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CASO CLÍNICO. Diego Ortega dos Santos 03/08/2011

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Academic year: 2021

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CASO CLÍNICO

Diego Ortega dos Santos

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ID:

A., sexo feminino, 64 anos, natural de Jucá e

procedente de Fortaleza, agricultura atualmente aposentada.

(3)

QUEIXA PRINCIPAL:

(4)

HDA:

Sexta-feira, dia 01/07, apresentou dor e

eritema em MIE, no gastrocnêmio; Recebeu

um tratamento o qual não sabe informar, no

Hospital de Iguatu; Não havendo melhora,

internou-se lá ainda no fim do dia.

No sábado o eritema evoluiu para equimose,

chegando inclusive ao pé.

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HDA

No domingo teve febre não aferida com

calafrios, recebendo medicação adequada.

Na segunda surgiu equimose nos MMSS. Foi,

então, transferida para o Hospital Geral de

Fortaleza, sendo admitida na Emergência no

dia seguinte (06/07)

(6)

HPP:

Paciente relata ter DM, HAS e que já fora tratada para dislipidemia. Nega PNM, hepatite ou contato com

tuberculose ou hanseníase. Informa ter recebido 4HC em uma internação prévia.

Internou-se anteriormente por 3 vezes:

- Em função de complicações de uma gripe - Por otite acompanhada de febre

- Em 2003, por necrose de um pododáctilo, passando 15 dias internada e terminando por amputar MID ao nível do joelho.

(7)

HPP

Teve menarca aos 12 anos, com um ciclo irregular e de fluxo normal. A menopausa ocorreu aos 50 anos.

G1P1A0

É alérgica a um medicamento, sem saber, entretanto, especificá-lo.

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HPS

Nega etilismo ou uso de drogas ilícitas

Fuma 4 cigarros de palha por dia desde os 16 anos. Mora com a filha e uma neta em casa de alvenaria com boas condições hidro-sanitárias. Morou por 50 anos em uma casa de taipa.

Já criou porco, galinha, peru, cavalo e bode.

Bebia água de rio fervida, mas atualmente faz uso apenas de água mineral

(9)

HF

Mãe: sofria de Alzheimer, DM, HAS. Faleceu por conta de um AVC

Pai: hígido. Faleceu em função de uma trombose.

Dos 10 irmãos, cita uma mais nova com “doença dos ossos” e uma mais velha com “doença nos rins”.

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IOA

GI: apresenta pirose, saciedade precoce e se queixa de piora com certos alimentos. Não tem despertar

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EXAME FÍSICO

EGB, taquipnéica, hidratada, normocorada,

cooperativa, orientada no tempo e no espaço, bom estado nutricional. ACP normal.

FR: 28vpm PA: 182/106 FC: 96bpm Glasgow : 15

AC: RCR, 2T, BNF 5/5

AR: MV +, sem RA bilaterais ABD: inocente

GU: sem queixa

(13)

EXT: ppp, bem perfundidas, com edema em MSD devido ao AVP. Equimose em MIE, em MMSS e na extremidade da orelha. MIE não melhor examinado por estar com um curativo (houve desprendimento da pele).

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EM TEMPO!

Filha chega ao hospital e informa:

durante o transporte por ambulância até o HGF a paciente ficou inconsciente e com sialorréia. A febre previamente não aferida fora de 40º C. Disse que a paciente fuma mais de 7 cigarros de palha por dia, e que a casa onde habitam não tem banheiro.

Relata que a paciente vem tendo tosse produtiva há 7 meses, com uma secreção escurecida que por vezes é amarelada com raios de sangue. Não havia registrado melhor até hoje.

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EXAMES:

ECG, Raio-X de tórax, escarro (em busca de BAAR) e c-anca e p-c-anca não mostraram resultados mencionáveis. Hemograma: Hemáceas: 4,86 milhões/mm³ Hb: 11,6 g/dL Plaquetas: 220000 /mm³ Tempo de protrombina: 89% Fibrinogênio: 508 mg/dL (200 a 400) Glicose: 227mg/dL (70 a 99) Uréia: 72mg/dL (10 a 50) Creatinina: 2 mg/dL (0,8 a 1,4) Cálcio: 7,9mg/dL (8,5 a 10,5) V. de hemossedimentação: 110 (0 a 20)

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EVOLUÇÃO

07/07

Diurese: sem queixa, com BH prejudicado, ocorrendo espontaneamente

Pele: além da equimose em MIE e MMSS, surgiram exocerações na tíbia, joelho e fíbula esquerdas. Há ulcerações no hálux.

08/07

Pede-se que seja transferida para a Clínica. Sugere-se um diagnóstico para o qual ela é tratada.

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EVOLUÇÃO

10/07

Paciente evolui estável, restrita ao leito, hipocorada (+/4+). AVP em MSE no final di dia 08/07, sem sinais flogísticos.

12/07 e 13/07

Nota-se melhora com o tratamento, mas a paciente reclama de odor fétido em MIE. Surgem máculas eritematosas em MMSS e MIE

15/07

Lesões ulcerosas começam a regredir

22/07

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EXAME DERMATOLÓGICO

Placas purpúreas disseminadas, bolhas sob base purpúrica na coxa e no antebraço direito, com infiltração de face e de pavilhão auricular.

Madarose bilateral é então notada

Acometimento de nervos ulnares e medianos

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DIAGNÓSTICO:

Hanseníase virchowiana

com Fenômeno de Lúcio,

ou Eritema Necrosante

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BREVE EXPLICAÇÃO:

Manifestação rara da hanseníase tipo 2,

com infiltração difusa e sem nódulos.

Os pacientes apresentam no início da

doença uma pele brilhante e viçosa, dando

a doença a alcunha de “lepra bonita”.

Foi descrita primeiramente pelos

mexicanos Rafael Lúcio e Ignácio Alvarado

em 1851.

(25)

Os dados desta necrose e os da literatura

sugerem que o Fenômeno de Lúcio é um

infarto hemorrágico de áreas cutâneas

causado pela oclusão de veias de plexos da

derme profunda e do tecido subcutâneo,

envolvidos previamente pela infiltração

virchowiana e bacilos. Os focos exsudativos

observados em granulomas virchowianos

em linfonodos e fígado, sugerem uma

reação tipo 2 com uma evolução subclínica

e as alterações exsudativas a nível destas

veias podem precipitar sua oclusão total.

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Os sinais clínicos mais importantes são:

-

Máculas purpúricas dolorosas

-

Bolhas hemorrágicas

-

Ambas evoluem para lesões ulcerosas e

necróticas mais comumente em membros

superiores e inferiores.

-

Madarose e infiltração do lobo auricular são

(27)

O paciente com Fenômeno de Lúcio deve

ser tratada tal qual um paciente com

grandes queimaduras, pois há perda de

água, sais e proteínas pelas ulcerações,

estando sujeito à sepse.

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