LISTA DE EXERCÍCIOS 3 - TÓPICOS DE MATEMÁTICA APLICADA (MAP 2313)
PROF: PEDRO T. P. LOPES WWW.IME.USP.BR/∼PPLOPES/TMA
Os exercícios a seguir foram selecionados do livro do G. Folland e do D. Figueiredo. (F. X, ex.Y) indica o exercício Y do capítulo X do livro do Folland e (D. X, ex.Y) indica o exercício Y do capítulo X do livro do Djairo. Nos exercícios abaixo denotaremos a transformada de Fourier porF(f)ou porfˆ.
Exercício 1. (D. 6, ex.2.2) Calcule as transformadas de Fourier das funções abaixo:
i)ua(x) =
1, se |x| ≤a
0, se |x|> a , para uma constante a >0. ii)f(x) =
1−|x|a , se |x| ≤a 0, se |x|> a . iii)f(x) =e−a|x|.
iv)f(x) =
e−ax, sex >0
0, se |x| ≤a , para uma constantea >0. v)f(x) =e−ax2, para uma constantea >0.
Respostas:
i) 2sen(aξ)ξ . ii) 2(1−cos(aξ))
aξ2 . iii) a22a+ξ2. iv) a+iξ1 . v)pπ
ae−ξ
2 4a
Exercício 2. (D. 6, ex.2.3) Encontre uma função f : R→ C tal que fˆ=f, ou seja, tal que f seja igual a sua transformada de Fourier. (Lembre-se dos exemplos dados em sala de aula)
Resposta: Na verdade, o enunciado deveria ter sidofˆ=√
2πf. (Ele foi retirado do Djairo que coloca uma convenção diferente paraF)
Uma função que satisfaz esta relação éf(x) =e−x22.
Exercício 3. (D. 6, ex.2.4) Mostre que se f : R → C é uma função par, ou seja, f(x) = f(−x), então a sua transformada de Fourierfˆé uma função que assume apenas valores reais, ou seja,fˆ(ξ)∈Rpara todoξ∈R.
Resolução: Devemos assumir também que f(x) ∈ R para todo x ∈ R (Faltou esta hipótese no enunciado).
Com a hipótese acima, basta observar que F(f) (ξ) =
ˆ ∞
−∞
e−ixξf(x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξf(x)dx+ ˆ 0
−∞
e−ixξf(x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξf(x)dx+ ˆ ∞
0
eixξf(−x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξf(x)dx+ ˆ ∞
0
eixξf(x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξ+eixξ
f(x)dx= 2 ˆ ∞
0
cos(xξ)f(x)dx∈R.
Exercício 4. (D. 6, ex.2.5) Mostre que se f : R → C é uma função ímpar, ou seja, f(x) = −f(−x), então a sua transformada de Fourier fˆé uma função que assume apenas valores imaginários puros, ou seja, fˆ(ξ) é um imaginário puro para todoξ∈R.
Resolução: Devemos assumir também que f(x) ∈ R para todo x ∈ R (Faltou esta hipótese no enunciado).
Com a hipótese acima, basta observar que F(f) (ξ) =
ˆ ∞
−∞
e−ixξf(x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξf(x)dx+ ˆ 0
−∞
e−ixξf(x)dx=
1
ˆ ∞ 0
e−ixξf(x)dx+ ˆ ∞
0
eixξf(−x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξf(x)dx− ˆ ∞
0
eixξf(x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξ−eixξ
f(x)dx=−2i ˆ ∞
0
sen(xξ)f(x)dx.
Como´∞
0 sen(xξ)f(x)dx∈R, concluímos queF(f) (ξ)é um imaginário puro.
Exercício 5. (D. 6, ex.2.6) Sejaf : [0,∞[→Cuma função emL1(R). Dena i) A transformada cosseno de Fourier
Fc(f) (ξ) = ˆ ∞
0
cos(xξ)f(x)dx.
ii) A transformada seno de Fourier
Fs(f) (ξ) = ˆ ∞
0
sen(xξ)f(x)dx.
Mostre que se estendermosf como um função par, temos Fc(f) =1
2F(f). Mostre que se estendermosf como uma função ímpar, temos
Fs(f) = 1 2iF(f). Resolução:
Sef˜é a extensão par def, então F
f˜ (ξ) =
ˆ ∞
−∞
e−ixξf˜(x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξf˜(x)dx+ ˆ 0
−∞
e−ixξf˜(x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξf˜(x)dx+ ˆ ∞
0
eixξf˜(−x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξf˜(x)dx+ ˆ ∞
0
eixξf˜(x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξ+eixξf˜(x)dx= 2 ˆ ∞
0
cos(xξ)f(x)dx= 2Fc(f) (ξ). Sef˜é a extensão ímpar def, então
F f˜
(ξ) = ˆ ∞
−∞
e−ixξf˜(x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξf˜(x)dx+ ˆ 0
−∞
e−ixξf˜(x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξf˜(x)dx+ ˆ ∞
0
eixξf˜(−x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξf˜(x)dx− ˆ ∞
0
eixξf˜(x)dx= ˆ ∞
0
e−ixξ−eixξf˜(x)dx=−2i ˆ ∞
0
sen(xξ)f(x)dx=−2iFs(f) (ξ). Exercício 6. (D. 6, ex.2.7) SejaF a transformada de Fourier. Mostre que:
i)F(f(−x)) (ξ) =F(f) (−ξ). ii)F
f(x)
(ξ) =F(f) (−ξ). iii)F f xa
(ξ) =aF(f) (aξ),a >0. iv)F(f(x−b)) (ξ) =e−ibξF(f) (ξ),b∈R.
v)F f(x)e−icx
(ξ) =F(f) (ξ+c),c∈R.
Resolução:
i)
F(f) (−ξ) = ˆ ∞
−∞
e−ix(−ξ)f(x)dx= ˆ ∞
−∞
eixξf(x)dx= ˆ ∞
−∞
e−ixξf(−x)dx=F(f(−x)) (ξ). ii)
F f(x)
(ξ) = ˆ ∞
−∞
e−ixξf(x)dx= ˆ ∞
−∞
eixξf(x)dx= ˆ ∞
−∞
e−ix(−ξ)f(x)dx=F(f) (−ξ).
iii) F
fx a
(ξ) =
ˆ ∞
−∞
e−ixaξf(x)dx= ˆ ∞
−∞
e−ixaξf ax
a
a1 adx=
ˆ ∞
−∞
e−iyξf(ay)ady=aF(f) (aξ).
iv)
F(f(x−b)) (ξ) = ˆ ∞
−∞
e−ixξf(x−b)dx= ˆ ∞
−∞
e−i(y+b)ξf(y)dy=e−ibξ ˆ ∞
−∞
e−iyξf(y)dy=e−ibξF(f) (ξ). v)
F f(x)e−icx (ξ) =
ˆ ∞
−∞
e−ixξ−icxf(x)dx= ˆ ∞
−∞
e−ix(ξ+c)f(x)dx=F(f) (ξ+c). Exercício 7. (D. 6, ex.2.8) Calcule a transformada de Fourier das funções abaixo:
i)e−(x−3)22 ii)e−(2x+1)2
iii)f tal que f(2) = 1,f(x) = 0, se|x−2| ≥1ef é uma função seccionalmente linear (o gráco def será um triângulo com centro em2)
Respostas:
i)e−3iξe−ξ
2 2 .
ii) Vemos que ˆ ∞
−∞
e−ixξe−(2x+1)2dx= ˆ ∞
−∞
e−ixξe−4(x+12)2dx= ˆ ∞
−∞
e−i(y−12)ξe−4y2dy=eiξ2 ˆ ∞
−∞
e−iyξe−4y2dy= rπ
4eiξ2−ξ
2 16. iii) Vemos que ˆ ∞
−∞
e−ixξf(x)dx= ˆ 2
1
e−ixξ(x−1)dx+ ˆ 3
2
e−ixξ(3−x)dx.
Exercício 8. (D. 6, ex.2.9) Calcule a transformada de Fourier das funções abaixo:
i)e−a|x|cos(cx). ii)e−ax2sen(cx). Respostas:
i) 12
2a
a2+(ξ−c)2 +a2+(ξ+c)2a 2
. ii) 2i1
pπ
ae−(ξ−c)24a −pπ
ae−(ξ+c)24a . Exercício 9. (D. 3.3, ex.2.10) Mostre que
i)F(f(x)cos(cx)) = 12h
fˆ(ξ−c) + ˆf(ξ+c)i . ii)F(f(x)sen(cx)) = 2i1 h
fˆ(ξ−c)−fˆ(ξ+c)i . Resolução:
i)
F(f(x)cos(cx)) = ˆ ∞
−∞
e−ixξcos(cx)f(x)dx= ˆ ∞
−∞
e−ixξeicx+e−icx
2 f(x)dx= 1
2 ˆ ∞
−∞
e−ix(ξ−c)f(x)dx+ ˆ ∞
−∞
e−ix(ξ+c)f(x)dx
=1 2
hfˆ(ξ−c) + ˆf(ξ+c)i . ii)
F(f(x)sen(cx)) = ˆ ∞
−∞
e−ixξsen(cx)f(x)dx= ˆ ∞
−∞
e−ixξeicx−e−icx
2i f(x)dx= 1
2i ˆ ∞
−∞
e−ix(ξ−c)f(x)dx− ˆ ∞
−∞
e−ix(ξ+c)f(x)dx
= 1 2i
hfˆ(ξ−c)−fˆ(ξ+c)i .
Exercício 10. (D. 3.5, ex.3.1) Seja f : R → C uma função linear tal que f e f0 pertencem a L1(R) e tal que limx→±∞f(x) = 0. Mostre queF(f0) (ξ) =iξF(f) (ξ). (Dica: Integre por partes)
Resolução: Basta observar que F(f0) (ξ) =
ˆ ∞
−∞
e−ixξf0(x)dx= e−ixξf(x)
∞
−∞− ˆ ∞
−∞
d
dx e−ixξ
f(x)dx=
iξ ˆ ∞
−∞
e−ixξf(x)dx=iξF(f) (ξ).
Exercício 11. (D. 3.5, ex.3.4) Sejaf :R→Cuma função de classeL1(R)tal que ´∞
−∞f(x)dx= 0. Mostre que F
ˆ x
−∞
f(t)dt
(ξ) = 1
iξF(f) (ξ). Resolução:
F ˆ x
−∞
f(t)dt
(ξ) = ˆ ∞
−∞
e−ixξ ˆ x
−∞
f(t)dt
dx= ˆ ∞
−∞
e−ixξ ˆ x
−∞
f(t)dt
dx=
e−ixξ
−iξ ˆ x
−∞
f(t)dt
∞
−∞
− ˆ ∞
−∞
e−ixξ
−iξ f(x)dx= 1 iξ
ˆ ∞
−∞
e−ixξf(x)dx= 1
iξF(f) (ξ). Exercício 12. (D. 3.5, ex.3.7) Mostre que sef ∈L1(R)for contínua, então
i)F(F(f)) (x) = 2πf(−x). ii)F4(f) (x) = (2π)2f(x).
Exercício 13. (D. 3.5, ex.3.16) Ache um exemplo de função f : R →C que seja L1(R) de classe C∞, ou seja, innitamente diferenciável, mas queF(f)não seja diferenciável em todos os pontos. (Dica: Pense nos exemplos dados em sala de aula)
Resposta: Um possível exemplo éf(x) =1+x12, em quefˆ(ξ) =πe−|ξ|não é diferenciável emξ= 0.
Exercício 14. (F. 7.1, ex.4) Sejaf(x) =e−x2 eg(x) =e−2x2. Calculef∗g. (Dica: Complete quadrados e use que
´∞
−∞e−x2dx=√ π).
Resolução:
f∗g(x) = ˆ ∞
−∞
f(x−t)g(t)dt= ˆ ∞
−∞
e−(x−t)2e−2t2dt= ˆ ∞
−∞
e−x2+2xt−t2−2t2dt= ˆ ∞
−∞
e−x2−3t2+2xtdt= ˆ ∞
−∞
e−x2−3(t2−23xt)dt= ˆ ∞
−∞
e−x
2−3h
(t−13x)2−19x2i
dt=e−23x2 ˆ ∞
−∞
e−3(t−13x)2dt=
e−23x2
√3 ˆ ∞
−∞
e−(√3s)2√
3ds= e−23x2
√3 ˆ ∞
−∞
e−w2dw= rπ
3e−23x2. Exercício 15. (F. 7.1, ex.5) Sejaft(x) = √1
4πte−x4t2. Mostre queft∗fs=ft+s. Resolução: Feito em sala de aula.
Exercício 16. (F. 4.2, ex.2) Sejaf :R→Ca função dada por f(x) =
1, se |x| ≤1 0, se |x|>1 . i) Calculef∗f ef∗f∗f.
ii) Sejaf(x) = 1f xeg(x) =x3−x. Calculef∗ge mostre quelim→0f∗g= 2g diretamente.
Solução:
i)
f∗f(x) =
x+ 2,−2≤x≤0 2−x,0≤x≤2 0,de outra forma
. e
f∗f∗f(x) =
1
2(x+ 3)2,−3≤x≤ −1 3−x2,−1≤x≤1
1
2(3−x)2,1≤x≤3 0,de outra forma ii)f∗g(x) = 2x3+ 82−2
x.
Exercício 17. (F. 7.4, ex.1) Calcule as seguintes transformadas de Fourier seno e cosseno:
i)Fs e−kx ii)Fc e−kx
iii)Fc (1 +x)e−kx iv)Fs xe−kx Resolução:
i) ξ2+kξ 2
ii) ξ2+kk 2
iii) (1+ξ22)2 é a solução parak= 1. iv) (1+ξ2ξ2)2
Exercício 18. (F. 7.4, ex.1) Resolva a equação do calor ∂u
∂t(t, x) =k∂∂x2u2 (t, x), x∈R, t >0 u(0, x) =f(x), x∈R
. para
f(x) =
T, |x| ≤a 0, |x|> a . Resolução:
Aplicando a Transformada de Fourier emuna variávelx, temos ∂uˆ
∂t(t, ξ) =−kξ2uˆ(t, ξ), ξ∈R, t >0 ˆ
u(0, ξ) = ˆf(ξ), ξ∈R
. Logo vemos que
ˆ
u(t, ξ) = ˆf(ξ)e−kξ2t. Assim
u(t, x) =F−1
fˆ(ξ)e−kξ2t
=F−1 fˆ(ξ)
∗ F−1 e−kξ2t
=
√1 4πkt
ˆ ∞
−∞
e−(x−y)24kt f(y)dy= 1
√4πkt ˆ T
−T
e−(x−y)24kt f(y)dy.
Exercício 19. (D. 4.3, ex.5) Use a transformada de Fourier para resolver o problema:
∂u
∂t(t, x) =k∂∂x2u2(t, x) +g(t, x), x∈R, t >0 u(0, x) =f(x), x∈R
. Resolução:
Vamos achar a solução de
∂u
∂t(t, x) =k∂∂x2u2(t, x) +g(t, x), x∈R, t >0
u(0, x) = 0, x∈R .
Aplicando a Transformada de Fourier emuna variávelx, temos ∂uˆ
∂t(t, ξ) =−kξ2uˆ(t, ξ) + ˆg(t, ξ), ξ∈R, t >0 ˆ
u(0, ξ) = 0, ξ∈R .
Logo vemos que
ˆ u(t, ξ) =
ˆ t 0
e−kξ2(t−s)gˆ(s, ξ)ds.
Assim
u(t, x) =F−1 ˆ t
0
e−kξ2(t−s)ˆg(s, ξ)ds
= ˆ t
0
F−1
e−kξ2(t−s)gˆ(s, ξ) ds= ˆ t
0
F−1
e−kξ2(t−s)
∗ F−1(ˆg(s, ξ))ds= ˆ t
0
1 p4πk(t−s)
ˆ ∞
−∞
e−
(x−y)2
4k(t−s)g(s, y)dy
ds.
Logo a solução nal (usando princípio da superposição) é u(t, x) =
ˆ t 0
1 p4πk(t−s)
ˆ ∞
−∞
e−
(x−y)2
4k(t−s)g(s, y)dy
ds+ 1
√ 4πkt
ˆ ∞
−∞
e−(x−y)24kt f(y)dy.
Exercício 20. (D. 4.3, ex.6) Use a transformada de Fourier para resolver o problema:
∂u
∂t(t, x) =k∂∂x2u2(t, x) +bu(t, x), x∈R, t >0 u(0, x) =f(x), x∈R
. Resolução:
Aplicando a Transformada de Fourier emuna variávelx, temos ∂uˆ
∂t(t, ξ) =−kξ2uˆ(t, ξ) +bˆu(t, ξ), ξ∈R, t >0 ˆ
u(0, ξ) = ˆf(ξ), ξ∈R
. Logo vemos que
ˆ
u(t, ξ) = ˆf(ξ)e−kξ2+bt. Assim
u(t, x) =F−1
fˆ(ξ)e−kξ2tebt
=ebtF−1 fˆ(ξ)
∗ F−1 e−kξ2t
= ebt
√4πkt ˆ ∞
−∞
e−(x−y)24kt f(y)dy.
Exercício 21. (D. 4.3, ex.7) Use a transformada de Fourier para resolver o problema:
∂2u
∂t2 (t, x) =c2∂∂x2u2(t, x) +h(t, x), x∈R, t >0 u(0, x) =∂u∂t(0, x) = 0, x∈R
. Resolução:
Aplicando a Transformada de Fourier emuna variávelx, temos ∂2uˆ
∂t2 (t, ξ) =−c2ξ2uˆ(t, ξ) + ˆh(t, ξ), ξ∈R, t >0 ˆ
u(0, ξ) = ∂∂tuˆ(0, ξ) = 0, ξ∈R
. Logo vemos que
ˆ u(t, ξ) =
ˆ t 0
sen(cξ(t−s)) cξ
ˆh(s, ξ)ds.
Assim
u(t, x) =F−1 ˆ t
0
sen(cξ(t−s)) cξ
ˆh(s, ξ)ds.
= ˆ t
0
F−1
sen(cξ(t−s)) cξ
ˆh(s, ξ)
ds= ˆ t
0
F−1
sen(cξ(t−s)) cξ
∗ F−1
ˆh(s, ξ) ds=
ˆ t 0
ˆ ∞
−∞
1
2cχc(t−s)(x−y)h(s, y)dy
ds, em queχa(x) =
1, se |x| ≤a 0, se |x|> a .