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A motivação dos alunos do ensino secundário para a prática da educação física escolar: estudo comparativo entre os alunos do ensino científico, humanístico e os alunos do ensino profissional

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório Final de Estágio

A MOTIVAÇÃO DOS ALUNOS DO ENSINO

SECUNDÁRIO PARA A PRÁTICA DA

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:

Estudo Comparativo entre os Alunos do Ensino

Científico – Humanístico e os Alunos do Ensino

Profissional

Mestrando(a): Vera Moreira Pinheiro

Orientador(a): Paulo Alexandre Vicente dos Santos João

Coorientador(a): Carlos Alberto Clemente Pires

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório Final de Estágio

A MOTIVAÇÃO DOS ALUNOS DO ENSINO SECUNDÁRIO

PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:

Estudo Comparativo entre os Alunos do Ensino Científico –

Humanístico e os Alunos do Ensino Profissional

Mestrando(a): Vera Moreira Pinheiro

Orientador(a): Paulo Alexandre Vicente dos Santos João

Coorientador(a): Carlos Alberto Clemente Pires

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Dissertação apresentada à UTAD, no DEP – ECHS, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino de Educação Física dos Ensino Básico e Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação do Professor Paulo Alexandre Vicente dos Santos João e do Professor Carlos Alberto Clementes Pires.

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Agradecimentos

Aos meus pais, Helena Pinheiro e José Pinheiro, à minha irmã e ao meu cunhado, Ana Pinheiro e Leonel Pereira, por todo apoio, suporte, admiração, estímulo e ânimo proporcionado ao longo de todo o percurso.

Aos meus avós pelo amor e carinho com que sempre me saudaram.

A toda a minha família, pelo suporte e apoio incondicional transmitido ao longo da minha vida e de todo o meu trajeto académico.

Ao Gomes, pela amizade, compreensão e motivação concedida nos períodos mais difíceis.

A todos os meus colegas e amigos que acompanharam esta jornada universitária. A todos os meus professores, que desde o primeiro ao último ano me transmitiram conhecimento, valores, comportamentos e vida.

Ao professor Nuno Garrido pela disponibilidade e dedicação na coordenação do mestrado.

Ao professor orientador Carlos Pires, pelo apoio, pela amizade, motivação e devoção em todo o percurso, pelos conselhos e diretrizes apontadas.

Ao supervisor Paulo Vicente, pelo apoio e orientação na operacionalização de todo o projeto de estudo.

A todos os meus queridos alunos da Escola Secundária Morgado Mateus de Vila Real, que tornaram única e inaudita a minha experiência como professora.

A todas as pessoas que me querem bem.

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II

Índice

Agradecimentos ... I Índice de quadros ... IV

Introdução ... 1

Parte I – Relatório de Estágio ... 3

1. Caraterização da escola ... 4

2. Gestão do Processo Ensino – Aprendizagem ... 5

2.1 Planeamento ... 5

2.2 Unidades Didáticas ... 7

2.3 Planos de Aula ... 9

3. Evolução do Processo Pedagógico ... 10

3.1 Balanço de Aula ... 11

3.2 Estilos de Ensino ... 11

3.3 Avaliação e Controlo ... 15

3.4 Observação e Assistência às Aulas ... 17

4. A Disciplina de Gestão de Equipamentos e Instalações Desportivas ... 19

5. Tarefas de Estágio de Relação Escola – Meio ... 22

5.1 Estudo de Turma ... 22

5.2 Atividades na Escola ... 24

5.2.1 Desporto Escolar ... 25

5.2.2 Taça Morgado e Morgadinha... 26

5.2.3 Projeto “Grupo de Dança” – Gala do Desporto ... 28

6. Tarefas de Estágio de Extensão à Comunidade ... 30

6.1 Organização do IV Congresso a Escola Hoje ... 30

Bibliografia ... 32

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III

A Motivação dos Alunos do Ensino Secundário para a Prática da Educação Física Escolar: Estudo Comparativo entre os Alunos do Ensino Científico – Humanístico

e os Alunos do Ensino Profissional ... 36

Resumo ... 36 Introdução ... 37 Metedologia ... 39 Amostra ... 39 Instrumentos ... 39 Procedimentos ... 40 Resultados ... 41 Discussão ... 45 Conclusão ... 46 Bibliografia ... 48

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IV

Índice de quadros

Quadro 1: Análise descritiva em função dos itens QMAD ………...…...… 41 Quadro 2: Análise comparativa dos motivos em relação ao Ensino Profissional e ao

Ensino Científico Humanístico ………...………..…. 42

Quadro 3: Análise comparativa dos motivos em relação ao sexo feminino de ambos

os cursos ………..………...……. 43

Quadro 4: Análise comparativa dos motivos em relação ao sexo masculino de

ambos os cursos ……… 44

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Introdução

O presente relatório de estágio está inserido no âmbito da unidade curricular de Estágio Pedagógico do Ciclo de Estudos conducente ao grau de Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade de Trás – os – Montes e Alto Douro, que decorreu na Escola Secundária Morgado Mateus de Vila Real, de Setembro de 2012 a Junho de 2013.

Frontoura (2005) refere que “o estágio pedagógico surge como um momento fundamental enquanto processo de transição de aluno para professor, conjugando-se aí fatores importantes a ter em conta na formação e deconjugando-senvolvimento do futuro professor, entre os quais se salientam o contacto com a realidade de ensino, que para a maioria dos estagiários é o primeiro contacto real com a escola”.

Carvalhinho e Rodrigues (2004) concordam que “a realização de um estágio pedagógico é visto pelo aluno estagiário como o momento mais marcante e com maior significado na sua formação como futuro profissional educativo, devido aos imensos desafios que ele encontra ao longo do mesmo”.

Este Relatório de Estágio surge com o intuito de refletir sobre a prática pedagógica, no sentido de analisar e avaliar todo o processo envolvente. Deste modo, pretendemos dar a conhecer a todos os interessados, o percurso da intervenção pedagógica, assim como do processo ensino – aprendizagem, expondo acontecimentos, métodos de trabalho, sucessos e fraquezas, dar conhecimento das atividades dinamizadas, das questões e das dúvidas levantadas no decorrer de todo percurso, o desenvolvimento de estratégias, as soluções conciliadas, expondo sempre uma apreciação crítica e reflexiva de todo o trabalho efetuado neste âmbito.

Schoon, citado por Ruas (2001), afirma que “a prática pedagógica é um contexto dotado de grande complexidade, em que intervêm variáveis de natureza diversa, tais como psicológica, sociológica e organizacional, onde o aluno estagiário tem de aprender a lidar com o imprevisto e a tomar decisões num terreno de grande incerteza, singularidade e conflito de valores”.

Este relatório não deve ser visto como estanque e fechado, cuja sua aplicabilidade não vai além da sua concetualização, mas sim como um documento em constante desenvolvimento, que pode ser aperfeiçoado, servindo como instrumento de melhoria da nossa futura atividade docente.

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Continuidade e evolução devem ser caraterísticas sempre presentes numa perspetiva profissional e pessoal, e o conjunto de aprendizagens e competências adquiridas ao longo do estágio pedagógico, são o principiar de uma nova etapa que deve continuar a ser desenvolvida.

“Atribuir à formação de professores um caráter contínuo e sistemático significa aceitar que esta acontece, com frequência e regularmente, desde as primeiras experiências de formação a que o candidato é professor e sujeito, enquanto aluno, nos bancos da escola básica e secundária, passando pela aprendizagem formal da profissão que se desenvolve nos centros de formação inicial e pelo período subsequente de indução profissional, para se prolongar por toda a sua vida profissional (formação contínua).” (Onofre, 1996, p.75)

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1. Caraterização da escola

Decorrido o primeiro contacto com todo o processo no qual o estágio pedagógico iria decorrer, de que forma iria ser orientado e de uma forma geral quais seriam as suas linhas mentoras, uma das primeiras ações realizadas consistiu em procurar conhecer a escola que nos iria receber e nos proporcionar o desempenhar da nossa função enquanto professores estagiários. Procurou-se compreender qual a realidade com que nos iríamos deparar, os recursos disponíveis, as atividades a desenvolver ao longo do ano letivo, o grupo de professores de Educação Física ao qual passaríamos a pertencer, assim como toda a dinâmica que movia a escola e os seus intervenientes.

O projeto educativo da Escola Secundária Morgado Mateus (2009), refere que esta mesma instituição entrou em funcionamento no ano letivo de 1986/1987. Trata-se de um estabelecimento de ensino de dimensão média, situado numa zona limítrofe da cidade que tem vindo a sofrer alterações na sequência de um crescimento urbano acelerado. Relativamente aos alunos que frequentam a Escola Secundária Morgado de Mateus, estes são provenientes de quinze freguesias do Concelho de Vila Real; são, predominantemente, oriundos do meio rural ainda que se verifique que tem vindo a aumentar o número de alunos residentes em zona urbana.

A oferta formativa da Escola divide-se entre o 3º Ciclo e o Ensino Secundário. A escola aposta na diversificação da sua oferta pelo que possibilita a escolha entre Cursos Científico - Humanísticos (Ciências e Tecnologias e Línguas e Humanidades), Cursos Profissionais e Cursos de Educação e Formação de Jovens e de Adultos.

A nível de recursos materiais, a escola encontra-se muito bem equipada com condições que permitem melhorar o desempenho de todos. Possui múltiplos equipamentos de novas tecnologias que possibilitam a adoção de metodologias e estratégias mais apelativas e eficazes no processo de ensino-aprendizagem.

É de louvar todos os projetos para a Comunidade Escolar (professores e alunos) e a regularidade de atividades promovidas ao longo de todo o ano letivo.

Relativamente aos recursos e às infra – estruturas desportivas, esta Escola ostenta um pavilhão polidesportivo (preparado para a ocorrência de três aulas ao

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mesmo tempo), que dispõe de uma arrecadação com todo o material desportivo necessário para a lecionação das diferentes modalidades, sendo de referir que este se encontra em muito bom estado de conservação, uma vez que a sua manutenção é muito cuidada. Dispõe de dois campos polidesportivos exteriores, um em piso asfaltado e o outro com piso em terra batida, e ainda um local denominado de “sala de expressões” (com uma tela de espelhos) que comporta várias atividades, sendo no entanto mais vocacionado para a realização de atividades no âmbito da dança, expressão corporal, realização de avaliações entre outras.

Todas estas condições favorecem uma prática desportiva de qualidade possibilitando uma dinâmica favorável para o ambiente onde as aulas se desenrolam.

2. Gestão do Processo Ensino – Aprendizagem

O professor é o orientador, o coordenador e o simplificador do processo de ensino - aprendizagem. Para que a sua orientação flua sobre os processos de construção do conhecimento, deve estar atento aos mecanismos das relações interpessoais nas interações com o educando, respeitando e adequando as tarefas às necessidades e caraterísticas dos alunos (Pinto, s/d).

No início deste processo procurou-se estabelecer alguns objetivos, sendo que relativamente à prática letiva pretendeu-se: formar alunos com capacidades críticas e de autonomia nas suas ações; privilegiar a intervenção pedagógica que fomentasse uma formação integral do aluno; reforçar uma educação física com fortes implicações nas competências sociais dos alunos.

2.1 Planeamento

Pires (1995), define planeamento como o “conjunto das ações que consistem em, a partir do conhecimento de uma situação existente, definir objetivos e prever os resultados de várias hipóteses alternativas de atuação para os atingir, escolhendo uma delas tendo em vista determinada situação ideal.”

Para Bento (2003), “o ensino mediante planificação e análise adquire os contornos de uma atividade racional e humana, mas também liberta o professor de

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determinadas preocupações, ficando disponível para a vivência de cada aula como um acto criativo.”

Após conhecimento prévio de como iria funcionar a nossa atividade letiva no referido ano de estágio, e sendo esta dividida pelos quatro elementos que constituíam o núcleo de estágio, tornou-se necessário definir e planear um conjunto de fatores de modo a organizar as nossas ações para o referido ano.

Inicialmente foi efetuado um planeamento anual e geral para todos os elementos constituintes do núcleo, uma vez que todas iríamos lecionar nas quatro turmas disponíveis. Este planeamento foi realizado com a orientação do professor Carlos Pires. Deste modo foi possível partir do geral para o específico e organizarmos o nosso tempo e o nosso trabalho em prol das funções a desempenhar nas referidas turmas.

No que concerne às turmas, estas formavam um total de quatro (como referido anteriormente), sendo que duas turmas eram pertencentes ao ensino científico – humanístico do 10º ano de escolariedade (10º A e 10º B), e duas turmas pertencente ao ensino profissional (12º Pro – A) e a turma do 11º ano (11º Pro – E).

Assim que tivemos conhecimento das turmas que nos iriam ser atribuídas, de imediato recebemos uma surpresa que se veio a tornar num desafio e num projeto de crescimento profissional mais abrangente. Esta tratava-se do facto da turma do 11º Pro – E ser uma turma à qual a disciplina a lecionar não seria a Educação Física mas sim uma outra denominada de “Gestão de Instalações e Equipamentos Desportivos”, sendo esta na sua globalidade uma disciplina de carater teórico.

Desde logo, o planeamento passou por saber quando e em que moldes iriamos abordar cada turma, quais as unidades didáticas a lecionar, quais os métodos de avaliação incrementes, entre outros.

No que concerne às tarefas de planeamento realizadas ao longo do ano letivo, quer a longo, quer a curto prazo (planeamento anual, unidades didáticas, planos de aula) esteve sempre presente o objetivo de adequar o processo de ensino aprendizagem às caraterísticas e especificidades únicas de cada turma e de cada aluno, atendendo não só ao enunciado dos programas oficiais, como também à análise dos dados recolhidos em vários momentos, procurando definir novos objetivos, conteúdos, metodologias e estratégias de ensino adaptadas à realidade do contexto em que nos encontrávamos.

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Toda a planificação partiu de uma sequência lógica (do mais geral para o mais específico, do mais simples para o mais complexo). Desde já devemos realçar que todas as orientações iniciais apresentaram sempre um caráter flexível, sendo reajustadas sempre que necessário, ao longo da modalidade/módulo/ano letivo com o intuito de responder às necessidades e especificidades das turmas.

2.2 Unidades Didáticas

No que respeita à disciplina de Educação Física, adotando os modelos estudados durante os anos precedentes ao estágio, na Universidade de Trás – os – Montes e Alto Douro e adaptando esses mesmos modelos às necessidades e aos novos métodos da Escola Secundária Morgado Mateus, as Unidades Didáticas constituíram uma ferramenta de trabalho essencial à orientação da intervenção pedagógica pelo facto de nela constarem os objetivos a atingir, os conteúdos a lecionar, a estruturação dos mesmos, as estratégias gerais e específicas a aplicar, os métodos de controlo de todo o processo, assim como os momentos de avaliação.

Com a confeção destes documentos pretendeu-se obter uma ferramenta prática resultante não só da análise ao Programa Nacional de Educação Física e às diversas condicionantes derivadas dos recursos espaciais, materiais, temporais e humanos, como também da avaliação diagnóstica realizada no iniciar de cada modalidade, procurando construir um documento o mais específico e adequado às caraterísticas e dificuldades evidenciadas pelos alunos em particular e pela turma em geral.

Neste âmbito, os aspetos essenciais comtemplados na planificação das unidades didáticas passaram por inicialmente realizar uma análise da matéria/modalidade a abordar, nomeadamente no que respeita à sua origem, história, gestos técnicos, conteúdos técnicos/táticos, assim como regras.

Constituindo a avaliação diagnóstica um parâmetro fundamental para o ajuste e adaptação dos conteúdos e objetivos a alcançar, após apreciação e análise da mesma procedeu-se à definição de competências terminais e objetivos diferenciados em função dos níveis de aprendizagem evidenciados. Por sua vez, de forma a alcançar as metas propostas, elaborou-se uma extensão de conteúdos por aula, contemplando as estratégias específicas a privilegiar, procurando assim aplicar a

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diferenciação do ensino como forma a promover a igualdade de êxito nas aprendizagens.

A planificação das Unidades Didáticas ocorreu sempre em consonância com os programas oficiais, com o professor orientador, mas com a autonomia necessária de cada estagiária para proceder à elaboração da extensão e sequência dos conteúdos. Esta contemplou ainda a definição e calendarização de momentos e estratégias de avaliação.

Relativamente à disciplina de Gestão de Instalações e Equipamentos Desportivos, esta subdividia-se em 4 módulos, sendo que cada estagiária lecionaria um deles: Módulo “Gestão de Grandes Campos de Jogos”, Módulo “Gestão de Ginásios e Centros de Lazer”, Módulo “Gestão de Complexos Desportivos” e Módulo “Aquisição de Materiais e Equipamentos Desportivos”. Não muito diferente do planeamento de Educação Física, foi realizada primeiramente uma planificação anual, que continha a calendarização dos módulos em geral assim como dos assuntos e os principais temas a abordar, e posteriormente planificações mais específicas como a estruturação de conteúdos definindo quais os assuntos a lecionar em cada aula. Também os momentos de avaliação foram previamente definidos, planeados, estruturados e reajustados em função do tempo, das dificuldades e dos resultados dos alunos. A seleção de estratégias foi criteriosamente pensada para que o processo de ensino – aprendizagem fosse o mais profícuo possível. É de salientar que o planeamento respeitante a esta disciplina foi flexível e reajustado sempre que necessário e à medida que os módulos se desenrolavam.

De referir que as modalidades abordadas em Educação Física neste ano letivo pelo núcleo de estágio em geral foram o Andebol, Corfebol, Orientação, Ginástica, Condição Física, Dança, Futsal e Râguebi.

A título individual foram lecionadas as modalidades de Andebol, Corfebol, Condição Física e Dança na disciplina de Educação Física e o Módulo “Aquisição de Materiais e Equipamentos Desportivos” na disciplina de Gestão de Instalações e Equipamentos Desportivos.

Consideramos que a elaboração das Unidades Didáticas constituiu um forte elemento para que o nosso processo de trabalho se desenvolvesse numa base sólida, consolidando uma série de vias de suporte para a lecionação das respetivas

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modalidades e/ou módulos. A principal dificuldade denotou-se principalmente no iniciar do ano letivo, onde a seleção de estratégias, conteúdos e objetivos ainda não eram bem claros e as dúvidas surgiam com alguma frequência. No entanto, à medida que o tempo nos fazia crescer, aprender e assimilar, e com a cooperação do professor orientador todo o trajeto se tornou mais simples, mais eficaz e mais proveitoso.

2.3 Planos de Aula

De acordo com Aranha (2004), a constituição dos planos de aulas deve incluir os respetivos pontos: escola de lecionação, professor responsável, data e hora da aula, ano e turma a que a aula vai ser lecionada, número de aula a que corresponde e respetiva Unidade Didática, instalação onde a aula vai ocorrer, objetivos específicos que se pretendem atingir, função didática, conteúdos a lecionar, objetivos operacionais, e por fim material necessário.

Um plano de aula deve ser um documento prático e objetivo, que sirva como uma ferramenta de auxílio à atuação do professor, devendo conter informações relevantes e que vão de encontro a essa operacionalidade. A elaboração de um plano de aula encontra-se dependente de quem o concebe, visto que o mesmo deve procurar ser algo funcional para quem o utiliza, servindo assim como um guião da aula que vai ser lecionada.

Seguindo a linha orientadora na elaboração de um plano de aula, respeitando as diretrizes estabelecidas pela Universidade, este entrava muitas vezes em desacordo quando aplicado na escola secundária onde se procedia o estágio. Inicialmente houve alguma indefinição da nossa parte em relação àquilo que deveria estar incluído nos planos de aula, o que levou a que os planos iniciais possuíssem bastante informação, estando inclusivamente muito descritivos e detalhados, tornando a sua consulta em situação de lecionação trabalhosa. Não obstante, ao longo do ano letivo, fomos aperfeiçoando a sua concretização, procurando ajustar a informação colocada, de acordo com a operacionalidade que lhe oferecíamos.

Desta forma, todas as adaptações e ajustes que tivemos em conta ao longo do processo de composição dos planos de aula, contribuíram para a construção de um instrumento de consulta que se mostrou bastante útil nas aulas e como

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instrumento base para o futuro. Ainda assim, apesar de procurarmos sempre antever todas as variáveis passíveis de ocorrer em contexto de aula, temos perceção que o espaço de aula é um sistema aberto, suscetível à ocorrência de inúmeros fatores que influenciam o seu funcionamento assim como a forma em que esta se desenrola. Desta forma, foram muitas as vezes que houve a necessidade de recorrer à capacidade de adaptarmos os nossos procedimentos e a nossa ação às situações que não tinham sido equacionadas.

Assim, devemos salientar que prender a nossa atuação apenas ao que se encontra descriminado no plano de aula não é de todo a melhor opção, temos também de ser capazes de ajustar a nossa ação às diferentes situações que ocorrem durante as aulas, devendo assim existir um equilíbrio indulgente entre a utilização dos planos de aula e a capacidade de nos adaptarmos aos vários contextos que possam surgir.

3. Evolução do Processo Pedagógico

Uma vez que as intenções pedagógicas e as ações do professor e dos alunos nem sempre são congruentes, é necessário e realmente importante analisar uma série de fatores que influenciam a eficácia da prática pedagógica.

Como professores estagiários, revelando inexperiência a nível pedagógico, é de extrema importância analisar/compreender os diferentes padrões de ação e de tomada de decisão, bem como os resultados ou imperfeições alcançados ou resultantes de cada um deles. É essencial perceber, até que ponto a nossa intervenção pedagógica varia no espectro dos estilos de ensino e qual a sua adequabilidade tendo em conta os variados contextos. Assim, o estágio pedagógico constitui à partida uma excelente oportunidade de aperfeiçoar e utilizar na prática uma série de conceitos abordados na área da pedagogia.

Como Sena Lino (2008) refere, “o ensino é algo que corresponde a uma série de tomadas de decisão, quer sejam elas de pré-impacto, impacto ou pós-impacto”. Essas decisões são tomadas de variadas formas e diferentemente aplicadas em função do contexto e/ou situação, e estas foram modificadas, aperfeiçoadas e mais desenvolvidas consoante as competências adquiridas durante o estágio pedagógico.

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Nesta conjuntura, a evolução do processo pedagógico fez-se a um ritmo acelerado, crescente e proficiente, mas que necessitou de uma forte base de análise para sua constante modificação, reestruturação com vista na melhoria do processo ensino – aprendizagem.

3.1 Balanço de Aula

Findada cada uma das aulas lecionadas, era concretizado um pequeno balanço da atuação na mesma em que expúnhamos os aspetos da nossa ação que considerávamos terem sido positivos e negativos, deixando sempre sugestões, recomendações e soluções que considerávamos pertinentes para as aulas futuras. Estes balanços aportavam vários parâmetros como: as estratégias utilizadas nas aulas lecionadas, os feedbacks transmitidos, o comportamento e empenhamento dos alunos, a gestão do tempo de aula e da atividade motora, as dificuldades sentidas pelos alunos, as dificuldades sentidas pela professora, as alterações realizadas ao plano de aula, o controlo da turma e a capacidade de adaptação às diversas ocorrências da aula. Através da análise destes parâmetros, procuramos melhorar sempre e de aula para aula o processo de lecionação, identificando aspetos ou ocorrência das aulas que condicionavam a nossa forma de atuar, ou mesmo situações da própria aula que eram merecedoras de algum tipo de destaque, quer pelo seu sucesso, quer pelo seu insucesso. Com a observação e análise crítica destes parâmetros, a intervenção pedagógica não só foi aperfeiçoada e melhorada dia para dia, como a nossa confiança e profissionalismo foram aumentados exponencialmente.

3.2 Estilos de Ensino

Segundo Amaral e Barros (2007), pensar na quantidade de formas de aprendizagem atuais, exige - nos atender às diversidades e as individualidades pessoais no contexto da sociedade, que são compostas por referenciais sobre competências e habilidades, formas de construção do conhecimento, uso de tecnologias, multiculturalidade e demais teorias e referenciais que privilegiam ou tenham como abordagem o indivíduo e o seu desenvolvimento integral.

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Assim, os estilos de aprendizagem de acordo com Alonso e Gallego (2002), são rasgos cognitivos, afetivos e fisiológicos, que servem como indicadores relativamente estáveis de como os alunos percebem, interagem e respondem aos seus ambientes de aprendizagem.

Uma vez que, e como já foi referido anteriormente, as quatro turmas passariam “pelas nossas mãos”, os estilos de ensino tiveram que ser adaptados e empregues consoante as caraterísticas de cada turma e de cada aluno. Posto isto, e de uma forma geral os estilos de ensino mais frequentemente adotados foram o estilo de ensino por Tarefa, Recíproco e Inclusivo, incluindo também neste âmbito a disciplina de caráter teórico de Gestão de Equipamentos e Instalações Desportivas.

No estilo de ensino por Tarefa, procurámos criar situações de aprendizagem em que os alunos realizassem as tarefas solicitadas procurando o maior sucesso possível, onde a nossa atuação apoiava-se na transmissão de feedbacks individuais, acompanhando a evolução de cada um dos alunos. As situações de aprendizagem em que este estilo de ensino era maioritariamente utilizado, eram situações que primavam pela individualidade, como por exemplo alguns exercícios de condição física, ou mesmo de dança.

Quanto ao ensino Recíproco, as situações de aprendizagem eram realizadas em grupos, em que os objetivos passavam por desenvolver uma capacidade de transmissão de feedback por parte dos alunos, visto que o auxílio nas tarefas era feito pelos colegas de grupo. Esta forma de trabalho nas aulas permitia-nos criar relações de sociabilização e companheirismo dentro das turmas, proporcionando a melhoria das relações de respeito, através de atitudes de interajuda, de cooperação e de cordialidade.

Referente ao estilo de ensino Inclusivo, a sua aplicação teve o intuito de, através das mesmas tarefas, diferenciar os objetivos a atingir de acordo com os níveis de proficiência dos alunos, promovendo assim uma maior individualização do ensino, ou seja, procurámos através das tarefas quer de caráter motor, no que respeita à disciplina de Educação Física, quer de caráter teórico, no que respeita a disciplina de Gestão de Instalações e Equipamentos Desportivos, criar as condições necessárias e diferenciadas para que os alunos tivessem sucesso na sua concretização, adequando essa tarefa às suas capacidades individuais.

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O estilo de ensino por Comando, embora empregue com menor frequência, foi também aplicado sempre que houve necessidade, e sobretudo no primeiro contacto com as turmas, em que foi notório, em principalmente uma das turmas, alguma resistência por parte dos alunos às regras de funcionamento da aula.

A maior dificuldade sentida neste âmbito existiu quando a dúvida figurava no momento da tomada de decisão, para mudança de alguma atitude ou ação perante ocorrências ou tarefas que não estivessem a ter o resultado pretendido. No entanto e com a orientação do professor responsável, estas dificuldades foram desvanecendo, tornando-se cada vez mais acessível lidar com situações inesperadas e adaptar a ação ao necessário.

A título individual, no que concerne às modalidades lecionadas, foi na Dança e na respetiva turma do 12º Pro - A que inicialmente se verificou uma maior necessidade de utilizar o ensino por Comando. Esta turma veio a apresentar-se como um desafio, por se caraterizar ser composta por alunos desmotivados, pouco interessados e pouco empenhados. No primeiro contacto com a turma para lecionar o módulo de Dança, estas particularidades foram realmente visíveis e sentidas, pelo que as estratégias tiveram que ser adaptadas de modo a alcançar os objetivos definidos. Uma vez que no programa nos era dada a indicação que as danças a abordar deveriam enquadrar-se nas danças tradicionais portuguesas e nas danças sociais, a escolha das danças a lecionar foi pensada e preferida de acordo com as capacidades dos alunos (denotadas na aula de avaliação diagnóstica), e também no seu curso profissional específico, que se denominava de Técnico de Apoio à Infância. Assim, a dança tradicional portuguesa do “Malhão” e a dança social “Rumba Quadrada” foram as eleitas para abordar neste referido módulo.

Inicialmente, tudo parecia complicado e o receio de não conseguir motivar aqueles alunos para uma modalidade que a priori elegeram como sendo a que menos gostavam, era um sentimento muito presente. Foi então que a definição de estratégias começou a ganhar corpo, e ao serem aplicadas tudo se alterou.

A utilização de jogos lúdicos nos exercícios de aquecimento, para que pudessem ser aplicados no futuro no exercício da profissão a que se destina o referido curso profissional, foi uma das estratégias utilizadas para que os alunos ficassem motivados e vissem a dança com outros olhos e com um horizonte mais alargado. Deste modo, conseguimos que os alunos se empenhassem na tarefa logo

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no iniciar da aula, e também que ficassem com conhecimentos de exercícios lúdicos que poderiam aplicar em situações com crianças. Estes exercícios primaram sempre pelo acompanhamento musical e também pelo cariz de coordenação motora, predispondo assim de forma discreta os alunos para a aula de dança efetiva.

Outra das estratégias utilizadas baseou-se em recorrer a exercícios de expressão corporal e expressão rítmica com intuito de ativar o corpo e a mente para as danças selecionadas de uma forma divertida, inibindo assim os alunos de tabus, vergonha e timidez.

Estas estratégias foram empregues em todas as aulas, sendo modificadas e melhoradas de aula para a aula. A título de exemplo de uma aula, o aquecimento iniciou-se com exercícios de expressão corporal e coordenação rítmica: principiou-se ao colocar uma música animada à qual se juntou uma simples coreografia com passos básicos de aeróbica, com intuito de aquecimento e ativação geral do corpo, após termino desta aludida música, solicitou-se o silêncio dos alunos e recorreu-se à ajuda do som da nossa própria voz, entoando as letras vogais uma a uma, cantando-as de maneira prolongada. Após repetição dos alunos do som emitido pela nossa própria voz, realizou-se movimentos corporais soltos de modo a “soluçar” a voz e assim dispor os alunos para a prática, mais descontraídos e sem inibições. Inicialmente os alunos mostravam-se pouco recetivos a estes exercícios, pois sentiam-se envergonhados e desconfortáveis em soltar o corpo em movimentos libertos e descontrolados, mas à medida que se repetia a adesão foi completa e a descontração corporal foi notória. Exercícios de coordenação motora e perceção rítmica, como sequências de palmas, estalar de dedos, movimento de braços, entre outros foram muito utilizados. Brincadeiras rítmicas como os jogos do “Peito, Estala, Bate” e “Soco, Bate e Vira”, ou pequenas danças e jogos de roda como o “Indo eu a caminho de Viseu”, foram também realizadas para desenvolver capacidades motoras nos alunos, apelando assim à dinâmica de grupo, interação de pares e a preparar os alunos para a função rítmica das danças a lecionar. Um dos exercícios também apresentado neste âmbito, com o principal intuito de desinibir os alunos, proporcionando-lhes um momento de diversão e com um toque de caráter competitivo consistiu em: com uma faixa de música a tocar, onde foram previamente selecionados diferentes géneros musicais, e consequentemente diferentes tipos de dança, os alunos organizados num círculo, deveriam ir ao meio (um a um, sempre

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que o género de música mudava) e dançar o que a música transmitia, expressando-se corporalmente; os alunos que obexpressando-servavam na roda teriam que imitar o colega que se encontrava no centro a desempenhar a tarefa.

Á medida que as aulas decorriam a motivação dos alunos demonstrou-se deveras crescente, o ensino por Comando foi substituído pelo ensino por Tarefa e pelo ensino Recíproco e o que no início parecia ser uma tarefa quase inexequível, veio a demonstrar-se um sucesso, onde os alunos se aplicaram, demonstrando gosto na aprendizagem e no final realizaram as coreografias das danças propostas com satisfação e obtendo resultados com verdadeiro sucesso.

3.3 Avaliação e Controlo

Segundo Aranha (2005), “a avaliação é um regulador por excelência de todo o processo ensino-aprendizagem”. O despacho normativo nº 6/2010, de 19 de Fevereiro, define a avaliação como um “elemento integrante e regulador da prática educativa, permitindo uma recolha sistemática de informações que, uma vez analisadas, apoiam a tomada de decisões adequada à promoção da qualidade das aprendizagens”.

Uma vez que a avaliação e o controlo nas aulas de Educação Física são procedimentos inerentes à prática letiva, foi-nos delegada a responsabilidade de orientar e executar todo este processo de forma a nos envolvermos em todas as implicações associadas à sua realização, bem como as dificuldades que se sentem na construção e aperfeiçoamento de uma avaliação adequada e congruente, tendo em conta todas as ações dos alunos ao longo das aulas.

Ao situarmos a avaliação das aprendizagens no contexto da intervenção pedagógica, devemos considerá-la enquanto processo que nos permite recolher as informações necessárias à orientação, regulação e controlo da aprendizagem e desenvolvimento dos alunos. Desta forma, e tendo em conta estes pressupostos, não os podemos dissociar dos vários momentos avaliativos que teremos que pôr em prática ao longo do ano letivo.

De acordo com os parâmetros estabelecidos pela Escola Secundária Morgado Mateus para a avaliação nas aulas de Educação Física, e respeitando a ponderação de valor de cada um deles, a avaliação foi formalizada em três

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domínios: o Domínio Socio – Afetivo, o Domínio Cognitivo e o Domínio Motor. O primeiro comporta a assiduidade às aulas, a pontualidade, a participação, a atenção, a comunicação, a responsabilidade, o respeito e o civismo, o segundo abrange a realização de um teste escrito (teórico), e o último compreende a avaliação das destrezas (registadas numa avaliação formativa, com registos ao longo das aulas, e o resultado do teste prático final (avaliação prática).

Segundo Januário (1984), existem três tipos de avaliação que podem servir a Unidade Didática: inicial (diagnóstico geral da turma identificando os pré-requisitos para a aprendizagem); de processo (adquirir informações necessárias ao reajustamento do processo de ensino – aprendizagem); e final (não deve medir os níveis de desempenho que os alunos já possuem mas deve por outro lado, ser referente aos objetivos terminais da Unidade Didática). Também no nosso estágio tivemos em conta estes três tipos de avaliação no que concerne às aulas de Educação Física, utilizando denominações diferentes, mas com iguais finalidades. Assim, encaminhámos esse processo ao longo do ano letivo através da realização da Avaliação Diagnóstica, da Avaliação Formativa e da Avaliação Sumativa.

Para cada Unidade Didática realizada, utilizámos estes três tipos de avaliação, sendo que sempre que iniciámos uma Unidade Didática diferente, efetuámos uma avaliação Diagnóstica inicial das capacidades dos alunos nas modalidades que a constituíam, uma avaliação Formativa em todas as aulas lecionadas e uma avaliação Sumativa no término da respetiva Unidade Didática.

Para cada uma das respetivas avaliações foram construídas fichas de controlo para registo diário, quer de comportamentos e atitudes, quer registos a nível das destrezas físicas. No que concerne às avaliações diagnósticas e sumativas realizadas nas respetivas Unidades Didáticas, foram realizadas fichas de classificação cujo conteúdo era referente às modalidades abordadas, sendo que era efetuada uma comparação entre os resultados iniciais obtidos e os finais, de forma a verificar se tinha existido uma evolução, ou não, desses conteúdos. Contudo, para análise da evolução dos alunos, esses resultados registados não eram os únicos que tínhamos em conta, visto que sabíamos que essas avaliações eram relativas a um momento único de avaliação, pelo que muitas variáveis poderiam influenciar os resultados obtidos.

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Relativamente à avaliação e controlo da disciplina de Gestão de Instalações e Equipamentos Desportivos, a avaliação passou por dois domínios: o domínio Sócio Afetivo e o domínio Cognitivo. Dos parâmetros avaliados relativamente ao domínio Sócio Afetivo, constaram a assiduidade, a pontualidade, o respeito, a responsabilidade, o empenho e a iniciativa. Já no que respeita ao domínio Cognitivo, foram tidos em conta parâmetros como a realização e a aplicação prática de fichas de trabalho (realizadas no decorrer das aulas), um trabalho escrito por módulo, a sua apresentação e respetiva defesa, e por fim a realização de um teste teórico.

O processo de avaliação acompanhou-nos durante todo o Ano Letivo, ocorrendo em todas as atividades realizadas e durante todas as aulas lecionadas, quer nas aulas de Educação Física, quer nas aulas de Gestão de Instalações e Equipamentos Desportivos, recorrendo a um sistema de avaliação apoiado na divisão de alguns itens estabelecidos (como indicado acima). No final foram somados e ponderados todos os registos e comportamentos e transferidos para uma folha de cálculo Excel com uma escalda de 0 a 20 valores definindo a avaliação final. No respeita à disciplina de Educação Física, existiu uma avaliação critério diferente para os alunos portadores de atestado médico.

3.4 Observação e Assistência às Aulas

Uma das tarefas definidas nas linhas programáticas do nosso estágio pedagógico consistiu na realização de um conjunto de observações aos colegas do grupo de estágio em que estávamos inseridos, assim como também ao professor orientador. Uma vez que não nos foi permitida a observação das aulas do orientador cooperante da escola, estas não puderam ser realizadas, ficando assim sem efeito. Não obstante, as observações às colegas foram concretizadas formalizando-se um total de 90 observações espelhadas num registo anedótico e numa hétero – avaliação, sendo que estas observações foram dividas num total de 30 registos anedóticos a cada colega de estágio. Contudo, a observação das práticas pedagógicas não se cingiram a apenas estas 90 presenças e registos, pois mesmo após o término das mesmas, a nossa presença e observação nas aulas dos restantes elementos do núcleo de estágio permaneceu até praticamente ao final do ano letivo.

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O método utilizado para registo da observação das aulas foi uma ficha que continha uma grelha para registo anedótico, dividida em duas colunas (tempo e descrição do acontecimento), uma grelha de hétero – avaliação com os parâmetros: introdução da aula, mobilização dos alunos para as atividades, organização, controlo e segurança das atividades, regulação das atividades, linguagem utilizada, sequência da aula, conclusão da aula e concordância com o plano de aula (sendo atribuído a cada item uma pontuação de 0 a 3, resultando numa nota de hétero – avaliação de 0 a 20 valores), e também o cálculo do tempo disponível para a aula e o tempo empregue em atividade motora.

Este parâmetro do nosso estágio pedagógico teve a intenção de propiciar a aquisição de um conjunto de competências, não só ao nível da representação de um papel de observador, através da análise crítica e avaliação das diversas componentes que compõem as aulas, mas também ao nível de observado, recebendo os dados recolhidos pelos colegas e atuando sobre as principais dificuldades sentidas no nosso desempenho como docentes da disciplina de Educação Física.

Aranha (2005) refere que a observação deve ser uma competência fundamental dos professores, pela sua importância não só ao nível da análise da prestação dos alunos, mas também da avaliação dentro da própria prática docente. A autora afirma mesmo que “quem não sabe observar não consegue analisar, avaliar nem identificar erros - os seus, os dos seus alunos ou dos seus atletas, e, por conseguinte, não consegue melhorar prestações, ou seja, não evolui” (Aranha, 2005, p.5).

Segundo Sarmento (2004) “a necessidade de observar os intervenientes pedagógicos advém de querer colher informações sobre o seu comportamento”. Este motivo revelou-se como uma das nossas principais preocupações ao longo da prática letiva. Através das observações feitas aos colegas do grupo de estágio, procurámos contribuir para uma melhoria da sua intervenção pedagógica, identificando aspetos que influenciassem a qualidade de ensino e criando uma relação de interação recíproca através da troca de ideias e opiniões, com vista a esse melhorar e alcançar esse objetivo.

Com este conjunto de observações realizadas ao longo de todo o ano letivo, procurámos através da entreajuda criada dentro do grupo de estágio, potenciar a

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qualidade da nossa prática pedagógica, detetando situações que ocorressem dentro das aulas do colega que fossem passíveis de modificação ou melhoria, aplicando diferentes estratégias de intervenção, tendo sempre em vista o aperfeiçoamento do nosso processo evolutivo enquanto professores.

Todas as informações registadas em cada uma das aulas observadas foram transmitidas ao colega em questão, envolvendo uma reflexão crítica e uma troca de ideias imediata, geralmente logo a seguir a cada uma das aulas. Essa transmissão imediata dos registos efetuados permitiu que o colega observado tivesse uma consciencialização apropriada do seu procedimento na aula, em relação ao que tinha corrido bem, mas também daquilo que haveria de ser tido em conta na aula seguinte, sendo passível de melhoria.

Uma vez que a forma como decorreu o nosso estágio pedagógico permitiu e ditou que os 4 elementos do grupo de estágio tivessem de lecionar nas 4 turmas, levou a que considerássemos que o constante acompanhamento do desenvolvimento evolutivo de cada um dos colegas era essencial, numa perspetiva de auxílio e cooperação, visto que a partilha das turmas era um ponto em comum entre as quatro, pelo que os dados obtidos nas aulas das colegas podiam trazer benefícios a ambas as partes.

Acreditamos que através das modificações nos comportamentos do professor, consequentes das informações e dados registados em cada uma das observações, conseguimos também potenciar modificações nos comportamentos dos alunos, nomeadamente a nível dos seus comportamentos na aula, e no seu empenhamento nas tarefas solicitadas. Assim, a assistência das aulas levou não só a uma melhoria da atuação dos estagiários na sua prática docente, mas também permitiu que se criassem as condições dentro das aulas para que o sucesso dos alunos fosse possível, atingindo assim os objetivos definidos para eles ao longo do ano letivo.

4. A Disciplina de Gestão de Equipamentos e Instalações

Desportivas

A tarefa de lecionar uma disciplina que não a Educação Física, constituiu logo à partida um grande desafio e uma batalha a vencer. Assim que distribuídas as tarefas pelos elementos do núcleo de estágio e também depois de atribuído a cada

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elemento o módulo a lecionar da referida disciplina (Gestão de Instalações e Equipamentos Desportivos), iniciou-se de imediato um processo de pesquisa, estudo e preparação prévia para levar avante este projeto. O delineamento de estratégias, métodos, meios e alternativas para utilizar nas aulas, foi pensado, estruturado e concretizado com base no conhecimento previamente adquirido durante a nossa formação académica. A pesquisa e o estudo foram constantes, e a cada aula o empenho e iniciativa aumentavam gradualmente com vista a melhorar a nossa atuação perante uma tarefa que inicialmente não nos era confortável.

Nesta perspetiva e uma vez que esta disciplina se carateriza pelo seu cariz teórico, a título individual a primeira opção foi pensar, selecionar, preparar e estudar muito bem e com a antecedência necessária todas as matérias e métodos a aplicar na referida turma, evitando assim dificuldades de valor acrescido durante a lecionação das aulas. Iniciou-se então o percurso de pesquisa, aglomerando uma base de dados que constituiria futuramente a base do nosso trabalho a aplicar nas aulas; compuseram-se e organizaram-se todas as fichas necessárias, estruturando os conteúdos, as matérias e as avaliações previstas para aplicar no desenrolar das lições.

As dificuldades começaram logo no primeiro contacto, pois o contexto de sala de aula desta disciplina era bem diferente ao que estaríamos aclimatados.

Numa primeira aula a opção passou por organizá-la de uma forma mais interativa e criativa, com o fim de cativar os alunos para os conteúdos a desenvolver; para tal utilizou-se uma apresentação com um programa denominado de PREZI que continha vídeos apelativos aos conteúdos, como materiais, grandes instalações desportivas, espetáculo desportivo entre outros. Incitou-se o máximo possível a interação com os alunos. Consideramos que os objetivos desta aula foram atingidos, mesmo que o “nervoso miudinho”, embora que dissimulado, tenha estado presente. Ainda nesta primeira aula foram deixadas claras as normas da avaliação, datas a cumprir, penalizações no incumprimento, e todas as principais regras a cumprir para que todos pudéssemos terminar o módulo com sucesso.

Das estratégias utilizadas, optamos por lecionar as aulas recorrendo a apresentações de Power Point, onde disponibilizávamos os assuntos abordados durante as mesmas. No final de cada semana, era enviando religiosamente o conjunto das apresentações das 5 aulas para todos os alunos via e-mail, para que

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estes pudessem sempre ter acesso aos conteúdos a tempo e horas de estudar e de esclarecer duvidas.

No que respeita à avaliação e como já foi referido anteriormente no parâmetro da Avaliação e Controlo, esta seguiu os critérios estabelecidos pela escola e também os utilizados nos módulos anteriores, onde aplicamos fichas de trabalho, um teste de avaliação, um trabalho de grupo e a sua apresentação e defesa oral.

Dos resultados positivos e elevados da ficha de trabalho, concluímos que o seu grau de dificuldade não tenha sido excessivamente exigente, e pelo feedback dos alunos durante as aulas teóricas, consideramos que as matérias, apesar de um pouco mais maçudas e de maior carga teórica que nos módulos anteriores, foram bem compreendidas e apreendidas. No que respeita ao teste de avaliação, os resultados foram também positivos com apenas uma nota de cotação negativa; na realização desta avaliação o grau de exigência foi mais elevado, sendo que o grau de dificuldade do teste em nada se comparava à ficha de trabalho, sendo este claramente mais elevado. Assim, consideramos que os resultados foram positivamente satisfatórios e que o grau de exigência aplicado foi adequado aos alunos.

Outra das estratégias adotadas foi a constituição de grupos de trabalho, para realizar uma pesquisa e desenvolver um determinado tema, promovendo assim o trabalho em equipa, a cooperação entre pares, a entreajuda e o empenho de todos os alunos.

Respetivamente aos trabalhos de grupo verificou-se um grupo com nota negativa, uma vez que o seu nível de trabalho foi muito reduzido e o empenho no mesmo quase nulo, logo estes alunos foram penalizados. Não obstante, os restantes grupos mostraram e apresentaram trabalhos interessantes e de cariz criativo, sendo que um grupo de destacou com uma nota elevada de 18 valores, numa escala de 0 a 20 valores.

No que concerne às principais dificuldades sentidas, consideramos que lecionar as aulas de modo atrativo e interativo foi o que se denotou mais árduo. A preparação para as mesmas, envolveu também muito trabalho e dedicação da nossa parte, mas que veio a ser recompensado no desenrolar das lições, e também pelo feedback positivo dos alunos e das suas avaliações. Observamos que aquando a realização dos trabalhos de grupo, o grau de exigência e o empenho em motivar

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os alunos deveria ter sido maior, de modo a que estes desenvolvessem o seu trabalho com maior afinco, evitando assim o resultado negativo.

A nível de postura e presença perante a turma, pensamos ter conquistado o respeito dos alunos, assim como a sua colaboração para que as aulas fossem o mais produtivas possível. O sentimento de conforto na lecionação do módulo foi sentido cada vez mais, de aula para aula, até qualquer género de nervosismo ou inquietação ter desaparecido.

Consideramos que esta experiência constituiu uma principal fonte de conhecimento e crescimento enquanto futuros professores, aumentando assim os nossos horizontes e bagagem a nível profissional.

Em suma e tendo em conta todos os aspetos referidos e os que ficam por mencionar, consideramos ter contribuído no processo de aprendizagem destes alunos e sobretudo no nosso, apreendendo assim estratégias e métodos que poderemos aplicar mais vigorosamente nas aulas futuras, e corrigindo ou eliminando situações menos proveitosas ou mal empregues, de modo a melhorar a nossa prestação enquanto professores, e consequentemente o sucesso dos alunos.

5.

Tarefas de Estágio de Relação Escola – Meio

5.1 Estudo de Turma

O estudo e caracterização da turma tem como principal objetivo estimar as condições de cada aluno integrado na comunidade escolar. É um documento que serve de apoio ao Diretor de Turma, na identificação da constituição da turma no geral e reconhecimento de casos específicos, ajudando na delimitação de estratégias para uma melhor aprendizagem e compreensão dos alunos.

De acordo com Roldão (1995), a caraterização de uma turma deverá ser elaborada no início do ano letivo, pelo respetivo diretor de turma, concedendo ao conselho de turma informações pertinentes, ajudando no planeamento necessário à organização e estruturação das diversas atividades a desenvolver com os educandos. A caraterização da turma deverá ser objetiva e incidir sobre dados significativos. Por um lado, deve ser informativa das caraterísticas dos alunos e justificativa quanto aos recursos existentes. Por outro lado, deve permitir o

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levantamento das aprendizagens de modo a que o professor fique com a informação sobre o que eles sabem, quais as suas dificuldades, se há ou não alunos com Necessidades Educativas Especiais, se existem alunos com capacidades acima da média e outras apreciações pertinentes. Os objetivos deste levantamento permitem também o conhecimento do contexto familiar, sociofamiliar e social dos alunos, identificando as suas possibilidades e dificuldades no sentido de delinear estratégias de ajuda/trabalho e possíveis atividades extracurriculares com a participação e intervenção dos pais.

Também nós passamos pela experiência da concretização de um estudo de turma. Uma vez que todos os elementos do núcleo de estágio lecionariam nas quatro turmas atribuídas, cada um realizou o seu estudo de turma na primeira turma onde iniciou o processo de ensino – aprendizagem, e posteriormente trocamos as caraterizações das turmas, passando a informação mutuamente.

A elaboração de uma Ficha Individual do Aluno, foi uma das formas escolhidas para auxiliar na caraterização da turma. Esta ficha/ inquérito foi formulada com vista a traçar o perfil da turma estudada, servindo também para analisar o contexto escolar e todo o meio envolvente que atua diretamente na formação dos alunos, seja o seu enquadramento familiar, situação financeira, hábitos, a sociedade a que pertence, entre outros aspetos considerados relevantes, muitas vezes encontrando algumas justificações para determinados comportamentos e servindo para traçar critérios que possam ajudar a tornar o ensino e a aprendizagem um sucesso.

Partindo-se do princípio que a estrutura real de um grupo é determinada pelas relações de afinidade e de não-afinidade, que existem entre os seus diversos elementos, os testes sociométricos permitem captar as relações espontâneas, destacando, ainda, a posição de cada indivíduo no grupo, em função dessas relações (Estrela, 1984). Neste contexto, a aplicação de um questionário sociométrico, foi também uma estratégia utilizada para a realização do Estudo de Turma, permitindo-nos perceber quais os alunos mais e menos solicitados, e assim selecionar estratégias visando a melhoria da relação e cooperação entre alunos e consequentemente o sucesso nas tarefas propostas.

Se como professores, considerarmos todos estes fatores, haverá maior compreensão em relação aos comportamentos e resultados escolares dos alunos e,

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consequentemente haverá um maior esforço maior por parte do professor, para delinear estratégias que possibilitem o desenvolvimento, a todos os níveis, de cada um dos alunos.

De acordo com o proposto, os parâmetros analisados pretenderam referir dados relativos à identificação dos alunos, identificação do encarregado de educação, agregado e situação familiar, demarcar o percurso escolar, definir a sua motivação/interesse na Escola que se insere, circunscrever a ocupação dos seus tempos livres, designar os seus hábitos de saúde e alimentares, os seus vícios, perceber quais as suas expetativas para a disciplina de Educação Física, qual o nível de interação com os colegas de turma, entre outros.

Este trabalho tornou-se fundamental para identificar o perfil da turma, conhecer especificamente cada aluno e estabelecer estratégias de trabalho a desenvolver com cada um, de modo a contribuir para a evolução, organização e gestão do processo educativo.

Neste panorama, e a partir das respostas obtidas, a nossa orientação foi no sentido de oferecer alterações aos alunos nomeadamente incentivar a modificar alguns hábitos que poderão servir principalmente os interesses dos alunos (motivar e desenvolver hábitos de estudo para conseguir ingressar no ensino superior, dar a conhecer os benefícios da atividade física, proporcionar outras atividades fora do contexto escolar, falar especificamente com alguns alunos para identificar a causa para o baixo consumo de alimentos – não tomam o pequeno-almoço)

Os resultados obtidos foram apresentados à ao professor orientador e encaminhados para o Diretor de Turma contribuindo assim para o delineamento de estratégias de intervenção.

5.2 Atividades na Escola

Atualmente pretende-se uma escola em que se desenvolva uma cultura de participação, que se saiba partilhar a educação com a família, com os trabalhadores não docentes, com a comunidade envolvente e assim todos possam contribuir para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos alunos, tornando-os cidadãos mais responsáveis e livres na sociedade. É este tipo de escola que é preconizada pela Lei de Bases (Lei nº 46/86, de 14 de Outubro, 1986).

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Assim, e segundo Saraiva (2002), atualmente a escola exige novas posturas e responsabilidades de todos os grupos sociais que nela intervêm e colaboram para um desenvolvimento harmonioso e gradual, e acresce que “o papel do professor, como principal impulsionador e dinamizador será determinante para o sucesso”.

Foram várias as atividades desenvolvidas no âmbito da Educação Física na Escola Secundária Morgado Mateus, nas quais a nossa participação foi necessária para a dinamização e desenvolvimento com sucesso das mesmas.

A título de exemplo, a nossa participação passou pelo desempenho de organização das tarefas, funções de arbitragem e intendência no torneio de Voleibol (realizado no mês de Dezembro), no torneio de Basquetebol (realizado no mês de Janeiro), no torneio de Badmínton (concretizado no mês de Abril), a Taça Morgado e Morgadinha (realizada durante o mês de Maio), a Caça ao Tesouro (no final do mês de Maio) e a Gala do Desporto (Junho).

Todo este envolvimento nas atividades contribuiu para o aumento do nosso reportório a nível de gestão, organização, arbitragem, regras e muitos outros conteúdos e funções que nos enriqueceram, oferecendo-nos experiência e contacto direto com tudo o que engloba a dinâmica da organização de uma atividade desportiva.

5.2.1 Desporto Escolar

A nível do desporto escolar, o nosso núcleo de estágio (juntamente com Professor Orientador Carlos Pires), encontrava-se encarregue pela equipa de juvenis de futsal masculino. Todas as quartas – feiras ao final da tarde, era dia de treino e preparação da equipa para os jogos do campeonato do Desporto Escolar.

Nos dias dos jogos, acompanhávamos a equipa ao local e assistíamos a todo o processo, intervindo sempre que possível e colaborando nas tarefas da atividade.

Apesar da equipa não ter conseguido chegar à final, consideramos que o trabalho foi profícuo e estruturado o melhor possível.

Fazer parte da preparação de uma equipa de futsal, permitiu-nos abranger o nosso leque de conhecimentos no que diz respeito à modalidade praticada, mas sobretudo a uma componente que se distância um pouco da essência das aulas de educação Física, que é a componente do treino.

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Também o trabalho de secretaria, organização e documentação esteve presente no nosso quotidiano, respetivamente aos treinos e provas do Desporto Escolar da equipa de Juvenis de Futsal Masculino. Esta experiência permitiu-nos perceber a dinâmica necessária para a mobilização dos alunos/ atletas para as competições, uma vez que a preparação para as mesmas envolvia uma organização prévia de autorizações, equipamentos, equipa, deslocações, alimentação, regulamento, convocações, entre outros.

5.2.2 Taça Morgado e Morgadinha

Integrada no plano anual de atividades escolares, decorreu durante todas as quartas – feiras do mês de Maio 2013, nas instalações da escola secundária Morgado Mateus (pavilhão gimnodesportivo interior), a atividade de Futsal intitulada de “Taça Morgado e Taça Morgadinha”. Esta atividade tem vindo a ser desenvolvida e organizada ao longo dos anos letivos pelo Professor Carlos Pires e pelo Grupo de Educação Física/Núcleo de Estágio (2) de Educação Física, perfazendo assim com o ano decorrente, 11 edições da Taça Morgado (masculinos) e 9 edições da Taça Morgadinha (femininos).

Uma vez que a organização, divulgação, preparação e realização da atividade esteve inteiramente ao nosso encargo, foram muitos os passos a cumprir para que pudéssemos concretizar esta atividade com brio e sucesso.

As Taças Morgado e Morgadinha têm vindo a fomentar a continuidade desportiva dos alunos, tendo como principais objetivos dar prossecução ao processo de formação e competição das equipas de Desporto Escolar na modalidade de Futsal, fomentar o convívio da comunidade escolar, favorecendo o bom relacionamento interpessoal e de grupo, e promover o espírito de “Fair-Play” e ética desportiva através da atividade física.

Esta atividade destina-se a alunos do ensino básico, secundário e profissional que foram selecionados pelos professores de Educação Física (das turmas que lecionavam), bem como às Equipas do Desporto Escolar. A escolha dos alunos foi realizada tendo em conta o comportamento e aproveitamento escolar, sendo posteriormente integrados na seleção do seu respetivo ano escolar.

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Para iniciar todo o processo de organização foi necessário reajustar o regulamento, sendo este posteriormente divulgado aos responsáveis pelas seleções, aos alunos e restante comunidade escolar.

Seguidamente a divulgação da atividade foi de extrema importância para que esta causasse o impacto necessário na comunidade escolar, despertando o interesse dos alunos e também a participação e apoio dos mesmos. Após conseguidas todas as autorizações necessárias por parte da direção da escola, demos início à divulgação que consistiu na afixação de cartazes em locais de passagem de público a anunciar a realização da prova, dias e hora dos jogos, jogadores e regulamento; vídeo e apresentação promocional do evento nos LCD’s do bar da escola.

Considerámos que no que respeita à divulgação da atividade, esta mostrou-se suficiente e apelativa, no entanto, o mostrou-seu início deveria ter acontecido com maior brevidade, para que pudesse chegar ainda mais e em superior número à comunidade escolar.

Para melhor planeamento, elaboramos com a antecedência necessária toda a documentação a utilizar, deixando os boletins de jogo, folhas de chamadas e calendarização previamente preparados para a sua utilização durante todos os jogos e respetivo torneio.

Para a realização dos diversos jogos para apuramento das equipas que iriam disputar a final no dia 29 de Maio de 2013, foi realizada previamente uma escala com todas as tarefas a serem desenvolvidas individualmente nos respetivos jogos por cada elemento integrante da organização (núcleo 2 de estágio). Durante os dias dos jogos foram utilizados diversos materiais para o desenvolvimento da atividade tais como: mesas, cadeiras, bancos suecos, colunas estéreo, computador portátil, faixas do desporto escolar, boletins de jogo, coletes e bolas. O professor Carlos Pires e o Núcleo (2) de Educação Física asseguraram a organização da atividade, por isso, e através da referida distribuição de tarefas, consideramos que nada falhou e à hora do jogo estava sempre tudo pronto para dar início à atividade. Como responsáveis pelas equipas contámos com a presença de alguns professores de Educação Física bem como dois professores estagiários do núcleo (1) de estágio.

Durante as sessões/dias dos jogos, tudo correu como planeado, embora sejam de registar alguns atrasos no iniciar dos jogos, situação que deverá ser

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alertada e prevenida aos responsáveis/treinadores das equipas, para que não aconteça de futuro.

Participaram nesta atividade cerca de 100 alunos dos níveis de escolaridade básico, secundário e profissional. Estiveram envolvidos alguns professores do departamento de Educação Física da escola, grupos de estágio e auxiliares de educação. De salientar também o envolvimento da comunidade escolar na atividade sendo que durante a realização da mesma, houve sempre público assistir aos jogos na bancada. Não podemos esquecer todas as equipas que fizeram desta Taça Morgado e Morgadinha mais um dos grandes momentos da Escola Secundária Morgado Mateus, tendo como vencedores da Taça Morgado a seleção do 11º ano, após vencer a seleção Desporto Escolar Juvenis por um resultado de 2 – 1; da Taça Morgadinha a Seleção Ti Zé, depois de vencer a Seleção Desporto Escolar Juvenis por 5 - 1.

Os vencedores da Taça Morgado e Morgadinha levantaram a taça no final do seu jogo, festejando assim a sua vitória. As respetivas medalhas vieram a ser entregues a cada jogador na Gala do Desporto e os seus nomes constarão desta forma para a posterioridade numa placa que embeleza as taças erguidas.

Relativamente ao trabalho desenvolvido, na nossa opinião todos que estiveram envolvidos cooperaram no decorrer das atividades, desenvolvendo as suas funções com profissionalismo. Podemos então concluir que o balanço da atividade foi muito positivo, decorrendo dentro da normalidade e dos parâmetros previamente estabelecidos.

5.2.3 Projeto “Grupo de Dança” – Gala do Desporto

A Gala de Desporto, realizada todos os anos (perto do final do ano letivo, em Junho), na Escola Secundária Morgado de Mateus, é organizada por um professor responsável pela atividade, contando no entanto com a colaboração de todo o grupo de Educação Física. Esta consiste num espetáculo / evento desportivo, onde são atribuídos prémios individuais a todos os alunos / atletas participantes no desporto escolar e atividades desportivas proporcionadas pela escola, contendo também durante a sua realização apresentações e demonstrações de diversas atividades e modalidades desportivas.

Referências

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