2 6 3 Interface - Comunic, Saúde, Educ, v.9, n.18, p.263-6, jan/jun 2006
*Andr é Nunes, Ter apeut a plást ico/ ar t ist a ocupacional, f or m ado em Ter apia Ocupacional pela Faculdade de Medicina da Univer sidade de São Paulo ( FMUSP) , com especialização em pr áxis ar t íst icas e t er apêut icas, r ealizada no Cur so Pr áxis Ar t íst icas e Ter apêut icas – I nt er f ace Ar t e e saúde, m inist r ado pelo Labor at ór io de Est udos Ar t e e Cor po do Depar t am ent o de Ter apia Ocupacional da USP, em 2002. <t or r ad@uol.com .br >
Ent re junho de 20 0 1 e junho de 20 0 2 realizei est e t rabalho em que, diariament e, me aut o-ret rat ava. Das quase 3 6 5
fot ografias reveladas, selecionei uma dúzia que most ram, como um zapping, part e do
processo vivido na época em que meu int eresse est ava volt ado para a pesquisa sobre as ident idades híbridas no caso t erapeut a - usuários de serviço de saúde/ art e – t erapia ocupacional. Todas as fot ografias são analógicas, t endo sido usados filmes 3 5mm ou advant ix. Como propost a raspei cabelo, barba e bigode e acompanhei a diferença na mesmice do sut il cresciment o/produção cot idiano dos pêlos. Para as pessoas fora da ordem dedico est e t rabalho.
Pêlos
Pêlos
Pêlos
Pêlos
Pêlos
for
for
for
for
fora da or
a da or
a da or
a da or
a da ordem*
dem*
dem*
dem*
dem*
P
P
P
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Pelos
elos
elos
elos
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criação
Rua Bassin Nagib Trabulsi, 50, apto. 115 Ponta da Praia - Santos, SP
CRI AÇÃO
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“ Per ceber o ser hum ano não com o um a f igur a indesf igur ável, nem com o um int ér pr et e, m as com o um a int er r ogação: t al at it ude f ecunda um int er esse f or t íssim o pelo out r o. Um int er esse pelo out r o que, quant o m ais nos apr oxim a de suas singular idades, m ais nos r eenvia par a t odos os out r os ser es do m undo. Com o se t odos os ser es f ossem esf inges. No lugar de ser m onum ent o de m useu, objet o de f ascinação, f ot ogr af ia, suvenir , ou um est ado de et er nidade conf iscado por um pai-t odo-poder oso, a esf inge ser ia apr esent ada no cor po de cada ser .
Todos os ser es que nos cer cam ( e m esm o as coisas) são esf inges; m as com os ar dis da sut ileza eles não nos r evelam os seus
enigm as, assim com o nós, por delicadeza, não os decif r am os. Apenas não os deixam os m or r er .”
Sant ’Anna, D. B. Cor pos de passagem . São Paulo: Ed. Est ação liber dade, 2 0 0 1 . p.1 2 7 .
CRI AÇÃO
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CRI AÇÃO
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