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Tempo, Clima e Alterações Climáticas. ticas

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(1)

Semin

Semin

á

á

rio

rio

Instituto Polit

Instituto Polit

é

é

cnico de Bragan

cnico de Bragan

ç

ç

a

a

30 de Janeiro de 2009

30 de Janeiro de 2009

Tempo, Clima e Altera

Tempo, Clima e Altera

ç

ç

ões

ões

Clim

Clim

á

á

ticas

ticas

João Corte

João Corte

-

-

Real

Real

ASC_ICAM e Departamento de Engenharia Rural

ASC_ICAM e Departamento de Engenharia Rural

Universidade de

Universidade de

É

É

vora

vora

(2)

Introdu

Introdu

ç

ç

ão

ão

A atmosfera como componente do Sistema

A atmosfera como componente do Sistema

Clim

Clim

ático ou Sistema Terra

á

tico ou Sistema Terra

Meteorologia

(3)
(4)
(5)
(6)

Complexidade da Atmosfera

Complexidade da Atmosfera

a)

a)

Não linear

Não linear

b)

b)

M

M

ú

ú

ltiplas escalas

ltiplas escalas

c)

c)

Mecanismos de

Mecanismos de

realimenta

realimenta

ç

ç

ão

ão

d)

d)

Teleconexões

Teleconexões

e)

e)

Irregular, turbulento ou ca

Irregular, turbulento ou ca

ó

ó

tico.

tico.

Sensibilidade

(7)

Processos Fundamentais

Processos Fundamentais

1.

1.

Advec

Advec

ç

ç

ão

ão

2. Atrito

2. Atrito

3. Condu

3. Condu

ç

ç

ão

ão

4.

4.

Convec

Convec

ç

ç

ão

ão

5. Transi

5. Transi

ç

ç

ões de Fase da

ões de Fase da

Á

Á

gua

gua

6. Radia

6. Radia

ç

ç

ão

ão

A origem do movimento

(8)

Processos

(9)
(10)
(11)
(12)

Teleconexões

Teleconexões

A Oscila

A Oscila

ç

ç

ão do Atlântico Norte

ão do Atlântico Norte

(NAO)

(13)

O que é a Oscilação do Atlântico Norte? Como influencia o Clima da Europa?

A Oscilação do Atlântico Norte (NAO) é, tal como o ENSO, uma

teleconexão, identificada por Sir

Gilbert Walker, nos anos vinte do século passado.

Traduz-se por uma correlação negativa entre a pressão atmosférica na Islândia e nos Açores; dito de outra maneira: quando a pressão atmosférica tende a ser menor que a média na Islândia, tende a ser maior que a média nos Açores e

vice-versa; Oscilação do Atlântico Norte (NÃO)

(14)

Estado da Atmosfera

Estado da Atmosfera

ƒ

ƒ

Composi

Composi

ç

ç

ão (concentra

ão (concentra

ç

ç

ões; humidade espec

ões; humidade espec

í

í

fica)

fica)

ƒ

ƒ

Temperatura (T)

Temperatura (T)

ƒ

ƒ

Pressão (p)

Pressão (p)

ƒ

ƒ

Velocidade ( )

Velocidade ( )

ƒ

ƒ

Densidade (

Densidade (

ρ

ρ

)

)

V H

V

V

V

r

=

r

+

r

(15)

O TEMPO

O TEMPO

ƒ

ƒ

O Tempo (atmosf

O Tempo (atmosf

é

é

rico;

rico;

weather

weather

)

)

é

é

definido

definido

pelo estado instantâneo da atmosfera.

(16)

Estado da Atmosfera

Estado da Atmosfera

ƒ

ƒ

Observa

Observa

ç

ç

ões:

ões:

ƒ

ƒ

Superf

Superf

í

í

cie: esta

cie: esta

ç

ç

ões meteorol

ões meteorol

ó

ó

gicas,

gicas,

EMAs

EMAs

ƒ

ƒ

Altitude:

Altitude:

radiosondagens

radiosondagens

ƒ

ƒ

Detec

Detec

ç

ç

ão Remota:

ão Remota:

ƒ

ƒ

Sat

Sat

é

é

lite: geostacion

lite: geostacion

á

á

rio;

rio;

ó

ó

rbita polar

rbita polar

ƒ

ƒ

Radar: Tempo e

Radar: Tempo e

Perfilador

Perfilador

ƒ

(17)
(18)

Enquadramento Internacional

Enquadramento Internacional

ƒ

ƒ

Organiza

Organiza

ç

ç

ão Meteorol

ão Meteorol

ó

ó

gica Mundial (OMM)

gica Mundial (OMM)

ƒ

ƒ

Conselho Internacional para a Ciência (ICSU)

Conselho Internacional para a Ciência (ICSU)

ƒ

ƒ

Painel Intergovernamental para as Altera

Painel Intergovernamental para as Altera

ç

ç

ões

ões

Clim

Clim

á

á

ticas (IPCC)

ticas (IPCC)

ƒ

ƒ

Centro Europeu de Previsão do Tempo a M

Centro Europeu de Previsão do Tempo a M

é

é

dio

dio

Prazo (ECMWF)

Prazo (ECMWF)

ƒ

ƒ

Institutos de Meteorologia

Institutos de Meteorologia

ƒ

(19)
(20)

Meteorologia Sin

(21)
(22)
(23)
(24)
(25)
(26)

Tropical

(27)

200510110800UTC_MSG1_MSG_IR_PIBERica

(28)
(29)

Instituto de Meteorologia, imagem do RADAR de Coruche

Instituto de Meteorologia, imagem do RADAR de Coruche

(30)
(31)

PREVER O TEMPO

PREVER O TEMPO

Que

Que

é

é

prever o tempo?

prever o tempo?

É

É

determinar os estados futuros da atmosfera,

determinar os estados futuros da atmosfera,

a partir de um estado

a partir de um estado

inicial

inicial

conhecido.

conhecido.

É

É

isso poss

isso poss

í

í

vel?

vel?

Se sim, como?

Se sim, como?

(32)

PREVER O TEMPO

PREVER O TEMPO

Prever o tempo: sim,

Prever o tempo: sim,

é

é

poss

poss

í

í

vel.

vel.

Porquê?

Porquê?

Porque as vari

Porque as vari

á

á

veis que definem o estado

veis que definem o estado

instantâneo da atmosfera, estão ligadas

instantâneo da atmosfera, estão ligadas

entre si por equa

entre si por equa

ç

ç

ões, que traduzem leis

ões, que traduzem leis

fundamentais da F

fundamentais da F

í

í

sica, e que exprimem

sica, e que exprimem

princ

princ

í

í

pios globais de conserva

pios globais de conserva

ç

ç

ão

ão

(momento linear, massa, energia, momento

(momento linear, massa, energia, momento

angular).

angular).

(33)

PREVER O TEMPO

PREVER O TEMPO

Estas equa

Estas equa

ç

ç

ões, que se designam por equa

ões, que se designam por equa

ç

ç

ões de

ões de

balan

balan

ç

ç

o, são equa

o, são equa

ç

ç

ões de progn

ões de progn

ó

ó

stico, i.e., são

stico, i.e., são

equa

equa

ç

ç

ões da forma

ões da forma

=

i

i

F

t

X

(34)

Evolu

Evolu

ç

ç

ão temporal da atmosfera

ão temporal da atmosfera

Equa

Equa

ç

ç

ões primitivas:

ões primitivas:

Progn

Progn

ó

ó

stico

stico

ƒ

ƒ EquaEquaçções de balanões de balançço da quantidade de movimento (o da quantidade de movimento (eqs.doeqs.do movimento)movimento)

ƒ

ƒ EquaEquaçção de balanão de balançço da massa (o da massa (eqeq. continuidade). continuidade)

ƒ

ƒ EquaEquaçção de balanão de balançço da energia (o da energia (eqeq. termodinâmica). termodinâmica)

Diagn

Diagn

ó

ó

stico

stico

ƒ

ƒ EquaEquaçção de estadoão de estado (outras)

(outras)

Sistema

(35)

Descri

Descri

ç

ç

ões

ões

Euleriana

Euleriana

e

e

Lagrangeana

Lagrangeana

ƒ

ƒ

Descri

Descri

ç

ç

ão

ão

Euleriana

Euleriana

ƒ

ƒ

Descri

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ç

ç

ão

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Lagrangeana

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(

)

t

A

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grad

t

A

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A

y

A

x

A

t

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y

x

A

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;

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x

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t

A

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dA

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z

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x

A

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+

+

+

=

=

(

),

(

),

(

),

A

grad

V

t

A

dt

dA

+

=

r

(36)

Descri

Descri

ç

ç

ão

ão

Euleriana

Euleriana

(

V

grad

A

)

dt

dA

t

A

+

=

r

Derivada Local

Derivada Material

(37)

Advec

Advec

ç

ç

ão

ão

:

:

transporte pelo campo do

transporte pelo campo do

movimento

movimento

z

A

w

A

grad

V

A

grad

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H

H

=

r

r

(38)

Equa

Equa

ç

ç

ões de Progn

ões de Progn

ó

ó

stico

stico

(atmosfera h

(atmosfera h

ú

ú

mida)

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(

)

ϕ

λ

ϕ

ρ

λ

r

tg

uv

r

uw

F

ew

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p

r

dt

du

a

+

+

+

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1

1

V div dt d ou V div dt d

ρ

ρ

r

α

α

r = − =

(

)

(

p

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T

1+

0

,

61

q

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ϕ

ϕ

ρ

ϕ

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1

1

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=

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v

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+

+

+

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ρ

(

)

Q

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r

γ

ρ

γ

=

1

(

e

c

)

D

dt

dq

+

=

(39)

e, outras tantas equa

e, outras tantas equa

ç

ç

ões quantos os componentes

ões quantos os componentes

adicionais.

adicionais.

Relembrar que:

Relembrar que:

z

u

w

y

u

v

x

u

u

t

u

u

grad

v

t

u

dt

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+

+

+

=

+

=

r

(40)

Como se prevê o tempo?

Como se prevê o tempo?

ƒ

ƒ

No presente, o tempo atmosf

No presente, o tempo atmosf

é

é

rico prevê

rico prevê

-

-

se,

se,

resolvendo

resolvendo

com

com

o aux

o aux

í

í

lio de computadores digitais,

lio de computadores digitais,

o sistema de equa

o sistema de equa

ç

ç

ões

ões

que resulta,

que resulta,

por aplica

por aplica

ç

ç

ão de m

ão de m

é

é

todos num

todos num

é

é

ricos

ricos

, da

, da

transforma

transforma

ç

ç

ão das equa

ão das equa

ç

ç

ões que regem o comportamento

ões que regem o comportamento

da atmosfera em equa

da atmosfera em equa

ç

ç

ões

ões

discretizadas

discretizadas

no espa

no espa

ç

ç

o e no

o e no

tempo.

tempo.

ƒ

ƒ

Todos os dias, o Centro Europeu de Previsão do Tempo a

Todos os dias, o Centro Europeu de Previsão do Tempo a

M

M

é

é

dio Prazo

dio Prazo

(ECMWF),

(ECMWF),

produz

produz

previsões para dez dias

previsões para dez dias

,

,

à

à

escala global, com base num estado inicial

escala global, com base num estado inicial

observado

observado

,

,

referente

(41)
(42)

Desde quando se fazem previsões meteorológicas?

As previsões meteorológicas remontam aos

finais do século XIX!.

A qualidade das previsões foi melhorando, à medida que a compreensão dos mecanismos

responsáveis pelo tempo e suas alterações, bem como das escalas envolvidas, foi aumentando, designadamente:

i) a partir dos anos trinta, com Rossby e a escola de Chicago, a que pertenceram notáveis cientistas da atmosfera;

ii) dos anos 50 com o aparecimento dos computadores digitais; a primeira previsão numérica do tempo com sucesso foi realizada na Universidade de Princeton, por

(43)

Como se prevê o tempo?

O ECMWF, desenvolveu e aplica, outro método de previsão, conhecido como previsão de “Ensemble”; o estado inicial “Observado” é perturbado de modo a produzir vários outros possíveis estados iniciais; o modelo do ECMWF, actua sobre todos estes estados iniciais, produzindo uma família de estados futuros; a previsão é feita à custa de todos os possíveis estados futuros; trata-se de um método de previsão de qualidade superior àqueles que assentam num único estado inicial.

Os resultados da previsão podem ser visualizados sob a forma de cartas de tempo, cartas sinópticas ou cartas meteorológicas.

(44)

Os Grandes Mestres

Os Grandes Mestres

(alguns nomes)

(alguns nomes)

(45)

Vilhelm

(46)

Lewis

(47)

Carl

(48)

Jule

(49)
(50)
(51)
(52)
(53)

Joseph

(54)

Jacob

(55)

Edward

(56)

Jos

Jos

é

é

Pinto Peixoto

Pinto Peixoto

estudos sistemáticos da circulação global na atmosfera, e em particular do ciclo global de água na atmosfera.

(57)
(58)
(59)
(60)
(61)
(62)
(63)

CLIMA

CLIMA

(64)

Que

Que

é

é

o

o

Clima

Clima

?

?

O conceito de

clima

, envolve a

descrição estatística das condições

meteorológicas (i.e. do tempo

atmosférico) durante um intervalo de

tempo longo – convencionalmente

de

30 anos

. Este tratamento estatístico

permite obter um quadro geral das

condições meteorológicas típicas

numa dada região do planeta, durante

o período de tempo escolhido. O

clima é pois uma

representação

conceptual do comportamento

estatístico da atmosfera

,

i.e. o clima

“não está lá fora”! O que “está lá

fora” i.e. o que experimentamos é o

Tempo

. As grandezas que descrevem

o Clima são os

elementos de clima

Tempo e clima

(65)

Citando

Citando

Mark

Mark

Twain

Twain

:

:

Clim

Clim

ate

ate

is

is

what

what

we

we

expect

expect

;

;

weather

(66)

Quais

Quais

os

os

tipos

tipos

de

de

clima

clima

que

que

existem

existem

na

na

Terra?

Terra?

Existem

Existem descridescriççõesões simplificadassimplificadas dos dos climasclimas observadosobservados nana Terra, Terra, queque se se baseiam

baseiam emem certoscertos critcritéériosrios seleccionadosseleccionados. . EmEm geralgeral, , estesestes sistemassistemas de de classifica

classificaççãoão categorizamcategorizam o o climaclima de de maneiramaneira a a caracterizarcaracterizar o o ambienteambiente meteorol

meteorolóógicogico e e hhíídricodrico de de umauma regiãoregião emem termostermos da da temperaturatemperatura e da e da precipita

precipitaççãoão..

Um dos mais importantes sistemas de classifica

Um dos mais importantes sistemas de classificaçção dos climas ão dos climas éé o o sistemasistema de

de KKööppenppen,, elaborado em 1918 por elaborado em 1918 por VladimirVladimir KKööppenppen da Universidade de da Universidade de Graz

(67)

As classes

As classes principaisprincipais apresentamapresentam as as seguintesseguintes caractercaracteríísticassticas::

ƒ

ƒ A A -- ClimaClima tropical tropical hhúúmidomido:: A A temperaturatemperatura mméédiadia mensal mensal emem todostodos osos

meses

meses do do anoano éé superior a 18superior a 18ººC, C, nãonão existindoexistindo umauma estaestaççãoão de de Inverno

Inverno..

ƒ

ƒ B B -- ClimaClima secoseco:: A A evaporaevaporaççãoão excedeexcede a a precipitaprecipitaççãoão durantedurante a a maiormaior

parte do

parte do anoano

ƒ

ƒ C C -- ClimaClima temperadotemperado com com InvernoInverno suavesuave:: ExisteExiste um um VerãoVerão moderadomoderado

ou

ou quentequente e e InvernoInverno suave. A suave. A temperaturatemperatura mméédiadia do do mêsmês maismais friofrio encontra

encontra--se entre se entre osos 1818ººC e C e osos --33ººC.C.

ƒ

ƒ D D -- ClimaClima temperadotemperado com com InvernoInverno rigorosorigoroso:: VerãoVerão moderadamentemoderadamente

quente

quente e e InvernoInverno friofrio. A . A temperaturatemperatura mméédiadia do do mêsmês maismais quentequente éé superior a 10

superior a 10ºº C, e a do C, e a do mêsmês maismais friofrio éé inferior a inferior a --33ººC.C.

ƒ

ƒ E E -- ClimaClima polarpolar:: InvernoInverno e e VerãoVerão extremamenteextremamente friosfrios. A . A temperaturatemperatura

m

(68)

Que

Que

é

é

o

o

Clima

Clima

?

?

O clima é influenciado por diversos

condicionantes, designados por

factores de

clima

, que decorrem da complexidade das

interacções entre os diferentes sistemas que

compõem o nosso Planeta,

da radiação solar

que nos atinge e aquece,

da radiação

infravermelha emitida

pela própria

Terra

para o

espaço e dos

parâmetros orbitais da Terra

(excentricidade da órbita, inclinação do eixo de

rotação da Terra e precessão do eixo).

(69)

ƒ

ƒ

Qualquer

Qualquer

mudan

mudan

ç

ç

a

a

significativa

significativa

nas

nas

estat

estat

í

í

sticas

sticas

que

que

definem

definem

o

o

clima

clima

,

,

representa

representa

uma

uma

mudan

mudan

ç

ç

a

a

clim

clim

á

á

tica

tica

,

,

uma

uma

varia

varia

ç

ç

ão

ão

do

do

clima

clima

ou

ou

uma

uma

altera

altera

ç

ç

ão

ão

do

do

clima

clima

.

.

ƒ

ƒ

Podemos

Podemos

distinguir

distinguir

entre

entre

varia

varia

ç

ç

ões

ões

livres

livres

e

e

for

for

ç

ç

adas

adas

do

do

clima

clima

.

.

ƒ

ƒ

A

A

Teoria

Teoria

de

de

Milankovitch

Milankovitch

(

(

mecânica

mecânica

Newtoniana

Newtoniana

!)

!)

ƒ

ƒ

Varia

Varia

ç

ç

ões

ões

abruptas

abruptas

do

do

clima

clima

e

e

surpresas

surpresas

.

.

ƒ

(70)

O Clima não tem uma natureza constante; sabemos

que no passado o clima da Terra esteve sujeito a

diversas alterações e que estas vão continuar a

ocorrer no futuro, não apenas devido a “causas

naturais” mas provavelmente também em

consequência da actividade humana (a designada

Alteração do Clima de Origem Antropogénica,

ACC).

Estas alterações podem ter uma influência profunda

no ambiente, nos recursos disponíveis e na vida

(71)

PER

PER

Í

Í

ODOS DE VARIA

ODOS DE VARIA

Ç

Ç

ÃO DE TEMPERATURA

ÃO DE TEMPERATURA

AQUECIMENTO: +0,37°C

¾

DE 1915-1945

ARREFECIMENTO:- 0,14°C

¾

DE 1945-1978

AQUECIMENTO: +0,32°C

¾

DE 1978-1999

(72)

Temperatura do ar

Temperatura do ar

Oscila

Oscila

ç

ç

ões Naturais dos Campos da

ões Naturais dos Campos da

Temperatura em Portugal

(73)

Temperatura m

Temperatura m

é

é

dia anual

dia anual

LISBOA LT = 0.8º C/100 anos R2 = 35% 14 15 16 17 18 1855 1865 1875 1885 1895 1905 1915 1925 1935 1945 1955 1965 1975 1985 1995 Tm é d ( ºC ) MONTALEGRE LT= 0.1º C/100 anos R2 =3% 8 9 10 11 12 13 189 5 190 5 191 5 192 5 193 5 194 5 195 5 196 5 197 5 198 5 Tm éd ( ºC) PORTO LT =0.8º C/100 anos R2 = 19% 12 13 14 15 16 17 1895 1905 1915 1925 1935 1945 1955 1965 1975 1985 1995 Tm éd ( ºC ) ÉVORA LT = 0.8º C/100 anos R2 = 11% 14 15 16 17 18 189 5 190 5 191 5 192 5 193 5 194 5 195 5 196 5 197 5 198 5 199 5 Tm é d ( ºC )

(74)

MESA (Temperatura)

MESA (Temperatura)

É

É

vora

vora

.000 .100 .200 .300 .400 .500 .600 .0 .5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 Periodogram/2pi Model Spectrum

Teste de Fisher: α=0.0% 52 52 24 10 7 6 3 S( ºC^2) f(ciclos.ano-1)*2π

(75)

Temperatura m

Temperatura m

á

á

xima m

xima m

é

é

dia anual

dia anual

PORTO LT = 1,5º C/100 anos R2 = 37% 17 18 19 20 21 190 1 191 1 192 1 193 1 194 1 195 1 196 1 197 1 198 1 199 1 Tm áx C ) MONTALEGRE LT = 0,5º C/100 anos R2 = 3% 12 13 14 15 16 17 190 1 191 1 192 1 193 1 194 1 195 1 196 1 197 1 198 1 199 1 Tm áx C ) LISBOA y = 2.0º C /100 anos R2 = 47% 18 20 22 24 190 1 191 1 192 1 193 1 194 1 195 1 196 1 197 1 198 1 199 1 200 1 Tm á x ( ºC ) ÉVORA y = 1.3º C/100 anos R2 = 18% 18 19 20 21 22 23 24 1901 1911 1921 1931 1941 1951 1961 1971 1981 1991 Tm á x ( ºC )

(76)

MESA (Temperatura m

MESA (Temperatura m

á

á

xima)

xima)

É

É

vora

vora

.00 .20 .40 .60 .80 1.00 1.20 1.40 1.60 .0 .5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 Periodogram/2pi Model Spectrum

Teste de Fisher: α=0.0% 50 50 20 5 10 S( ºC^2) f(ciclos.ano-1)*2π

(77)

É

É

vora

vora

MA (Temperatura m

MA (Temperatura m

á

á

xima m

xima m

é

é

dia sazonal)

dia sazonal)

1.7 1.7 1.4 1.4 JJA JJA 2.1 2.1 1.5 1.5 MAM MAM 1.1 1.1 0.9 0.9 DJF DJF 1.4 1.4 STD STD 1.9 1.9 IQR IQR7575--2525 SON SON ÉVORA 10 15 20 25 30 35 1901 1911 1921 1931 1941 1951 1961 1971 1981 1991 Tm á x ( ºC ) PRI VER OUT INV P-MM15 V-MM15 O-MM15 I-MM15

(78)
(79)
(80)
(81)
(82)
(83)

Altera

Altera

ç

ç

ões Clim

ões Clim

á

á

ticas

ticas

ƒ

ƒ

A

A

Teoria do Aquecimento Global

Teoria do Aquecimento Global

ƒ

ƒ

O

O

Antropoceno

Antropoceno

(Paul

(Paul

Crutzen

Crutzen

)

)

ƒ

ƒ

For

For

ç

ç

amento

amento

radiativo

radiativo

ƒ

(84)
(85)

Efeitos do aumento da temperatura média e da variância nos valores extremos da temperatura

(86)

Modelos de Clima

Modelos de Clima

(87)

Que são Modelos?

Que são Modelos?

Um modelo é uma representação mais ou

menos elaborada da realidade.

Um modelo matemático é um modelo, tratável

por computadores digitais.

A investigação das

Alterações Climáticas

baseia-se nos resultados produzidos por

MODELOS DE CLIMA.

(88)

Este sistema de equações, completado por:

condições iniciais e de fronteira, valores

determinados de “constantes” físicas,

métodos de análise numérica (que

permitem obter “soluções” das equações

utilizando computadores digitais) e

representações de processos “não

resolvidos” (parametrizações) constituem

(89)

Principais componentes de um Modelo de Clima

(90)
(91)

Exemplos:

Exemplos:

HadCM2

HadCM2

HadCM3

HadCM3

HadAM3H

HadAM3H

HadGEM

HadGEM

ECHAM5

ECHAM5

CCM

CCM

ARP

ARP

É

É

GE

GE

(92)

ƒ

ƒ

O Painel Intergovernamental para as Altera

O Painel Intergovernamental para as Altera

ç

ç

ões

ões

Clim

Clim

á

á

ticas (IPCC) estabeleceu quatro fam

ticas (IPCC) estabeleceu quatro fam

í

í

lias de

lias de

cen

cen

á

á

rios de emissões, cujas caracter

rios de emissões, cujas caracter

í

í

sticas estão

sticas estão

descritas em pormenor no

descritas em pormenor no

Special

Special

Report

Report

on

on

Emission

Emission

Scenarios

Scenarios

(SRES); estas fam

(SRES); estas fam

í

í

lias foram

lias foram

designadas por

designadas por

A1, A2

A1, A2

,

,

B2 e B1

B2 e B1

; a fam

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í

í

lia A1

lia A1

é

é

a que

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descreve uma evolu

descreve uma evolu

ç

ç

ão baseada na utiliza

ão baseada na utiliza

ç

ç

ão

ão

intensiva de combust

intensiva de combust

í

í

veis f

veis f

ó

ó

sseis; a fam

sseis; a fam

í

í

lia B1

lia B1

assenta na introdu

assenta na introdu

ç

ç

ão de tecnologias limpas e

ão de tecnologias limpas e

eficientes.

(93)

Projecção da variação do número de dias consecutivos com temperaturas máximas >25ºC – cenário A2 – Projecto MICE Projecção da variação do número de dias com precipitação intensa – cenário A2 – Projecto MICE

(94)
(95)
(96)
(97)

Modelos Regionais de Clima (RCMs)

Os AOGCMs fornecem projecções do clima futuro

em escalas relativamente largas e não conseguem

captar adequadamente os aspectos ou características

regionais e locais, as quais são indispensáveis em

estudos de impactos.

Além disso, fenómenos extremos como temperaturas

severas, ondas de calor, cheias repentinas, etc, não

encontram uma representação suficientemente

adequada nos AOGCMs, i.e. estes modelos não são

capazes de descrever correctamente aquele tipo de

fenómenos nem no que respeita a frequências de

ocorrência nem no que se refere à sua intensidade.

(98)

Estas dificuldades só podem ser resolvidas se as

projecções globais forem completadas por “detalhe

regional”; este pode ser dado utilizando modelos

regionais de clima (RCMs).

Exemplos: HadRM3H

(descontinuado)

HadRM3P ou PRECIS

As condições iniciais e de fronteira (dependentes do

tempo) para RCMs são extraídas de AOGCMs ou de

AGCMs. A resolução espacial típica de um RCM é ~

50 km, contrastando com a de ~300 Km de um

AOGCM, o que permite uma muito melhor

representação de ilhas, montanhas, contrastes

continente-oceano, nuvens, precipitação, etc…

(99)
(100)
(101)

14,69 14,69 59,00 59,00 Model Model Reference Reference 15,29 15,29 97,43 97,43 Model Model SRES_A2a SRES_A2a Stdev Stdev Mean Mean 2,74 2,74 3,30 3,30 Model

Model ReferenceReference

3,84 3,84 3,67

3,67 Model

Model SRES_A2aSRES_A2a

Stdev

Stdev

Mean

(102)

-9.5 -9 -8.5 -8 -7.5 -7 -6.5 -6 37 37.5 38 38.5 39 39.5 40 40.5 41 41.5 42 0.3 0.45 0.6 0.75 0.9 1.05 1.2 1.35 1.5 1.65 1.8 1.95 2.1 2.25 2.4 2.55 2.7 2.85 3

DSR Ratio

A2a/Reference

(103)

INCERTEZAS NOS CEN

INCERTEZAS NOS CEN

Á

Á

RIOS DO CLIMA

RIOS DO CLIMA

FUTURO GERADOS POR MODELOS

FUTURO GERADOS POR MODELOS

As incertezas nas projecções de alterações

climáticas produzidas por modelos, são

consequência do conhecimento muito imperfeito de

três factores:

9

As emissões futuras de gases com efeito estufa;

9

Variabilidade natural do clima

;

9

A forma como o sistema climático

opera.

Em resultado nenhum modelo de clima, global ou

regional, é capaz de produzir projecções confiáveis

do clima futuro.

(104)

DIFICULDADES

DIFICULDADES

ƒ

ƒ

Tendências de temperatura na troposfera

Tendências de temperatura na troposfera

tropical

tropical

ƒ

ƒ

Tendência da temperatura no

Tendência da temperatura no

Á

Á

rtico

rtico

ƒ

(105)
(106)

“ALL MODELS ARE WRONG.

SOME ARE USEFUL”

(107)

Muito Obrigado!

João Corte-Real

jmcr@uevora.pt

http://www.icam.uevora.pt

Referências

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