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Academic year: 2021

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(1)

Centro Hospitalar

Psiquiátrico de Lisboa

Relatório de

Actividades

2014

(2)

R el atór io de A ctivida de s

ÍNDICE

1.

Enquadramento Geral

4

2.

Missão, Valores e Visão

5

2.1

Código de Ética

8

3.

Caracterização da Instituição

9

3.1

Área de Influência

9

3.2

Modelo Organizacional

11

3.3

Estruturas Comunitárias do CHPL

17

3.4

Projectos Inovadores de Saúde Mental

21

3.5

Parcerias

23

3.6

Comunicação Externa

23

3.7

Sustentabilidade

28

3.8

Recursos Humanos

29

4.

Evolução da Principal Actividade Desenvolvida

35

4.1

Actividade Assistencial Global

35

(3)

R el atór io de A ctivida de s

4.3

Ambulatório

42

4.4

Serviços de Apoio à Acção Clínica

63

5.

Gestão Hospitalar – PE Contratualizado

72

5.1

Grau de Cumprimento de Metas Fixadas

72

6.

Análise Económica e Financeira

78

6.1

Análise Económica

80

6.2

Análise Patrimonial e Financeira

91

(4)

R el atór io de A ctivida de s

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa criado pela Portaria nº 1373/2007 de 19 de Outubro, integrou os Hospitais Júlio de Matos e Miguel Bombarda. Sendo um estabelecimento público do Serviço Nacional de Saúde, enquadrado no sector público administrativo, é dotado de personalidade jurídica e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, regendo-se pelo Decreto-Lei n.º 188/2003 de 20 de Agosto e pelas normas em vigor para o Serviço Nacional de Saúde.

Tem sede na Avenida do Brasil, nº 53, no Parque de Saúde de Lisboa, onde aproximadamente 40% das estruturas edificadas se encontram ocupadas por outras entidades do Ministério da Saúde ou com ele relacionadas.

Tendo como missão a prestação de cuidados especializados de psiquiatria e saúde mental a todos os cidadãos adultos, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, no âmbito da responsabilidade e capacidade das estruturas que o integram, visa promover a execução das políticas de saúde mental a nível local e regional, vertidas em plano de desempenho e decisões superiormente aprovadas.

A organização da prestação de cuidados do Centro Hospitalar visa assegurar a disponibilização e a prestação de cuidados de saúde mental baseados na comunidade, a nível local, embora dispondo de uma coordenação comum, assente em dispositivos e programas de saúde mental comunitária, articulando-se com os cuidados primários de saúde, serviços de apoio social e outros agentes na comunidade.

Nesse sentido, o Centro Hospitalar dispõe de estruturas comunitárias em Sintra, Vila Franca de Xira, Torres Vedras, Graça e Olivais em Lisboa e ainda em Odivelas, onde presta cuidados médicos e não médicos, para além da atividade de internamento, ambulatório e meios complementares de diagnóstico que realiza na sede localizada no Parque de Saúde de Lisboa.

(5)

R el atór io de A ctivida de s

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa tem como missão a prestação de cuidados especializados de psiquiatria e saúde mental a todos os cidadãos adultos, no âmbito das responsabilidades e capacidades das unidades hospitalares que o integram, de acordo com os princípios definidos na Lei 36/98 de 24 de Julho (Lei de Saúde Mental) e no Decreto-lei 304/2009 de 22 de Outubro (Estabelece os princípios orientadores da organização, gestão e avaliação dos serviços de psiquiatria e saúde mental), dando execução às orientações de política de saúde mental a nível nacional e regional, aos planos estratégicos e decisões superiormente aprovadas, designadamente as previstas no Plano de Acção para Reestruturação dos Serviços de Saúde Mental.

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa responde de acordo com as áreas de influência e redes de referenciação, cumprindo os contratos-programa celebrados, em articulação com as demais instituições integradas na rede de prestação de cuidados de saúde, desenvolvendo ainda actividades complementares como as de ensino pós-graduado, investigação e formação.

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R el atór io de A ctivida de s

Na sua atuação, o Centro Hospitalar pauta-se pela prossecução de objetivos estratégicos como a prestação de cuidados de saúde humanizados, de qualidade e em tempo oportuno, o aumento da eficiência e eficácia, num quadro de equilíbrio económico e financeiro sustentável, bem como, a implementação de medidas que visem a melhoria e humanização na prestação de cuidados aos doentes residentes e desenvolvimento de programas de reabilitação adaptados às necessidades específicas dos mesmos com vista a promover a respetiva reinserção sócio-familiar e na comunidade.

No desenvolvimento da sua atividade, o Centro Hospitalar rege-se, pelos seguintes valores:

Respeito pela dignidade individual da cada doente;

Respeito pelas condições culturais e convicções filosóficas e religiosas de cada doente;

Direito dos doentes e familiares à informação sobre o estado de saúde, bem como a natureza e

continuidade dos tratamentos;

Promoção da saúde mental na comunidade, com organização de respostas adequadas e articuladas com as redes dos cuidados locais de saúde e da Segurança Social, autarquias e outras estruturas comunitárias;

Equidade no acesso;

Estimulo à investigação, inovação, atualização científica e desenvolvimento pessoal, centrado nas necessidades das populações a assistir;

Excelência na intervenção técnica;

Eficiência na gestão dos recursos;

Ética profissional;

Promoção da multidisciplinaridade;

(7)

R el atór io de A ctivida de s

Na análise do ambiente interno e externo (SWOT), destaca-se:

Redução do plafond de receitas em 20% e aumento da carteira de serviços.

Médicos com faixa etária elevada.

Tempos de Resposta para a CTH.

Downsizing da organização ao longo dos

últimos 5 anos;

Capital Humano;

Conhecimento;

Ensino pré e pós graduado;

Articulação com diversificados stkeholders;

Abertura à inovação e disponibilidade para

assumir novos compromissos;

Capacidade de negociar e implementar novos modelos organizacionais;

Infraestruturas adaptadas ao tratamento completo do cidadão com patologia mental.

Pontos Fortes Pontos Fracos

População muito carenciada e com problemas sociais graves;

Desconhecimento dos planos de desenvolvimento dos departamentos de psiquiatria e saúde mental dos hospitais de Loures e de Vila Franca de Xira;

Desconhecimento do plano de reorganização da

prestação de cuidados na ARSLVT na área das dependências e toxicodependências;

Desconhecimento do programa de

desenvolvimento do departamento de psiquiatria e saúde mental do hospital de Beja;

Inexistência de uma rede de cuidados continuados integrados de saúde mental;

Incapacidade/Dificuldade de recrutamento de colaboradores, obrigando ao recurso sistemático daaquisição de serviços;

Deficiente modelo de financiamento / pagamento.

Único hospital do setor público da Região, com

respostas integradas e completas para todo o ciclo de vida adulta do cidadão com patologia mental;

Contribuir com as iniciativas de

desenvolvimento pessoal e profissional dos seus colaboradores, investigação em saúde, ensino pré e pós graduado e articulação com outras entidades públicas e privadas.

Respostas de âmbito regional previstas no

PNSM;

Programa de âmbito regional de reabilitação psicossocial para pessoas portadoras de doença mental grave;

Parcerias com entidades externas ao SNS, nomeadamente IPSS, ONGs e Autarquias.

(8)

R el atór io de A ctivida de s

2.1

C

ÓDIGO DE

É

TICA

O Código de Ética do CHPL foi homologado em Maio de 2009, pelo Conselho de Administração e encontra-se disponível para consulta nosite do Hospital. É um instrumento que procura enquadrar os princípios, visão e missão da instituição, servindo assim para orientar as ações dos seus colaboradores e explicitar de modo mais evidente a postura social da instituição face aos diferentes públicos com os quais interage. Desse modo, o CHPL promove ativamente, a adoção de comportamentos pelos seus colaboradores, que assegurem o respeito pelos princípios expressos no Relatório OMS sobre a Saúde no Mundo – Saúde Mental, Nova Conceção e Nova Esperança, os quais defendem a ausência de discriminação em caso de doença mental ou a prestação de cuidados a que todo o paciente tem direito, deve ser disponibilizada na medida do possível na respetiva comunidade, preconizando-se que todo o paciente tem o direito a ser tratado num ambiente o menos restritivo ou intrusivo.

(9)

R el atór io de A ctivida de s Portalegre Évora Beja

3.1

Á

REA DE

I

NFLUÊNCIA

Na área de influência direta do Centro Hospitalar residem 815.580 habitantes (Censos 2011- Definitivo) encontrando-se identificada nas alíneas a) e b) do nº 1 do Despacho nº 7527/99 de 26 de Março de 1999, da Ministra da Saúde, publicado no DR nº 88 – II Série de 15/04/1999, excetuando-se as freguesias do Concelho de Almada e Concelhos do Médio Tejo, com uma população de 401.067 habitantes, entretanto integradas nas áreas geodemográficas do Hospital Garcia de Orta e do Centro Hospitalar Médio Tejo. A área entretanto transferida para o Hospital Beatriz Ângelo (287.119 habitantes, Censos de 2011- Definitivo) em 2012 e a área transferida para o Serviço de Psiquiatria do Hospital de vila Franca de Xira, em Maio de 2013, traduziu-se em menos 244.377 habitantes (Censos 2011- Definitivo).

A área de influência indireta compreende os distritos de Beja, Évora e Portalegre onde residem 748.699 habitantes (Censos 2011, Estimativas Provisórias de População), sendo o CHPL responsável pela resposta aos pedidos de referenciação para internamento de doentes provenientes de Beja.

Distrito Portalegre / Évora / Beja Pop. 748.699

Fig. 1 – Área de Influência – Directa 815.580 habitantes.

Fig. 2 – Área de Influência – Indirecta Portalegre / Évora / Beja – 748.699 habitantes.

(10)

R el atór io de A ctivida de s

Na Área de Influência Direta noDistrito de Lisboa, a percentagem da população entre os 18 e os 64 anos situa-se nos 65,7 %. Por sua vez, a percentagem de população superior a 64 anos é de 19,1%. A Região do Alentejo (Distrito Portalegre/ Évora/ Beja), caracteriza-se por ter uma taxa de população com idade superior a 64 anos, de 23,9% e uma taxa da população entre os 18 e os 64 anos de 62,6%.

GRÁFICO I

DISTRIBUIÇÃO DE HABITANTE POR DISTRITO /FAIXA ETÁRIA (ÁREA DIRECTA/ÁREA INDIRECTA)

Em termos gerais pode‐se dizer que a população da Área de Influência Direta/Indireta, caracteriza‐se da seguinte forma: 64,2% têm idades compreendidas entre os 18 a 64 anos, 21,4% têm idade superior a 64 anos e 14,4% têm idade inferior a 18 anos (Gráfico II).

15,2% 65,7% 19,1% 13,5% 62,6% 23,9% 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 < 18 18 – 64 > 64

Distrito de Lisboa (Área de Influência Directa)

Distrito de Portalegre/ Evora /Beja (Área de Influência Directa-Internamento/ Indirecta- Ambulatório)

Grupo Etário

%

(11)

R el atór io de A ctivida de s GRÁFICO II

DISTRIBUIÇÃO DE HABITANTES POR FAIXA ETÁRIA (ÁREA DIRETA/ÁREA INDIRETA)

3.2 MODELO ORGANIZACIONAL

3.2.1 Organograma

No ano de 2014, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, encontrava-se estruturalmente organizado de acordo com o seu Regulamento Interno e Organograma aprovados pelo Conselho de Administração, da seguinte forma:

< 18; 14,38% 18 – 64; 64,21% > 64; 21,42% < 18 18 – 64 > 64

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R el atór io de A ctivida de s

3.2.2 Estrutura Orgânica

São órgãos do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa:

 O Conselho de Administração (C.A):

Nomeado pelo Despacho 2741/2011, de 8 de Fevereiro de 2011, com efeitos a 1 de Janeiro de 2011, o Conselho de Administração é constituído pelos seguintes membros:

 Diretores e Responsáveis dos Serviços e Unidades de Acão Clínica e de Apoio Clinico:

Dr. José Salgado Clínica 1 (SETA)

Dra. Inês Cunha Clinica 2 (NDP)

Dr. António Bento Clínica 3 (PGT)

Dra. Teresa Mota Clínica 4 (AND)

Dra. Alice Nobre Clínica 5 (PA e POC)

Dra. Maria João Carnot Clínica 6 (PE)

Dr. Manuel Cruz Psiquiatria Forense

Dra. Ana Caixeiro Dra. Ercília Duarte Dra. Isabel Tinoco Dr. Santana Leite Dra. Sara Alexandre Dra. Inês Cunha Dr. Alberto Leal

Reabilitação e Residentes

Psicologia e Psicoterapia Comportamental Patologia Clinica

Radiologia Farmácia

Eletroconvulsivoterapia Eletroencefalografia

Dra. Isabel Paixão Presidente do Conselho de Administração

Dra. Sandra Silveira Vogal Executiva

Dr. José Salgado Diretor Clínico

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R el atór io de A ctivida de s

Com a atual realidade, decorrente da alteração da rede de referenciação em Psiquiatria e Saúde Mental da região de Lisboa e Vale do tejo e da Zona Sul do País, nomeadamente com a abertura de serviços locais de Psiquiatria e Saúde Mental em Hospitais Gerais, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, instituição psiquiátrica com um longo e rico historial no tratamento de cidadão adultos com patologia do foro mental, assume um papel de maior relevância na prestação de cuidados diferenciados integrados e de qualidade. É com base nesta premissa que o CHPL deu início em 2014 ao processo de Acreditação de dois serviços no Modelo de Acreditação de Unidades de Saúde ACSA promovido pela Direcção Geral de Saúde através do Departamento da Qualidade na Saúde envolvendo numa fase inicial no CHPL, designadamente, o Serviço de Psiquiatria Forense e o Serviço Clinica 3 – PGT.

Como estrutura monovalente, vocacionada para a prevenção em vários níveis, principalmente secundaria e terciária, mas também, primária, foi sentida a necessidade de adaptar a sua organização, de forma a continuar a sua missão; tratar, de forma cada vez mais eficiente e integrada, as pessoas adultas que sofrem de patologia psiquiátrica.

A 10 de Outubro de 2013, entrou em funcionamento o SETA – Serviço de Estabilização e Triagem de

Agudos de 1º Surto Psicótico (Pav. 24 r/c), com lotação de 20 camas. O processo completou-se no decorrer do mês de Outubro desse mesmo ano, sendo sido criados os seguintes serviços, visando uma resposta mais adequada às necessidades específicas de cada doente, encontrando em 2014 já consolidada esta reestruturação:

Clínica 1(SETA – Serviço de Estabilização e Triagem de Agudos de 1º Surto Psicótico);

Clínica 2(NPD – Neuropsiquiatria e Demências);

Clínica 3 (PGT- Psiquiatria Geral e Transcultural);

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R el atór io de A ctivida de s

Clínica 5 (PA e POC – Patologia Afetiva e Perturbação Obsessiva Compulsiva);

Clínica 6(PE – Patologia Esquizofrénica).

No que concerne a serviços de internamento de outras tipologias destinados a doentes com quadros clínicos diferenciados, o Centro Hospitalar dispõe de um Serviço de Doentes de Evolução Prolongada, um Serviço de Reabilitação Psicossocial e um Serviço de Psiquiatria Forense, bem como, na vertente de ambulatório, de um Serviço de Psicologia e Psicoterapias, além de Unidades de meios complementares de diagnóstico e terapêutica, designadamente, de Neurofisiologia, de Eletroconvulsivoterapia, Patologia Clínica e de Radiologia.

O atendimento psiquiátrico de urgência é realizado na Urgência Metropolitana de Psiquiatria de Lisboa, localizada no Centro Hospitalar Lisboa Central – Hospital de S. José, continuando a ser assegurado por recursos humanos do CHPL, no que concerne aos médicos, nos turnos de dia e em colaboração em colaboração com profissionais de Hospitais da Península de Setúbal nos turnos da noite. Os recursos humanos de enfermagem e assistentes operacionais são disponibilizados exclusivamente pelo CHPL. O Serviço de Doentes de Evolução Prolongada, atendendo às alterações registadas nos últimos anos no perfil dos doentes internados, fruto de fatores ligados ao envelhecimento, com manifestações ao nível do grau de autonomia, autocuidado, características comportamentais/funcionais e evolução do quadro psicopatológico, encontra-se organizado por graus de dependência e comorbilidades associadas.

Nesse sentido, nos últimos anos tem vindo a ser implementada, uma avaliação criteriosa, multifactorial e multidisciplinar de todos os doentes internados nos serviços acima referidos, de forma a estabelecer-se um plano de cuidados e a identificar-se a infraestrutura mais adequada às reais necessidades destes doentes.

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R el atór io de A ctivida de s

O Serviço de Reabilitação Psicossocial integra, como dispositivos de internamento, uma Unidade de Convalescença, uma Unidade de Treino Residencial seis Unidades de Vida Apoiada, uma delas foi inaugurada em 26 de Março de 2014 três Unidades de Vida Autónoma na comunidade (três apartamentos localizados fora do Centro Hospitalar, em bairros residenciais de Alvalade e Marvila. Este Serviço desenvolve programas de Reabilitação Psicossocial, designadamente de Treino de Atividades de Vida Diária, Terapia Ocupacional, Formação Profissional e de Emprego Protegido, promovendo a realização de atividades terapêuticas de teatro, atividades enquadradas na dinamização de programas de rádio, de participação em exposições, para doentes em diferentes fases do processo de reabilitação.

No cumprimento ao PNSM, 2007-2016, aprovado pela tutela, foi concluído em 2014 o processo de remodelação de um dos edifícios situado no PSL, concretamente o designado Pavilhão 28, tendo as obras de beneficiação operadas visado a instalação de um Serviço de âmbito Regional, quer para o internamento de doentes inimputáveis para toda a Região sul do País, quer para respostas em reabilitação. Quer ainda enquanto gabinete de perícias.

O Serviço Regional de Psiquiatria Forense dispõe de lotação de 36 camas, sendo contudo a lotação média praticada de 32 camas em consequência do diferendo existente com a Direcção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, não sendo possível ao CHPL assegurar a totalidade da ocupação de camas disponíveis. O Serviço Regional de Psiquiatria Forense destina-se ao tratamento, sob custódia, de doentes inimputáveis, a cumprir medidas de segurança por sentença judicial. Cabe ainda a este serviço, a realização de exames e perícias psicológicas e médico-legais solicitadas pelos Serviços Judiciais.

A 22 de Maio de 2014 foi aprovado pelo Conselho de administração o Regulamento do Serviço

Regional de Psiquiatria Forense do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, pretendendo este ser o

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R el atór io de A ctivida de s

O Hospital de Dia sendo uma unidade de internamento parcial para o tratamento, estabilização integração e socialização de doentes com patologia do foro psiquiátrico e mental, presta, maioritariamente, cuidados após o internamento.

A 31 de Janeiro de 2014, integram-se os dois Hospitais de Dia situados na sede do hospital, em uma única estrutura.

3.2.2.1

C

OMISSÕES DE APOIO

T

ÉCNICO

As Comissões de Apoio Técnico são órgãos de carácter consultivo. Para actuação em matérias especializadas o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa dispõe das seguintes Comissões de apoio técnico, prevista no artigo 12.º do seu Regulamento Interno:

a) Comissão de Ética para a Saúde;

b) Comissão de Humanização e Qualidade de Serviços;

c) Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infecção e Resistência aos Antimicrobianos;

d) Comissão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho; e) Comissão de Farmácia e Terapêutica;

f) Comissão Cientifica e Pedagógica.

Outras Comissões têm sido desenvolvidas e criadas no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa:  Comissão de Qualidade e Segurança;

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R el atór io de A ctivida de s

 Comissão de Gestão de Risco;

 Equipa de Gestão de Altas para a Rede de Cuidados Continuados;  Comissão de Emergência e Segurança Contra Incêndios;

 Comissão de Gestão de Pensões.

3.3

E

STRUTURAS

C

OMUNITÁRIAS DO CENTRO HOSPITALAR PSIQUIÁTRICO DE

LISBOA

O Centro Hospitalar dispõe de 5 Estruturas na comunidade destinadas à prestação de cuidados médicos e não médicos em ambulatório e ainda de um Fórum, localizado no Bairro da Graça em Lisboa orientado para doentes internos e externos. Estas estruturas comunitárias possuem, entre outras, as seguintes finalidades:

 Garantir respostas integradas e especializadas de proximidade;

 Assegurar a Integração da Psiquiatria e Saúde Mental nas estruturas locais de saúde;

 Promover e facilitar o acesso a informação da situação social e clínica do utente, alcançada através da maior proximidade dos utentes inseridos no seu contexto sócio-cultural;

 Promover a redução do número de internamentos e facilitar o procedimento da alta psiquiátrica bem como o acompanhamento do utente em fase posterior;

 Intervir por forma a fomentar a prevenção da estigmatização do doente mental, entre os técnicos de saúde, doente, famílias e da comunidade no seu conjunto;

 Assegurar a melhoria da adesão terapêutica, nomeadamente à terapêutica DEPOT;

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R el atór io de A ctivida de s

 Promover a humanização dos cuidados prestados em Psiquiatria e Saúde Mental.

UCCPO - Unidade Comunitária de Cuidados Psiquiátricos de Odivelas (912m2), disponibiliza as seguintes atividades:

 Consulta Externa: Psiquiatria (consultas subsequentes) e Psicologia e Atendimentos Complementares de Enfermagem e Serviço Social;

 As Intervenções Domiciliárias são desenvolvidas por uma equipa multidisciplinar;

 Reuniões com parceiros, Intervenções em estruturas sediadas na comunidade;

 Área de Dia;

 Fórum Sócio Ocupacional.

CINTRA - Centro Integrado de Tratamento e Reabilitação em Ambulatório Equipa de Saúde

Mental de Sintra do CHPL (780,7m2

distribuidos por dois edificios), disponibiliza atendimento nas seguintes áreas:

Fig. 3 - UCCPO

As Unidades Comunitárias, tendo como objetivo a prestação de cuidados de proximidade de psiquiatria e saúde mental em regime ambulatório na área assistencial compreendida pelos concelhos abrangidos pela área de referenciação direta, possuem as seguintes localizações:

(19)

R el atór io de A ctivida de s

 Consulta Externa: Psiquiatria e Psicologia, Atendimentos Complementares de Enfermagem e Serviço Social;

 Intervenções Domiciliárias desenvolvidas por equipa multidisciplinar;

 Hospital de Dia;

 Área de Dia.

ETC – Espaço Terapêutico Comunitário de Vila Franca de Xira (215m2), disponibiliza as seguintes áreas de atividade:

 Consulta Externa:

Psiquiatria/Psicologia, Atendimentos Complementares (Enfermagem e Serviço Social);

Visitas domiciliárias desenvolvidas por equipa multidisciplinar;

 Área de Dia.

Unidade Comunitária de Cuidados

Psiquiátricos dos Olivais

(81,77m2), identificam-se as seguintes áreas de atividade:

Fig. 5 - ETC de V.F. de Xira ETC

Fig. 4.1– CINTRA

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R el atór io de A ctivida de s

 Consulta de Psicologia, Atendimentos Complementares de Enfermagem e Serviço Social;

 As Visitas domiciliárias são desenvolvidas pela equipa multidisciplinar;

 Área de Dia.

Unidade Comunitária de Cuidados Psiquiátricos de Torres Vedras (106 m2), disponibiliza aos utentes desta área as seguintes valências:

 Consulta Externa: Psiquiatria e Psicologia, Atendimentos Complementares de Enfermagem e Serviço Social;

 Intervenções Domiciliárias desenvolvidas por equipa multidisciplinar;

 Área de Dia.

Fórum Sócio Ocupacional - Casa da Graça

A unidade sócio – ocupacional Casa da Graça é uma unidade de suporte à Reintegração Social Comunitária, criada em 2008 de intervenção psicossocial dirigido a

utentes em processo de

desinstitucionalização/reabilitação.

Fig. 6 – Unidade Comunitária dos Olivais

Fig. 7 – Unidade de Torres Vedras

(21)

R el atór io de A ctivida de s

3.4

P

ROJETOS

I

NOVADORES DE

S

AÚDE

M

ENTAL

-

I

NTERVENÇÃO

D

OMICILIÁRIA

A

RTICULADA

Na área dos Programas Inovadores do Plano Nacional de Saúde Mental (PISM)deu-se continuidade no ano de 2014, a dois projetos iniciados em 2010, cuja linha de financiamento específico terminara no final do 1º semestre de 2012, tendo continuado a decorrer as respectivas actividades tal como planeado. No último trimestre de 2013,a ARSLVT solicitou que que o CHPL desse continuidade ao

Projeto de Intervenção em Saúde Mental anteriormente desenvolvido no Centro Hospitalar Oeste

Norte, que tem como principal objetivo prevenir, detetar precocemente e tratar a doença mental nas pessoas, famílias e grupos da comunidade, diminuindo o impacto das perturbações mentais.

O Projeto designado “Pro-Actus – Projeto de articulação da UCCPO com os cuidados de Saúde

Primários de Odivelas – criação de Rede Pró-Ativa” presta cuidados de psiquiatria e saúde mental na

comunidade (concelho de Odivelas) a pessoas com doença mental grave, de que resulte incapacidade psicossocial e que se encontrem em situação de dependência, numa perspetiva de pró-atividade. Assegura a continuidade da prestação de cuidados às pessoas cuja adesão ao projeto terapêutico se encontre comprometida e intervêm, precocemente, na suspeita de Patologia Psiquiátrica Grave (incapacidade psicossocial/ situação de dependência). O termo de Aceitação foi outorgado pelo CHPL em Janeiro de 2010, sendo que, a execução do projeto teve início em Março de 2010 e o seu financiamento terminou a Janeiro 2012. O CHPL tem vindo, tal como contratualizado, a assegurar a continuidade ao projeto, sendo previsível no futuro o alargamento a outras áreas de referenciação do Centro Hospitalar.

Na sequência da implementação de projetos promovidos no âmbito dos Programas Inovadores do Plano Nacional de Saúde Mental (PISM), a equipa do “Pró-Actus” realizou 1.648 visitas domiciliárias em 2014.

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R el atór io de A ctivida de s

Fig. 9 – Viaturas de Apoio aos Projeto

Projeto “Pretrarca – Prevenir e tratar em casa” dinamizado através dos serviços locais de psiquiatria

dos Sectores C e L. O projeto PETRARCA - Prevenir e tratar em Casa é constituído por uma equipa móvel, que garante o tratamento e prevenção de recaídas dos doentes, numa perspetiva que associa o tratamento farmacológico a uma vertente terapêutica psicossocial, realizada na residência dos doentes, sendo os técnicos que procuram os doentes. Aos enfermeiros, associam-se outros técnicos, médicos, assistentes sociais e psicólogos, de acordo com as necessidades dos doentes, sendo que, a execução do projeto teve início em Abril de 2010 e o seu financiamento terminou a Janeiro 2012. Também neste caso o CHPL deu continuidade ao projeto, tal como estava contratualmente previsto. A Equipa de Domiciliária PRETRARCA, efetuou 2.534 visitas domiciliárias em 2014.

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R el atór io de A ctivida de s

3.5

P

ARCERIAS

3.5.1 Parcerias Internas

Tílias Cooperativa

A Cooperativa Tílias-Coop, constituída inicialmente por profissionais do HJM, é uma empresa de inserção profissional que opera nas áreas da Formação e Profissionalização em Manutenção e Conservação de Espaços Verdes.

Sedeada no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, a Tílias-coop tem como principal objetivo a

inserção de doentes mentais na sociedade, um processo complexo para o qual esta cooperativa

contribui de forma consolidada desde 1999, através da criação e manutenção de emprego.

ARIA

A ARIA – Associação de Reabilitação e Integração Ajuda é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), sem fins lucrativos, tem com missão principal ajudar a pessoa com problemas de saúde mental a adquirir os recursos necessários à sua reabilitação psicossocial e integração socioprofissional.

A ARIA exerce a sua atividade empenhada em contribuir para um futuro melhor para as pessoas que apresentam situações clinicas enquadráveis na psiquiatria e saúde mental e que se encontrem em contexto precário do ponto de vista psicossocial, fomentando a oferta de serviços especializados e qualificados que possam traduzir-se numa melhoria de qualidade de vida dos que precisem dos seus serviços.

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R el atór io de A ctivida de s

3.5.2 Parcerias Externas

A Arte Bruta Portuguesa e Doença Mental

Na sequência do convite endereçado pela Diretora do Kunsthaus Kannen Museum de arte bruta (Hospital Psiquiátrico Alexianer-Krakenhaus) ao Atelier de Artes Plásticas do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL), em parceria com a P28 – Associação para o Desenvolvimento Criativo e Artístico para representar a arte outsider nacional no 2x2 Forum European Outsider Art, que decorreu na Alemanha, surgiram diversas propostas em resultado dessa participação para expor o trabalho de artistas-doentes portugueses noutras instituições e eventos culturais, resultando numa programação que se estende até 2017.

O Atelier d’Artes Plásticas tem desenvolvido um trabalho a nível artístico com alguns doentes que frequentam a U.T.O. de que resulta a organização e promoção de mostras temáticas e exposições dos seus trabalhos, mas também de outros artistas, por forma a assegurar um intercâmbio criativo ao juntar artistas consagrados e premiados com “artistas doentes”.

Camara Municipal de Lisboa -

“ Pintura do Muro” (muro

CHPL)

Com vista ao desenvolvimento de um projeto de natureza artística e social, deu-se início em 2012 a intervenções de arte urbana, ao longo da zona exterior do muro que delimita o Parque

de Saúde de lisboa, na sequência da parceria celebrada com Câmara Municipal de Lisboa (GAU),

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R el atór io de A ctivida de s

através do Departamento de Património Cultural, da Direção Municipal de Cultura, que tem vindo a prosseguir uma estratégia para a área do graffiti e da street art centrada na temática do Rosto.

CPCJ`s

Atendendo ao reconhecimento por parte das CPCJ`s do papel do Serviço de Psicologia Clinica e Psicoterapia do CHPL, em junho de 2014, foi celebrado um protocolo prevendo uma mais estreita colaboração com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCR), na formação, supervisão aos técnicos e diagnóstico das situações do ponto de vista individual, familiar e social das crianças e jovens sinalizados, bem como no aconselhamento de respostas mais adequadas aos casos concretos, das CPJ`s da Amadora, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Benavente, Cascais, Mafra, Salvaterra de magos, Sintra Ocidental e Oriental e VFX.

Pavilhão do Conhecimento – Exposição Loucamente

Participação do Atelier d’Artes da Terapia Ocupacional, com uma mostra de trabalhos de pintura, desenho e escultura.

Paróquia do Campo Grande

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa em parceria com a Paróquia do Campo grande, disponibiliza refeições aos utentes que residem nas estruturas comunitárias do Bairro de Alvalade.

(26)

R el atór io de A ctivida de s

Junta de Freguesia de Alvalade

A Junta de Freguesia de Alvalade e o CHPL encetaram contactos através de reuniões periódicas no sentido de serem preparadas atividades de articulação entre as duas entidades, designadamente, trabalhos preparatórios para a constituição de um grupo alargado de entidades e empresas presentes na área da cidade onde se encontra implementado o CHPL por forma a dinamizar-se a sociedade local e a envolver a população de um modo geral nas atividades desenhadas para 2015.

Comunidade Vida e Paz

O CHPL coopera com a Comunidade Vida e Paz que tem como missão principal prestar auxilio a cidadãos sem-abrigo por forma a que recuperem a respetiva dignidade e que reconstruam o seu projeto de vida, através de uma ação integrada de prevenção, reabilitação e reinserção.

Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida.

Protocolo entre o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa e o ISPA – Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida.

O protocolo celebrado visa assegurar a cooperação entre o ISPA e o CHPL compreendendo, entre outras, as seguintes iniciativas:

a) Promoção conjunta de encontros científicos e/ou ações de formação, versando temáticas que envolvam os interesses de ambas as partes;

b) Troca de informação e comunicação de documentos que, pelos temas abordados, sejam relevantes para os fins prosseguidos por ambas as instituições ou se integrem no objeto definido na Cláusula 1ª;

(27)

R el atór io de A ctivida de s

c) Promover programas de intercâmbio nas áreas técnicas, científica e cultural;

d) Realizar estudos, pesquisas, cursos de 2º e 3º ciclo ou atividades de ensino e investigação científica.

Instituto dos Museus e da Conservação

Protocolo de colaboração entre o Instituto dos Museus e da Conservação, a Direcção-Geral de Arquivos e o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa

Sendo o Instituto dos Museus e da Conservação o organismo responsável do Ministério da Cultura com responsabilidades na execução da politica museológica nacional, competindo-lhe ainda a promoção da qualificação e credenciação dos museus portugueses, o reforço e consolidação da Rede Portuguesa de Museus e a coordenação e execução da politica de salvaguarda, conservação e restauro de bens móveis e integrados.

A Direcção-Geral de Arquivos tem como responsabilidades, entre outras, a execução da politica arquivística nacional, competindo-lhe ainda promover o desenvolvimento e a qualificação da rede nacional de arquivos, dinamizar a comunicação entre entidades envolvidas e facilitar o acesso integrado à informação.

Com vista a assegurar a salvaguarda e promoção do acervo documental, fotográfico e artístico de que o CHPL dispõe e que importa preservar, foi celebrado um protocolo que envolve as três entidades num esforço conjunto de defesa de um património inestimável que somente a articulação entre as entidades envolvidas permitirá alcançar.

(28)

R el atór io de A ctivida de s

3.6

COMUNICAÇÃO EXTERNA

Em 2014, com vista a criação de pontes com a comunidade foi renovada o Site do CHPL, mediante a utilização de especificações técnicas e aplicações informáticas adequadas por forma a disponibilizar aos utilizadores em geral, aos utentes, seus familiares e profissionais, de modo apelativo e intuitivo, diversos conteúdos informativos. O CHPL tinha também como objectivo a criação de um Museu Virtual que não foi possível concretizar em 2014.

3.7

S

USTENTABILIDADE

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL) enquanto entidade do SNS integrante do Setor Público Administrativo, procura otimizar os recursos humanos e materiais de que dispõe, com o objetivo da melhoria contínua dos seus níveis de eficácia e eficiência, apostando na qualidade e segurança do serviço prestado.

A reorganização das equipas de trabalho e a afetação de profissionais às mesmas, tem sido uma preocupação constante, o que nos tem permitido ganhos de eficiência consideráveis, como se perceberá na análise detalhada dos rácios de eficiência, que adiante desenvolvemos.

Em 2013, foi implementado o “Guia de Combate ao Desperdício”, tendo sido em 2014 concretizadas medidas relevantes de combate ao desperdício e de racionalização de custos, num esforço de contenção da despesa, de que são exemplos, a área de recursos hídricos, de energia e utilização de papel. Na área dos recursos hídricos iniciou-se um procedimento para a substituição da rede de rega do Parque Saúde de Lisboa, que era obsoleta e ineficiente.

Divulgação do Manual de Boas Práticas Ambientais, com o objetivo de criar uma ferramenta de sensibilização para todos os utilizadores e incorporar as boas práticas ambientais; concretamente eficiência energética, gestão de resíduos, redução de emissões atmosféricas, utilização racional dos recursos naturais, dos transportes e, em geral, para a sustentabilidade das atividades em saúde.

(29)

R el atór io de A ctivida de s

3.8

R

ECURSOS

H

UMANOS

A 31 de Dezembro de 2014, o total de efetivos do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa situava-se nos 643 profissionais (menos 6,9% do que em 2013), 76% dos quais vinculados na modalidade de relação jurídica de emprego público com contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado.

A distribuição dos efetivos em referência, por grupo profissional e tipo de vinculação encontrava-se estruturada da seguinte forma:

QUADRO I

Nº DE EFECTIVOS POR GRUPO PROFISSIONAL E TIPO DE VÍNCULO 31.12.2014

Grupo Profissional CTF tempo

Indeterminado CT Termo

Prestação

Serviços Total

Dirigentes 8 8

Médico 46 43 6 95

Técnico Superior Saúde 22 29 6 57

Técnico Superior 20 1 6 27

Informática 4 2 6

Enfermeiros 160 1 2 163

Técnico 0

Técnico Diagnóstico e Terapeutica 26 1 10 37

Assistentes Técnicos 49 8 3 60

Assistentes Operacionais 149 15 3 167

Outros 3 20 23

(30)

R el atór io de A ctivida de s Grupo Etário

Observando o Quadro II referente à distribuição por grupos etários e que não integra os prestadores de serviço, verifica-se que no final do ano de 2014, 315 profissionais tinham idades situadas entre os 25 e os 49 anos, o que representa 54% do total de efetivos, enquanto os restantes 270 tinham mais de 50 anos (46% do total de trabalhadores).

QUADRO II

Nº DE EFECTIVOS POR FAIXA ETÁRIA (Sem Prestadores de Serviço)

31.12.2014

Grupo Profissional 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 Total

Dirigentes 1 5 1 1 8

Médico 22 13 9 5 3 13 14 7 3 89

Técnico Superior Saúde 3 17 13 7 2 5 4 51

Técnico Superior 1 9 3 1 3 1 3 21

Informática 1 1 1 1 4

Enfermeiros 3 20 22 27 31 28 16 13 1 161

Técnico Diagnóstico e Terapeutica 1 6 3 6 1 5 3 2 27

Assistentes Técnicos 1 2 7 7 13 9 16 1 1 57

Assistentes Operacionais 4 10 16 27 45 39 18 5 164

Outros 1 1 1 3

(31)

R el atór io de A ctivida de s

Importa sublinhar que o impacto do défice do ratio de pessoal que se acentuou em 2014 (em 31.12.2013 o CHPL contava com 691 colaboradores e em 31.12.2014 com 643, o que se traduziu numa diminuição de pessoal em 6,9%) só não teve consequências marcadamente negativas, ao nível do cumprimento dos objetivos da instituição, devido à reorganização sistemática dos serviços e dos procedimentos que permitiram otimizar os recursos humanos, situação que contudo se encontra no limite atendendo às solicitações que permanente são feitas para melhorar e aumentar a capacidade de resposta do CHPL.

O Serviço de Formação e Desenvolvimento tem como missão organizar ações de formação dirigidas aos colaboradores com o intuito de contribuir para o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais dos mesmos.

As atividades formativas organizadas pretendem-se relevantes para a prática profissional e que contribuam para o desenvolvimento de competências e para a melhoria da qualidade dos serviços prestados.

A merecer referência a atividade desenvolvida no âmbito da Formação Interna de Recursos Humanos, conforme se descrimina:

(32)

R el atór io de A ctivida de s QUADRO III

PLANO DE FORMAÇÃO INTERNO ANO 2014

Acção de Formação Nº Horas Total Nº Acções Participantes

Psicoeducação Familiar 16 1 14

Gestão de Cuidados/Modelo de Terapeutas de referencia para as Doenças Mentais Graves 16 1 11

Suporte Básico de Vida 12 1 12

Suporte Básico de Vida 12 1 12

Suporte Básico de Vida 12 1 12

Suporte Básico de Vida 12 1 12

Gestão do Tempo e Organização do Trabalho 8 1 13

Gestão da Qualidade e Auditorias Internas 20 1 17

Gestão de Stress 8 1 19

Gestão de Recursos Humanos 30 1 7

Sistema de Normalização Contabilística 30 1 4

Planos Individuais de Intervenção do Utente 20 1 10

SIADAP Médicos 8 1 29

Atendimento ao Público 20 1 8

Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação Automática Externa 6 1 6

Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação Automática Externa 6 1 6

Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação Automática Externa 6 1 6

Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação Automática Externa 6 1 5

Lingua Gestual - 1ª abordagem 12 1 15

(33)

R el atór io de A ctivida de s

A Autoformação, pela importância e volume que representa, é evidenciada no Quadro seguinte:

QUADRO IV

COMISSÕES GRATUITAS DE SERVIÇO ANO 2014

Grupo Profissional Especialidade Nº.

Pedidos N.º Dias Uteis Psiquiatria 69 158 Neurologia 5 8 Neurofisiologia 2 3 Medicina Interna 1 2 Internos Psiquiatria 87 230 Endocrinologia 1 1 38 67 Psicologia 67 131 Farmacia 3 6 12 24 19 36 1 1 2 4 2 5 309 676 Pessoal Médico

Pessoal Técnico Superior Saúde Pessoal de Enfermagem

Pessoal Técnico Diagnóstico e Terapeutica Pessoal Assistente Técnico

Pessoal Assistente Operacional Pessoal Docente

Pessoal Técnico Superior

Total

(34)

R el atór io de A ctivida de s

A ausência dos trabalhadores no seu posto de trabalho, traduziu-se no ano de 2014 em 29.203 dias uteis, encontrando-se a mesma espelhada no quadro seguinte por grupos profissionais:

QUADRO V

ABSENTISMO POR GRUPO PROFISSIONAL ANO 2014

(inclui os dias de férias)

Grupo Profissional Nº dias

Calendário Nº dias úteis Dirigentes 516 387 Médico 6.398 4.905 Técnico Superior Saúde 2.859 2.275 Técnico Superior 1.151 887 Informática 122 99 Enfermeiros 11.713 8.832 Técnico Diagnóstico e Terapeutica 1.822 1.375 Assistentes Técnicos 2.358 1.926 Assistentes Operacionais 11.351 8.451

(35)

R el atór io de A ctivida de s

Na sequência da entrada em funcionamento do Serviço Local de Psiquiatria do Hospital de Vila Franca de Xira e da consequente transferência de responsabilidade assistencial ocorrida em Maio de 2013, verificou-se uma redução da área assistencial em menos 244.377 habitantes.

Todavia, a diminuição da área geodemográfica entretanto ocorrida em 2012 e 2013, com a abertura do Hospital Beatriz Ângelo e Hospital de Vila Franca de Xira, não correspondeu a uma redução proporcional da procura de cuidados prestados pelo CHPL, que se encontra refletida na informação agregada da atividade assistencial.

4.1.

A

TIVIDADE

A

SSISTENCIAL

G

LOBAL

No período em análise, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa assistiu 19.636 utentes, independentemente da diversidade e modalidade de serviços clínicos que lhes foram prestados, tendo registado um crescimento de 4,4% no n.º de utentes do Hospital de Dia/Áreas de Dia e uma diminuição no número de utentes assistidos no internamento e na consulta externa como resultado da diminuição da área de influência. No entanto, quando comparado o número de utilizadores com a população da área de influência do CHPL verifica-se um incremento do rácio em 0,01 pontos percentuais, reveledor da melhoria de acessibilidade.

O crescimento significativo de utilizadores provenientes de fora da área de influência (5,8%), justifica-se pela falta de respostas de outras entidades de saúde e por justifica-ser um Hospital de última linha.

4. Evolução da Principal Atividade Desenvolvida

(36)

R el atór io de A ctivida de s QUADRO VI Nº DE UTILIZADORES DO HOSPITAL/ACESSIBILIDADE 2013/2014

4.2

I

NTERNAMENTO

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa iniciou o ano de 2014 com a lotação de 387 camas, tendo desenvolvido a sua atividade nesse período com uma lotação média praticada de 390 camas, o que significa menos 3,5% relativamente ao ano de 2013, traduzindo-se em menos 14 camas.

Como se depreende da análise do gráfico seguinte, a lotação praticada no final do ano foi de 391 camas.

GRÁFICO III LOTAÇÃO A 31/12

2013 / 2014

2013 2014 Var % 2013 2014 Var % 2013 2014 Var % 2013 2014 Var % 2013 2014 Var % Área de Influência 691.745 691.745 0,0% 271 241 -11,1% 1.426 1.159 -18,7% 11.637 11.201 -3,7% 12.122 11.584 -4,4% Fora da Área de Influência - - - 163 212 30,1% 591 747 26,4% 7.161 7.537 5,3% 7.613 8.052 5,8% TOTAL 691.745 691.745 0,0% 434 453 4,4% 2.017 1.906 -5,5% 18.798 18.738 -0,3% 19.735 19.636 -0,5%

TOTAL N.º de Utilizadores do

CHPL

Hospital de Dia Internamento Consulta Externa População >18 anos 121 136 98 32 121 136 102 32 0% 0% 4% 0% 0% 1% 1% 2% 2% 3% 3% 4% 4% 5% 0 20 40 60 80 100 120 140 160 Agudos Evolução Prolongada Reabilitação Forense Va r % Lo ta ç ã o Fi na l Prati c a da Serviços 2013 2014 Var%

(37)

R el atór io de A ctivida de s 121 121 0,0% 36.435 35.508 -2,5% 2.147 2.029 -5,5% 17,7 18,3 3,7% 76,1% 80,4% 4,3% 136 136 0,0% 52.261 47.685 -8,8% 227 202 -11,0% 593,9 701,3 18,1% 99,0% 96,1% -2,9% 98 102 4,1% 30.611 31.758 3,7% 123 120 -2,4% 784,9 962,4 22,6% 87,3% 86,1% -1,2% 32 32 0,0% 11.473 11.520 0,4% 43 39 -9,3% 1.043,0 1.645,7 57,8% 98,2% 98,6% 0,4% 387 391 1,0% 130.780 126.471 -3,3% 2.521 2.376 -5,8% 59,9 62,2 3,8% 88,7% 88,8% 0,1%

Lotação Final Praticada

2013 2014 Var % Doentes Tratados Serviços Dias Internamento 2013 Taxa de Ocupação Var Abs. Demora Média 2014 Var % 2013 2013 2014 Var % 2014 Var % 2013 Serviço de Agudos

Serviço de Evolução Prolongada

Total do Hospital

Serviço de Reabilitação Serviço de Forense

2014

Relativamente ao Internamento de Agudos e de Evolução Prolongada a lotação manteve-se constante ao longo do ano de 2014.

No Serviço de Reabilitação, em Março, inaugurou-se uma nova unidade de vida autónoma, com uma lotação de 4 camas, significando tal facto, o compromisso evidente por parte do Centro Hospitalar em privilegiar a disponibilização de recursos para internamento na vertente reabilitativa destinada a prevenir a institucionalização e cronicidade de novos doentes mentais e a fomentar programas de desinstitucionalização, atuando como agente facilitador na reinserção sócio-familiar do doente.

QUADRO VII

INTERNAMENTO – DADOS ACUMULADOS 2013 /2014

No ano transato registou-se o internamento de 2.037 doentes, dos quais 17% corresponderam a internamentos compulsivos, o que se traduziu em 347 doentes internados neste regime, mais 30 que no período homólogo.

(38)

R el atór io de A ctivida de s GRÁFICO IV DIAS DE INTERNAMENTO 2013 / 2014

Nos serviços de agudos registou-se, comparativamente com o ano anterior, uma diminuição de 927 dias de internamento, ou seja, menos 2,5%, verificando-se também uma diminuição de 8,8% nos dias de internamento registados nos serviços de Evolução Prolongada, com menos 4.576 dias, justificando-se esta diminuição pela promoção e implementação ao longo do ano, de programas de reabilitação ajustados a esses doentes, tendo em vista a sua desinstitucionalização e reinserção na comunidade. -3% -9% 4% 0% -10% -8% -6% -4% -2% 0% 2% 4% 6% 0 20.000 40.000 60.000 Agudos Evolução Prolongada Reabilitação Forense Var % D ias d e In te rn am e n to Serviços 2013 2014 Var%

(39)

R el atór io de A ctivida de s GRÁFICO V DOENTES TRATADOS 2013 / 2014

Relativamente à demora média, conforme se testemunha no Gráfico VI, verificou-se um ligeiro aumento da demora média nos serviços de agudos, que não obstante a implementação de um programa efetivo de planeamento de altas, levada a efeito com o envolvimento alargado de uma equipa multidisciplinar, foi claramente condicionada pela inexistência de respostas de uma rede nacional de cuidados continuados integrados de saúde mental ou nas alternativas de acolhimento e reintegração existentes na família, revelando-se a este nível ser necessário promover a existência de alternativas de acolhimento e reintegração na comunidade, por forma a diminuir o diferencial médio atualmente existente entre a data da alta clinica e a respetiva alta social.

-5% -11% -2% -9% -12% -10% -8% -6% -4% -2% 0% 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 Agudos Evolução Prolongada Reabilitação Forense Var % D o e n te s Tr atad o s Serviços 2013 2014 Var%

(40)

R el atór io de A ctivida de s GRÁFICO VI DEMORA MÉDIA 2013 / 2014

No Serviço de Reabilitação verificou-se um aumento de 23% na demora média, e no Serviço de Evolução Prolongada registou-se um aumento de 18%. A Psiquiatria Forense regista um aumento de 58% na Demora Média, sendo que a atividade registada neste serviço decorre de decisões judiciais com vista à execução de medidas privativas da liberdade aplicadas a inimputáveis, visando a reabilitação do internado e a sua reinserção no meio familiar e social, por forma a prevenir a prática eventual de outros factos ilícitos, servindo a defesa da sociedade e da vítima em especial.

Através do gráfico VII, constata-se que a taxa de ocupação, nos serviços de agudos, registou um aumento de 4 pontos percentuais em 2014.

4% 18% 23% 58% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 0 300 600 900 1.200 1.500 1.800 Agudos Evolução Prolongada Reabilitação Forense Va r % Dem o ra M é d ia Serviços 2013 2014 Var%

(41)

R el atór io de A ctivida de s GRÁFICO VII TAXA DE OCUPAÇÃO 2013 / 2014

Observaram-se alterações do número de doentes tratados por cama nos serviços de agudos, registando-se um aumento de 2%, face ao período homólogo.

GRÁFICO VIII

DOENTES TRATADOS POR CAMA 2013 / 2014 4% -3% -1% 0% -4% -3% -2% -1% 0% 1% 2% 3% 4% 5% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

Agudos Evolução Prolongada Reabilitação Forense

Va r % Ta x a de O c up a ç ã o Serviços 2013 2014 Var% 2% -6% -8% -8% -10% -8% -6% -4% -2% 0% 2% 4% 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0

Serviço de Agudos Serviço de Evolução Prolongada

Serviço de Reabilitação Serviço de Forense

Va r % Doe nte s trata do s /c a m a Serviços 2013 2014 Var%

(42)

R el atór io de A ctivida de s

4.3

A

MBULATÓRIO

4.3.1 Consulta Externa

As Consultas Médicas registram um aumento de 1,6% no número total de consultas médicas de psiquiatria realizadas, apesar da diminuição da área de influência do Centro Hospitalar Psiquiátrico de

Lisboa. Nas primeiras consultas médicas de psiquiatria, registou-se um crescimento significativo de 3,4%,

verificando-se assim que o peso percentual de primeiras consultas sobre o total sofreu um aumento, passando de 6,7% em 2013 para 6,8% em 2014.

Conforme demonstra o Quadro seguinte verificou-se que as consultas realizadas em estruturas na comunidade registaram um crescimento de 0,8% no seu total e de 10,2% nas primeiras consultas:

(43)

R el atór io de A ctivida de s

2013 2014 % Var. 2013 2014 % Var. 2013 2014 % Var. 2013 2014

2.424 2.246 -7,3% 27.615 26.892 -2,6% 30.039 29.138 -3,0% 8,1% 7,7% 1.176 1.296 10,2% 20.731 20.790 0,3% 21.907 22.086 0,8% 5,4% 5,9% 21 1 -95,2% 498 185 -62,9% 519 186 -64,2% 4,0% 0,5% 8 133 1562,5% 105 569 441,9% 113 702 521,2% 7,1% 18,9% 69 99 43,5% 697 704 1,0% 766 803 4,8% 9,0% 12,3% 214 226 5,6% 3.582 4.518 26,1% 3.796 4.744 25,0% 5,6% 4,8% 3 17 466,7% 1.022 1.371 34,1% 1.025 1.388 35,4% 0,3% 1,2% 29 33 13,8% 367 356 -3,0% 396 389 -1,8% 7,3% 8,5% 24 8 -66,7% 281 146 -48,0% 305 154 -49,5% 7,9% 5,2% 3 4 33,3% 209 207 -1,0% 212 211 -0,5% 1,4% 1,9% 0 6 - 0 0 - 0 6 - - 100,0% 0 10 - 0 96 - 0 106 - - 9,4% 0 27 - 0 71 - 0 98 - - 27,6% 3.971 4.106 3,4% 55.107 55.905 1,4% 59.078 60.011 1,6% 6,7% 6,8% 78 79 1,3% 676 625 -7,5% 754 704 -6,6% 10,3% 11,2% 210 98 -53,3% 1.866 1.404 -24,8% 2.076 1.502 -27,6% 10,1% 6,5% 65 72 10,8% 423 479 13,2% 488 551 12,9% 13,3% 13,1% 34 39 14,7% 0 0 - 34 39 14,7% 100,0% 100,0% 387 288 -25,6% 2.965 2.508 -15,4% 3.352 2.796 -16,6% 11,5% 10,3% 1.858 1.965 5,8% 18.139 17.302 -4,6% 19.997 19.267 -3,7% 9,3% 10,2% 838 777 -7,3% 12.888 11.254 -12,7% 13.726 12.031 -12,3% 6,1% 6,5% 210 154 -26,7% 17.351 17.031 -1,8% 17.561 17.185 -2,1% 1,2% 0,9% 132 111 -15,9% 1.236 1.263 2,2% 1.368 1.374 0,4% 9,6% 8,1% 3.038 3.007 -1,0% 49.614 46.850 -5,6% 52.652 49.857 -5,3% 5,8% 6,0% 7.396 7.401 0,1% 107.686 105.263 -2,3% 115.082 112.664 -2,1% 6,4% 6,6%

Consulta Medicina do Sono Perturbação Obsessiva Compulsiva Consulta Tratamento Compulsivo

TOTAL GERAL CONSULTAS NÃO MÉDICAS

Psicologia no Hospital

Psicologia em Estruturas na Comun. Enfermagem

Dietética / Nutrição

Sub-Total

OUTRAS CONSULTAS MÉDICAS

Endocrinologia Neurologia Sexologia Anestesiologia Sub-Total UTRA Psicoterapia de Grupo Stress Traumático Hiperactividade

Gestão do Stress Socio-Laboral

Sub-Total

CONSULTAS MÉDICAS PSIQUIATRIA

Hospital

Estruturas na Comunidade Psiquiatria Geriátrica Neuropsiquiatria Risco Tabágico

CONSULTAS Primeiras Subsequentes TOTAL

% das primeiras consultas no total

QUADRO VIII

TOTAL DE CONSULTAS POR ESPECIALIDADES 2013 / 2014

O Gráfico VII traduz a decomposição das primeiras consultas, destacando-se pela sua significância relativa, o expressivo aumento das consultas médicas de psiquiatria realizadas.

(44)

R el atór io de A ctivida de s GRÁFICO IX EVOLUÇÃO 1ªs CONSULTAS 2013 / 2014

4.3.2 Hospital de Dia / Área de Dia

OHospital de Dia sendo uma unidade de saúde onde os doentes recebem, de forma programada,

cuidados de saúde, permanecendo sob vigilância, num período inferior a 24h, tem como objectivo a integração e socialização de doentes com patologia do foro psiquiátrico e mental, centra a sua atividade na prestação de cuidados após o internamento, designadamente, tratamentos por via endovenosa, atividades psicoterapêuticas abertas ao exterior, psicologia clínica, grupos de apoio a familiares de doentes, grupo de treino de aptidões sociais e outras psicoterapias de grupo e individuais, integração sensorial, psicodrama e psicodança. Está especialmente indicado para doentes em fase de recuperação de episódio agudo que determinou internamento completo, mas ainda a necessitar de cuidados diários. Também é útil no controlo de crises ou episódios em início ou que não tenham critérios para internamento completo, ou de doentes de controlo difícil ou com

3% -26% -1% 0% -30% -25% -20% -15% -10% -5% 0% 5% 0 2.000 4.000 6.000 8.000 Consultas Médicas Psiquiatria Outras Consultas Médicas Consultas Não Médicas Total Primeiras Consultas Va r % N de C onsul ta s Consultas

(45)

R el atór io de A ctivida de s

resistência ao tratamento. A adesão é voluntária regendo-se por um contrato previamente subscrito, onde estão definidas as condições, duração e objetivos do tratamento.

As Áreas de Dia desenvolvem atividades em várias áreas, nomeadamente, através de grupos de

apoio a doentes e familiares, grupos de auto-ajuda, grupos de treino de aptidões, organização e dinamização de diversos ateliers sendo todas as atividades acompanhadas por profissionais que promovem e orientam as diversas tarefas no conjunto das 6 Áreas de Dia que o CHPL disponibiliza, das quais 4 funcionam em estruturas autónomas e distantes da sede (Odivelas, Graça, Sintra e Vila Franca de Xira).

QUADRO IX

EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE DO H. DIA / ÁREA DE DIA 2013 / 2014

2013 2014 % VAR. 2013 2014 % VAR. 2013 2014 % VAR.

3.868 3.971 2,7 113 112 -0,9 34,2 35,5 3,6 3.753 3.736 -0,5 42 64 52,4 89,4 58,4 -34,7 3.244 1.900 -41,4 79 62 -21,5 41,1 30,6 -25,4 1.024 586 -42,8 17 28 64,7 60,2 20,9 -65,3 3.635 3.958 8,9 109 103 -5,5 33,3 38,4 15,2 538 348 -35,3 4 2 -50,0 134,5 174,0 29,4 - 1.972 - - 24 - - 82,2 -4.298 3.674 -14,5 32 28 -12,5 134,3 131,2 -2,3 1.125 255 -77,3 17 18 5,9 66,2 14,2 -78,6 6.139 5.595 -8,9 79 84 6,3 77,7 66,6 -14,3 450 706 56,9 9 12 33,3 50,0 58,8 17,7 28.074 26.701 -4,9 501 537 7,2 56,0 49,7 -11,3

Grupo Teatro Terapêutico Terapia Ocupacional Doentes Sessões/Doente Sessões Sector A Formação Profissional Hospital de Dia Rádio Aurora TOTAL

Hospital de Dia / Área de Dia

Sector S

Vila Franca de Xira Psicogeriatria Alcoologia Casa da Graça

(46)

No ano transato, em termos de atividade registou-se nos Hospitais de Dia e Áreas de Dia um aumento de 7,2% no n.º de utentes embora o número de sessões tenha registado uma diminuição de 4,9%.

4.3.3 Intervenção Domiciliária

As Equipas de Serviço Domiciliário caracterizam-se por serem equipas de intervenção multidisciplinar, tendo como principal objetivo contribuir para a promoção da saúde mental da população residente nas freguesias abrangidas, assegurando a prestação de cuidados mais próximos das pessoas e encontrando mecanismos de agilização os quais visam uma maior participação da comunidade, dos utentes e das suas famílias.

O apoio no domicílio visa a promoção de uma relação terapêutica entre utente/família e os profissionais prestadores de cuidados, através da avaliação de situações que possam comprometer ou alterar o estado de saúde mental da pessoa/família, realizando intervenções psico-educativas no âmbito do reconhecimento precoce de sinais e sintomas de descompensação. Contribui deste modo para melhorar a acessibilidade aos cuidados de saúde mental na comunidade. Durante o ano de 2014, foram realizadas 5.650 visitas (3.833 deslocações) pelas diferentes Equipas de Apoio Domiciliário.

Na sequência da implementação de projetos promovidos no âmbito dos Programas Inovadores do Plano Nacional de Saúde Mental (PISM), o “Pro-Actus” realizou 1.648 visitas domiciliarias (inclui consulta – médico), mais 4,5% face ao período homólogo, representado 29,2 % do número de deslocações realizadas pelo CHPL. A Equipa de Domiciliária PRETRARCA, efetuou 2.534 no decorrer de 2014, que refletiu num aumento de 16,0 %, face ao período homólogo, representando 44,85% do número de visitas domiciliárias efetuadas pelo CHPL.

(47)

R el atór io de A ctivida de s GRÁFICO X

EVOLUÇÃO DAS VISITAS DOMICILIÁRIAS 2013 / 2014

4.3.4 Urgência

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa assegurou, em 2014, a Urgência Metropolitana de Psiquiatria no Centro Hospitalar Lisboa Central (Hospital de S. José), sendo as equipas médicas constituídas grandemente por recursos humanos do CHPL.

4.3.5 Psiquiatria Forense

No decurso do ano de 2014, o Serviço de Psiquiatria Forense, responsável pelo tratamento de doentes em cumprimento de pena privativa de liberdade assegurou o internamento, tratamento e reabilitação de doentes mentais inimputáveis do sul do país, referenciados pelo Ministério da Justiça.

-39,22% -25,97% -36,50% -45% -40% -35% -30% -25% -20% -15% -10% -5% 0% 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000

Consulta - Médico Enfermeiros Outros Profissionais Nº de Visitas 2013 Nº de Visitas 2014 Var % (2013/2014)

N

º

d

e

V

is

ita

s

(48)

R el atór io de A ctivida de s

O Serviço de Psiquiatria Forense é constituído por:

- Uma enfermaria, com lotação média praticada de 32 camas, com vista à aplicação de um

plano terapêutico para tratamento e de reabilitação, estruturado em função das necessidades, aptidões individuais e avaliação de risco, reabilitação e inserção social de doentes do sexo masculino, a cumprir pena, referenciados pelos tribunais, através do respeito pela individualidade, promovendo o seu envolvimento e dos familiares em atividades ocupacionais e terapias individuais ou de grupo. No ano de 2014, a atividade desta enfermaria traduziu-se em 39 doentes tratados, com 11.520 dias de Internamento;

- Um Gabinete de Perícias Forenses, destinado a dar resposta a todos os pedidos de realização de exames periciais, solicitados pelos tribunais e demais organismos da Administração Pública e que registou a seguinte atividade:

O Serviço recebeu 377 solicitações para a realização de exames médicos legais e avaliações psicológicas e a sua actividade distribuiu-se do seguinte modo:

Nº de Exames Distribuídos em 2014: Psiquiatria 333 / Psicologia 76

 Nº de Relatórios realizados: Psiquiatria 377 / Psicologia 69

 Nº de Desistências: Psiquiatria 28 / Psicologia 6

 Nº de Relatórios efectuados no exterior: Psiquiatria 44 / Psicologia 0

 Nº de Relatórios realizados, referentes a períodos anteriores: Psiquiatria 246 / Psicologia 40

 Nº de relatórios efectuados no exterior, referentes a períodos anteriores: Psiquiatria 14 / Psicologia 0

Total de exames concluídos: Psiquiatria 377 / Psicologia 69

(49)

R el atór io de A ctivida de s

4.3.6 Serviço de Reabilitação – Unidades Ambulatórias

4.3.6.1 Unidade de Terapia Ocupacional

A Unidade de Terapia Ocupacional (UTO), é uma das valências do Serviço de Reabilitação do

C.H.P.L. e sedeada no Pavilhão 26, dispõe de uma equipa especializada.

A Terapia Ocupacional intervém na prevenção e na reabilitação da disfuncionalidade, com vista a proporcionar ao doente o máximo de desempenho e autonomia nas suas actividades; actividades da vida diária, gestão doméstica, gestão de dinheiro…; participação social, lazer, actividades produtivas, educativas, profissionais ou de voluntariado.

A Terapia Ocupacional tem como objectivo promover a capacidade de escolha, organização e desempenho satisfatório das ocupações identificadas como significativas pelos doentes. Para tal, utilizam-se actividades e técnicas adequadas que promovam competências, hábitos e inclusivamente a própria motivação dos doentes para o seu envolvimento ocupacional, condição essencial e inerente ao conceito de saúde. Contribui-se assim para o incremento e manutenção da saúde, como a prevenção de recaídas/cronicidade, associadas ao não envolvimento ocupacional.

A sua abordagem é centrada na pessoa doente, proporcionando-lhe um leque variado e abrangente de oportunidades de envolvimento ocupacional que vão de encontro às suas necessidades, objectivos, interesses e valores individuais e que permitem: exploração de novos contextos, interesses e ocupações, treino de competências e desempenhos em contexto real, interiorização de novos hábitos e papeis, estabelecimento de rotinas de participação activa.

Para a concretização destes objectivos promovem-se programas de intervenção, de acordo com os seus projectos de vida e os seus papéis ocupacionais, tais como: Integração na vida activa; encaminhamento para formação profissional, ministrado no CHPL, em tecnologias de informação, costura e engomadoria, ou outros disponíveis noutras entidades para onde os doentes podem ser

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