PROVA
APLICADA
Tipo “U”
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
EDITAL NORMATIVO N
o1 – PSS/RM/SES-DF/2017, DE 27 DE JANEIRO DE 2017.
PROCESSO SELETIVO PARA INGRESSO NOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA DESENVOLVIDOS EM HOSPITAIS, ATENÇÃO PRIMÁRIA E DEMAIS CENÁRIOS DE PRÁTICA DA
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL
P R O G R A M A S – G R U P O 0 1 0
Obstetrícia e Ginecologia – R4 (622).
Data e horário da prova: Domingo, 5/3/2017, às 8h
I N S T R U Ç Õ E S
• Você receberá do fiscal:
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens; e,
o um cartão de respostas ótico personalizado.
• Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação do cartão de respostas ótico estão corretas.
• Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa.
• Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva no espaço apropriado do cartão de respostas,
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase:
A p e r s i s t ê n c i a é o c a m i n h o d o ê x i t o .
• Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação do cartão de respostas ótico.
• Somente após decorrida 1 (uma) hora do início da prova, você poderá entregar seu cartão de respostas ótico e o caderno de provas e
retirar-se da sala.
• Somente será permitido levar o caderno de questões da prova objetiva após 3 (três) horas do início da prova.
• Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada de material transparente.
• Não é permitida a utilização de qualquer aparelho eletrônico de comunicação.
• Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e apostilas.
• Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação de provas na companhia de um fiscal do IADES.
• Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova.
I N S T R U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T I V A
• Verifique se os seus dados estão corretos no cartão de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, escreva apenas
no(s) campo(s) a ser(em) corrigido(s), conforme instruções no cartão de respostas.
• Leia atentamente cada item e assinale no cartão de respostas ótico.
• O cartão de respostas ótico não pode ser dobrado, amassado, rasurado ou manchado e nem pode conter nenhum registro fora dos
locais destinados às respostas.
• O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, as respostas da prova objetiva para o cartão de respostas,
para a respectiva folha de resposta.
• A maneira correta de assinalar a alternativa no cartão de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, o
espaço a ela correspondente.
PROVA
APLICADA
OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA
Itens de 1 a 120
Mulher de 65 anos de idade comparece à unidade básica de saúde para exame citopatológico de colo uterino de rotina. Refere que a irmã dela faleceu com câncer de cérvice e, por isso, faz o exame anualmente há 15 anos, todos negativos, pois tem muito medo dessa patologia. Traz mamografia atual, cujo resultado é BI-RADS ® 2.
Com base nessa situação hipotética, e considerando as diretrizes do Ministério da Saúde para rastreamento do câncer de colo uterino e os conhecimentos médicos a ele relacionados, julgue os itens a seguir.
1. Como a paciente tem dois exames negativos
consecutivos nos últimos cinco anos e mais de 64 anos de idade, poderá interromper os exames periódicos de rastreamento para o câncer de colo uterino.
2. O câncer de colo uterino tem, no histórico familiar, um
fator de risco.
3. A infecção pelo HPV é necessária, mas não suficiente
para o desenvolvimento da neoplasia invasora.
4. A persistência da infecção por HPV de alto risco está
fortemente associada à carcinogênese do colo uterino.
5. As neoplasias intraepiteliais cervicais são lesões
precursoras do carcinoma de colo uterino, sendo um processo contínuo de desenvolvimento entre NIC 1, NIC 2 e NIC 3, com comportamentos biológicos semelhantes até a sua transformação para carcinoma invasor.
6. O rastreamento citopatológico do colo uterino apresenta
uma taxa de falso negativo que chega a 50% por amostra isolada.
Mulher de 32 anos de idade, G2P2, vai ao ginecologista, pois gostaria de colocar o DIU de levonorgestrel, já que várias amigas dela usam e gostam bastante. Faz uso de anticoncepcional combinado oral para melhorar a pele e relata ter síndrome dos ovários policísticos. Nega uso de medicações, doenças crônicas e tabagismo. A última revisão ginecológica faz 3 anos, ocasião em que coletou citopatológico de colo uterino.
Com base nesse caso hipotético, e considerando os conhecimentos médicos a ele relacionados, julgue os itens a seguir.
7. Antes da inserção do DIU, deve-se ter um rastreamento
negativo atual para câncer de colo uterino.
8. O DIU pode ser inserido em qualquer fase do ciclo
menstrual, desde que se tenha certeza de que a paciente não está grávida.
9. O principal mecanismo de ação do DIU de
levonorgestrel é a inibição da ovulação.
10. O surgimento de cistos ovarianos disfuncionais é
comum em usuárias de DIU de levonorgestrel.
11. A validade do DIU medicado com hormônio é de 5 anos.
12. Ao trocar o anticoncepcional combinado oral pelo DIU
medicado, essa paciente provavelmente terá uma piora da pele, pois o levonorgestrel é um progestogênio androgênico.
Paciente de 55 anos de idade, com menopausa aos 50 anos, apresentou dois episódios de sangramento uterino há 1 mês. Não faz uso de terapia hormonal. É obesa, sem outras comorbidades. Com base nesse caso clínico, julgue os itens a seguir.
13. A provável causa do sangramento é atrofia endometrial,
dispensando investigação.
14. Ultrassonografia transvaginal deve ser realizada para
investigar possível patologia endometrial.
15. A paciente não apresenta fator de risco para patologia
endometrial, dispensando investigação.
16. Estradiol deve ser prescrito, pois a provável causa do
sangramento é atrofia endometrial.
Mulher de 51 anos de idade apresenta fogachos intensos, insônia, diminuição da libido e ciclos oligomenorreicos há 10 meses e procura atendimento. A última menstruação dela foi há 90 dias. Nega comorbidades e uso de medicações. Apresenta exame clínico e ginecológico normais.
A respeito desse caso hipotético, julgue os itens a seguir.
17. A paciente encontra-se na perimenopausa.
18. O diagnóstico climatérico é clínico e deve ser baseado
em dosagens séricas de FSH e estradiol.
19. O hipoestrogenismo é o principal responsável pelos
sintomas climatéricos.
20. Os ciclos anovulatórios são a principal causa da
irregularidade menstrual nessa fase de vida.
21. A paciente apresenta indicação de terapia hormonal, que
poderá ser combinada (estroprogestativa) ou com tibolona.
22. Antes da prescrição de terapia hormonal, deve-se
avaliar endométrio, função hepática e renal, e ter rastreamento negativo atual para câncer de mama.
23. No controle dos fogachos, a venlafaxina é superior
ao estradiol.
Mulher de 34 anos de idade comparece ao médico, levando resultado do exame citopatológico (CP) de colo uterino, coletado há 1 mês, evidenciando lesão intraepitelial de alto grau.
Acerca desse caso clínico, julgue os itens a seguir.
24. O diagnóstico definitivo já está estabelecido e é de
carcinoma in situ do colo uterino.
25. Colposcopia com biópsia dirigida deve ser realizada.
26. Se a histologia evidenciar NIC II ou NIC III, deve-se
realizar conização.
27. O tratamento consiste em histerectomia total.
Paciente, 40 anos de idade, nuligesta, com ciclos menstruais regulares, deseja engravidar. Comparece à consulta para aconselhamento acerca das dificuldades e dos riscos gestacionais relacionados à idade materna.
Com base nesse caso hipotético, e considerando os conhecimentos médicos a ele relacionados, julgue os itens a seguir.
28. Há uma menor taxa de concepção nessa faixa etária em
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APLICADA
29. Há maior risco de abortamento espontâneo em função
da menor qualidade oocitária.
30. Há um risco maior de doenças cromossômicas fetais,
como, por exemplo, a trissomia do 21.
31. Enquanto a paciente estiver menstruando regularmente,
há boas chances de gravidez.
Paciente, 55 anos de idade, G3P3, com menopausa aos 50 anos, sem uso de terapia hormonal, refere sensação de “bola na vagina”, sem outras queixas associadas. Ao exame, evidencia-se
prolapso uterino de 3o grau.
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos a ele relacionados, julgue os itens a seguir.
32. Partos vaginais, tosse crônica e obesidade são fatores
envolvidos no desenvolvimento desse quadro clínico.
33. O tratamento padrão é cirúrgico, por via vaginal.
34. Esses casos podem apresentar associação com sintomas
urinários, especialmente incontinência urinária de esforço por hipermobilidade uretral.
Paciente no 30o dia pós-parto vaginal comparece à respectiva
consulta de revisão. Está amamentando exclusivamente, sem queixas. Não faz uso de medicações e deseja manter a amamentação por, pelo menos, 1 ano.
Com base nessa situação hipotética, e considerando os conhecimentos médicos a ela relacionados, julgue os itens a seguir.
35. Nessa consulta, deve-se orientar quanto à contracepção.
Se o desejo for por um método hormonal, ele deverá ser inserido, preferencialmente, 45 dias pós-parto.
36. DIU de cobre e métodos hormonais com progestogênio
isolado são as opções mais indicadas durante a amamentação.
37. Com amamentação exclusiva e na ausência de uso de
métodos hormonais, a tendência é a paciente ficar em amenorreia pelos altos níveis de prolactina causados pelo estímulo da sucção mamária.
38. O uso do anovulatório com 75 µg de desogestrel pode
ser indicado durante o período de lactação e poderá ser continuado com a suspensão da amamentação, sem prejuízo na eficácia contraceptiva.
Mulher de 30 anos de idade, G1P1, comparece à unidade básica de saúde porque quer um método contraceptivo confiável. Refere ter sofrido trombose venosa profunda em membro inferior esquerdo, com embolia pulmonar, há 5 anos. Nega doenças crônicas, tabagismo e utilização de medicações. Faz uso de camisinha masculina como método anticoncepcional.
Com base nesse caso hipotético, julgue os itens a seguir.
39. Anticoncepcional combinado oral é classificado como
categoria quatro nos critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde para essa paciente.
40. Não há contraindicação para uso dos contraceptivos
anel vaginal ou adesivo semanal.
41. O DIU de levonorgestrel pode ser usado com segurança
nessa situação e com eficácia semelhante à
contracepção cirúrgica.
42. DIU de cobre e métodos de progestogênio isolado,
excetuando as minipílulas, são os métodos de eleição nesse caso.
Mulher de 32 anos de idade, nuligesta, está tentando engravidar há 5 anos, sem sucesso. Apresenta ciclos menstruais regulares a cada 30 dias. Refere dismenorreia desde a menarca, com piora progressiva há 8 anos. Relata dispareunia e, ultimamente, dor pélvica, mesmo quando não está menstruada. Nega comorbidades. O marido tem 35 anos de idade e apresenta espermograma normal.
Com base nessa situação hipotética, e considerando os conhecimentos médicos a ela relacionados, julgue os itens a seguir.
43. Essa paciente tem indicação de videolaparoscopia para
o diagnóstico, estadiamento e tratamento cirúrgico da endometriose.
44. A endometriose acomete cerca de 10% a 15% das
mulheres em idade reprodutiva.
45. Mulheres com infertilidade apresentam alta prevalência
de endometriose.
46. A endometriose causa infertilidade, especialmente por
distorção na anatomia pélvica e pelo microambiente inflamatório peritoneal.
47. Mulheres com endometriose submetidas à fertilização
in vitro (FIV) têm menores taxas de gravidez do que
aquelas submetidas à FIV por outra causa.
48. A FIV está bem indicada na infertilidade por
endometriose quando há distorção da anatomia pélvica e (ou) falha de outros tratamentos.
49. Em pacientes com endometrioma, é necessária a
drenagem e exérese da cápsula do mesmo antes da FIV, independentemente do tamanho do cisto e da reserva ovariana.
Paciente de 28 anos de idade, nuligesta, IMC de 32 kg/m², com diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos (SOP), está tentando engravidar há 18 meses, sem sucesso. Apresenta ciclos oligomenorreicos.
Com base nesse caso hipotético, julgue os itens a seguir.
50. A perda de peso e o rastreamento de síndrome
metabólica fazem parte da abordagem inicial.
51. Como se trata de paciente obesa com anovulação crônica
hiperandrogênica, é fundamental solicitar teste oral de tolerância com 75 g de glicose (TOTG 75 g/2 h).
52. A grande maioria das pacientes com SOP e obesidade
apresenta resistência periférica à insulina.
53. Se ocorrer gravidez na presença de hiperinsulinismo
sem tratamento adequado, haverá risco aumentado de abortamento.
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Paciente de 40 anos de idade, tabagista, está em tratamento comacetato de medroxiprogesterona de depósito (AMPD), há 1 ano, para menorragia por sangramento uterino disfuncional (SUD). Encontra-se em amenorreia há 6 meses.
Com base nesse caso hipotético, julgue os itens a seguir.
54. Essa paciente poderá ter sangramento em uso de AMPD
por atrofia endometrial.
55. Irregularidade menstrual com o uso de AMPD é
comum.
56. A menorragia dessa paciente poderia ser tratada com
DIU medicado com levonorgestrel.
57. Se essa paciente voltar a ter sangramento irregular e
volumoso, o melhor tratamento será suspender o AMPD e usar anticoncepcional combinado oral a longo prazo.
Considere as duas situações seguintes.
Paciente 1 – M. O. S., 30 anos de idade, nuligesta, apresenta diagnóstico de carcinoma de células escamosas do colo uterino, estágio IB1, com tumor medindo 1,5 cm.
Paciente 2 – S. A. M., 34 anos de idade, nuligesta, é submetida à laparotomia para estadiamento completo de tumor ovariano. A biópsia de congelação identifica tumor seroso limítrofe em ovário direito. Estadiamento IA.
Com relação aos casos clínicos descritos, julgue os itens a seguir.
58. Caso a paciente 1 queira preservar a respectiva fertilidade,
pode-se oferecer como tratamento, inicialmente, a traquelectomia radical com linfadenectomia pélvica.
59. Se o tumor da paciente 1 fosse maior que 2,0 cm, não
seria mais possível oferecer a traquelectomia radical com fins curativos.
60. Se o tipo histológico do tumor da paciente 1 fosse
adenocarcinoma, o tratamento conservador não estaria indicado.
61. Na paciente 2, como o tumor é limitado ao ovário, se a
paciente desejar manter a fertilidade, o útero e o ovário contralateral poderão ser preservados.
62. Se a paciente 2 não desejar manter a fertilidade, a
histerectomia total abdominal com salpingo-ooforectomia bilateral é o tratamento apropriado.
Considere as duas situações seguintes.
Paciente 1 – R. S. A., 55 anos de idade, menopausa aos 50 anos, apresenta leucorreia acinzentada, fluida e abundante, com liberação de odor fétido após a aplicação de KOH à secreção vaginal. Não faz uso de terapia hormonal.
Paciente 2 – J. B. F., 38 anos de idade, com última menstruação há 20 dias, refere prurido, ardor genital e leucorreia. Ao exame, identificam-se vagina hiperemiada e leucorreia branca, grumosa, aderida às paredes vaginais. No que tange aos casos clínicos mencionados, julgue os itens a seguir.
63. O hipoestrogenismo eleva o pH vaginal, favorecendo
vaginoses pelo agente etiológico da paciente 1.
64. Em mulheres pós-menopáusicas, há redução de
lactobacilos, favorecendo a proliferação de fungos, que são os agentes etiológicos da vaginite da paciente 2.
65. O tratamento da vaginose da paciente 1 pode ser feito
com metronidazol sistêmico ou tópico.
Mulher de 32 anos de idade, sexualmente ativa, nuligesta, faz uso de anticoncepcional combinado oral. Ela vai à consulta referindo diminuição da libido e relata ter depressão, que está controlada. Faz uso de sertralina e risperidona. Utiliza também espironolactona 100 mg/dia para controle do hirsutismo, pois tem síndrome dos ovários policísticos. Com base nessa situação hipotética, e considerando os conhecimentos médicos a ela relacionados, julgue os itens a seguir.
66. O anticoncepcional combinado oral pode interferir na
libido, diminuindo-a.
67. A sertralina não está implicada na redução da libido, ao
contrário dos antidepressivos tricíclicos.
68. A risperidona pode causar hiperprolactinemia, levando
a um hipogonadismo e, dessa forma, interferir na libido.
69. A espironolactona, por ter uma ação antiandrogênica,
deveria melhorar a libido.
Mulher de 19 anos de idade prestará vestibular daqui a 45 dias. Tem estado ansiosa e, às vezes, com insônia, preocupada com as provas. Refere metrorragia há 1 mês, sem cólicas ou outros sintomas associados. Está sem atividade sexual há seis meses e não faz uso de método contraceptivo.
Com base nesse caso hipotético, julgue os itens a seguir.
70. Fatores estressores ambientais podem exercer alterações
no ciclo menstrual pela ação de neurotransmissores a nível hipotalâmico.
71. A influência do estresse sobre o ciclo menstrual é
mediada, principalmente, via secreção de endorfinas.
Primigesta comparece à primeira consulta de pré-natal preocupada, pois fez ultrassonografia que evidenciou gestação gemelar. Solicita informações a respeito dos riscos e das particularidades de uma gestação múltipla.
Com base nesse caso hipotético e nos conhecimentos médicos a ele relacionados, julgue os itens a seguir.
72. A corionicidade é melhor definida à ultrassonografia no
primeiro trimestre, e é determinante para o prognóstico perinatal.
73. Placentas monocoriônicas ocorrem somente em
gestações monozigóticas.
74. Baixo peso ao nascimento e prematuridade são as
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Primigesta, 30 anos de idade, 37 semanas de gestação, éencaminhada à emergência obstétrica em estado pós-ictal. O esposo refere que a paciente teve convulsão em casa, que ela sempre fora saudável, sem problemas de saúde, que não faz uso de medicações e que o pré-natal transcorrera sem anormalidades até então. Ao exame, observaram-se PA de 170 mmHg x 110 mmHg, altura uterina de 35 cm, tônus uterino normal, ausência de contrações, batimentos cardiofetais de 140 bpm.
Com base nesse caso clínico, e considerando os conhecimentos médicos a ele relacionados, julgue os itens a seguir.
75. Deve-se administrar sulfato de magnésio intravenoso
para prevenção de novas convulsões, e hidralazina intravenosa para a crise hipertensiva.
76. Deve-se avaliar a vitalidade fetal e o rastreamento da
síndrome Hellp.
77. Deve-se indicar cesariana de emergência, antes que
ocorram novas crises convulsivas.
78. A principal causa de mortalidade materna, nesses casos,
é hemorragia cerebral.
G3P2 (duas cesárias), 38 anos de idade, 33 semanas de gestação, chega à emergência obstétrica referindo sangramento vaginal súbito de pequena a moderada quantidade, há 6 horas. Nega dor
abdominal ou contrações. Apresenta pré-natal sem
intercorrências e nega comorbidades. Ao exame, verificam-se PA de 110 mmHg x 60 mmHg, tônus uterino normal, sem dinâmica uterina, BCF = 140 bpm, exame especular com coágulo no fundo da vaginal, sem sangramento ativo.
A respeito do caso clínico descrito, julgue os itens a seguir.
79. Na suspeita clínica de placenta prévia, deve-se evitar o
toque vaginal.
80. Para confirmação diagnóstica, deve-se realizar
ultrassonografia obstétrica, e faz-se necessária a avaliação da vitalidade fetal.
81. O diagnóstico de placenta prévia só pode ser realizado
após 34 semanas de gestação.
82. Essa paciente apresenta risco aumentado de acretismo
placentário, o qual deverá ser rastreado nessa gestação.
Considere as quatro situações seguintes.
Paciente 1 – Primigesta com glicemia de jejum de 95 mg/dL, no primeiro trimestre de gestação.
Paciente 2 – Secundigesta com glicemia de 158 mg/dL após 2 horas de teste de tolerância oral, com 75 g de glicose, na
26a semana de gestação.
Paciente 3 – Primigesta com glicemia de jejum de 80 mg/dL, no primeiro trimestre de gestação.
Paciente 4 – Paciente com glicemia de jejum de 85 mg/dL na primeira consulta de pré-natal e 148 mg/dL após 2 horas de teste
de tolerância oral, com 75 g de glicose, na 26a semana de
gestação.
Com relação aos casos clínicos apresentados, julgue os itens a seguir.
83. Segundo os critérios da American Diabetes Association
(ADA, 2010), a paciente 1 é normoglicêmica, devendo seguir com o rastreamento para diabetes gestacional, realizando teste de tolerância oral à glicose (75 g) entre 24 e 28 semanas de gestação.
84. Para a paciente 2, está estabelecido o diagnóstico de
diabetes gestacional nesse momento, segundo os critérios da ADA.
85. A paciente 3 deve seguir com o rastreamento para
diabetes gestacional, realizando teste de tolerância oral à glicose (75 g) entre 24 e 28 semanas de gestação, segundo recomendações da ADA.
86. A paciente 4 é euglicêmica, não sendo diagnosticado
diabetes gestacional, de acordo com os critérios da ADA.
87. Para a paciente 1, estão indicados dieta hipoglicêmica e
controle de glicemias como condutas iniciais, conforme diagnóstico pelos critérios da ADA.
Primigesta, 35 anos de idade, IG de 36 semanas por ultrassonografia de 12 semanas, é hipertensa crônica e faz uso de metildopa 2 g/dia. Assintomática, não apresenta outras comorbidades. Faz pré-natal regularmente e tem avaliação morfológica fetal normal com 24 semanas de gestação. Traz os seguintes exames recentes: proteinúria de 24 horas de 280 mg e ultrassonografia obstétrica que evidencia peso fetal no percentil 5. Ao exame, observam-se PA de 140 mmHg x 90 mmHg, altura uterina de 31 cm, sem contrações, batimentos cardiofetais de 145 bpm.
Com base nesse caso hipotético, julgue os itens a seguir.
88. A hipótese diagnóstica é de restrição de crescimento
intrauterino (CIUR) assimétrico.
89. A provável causa do CIUR é insuficiência placentária.
90. Nesse caso, a morbimortalidade perinatal está
aumentada, com maior incidência de hipóxia fetal, aspiração de mecônio e insuficiência respiratória.
91. Avaliação da vitalidade fetal, dopplervelocimetria da
artéria umbilical e avaliação do volume de líquido amniótico estão indicados.
92. Na presença de oligodramnia, está indicada a
interrupção da gestação.
93. Se houver alteração no doppler da artéria umbilical,
está indicada a interrupção da gestação.
94. Como não há pré-eclâmpsia no momento, a interrupção
da gravidez só estará indicada quando houver alteração de ducto venoso.
Paciente, G2P1, 33 semanas de gestação por ultrassonografia de primeiro trimestre, refere perda líquida vaginal há 2 horas, sem outras queixas. Apresenta pré-natal sem intercorrências até então e nega doenças crônicas. Ao exame, verificam-se PA de 110 mmHg x 70 mmHg, altura uterina de 30 cm, ausência de contrações, batimentos cardiofetais de 148 bpm, exame especular com saída de líquido claro pelo OCE.
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Considerando esse caso hipotético, julgue os itens a seguir.95. Se a vitalidade fetal estiver boa e houver ausência de
corioamnionite, deve-se optar pela conduta expectante, pois se trata de feto prematuro.
96. Para adequada definição entre conduta expectante e
resolução da gestação, é fundamental a realização de toque vaginal nesse momento.
97. Na ausência de corioamnionite, há indicação de
corticoterapia antenatal.
98. Como a paciente não está em trabalho de parto, não se
faz necessária a profilaxia para infecção vertical pelo estreptococo do grupo B.
99. Se a paciente entrar em trabalho de parto, a melhor
conduta será a resolução da gestação.
Primigesta, 27 anos de idade, 30 semanas de gestação, chega à emergência obstétrica referindo contrações há 2 horas. Ela nega perdas vaginais, sem comorbidades, pré-natal sem intercorrências. Ao exame, constatam-se PA de 120 mmHg x 80 mmHg, altura uterina de 27 cm, 3 contrações em 10 minutos, 150 bpm de frequência cardíaca fetal e toque vaginal evidenciando colo apagado, 4 cm de dilatação, cefálico, bolsa íntegra.
Com base nesse caso clínico, e considerando os conhecimentos médicos a ele relacionados, julgue os itens a seguir.
100. A paciente deve ser internada, com avaliação da
vitalidade fetal, rastreamento de infecção materna e tocólise.
101. Corticoterapia antenatal e uso de sulfato de magnésio
para neuroproteção fetal estão indicados.
102. A paciente deverá receber antibioticoterapia para
profilaxia de infecção vertical pelo estreptococo do grupo B.
103. Se não houver sedação do trabalho de parto, a cesariana
é a melhor via em razão da prematuridade extrema.
104. Na próxima gestação, essa paciente terá indicação de
usar progesterona vaginal a partir de 16 – 20 semanas, para evitar nascimento pré-termo.
Primigesta, 25 anos de idade, 12 semanas de gestação, vai ao médico, levando exames laboratoriais em que se evidencia VDRL de 1:64. Nega tratamento prévio para sífilis e não apresenta manifestações clínicas no momento.
Quanto a esse caso clínico, julgue os itens a seguir.
105. O diagnóstico é compatível com falso-positivo, já que a
paciente não apresenta lesões no momento.
106. Nessa paciente, espera-se encontrar um FTA-Abs
positivo.
107. O tratamento com penicilina benzatina está indicado
para a paciente e para o parceiro dela.
108. Após o tratamento, uma titulação de 1:8 no VDRL já é
considerada uma resposta adequada ao tratamento nesse caso.
109. Transmissão vertical só ocorre quando a gestante é
infectada após 16 semanas de gestação.
110. Sífilis congênita estará presente na maioria dos fetos de
gestantes não tratadas.
Paciente, G2P1, com gestação gemelar de 20 semanas, refere que ainda tem náuseas e vômitos e que, na última semana, passou a ter pirose. Relata que, na gravidez anterior, o que mais a incomodou foi o edema em membros inferiores, que ocorrera no final da gestação.
Com base nesse caso hipotético, e considerando os conhecimentos médicos a ele relacionados, julgue os itens a seguir.
111. As náuseas e os vômitos na gestação estão associados a
níveis elevados de HCG.
112. A pirose está relacionada com o relaxamento do
esfíncter gastroesofágico, ocasionado pela progesterona que está elevada.
113. O edema de membros inferiores, no final da gestação,
está associado ao menor retorno venoso em função da compressão da veia cava inferior pelo útero gravídico.
Mulher com 38 semanas de gestação é internada no centro obstétrico na fase ativa do trabalho de parto. Os batimentos cardiofetais são de 150 bpm, e o feto está em situação longitudinal com o dorso à esquerda. A dinâmica uterina é forte e regular. Após 5 horas, a dilatação está completa, e o polo cefálico, em posição occipitoanterior esquerda.
Com base nesse caso hipotético, julgue os itens a seguir.
114. A episiotomia deve ser realizada de forma rotineira.
115. No momento da episiotomia, deve-se realizar anestesia
locorregional do períneo, utilizando, como ponto de referência, a espinha ciática.
116. A liberação do polo cefálico ocorrerá em posição
occipitossacra.
117. O movimento de rotação externa da cabeça fetal leva o
occípito a voltar-se para o lado materno que ocupava no interior do canal do parto, e visa a trazer o diâmetro biacromial para o diâmetro anteroposterior do estreito inferior.
118. Após a expulsão do feto, as contrações uterinas
continuam em menor intensidade, para que ocorra a dequitação da placenta.
119. Para a prevenção da hemorragia pós-parto, deve-se
administrar ocitocina intramuscular logo após a dequitação.
120. Após o término da dequitação, deve-se revisar, de
forma rotineira, o canal de parto para identificar possíveis lacerações.