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DOENÇA DE CHAGAS
PARASITOLOGIA
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DOENÇA DE CHAGAS
CONTEÚDO: LAIO TERRANOVA
CURADORIA: JULIANA BRENANDE
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SUMÁRIO
AGENTE ETIOLÓGICO ... 4
CICLO BIOLÓGICO ... 4
CICLO BIOLÓGICO NO HOSPEDEIRO VERTEBRADO ... 5
CICLO BIOLÓGICO NO HOSPEDEIRO INVERTEBRADO ... 5
INFECTIVIDADE ... 5
PERÍODO DE INCUBAÇÃO ... 6
FASE AGUDA ... 6
FASE CRÔNICA ... 6
DIAGNÓSTICO ... 7
CONTROLE ... 7
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AGENTE ETIOLÓGICO
É o Trypanosoma cruzi, um protozoário flagelado.
O nome é derivado do grego trypano- (broca) e -soma (corpo), por causa do mo- vimento em forma de saca-rolhas. O epí- teto específico “cruzi” foi dado pelo seu descobridor, Carlos Chagas, em homena- gem ao seu mestre, o médico Oswaldo Cruz. O T. cruzi pode apresentar as seguin- tes formas durante o seu ciclo vital:
• Amastigota: forma ovoide, de pequena dimensão e pouca mobilidade.
• Tripomastigota: corpo celular longo e achatado, com cinetoplasto redondo e posteriorizado. O flagelo atravessa toda a extensão da célula, aderido pela membrana ondulante.
• Epimastigota: forma alongada e fusi- forme, com cinetoplasto discoide e
próximo ao núcleo. O flagelo emerge longe da extremidade anterior, colado à membrana celular pela membrana on- dulante.
Adaptado de https://es.wikipedia.org/wiki/Ar- chivo:Trypanosomatid_Cellular_Forms.png
CICLO BIOLÓGICO
• Tipo: Heteroxênico (isto é, se completa apenas se o parasito infestar mais de um hospedeiro).
• Hospedeiro vertebrado: humanos e outros mamíferos.
• Hospedeiro invertebrado: hemípteros da subfamília Triatominae.
O T. cruzi é um parasita obrigatório, e passa por uma fase de multiplicação intra- celular no hospedeiro vertebrado (homem e outros mamíferos) e extracelular no in- seto vetor (triatomíneos). O T. cruzi se re- produz apenas assexuadamente, por di- visão binária!
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Adaptado de https://www.cdc.gov/parasites/chagas/biology.html
CICLO BIOLÓGICO NO HOSPE- DEIRO VERTEBRADO
CICLO BIOLÓGICO NO HOSPE- DEIRO INVERTEBRADO
INFECTIVIDADE
• Transmissão pelo vetor: As formas in- fectantes para o homem são os tripo- mastigotas metacíclicos contidos nas fezes dos insetos, que penetram facil- mente através das mucosas e das
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continuidade da pele.
• Transfusão sanguínea: Importância do controle rigoroso em bancos de san- gue.
• Transmissão congênita: O diagnóstico diferencial é feito pelo encontro do T.
cruzi na placenta ou pesquisa de anti- corpos IgM anti T. cruzi no soro do re- cémnascido.
• Transmissão oral: destacam-se surtos relatados através do consumo de caldo de cana e açaí relatados no país.
• Também pode ocorrer através de aci- dentes de laboratório e transplantes.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Varia entre uma e três semanas. Nas infec- ções transfusionais, esse período costuma ser mais longo e pode estender-se até mais de 60 dias.
FASE AGUDA
Inicia através das manifestações locais, quando o T. cruzi penetra na conjuntiva (sinal de Romaña) ou na pele (chagoma de inoculação). Pode ser sintomática ou as- sintomática (mais frequente), a depender do estado imunológico do hospedeiro. As manifestações gerais são febres, edema localizado e generalizado, hepatomegalia, esplenomegalia, e às vezes, insuficiência cardíaca e perturbações neurológicas. O óbito, quando ocorre, é devido a
meningoencefalite aguda ou a insuficiên- cia cardíaca por miocardite aguda difusa.
FASE CRÔNICA
Após a fase aguda, os sobreviventes pas- sam por um longo período assintomático (10 a 30 anos). Esta fase é chamada de forma indeterminada, pois têm um prog- nóstico incerto: tanto podem evoluir para as formas crônicas típicas, como permane- cer latentes.
• Forma indeterminada/latente: Cerca de metade dos paciente chagásicos que passaram pela fase aguda perten- cem a esta forma, caracterizada pelos seguintes parâmetros: positividade de exames parasitológicos ou sorológicos;
ausência de sintomas; eletrocardio- grama convencional normal; coração, esôfago e cólon radiologicamente nor- mais (sem megas).
• Fase crônica sintomática: Podem ins- talar-se depois de um intervalo assin- tomático de latência ou imediatamente ao período agudo. Os sintomas se ma- nifestam em duas formas principais: a cardíaca e a digestiva.
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@jalekoacademicos Jaleko Acadêmicos @grupoJaleko
DIAGNÓSTICO
Origem e história de viagem do paciente, presença dos sinais de entrada (sinal de Romana e/ou chagoma de inoculação), acompanhados de sintomas fazem suspei- tar de fase aguda da doença de Chagas. As alterações cardíacas (reveladas pelo ECG), do esôfago e do cólon (reveladas pela ra- diogrtafia) fazem suspeitar da fase crônica da doença.
• No período agudo: A parasitemia é alta e se recomenda principalmente a pes- quisa de parasitos no sangue através de exames parasitoscópicos do sangue (a fresco, gota espessa, coloraçao por Giemsa), punção-biópsia de linfonodo, imunofluorescência, a hemaglutinação etc.
• Na fase crônica: A parasitemia é baixa e por isso são mais indicadas as provas imunológicas; o xenodiagnóstico e a cultura ou a inoculação em animais de laboratório.
CONTROLE
Como não existem tratamentos eficazes, nem estratégias de imunização, o controle da endemia restringe-se ao combate aos triatomíneos, interrompendo o ciclo para- sitário, e à melhoria das habitações rurais.
A transmissão transfusional deve ser evi- tada pela exclusão de candidatos a doado- res que sejam positivos nos testes soroló- gicos para o T. cruzi. e pela adição de subs- tâncias tripanossomicidas ao sangue, sempre que não for possível a identificação e a exclusão dos doadores suspeitos.
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