ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA – 3º TRIMESTRE 2° ANO
DISCIPLINA: GRAMÁTICA Observações:
1- Antes de responder às atividades, releia o material entregue sobre Sugestão de Como Estudar.
2 - Os exercícios devem ser resolvidos em folha timbrada e entregues no dia dasAulas de Recuperação.
CONTEÚDOS: Variantes lingüísticas, letra e fonema, Figuras de linguagem I e II.
EXERCÍCIOS:
1. Leia a poesia e responda.
Capitulação Delivery
Até para telepizza É um exagero.
Há quem negue?
Um povo com vergonha Da própria língua.
Já está entregue.
Luís Fernando Veríssimo
a) O título dado pelo autor está adequado, tendo em vista o conteúdo do poema? Justifique sua resposta.
b) O exagero que o autor vê no emprego da palavra “delivery” se aplicaria também à “telepizza”? Justifique sua resposta.
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2. A seguir são apresentados alguns fragmentos textuais. Sua tarefa consistirá em analisá-los, atribuindo a variação linguística condizente aos mesmos:
a – Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito
prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."
Carlos Drummond de Andrade
b - Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
c –“ Aqui no Norte do Paraná, as pessoas chamam a correnteza do rio de corredeira. Quando a
corredeira está forte é perigoso passar pela pinguela, que é uma ponte muito estreita feita, geralmente, com um tronco de árvore. Se temos muita chuva a pinguela pode ficar submersa e, portanto,
impossibilita a passagem. Mas se ocorre uma manga de chuva, uma chuvinha passageira, esse problema deixa de existir.”
d – E aí mano? Ta a fim de dá uns rolé hoje?
Qual é! Vai topá a parada? Vê se desencana! Morô velho?
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3. Os enunciados linguísticos em evidência encontram-se grafados na linguagem coloquial.
Reescreva-os de acordo com o padrão culto da linguagem.
a – Os livros estão sobre a mesa. Por favor, devolve eles na biblioteca.
b – Falar no celular é uma falha grave. A consequência deste ato pode ser cara.
c – Me diga se você gostou da surpresa, pois levei muito para preparar ela.
d – No aviso havia o seguinte comentário: Não aproxime-se do alambrado. Perigo constante.
e – Durante a reunião houveram reclamações contra o atraso do pagamento dos funcionários.
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4. A letra musical abaixo se compõe de alguns registros de variação linguística. Identifique-os tecendo um comentário acerca do referido assunto, levando em consideração os preceitos trazidos pela linguística, em se tratando de tais variedades.
Cuitelinho
Cheguei na beira do porto Onde as onda se espaia As garça dá meia volta E senta na beira da praia E o cuitelinho não gosta Que o botão de rosa caia, ai, ai Ai quando eu vim
da minha terra Despedi da parentáia Eu entrei no Mato Grosso Dei em terras paraguaia Lá tinha revolução
Enfrentei fortes batáia, ai, ai [...]
Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó
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Observe a imagem abaixo e responda as perguntas a seguir:
5.
a) Qual tipo de linguagem o personagem da imagem acima usou para se expressar: linguagem culta ou coloquial?
b) Observando bem a imagem, diga pelo menos dois fatores que contribuem para que o personagem fale dessa forma?
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6.
a) Esse jeito como o personagem falou dar para o ouvinte/leitor compreender?
b) Essa linguagem usada por ele é considerada “correta” ou “errada”? Por que?
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7. Assinale a alternativa errada a respeito da palavra "churrasqueira".
a) apresenta 13 letras e 10 fonemas b) apresenta 3 dígrafos: ch, rr, qu c) divisão silábica: chur-ras-quei-ra d) é paroxítona e polissílaba e) apresenta o tritongo: uei
8. Qual das alternativas abaixo possui palavras com mais letras do que fonemas?
a) Caderno b) Chapéu c) Flores d) Livro e) Disco
9. Assinale a melhor resposta. Em papagaio, temos:
a) um ditongo b) um tritongo c) um trissílabo d) um oxítono e) um proparoxítono
10. Assinale a série em que apenas um dos vocábulos não possui dígrafo:
a) folha - ficha - lenha - fecho b) lento - bomba - trinco - algum c) águia - queijo - quatro - quero d) descer - cresço - exceto - exsudar e) serra - vosso - arrepio - assinar
11. Quanto às variantes linguísticas presentes no texto, a norma-padrão da língua portuguesa é rigorosamente obedecida por meio do/a:
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S.O.S Português
Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso.
S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, nº- 231, abr. 2010 (fragmento adaptado).
12. O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se marcas linguísticas próprias do uso do/a:
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"Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação."
Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado 13. A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é:
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“A variação é inerente às línguas, porque as sociedades são divididas em grupos: há os mais jovens e os mais velhos, os que habitam numa região ou outra, os que têm esta ou aquela profissão, os que são de uma ou outra classe social e assim por diante. O uso de determinada variedade linguística serve para marcar a inclusão num desses grupos, dá uma identidade para os seus membros.
Aprendemos a distinguir a variação. Quando alguém começa a falar, sabemos se é de São Paulo, gaúcho, carioca ou português. Sabemos que certas expressões pertencem à fala dos mais jovens, que determinadas formas se usam em situação informal, mas não em ocasiões formais. Saber uma língua é ser “poliglota” em sua própria língua. Saber português não é só aprender regras que só existem numa língua artificial usada pela escola. As variações não são fáceis ou bonitas, erradas ou certas, deselegantes ou elegantes, são simplesmente diferentes. Como as línguas são variáveis, elas mudam.”
(FIORIN, José Luiz. “Os Aldrovandos Cantagalos e o preconceito linguístico”. In O direito à fala. A questão do preconceito linguístico. Florianópolis. Editora Insular, pp. 27, 28, 2002.
14. Sobre o texto de José Luiz Fiorin, é corre afirmar que o aprendizado da língua portuguesa não deve ser restrito ao ensino das regras. Explique.
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15. (Unifesp-2003) A questão a seguir é relacionada a uma passagem bíblica e a um trecho da canção “Cálice”, realizada em 1973, por Chico Buarque (1944-) e Gilberto Gil (1942-).
Texto Bíblico
Pai, se queres, afasta de mim este cálice! Contudo, não a minha vontade, mas a tua seja feita! (Lucas, 22)
(in: Bíblia de Jerusalém. 7ª impressão. São Paulo: Paulus, 1995)
Trecho de Canção
Pai, afasta de mim esse cálice!
Pai, afasta de mim esse cálice!
Pai, afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue.
Como beber dessa bebida amarga, Tragar a dor, engolir a labuta, Mesmo calada a boca, resta o peito, Silêncio na cidade não se escuta.
De que me vale ser filho da santa, Melhor seria ser filho da outra, Outra realidade menos morta, Tanta mentira, tanta força bruta.
………
(in: www.uol.com.br/chicobuarque/)
Na língua portuguesa escrita, quando duas letras são empregadas para representar um único fonema (ou som, na fala), tem-se um dígrafo. Retire deste texto 3 dígrafos.
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16. Analise os exemplos que seguem evidenciando a figura de linguagem caracterizada pelos mesmos:
I
“Amor é fogo que arde sem se vê;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
[...]
II
“É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder”;
[...]
III
Proferiu um milhão de palavras tentando convencer-me de que tinha razão.
IV
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
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17. Atribua “V” para verdadeiro e “F” para falso em relação aos seguintes excertos:
a- Faria isso mil vezes se fosse necessário – antítese ( )
b – Falta-lhe inteligência para compreender isso – eufemismo ( )
c – Muito competente aquele candidato, esquecendo-se de cumprir com suas promessas eleitorais - ironia ( )
d – “O amor que a exalta e a pede e a chama e a implora” – inversão ( )
18. Nos versos abaixo uma figura se ergue garças ao conflito de duas visões antagônicas:
“Saio do hotel com quatro olhos, Dois do presente,
Dois do passado.”
Essa figura de linguagem recebe o nome de:
a. metonímia b. catacrese c. hipérbole d. antítese e. hipérbato
19. Assinale a alternativa errada a respeito da palavra "churrasqueira".
a) apresenta 13 letras e 10 fonemas b) apresenta 3 dígrafos: ch, rr, qu c) divisão silábica: chur-ras-quei-ra d) é paroxítona e polissílaba e) apresenta o tritongo: uei
20. Qual das alternativas abaixo possui palavras com mais letras do que fonemas?
a) Caderno b) Chapéu c) Flores d) Livro e) Disco