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PROJETO PEDAGÓGICO ENGENHARIA CIVIL

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Academic year: 2021

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR

DE FOZ DO IGUAÇU

IESFI

PROJETO PEDAGÓGICO

DO CURSO DE

ENGENHARIA CIVIL

2017

(2)

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE FOZ DO IGUAÇU - IESFI

Sumário

INFORMAÇÕES GERAIS 05 1. DADOS INSTITUCIONAIS 05 1.1. Mantenedora 05 1.2. Mantida 05 1.3. Histórico da Instituição 05

1.4. Inserção Regional da Instituição 06

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO CURSO 08

DIMENSÃO 1 – CONTEXTO INSTITUCIONAL 10

1.1. Características da Instituição 10

1.1.1. Missão Institucional 10

1.1.2. Estrutura Organizacional e Instâncias de Decisão 11 1.1.2.1. Organograma Institucional e Acadêmico 11

1.2. Administração 13

1.2.1. Condições de Gestão 13

1.2.1.1. Articulação da Gestão do Curso com a Gestão Institucional 13

1.2.2. Planos de Desenvolvimento 14

1.2.3. Sistemas de Informação e Comunicação 14

1.3. Políticas de Pessoal e Programas de Incentivos e Benefícios 14

1.3.1. Plano de Carreira e Incentivos aos Docentes 15

1.3.2. Plano de Carreira e Incentivo do Pessoal Técnico-Administrativo 16 1.3.3. Programas Institucionais de Financiamento de Estudos para Alunos Carentes 16

DIMENSÃO 2 – ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 17

2.1. Projeto Pedagógico do Curso 17

2.1.1. Contexto Educacional 17

2.1.2. Concepção do Projeto Pedagógico do Curso - PPC 19

2.1.2.1. Concepção do Curso 20 2.1.2.2. O Curso e as Políticas de Educação Ambiental

2.1.2.3. O Curso e as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações 2.1.2.4. O Curso e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação dos Direitos Humanos

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2.1.3. Justificativa do Curso 22 2.1.4. Objetivos do Curso 25 2.1.5. Perfil do Egresso 25 2.1.5.1. Competências 25 2.1.5.2. Habilidades 27 2.1.6. Estrutura Curricular 28 2.1.6.1. Conteúdos Curriculares 29 2.1.6.1.1. Núcleo Básico

2.1.6.1.2. Núcleos Profissionalizante e Específico 32

2.1.6.2. Matriz Curricular 34

2.1.6.3. Ementário e Bibliografias do Curso 37

2.1.6.4. Estágio Supervisionado 38

2.1.6.5. Trabalho de Conclusão de Curso 50

2.1.6.6. Atividades Complementares 52

2.1.6.7. Atividades Práticas Supervisionadas 55

2.1.6.8. Monitoria 55 2.1.6.9. Estudos Disciplinares 56

2.1.7. Metodologia de Ensino 57

2.1.7.1. Formas de Realização de Interdisciplinaridade 59

2.1.7.2. Estratégias Pedagógicas 60

2.1.7.3. Práticas Pedagógicas Inovadoras 61

2.1.8. Mecanismos de Avaliação 62

2.1.8.1. Sistema de Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem 62 2.1.8.1.1. Coerência entre os Procedimentos de Ensino e Aprendizagem e a Concepção do Curso 62 2.1.8.1.2. Avaliação do Ensino e Aprendizagem 63 2.1.8.2. Sistema de Avaliação do Projeto de Curso 64 2.1.8.2.1. Avaliação do Curso Superior de Engenharia Civil 64 2.1.8.2.2. Concepção do Processo de Autoavaliação do Curso 65 2.1.8.2.2.1. Avaliação do Curso 65 2.1.8.2.2.2. Avaliação da Disciplina 66 2.1.8.2.2.3. Autoavaliação do Curso Superior de

Engenharia Civil 66 2.1.8.2.2.4. Avaliação Externa 68

2.2. Atenção aos Discentes 68

2.2.1. Formas de Acesso 68

2.2.1.1. Disposições Gerais 69

2.2.1.2. Condições e Procedimentos 69

2.2.1.3. Matrícula 70

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2.2.3. Acompanhamento Psicopedagógico 71

2.2.4. Mecanismos de Nivelamento 72

2.2.5. Atendimento Extraclasse 72

2.2.6. Acompanhamento dos Egressos 72

DIMENSÃO 3 – CORPO DOCENTE 73

3.1. Administração Acadêmica 73

3.1.1. Núcleo Docente Estruturante (NDE) 73

3.1.2. Composição do Núcleo Docente Estruturante (NDE) 74

3.1.3. Titulação e Formação Acadêmica do NDE 75

3.1.4. Regime de Trabalho do NDE 75

3.1.5. Coordenação do Curso 75

3.1.5.1. Participação da Coordenação do Curso nos órgãos colegiados da IES 76

3.1.6. Titulação e Formação do Coordenador do Curso 76

3.1.7. Regime de Trabalho do Coordenador do Curso 78

3.1.8. Composição e Funcionamento do Colegiado de Curso 78

3.1.9. Organização Acadêmico-Administrativa 80

3.1.9.1. Organização do Controle Acadêmico 80

3.1.9.2. Pessoal Técnico-Administrativo 81

3.2. Formação Acadêmica e Profissional dos Docentes 81

3.2.1. Titulação 81

3.2.2. Regime de Trabalho 84

3.2.3. Tempo de Experiência Acadêmica no Magistério Superior

ou Experiência Profissional 86

3.3. Condições de Trabalho 87

3.3.1. Número de Alunos por Docente Equivalente a Tempo Integral 87

3.3.2. Alunos por Turma em Disciplinas Teóricas 87

3.3.3. Número Médio de Disciplinas por Docente 87

DIMENSÃO 4 – INSTALAÇÕES FÍSICAS 88

4.1. Instalações Gerais 88

4.1.1. Espaço Físico 88

4.1.1.1. Sala de Professores e Sala de Reuniões 89 4.1.1.2. Gabinetes de Trabalho para

Professores/Núcleo Docente Estruturante e Coordenação de curso 89

4.1.1.3. Salas de Aula 89

4.1.1.4. Infraestrutura de Acesso para Portadores de Necessidades Especiais

ou com Mobilidade Reduzida 89

(5)

Mobiliário da IES 90 4.1.1.4.2. Atendimento Prioritário, Imediato e Diferenciado 93

4.1.1.4.3. Serviços de Tradução e Interpretação de Linguagem

Brasileira de Sinais – LIBRAS 94

4.1.2. Equipamentos de Informática 94

4.1.2.1. Políticas de Acesso aos Equipamentos de Informática 95

4.1.2.2. Relação Equipamento/Aluno/Curso 96

4.1.2.3. Recursos Audiovisuais e Multimídia 96

4.1.3. Serviços 96

4.1.3.1. Manutenção e Conservação das Instalações Físicas 96 4.1.3.2. Manutenção e Conservação dos Equipamentos 97

4.1.3.3. Pessoal Técnico de Apoio 97

4.1.4. Biblioteca 98

4.1.4.1. Acervo 98

4.1.4.1.1. Livros da Bibliografia Básica e Complementar 98 4.1.4.1.2. Periódicos Especializados 98 4.1.4.1.3. Política de Atualização de Acervo 99

4.1.4.2. Serviços 99

4.1.5. Laboratórios Especializados 99

4.1.5.1. Infraestrutura e Serviços dos Laboratórios especializados 100

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Informações Gerais

1. DADOS INSTITUCIONAIS

1.1. Mantenedora

NOME Associação Educacional Iguaçu

ENDEREÇO Avenida Paraná, 3.695 – Jardim Central, Foz do Iguaçu / PR

CNPJ 75.432.153/0001-07

FONE / FAX (45) 3520-1727

1.2. Mantida

NOME Instituto de Ensino Superior de Foz do Iguaçu - IESFI

ENDEREÇO SEDE Av. Paraná, 3695 Jardim Central

MUNICÍPIO Foz do Iguaçu

UF Paraná

TELEFONE 45-3520-1727 / 3520-1714

FAX 45-3520-1727

E-MAIL marcioacbarros@yahoo.com.br

DIRIGENTE PRINCIPAL Everson Cláudio Marquetti

1.3. Histórico da Instituição

A Associação Educacional Iguaçu – AEI, pessoa jurídica de direito privado com sede na Avenida Paraná, 3.695, Jardim Central, Foz do Iguaçu, Paraná, cadastrada no CNPJ sob o nº 75.432.153/0001-07, é uma entidade mantenedora sem fins lucrativos, que fez seu ingresso na educação superior em 1992.

Com o compromisso de oferecer cursos nas diversas áreas do conhecimento, a AEI elaborou o projeto de credenciamento para formalização do funcionamento do Instituto de

Ensino Superior de Foz do Iguaçu – IESFI, criado em Assembléia Geral Extraordinária

realizada pela mantenedora em 12 de janeiro de 2001. A partir da formalização do credenciamento do IESFI, por meio da Portaria MEC nº 841, publicada no DOU de 27 de março de 2002, a Instituição fez seu ingresso na educação superior, instalando-se em Foz do Iguaçu/PR, e situado no mesmo endereço de sua mantenedora, com a oferta dos seguintes cursos:

Administração, reconhecido pela Portaria nº 474, publicada no

DOU em 24/11/11; Ciências Contábeis,reconhecido pela Portaria nº 307, publicada

no DOU em 04/08/11; Comunicação Social,autorizado pela Portaria nº 2.335,

publicada no DOU em 16/08/02; Direito,reconhecido pela Portaria nº 29, publicada

no DOU em 28/03/12; Enfermagem,reconhecido pela Portaria nº 219, publicada no

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DOU em 06/11/12; Engenharia Civil, autorizado pela Portaria nº 280, publicada no

DOU em 28/12/12; Farmácia,reconhecido pela Portaria nº 614, publicada no DOU

em 30/0/10/14; Fisioterapia,reconhecido pela Portaria nº 10, publicada no DOU em

06/03/12; Psicologia,reconhecido pela Portaria nº 463, publicada no DOU em

22/11/11; Turismo,autorizado pela Portaria nº 844, publicada no DOU em 27/03/02

e Educação Física (Bacharelado), autorizado pela portaria nº 246, publicada no

DOU em 31/05/2013.

Também

são

oferecidos

Cursos

Superiores

de

Tecnologia

emComunicação e Ilustração Digital, autorizado pela Portaria nº 4.235, publicada

no DOU em 22/12/04; Comunicação Empresarial, autorizado pela Portaria nº

4.234, publicada no DOU em 21/12/04; Comunicação para Web, autorizado pela

Portaria nº 2.191, publicada no DOU em 23/07/04; Gestão de Comércio Exterior,

autorizado pela Portaria nº 3.848, publicada no DOU em 17/12/03; Gestão de

Eventos, autorizado pela Portaria nº 1.352, publicada no DOU em 20/05/04; Gestão

de Recursos Humanos, autorizado pela Portaria nº 3.849, publicada no DOU em

17/12/03; Gestão de Turismo Receptivo, autorizado pela Portaria nº 1.544,

publicada no DOU em 31/05/04; Gestão Mercadológica, autorizado pela Portaria nº

453, publicada no DOU em 25/02/04; Gestão de Empreendimentos Esportivos,

autorizado pela Portaria nº 450, publicada no DOU em 25/02/04; Gestão

Empreendedora, autorizado pela Portaria nº 452, publicada no DOU em

25/02/04;Gestão Hospitalar, autorizado pela Portaria nº 245, publicada no DOU em

26/01/05; Marketing, autorizado pela Portaria nº 4.084, publicada no DOU em

31/12/03; Multimídia, autorizado pela Portaria nº 1.783, publicada no DOU em

21/06/04; Produção Gráfica Digital, autorizado pela Portaria nº 4.237, publicada no

DOU em 22/12/04; Redes de Computadores, reconhecido pela Portaria nº 57,

publicada no DOU em 05/01/07; Sistemas de Informação, autorizado pela Portaria

nº 451, publicada no DOU em 25/02/04.

1.4. Inserção Regional da Instituição

O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) da IES, agregado ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), foi concebido mediante as necessidades e demandas

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da região, de forma a fortalecer o desenvolvimento e construir uma massa crítica de profissionais que promovam a sustentabilidade local e sedimentem os fatores socioculturais e político-econômicos como valores fundamentais para o fortalecimento integrado da cidade e das suas áreas de influência.

Os cursos e os programas oferecidos pela IES, mediante seus projetos pedagógicos específicos, serão organizados de modo a propiciar aos profissionais em formação conhecimentos e habilidades capazes de permitir-lhes:

 a apropriação de conhecimentos básicos relacionados às áreas que serão objeto de sua atuação profissional, articulando teoria e prática nas diferentes configurações que a práxis profissional venha a assumir;

 o desempenho de suas atividades com competência técnica e compromisso social e político em seu contexto sociocultural de atuação.

Ao definir a qualidade e a atualização da formação como objetivo central da proposta para o ensino de graduação, a IES tem por finalidade a construção de processo coletivo de articulação de ações voltadas para a formação competente do profissional que pretende graduar. Nessa direção, torna-se imprescindível a interação da IES com a comunidade e os segmentos organizados da sociedade civil como expressão da qualidade social desejada para o cidadão a ser formado como profissional.

A política definida pela Instituição para as questões sociais visa promover ações que permitam melhorar a qualidade de vida da população da região e modificações na educação e na cultura. A missão da Instituição inclui preparação para a liderança e o acompanhamento de profundas e densas mudanças induzidas pelo avanço tecnológico e pelas novas concepções de vida dele emergentes.

A IES tem o compromisso de cooperar com o processo de desenvolvimento regional sustentável, uma vez que proporcionará aos seus alunos instrumentos técnico-científicos relevantes em seus cursos, que são úteis e básicos à elaboração de políticas públicas. A interação dos conteúdos com aspectos inerentes às questões sociais, jurídicas e ambientais, exigidas no mundo atual, possibilitará a formação de recursos humanos capazes de atuar em prol do desenvolvimento social, cultural e econômico sustentado.

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No âmbito administrativo, é preciso levar em conta as novas tecnologias de gestão propostas, que têm como mote principal – além da utilização dos modernos meios de comunicação para economizar etapas e fazer fluir mais livremente o fluxo de processos organizacionais – a primazia do mérito e da qualidade acadêmica, fatores indispensáveis para se alcançar os mais altos níveis da inteligência criativa e a elaboração de novas metodologias para a abordagem de problemas tangíveis e reais da sociedade organizada.

A estrutura que se pretende implantar nessa era informacional, com a utilização dessas novas tecnologias gerenciais, abrirá espaços nos quais há possibilidades concretas de libertação das grandes patologias organizacionais: o normatismo, o burocratismo e o corporativismo, tão presentes na vida acadêmica. Essas patologias cederão e tenderão a desaparecer diante dos recursos das tecnologias virtuais, da flexibilidade orgânica e da descentralização do poder.

A IES possui uma política de expansão coerente com o atual estágio e perspectivas de desenvolvimento da região de Foz do Iguaçu.

Finalmente, resta afirmar que o Instituto de Ensino Superior de Foz do Iguaçu – IESFI adota políticas direcionadas para o desenvolvimento de estudos de situações reais e específicas para a melhor compreensão das condições de vida das comunidades abrangidas pela ação da IES.

Afinal, é premente na Instituição a preocupação de ministrar e desenvolver os conhecimentos e práticas necessárias para que os seus egressos tenham condições de atuar com competência nas empresas que escolherem em igualdade de condições com concorrentes de quaisquer regiões.

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO CURSO

Denominação: Curso de Engenharia Civil, modalidade Bacharelado

Turno de Funcionamento: Noturno

Carga Horária: 4.900 (quatro mil e novecentas) horas

Tempo de Integralização:

Tempo Máximo de Integralização

10 semestres (cinco anos) 18 semestres

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Base Legal: O Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Civil foi concebido tendo em conta a Lei nº 9.394/96 que estabeleceu as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), e demais normas complementares, em particular a Resolução CNE/CES no 11, de 11 de Março de 2002, que instituiu Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia, a Resolução CNE/CES nº 2/2007 que definiu a carga horária do cursos de graduação na modalidade de bacharelado e a Lei nº 11.788/2008, que introduziu inovações na regulamentação do estágio.

Vagas Solicitadas: 100

Dimensionamento das Turmas: Amparada no disposto no artigo 53 da Lei nº

9.394/1996, a IES, por meio de seus colegiados superiores, estabeleceu que os candidatos classificados em processo seletivo e matriculados serão divididos em grupos de 50 alunos. Enquanto que, nas atividades práticas, os grupos têm as dimensões recomendadas pelo professor, com aprovação da Coordenação de Curso, sempre respeitado o limite máximo de 25 alunos por turma prática.

Regime de matrícula: Seriado Semestral

Coordenador do Curso: Nome: Dirceu de Menezes Machado Jr.

End: Avenida Paraná, 7879. – CEP 85868 - 030 Fone: (45) 3520-5024 / (45) 98805-7429

E-mail: dirceu.machado@gmail.com Titulação: Mestre

Área de concentração: Cadastro Técnico Multifinalitário e Gestão Territorial – PPGEC - UFSC/SC.

Recomendado pela CAPES/MEC Regime de Trabalho: Integral

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DIMENSÃO 1 – CONTEXTO INSTITUCIONAL

1.1. Características da Instituição

1.1.1. Missão Institucional

O Instituto de Ensino Superior de Foz do Iguaçu – IESFI tem como missão investir em um processo de ensino e aprendizagem que capacite os seus egressos a atenderem às necessidades e expectativas do mercado de trabalho e da sociedade, com competência para formular, sistematizar e socializar conhecimentos em suas áreas de atuação. Para alcançar esse objetivo, a Instituição promove a educação superior integrando o ensino e a extensão, visa à formação de sujeitos empreendedores e comprometidos com o autoconhecimento, a transformação social, cultural, política e econômica do Estado e da região.

Seu dever é orientar e desenvolver iniciativas que aumentem a qualidade do Ensino e com ela a formação de sujeitos responsáveis, comprometidos com o seu autodesenvolvimento e com o progresso da sociedade. Para tanto, partilha dessa responsabilidade com os ingressos, os egressos e com as organizações locais. Nesse sentido, a Instituição objetiva ser locus de referência no Estado, assumindo o compromisso institucional de promover o desenvolvimento educacional da região e participar da inserção dos egressos no mercado de trabalho. A Instituição entende que, na interação dinâmica com a sociedade, em geral, e com o mercado de trabalho, em particular, define os seus campos de atuação acadêmica presentes e futuros.

Reconhecendo a crescente importância do conhecimento para a formação de sujeitos e para o processo de desenvolvimento da sociedade, a IES pretende produzi-lo articulando o ensino com a extensão a partir da análise da realidade social, econômica, política e cultural local, buscando compreender melhor e mais profundamente a realidade que seu egresso irá contribuir para transformar. Nesse sentido, esta Instituição tem como diretriz uma formação que combina e equilibra o desenvolvimento técnico e humanístico e que promove a visão sistêmica do estudante.

Não obstante, o processo de formação do profissional deve abranger uma série de compromissos com a realidade social enquanto sujeito partícipe de sua construção

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qualitativa, ao mesmo tempo em que assumirá o exercício profissional na direção da resolução dos problemas locais e regionais.

Para realizar essa missão, a Instituição também parte da necessidade de que, enquanto agência promotora de educação superior, deva ser possuidora de uma política de graduação rigorosa, sólida e articulada organicamente a um projeto de sociedade e de educação.

1.1.2. Estrutura Organizacional e Instâncias de Decisão

A estrutura organizacional da Instituição está apoiada em órgãos colegiados, executivos e suplementares. Os órgãos colegiados e executivos organizam-se em dois níveis de decisão:

Órgãos da Administração Superior: Conselho Acadêmico e Diretoria; Órgãos da Administração Básica: Colegiado de Curso e Coordenadores.

Essa estrutura é auxiliada nas suas atribuições e competências pelos Órgãos Suplementares.

Poderão integrar a estrutura organizacional da IES outros órgãos de natureza didático-científica, cultural e técnico-administrativa.

1.1.2.1. Organograma Institucional e Acadêmico

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ORGANOGRAMA INSTITUCIONAL CONSELHO ACADÊMICO DIRETORIA BIBLIOTECA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA SECRETARIA MANTENEDORA ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO (SUPERIOR) ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO (ACADÊMICA) ÓRGÃOS SUPLEMENTARES (SERVIÇOS TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS) ADMINISTRAÇÃO TESOURARIA CONTABILIDADE CPA COLEGIADO DE CURSO COORDENAÇÃO DE CURSO IES

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1.2. Administração

1.2.1. Condições de Gestão

O Projeto Institucional da IES contempla a necessidade para a implantação do curso de

Engenharia Civil, juntamente com os demais cursos já implantados. Para as atividades

acadêmicas e administrativas, a estrutura e o fluxo organizacional existente são suficientes para a implantação e implementação do curso solicitado. A Direção Acadêmica, a Coordenação de Curso e de Estágio será exercida por docentes do quadro, sendo viável o cumprimento das normas administrativas e acadêmicas inerentes.

Apesar de tratar-se de um projeto para implantação de novo curso, há coerência entre a estrutura organizacional definida pela Instituição e a prática administrativa proposta.

1.2.1.1. Articulação da Gestão do Curso com a Gestão Institucional

Há uma preocupação constante, por parte da IES, para que a gestão do curso possa estar articulada com a gestão institucional. Entendemos que não há possibilidade de existir uma gestão de qualidade se não houver interface entre os objetivos institucionais e as atividades do curso.

Ademais, o Regimento da IES assegura, como forma de aplicação do princípio de gestão democrática, a integração entre a gestão administrativa, os seus órgãos colegiados e os cursos em suas diversas modalidades.

Para tanto, foram instituídos órgãos colegiados deliberativos superiores com a participação de membros de sua comunidade, da comunidade local e da representatividade legal do corpo docente, discente e administrativo.

Neste sentido estabelece, ainda, as responsabilidades e áreas de competência da mantenedora e da mantida, o que permite e promove, consequentemente, a democratização do conhecimento, mediante a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber.

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1.2.2. Planos de Desenvolvimento

No PDI, as informações específicas prestadas são coerentes com a estrutura organizacional e a prática administrativa existentes, além de haver condições financeiras satisfatórias para a implantação do curso.

1.2.3. Sistemas de Informação e Comunicação

A Instituição também apresenta estrutura para a coordenação, secretaria, tesouraria e um sistema de informática compatível com as necessidades do curso.

1.3. Políticas de Pessoal e Programas de Incentivos e Benefícios

Os mantenedores da IES entendem que, mesmo dispondo de um Projeto de Desenvolvimento Institucional adequado e de Projetos Pedagógicos consistentes dos cursos que oferece e pretende oferecer, isto pouco representará se não houver pessoas qualificadas para desempenhar as funções administrativas, pedagógicas e acadêmicas.

Sendo assim, são estabelecidos como critérios de contratação de pessoal administrativo:

 Apresentar características de liderança;

 Ser inovador no desempenho de suas tarefas na área específica das funções que exerce e na área de informática;

 Ser empático e democrático em relação aos colegas;

 Demonstrar domínio de conhecimentos na sua área de trabalho; e  Estar predisposto à formação contínua.

Para a contratação de professores, os critérios que nortearão a escolha podem ser resumidos em dez aspectos:

1. Professores com titulação mínima de especialista;

2. Professores com aderência para ministrar aulas nas disciplinas presentes na estrutura curricular dos cursos que oferece;

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4. Professores com experiência docente em cursos superiores de, pelo menos, dois anos;

5. Professores capacitados para estabelecer boa relação com os estudantes, com os seus pares e com as lideranças acadêmicas;

6. Professores comprometidos com a educação permanente;

7. Professores com potencial para somar as atividades de pesquisa e extensão às atividades docentes;

8. Professores comprometidos com a aprendizagem dos estudantes; 9. Professores com elevada capacidade de comunicação oral e escrita; e 10. Professores com relações sociais nas organizações locais.

1.3.1. Plano de Carreira e Incentivos aos Docentes

Uma das preocupações da Instituição em promover o comprometimento do docente com os valores e princípios educacionais da IES foi sinalizada pela elaboração e implantação do Plano de Carreira Docente constante no PDI.

O Plano prevê classes, níveis e regime de trabalho. As classes de docentes serão de Titular, Adjunto, Assistente e Auxiliar.

O ingresso na Carreira de Professor de Ensino Superior dar-se-á preferencialmente na referência inicial da respectiva categoria funcional, por meio de processo seletivo, e prevê os seguintes níveis e regimes de trabalho:

I – Professor Titular e Professor Adjunto; II – Professor Assistente;

III – Professor Auxiliar.

I – Regime de Tempo Integral – TI; II – Regime de Tempo Parcial – TP; III – Regime Horista – RHA.

Foi prevista a avaliação docente, que funcionará como condicionante à progressão funcional. No plano docente estão previstos estímulos à qualificação, à capacitação, à pesquisa e extensão.

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1.3.2. Plano de Carreira e Incentivo do Pessoal Técnico-Administrativo

A busca da IES pela eficaz promoção do comprometimento do corpo técnico-administrativo com os valores e princípios educacionais defendidos pela Instituição norteou a elaboração e implantação do Plano de Carreira do Corpo Técnico-Administrativo, constante no PDI.

O plano para a carreira administrativa prevê cargos técnicos de nível superior, médio e auxiliares administrativos.

1.3.3. Programas Institucionais de Financiamento de Estudos para Alunos Carentes

O Programa de Assistência ao Corpo Discente prevê o oferecimento de bolsas de estudo referentes a descontos de 10% a 25% no valor da mensalidade do curso a estudantes carentes, mediante o preenchimento de formulário específico, que é, por sua vez, encaminhado para a avaliação e seleção de Comissão Especial, designada pela Diretoria. Essas bolsas são oferecidas considerando-se o equilíbrio entre os recursos existentes e a cota de bolsas pleiteadas.

Ademais, a IES viabiliza o programa de Financiamento Estudantil – FIES, nos termos da Portaria MEC nº 1.626, de 26 de junho de 2003.

O financiamento concedido, nesse caso, pode chegar até 75% dos encargos educacionais. O agente financeiro responsável é a Caixa Econômica Federal que concede os financiamentos apenas aos alunos matriculados nos cursos com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC.

A IES já aderiu ao ProUni – Programa Universidade para Todos, criado pela MP nº 213/2004 e institucionalizado pela Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005, tendo como objetivo a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes carentes do Município.

Tais benefícios serão concedidos também aos cursos a serem implantados em 2011, visando principalmente à inclusão social de alunos de baixa renda nos meios universitários, conforme vem sendo incentivado pelo Ministério da Educação.

O Programa de Benefícios tem sido amplamente divulgado pela Instituição, por ocasião de abertura dos processos seletivos, e conta com mecanismos próprios de controle.

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DIMENSÃO 2 – ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

2.1. Projeto Pedagógico do Curso

2.1.1. Contexto Educacional

O município de Foz do Iguaçu possui extensão territorial de 618,352 km2 e está localizado no extremo oeste do estado do Paraná. A cidade é o segundo destino de turistas estrangeiros no país e o primeiro da região sul, sendo conhecida internacionalmente pelas Cataratas do Iguaçu e pela Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo. Em 2014, segundo dados do IBGE, o produto interno bruto (PIB) do município foi de R$8.721.301 e o PIB per capita de R$33.079,46.

No que diz respeito à construção civil, segundo dados do sindicato da indústria da construção civil do estado do Paraná, o setor teve uma participação na economia do estado de 4,39% em 2008, apresentando um taxa de crescimento de 7,92%. Naquele ano, a área construída em m2 no município de Foz do Iguaçu era de 345.910, passando para 384.827 no ano seguinte. Em 2010, houve um aumento no número de admissões no setor em todo o estado. Foram 136.081 admissões de janeiro a novembro, um aumento de 33% comparado ao mesmo período do ano anterior.

Segundo dados do PNUD, no período de 1991-2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Foz do Iguaçu cresceu 9%, passando de 0,722 em 1991 para 0,788 em 2000. A dimensão que mais contribuiu para este crescimento foi a Educação, com um aumento de 13%, seguida da Longevidade, com 11%, e da Renda, com 3%. De acordo com os critérios desse índice, o município está se aproximando de ser considerado de alto desenvolvimento humano.

De acordo com censo de 2010 do IBGE, a população de Foz do Iguaçu é hoje estimada em 256.088 habitantes. O quadro a seguir apresenta dados de 2010 da distribuição da população do município segundo a faixa etária e revela que 17% da população total encontra-se na faixa entre 20 e 29 anos, faencontra-se de ingresso acadêmico.

DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA NO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU Faixa Etária População %

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0 a 4 anos 19.889 8% 5 a 9 anos 20.870 8% 10 a 14 anos 24.514 10% 15 a 19 anos 24.681 10% 20 a 24 anos 22.726 9% 25 a 29 anos 21.697 8% 30 a 39 anos 41.706 16% 40 a 49 anos 35.770 14% 50 a 59 anos 23.984 9% 60 a 69 anos 12.618 5% 70 anos e mais 7.633 3%

O número de matrículas em instituições de ensino superior em 2012 em Foz do Iguaçu foi de 14.163, segundo dados do INEP. A taxa de escolarização, que mede o total de matrículas no ensino superior em relação à população na faixa etária teoricamente adequada a frequentar esse nível de ensino, é estimada em aproximadamente 12%. Essa taxa de escolarização calculada pelo IBGE demonstra claramente as deficiências do setor de ensino superior em relação aos jovens que residem no município. A meta estabelecida pelo governo para o país é de chegar a uma taxa de escolarização no ensino superior de pelo menos 30% até 2011.

Ainda de acordo com dados do INEP, em 2008 foram 167.738 vagas oferecidas no estado para total dos 350.687 candidatos inscritos em processos seletivos. Existe hoje, segundo Ministério da Educação, outras 13 instituições de ensino superior além desta no município, sendo que apenas duas delas oferece o curso de Engenharia Civil.

Infelizmente, o Brasil ainda forma um número reduzido de engenheiros. De acordo com informações da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 5% dos alunos que completaram a graduação no Brasil em 2007 formaram-se em cursos de engenharia.

Com a oferta do curso de Engenharia Civil, esta IES está contribuindo para a ampliação das oportunidades de acesso à formação superior em uma área cuja atual oferta não é capaz de absorver as demandas da sociedade e do mercado de trabalho.

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2.1.2. Concepção do Projeto Pedagógico de Curso - PPC

Em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institucional – (PDI) e o Projeto Pedagógico Institucional – (PPI), o Curso como foi concebido leva em conta a formação generalista, humanista, crítica e reflexiva do profissional de acordo com a orientação das Diretrizes Curriculares nacionais para o Ensino de Graduação em Engenharia Civil procurando assegurar a:

 Articulação entre o ensino, pesquisa e extensão, garantindo um ensino crítico, reflexivo, que leve à construção do perfil almejado, estimulando a realização de experimentos e/ou de projetos de pesquisa; socializando o conhecimento produzido;

 Inserção do aluno precocemente em atividades práticas, de forma integrada e interdisciplinar, relevantes à sua futura vida profissional;

 Utilização de diferentes cenários de ensino-aprendizagem permitindo ao aluno conhecer e vivenciar situações variadas de vida, da organização da prática e do trabalho em equipe multiprofissional;

 Visão de educar para a cidadania e a participação plena na sociedade;

 Garantia dos princípios de autonomia institucional, de flexibilidade, integração estudo/trabalho e pluralidade no currículo;

 Implementação de metodologia no processo ensinar-aprender que estimule o aluno a refletir sobre a realidade social e aprenda a aprender;

 Definição de estratégias pedagógicas que articulem o saber; o saber fazer e o saber conviver, visando desenvolver o aprender a aprender, o aprender a ser, o aprender a fazer, o aprender a viver juntos e o aprender a conhecer que constitui atributos indispensáveis à formação do Engenheiro Civil;

 Realização das dinâmicas de trabalho em grupo, por favorecerem a discussão coletiva e as relações interpessoais;

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 Valorização das dimensões éticas e humanísticas, desenvolvendo no aluno atitudes e valores orientados para a cidadania e para a solidariedade.

2.1.2.1. Concepção do Curso

Desde o início de sua criação, o curso de Engenharia Civil da IES busca qualidade do corpo docente, infra-estrutura física adequada, laboratórios modernos, diversidade de oferecimento de equipamentos de campo, promoção de visitas técnicas, realização de ciclos de palestras e atualização de práticas de informática a fim de formar um profissional egresso com perfil generalista e apto a desenvolver atividades de projetos e execução nas diferentes especialidades do curso, segundo a concepção de que o curso de Engenharia Civil deve estar associado a um processo contínuo de reciclagem e de atualização de conhecimentos devido às rápidas mudanças tecnológicas impostas neste setor, o curso visa à questão da multidisciplinaridade, integrando a formação ética e humanística, os sólidos conceitos técnico-científicos e constantes modernizações, permitindo que o aluno desenvolva-se intelectual e profissionalmente de forma autônoma e permanente. Assim, os egressos estão aptos para ingressar em um mercado de trabalho globalizado, dinâmico e competitivo.

2.1.2.2. O Curso e as Políticas de Educação Ambiental

Em harmonia com a política nacional de educação ambiental e visando assegurar a aplicação transversal, contínua e permanente da educação ambiental nas disciplinas do curso de Engenharia Civil a concepção dos planos de ensino prevê de forma explícita, ou não, a ênfase na construção de valores, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, essencial à sustentabilidade ambiental em disciplinas como Desenvolvimento Sustentável, Engenharia e Meio Ambiente, Estudos Ambientais e Saneamento Urbano. Ainda neste sentido, devido às suas características interdisciplinares, as Atividades Práticas Supervisionadas harmoniza-se com esta orientação promovendo semestre a semestre, de forma articulada, a transversalidade da educação ambiental nas disciplinas do curso, assegurando:

 A incorporação da dimensão ambiental, de forma interdisciplinar;

 O estudo dos conhecimentos, tecnologias e informações relacionados à questão ambiental;

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 O desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;

 O estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social;

 O incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;

Adicionalmente, é oferecida a disciplina optativa “Educação Ambiental”.

2.1.2.3. O Curso e as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais, para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana

Em atendimento à resolução CNE/CP no 01 de 17 de Junho de 2004, o curso de

Engenharia Civil, apresenta o tratamento das relações étnico-raciais, bem como o das questões e temáticas que dizem respeito aos afro descendentes, na disciplina Homem e Sociedade.

Desta forma promove a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem os futuros graduados quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, o reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias e asiáticas, preservando desta forma, o respeito aos direitos legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira. Adicionalmente, é oferecida a disciplina optativa “Relações Étnico-Raciais e Afro-Descendência”.

2.1.2.4. O Curso e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação dos Direitos Humanos

Em atendimento à resolução CNE/CP n° 08, de 6 de Março de 2012, o Curso de Engenharia Civil apresenta a importância dos Direitos Humanos no mundo contemporâneo, de forma articulada e transversal. Desta forma, promove diálogos e debates que conduzam ao pensamento crítico e a análise sistêmica sobre o futuro da humanidade e prol da justiça econômica e social. A questão dos Direitos Humanos é trabalhada na disciplina Homem e Sociedade e na disciplina optativa ”Direitos Humanos”.

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2.1.2.5. O Curso e a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista

De acordo com o disposto na Lei N° 12.764, de 27 de dezembro de 2012, regulamentada pelo Decreto nº 8.368, de 2 de dezembro de 2014, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e que é dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar o direito da pessoa com transtorno do espectro autista à educação, em sistema educacional inclusivo, garantida a transversalidade da educação infantil até a educação superior, a IES elaborou um regulamento específico de atendimento aos estudantes matriculados que apresentarem transtorno do espectro autista, de acordo com o disposto na Lei nº 12.764/2012, regulamentada pelo Decreto 8.368/2014, sendo criado o Núcleo de Acessibilidade e Apoio Psicopedagógico – NAAP no âmbito de cada Campus, que está em fase de implantação. O regulamento do NAAP está no anexo XVII.

2.1.3. Justificativa do Curso

A atuação do Engenheiro Civil faz-se necessária à sociedade na promoção do seu conforto, da sua prosperidade e do seu desenvolvimento, abrangendo áreas vitais para os vários segmentos populacionais, tais como atividades de projeto e execução de obras de infraestrutura, de transportes rodoviário, ferroviário, hidroviário e aeroviário, de grandes estruturas de edifícios, pontes e barragens, de saneamento urbano e rural e ainda de obras subterrâneas de metrôs e drenagem.

O estudo destas obras civis faz suas abordagens sob os seus aspectos técnicos e ambientais, objetivando sua durabilidade, qualidade e sustentabilidade.

Caracterização Regional da Área de Inserção da Instituição

O conjunto de dados e informações que sustentam os elementos de análise desse item está circunscrito ao Município de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, onde se situa na Avenida Paraná, 3695, bairro Jardim Central.

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O município de Foz do Iguaçu foi fundado em 10 de junho de 1914, localiza-se no extremo oeste do estado do Paraná, é o quinto maior município do Paraná, com cerca de 250 mil habitantes, e é pólo socioeconômico da região que engloba municípios como Cascavel, Toledo, Marechal Cândido Rondon e Santa Helena. Tornou-se uma das mais importantes cidades brasileiras por sua exuberância natural e localização estratégica, devido à fronteira com a Argentina e o Paraguai. Com a integração a estes países, a cidade forma um dos mais ricos pólos turísticos e comerciais da América do Sul, do qual participam também Ciudad Del Este, no Paraguai e Puerto Iguazú, na Argentina. A localização privilegiada com acesso a esses centros comerciais, atrai milhões de consumidores todos os anos. Conhecida internacionalmente pelas Cataratas do Iguaçu, uma das finalistas do concurso que escolheu as sete maravilhas da natureza e pela Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo, que em 1996 foi considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis, tendo como capital do estado a cidade de Curitiba, distante a 643 Km.

Nesse sentido, a Indústria, o Comércio e o Turismo são as principais atividades econômicas do Estado do Paraná. Destaca-se, ainda, que o Estado conta também com a Usina Hidrelétrica de Itaipu, que garante auto-suficiência energética e contribui para o crescimento e o desenvolvimento da cidade de Foz do Iguaçu, município onde se encontra a Usina.

Em termos de representatividade econômica, a Usina Hidrelétrica de Itaipu é a maior em geração no mundo, em um empreendimento binacional desenvolvido pelo Brasil e o Paraguai no rio Paraná, operada pela Itaipu Binacional. Em 2000, sua produção recorde foi responsável pelo suprimento de 95% da energia elétrica consumida no Paraguai e 24% de toda a demanda do mercado brasileiro. Pela sua grandeza econômica e pelo interesse de entretenimento, a Usina de Itaipu está entre as principais atrações turísticas de Foz do Iguaçu.

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Dentre os lugares que compõem o pólo turístico da região, encontra-se o Parque Nacional do Iguaçu, que é considerado uma das maiores reservas florestais da América do Sul, estando localizado no extremo oeste do Paraná, fazendo fronteira com o território argentino, além de delimitar-se com diversos municípios paranaenses. Neste Parque, o diferencial de atração para os turistas são as Cataratas do Iguaçu. Outras atrações são destaques, como sua representativa fauna, o Poço Preto, o Salto do Macuco, o Centro de Visitantes, a Estátua de Santos Dumont e um hotel de lazer. O Parque Nacional do Iguaçu, com a ajuda dos projetos desenvolvidos pela Itaipu Binacional, na área do reservatório da hidrelétrica, confirma a cidade de Foz do Iguaçu como símbolo de preservação ecológica.

Diante do exposto, a Usina Hidrelétrica, as Cataratas do Iguaçu – o maior conjunto mundial de quedas d’água – e o Parque Nacional – uma das maiores reservas florestais da América do Sul e Patrimônio Natural da Humanidade – fazem do Turismo uma das principais bases econômicas de Foz do Iguaçu, respondendo por 65% da economia local.

No setor da Educação, a cidade possui um excelente nível de escolaridade, possuindo seis Instituições privadas de nível superior e uma pública.

O IESFI possui uma localização privilegiava, de fácil acesso, tanto do transporte de veículos como coletivo.

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2.1.4. Objetivos do Curso

A IES tem, como um de seus principais objetivos, preparar profissionais éticos e competentes, capazes de contribuir para o desenvolvimento da região e o bem-estar e qualidade de vida de seus cidadãos. Para tanto, ciente de sua responsabilidade social, busca a compreensão das reais necessidades e caminhos para que esse desenvolvimento ocorra, primando pela inclusão social de seus alunos e egressos e desenvolvendo atividades educacionais de nível superior condizente com o que se espera de uma Instituição cujos princípios, embora sólidos, permitam respostas prontas e eficazes aos muitos desafios de uma sociedade em constante transformação.

Desta forma o curso de Engenharia Civil busca, em consonância com os objetivos da instituição, oferecer aos seus alunos uma formação generalista na área tecnológica de sua especialidade, bem como humanista, crítica e reflexiva, dando condições para que o aluno tenha capacidade de desenvolver-se intelectual e profissionalmente de forma autônoma e permanente, tornando-o capaz de contribuir para o desenvolvimento da sua região e o bem-estar e qualidade de vida de seus cidadãos.

2.1.5. Perfil do Egresso

Conforme descrito no PDI da IES, “a política da IES para o ensino de graduação fundamenta-se na integração do ensino com a extensão, objetivando formação de qualidade acadêmica e profissional. Cultiva e promove, portanto, uma prática calcada em princípios éticos que possibilite a construção do conhecimento técnico-científico, o aperfeiçoamento cultural e o desenvolvimento de um pensamento reflexivo, crítico e responsável, que impulsione a transformação sócio-político-econômica da sociedade”. Assim, este item tem por finalidade definir o perfil dos egressos do curso de Engenharia Civil da IES pela apresentação das competências profissionais e habilidades desejadas deste profissional.

2.1.5.1. Competências

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 Formação ética e humanística, voltada à cooperação, à autonomia, à solidariedade, ao respeito e à tolerância, concretizada pelas disciplinas com conteúdos de Humanidades, Ciências Sociais e Cidadania, pelas propostas de Atividades Complementares e pelas Atividades de Extensão.

 Sólida formação em Matemática e Física, uma vez que estes conteúdos constituem base fundamental para o aprendizado das disciplinas profissionalizantes.

 Ampla visão espacial, propiciada pelos conteúdos de Expressão Gráfica, pelas disciplinas profissionalizantes, pelos ensaios de campo, pelas visitas técnicas e pelo Trabalho de Curso.

 Formação básica nos conteúdos de Probabilidade e Estatística, necessários para a interpretação e comparação de diversas disciplinas e processos compreendidos pela área de exatas.

 Capacidade de ampla compreensão dos fenômenos estáticos e dinâmicos que proporcionam a necessária estabilidade e durabilidade às obras de engenharia civil, abrangendo tanto a elaboração dos projetos como a construção ou execução dos empreendimentos.

 Formação básica nos conteúdos de Administração, Economia, Qualidade e Sustentabilidade Ambiental, necessários para a inserção do futuro engenheiro no mercado de trabalho, especialmente quando atuar junto a empresas de construção e outras organizações tecnológicas da construção civil.

 Consciência de que a estrutura social está em constante transformação, sendo necessário o contínuo aperfeiçoamento de novas tecnologias. Para tanto, são promovidos constantes debates e palestras com especialistas e profissionais atuantes na área de Engenharia e em áreas correlatas.

 Consciência de que o pensamento lógico, segundo processos de dedução e demonstração inerentes à matemática, levará ao desenvolvimento de suas potencialidades, permitindo aplicá-las nas mais diversas áreas de sua atuação, fortalecendo a formação generalista do egresso.

 Consciência de que, apesar de limitações e deficiências resultantes da estrutura sócio-econômica vigente, o formando irá ingressar em um mercado de trabalho globalizado e altamente competitivo. O estágio curricular, a partir do 9º semestre, permite que o aluno vivencie tal realidade no ciclo profissionalizante.

 Visão abrangente de seu papel como profissional e de elemento transformador da estrutura social e da contribuição que o trabalho de Engenharia Civil pode oferecer à formação dos indivíduos para o exercício pleno de sua cidadania.

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 Consciência de que o aprendizado de Engenharia é feito de forma interdisciplinar, em conjunto com professores das várias disciplinas que compõem o curso e com as demais áreas de suporte ao ensino, estimulando o hábito de trabalhar em equipe. O Trabalho de Curso é um componente curricular que sumariza a referida integração disciplinar.

 Atribuição técnica e gerencial para se responsabilizar legalmente por projetos e gerenciamento de obras no âmbito de sua especialização.

2.1.5.2. Habilidades

Pelos conteúdos disciplinares, visitas técnicas, estudos ambientais, propostas de Atividades Complementares, Trabalho de Curso, atividades de estágio, ciclos de atualização profissional e seminários multidisciplinares, ao engenheiro civil formado pela IES estão associadas as seguintes habilidades:

 Raciocínio lógico-matemático para resolver problemas em engenharia.

 Visão crítica de ordens de grandeza.

 Capacidade para analisar e simular sistemas físicos.

 Leitura, interpretação e expressão por meios gráficos.

 Domínio de técnicas computacionais.

 Capacidade de identificar, modelar e resolver problemas.

 Disposição para auto-aprendizado e para a educação continuada.

 Capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares.

 Responsabilidade social e ambiental.

 Compromisso com a ética profissional.

 Conhecimento da legislação pertinente.

 Capacidade de expressar-se com clareza, precisão e objetividade.

2.1.5.3. Perspectivas de Inserção Profissional do Egresso

No Brasil, a área da construção civil se mantém em crescimento apesar da recente crise do setor imobiliário que atingiu os EUA e a expectativa é melhorar ainda mais nos próximos anos com o crescimento da economia e os projetos do governo federal, tais como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa Minha Vida.

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O engenheiro civil pode atuar na construção ou reforma de casas, edifícios, pontes, viadutos, estradas, barragens, canais e portos, seja projetando, gerenciando ou executando as obras.

Foz do Iguaçu possui, segundo dados do Grupo TeleListas, 10 construtoras onde o bacharel pode atuar como funcionário direto ou como prestador de serviços. Ainda, há na cidade 9 mil empresas (IBGE 2009) para as quais este profissional pode prestar serviços.

Diante do contexto analisado, o curso de Engenharia Civil tem por objetivo, por meio do processo de ensino-aprendizagem, desenvolver nos alunos as competências requeridas dos profissionais dessa área, dentro da expectativa do mercado supracitada.

Além disso, há uma preocupação social da Instituição em atender ao mercado regional, já que, de acordo com informações obtidas do e-MEC, existem 14 instituições de ensino superior na cidade e, dentre elas, nenhuma oferece o curso de Engenharia Civil, número este insuficiente para abarcar a extensa demanda da região.

Quanto aos egressos, a IES se preocupa com sua inserção no mercado de trabalho e, para tanto, promoverá constantemente programas especiais de capacitação, serviços técnicos e de consultoria e a realização de treinamentos, encontros e workshops com profissionais da área.

A IES também criará o Núcleo de Acompanhamento ao Egresso, que visa ao entrosamento dos profissionais formados pela instituição, organizando grupos de debate e de auxílio mútuo, dando uma atenção contínua ao ex-aluno.

2.1.6. Estrutura Curricular

As Diretrizes Curriculares Nacionais são referências na definição dos conteúdos curriculares e foram perfeitamente contempladas na presente proposta pedagógica.

O Coordenador do Curso desempenhará um papel integrador e organizador na implantação da matriz curricular, planejada conjuntamente com o corpo docente, buscando favorecer a correlação dos conteúdos. No dimensionamento da carga horária de cada

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componente curricular, buscou-se a adequação ao desenvolvimento dos conteúdos programáticos previstos.

Para a implementação e execução da matriz curricular, o Coordenador deverá trabalhar com os professores, organizando reuniões semanais antes do início de cada semestre, com o intuito de que sejam discutidos os conteúdos a serem abordados em cada componente curricular, os que serão trabalhados, metodologia de ensino, cronograma com base na articulação dos conteúdos e metodologia de avaliação. Ao final das reuniões, os professores entregarão os Planos de Ensino contendo: ementa, carga horária, objetivos, conteúdo, cronograma, metodologia, avaliação e referências bibliográficas.

2.1.6.1. Conteúdos Curriculares

O curso de Engenharia Civil possui uma estrutura curricular que possibilita ao alunado atingir os objetivos gerais, as competências e habilidades anteriormente descritas, preparando-o para ingressar em um mercadpreparando-o de trabalhpreparando-o glpreparando-obalizadpreparando-o e cpreparando-ompetitivpreparando-o.

Segundo as diretrizes nacionais para os cursos de Engenharia, “todo curso de Engenharia, independente da sua modalidade, deve possuir em seu currículo um ciclo de conteúdos básicos, um ciclo de conteúdos profissionalizantes e um ciclo de conteúdos específicos que caracterizem a modalidade”. A estrutura curricular está dividida em áreas com disciplinas afins, mas todas integradas por meio de seus conteúdos programáticos, com carga horária total de 4.640 horas distribuídas ao longo de (5) cinco anos de curso.

As áreas gerais são: Núcleo Básico, Núcleos Profissionalizante e Específico, Trabalho de Curso, Estágio Supervisionado, Atividades Práticas Supervisionadas, Estudos Disciplinares e Atividades Complementares.

2.1.6.1.1. Núcleo Básico

O núcleo básico do currículo do curso de Engenharia Civil é composto pelos conteúdos previstos no §1º do artigo 6º das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia, versando sobre os seguintes tópicos:

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 Metodologia Científica e Tecnológica (conteúdo ministrado nas disciplinas “Metodologia do Trabalho Acadêmico” e “Métodos de Pesquisa”).

 Comunicação e Expressão (conteúdo ministrado nas disciplinas “Interpretação e Produção de Textos” e “Comunicação e Expressão”).

 Informática (conteúdo ministrado nas disciplinas “Tópicos de Informática” e “Programação de Computadores”).

 Expressão Gráfica (conteúdo ministrado na disciplina “Desenho Técnico”).

 Matemática (conteúdo ministrado nas disciplinas “Tópicos de Matemática”, “Cálculo com Geometria Analítica”, “Cálculo de Funções de Várias Variáveis” e “Equações Diferenciais”).

 Física (conteúdo ministrado nas disciplinas “Tópicos de Física Geral e Experimental”, “Mecânica da Partícula”, “Eletricidade Básica” e “Complementos de Física”).

 Fenômenos de Transporte (conteúdo ministrado nas disciplinas “Estática dos Fluidos, Fundamentos de Termodinâmica e Fenômenos de Transportes”).

 Mecânica dos Sólidos (conteúdo ministrado nas disciplinas “Cinemática dos Sólidos” e “Dinâmica dos Sólidos”).

 Química (conteúdo ministrado nas disciplinas “Química básica” e “Química Aplicada”).

 Materiais de Construção Civil (conteúdo ministrado nas disciplinas “Materiais de Construção Civil” e “Materiais Naturais e Artificiais”).

 Administração (conteúdo ministrado na disciplina “Economia e Administração”).

 Economia (conteúdo ministrado na disciplina “Economia e administração”).

 Humanidades, Ciências Sociais e Cidadania (conteúdos ministrados nas disciplinas “Homem e Sociedade”, “Ciências Sociais”, “Ética e Legislação Profissional”).

Verifica-se, portanto, que tanto as disciplinas técnico-científicas como as de caráter humanísticos presentes no currículo do núcleo básico do curso de Engenharia estão coerentes com o objetivo da IES na “formação de qualidade acadêmica e profissional”.

Em disciplinas como “Homem e Sociedade” e “Ciências Sociais”, são propostos temas para trabalhos em grupo que abordam as multiplicidades de aspectos que caracterizam o ser humano, valorizando também a pesquisa coletiva dos alunos. São incentivados debates que contribuem para uma visão mais humanista e solidária do futuro engenheiro. No caso de “Ética Profissional” e de “Legislação Profissional”, é despertada no aluno uma visão crítica do exercício profissional. Em suma, as disciplinas citadas contribuem para “a formação ética e humanística do cidadão voltada para a autonomia, cooperação, solidariedade, respeito à diversidade, tolerância e eqüidade social” (PDI).

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Também é fornecida ao aluno “a sólida formação técnico-científica, que possibilita ao profissional a compreensão e ação críticas em um mundo em incessante transformação” pelos conteúdos das disciplinas que compõem os tópicos de Física, Matemática, Fenômenos de Transporte, Mecânica dos Sólidos, Eletricidade Aplicada e Química conforme as Diretrizes Curriculares. Ou seja, os conteúdos mencionados fornecem as bases teóricas e práticas para que o aluno prossiga no estudo dos conteúdos profissionalizantes do curso, constituindo as condições necessárias para que o estudante avance na matriz curricular do curso de Engenharia Civil. Desse modo, contribui-se para que o futuro egresso supere desafios profissionais e esteja habilitado a continuar sua formação em áreas adjacentes à sua habilitação específica.

Vale notar que nas “Atividades Práticas Supervisionadas, Estudos Disciplinares e Atividades Complementares”, que serão adiante objetos de descrição neste Projeto Pedagógico, o aluno é incentivado a pesquisar, entre outros, temas como “Teoria da Relatividade”, “Física Quântica”, “Radioatividade”, “Aplicações de Cálculo Avançado” a fim de complementar sua formação básica, e “estimular práticas de estudo independentes, visando a uma progressiva autonomia profissional e intelectual do aluno”. Nos conteúdos de Informática, o aluno recebe, além da capacitação tecnológica, bases para a construção do raciocínio lógico e para a análise crítica de situações, sempre utilizando a “metodologia baseada em problemas” (ou seja, o aluno deve expor uma sequência de etapas para a solução de um problema utilizado como motivação), favorecendo a auto-aprendizagem. Com tal prática pretende-se incentivar a autonomia de pensamento na resolução de problemas. Além disso, os planos de aulas das disciplinas “Programação de Computadores” e “Tópicos de Informática” são constantemente atualizados e sugerem abordagens de questões interdisciplinares nas propostas de estudos de casos.

Nos conteúdos das disciplinas “Interpretação e Produção de Textos” e “Comunicação e Expressão” são incentivadas leituras críticas tanto de textos técnicos como de textos que discorram a respeito de questões éticas, morais e ambientais. São de relevância ímpar a compreensão e produção de textos para que o aluno exerça o “aprender a aprender” e assimile, de fato, todos os conteúdos ministrados nos diversos tópicos que constituem a grade curricular. Vale ressaltar que o bom desempenho do aluno nas suas expressões orais e escritas é imprescindível para sua “inserção ativa no mercado de trabalho”, no qual tais habilidades são necessárias.

Nas disciplinas “Metodologia do Trabalho Acadêmico” e “Métodos de Pesquisa”, o aluno conhece o instrumental básico para o levantamento de referências bibliográficas e a

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fundamentação teórico-científica, iniciando-o na realização de trabalhos acadêmicos e capacitando-o para a execução de trabalhos de curso com qualidade.

Em síntese, o núcleo básico do curso de Engenharia encontra-se em sintonia com um dos principais objetivos da IES que é o de “preparar profissionais éticos e competentes, capazes de contribuir para o desenvolvimento da região e o bem-estar e qualidade de vida de seus cidadãos”. Também está em consonância com a missão da IES que é “investir em um processo de ensino e aprendizagem que capacite os seus egressos a atenderem às necessidades e expectativas do mercado de trabalho e da sociedade, com competência para formular, sistematizar e socializar conhecimentos em suas áreas de atuação. Para alcançar esse objetivo, a Instituição promove a educação superior integrando o ensino e a extensão, visando à formação de sujeitos empreendedores e comprometidos com o autoconhecimento, a transformação social, cultural, política e econômica do Estado e da região”.

2.1.6.1.2. Núcleos Profissionalizante e Específico

As disciplinas que compõem os núcleos profissionalizante e específico podem ser agrupadas em cinco blocos, a saber:

 Bloco Profissionalizante Fundamental: composto por disciplinas profissionalizantes que embasam, nos aspectos teóricos e práticos, as disciplinas dos demais blocos. Estas disciplinas são: “Materiais de Construção Civil”, “Complementos de Materiais de Construção Civil”, “Topografia”, “Geodésia” e “Gerenciamento de Obras Civis”.

 Bloco Estrutural: composto pelas disciplinas vinculadas ao projeto e construção de estruturas. Estas disciplinas são: “Resistência dos Materiais”, “Complementos de Resistência dos Materiais”, “Teoria das Estruturas”, “Estruturas de Concreto Armado”, “Aplicações de Estruturas de Concreto Armado”, “Sistemas Estruturais (Madeira e Metal)”, “Pontes e Grandes Estruturas”.

 Bloco Geotécnico: composto pelas disciplinas profissionalizantes referentes à engenharia dos solos, envolvendo a sondagem e a caracterização dos terrenos, bem como a escolha do tipo adequado de fundação (no caso das estruturas) e a parametrização do solo (no caso dos aterros e barragens). As disciplinas que pertencem a este bloco são: “Mecânica dos Solos e Fundações”, “Complemento de Mecânica dos Solos e Fundações”, “Fundações Profundas” e “Obras de Terra”.

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 Bloco Hidráulico-Sanitário e o Meio Ambiente: compreende o conjunto de disciplinas referentes à água, envolvendo estudos de potabilidade para abastecimento urbano e rural, de regularização e suprimento energético, de armazenamento, tratamento e despejo de água residual e de projetos de reutilização. As disciplinas deste bloco são: “Hidráulica e Hidrologia”, “Hidráulica e Hidrologia Aplicadas”, “Saneamento Urbano”, “Sistema de Tratamento de Água e Esgoto” e “Instalações Prediais”.

 Bloco de Transporte: composto pelas disciplinas direcionadas para as diferentes modalidades de transportes, que são: “Estradas e Aeroportos”, e “Tecnologia e Economia de Transportes”.

 Bloco Complementar: composto por disciplinas que tem por finalidade proporcionar ao aluno conhecimentos de natureza abrangente e que possibilitam sua inserção no mercado de trabalho com visão holística dos empreendimentos, compatibilizando sua especialidade da área de exatas com a globalidade do seu entorno. São disciplinas como “Gerenciamento de Obras Civis”, “Estatística Descritiva” e “Estatística Indutiva”. Vale notar que os conteúdos de “Informática” no Núcleo Básico também contribuem para a rápida colocação do egresso no mercado de trabalho, pois estão em sintonia com o perfil generalista do profissional moderno.

Além das disciplinas classificadas em blocos temáticos, a matriz curricular do curso de Engenharia Civil inclui também “Complementos de Instalações Prediais”, abrangendo o projeto de instalações elétricas de edificações e ainda Atividades Práticas Supervisionadas, nas quais o aluno pratica, sob a orientação de um professor, a interdisciplinaridade na solução de problemas reais da área de construção civil.

Os conhecimentos práticos relacionados com os núcleos profissionalizante e específico são advindos das atividades de campo e dos ensaios tecnológicos executados nos seguintes laboratórios: Laboratórios de Geologia e de Mecânica dos Solos, Laboratório de Materiais de Construção, Laboratório de Hidráulica e Laboratórios de Topografia e Geodésia.

Dispondo de equipamentos constantemente atualizados e programação de ensaios sempre em consonância com os procedimentos normalizados e vigentes, os laboratórios constituem-se em infra-estrutura pedagógica moderna e motivante, preparando o aluno para sua inserção no mercado de trabalho já habituado aos procedimentos laboratoriais da Engenharia Civil.

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As unidades curriculares apresentadas na tabela 1 formam a matriz curricular do Curso de Engenharia Civil. O aluno deverá escolher uma entre as disciplinas optativas oferecidas: Língua Brasileira de Sinais (Libras), Educação Ambiental, Relações Étnico-Raciais/Afro-descendência e Direitos Humanos.

2.1.6.2. Matriz Curricular

TABELA 1 – MATRIZ CURRICULAR

DISCIPLINA CARGA HORÁRIA TOTAL CARGA HORÁRIA SEMANAL CARGA HORÁRIA TEÓRICA CARGA HORÁRIA PRÁTICA 1° SEMESTRE Desenvolvimento Sustentável 30 1,50 1,50 - Interpretação e Produção de Textos 30 1,50 1,50 -

Noções de Direito 30 1,50 1,50 -

Tópicos de Física Geral e Experimental 75 3,75 3,00 0,75 Tópicos de Informática 30 1,50 - 1,50 Tópicos de Matemática 75 3,75 3,75 - Atividades Práticas Supervisionadas 60 - - -

Estudos Disciplinares 60 - - -

2° SEMESTRE

Cálculo com Geometria Analítica 75 3,75 3,75 -

Estática dos Fluidos 30 1,5 1,5 -

Comunicação e Expressão 30 1,50 1,50 -

Desenho Técnico 30 1,50 - 1,50

Ética e Legislação Profissional 30 1,50 1,50 - Mecânica da Partícula 75 3,75 3,00 0,75

Química Básica 30 1,5 1,5 -

Atividades Práticas Supervisionadas 60 - - -

Referências

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