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DESENVOLVIMENTO DE MÓDULOS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL PARA CANTEIRO DE OBRAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

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(1)

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ENGENHARIA CIVIL

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

CAMILA MANTOVANI PEREIRA

DESENVOLVIMENTO DE MÓDULOS DE BAIXO

IMPACTO AMBIENTAL PARA CANTEIRO DE OBRAS

DA CONSTRUÇÃO CIVIL

MONOGRAFIA

CURITIBA 2018

(2)

CAMILA MANTOVANI PEREIRA

DESENVOLVIMENTO DE MÓDULOS DE BAIXO

IMPACTO AMBIENTAL PARA CANTEIRO DE OBRAS

DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Construções Sustentá-veis, do Curso de Pós-graduação Lato Sensu da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Orientador: Prof. Dra. Líbia Patrícia Peralta Agudelo.

CURITIBA 2018

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TERMO DE APROVAÇÃO

DESENVOLVIMENTO DE MÓDULOS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL PARA CANTEIRO DE OBRAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Por

CAMILA MANTOVANI PEREIRA

Esta monografia foi apresentada em 29 / 06 / 2018 como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Construções Sustentáveis. A candidata foi arguida pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

________________________________ Profa. Dra. Líbia Patricia Peralta Agudelo

Orientadora

_______________________________ Prof. Dr. Eloy Casagrande

Membro Titular

________________________________ Prof. Msc. Leandro Nicoletti Gilioli Membro Titular

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RESUMO

PEREIRA, Camila Mantovani. Compartilhamento da informação e do conhecimento em bibliotecas especializadas. Esta publicação é um dos produtos do curso de Especialização em Construção Sustentável da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Curitiba - 2018), contendo 80 folhas. O objetivo geral do projeto consiste na análise dos canteiros de obras que são utilizados no período de construção. Após análise do cenário atual dos canteiros de obras, será desenvolvido um módulo para um canteiro de obras de baixo impacto ambiental na construção civil que tem como principais objetivos: minimizar o descarte de materiais e o uso mais eficiente dos recursos naturais. Com o conceito definido do módulo para um canteiro de obras de baixo impacto ambiental na construção civil, será realizado um levantamento de custos do módulo e, após, um comparativo com canteiros de obras reais para verificar a viabilidade da implantação do projeto.

Palavras-chave: Canteiro. Obra. Sustentável. Módulo. Desmontável

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ABSTRACT

PEREIRA, Camila Mantovani. Information and knowledge sharing in special libraries. 2018. This publication is a result of Specialization course in "Sustainable Construction" of the Technological Federal University of Paraná (Curitiba - 2018), containing 80 pages. The general objective of this project is the analyzes of the "construction site" that are usage in the period of the construction. After analysis of the current scenery of the construction sites, a module will be developed for a construction site of low environmental impact in the building that has as main objectives: minimizing the material disposal and the use of more efficient human resources. With the defined concept of the module for a construction site of low environmental impact in the construction, will be carried out a cost survey of the module and, after, a compared with real construction sites to verify the feasibility of the implantation of the project.

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LISTA DE FIGURAS

IMAGEM 01 - setorização de um canteiro de obras no terreno ... 13

IMAGEM 02 - exemplo de um projeto de um canteiro de obra ... 15

IMAGEM 03 - implantação de um canteiro de obras no terreno ... 16

IMAGEM 04 - canteiro de obras de madeira ... 18

IMAGEM 05 - canteiro de obras com fechamento de telhas metálicas ... 18

IMAGEM 06 - utilização de containers para canteiro de obras ... 19

IMAGEM 07 - sobrecarga para escritório ... 20

IMAGEM 08 - premissas de dimensões do módulo... 21

IMAGEM 09 - exemplos de uso para os módulos ... 21

IMAGEM 10 - nível base do projeto de estrutura metálica do módulo ... 22

IMAGEM 11 - nível piso do projeto de estrutura metálica do módulo ... 23

IMAGEM 12 - nível cobertura do projeto de estrutura metálica do módulo ... 24

IMAGEM 13 - elevações do projeto de estrutura metálica do módulo ... 25

IMAGEM 14 - lista de material do projeto de estrutura metálica do módulo ... 26

IMAGEM 15 - união de pilar com viga de madeira com ligações metálicas ... 28

IMAGEM 16 - união de vigas a caibro de madeira com ligações metálicas ... 29

IMAGEM 17 - união de viga com viga de madeira com ligações metálicas ... 29

IMAGEM 18 - ancoragem de pilar de madeira no bloco de concreto ... 29

IMAGEM 19 - peças de madeira maciça comercial ... 30

IMAGEM 20 - sessão de madeira laminada ... 31

IMAGEM 21 - cálculo de colunas de madeira ... 32

IMAGEM 22 - ligação de bloco de concreto com pilar de madeira ... 33

IMAGEM 23 - ligação de bloco de concreto com pilar de madeira ... 33

IMAGEM 24 - estrutura do piso: conceito de piso elevado ... 33

IMAGEM 25 - placas para piso 100% de plástico reciclável ... 34

IMAGEM 26 - estrutura da cobertura: telhado meia água ... 34

IMAGEM 27 - telha metálica com isolamento térmico de lã de pet ... 35

IMAGEM 28 - vedação em chapas de compensado de madeira ... 35

IMAGEM 29 - detalhe de encaixe de madeira ... 36

IMAGEM 30 - portas e esquadrias inseridas nas chapas de madeira ... 37

IMAGEM 31 - aplicação de piso vinílico sob piso modular de madeira ... 37

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IMAGEM 33 - infraestrutura das instalações elétricas aparentes ... 39

IMAGEM 34 - tomadas de piso ... 40

IMAGEM 35 - lâmpadas LED ... 40

IMAGEM 36 - reposição de lâmpadas ... 41

IMAGEM 37 - sistema de capitação e reuso de águas pluviais ... 42

IMAGEM 38 - mini cisterna para captação e reuso de águas pluviais ... 43

IMAGEM 39 - água negra e água cinza ... 44

IMAGEM 40 - sistema de tratamento e reuso de água cinza ... 45

IMAGEM 41 - coleta de água dos chuveiros e reuso de água cinza ... 45

IMAGEM 42 - instalações hidráulicas aparentes ... 46

IMAGEM 43 - chuveiro elétrico vazão 7 L/min ... 47

IMAGEM 44 - torneira pressmatic ... 48

IMAGEM 45 - vaso sanitário com caixa acoplada ... 49

IMAGEM 46 - módulo para um canteiro sustentável ... 50

IMAGEM 47 - módulo para ambiente seco ... 50

IMAGEM 48 - módulo para ambiente semi-seco ... 52

IMAGEM 49 - proposta para layout de escritório ... 52

IMAGEM 50 - módulo para ambiente molhados ... 54

IMAGEM 51 - módulo para ambiente molhados ... 55

IMAGEM 52 - espaço do módulo = 1/3 de um container ... 57

IMAGEM 53 - transporte de um container ... 58

IMAGEM 54 - histograma: Obra 01 ... 59

IMAGEM 55 - orçamento do canteiro de madeira contratado: Obra 01 ... 60

IMAGEM 56 - histograma: Obra 02 ... 64

IMAGEM 57 - orçamento do canteiro de madeira contratado: Obra 02 ... 65

IMAGEM 58 - histograma: Obra 03 ... 69

IMAGEM 59 - orçamento do canteiro de madeira contratado: Obra 03 ... 70

(8)

LISTA DE TABELAS

TABELA 01 - cargas acidentais ... 20

TABELA 02 - orçamento da estrutura metálica do módulo ... 27

TABELA 03 - consumo de energia na produção de materiais ... 27

TABELA 04 - consumo de água de uma pessoa tomando banho ... 47

TABELA 05 - consumo de água de uma pessoa lavando as mãos ... 48

TABELA 06 - consumo de água de acionamento de vaso sanitário ... 49

TABELA 07 - orçamento para módulo de ambiente seco ... 51

TABELA 08 - cronograma para módulo de ambiente seco ... 51

TABELA 09 - orçamento para módulo de ambiente semi-seco ... 53

TABELA 10 - cronograma para módulo de ambiente semi-seco ... 54

TABELA 11 - cronograma para módulo de ambiente molhado ... 55

TABELA 12 - orçamento para módulo de ambiente molhado ... 56

TABELA 13 - consumo de água por colaborador/dia (escolhas sustentáveis) . 62 TABELA 14 - consumo de água por colaborador/dia (escolhas tradicionais) ... 62

TABELA 15 - consumo de água total Obra 01 (escolhas tradicionais) ... 62

TABELA 16 - consumo de água total Obra 01 (escolhas sustentáveis) ... 63

TABELA 17 - consumo de água total Obra 01 (água de reuso) ... 63

TABELA 18 - consumo de água total Obra 02 (escolhas tradicionais) ... 67

TABELA 19 - consumo de água total Obra 02 (escolhas sustentáveis) ... 68

TABELA 20 - consumo de água total Obra 02 (água de reuso) ... 68

TABELA 21 - orçamento para módulo de ambiente molhado Obra 03 ... 71

TABELA 22 - orçamento para módulo de ambiente semi-seco Obra 03 ... 72

TABELA 23 - orçamento para módulo de ambiente seco Obra 03 ... 72

TABELA 24 - consumo de água total Obra 03 (escolhas tradicionais) ... 74

TABELA 25 - consumo de água total Obra 03 (escolhas sustentáveis) ... 75

TABELA 26 - consumo de água total Obra 03 (água de reuso) ... 75

TABELA 27 - comparativo de custos dos canteiros ... 76 TABELA 28 - implantação do módulo para um canteiro de obras sustentável . 77

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10 1.1 CONTEXTO DO TEMA 10 1.2 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA 10 1.3 OBJETIVOS 11 1.4 JUSTIFICATIVA 11 1.5 METODOLOGIA DO TRABALHO 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 12 2.1 CANTEIRO DE OBRAS 12 2.2 DIMENSIONAMENTO DE CANTEIRO DE OBRAS 14 2.3 TIPOLOGIAS DE CANTEIRO DE OBRAS 17

3 METODOLOGIA ... 19 3.1 DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA 22 3.2 PRODUTOS DO PROJETO 49 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 58 4.1 OBRA 01 58 4.2 OBRA 02 64 4.3 OBRA 03 69 5 CONCLUSÕES ... 76 REFERÊNCIAS ... 78

(10)

1. INTRODUÇÃO

1.1. CONTEXTO DO TEMA

A indústria da construção civil, em especial o setor de edificações, é frequentemente citada como exemplo de setor atrasado, com baixos índices de produtividade e elevado desperdícios de recursos. De uma forma geral apresenta desempenho inferior ao setor industrial.

A mão de obra da construção pode ser apontada como responsável por este quadro de baixo desempenho. É uma atitude simplista culpar a mão de obra pela ineficiência da construção, mas existem diversos estudos que apontam a ausência ou insuficiência de planejamento como uma das principais causas do alto índice de perdas de materiais.

O planejamento do canteiro de obras, em particular, tem sido um dos aspectos mais negligenciados na indústria da construção. Em consequência, os canteiros de obras muitas vezes deixam a desejar em termos de organização e segurança, o que impacta diretamente na imagem da empresa.

O canteiro é o cartão de visitas de uma empresa, portanto vale à pena projetá-lo em conformidade com a imagem da empresa. Ele é a praça de relacionamento entre a vizinhança, clientes, fornecedores e funcionários.

O planejamento do canteiro desempenha um papel fundamental na eficiência das operações, cumprimento de prazos, custos e qualidade da construção.

Um eficiente planejamento para o canteiro de obras deve ser uma das primeiras ações para que sejam bem aproveitados todos os recursos materiais.

1.2. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA

O canteiro de obras, por se tratar de uma instalação provisória que será utilizada somente no período da construção e que após a entrega da obra será demolido ou retirado do terreno, não é vista pelas construtoras como um item

(11)

que deve ser investido, o que resulta em optarem pelo o menor custo para a implantação do canteiro.

Das tipologias de canteiros de obras citadas no ITEM 2.3, a estrutura e vedação de madeira é a opção que oferece o menor custo de investimento e, por este motivo, a solução mais utilizada nos terrenos em construção, porém uma grande quantidade de resíduos é gerada e descartada na desmobilização do contrato.

1.3. OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é desenvolver um módulo de canteiro de obras de baixo impacto ambiental na construção civil que possa ser utilizado em todas as áreas necessárias para atender a demanda de uma obra.

O princípio básico parte da utilização de materiais mais sustentáveis, que aproveitem ao máximo os recursos naturais disponíveis (como energia fotovoltaica e águas pluviais) e, além disso, que seja desenvolvido de modo que possa ser montado e desmontado sem a necessidade de equipamentos complexos para que possa atender qualquer obra, otimizando o frete na transferência entre um contrato e outro e minimizando o descarte de resíduos da construção civil.

1.4. JUSTIFICATIVA

Engana-se quem pensa que o uso do canteiro de obras, mesmo que por um curto período, demanda menos necessidades sustentáveis.

Pelo contrário, se a análise for feita em uma escala maior e considerar todos os terrenos de um município que estão em fase de construção e que cada terreno possui as instalações provisórias para atender a demanda da obra, pode-se mensurar quanto resíduo da construção civil pode-será descartado somente da demolição dos canteiros de obras.

Desenvolver um módulo de canteiro de obras mais sustentável que possa ser utilizado em todas as áreas necessárias para atender a demanda de uma

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obra e que possa ser desmontado e montado posteriormente em outro terreno (para um novo contrato) trará retorno não somente no ponto de vista econômico para a empresa, que reduzirá os custos da implantação e descarte do canteiro de obras, como reduzirá em 95% do resíduo gerado da desmobilização da obra.

O módulo para o canteiro de obras será desenvolvido com o intuito de otimizar o aproveitamento dos os recursos naturais disponíveis como energia fotovoltaica e águas pluviais, com o objetivo de minimizar o consumo destes recursos naturais ao longo do período da construção.

1.5. METODOLOGIA DO TRABALHO

Primeiramente será desenvolvido a parte estrutural do módulo para um canteiro de obras de baixo impacto ambiental na construção civil e, posteriormente, as vedações (laterais e superior). Com a premissa do módulo definida, serão escolhidos elementos de acabamentos, esquadrias e instalações. A partir da definição dos elementos que serão utilizados no módulo, pode-se ter um orçamento estimado do módulo e, com isso, comparar o custo deste projeto com exemplos reais de três canteiros de obras. Este estudo de casos resultará na conclusão se a implantação do módulo para um canteiro de obras sustentável é viável.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. CANTEIRO DE OBRAS

Segundo Norma Regulamentadora 18 (NR18) do Ministério do Trabalho e Emprego, um canteiro de obras é uma área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra.

A NBR 12.284 que diz respeito à Área de Vivência em Canteiros define que o canteiro de obras é conjunto de áreas destinadas à execução de apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência.

(13)

Portanto o canteiro é o local em que se dá a produção das obras de construção e como tal, exige a análise prévia e criteriosa de sua implantação, à luz dos conceitos de qualidade, produtividade e segurança.

Alguns dados e princípios básicos devem ser observados ao se projetar um canteiro de obras:

. Conhecimento dos projetos: arquitetura, estrutura, fundações, etc. . Conhecimento sobre os métodos construtivos e a estratégia executiva. . Princípio da integração (entre toda a cadeia de produção).

. Minimização de Distâncias.

. Dados contratuais (prazos, condições contratuais). . Tipologia do terreno e implantação.

Inúmeras soluções podem ser obtidas para determinada obra, mas o objetivo de um canteiro é de atender o desenvolvimento pleno das obras e a demanda de cada etapa do cronograma do projeto.

A locação do canteiro deve ocorrer em local que permaneça o maior tempo possível, pois desmobilizações durante a obra gastam tempo e recursos. O ideal é que seja instalado em um local que não interfira com as movimentações horizontais e verticais de material e pessoal e que ao mesmo tempo lhe assegure controle da obra e facilidade de acesso para funcionários e visitantes.

IMAGEM 01 - setorização de um canteiro de obras no terreno

(14)

2.2. DIMENSIONAMENTO DE CANTEIRO DE OBRAS

Os elementos de infraestrutura do canteiro são compostos por: . Instalações provisórias: Energia elétrica, água, esgoto;

. Almoxarifado: Local destinado a guarda de material e seu controle e distribuição para a obra. É geralmente uma construção provisória tipo barracão, onde são abrigados os materiais que não devam ficar expostos ao tempo, tais como o cimento, gesso, condutores elétricos, ferragens, tintas, portas, janelas, grades etc. É claro que, no caso de pequenas obras, almoxarifado nada mais é que um barracão ou mesmo uma dependência qualquer, se já existe um prédio no local.

. Refeitório: Nos canteiros de obra é obrigatória a existência de local adequado para refeições. Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de cozinha, em todo canteiro de obra deve haver local exclusivo para o aquecimento de refeições, dotado de equipamento adequado e seguro para o aquecimento.

. Sanitários: Destinado às necessidades fisiológicas e de banho da equipe que trabalha na obra, pode constar de uma construção provisória própria ou fazer parte do almoxarifado, do escritório ou inexistir, desde que exista outro local apropriado.

. Vestiários: Local para troca de roupa dos trabalhadores que não residem no local. A localização do vestiário deve ser próxima aos sanitários e/ou à entrada da obra, sem ligação direta com o local destinado às refeições.

. Ambulatório: Local destinado para prestação dos primeiros socorros dos operários da obra.

. Escritório: Obras de maior porte podem exigir um verdadeiro escritório de obras destinado aos trabalhos administrativos e controle técnico. Projetos, diário de obras, controle de ponto do pessoal, telefone etc., exigem local apropriado, geralmente o escritório de obras.

(15)

A imagem a seguir é um exemplo de canteiro de obras com as áreas mencionadas acima:

IMAGEM 02 - exemplo de um projeto de um canteiro de obra

(16)

IMAGEM 03 - implantação de um canteiro de obras no terreno

FONTE - https://construfacilrj.com.br/como-organizar-o-canteiro-de-obras/

Para obras contendo mais de 20 operários (independentemente de serem ou não da mesma empresa), é obrigatório oferecer condições ao ambiente de trabalho à equipe conforme Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT) ligado à NR-18:

(17)

. Instalações Sanitárias/Vestiários:

. 01 vaso sanitário ou mictório para cada 20 operários; . 01 lavatório para cada 20 operários;

. 01 chuveiro para cada 10 operários; . Entre 01 à 02 m² por trabalhador. . Refeitório:

. Mesas com tampos laváveis; . Pisos laváveis;

. 01 m² por trabalhador;

. Pé direito mínimo de 2,80 m;

. Não ter comunicação com instalações sanitárias. . Ambulatório:

. Obrigatório para obras contendo mais de 50 operários.

2.3. TIPOLOGIA DE CANTEIRO DE OBRAS

A tipologia das instalações dos canteiros de obras varia conforme as necessidades de cada obra. Para a instalação do canteiro são avaliados os seguintes critérios: custo de aquisição, custo de implantação, custos de manutenção, durabilidade, isolamento térmico e apresentação visual. Segue, abaixo, as tipologias mais usuais no Brasil:

. Alvenaria: Usualmente utilizado quando as instalações provisórias podem tornar-se permanentes após o final da obra. O prazo de execução e implantação do canteiro é longo, o que pode impactar diretamente no cronograma da obra. Quando o canteiro de obras é feito em alvenaria e as instalações não serão utilizadas depois, um grande volume de resíduos é gerado após a demolição do canteiro de obras.

. Madeira: A principal vantagem de utilizar canteiros de madeira é o custo mais baixo, além de ser ajustável a cada tipo de projeto proposto. Outra vantagem que se pode apontar é o conforto térmico proporcionado por instalações feitas com a madeira. A madeira é indicada para as instalações de canteiros em que as obras são mais curtas. A desvantagem do canteiro de

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madeira é a necessidade do desprendimento de mão de obra para a execução da instalação e o resíduo gerado após o termino da obra, quando o canteiro é desmontado.

IMAGEM 04 - canteiro de obras de madeira

FONTE: http://www.madenova.com.br/index

. Metálica: O mesmo sistema pode ser implantado com chapas metálicas galvanizadas. Sua principal vantagem é a agilidade da montagem das instalações feitas com esse material. Os canteiros de obras metálicos são indicados para os contratos que tenham seu período mais extenso e necessitem de início das atividades imediato. Já no quesito desvantagem, pode-se destacar seu custo elevado, se comparar com o material mencionado anteriormente. Além disso, deve-se tomar cuidado com isolamento térmico. Neste tipo de container, parte dos materiais utilizados podem ser reaproveitados, dependendo do contrato.

IMAGEM 05 - canteiro de obras com fechamento de telhas metálicas

(19)

. Containers: Essa opção pode ser considerada minoritária se comparada aos barracos em madeira, uma vez que seu custo é bastante elevado para implantação do canteiro de obras e encontra-se bastante dificuldade de manter um bom nível de conforto térmico interno. Outro ponto importante de se mencionar é que esta solução utiliza uma quantidade maior de transporte (considerando que cada viagem de caminhão consiga levar um ou dois containers). Tanto para a mobilização quanto na desmobilização dos containers é necessário a utilização de equipamentos de grande porte (como por exemplo caminhão munck) para realizar este deslocamento entre o local que será locado no terreno até o caminhão que o transportará. Tanto o transporte quanto aluguel de equipamento na mobilização e na desmobilização são itens que tem que ser considerados no custo para implantar este tipo de canteiro de obras. Dependendo do confinamento do terreno, esta solução não consegue ser implantada devido a área que é necessário para a instalação e retirada dos containers do terreno. Sua principal vantagem é na rapidez no processo de montagem e desmontagem e pelo reaproveitamento total da estrutura, não gerando resíduos.

IMAGEM 06 - utilização de containers para canteiro de obras

(20)

3. MATERIAIS E MÉTODO

Para desenvolver o módulo para um canteiro de obras sustentável é preciso inicialmente desenvolver a estrutura e formas de fixação, de maneira que possa ser montado e desmontado. Posteriormente pensar na vedação, cobertura, instalações (elétrica e hidráulica) e acabamentos, todos no mesmo conceito que possam ser utilizados após a primeira montagem.

Para dimensionar a estrutura, definiu-se como premissa que os módulos teriam uma sobrecarga para escritório de 200 kg/m².

TABELA 01 - cargas acidentais

FONTE - NBR 6120

IMAGEM 07 - sobrecarga para escritório

FONTE - Manual da Gerdal: Princípios de Arquitetura em Aço

A proposta é desenvolver um módulo com as dimensões 5,00 metros de largura x 10,00 metros de comprimento x 3,00 metros de altura e até dois pavimentos (h = 6,00 m).

(21)

IMAGEM 08 - premissas de dimensões do módulo

FONTE - protótipo desenvolvido por Camila Mantovani

Com as premissas de dimensões do módulo de canteiro sustentável definidas, os módulos podem ser dispostos de acordo com a disponibilidade de cada terreno e, ao mesmo tempo, atendendo as necessidades de cada contrato:

IMAGEM 09 - exemplos de uso para os módulos

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3.1. DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA

. Estrutura: Por se tratar de uma estrutura que será montada e desmontada, o projeto foi desenvolvido em estrutura metálica:

IMAGEM 10 - nível base do projeto de estrutura metálica básica do módulo

(23)

IMAGEM 11 - nível piso do projeto de estrutura metálica básica do módulo

(24)

IMAGEM 12 - nível cobertura do projeto de estrutura metálica básica do módulo

(25)

IMAGEM 13 - elevações do projeto de estrutura metálica básica do módulo

(26)

Após desenvolver o projeto básico de estrutura metálica, obtém-se a tabela resumo dos materiais necessários para o módulo do canteiro de obras:

IMAGEM 14 - lista de material do projeto de estrutura metálica básica do módulo

(27)

Abaixo, o orçamento da estrutura metálica e acordo com o projeto desenvolvido e resumo dos materiais necessários para o módulo do canteiro de obras:

TABELA 02 - orçamento da estrutura metálica do módulo

FONTE - empresa B

Considerando que o orçamento da estrutura metálica do módulo de canteiro de obras sustentável com as dimensões de 5,00 x 10,00 x 3,00 metros ficou em R$ 113.492,04, este montante somente para a estrutura inviabiliza o projeto.

Uma alternativa para reduzir o custo do módulo é realizar a estrutura do em madeira: um material renovável que durante a seu crescimento a árvore consome impurezas da natureza, transformando-as em madeira. A madeira é considerada um material sustentável também pela extração da árvore e o seu desdobro ser considerado um processo que envolve baixíssimo consumo de energia se comparado com materiais tais como concreto e aço, uma vez que para se produzir aço e concreto demanda-se um intenso processo industrial, que envolve um alto consumo de energia e gera grande poluição ambiental. A matéria prima retirada da natureza jamais poderá ser reposta. É um processo irreversível, ao contrário da madeira que pode ser plantada novamente.

TABELA 03 - consumo de energia na produção de materiais

(28)

A madeira é um material renovável e de fácil manuseio, definição de formas e dimensões. A madeira apresenta uma importante característica que é a baixa densidade. Esta equivale a aproximadamente um oitavo da densidade do aço.

O tratamento da madeira é indispensável para peças em posições sujeitas a variações de umidade e temperatura.

A desvantagem da madeira é a sua inflamabilidade. Porém, ela resiste a altas temperaturas e não perde resistência sob altas temperaturas como acontece especialmente com o aço que não é inflamável, mas não resiste a altas temperaturas.

No caso dos módulos para canteiros de obras sustentáveis a estrutura em madeira é eficaz na velocidade da fabricação e montagem do canteiro, o que atende os escassos cronogramas, baixo custo e preços competitivos frente aos benefícios do produto.

As premissas do projeto do módulo para o canteiro sustentável seriam as mesmas da estrutura metálica, porém com a estrutura de madeira e ligações metálicas.

Ao projetar estruturas de madeira, é muito importante considerar as uniões e reforços que permitirão que estas mantenham-se efetivamente de pé e trabalhem em conjunto.

IMAGEM 15 - união de pilar com viga de madeira com ligações metálicas

FONTE - https://www.archdaily.com.br/br/867547/15-conexoes-metalicas-para-estruturas-de-madeira-laminada-arauco?ad_medium=gallery

(29)

IMAGEM 16 - união de vigas a caibro de madeira com ligações metálicas

FONTE - https://www.archdaily.com.br/br/867547/15-conexoes-metalicas-para-estruturas-de-madeira-laminada-arauco?ad_medium=gallery

IMAGEM 17 - união de viga com viga de madeira com ligações metálicas

FONTE - https://www.archdaily.com.br/br/867547/15-conexoes-metalicas-para-estruturas-de-madeira-laminada-arauco?ad_medium=gallery

Esses conectores não somente permitem incorporar madeira com madeira, como possibilitam ancorar elementos de madeira com concreto.

IMAGEM 18 - ancoragem de pilar de madeira no bloco de concreto

FONTE - https://www.archdaily.com.br/br/867547/15-conexoes-metalicas-para-estruturas-de-madeira-laminada-arauco?ad_medium=gallery

(30)

Para dimensionar a sessão da viga e pilares de madeira, utiliza-se a regra prática para o pré-dimensionamento de madeira maciça:

. Altura das vigas: vão/15 = 500/15 = 33,33 cm = 35 cm

. Largura da viga: 1/3 da altura da viga = 35/3 = 11,66 cm = 15 cm

Uma viga de madeira maciça sessão de 35x15 cm não é uma peça padrão comercial das peças. Se as vigas dos módulos forem executadas com esta sessão, seria necessário encomendar e fabricar peças especiais. Consequentemente, o custo e prazo de fabricação do projeto aumentaria.

Abaixo, as dimensões comerciais de peças de madeira maciças:

IMAGEM 19 - peças de madeira maciça comercial

FONTE - http://www.fkcomercio.com.br/madeiramento_para_telhado.html

Atualmente, com o aumento da preocupação com a preservação do meio ambiente e as mudanças nas práticas de gestão florestal, a madeira maciça está cada vez mais cara e mais difícil de se obter, tornando assim cada vez mais necessária a redução no consumo de madeira maciça.

Uma alternativa para utilizar materiais de fácil acesso comercial é a utilização de madeira laminada para a estrutura do módulo para um canteiro de obras sustentável, uma vez que a madeira laminada faz o uso de menores dimensões da madeira, sendo ao mesmo tempo projetada para ser mais forte e

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do mesmo tamanho que a madeira maciça, seu emprego na construção civil tem aumentado consideravelmente.

Pode-se citar algumas de suas vantagens: leveza, alta capacidade de carga, resistência e flexibilidade de formas, além de permitir um melhor aproveitamento dos recursos naturais se mostrando assim uma opção sustentável e também econômica por apresentar menor custo em relação a madeira maciça e menor desperdício.

IMAGEM 20 - sessão de madeira laminada

FONTE - http://rewood.com.br/novo/

Para dimensionar a sessão da viga, utiliza-se a regra prática para o pré-dimensionamento de madeira laminada:

. Altura das vigas: vão/20 = 500/20 = 25 cm

. Largura da viga: 1/4 da altura da viga = 25/4 = 6,25 cm = 8 cm

Para dimensionar o pilar, tem-se como base a tabela para cálculo de colunas do livro “Bases para Projeto Estrutural na Arquitetura” do Prof. Yopanan Rebello:

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IMAGEM 21 - cálculo de colunas de madeira

FONTE - livro “Bases para Projeto Estrutural na Arquitetura”

De acordo com a tabela, para um pré-dimensionamento de pilares de madeira para uma edificação de até 2 pavimentos, a sessão do pilar poderá variar de 0,13x0,13 m até 0,26x0,26 m.

O projeto segue com a estrutura de madeira laminada e dimensão das vigas de sessão de 0,25x0,08 m e pilar com sessão de 0,15x0,15 m. Importante mencionar que este é um estudo básico com cálculos de pré-dimensionamento para análise de viabilidade de implantação e que servem apenas para um anteprojeto. Existem vários fatores embutidos nestes resultados, como umidade, tempo de carga, classificação da madeira, coeficientes de ponderação, entre outros.

. Fundação: Para os terrenos em que não existe nenhuma superfície em nível para locar os módulos, será realizado uma fundação rasa de blocos de concreto de dimensão de 0,50x0,50x0,50 m para receber as cargas dos pilares. Conforme IMAGEM 18 (página 28), a conexão entre o pilar de madeira e o bloco de concreto ocorrerá através de um elemento de fixação metálico.

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IMAGENS 22 e 23 - ligação de bloco de concreto com pilar de madeira

FONTE - protótipo desenvolvido por Camila Mantovani e

https://pt.depositphotos.com/161252594/stock-photo-wooden-pillar-on-the-construction.html

. Estrutura do piso: O conceito utilizado para o piso dos ambientes é similar ao piso elevado, pois a grande vantagem dos pisos elevados é a possibilidade de maior aproveitamento da estrutura do ambiente, possíveis mudanças de layout, montagem e desmontagem com maior praticidade, maior facilidade de manutenção de cabos e tubo internos em qualquer ponto do ambiente e possibilita o reaproveitamento do material caso haja a necessidade de mudança. No caso do módulo, as placas que compõem o piso serão sustentadas por uma malha de madeira (ao invés dos pedestais utilizados no piso elevado de ambientes corporativos) o que possibilita a passagem das instalações entre o chão e o piso.

IMAGEM 24 - estrutura do piso: conceito de piso elevado

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Em cima desta estrutura, para compor o piso, nos ambientes secos poderá ser utilizada chapas de madeira nas dimensões 1,00x1,00 m. Para os ambientes molhados poderá ser utilizado placas de plástico 100% reciclável, antiderrapante e higiênico. Essas placas suportam uma carga de até 650 kg.

IMAGEM 25 - placas para piso 100% de plástico reciclável

FONTE - http://caissesetpalettescertifieesduquebecinc.com/boutique/palette-de-plastique

. Estrutura Cobertura: Com a premissa que o módulo para um canteiro sustentável poderá ser disposto junto a outros módulos, para ampliar a estrutura e assim atender diversas demandas em diferentes terrenos, a estrutura da cobertura será em tesoura meia água para melhor vazão das águas pluviais. Assim os módulos poderão ser dispostos de maneira que não há encontro de calhas centrais, somente periféricas.

IMAGEM 26 - estrutura da cobertura: telhado meia água

FONTE - protótipo desenvolvido por Camila Mantovani

. Vedação Superior: Com o objetivo de um melhor conforto térmico no interior, a vedação da cobertura requer atenção em relação ao isolamento térmico. Um material muito eficiente que pode-se citar como exemplo é a telha composta pela lã de pet e acabamento em TNT branco com propriedades

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antichamas e espessura de 75 mm. O produto tem 1.43 K de resistência térmica. A lã de pet é produzida a partir de garrafas pet, materiais que se deixados no meio ambiente, levam cerca de 100 anos para se decompor, além de contaminar o lençol freático. Este produto é 100% reciclado e 100% reciclável.

IMAGEM 27 - telha metálica com isolamento térmico de lã de pet

FONTE - http://www.trisoft.com.br/blog/isolante-termico-para-telhado/

. Vedação Lateral: Também considerado o conforto térmico interno, as vedações laterais serão realizadas com chapas de madeiras de padrão e dimensões comerciais de 1,22 x 3,00 x 0,08 m. As paredes externas serão compostas por duas camadas das chapas de madeira divididas por uma camada de lã reciclada de garrafas pets. No caso de divisões internas, serão realizadas apenas com uma camada de chapa de madeira.

IMAGEM 28 - vedação em chapas de compensado de madeira

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Com o intuito de minimizar os desgastes dos materiais utilizados no módulo para um canteiro de obras sustentável, a fixação das vedações laterais ocorrerá através de encaixes entre as placas de madeira e elementos de fixação. Desta forma, o módulo poderá ser montado e desmontado sem que as placas sejam danificadas e o material possa ser reaproveitado.

IMAGEM 29 - detalhe de encaixe vedação de madeira

FONTE - protótipo desenvolvido por Camila Mantovani

Outro forte argumento para se utilizar chapas de madeira de padrão comercial para as vedações laterais:

. Praticidade por não ter retrabalho com o material adquirido; . É um material de fácil recolocação no mercado nacional;

. Caso seja danificado durante a obra ou durante a desmontagem e transporte, as chapas de madeira são 100% recicláveis.

. Portas/Esquadrias: Para que fique modular e tenha o mínimo de trabalho possível nas chapas de madeira, as portas e esquadrias serão embutidas em uma chapa de madeira. As dimensões das esquadrias serão de 0,80 x 0,60 m para as áreas de sanitários e vestiários e 0,80 x 1,20 m para as áreas secas.

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IMAGEM 30 - portas e esquadrias inseridas nas chapas de madeira

FONTE - protótipo desenvolvido por Camila Mantovani

. Acabamento Piso: Para um isolamento acústico e proteção das chapas de madeira do piso, o piso será revestido com piso vinílico criado a partir de PVC reciclado, (composto de 100% de PVC, sendo 67% de material reciclado). Outras vantagens desta opção de acabamento é que ele possui resistência para tráfego de médio porte, pode ser lavado de fácil limpeza, é um produto de fácil aplicação e, em caso de manutenção nas instalações ou alteração de layout do ambiente, é um produto eu pode ser reaproveitado.

IMAGEM 31 - aplicação de piso vinílico sob piso modular de madeira

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. Instalações Elétricas: A geração de energia elétrica através de luz solar pela utilização de painéis fotovoltaicos. As placas geram energia em corrente contínua, convertida posteriormente por um inversor para corrente alternada. A energia produzida e não consumida poderá ser injetada na rede pública o que resulta em créditos que poderão ser utilizados em dias que não há sol para produção de energia.

A manutenção do sistema de energia solar é mínima e de baixo custo, porém deve ser realizada anualmente. A manutenção consiste na limpeza das placas solares, verificar as fixações dos painéis e as instalações elétricas de um modo geral. A cada 15 anos será necessária a substituição do inversor solar.

Os principais benefícios de utilização do sistema de energia através de painéis fotovoltaicos é a redução do consumo de energia e, consequentemente, do custo de energia e a redução do uso de recursos naturais.

Para atender a demanda de energia dos módulos para um canteiro de obras sustentável será utilizado, como fonte de energia, um gerador solar móvel (energia fotovoltaica). Este equipamento é uma plataforma completa e transportável para atender com rapidez qualquer instalação provisória e, após o uso, é facilmente transportado de um contrato para o próximo local de trabalho.

IMAGEM 32 - gerador solar móvel

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No módulo para um canteiro de obras sustentável a infraestrutura das instalações elétricas e de dados aparente traz inúmeras vantagens: facilita mudanças no layout do ambiente, reduz o desperdício de material e simplifica o acesso à infraestrutura de condutores para a realização de manutenções na rede. Para a passagem dos condutores, são recomendadas eletrocalhas em PVC reciclado auto extinguíveis (que não propaga fogo).

Condutores de eletricidade e de telecomunicações jamais devem ocupar a mesma canaleta, pois há possibilidade de interferência eletromagnética, criada pela corrente elétrica, na transmissão dos dados. Quando existe diferentes perfis de cargas, o correto é ter sistemas dedicados, por exemplo, para iluminação, para alimentação de equipamentos que exigem correntes mais elevadas, como freezers e de ar condicionado.

IMAGEM 33 - infraestrutura das instalações elétricas aparentes

FONTE - http://homensdacasa.net/instalacao-eletrica-aparente/

A alimentação de energia elétrica e rede de dados dos postos de trabalho ocorrerão através de tomadas de piso, o que permite maior possibilidade de layout para os ambientes internos. Por de baixo da estrutura do piso haverá canaletas para a passagem dos cabos para evitar o contato dos cabos no chão.

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IMAGEM 34 - tomadas de piso

FONTE - https://projetos.habitissimo.com.br/projeto/colocacao-de-piso-elevado-e-forro-modular-e-estruturas-para-ar-condicionado

No caso da iluminação, as lâmpadas LED é um sinônimo de consumo de energia e eficiênca, pois a energia consumida pelo LED é revertida em iluminação e não tem calor, ou seja, não desperdiça energia.

IMAGEM 35 - lâmpadas LED

FONTE - https://www.santarita.com.br/as-vantagens-da-substituicao-de-lampadas-tradicionais-por-led

Pode-se citar de exemplo um comparativo de iluminação, onde uma lâmpada incandecente de 60W equivale à uma luminária LED de 4,5W com a economia de 55,5W/hora. Já uma lâmpada fluorescente tubular de 40W equivale

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à uma luminária LED de 18W com economia de 22W/hora. Enquanto uma lâmpada dicróica de 50W equivale à uma luminária LED de 6W com economia de 44W/hora.

Outra vantagem de utilizar a iluminação LED é por ela não emitir radiação IV/UV. Estes raios podem resultar em danos à pele, plantas e também objetos ou produtos se expostos com freqüência continua.

Pela ausência de metais pesados em sua composição, como o chumbo e mercúrio, não há necessidade de descarte especial para as lâmpadas LED. Esta coleta seletiva ocorre para as lâmpadas fluorescentes.

Abaixo, uma simulação de vida util dos tipos mais comum de lâmpadas no mercado:

IMAGEM 36 - reposição de lâmpadas

FONTE - montagem desenvolvida pelo aluno e dados/imagens retiradas do Google

. Instalações Hidráulicas: Com o objetivo de diminuir o consumo d’agua no canteiro de obras, será implantado os sistemas de reuso de águas pluviais e das águas cinzas, pois além de ser poupado os recursos hídricos da sua região, a conta de água pode diminuir em até 60%.

No geral, as águas de chuva são encaradas como esgoto, uma vez que a chuva vai dos telhados e dos pisos para as bocas de lobo. O princípio da implantação deste sistema é captar água de chuva antes que ela chegue ao solo ou locais com trânsito de pessoas, para evitar sua contaminação e o uso de equipamentos mais complexos.

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Abaixo, o sistema de captação e reuso de águas pluvial é basicamente composto:

. calha (1)

. descarte primeira água (2) . filtro (3)

. cisterna (4) . bomba (5)

. caixa de água de reuso (6)

. torneira área externa e/ou bacia sanitária (7)

IMAGEM 37 - sistema de capitação e reuso de águas pluviais FONTE - http://criasustentavel.blogspot.com/2010/10/reuso-de-agua-de-chuva-passo-passo.html

O sistema prevê a utilização do telhado e calhas como captadores da água de chuva (1). Após o início da chuva, somente as primeiras águas carreiam ácidos, microorganismos, e outros poluentes atmosféricos, após os 10 minutos iniciais de chuva, as águas pluviais já adquire características de água destilada que pode ser coletada em reservatórios fechados. As primeiras águas da chuva devem ser descartadas (2).

É de assaz importância a presença do filtro antes da água chegar até o reservatório: um filtro grosseiro para retirada de galhos e partículas maiores e um filtro de areia para retirar as partículas em suspensão (3). O reservatório (4) pode ser uma caixa d’água tradicional disponível no mercado e deve existir

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acesso para a cloração da água, desinfecção em caso de longos intervalos de tempo e para a manutenção do reservatório. Mesmo para uso não potável é recomendado fazer a desinfeção regular do reservatório através do uso do cloro. Uma bomba de recalque ou pressurizadora (5) alimenta os pontos de consumo (6): caixa d`água não potável e torneiras externas de uso restrito. Essa água pode ser armazenada e utilizada para suprir um dos maiores consumidores de água: a descarga em bacias sanitárias, limpeza de pisos e limpa rodas de caminhões que utilizarão a obra (7).

Abaixo, um sistema simples e econômico para implantar no canteiro de obras é a mini cisterna feita através de tambores externos que captam a água da chuva através das calhas dos telhados:

IMAGEM 38 - mini cisterna para captação e reuso de águas pluviais FONTE - www.sempresustentavel.com.br

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Outra forma de reduzir o consumo de água nos canteiros de obra é com o reuso da água do banho dos colaboradores, a chamada de água cinza. Quando coletada e tratada, a água cinza pode ser destinada para o uso das descargas das bacias sanitárias. O resultado é cerca de 30% de economia de água potável. Esse sistema, além de ser simples a implantação, se paga rapidamente pela economia na conta da água e é seguro por um circuito fechado (chuveiro, ralo do box, reservatório fechado e vaso sanitário), sem fácil acesso para manuseio ou ingestão da água.

IMAGEM 39 - água negra e água cinza

FONTE - http://rededasustentabilidade.blogspot.com/2013/03/reuso-das-aguas-cinzas-custo-e-beneficio.html

A água cinza é qualquer água não-industrial, que foi usada em processos domésticos, como o banho ou lavar a roupa. Esse tipo corresponde entre 50% e 80% do esgoto residencial, recebendo esse nome pela sua aparência turva. A água negra é o termo utilizado para descrever a água descartada que possui matéria fecal e urina. É assim chamada pela grande quantidade e composição dos seus produtos químicos e contaminantes biológicos, e por ser mais difícil de ser reciclada.

Alguns benefícios da reutilização de água cinza: . diminui a demanda de uso da água tratada;

. o processo de tratamento da água cinza é altamente eficiente; . resulta em menos uso de energia e produtos químicos;

. recupera o lençol freático e ajuda no crescimento de plantas; . evita a poluição de outras águas;

. pode ser reutilizada para regar o jardim, lavagem de pisos e em descargas.

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IMAGEM 40 - sistema de tratamento e reuso de água cinza

FONTE - https://static.wixstatic.com/media/1ee4dd_a1d1bc5a78174a62a642abc123d9d808.jpg

O maior custo das instalações para o sistema de reuso de águas pluviais e reuso da água cinza é representado pelos reservatórios e a mão de obra para instalação do sistema. Quando há a possibilidade de executar os reservatórios no local, com uma boa mão de obra e uma boa negociação de preço, estima-se que o sistema de reuso pode se pagar em até dois anos. Quando o espaço físico do terreno não permite a instalação de reservatórios de reuso, uma opção para implantar na coleta da água dos chuveiros para reuso é através da coleta dentro dos próprios box em caixas coletoras que possibilitam armazenagem de até 40 litros por box:

IMAGEM 41 - coleta da água dos chuveiros e reuso de água cinza

FONTE -

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No interior do módulo para um canteiro de obras sustentável, de acordo com a linha de raciocínio da infra das instalações elétricas serem aparentes, as instalações hidráulicas também serão aparentes, pois traz inúmeras vantagens: facilita mudanças no layout do ambiente, reduz o desperdício de material e simplifica o acesso à infraestrutura de condutores para a realização de manutenções na rede.

IMAGEM 42 - instalações hidráulicas aparentes

FONTE - https://www.habitissimo.com.br/orcamentos/verificar-instalacao-hidraulica/minas-gerais/belo-horizonte

. Acabamentos Sanitários: Nos módulos para um canteiro de obras sustentável que serão destinados para fins de sanitários e vestiários, foram selecionados louças e metais disponíveis no mercado nacional que tem como objetivo final minimizar os impactos no meio ambiente e reduzir o consumo dos recursos naturais.

O chuveiro elétrico selecionado possui vazão de apenas 7 litros por minuto, considerada uma das menores vazões da categoria, ao mesmo tempo em que possui o que há de melhor em tecnologia de pressurização de água. Indicada para casas térreas, sobrados e apartamentos de cobertura, onde a pressão da água é normalmente baixa. Conta com um espalhador de grandes dimensões e 4 opções de temperaturas, ideal para todas as estações do ano. O chuveiro é compatível com aquecedores solares, ampliando assim a sua utilização.

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IMAGEM 43 - chuveiro elétrico vazão 7 L/min

FONTE - http://www.lorenzetti.com.br/pt/Detalhes_Produto.aspx?id=1032

Na tabela abaixo, pode-se verificar o comparativo de consumo de água de uma pessoa tomando banho com um chuveiro comum com vazão de 25 litros por minuto e o consumo de água em um banho com um chuveiro que possui uma vazão de 7 litros por minuto:

TABELA 04 - consumo de água de uma pessoa tomando banho

FONTE - comparativo desenvolvido por Camila Mantovani

A torneira para lavatório de mesa pressmatic possui funcionamento perfeito em baixa e alta pressão de 0,2 a 4 kgf/cm² ou 3 a 57 psi. Este modelo possui um sistema de acionamento hidromecânico, com leve pressão da mão e fechamento automático temporizado em aproximadamente 6 segundos. Um sistema prático, que garante elevada vida útil, resistência a depredações e maior higiene: uma vez acionado, o usuário não tem mais contato com o produto.

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IMAGEM 44 - torneira pressmatic

FONTE - https://www.docol.com.br/pt/linha/pressmatic-torneiras

Na tabela abaixo, pode-se verificar o comparativo de consumo de água de uma pessoa lavando as mãos em uma torneira comum e o consumo de água de uma pessoa lavando as mãos com a torneira com o sistema pressmatic:

TABELA 05 - consumo de água de uma pessoa lavando as mãos

FONTE - comparativo desenvolvido por Camila Mantovani

Na definição do vaso sanitário, foi selecionado uma bacia com consumo de somente 6 litros por fluxo, ótimo desempenho, efetuando a limpeza completa, sempre na primeira descarga. Bacia mais alta, com 44cm de altura, projetada especialmente para facilitar o acesso e saída do usuário com mobilidade reduzida, proporcionando maior funcionalidade e conforto. Caixa acoplada com sistema de descarga com tecnologia Hydra Duo, com dois botões: descarga completa: 6 litros (limpeza total) e descarga com volume reduzido: 3 litros (troca de líquidos). Garantindo assim uma economia de água de até 60%. Produto com sifão oculto, design clean e sofisticado, proporciona fácil limpeza.

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IMAGEM 45 - vaso sanitário com caixa acoplada

FONTE - https://www.deca.com.br/pt/linha/caixa

Na tabela abaixo, pode-se verificar o comparativo de consumo de água de acionamento de um vaso sanitário comum por dia e o consumo de água de acionamento de um vaso sanitário com caixa acoplada por dia:

TABELA 06 - consumo de água de acionamento de vaso sanitário

FONTE - comparativo desenvolvido por Camila Mantovani

3.2. PRODUTOS DO PROJETO

De acordo com as premissas, definições e materiais apresentados no ITEM 3.1, segue imagem final do módulo para um canteiro de obras sustentável:

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IMAGEM 46 - módulo para um canteiro sustentável

FONTE - protótipo desenvolvido por Camila Mantovani

Abaixo, os três tipos de módulos essenciais para atender a demanda de uma obra e seus respectivos orçamentos:

. Ambiente seco: Ambientes que não precisam necessariamente de insta-lações hidráulicas. Pode-se citar como exemplo almoxarifado, refeitório e área de lazer dos colaboradores. No caso do módulo que for para estes usos, poderá ter divisões internas e inclusão de portas e esquadrias de acordo com as necessidades de cada contrato.

IMAGEM 47 - módulo para ambiente seco

FONTE - protótipo desenvolvido por Camila Mantovani

Abaixo, segue orçamento para um módulo para ambientes secos. Os valores contidos neste orçamento foram levantados de sites de lojas de materiais de construção e valores de mão de obras estimados de acordo com o tempo da

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execução do módulo. Como não houve uma cotação de grande escala diretamente com o fornecedor, o orçamento pode ter redução no montante final se for levantado diretamente o fornecedor inicial e negociado de acordo com o quantitativo da aquisição.

TABELA 07 - orçamento para módulo de ambiente seco

FONTE - orçamento desenvolvido por Camila Mantovani

TABELA 08 - cronograma para módulo de ambiente seco

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. Ambientes Semi-Seco: Ambientes que possuem instalações hidráulicas para apoio, geralmente uma pia ou um lavabo. Pode-se citar como exemplo escritório, enfermaria, copa. No caso do módulo que for para este uso, poderá ter divisões internas e inclusão de portas e esquadrias de acordo com as necessidades de cada obra.

IMAGEM 48 - módulo para ambiente semi-seco

FONTE - protótipo desenvolvido por Camila Mantovani

Na imagem acima, após descontar a área dos lavabos, a área livre destinada para escritório da obra é de 8,50 x 5,00 m que pode comportar até 10 estações de trabalho e uma mesa de reuniões para 6 pessoas.

IMAGEM 49 - proposta para layout de escritório

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Abaixo, segue orçamento para um módulo para ambientes semi-secos. Os valores contidos neste orçamento foram levantados de sites de lojas de materiais de construção e valores de mão de obras estimados de acordo com o tempo da execução do módulo.

Como não houve uma cotação de grande escala diretamente com o fornecedor, o orçamento pode ter redução no montante final se for levantado diretamente o fornecedor inicial e negociado de acordo com o quantitativo da aquisição.

TABELA 09 - orçamento para módulo de ambiente semi-seco

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TABELA 10 - cronograma para módulo de ambiente semi-seco

FONTE - cronograma desenvolvido por Camila Mantovani

. Ambiente Molhado: Ambientes que possuem instalações hidráulicas em sua grande parte. Pode-se citar como exemplo os sanitários e vestiários para os colaboradores. No caso do módulo que for para este uso, poderá ter divisões internas e inclusão de portas e esquadrias de acordo com as necessidades de cada obra.

IMAGEM 50 - módulo para ambiente molhado

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IMAGEM 51 - módulo para ambiente molhado

FONTE - protótipo desenvolvido por Camila Mantovani

Conforme mencionado no ITEM 1.1 (página 13), o layout acima para sanitários e vestiários atende uma obra de até 100 funcionários, contendo:

. 01 vaso sanitário ou mictório para cada 20 operários; . 01 lavatório para cada 20 operários;

. 01 chuveiro para cada 10 operários.

Pelo módulo molhado possuir um maior número de instalações hidráulicas, ele é o módulo que possui o cronograma mais extenso. Em comparado com o cronograma das áreas secas, este cronograma possui 8 dias a mais para concluir sua montagem.

TABELA 11 - cronograma para módulo de ambiente molhado

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Abaixo, segue orçamento para um módulo para ambientes molhados. Os valores contidos neste orçamento foram levantados de sites de lojas de materiais de construção e valores de mão de obras estimados de acordo com o tempo da execução do módulo.

TABELA 12 - orçamento para módulo de ambiente molhado

FONTE - orçamento levantado por Camila Mantovani

Como não houve uma cotação de grande escala diretamente com o fornecedor, o orçamento pode ter redução no montante final se for levantado diretamente o fornecedor inicial e negociado de acordo com o quantitativo da aquisição.

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. Transporte: Se considerar que 01 módulo para um canteiro de obras sustentável possui as dimensões de 5,00 x 10,00 x 3,00 e 01 container possui as dimensões 2,50 x 6,00 x 2,50 m, pode-se dizer que a proporção de área é de 02 containers para 01 módulo montado. Quando desmontado, o volume das peças da estrutura e vedações laterais e cobertura do módulo é equivalente à 1/3 de um container, ou seja, o espaço ocupado no transporte de três módulos para um canteiro de obras sustentável é o equivalente ao espaço de um container.

IMAGEM 52 - espaço do módulo = 1/3 de um container

FONTE - protótipo desenvolvido por Camila Mantovani

Acima, um comparativo de otimização dos materiais ao ser transportado: ao lado esquerdo possui o volume com as dimensões de um container e do lado direito a estrutura e vedação desmontada do módulo para um canteiro de obras sustentável.

Se for considerar o transporte para a mobilização e desmobilização, um frete que seria utilizado para o transporte de 01 container pode realizar o transporte 03 módulos para um canteiro de obras sustentável, o que equivale à área de 06 containers. Ou seja, em um único frete pode-se transportar 03

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módulos desmontados que, se fosse containers, seriam necessários 06 fretes para transportar o mesmo quantitativo.

IMAGEM 53 - transporte de um container

FONTE - http://mftransportesjac.com.br/

Se considerar que o transporte ocorre na mobilização e desmobilização do contrato, a proporção fica 2 fretes para 3 módulos para um canteiro de obras sustentável para 12 fretes de 6 containers.

Além do frete, é importante mencionar a mobilização e desmobilização com canteiro de obras de containers é necessário a locação de equipamentos especiais para içar os containers, para coloca-los e retirá-los do caminhão.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após levantar o orçamento de cada tipologia do módulo para um canteiro de obras sustentável (ambiente seco, ambiente semi-seco e ambiente molhado), simulou-se a implantação dos módulos em obras reais.

4.1. OBRA 01

De acordo com o histograma abaixo, a Obra 01 teve uma duração de 22 meses e uma estrutura de canteiro de obras para atender um efetivo de até 470 funcionários por mês.

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IMAGEM 54 - histograma: Obra 01

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Para atender à demanda deste contrato, a Empresa A abriu uma concorrência para a contratação do canteiro de obras e foram recebidas propostas de canteiros de obras nas tipologias: containers, estrutura e telhas metálicas e em madeira. Devido à grande diferença de preço das propostas, a Empresa A contratou o canteiro de obras em madeira.

IMAGEM 55 - orçamento do canteiro de madeira contratado: Obra 01

FONTE - dados fornecidos pela Empresa A

O orçamento total para a implantação do canteiro de madeira neste contrato ficou em R$ 791.200,00 e o prazo de entrega de 60 dias a partir do aceite, sendo mobilização da equipe do canteiro em 15 dias e montagem em 45 dias (total de 60 dia para entrega do canteiro de obras de madeira).

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Conforme mencionado no ITEM 1.1, para atender à NR 18 e disponibilizar aos funcionários da obra as condições mínimas para se trabalhar com salubridade e condições de higiene, para implantar os módulos para um canteiro de obras sustentável será necessária uma infraestrutura abaixo:

. Ambiente Molhado: 05 módulos . 05 x 50,00 m² = 250,00 m² . sanitários e vestiários

. R$ 60.442,30 x 05 = R$ 302.211,50

. R$ 302.211,50 / 250,00 m² = R$ 1.208,85/m² . Ambiente Semi-Seco: 04 módulos

. 04 x 50,00 m² = 200,00 m²

. escritório, administração, reunião, enfermaria, copa . R$ 57.965,20 x 04 = R$ 231.860,80

. R$ 231.860,80 / 200,00 m² = R$ 1.159,30/m² . Ambiente Seco: 04 módulos

. 04 x 50,00 m² = 200,00 m²

. refeitório, almoxarifado, área de lazer . R$ 56.950,80 x 04 = R$ 227.803,20

. R$ 227.803,20 / 200,00 m² = R$ 1.139,02/m²

Para a Obra 01, o valor total da implantação dos módulos para um canteiro de obras sustentável é de R$ 761.875,50, o que resulta em um saldo positivo de R$ 29.324,50 se comparado ao canteiro de madeira contratado por R$ 791.200,00. O prazo para a entrega dos módulos para um canteiro de obras sustentável é de 24 dias e representa menos da metade do prazo de entrega do canteiro de obras contratado (60 dias).

Conforme visto no ITEM 3.1, a escolha de alternativas e equipamentos sustentáveis resulta também em uma economia significativa no consumo de água. Durante um dia de trabalho, um colaborador consome em média 138,00 litros de água por dia:

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TABELA 13 - consumo de água por colaborador por dia (escolhas sustentáveis)

FONTE - comparativo desenvolvido por Camila Mantovani

Comparado com as escolhas convencionais, o consumo de água por colaborador chega à 525,00 litros por dia:

TABELA 14 - consumo de água por colaborador por dia (escolhas tradicionais)

FONTE - comparativo desenvolvido por Camila Mantovani

De acordo com o histograma da Obra 01 (IMAGEM 54), o efetivo total foi de 5.957 colaboradores nos 22 meses de obra, o consumo de água neste período foi de 68.803.350 litros, uma média de 3.127.425 litros consumidos por mês apenas nos vestiários e sanitários do canteiro de obra.

TABELA 15 - consumo de água total Obra 01 (escolhas tradicionais)

FONTE - comparativo desenvolvido por Camila Mantovani

Se nesta obra fosse utilizado chuveiros com vazão de 7 litros/min, torneiras pressmatic e vaso sanitário com caixa acoplada de 6 litros por acionamento, o consumo de água do canteiro de obras no período de 22 meses seria de

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18.085.452 litros, uma média de 822.066 litros de água por mês apenas nos vestiários e sanitários do canteiro de obra.

TABELA 16 - consumo de água total Obra 01 (escolhas sustentáveis)

FONTE - comparativo desenvolvido por Camila Mantovani

Se a água dos vasos sanitários forem água de reuso vindo da captação de águas pluviais ou dos chuveiros, o consumo de água ficaria em 14.153.832 litros por mês nas áreas dos vestiários e sanitários do canteiro de obra. Uma média de 643.356 litros de água consumidos por mês.

TABELA 17 - consumo de água total Obra 01 (água de reuso)

FONTE - comparativo desenvolvido por Camila Mantovani

Se comparado os dois cenários, o uso dos recursos sustentáveis gera uma economia de 54.649.518 litros de água ao longo dos 22 meses do projeto, o que representa uma economia de 79,5% no consumo d’agua no canteiro de obras.

Referente ao transporte, para a Obra 01, seriam necessários 04 fretes para transportar os 13 módulos na mobilização do contrato e mais 04 fretes na desmobilização. Se este canteiro fosse executado com containers, seria necessários 26 fretes para transporte dos 26 containers na mobilização e mais 26 fretes na desmobilização. Ou seja, 52 fretes para atender um canteiro de obras de containers para 8 fretes para transporte dos módulos para um canteiro de obras sustentável.

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4.2. OBRA 02

De acordo com o histograma abaixo, a Obra 02 teve uma duração de 29 meses e uma estrutura de canteiro de obras para atender um efetivo de até 399 funcionários por mês.

IMAGEM 56 - histograma: Obra 02

(65)

Para atender à demanda deste contrato, a Empresa A abriu uma concorrência para a contratação do canteiro de obras e foram recebidas propostas de canteiros de obras nas tipologias: containers, estrutura e telhas metálicas e em madeira. Devido à grande diferença de preço das propostas, a Empresa A contratou o canteiro de obras em madeira.

O orçamento total para a implantação do canteiro de madeira neste contrato ficou em R$ 660.000,00 e o prazo de entrega de 55 dias a partir do aceite, sendo mobilização da equipe do canteiro em 10 dias e montagem em 45 dias.

IMAGEM 57 - orçamento do canteiro de madeira contratado: Obra 02

(66)

Conforme mencionado no ITEM 1.1, para atender à NR 18 e disponibilizar aos funcionários da obra as condições mínimas para se trabalhar com salubridade e condições de higiene, para implantar os módulos para um canteiro de obras sustentável será necessária uma infraestrutura abaixo:

. Ambiente Molhado: 04 módulos . 04 x 50,00 m² = 200,00 m² . sanitários e vestiários

. R$ 60.442,30 x 04 = R$ 241.769,20

. R$ 241.769,20 / 200,00 m² = R$ 1.208,85/m² . Ambiente Semi-Seco: 03 módulos

. 03 x 50,00 m² = 150,00 m²

. escritório, administração, reunião, enfermaria, copa . R$ 57.965,20 x 03 = R$ 173.895,60

. R$ 173.895,60 / 150,00 m² = R$ 1.159,30/m² . Ambiente Seco: 04 módulos

. 04 x 50,00 m² = 200,00 m²

. refeitório, almoxarifado, área de lazer . R$ 56.950,80 x 04 = R$ 227.803,20

. R$ 227.803,20 / 200,00 m² = R$ 1.139,01/m²

Para a Obra 02, o valor total da implantação dos módulos para um canteiro de obras sustentável é de R$ 643.467,90, o que resulta em um saldo positivo de R$ 16.532,10 se comparado ao canteiro de madeira contratado por R$ 660.000,00. O prazo para a entrega dos módulos para um canteiro de obras sustentável é de 24 dias e representa menos da metade do prazo de entrega do canteiro de obras contratado (55 dias).

Conforme visto no ITEM 3.1, a escolha de alternativas e equipamentos sustentáveis resulta também em uma economia significativa no consumo de água. Durante um dia de trabalho, um colaborador consome em média 138,00 litros de água por dia:

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TABELA 13 - consumo de água por colaborador por dia (escolhas sustentáveis)

FONTE - comparativo desenvolvido por Camila Mantovani

Comparado com as escolhas convencionais, o consumo de água por colaborador chega à 525,00 litros por dia:

TABELA 14 - consumo de água por colaborador por dia (escolhas tradicionais)

FONTE - comparativo desenvolvido por Camila Mantovani

De acordo com o histograma da Obra 02 (IMAGEM 56), o efetivo total foi de 7.693 colaboradores nos 29 meses de obra, o consumo de água neste período foi de 88.854.150 litros, uma média de 3.063.936,21 litros por mês.

TABELA 18 - consumo de água total Obra 02 (escolhas tradicionais)

FONTE - comparativo desenvolvido por Camila Mantovani

Se nesta obra fosse utilizado chuveiros com vazão de 7 litros/min, torneiras pressmatic e vaso sanitário com caixa acoplada de 6 litros por acionamento, o consumo de água do canteiro de obras no período de 29 meses seria de 23.355.948 litros, uma média de 805.377,52 litros de água por mês.

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