ACORDO COLETIVO DE TRABALHO (Adequação dos contratos conforme MP 396)
PROMETEON TYRE GROUP INDÚSTRIA BRASIL LTDA., CNPJ n. 22.301.988/0005-95, neste ato representada por sua Diretora, Sra. FABIANA DE MARIA SANTANA e por sua advogada CAROLINA DE BARROS MONTEIRO RONCATTI TRIGUEIROS GUILHERME;
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SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DE ARTEFATOS DE BORRACHA DE GRAVATAÍ, CNPJ n. 90.793.977/0001-04, neste ato representado por seu Presidente, Sr. FLÁVIO DE QUADROS
Considerando a pandemia declarada pela Organização Mundial da Saúde relativa ao Covid-19 (Coronavírus), que têm consequências imediatas na sociedade determinando restrições sociais e impactos diretos na saúde dos brasileiros, especialmente aqui tratando, dos empregados da EMPRESA;
Considerando que a EMPRESA prevê medidas necessárias para diminuição dos impactos econômicos decorrentes da crise no comércio, na indústria e na diminuição de demanda do mercado de Pneumáticos no Brasil;
Considerando a necessidade de medidas para resguardar a saúde dos seus empregados e assim, também, evitar em um primeiro momento, necessidade de dispensas de empregados em razão da diminuição da produção e comercialização de Pneumáticos em todo o país;
Considerando o disposto da Consolidação das Leis do Trabalho (Lei nº 5.452/42), com as novas disposições previstas na Lei nº 13.467/2017; Sem prejuízo das disposições previstas na MP 927 de 22 de março de 2020, MP 936 de 1º de abril de 2020, ou quaisquer atos que possam vir posteriormente às quais prevalecerão sobre o presente instrumento, as partes celebram o presente ACORDO COLETIVO DE TRABALHO, regulamentando as condições para suspensão dos contratos de trabalho e/ou redução da jornada de trabalho, estipulando as seguintes condições previstas nas cláusulas abaixo:
CLÁUSULA PRIMEIRA - DA REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO E SALÁRIO
Fica permitida, enquanto perdurar as situações de emergência e/ou estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo n.º 6 de 2020 decorrentes do Covid-19, a flexibilização da redução da jornada de trabalho com ajustes no salário de todos os empregados da fábrica de Gravataí, com exceção dos empregados que exercem atividades diretamente relacionadas à operação das empresas que dependem de nosso produto para manter sua produção ativa, em igual proporção, nas seguintes condições:
a)
A jornada de trabalho dos empregados (as) será reduzida em 25% (vinte e cinco por cento), sendo a redução da seguinte forma: (i) 2 horas de trabalho em um dia na semana; (ii) um dia a menos de trabalho na semana , mantendo-se inalterado o período de intervalo para refeição e descanso; (iii)obrigatoriamente deverá ser feita a suspensão do trabalho aos sábados e na sexta feira, mantendo os horários praticados nos turnos de trabalho
b)
O salário do empregado (a) será proporcionalmente ajustado/reduzido com a preservação do valor do salário-hora de trabalho de cada empregado (a).Parágrafo Primeiro: No período de redução mencionado na cláusula 1ª, a EMPRESA manterá ao empregado (a) os seguintes benefícios: (i) assistência médica; (ii) assistência odontológica; (iii) seguro de vida; (iv) auxilio-farmácia (Funcional); (v) auxílio-ótica; (vi) auxílio-creche; e (v) demais benefícios previstos em Acordo Geral Coletivo de Trabalho.
Parágrafo Segundo: O recebimento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será nos termos da Medida Provisória 936/2020 e demais legislações vigentes ou que vierem a ser editadas enquanto perdurar as situações de emergência e/ou estado de calamidade pública, bem como nos termos do presente acordo coletivo.
Parágrafo Terceiro: As medidas aqui estabelecidas terão duração de até 90 (noventa) dias a contar de sua aplicação, podendo, a critério da EMPRESA, antecipar o fim do período de redução, conforme estabelece o artigo 7º, § único, III da MP 936/2020.
Parágrafo Quarto: Cessado o período de redução previsto acima, é garantido o restabelecimento da condição salarial prevista anteriormente ao presente Acordo. Parágrafo Quinto: A EMPRESA e o SINDICATO ajustam, em razão do período de extrema adversidade, pactuar, adicionalmente, o pagamento de uma “ajuda de custo indenizatória excepcional complementar” em reconhecimento aos empregados (as) que forem submetidos à redução de jornada de trabalho e salário, garantindo 75% (setenta e cinco por cento)do “salário bruto”, sem reflexos, médias, 13º e férias, a ser pago mensalmente, durante a vigência da redução da jornada de trabalho e salário, em folha de pagamento, resguardada as condições garantidas aos demais valores pagos nos termos da MP 936/2020.
Para o cálculo dos 75% (setenta e cinco por cento) do salário bruto, será considerado como divisor do salário nominal:
(a)
Empregados do turno 6x2 e mensalistas – divisor 220h/mês;(b)
Empregados do turno 6x1 e horistas administrativos – divisor 232h/mês Parágrafo Sexto: a EMPRESA se compromete em garantir o pagamento integral do adicional de insalubridade, de 20% (vinte por cento) do salário mínimo nacional, correspondente a R$ 209,00, aos empregados elegíveis, conforme Acordo Coletivo de Trabalho Geral de Gravataí.Parágrafo Sétimo: A EMPRESA e o SINDICATO ajustam, que a relação dos empregados (as) que tenham a jornada de trabalho e salário ajustados/reduzidos, serão comprovados perante o SINDICATO por meio das informações obtidas via Empregador-Web do Ministério da Economia –Secretaria do Trabalho.
CLÁUSULA SEGUNDA – DA SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Enquanto perdurar o período de emergência e/ou estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo n.º 6 de 2020 decorrentes do Covid-19, fica permitido a suspensão do contrato de trabalho, mediante pagamento de ajuda compensatória mensal no valor mínimo de 30% (trinta por cento) do valor do salário base do empregado (a).
Parágrafo Primeiro: Excepcionalmente e nos termos e contexto deste acordo coletivo fica a EMPRESA autorizada, suspender o contrato de trabalho dos empregados (as) considerados (as) de risco, conforme definição do Ministério da Saúde e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, quais sejam: idosos com idade igual ou superior a 60 anos, gestantes e portadores de doenças respiratórias crônicas, cardiopatias, diabetes, hipertensão ou outras afecções que deprimam o sistema imunológico (ex. pacientes em tratamento de câncer). Também, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia são considerados pacientes com doenças respiratórias crônicas: DPOC, fibrose pulmonar ou asma, particularmente os classificados como formas graves.
Parágrafo Segundo: Os empregados (as) considerados (as) de risco e que estejam trabalhando em regime de teletrabalho, ficam excluídos da suspenção do contrato de trabalho e demais condições estabelecidas nesta cláusula.
Parágrafo Terceiro: O recebimento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será nos termos da Medida Provisória 936/2020 e demais legislações vigentes ou que vierem a ser editadas enquanto perdurar a situação de emergência e/ou estado de calamidade pública.
Parágrafo Quarto: As medidas aqui estabelecidas terão duração de até 60 (sessenta) dias a contar de sua aplicação, podendo, a critério da EMPRESA, antecipar o fim do período de suspensão, conforme estabelece o artigo 8º, § 3º, III da MP 936/2020.
Parágrafo Quinto: Cessado o período de redução previsto acima, é garantido o restabelecimento da condição salarial prevista anteriormente ao presente Acordo. Parágrafo Sexto: No período de suspenção mencionado na cláusula 2ª, a EMPRESA manterá ao empregado (a) os seguintes benefícios: (i) assistência médica; (ii) assistência odontológica; (iii) seguro de vida; (iv) auxilio-farmácia (Funcional); (v) auxílio-ótica; (vi) auxílio-creche; e (v) demais benefícios previstos em Acordo Geral Coletivo de Trabalho
Parágrafo Sétimo: A EMPRESA e o SINDICATO ajustam, em razão do período de extrema adversidade, pactuar, adicionalmente, o pagamento de uma “ajuda de custo indenizatória excepcional complementar” em reconhecimento aos empregados (as) que forem submetidos à suspensão do contrato de trabalho, garantindo 75%
(setenta e cinco por cento) do “salário bruto”, sem reflexos, médias, 13º e férias, a ser pago mensalmente, durante a vigência da redução da jornada de trabalho e salário, em folha de pagamento, resguardada as condições garantidas aos demais valores pagos nos termos da MP 936/2020.
Para o cálculo dos 75% (setenta e cinco por cento) do salário bruto, será considerado como divisor do salário nominal:
(a)
Empregados do turno 6x2 e mensalistas – divisor 220h/mês;(b)
Empregados do turno 6x1 e horistas administrativos – divisor 232h/mês Parágrafo Oitavo: A EMPRESA e o SINDICATO ajustam, que a relação dos empregados (as) que tenham o contrato de trabalho suspenso, serão comprovados perante o SINDICATO por meio das informações obtidas via Empregador-Web do Ministério da Economia – Secretaria do Trabalho.
CLÁUSULA TERCEIRA – DA GARANTIA PROVISÓRIA DO EMPREGO
As empresas acordantes reconhecem a garantia provisória no emprego aos empregados (as) que receberem o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, nos termos da Medida
Provisória 936/2020.
Parágrafo Único: Após o restabelecimento das atividades, aos empregados (as) enquadrados na hipótese prevista na Cláusula 1ª deste Acordo, a EMPRESA estenderá a garantia provisória de emprego na seguinte ordem:
a) Período de redução de 3 (três) meses – Garantia Provisória de 5 (cinco) meses;
b) Período de redução de 2 (dois) meses – Garantia Provisória de 4 (quatro) meses;
c) Período de redução de 1 (um) mês – Garantia Provisória de 2 (dois) meses;
CLAUSULA QUARTA - DO PONTO POR EXCEÇÃO
A EMPRESA fica autorizada a manter registro alternativo de frequência, facultada pela Portaria 373, de 25.02.11, do Ministério do Trabalho, e artigo 611- A, X, da CLT, sendo que nenhum registro efetuado pelo empregado poderá ser excluído ou recusado pelo gestor, depois de efetuado.
Parágrafo Primeiro: A EMPRESA manterá um sistema informatizado, que permita a inclusão, exclusão e consulta dos registros de horas extras, faltas, ausências justificadas, folgas compensadas, atrasos, saídas antecipadas, licenças e outras situações assemelhadas. Cabe aos empregados efetivarem os registros descritos. Parágrafo Segundo: A EMPRESA manterá disponível por meio do sistema informatizado, a possibilidade do empregado (a) consultar as marcações de exceções registradas. Caso exista discordância desses lançamentos, o empregado (a) deverá manifestar-se perante seu gestor ou ao Departamento de Recursos Humanos, no prazo de 30 dias (tinta), a fim de obter as correções que se fizerem necessárias.
CLÁUSULA QUINTA – DO PRAZO DE VIGÊNCIA
O presente Acordo Coletivo de Trabalho terá a duração a partir de 24/04/2020 podendo a critério da EMPRESA ser renovado ou não. Assim, caso a situação se mantenha além do tempo previsto neste Acordo, a EMPRESA voltará a discutir novas tratativas. Demais previsões legais eventualmente instituídas não são consideradas e não impactam o presente instrumento.
CLÁUSULA SEXTA – EM RELACAO AO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO As demais Cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho Geral a exceção do reajuste
salarial (data base 1º de junho e valores e condições do PPR atualmente em discussão com a empresa , com vigência até 31/05/2020, permanecem
inalteradas, bem como estendidas pelo período de vigência desse acordo, conforme disposto no artigo 30 da MP 927/2020.
Todas as suspensões de contrato e redução de jornada deverão ser informadas imediatamente e diretamente ao sindicato, independente do acima previsto.
A presente sugestão para acordo debatida entre EMPRESA e SINDICATO, com as condições previstas pelas Medidas Provisórias e limitações por parte da EMPRESA, somente serão válidas se aprovada pela assembleia realizada pelo sindicato na forma ON LINE.
FABIANA MARIA DE SANTANA DIRETORA DE RECURSOS HUMANOS
CAROLINA DE BARROS MONTEIRO R. T. GUILHERME ADVOGADA
PROMETEON TYRE GROUP INDÚSTRIA BRASIL LTDA
FLAVIO DE QUADROS PRESIDENTE
SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DE ARTEFATOS DE BORRACHA DE GRAVATAÍ
