
ç
ão Remota:
ão Remota:
Sat
Sat
é
é
lite: geostacion
lite: geostacion
á
á
rio;
rio;
ó
ó
rbita polar
rbita polar
Radar: Tempo e
Radar: Tempo e
Perfilador
Perfilador
Enquadramento Internacional
Enquadramento Internacional
Organiza
Organiza
ç
ç
ão Meteorol
ão Meteorol
ó
ó
gica Mundial (OMM)
gica Mundial (OMM)
Conselho Internacional para a Ciência (ICSU)
Conselho Internacional para a Ciência (ICSU)
Painel Intergovernamental para as Altera
Painel Intergovernamental para as Altera
ç
ç
ões
ões
Clim
Clim
á
á
ticas (IPCC)
ticas (IPCC)
Centro Europeu de Previsão do Tempo a M
Centro Europeu de Previsão do Tempo a M
é
é
dio
dio
Prazo (ECMWF)
Prazo (ECMWF)
Institutos de Meteorologia
Institutos de Meteorologia
Meteorologia Sin
Tropical
200510110800UTC_MSG1_MSG_IR_PIBERica
Instituto de Meteorologia, imagem do RADAR de Coruche
Instituto de Meteorologia, imagem do RADAR de Coruche
PREVER O TEMPO
PREVER O TEMPO
Que
Que
é
é
prever o tempo?
prever o tempo?
É
É
determinar os estados futuros da atmosfera,
determinar os estados futuros da atmosfera,
a partir de um estado
a partir de um estado
“
“
inicial
inicial
”
”
conhecido.
conhecido.
É
É
isso poss
isso poss
í
í
vel?
vel?
Se sim, como?
Se sim, como?
PREVER O TEMPO
PREVER O TEMPO
Prever o tempo: sim,
Prever o tempo: sim,
é
é
poss
poss
í
í
vel.
vel.
Porquê?
Porquê?
Porque as vari
Porque as vari
á
á
veis que definem o estado
veis que definem o estado
instantâneo da atmosfera, estão ligadas
instantâneo da atmosfera, estão ligadas
entre si por equa
entre si por equa
ç
ç
ões, que traduzem leis
ões, que traduzem leis
fundamentais da F
fundamentais da F
í
í
sica, e que exprimem
sica, e que exprimem
princ
princ
í
í
pios globais de conserva
pios globais de conserva
ç
ç
ão
ão
(momento linear, massa, energia, momento
(momento linear, massa, energia, momento
angular).
angular).
PREVER O TEMPO
PREVER O TEMPO
Estas equa
Estas equa
ç
ç
ões, que se designam por equa
ões, que se designam por equa
ç
ç
ões de
ões de
balan
balan
ç
ç
o, são equa
o, são equa
ç
ç
ões de progn
ões de progn
ó
ó
stico, i.e., são
stico, i.e., são
equa
equa
ç
ç
ões da forma
ões da forma
∑
=
∂
∂
i
iF
t
X
Evolu
Evolu
ç
ç
ão temporal da atmosfera
ão temporal da atmosfera
Equa
Equa
ç
ç
ões primitivas:
ões primitivas:
Progn
Progn
ó
ó
stico
stico
EquaEquaçções de balanões de balançço da quantidade de movimento (o da quantidade de movimento (eqs.doeqs.do movimento)movimento)
EquaEquaçção de balanão de balançço da massa (o da massa (eqeq. continuidade). continuidade)
EquaEquaçção de balanão de balançço da energia (o da energia (eqeq. termodinâmica). termodinâmica)
Diagn
Diagn
ó
ó
stico
stico
EquaEquaçção de estadoão de estado (outras)
(outras)
Sistema
Descri
Descri
ç
ç
ões
ões
Euleriana
Euleriana
e
e
Lagrangeana
Lagrangeana
Descri
Descri
ç
ç
ão
ão
Euleriana
Euleriana
Descri
Descri
ç
ç
ão
ão
Lagrangeana
Lagrangeana
(
)
t
A
A
grad
t
A
z
A
y
A
x
A
t
z
y
x
A
A
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
=
,
;
,
,
,
,
,
,
(
)
dt
dz
z
A
dt
dy
y
A
dt
dx
x
A
t
A
dt
dA
dt
dA
t
t
z
t
y
t
x
A
A
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
=
=
(
),
(
),
(
),
A
grad
V
t
A
dt
dA
⋅
+
∂
∂
=
r
Descri
Descri
ç
ç
ão
ão
Euleriana
Euleriana
(
V
grad
A
)
dt
dA
t
A
⋅
−
+
=
∂
∂
r
Derivada Local
Derivada Material
Advec
Advec
ç
ç
ão
ão
:
:
transporte pelo campo do
transporte pelo campo do
movimento
movimento
z
A
w
A
grad
V
A
grad
V
H
H
∂
∂
−
⋅
−
=
⋅
−
r
r
Equa
Equa
ç
ç
ões de Progn
ões de Progn
ó
ó
stico
stico
(atmosfera h
(atmosfera h
ú
ú
mida)
mida)
(
)
ϕ
λ
ϕ
ρ
λr
tg
uv
r
uw
F
ew
fv
p
r
dt
du
a−
+
+
−
+
∂
∂
−
=
cos
1
1
V div dt d ou V div dt dρ
ρ
rα
α
r = − =(
)
(
p
α
=
R
a
T
1+
0
,
61
q
)
ϕ
ϕ
ρ
ϕr
tg
u
r
vw
F
fu
p
r
dt
dv
a 21
1
−
−
+
−
∂
∂
−
=
r
v
r
u
g
F
eu
z
p
dt
dw
az 2 21
+
+
−
+
+
∂
∂
−
=
ρ
(
)
Q
p
div
V
dt
dp
&
r
γ
ρ
γ
−
−
=
1
(
e
c
)
D
dt
dq
+
−
=
e, outras tantas equa
e, outras tantas equa
ç
ç
ões quantos os componentes
ões quantos os componentes
adicionais.
adicionais.
Relembrar que:
Relembrar que:
z
u
w
y
u
v
x
u
u
t
u
u
grad
v
t
u
dt
du
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
=
⋅
+
∂
∂
=
r
Como se prevê o tempo?
Como se prevê o tempo?
No presente, o tempo atmosf
No presente, o tempo atmosf
é
é
rico prevê
rico prevê
-
-
se,
se,
resolvendo
resolvendo
com
com
o aux
o aux
í
í
lio de computadores digitais,
lio de computadores digitais,
o sistema de equa
o sistema de equa
ç
ç
ões
ões
que resulta,
que resulta,
por aplica
por aplica
ç
ç
ão de m
ão de m
é
é
todos num
todos num
é
é
ricos
ricos
, da
, da
transforma
transforma
ç
ç
ão das equa
ão das equa
ç
ç
ões que regem o comportamento
ões que regem o comportamento
da atmosfera em equa
da atmosfera em equa
ç
ç
ões
ões
discretizadas
discretizadas
no espa
no espa
ç
ç
o e no
o e no
tempo.
tempo.
Todos os dias, o Centro Europeu de Previsão do Tempo a
Todos os dias, o Centro Europeu de Previsão do Tempo a
M
M
é
é
dio Prazo
dio Prazo
(ECMWF),
(ECMWF),
produz
produz
previsões para dez dias
previsões para dez dias
,
,
à
à
escala global, com base num estado inicial
escala global, com base num estado inicial
“
“
observado
observado
”
”
,
,
referente
Desde quando se fazem previsões meteorológicas?
As previsões meteorológicas remontam aos
finais do século XIX!.
A qualidade das previsões foi melhorando, à medida que a compreensão dos mecanismos
responsáveis pelo tempo e suas alterações, bem como das escalas envolvidas, foi aumentando, designadamente:
i) a partir dos anos trinta, com Rossby e a escola de Chicago, a que pertenceram notáveis cientistas da atmosfera;
ii) dos anos 50 com o aparecimento dos computadores digitais; a primeira previsão numérica do tempo com sucesso foi realizada na Universidade de Princeton, por
Como se prevê o tempo?
O ECMWF, desenvolveu e aplica, outro método de previsão, conhecido como previsão de “Ensemble”; o estado inicial “Observado” é perturbado de modo a produzir vários outros possíveis estados iniciais; o modelo do ECMWF, actua sobre todos estes estados iniciais, produzindo uma família de estados futuros; a previsão é feita à custa de todos os possíveis estados futuros; trata-se de um método de previsão de qualidade superior àqueles que assentam num único estado inicial.
Os resultados da previsão podem ser visualizados sob a forma de cartas de tempo, cartas sinópticas ou cartas meteorológicas.
Os Grandes Mestres
Os Grandes Mestres
(alguns nomes)
(alguns nomes)
Vilhelm
Lewis
Carl
Jule
Joseph
Jacob
Edward
Jos
Jos
é
é
Pinto Peixoto
Pinto Peixoto
estudos sistemáticos da circulação global na atmosfera, e em particular do ciclo global de água na atmosfera.
CLIMA
CLIMA
Que
Que
é
é
o
o
Clima
Clima
?
?
O conceito de
clima
, envolve a
descrição estatística das condições
meteorológicas (i.e. do tempo
atmosférico) durante um intervalo de
tempo longo – convencionalmente
de
30 anos
. Este tratamento estatístico
permite obter um quadro geral das
condições meteorológicas típicas
numa dada região do planeta, durante
o período de tempo escolhido. O
clima é pois uma
representação
conceptual do comportamento
estatístico da atmosfera
,
i.e. o clima
“não está lá fora”! O que “está lá
fora” i.e. o que experimentamos é o
Tempo
. As grandezas que descrevem
o Clima são os
elementos de clima
Tempo e clima
Citando
Citando
Mark
Mark
Twain
Twain
:
:
“
“
Clim
Clim
ate
ate
is
is
what
what
we
we
expect
expect
;
;
weather
Quais
Quais
os
os
tipos
tipos
de
de
clima
clima
que
que
existem
existem
na
na
Terra?
Terra?
Existem
Existem descridescriççõesões simplificadassimplificadas dos dos climasclimas observadosobservados nana Terra, Terra, queque se se baseiam
baseiam emem certoscertos critcritéériosrios seleccionadosseleccionados. . EmEm geralgeral, , estesestes sistemassistemas de de classifica
classificaççãoão categorizamcategorizam o o climaclima de de maneiramaneira a a caracterizarcaracterizar o o ambienteambiente meteorol
meteorolóógicogico e e hhíídricodrico de de umauma regiãoregião emem termostermos da da temperaturatemperatura e da e da precipita
precipitaççãoão..
Um dos mais importantes sistemas de classifica
Um dos mais importantes sistemas de classificaçção dos climas ão dos climas éé o o sistemasistema de
de KKööppenppen,, elaborado em 1918 por elaborado em 1918 por VladimirVladimir KKööppenppen da Universidade de da Universidade de Graz
As classes
As classes principaisprincipais apresentamapresentam as as seguintesseguintes caractercaracteríísticassticas::
A A -- ClimaClima tropical tropical hhúúmidomido:: A A temperaturatemperatura mméédiadia mensal mensal emem todostodos osos
meses
meses do do anoano éé superior a 18superior a 18ººC, C, nãonão existindoexistindo umauma estaestaççãoão de de Inverno
Inverno..
B B -- ClimaClima secoseco:: A A evaporaevaporaççãoão excedeexcede a a precipitaprecipitaççãoão durantedurante a a maiormaior
parte do
parte do anoano
C C -- ClimaClima temperadotemperado com com InvernoInverno suavesuave:: ExisteExiste um um VerãoVerão moderadomoderado
ou
ou quentequente e e InvernoInverno suave. A suave. A temperaturatemperatura mméédiadia do do mêsmês maismais friofrio encontra
encontra--se entre se entre osos 1818ººC e C e osos --33ººC.C.
D D -- ClimaClima temperadotemperado com com InvernoInverno rigorosorigoroso:: VerãoVerão moderadamentemoderadamente
quente
quente e e InvernoInverno friofrio. A . A temperaturatemperatura mméédiadia do do mêsmês maismais quentequente éé superior a 10
superior a 10ºº C, e a do C, e a do mêsmês maismais friofrio éé inferior a inferior a --33ººC.C.
E E -- ClimaClima polarpolar:: InvernoInverno e e VerãoVerão extremamenteextremamente friosfrios. A . A temperaturatemperatura
m
Que
Que
é
é
o
o
Clima
Clima
?
?
O clima é influenciado por diversos
condicionantes, designados por
factores de
clima
, que decorrem da complexidade das
interacções entre os diferentes sistemas que
compõem o nosso Planeta,
da radiação solar
que nos atinge e aquece,
da radiação
infravermelha emitida
pela própria
Terra
para o
espaço e dos
parâmetros orbitais da Terra
(excentricidade da órbita, inclinação do eixo de
rotação da Terra e precessão do eixo).
Qualquer
Qualquer
mudan
mudan
ç
ç
a
a
significativa
significativa
nas
nas
estat
estat
í
í
sticas
sticas
que
que
definem
definem
o
o
clima
clima
,
,
representa
representa
uma
uma
mudan
mudan
ç
ç
a
a
clim
clim
á
á
tica
tica
,
,
uma
uma
varia
varia
ç
ç
ão
ão
do
do
clima
clima
ou
ou
uma
uma
altera
altera
ç
ç
ão
ão
do
do
clima
clima
.
.
Podemos
Podemos
distinguir
distinguir
entre
entre
varia
varia
ç
ç
ões
ões
livres
livres
e
e
for
for
ç
ç
adas
adas
do
do
clima
clima
.
.
A
A
Teoria
Teoria
de
de
Milankovitch
Milankovitch
(
(
mecânica
mecânica
Newtoniana
Newtoniana
!)
!)
Varia
Varia
ç
ç
ões
ões
abruptas
abruptas
do
do
clima
clima
e
e
surpresas
surpresas
.
.
O Clima não tem uma natureza constante; sabemos
que no passado o clima da Terra esteve sujeito a
diversas alterações e que estas vão continuar a
ocorrer no futuro, não apenas devido a “causas
naturais” mas provavelmente também em
consequência da actividade humana (a designada
Alteração do Clima de Origem Antropogénica,
ACC).
Estas alterações podem ter uma influência profunda
no ambiente, nos recursos disponíveis e na vida
PER
PER
Í
Í
ODOS DE VARIA
ODOS DE VARIA
Ç
Ç
ÃO DE TEMPERATURA
ÃO DE TEMPERATURA
AQUECIMENTO: +0,37°C
¾
DE 1915-1945
ARREFECIMENTO:- 0,14°C
¾
DE 1945-1978
AQUECIMENTO: +0,32°C
¾
DE 1978-1999
Temperatura do ar
Temperatura do ar
Oscila
Oscila
ç
ç
ões Naturais dos Campos da
ões Naturais dos Campos da
Temperatura em Portugal
Temperatura m
Temperatura m
é
é
dia anual
dia anual
LISBOA LT = 0.8º C/100 anos R2 = 35% 14 15 16 17 18 1855 1865 1875 1885 1895 1905 1915 1925 1935 1945 1955 1965 1975 1985 1995 Tm é d ( ºC ) MONTALEGRE LT= 0.1º C/100 anos R2 =3% 8 9 10 11 12 13 189 5 190 5 191 5 192 5 193 5 194 5 195 5 196 5 197 5 198 5 Tm éd ( ºC) PORTO LT =0.8º C/100 anos R2 = 19% 12 13 14 15 16 17 1895 1905 1915 1925 1935 1945 1955 1965 1975 1985 1995 Tm éd ( ºC ) ÉVORA LT = 0.8º C/100 anos R2 = 11% 14 15 16 17 18 189 5 190 5 191 5 192 5 193 5 194 5 195 5 196 5 197 5 198 5 199 5 Tm é d ( ºC )
MESA (Temperatura)
MESA (Temperatura)
●
●
É
É
vora
vora
.000 .100 .200 .300 .400 .500 .600 .0 .5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 Periodogram/2pi Model SpectrumTeste de Fisher: α=0.0% 52 52 24 10 7 6 3 S( ºC^2) f(ciclos.ano-1)*2π
Temperatura m
Temperatura m
á
á
xima m
xima m
é
é
dia anual
dia anual
PORTO LT = 1,5º C/100 anos R2 = 37% 17 18 19 20 21 190 1 191 1 192 1 193 1 194 1 195 1 196 1 197 1 198 1 199 1 Tm áx (º C ) MONTALEGRE LT = 0,5º C/100 anos R2 = 3% 12 13 14 15 16 17 190 1 191 1 192 1 193 1 194 1 195 1 196 1 197 1 198 1 199 1 Tm áx (º C ) LISBOA y = 2.0º C /100 anos R2 = 47% 18 20 22 24 190 1 191 1 192 1 193 1 194 1 195 1 196 1 197 1 198 1 199 1 200 1 Tm á x ( ºC ) ÉVORA y = 1.3º C/100 anos R2 = 18% 18 19 20 21 22 23 24 1901 1911 1921 1931 1941 1951 1961 1971 1981 1991 Tm á x ( ºC )
MESA (Temperatura m
MESA (Temperatura m
á
á
xima)
xima)
●
●
É
É
vora
vora
.00 .20 .40 .60 .80 1.00 1.20 1.40 1.60 .0 .5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 Periodogram/2pi Model SpectrumTeste de Fisher: α=0.0% 50 50 20 5 10 S( ºC^2) f(ciclos.ano-1)*2π
●
●
É
É
vora
vora
MA (Temperatura m
MA (Temperatura m
á
á
xima m
xima m
é
é
dia sazonal)
dia sazonal)
1.7 1.7 1.4 1.4 JJA JJA 2.1 2.1 1.5 1.5 MAM MAM 1.1 1.1 0.9 0.9 DJF DJF 1.4 1.4 STD STD 1.9 1.9 IQR IQR7575--2525 SON SON ÉVORA 10 15 20 25 30 35 1901 1911 1921 1931 1941 1951 1961 1971 1981 1991 Tm á x ( ºC ) PRI VER OUT INV P-MM15 V-MM15 O-MM15 I-MM15
Altera
Altera
ç
ç
ões Clim
ões Clim
á
á
ticas
ticas
A
A
“
“
Teoria do Aquecimento Global
Teoria do Aquecimento Global
”
”
O
O
Antropoceno
Antropoceno
(Paul
(Paul
Crutzen
Crutzen
)
)
For
For
ç
ç
amento
amento
radiativo
radiativo
Efeitos do aumento da temperatura média e da variância nos valores extremos da temperatura
Modelos de Clima
Modelos de Clima
Que são Modelos?
Que são Modelos?
Um modelo é uma representação mais ou
menos elaborada da realidade.
Um modelo matemático é um modelo, tratável
por computadores digitais.
A investigação das
Alterações Climáticas
baseia-se nos resultados produzidos por
MODELOS DE CLIMA.
Este sistema de equações, completado por:
condições iniciais e de fronteira, valores
determinados de “constantes” físicas,
métodos de análise numérica (que
permitem obter “soluções” das equações
utilizando computadores digitais) e
representações de processos “não
resolvidos” (parametrizações) constituem
Principais componentes de um Modelo de Clima
Exemplos:
Exemplos:
HadCM2
HadCM2
HadCM3
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HadAM3H
HadAM3H
HadGEM
HadGEM
ECHAM5
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CCM
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ARP
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É
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GE
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O Painel Intergovernamental para as Altera
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ões
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Clim
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ticas (IPCC) estabeleceu quatro fam
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cen
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rios de emissões, cujas caracter
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descritas em pormenor no
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Special
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Report
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Emission
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Scenarios
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(SRES); estas fam
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designadas por
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A1, A2
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B2 e B1
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; a fam
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lia A1
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descreve uma evolu
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ão
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intensiva de combust
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sseis; a fam
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lia B1
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assenta na introdu
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ão de tecnologias limpas e
ão de tecnologias limpas e
eficientes.
Projecção da variação do número de dias consecutivos com temperaturas máximas >25ºC – cenário A2 – Projecto MICE Projecção da variação do número de dias com precipitação intensa – cenário A2 – Projecto MICE
Modelos Regionais de Clima (RCMs)
Os AOGCMs fornecem projecções do clima futuro
em escalas relativamente largas e não conseguem
captar adequadamente os aspectos ou características
regionais e locais, as quais são indispensáveis em
estudos de impactos.
Além disso, fenómenos extremos como temperaturas
severas, ondas de calor, cheias repentinas, etc, não
encontram uma representação suficientemente
adequada nos AOGCMs, i.e. estes modelos não são
capazes de descrever correctamente aquele tipo de
fenómenos nem no que respeita a frequências de
ocorrência nem no que se refere à sua intensidade.
Estas dificuldades só podem ser resolvidas se as
projecções globais forem completadas por “detalhe
regional”; este pode ser dado utilizando modelos
regionais de clima (RCMs).
Exemplos: HadRM3H
(descontinuado)
HadRM3P ou PRECIS
As condições iniciais e de fronteira (dependentes do
tempo) para RCMs são extraídas de AOGCMs ou de
AGCMs. A resolução espacial típica de um RCM é ~
50 km, contrastando com a de ~300 Km de um
AOGCM, o que permite uma muito melhor
representação de ilhas, montanhas, contrastes
continente-oceano, nuvens, precipitação, etc…
14,69 14,69 59,00 59,00 Model Model Reference Reference 15,29 15,29 97,43 97,43 Model Model SRES_A2a SRES_A2a Stdev Stdev Mean Mean 2,74 2,74 3,30 3,30 Model
Model ReferenceReference
3,84 3,84 3,67
3,67 Model
Model SRES_A2aSRES_A2a
Stdev
Stdev
Mean
-9.5 -9 -8.5 -8 -7.5 -7 -6.5 -6 37 37.5 38 38.5 39 39.5 40 40.5 41 41.5 42 0.3 0.45 0.6 0.75 0.9 1.05 1.2 1.35 1.5 1.65 1.8 1.95 2.1 2.25 2.4 2.55 2.7 2.85 3