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DECISÃO EM FACE DE IMPUGNAÇÃO DO PREGÃO ELETRÔNICO

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DECISÃO EM FACE DE IMPUGNAÇÃO DO PREGÃO ELETRÔNICO 005-2021

Edital: PREGÃO ELETRÔNICO nº 005/2021

Objeto: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS CONGÊNERES DE VARRIÇÃO NOS LOGRADOUROS PÚBLICOS, BEM COMO A COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES, COMERCIAL, PÚBLICOS E DE FEIRAS LIVRES, INCLUSIVE TRANSPORTE COM CAMINHÃO COMPACTADOR EM TODA ZONA URBANA DO MUNICÍPIO DE IGAPORÃ-BAHIA.

Assunto: Impugnação ao Edital Licitatório Interessada: A & S CONSTRUTORA E SERVIÇOS LTDA

INTRODUÇÃO:

Recebido por este Pregoeiro para análise do pedido de impugnação ao Edital de Pregão Presencial nº 005/2021 acima identificado, enviado pela empresa A & S CONSTRUTORA E SERVIÇOS LTDA.

ADMISSIBILIDADE:

Acerca da admissibilidade da presente impugnação, o Impugnante apresentou via e-mail as razões de impugnação em 09/08/2021, tem-se com admissivel e tempestiva, conforme item 5.1 do edital e pelo Decreto Federal nº 10.024 de 20/09/2019, art. 24:

“Qualquer pessoa poderá impugnar os termos do edital do pregão, por meio eletrônico ou presencialmente, na forma prevista no edital, até 03 (três) dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública.” DAS RAZÕES DA IMPUGNANTE E DOS CONTRAPONTOS:

A empresa A & S CONSTRUTORA E SERVIÇOS LTDA requer a nulidade do Edital de Licitação, requerendo que a Administração Publica se abstenha das exigências abaixo e que seja incluido no termo de referência elementos outros para fins de eleboração de metodologia de trabalho. Alega, sobretudo que, em razão de que a exigência de apresentação, na fase de habilitação, do PPRA, PCMSO, LTCAT E PGRS, fere o caráter competitivo do certame. Eis os pontos contestados pela Impugnante:

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1. EXIGÊNCIA DE PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA;

2. EXIGÊNCIA DE PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL – PCMSO;

3. EXIGENCIA DE LICENÇA POR ADESÃO E COMPROMISSO – LAC – TRANSPORTADORA DE RESÍDUOS

E/OU PRODUTOS PERIGOSOS, EMITIDA PELO INEMA, EM NOME DA LICITANTE, EM PLENA VIGÊNCIA;

4. EXIGÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DE CONTRATO DE LEASING COM REGISTRO PARA CONTRATAÇÃO

FUTURA;

5. EXIGÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DE METODOLOGIA DE SERVIÇOS CONCOMITANTE A CERTIDÃO DE

ACERVO TECNICO, LTCAT, PGRS PROJETO NA AREA AMBIENTAL E DEMAIS COMPROVAÇÕES DIVERGENTES AO OBJETO;

6. AGLUTINAÇÃO DE OBJETOS;

7. TERMO DE REFERENCIA SEM ESPECIFICAÇOES E CRITERIOS TECNICOS DOS ITENS .

EXIGENCIAS DE PROGRAMAS DE RISCO AMBIENTAL, DE CONTROLE MÉDICO, DE GERENCIAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS EM FASE DE HABILITAÇÃO.

Afirma que o Edital não deve exigir documentos que não esteja previsto em lei e/ou que não se relacionem intimamente com a execução do objeto.

Cita o Acórdão nº 365/2017 do Plenário do TCU, cuja relatoria coube ao Ministro José Mucio Monteiro, julgamento em 08/03/2017.

Efetivamente este Acórdão rechaça a exigência de PPRA e PCMSO na fase habilitatória da licitação, contudo citada decisão, permissa vênia, não se presta para servir de base para dar provimento à Impugnação vergastada, conforme abaixo se logrará demonstrar.

O julgado usado como paradigma, tem objeto “a contratação de empresa para a execução de obras e serviços de engenharia para implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário naquele Município”, que utiliza aparentemente de pouca mão de obra, no entanto, no nosso caso, teremos utilização de um número muito significativo de mão de obra, razão disso, os objetos se tornam muito diferentes, são contextos diferentes e realidades diferentes.

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Cita o Acórdão nº 2416/2017 da 1ª Câmara do TCU, cuja Relatoria coube ao Ministro Weder de Oliveira, julgamento em 24/04/2017.

Na visão desta Administração, também esse julgando não serve como paradigma, uma que o objeto discutido no liame também não tem mão de obra, mas se trata de: “PREGÃO PRESENCIAL Nº 006/2017 – PROC. ADM. nº 019/2017 – OBJETO: Contratação de locação de veículos para o Transporte Escolar para os alunos da rede municipal e ensino médio da rede estadual no Município de Irará”.

NORMATIVOS AUTORIZADORES PARA A INCLUSÃO DA EXIGÊNCIA E AGLUTINAÇÃO DE OBJETOS.

A própria Lei Federal nº 8.666/93, em seu art. 30, inciso IV traz o fundamento legal para a exigência do PPRA e PCMSO, vejamos:

Art. 30 - A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso.

Pois bem, em conformidade com as exigências da Lei Federal nº 6.517/77, da Portaria nº 3.217/78 do Ministério do Trabalho, assim como da consolidação das Leis Trabalhistas – CLT (Capítulo V, título II), e nas Diretrizes e Estratégicas estabelecidas pela Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador – PNSST, temos a necessidade de inclusão nos processos licitatórios da administração pública direta e indireta, requisitos de:

NR6 – Utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, Diálogo diário de Segurança – DDS, Análise Prévia de Risco – APR e/ou Análise de Tarefa Crítica – ATC; NR7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, Atestados de Saúde Ocupacional – ASO;

NR9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.

Ademais, impera destacar ainda que a Portaria SIT nº 588, de 30/01/2017, do Ministério do Trabalho, a quem compete a Regulação em Segurança e Saúde no Trabalho, disciplina o texto básico para a criação das Normas Regulamentadoras da atividade de limpeza urbana, uma vez que esta se encontra em estreita correlação com o Plano Nacional de Resíduos

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Sólidos, razão pela qual, invocando o disposto nos arts. 155 e 200 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 e no art. 4º da Portaria MTE nº 1.127, de 2 de outubro de 2003, concedeu 60 (sessenta) para discussão e aprovação da norma cujo texto fora inicialmente elaborado pelo MT.

Pois bem, a Norma Regulamentadora nº 7 (NR 7), afirma o seguinte:

7.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.

Também, no mesmo sentido, encontramos a Norma Regulamentadora nº 9 (NR 9), com a seguinte redação:

9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

Portanto, estamos frente primeiro de uma previsão legal (inciso IV, do art. 30 da LL) para a exigência do PPRA e PCMSO, e, segundo de norma regulamentadora que obriga que todas as empresas prestadoras de serviços de mão de obra, tenham implementados os dois programas.

Ademais é obrigação da compravação em nome da licitante, de atender as normas abaixo, em conformidade com as exigências previstas na Lei Federal nº 6.514/77, na Portaria 3.214/78 do Minsitério do Trabalho, combinado com a Consolidaçao das Leis

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Trabalhistas, em seu Capítulo V, Titulo II e Lei 8.080/90, 8.212/91 e 8.212/91, PPRA, PCMSO, LTCAT, assim como decidido pelo Grupo Interministerial e revigorado nas Diretrizes e Estratégias estabelecidas pela Política Nascional de Segurança e Saude do Trabalhador – PNSST, que dispõe sobre a inclusão nos processo licitatórios dos órgão da admisnitração publica direta e indireta requisitos de: NR6, NR7 e NR9.

Importante tecermos informações acerca da obrigatoriedade quanto à elaboração do Plano de Gerenciamento de resíduos sólidos, instituído pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei federal n° 12.305/10), bem como sua adequação dentro das normas ambientais.

O PGRS é um documento técnico que apresenta um conjunto de ações exercidas nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados.

O PGRS tem o objetivo então de organizar e promover de maneira eficiente a sustentabilidade em operações que envolvam os resíduos sólidos. Além disso, promover a qualidade de vida da população, contribuindo com aspectos econômicos, sociais e ambientais envolvidos, devendo ser exigido sob pena de ir contrários a meio ambiente e a política nacional de saneamento e destinação adequada dos resíduos gerados pela população.

Com isso, podemos dizer duas coisas com muita propriedade, quais sejam: uma que o inciso IV do art. 30 da Lei de Licitações permite de forma clara a exigência, em fase de habilitação dos programas, uma vez que a norma assinala a possibilidade de exigir documento que faça prova de requisito previsto em lei. Evidente que as “Normas Regulamentadoras” não são leis em sentido estrito, conduto têm a mesma força, eis que emanadas de órgão com capacidade legislativa; duas o fato de que todas as empresas do ramos são obrigadas a implantar o PPRA e PCMSO; e possuir LTCAT e PRGS, razão disso, a simples entrega perante ao processo licitatório de um documento que sabidamente existe, não pode ser motivo de restrição do caráter competitivo do certame.

Também importante destacar, que cabe à contratante a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento das normas trabalhistas pela contratada, sob pena de responsabilidade solidária, conforme previsão da Súmula nº 331 do TST, vejamos:

IV – O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implicar a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, qando áquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista,

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desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo judicial (art. 71 da Lei nº 8.666/93). (Alterado pela Res. 96/2000, DJ 18.09.2000).

Então a exigência da comprovação de tais documentos, já em fase de habilitação técnica, evita que eventualmente se faça um contrato com empresa que eventualmente não detenha esses instrumentos, o que motivará por certo perda de tempo e prejuízo ao erário.

Dessa forma, entendemos, que por se tratar de documento obrigatório da empresa legalmente constituída, independente do porte da empresa, não há efetivamente nenhuma restrição para que participe do certame.

DA EXIGÊNCIA DA LAC:

Exigir da Licença Por Adesão e Com promisso – LAC – Tranportadora de resíduos e/ou produtos perigos, emitida pela INEMA, em nome da licitante em plena vigência é perfeitamente legal. Ulitzamos o argumento da própria Impugnante da sua necessidade. Vejamos:

“Não há, em todo instrumento convocatório, nenhuma menção a recolhimento, transporte, transbordo e destinação final de resíduos e

produtos perigosos, e que além do mais, trata-se de outro objeto

diverso ao tratado no processo administrativo em epigrafe.”

Por um lapso na análise do Termo de Referência, parte itegrante do edital, por parte da Impugnante não percebeu que em suas diretreizes básicas (item 5.1), consta a coleta diferenciada de animais mortos de pequeno porte etc.;

No transporte de animais mortos, resíduos classe I (resíduos de saúde – perigosos), ABNT - NBR 12808.

DA EXIGÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DE CONTRATO DE LEASING COM REGISTRO PARA CONTRATAÇÃO FUTURA E DO TERMO DE REFERÊNCIA:

Imprimi-se de logo que o edital não exige apresentação exclusiva de contrato de leasing com regsitro de contratação futura, essa na verdade é uma das opções dadas pela

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administraçao para que a licitantes, se tem este tipo de contrato, poderá ultizá-lo.

Não existe a previsão de que a licitante apresente contrato de leasing ou seja proprietária do veículo caminhão compactador, mas alternativamente Quando os equipamentos automotores forem de propriedade da Licitante, esta deverá declarar, formalmente, a sua disponibilidade e consequente vinculação ao futuro contrato, bem como comprovar a propriedade dos bens através de CRLV – Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos ou Quando não forem de propriedade do proponente, deverá ser anexado o comprovante de cadastro de veículo junto ao DETRAN e o termo de contrato entre o licitante e o vendedor, cedente ou locador registrado no Cartório de Títulos e Documentos. Circunstância semelhante ocorrerá quando os equipamentos automotores forem objeto de leasing ou de locação. Também nesta situação os contratos deverão ser registrados no Cartório de Títulos e Documentos e vinculados ao futuro contrato.

Conforme o Art. 30, § 6° da Lei 8.666/93, é permitida as exigencias mínimas relativas a instalações de canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico especializado, considerados essenciais para o cumprimento do objeto da licitação.

No que se refere a alegação da Impugnante de que o Termo de Referência não apresenta especificaçoes e critérios técnicos, é preciso observar que o termo de referência e o projeto básico são documentos que devem contér os elementos necessários e suficientes para que as licitantes tenham uma ideia dos serviços que irão prestar, contudo é preciso que as licitantes, utlizem do seu direito de pedido de esclarecimentos para dirimir as dúvidas surgidas e também que façam a visita técnica, para no local da prestação dos serviços, possam observar os detalhes que talvez não estejam expliticos no edital e seus anexos. Infelimzmente, por não ser obrigatório no presente edital, muitas empresas deixam de fazer a visita técnica e encontram dificuldades em elaborar a sua proposta. Neste caso, a adminsitração fica a disposição tanto para apresentar as licitantes, através da vistoria, quando esclarecer dúvidas nos respectivos pedidos de esclareciementos.

Em relação ao “cálculo dos custos e o conhecimento de forma definitiva de todas as variáveis envolvidas na execuçao do objeto proventura contratado”, temos a informar a

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Impugnante que a Administração Pública não tem a obrigação de divulgar com antecedência os valores cotados e em realçao ao conhecimento de forma definitiva de todas as variáveis é necessário que se utilize seus direito de pedido de esclarecimento e de forma precisa aponte a dúvida e/ou que faça a visitia técnica ao local onde os serviços serão prestados. De forma vaga, como mensionado no pedido de Impugnação é impossivel obter as respostas.

CONCLUSÃO:

Assim, após todo o acima exposto, rrecebemos o presente pedido de impugnação ao edital em epígrafe, apra no mérito julgá-lo IMPROCEDENTE tendo em vista que não há nenhuma dificuldade para que as licitantes participem do certame e apresentem os documentos exigidos e objetos de impugnações na fase de habilitação técnica, uma vez que teriam que apresentar de toda forma, na fase de contratação.

Portanto não havendo restrição ao caráter competitivo do certame, entendemos que o Edital Licitatório em discussão deva ser mantido incólume e sem qualquer tipo de modificação, NEGANDO PROVIMENTO, para o fim de realizar na data aprazada o pregão eletrônico objetivado.

Igaporã – Bahia, 11 de agosto de 2021.

Luís Carlos Neves Souza Pregoeiro Oficial

Referências

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