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Subsídios à elaboração de provas

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Academic year: 2021

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Texto

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Ensino Fundamental II 6º ano — 4º bimestre/2020

Subsídios à elaboração de provas

APRESENTAÇÃO

Com a intenção de contribuir de forma mais efetiva para a elaboração de instrumentos de avaliação coerentes com a abordagem metodológica adotada em nosso sistema de ensino, os autores de nosso material didático produzem, bimestralmente, estes “Subsídios”. Trata-se de sugestões que podem ser utilizadas nas avaliações, mas têm como principal destinatário o próprio professor.

Por esse motivo, será necessário que você analise cada uma das propostas, verificando o nível de adequação delas, de acordo com as necessidades de seus alunos.

Sabendo das particularidades de cada região, de cada escola e respeitando a dinâmica e as características de cada professor, salientamos que a utilização das atividades sugeridas depende exclusivamente de sua decisão.

Leitura

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TEXTO-BASE

Um pedido de Natal André Faxas

[...]

CENÁRIO A

Rodolfo – Esse vai ser um Natal e tanto! Olha como nossa árvore está bonita, Carla! Papai Noel vai até sentir orgulho de deixar presentes em uma árvore tão bonita como essa.

Carla – O que será que ele vai dar pra gente esse ano?

Rodolfo – Eu pedi uma roupa do Batman!

Carla – Eu pedi uma motoca!

Rodolfo – O quê??? Uma motoca??? (Ri) Papai Noel nunca vai te dar uma motoca. Você é ainda muito pequenininha.

Carla – Mas Papai Noel não traz tudo que a gente pedir?

Rodolfo – É... Só que às vezes ele não traz, porque o presente não cabe no saco.

E uma motoca não cabe no saco e nem no trenó.

Carla – Papai também acha isso. Ele me disse que Papai Noel anda meio sem dinheiro.

Rodolfo – Que nada, Papai Noel não precisa de dinheiro para trazer presentes.

Carla – É, pensando bem, acho que isso não importa. O que vale mesmo é que ele venha nos visitar. Rodolfo, Papai Noel visita todo mundo?

Rodolfo – Claro, garota. Papai Noel leva presente para todos. E você acha que ele ia esquecer de alguém?

Carla – É mesmo, ele é muito bonzinho. A gente nunca fica sem ganhar presentes.

Todo ano ele vem.

Rodolfo – E todo ano ele vai na casa de todas as crianças.

Carla – Será mesmo, Rodolfo? Ele vai na casa do Júlio e do Marcelo também?

Rodolfo – Como você é boba, Carla! Claro que ele vai!

Um dos gêneros trabalhados no 4º bimestre é o texto teatral, pela leitura e estudo de duas cenas de O cavalinho azul, de Maria Clara Machado.

Há muitas peças infantis no mercado, inclusive na internet, que o professor pode usar para avaliação.

O texto que sugerimos nestes subsídios é um fragmento de uma peça e foi retirado de um site. Você pode reduzir o fragmento, desde que preserve os elementos necessários para que o aluno responda às questões – sugeridas aqui e/ou formuladas por vocês.

CONSIDERAÇÕES E ORIENTAÇÕES GERAIS

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Carla – Mas eles não são pobres?

Rodolfo – Papai Noel dá presente a todos. Aos ricos e aos pobres. E, além do mais, se ele se esquecer, nós damos os presentes no lugar dele.

Carla – Então, a gente pede para o papai comprar os presentes deles. Assim, se Papai Noel não puder dar, o Natal deles vai estar garantido. Eles vão ficar superfelizes.

Rodolfo – Então, vamos lá dentro falar com o papai e, aproveitando, pegamos as luzes coloridas para enfeitarmos a árvore. (Saem de cena)

CENÁRIO B

(Júlio e Marcelo chegam em casa, vindos do trabalho. Deixam seus caixotes de engraxate no chão e sentam-se)

Júlio – Hoje o dia foi duro, trabalhei à beça. Quanto você conseguiu, Marcelo?

Marcelo – Uns quinze reais.

Júlio – Com mais sete que eu consegui, já dá para comprar a ceia.

Marcelo – Falta a árvore...

Júlio – A gente pega um galho de goiabeira...

Marcelo – Será que esse ano o Papai Noel nos dará presentes?

Júlio – Marcelo, quantas vezes vou ter que te dizer que Papai Noel não existe?

Marcelo – Mas as outras crianças dizem que ele traz presentes...

Júlio – Quem traz os presentes não é o Papai Noel e sim os pais delas.

Marcelo – E será que Papai Noel não pode ser nosso pai?

Júlio – Você é ainda muito jovem para entender certas coisas.

Marcelo – Por que então você não se veste de Papai Noel e me dá presentes?

Júlio – Porque eu não tenho trenó.

Marcelo – E nem aqui tem chaminé.

Júlio – E nem eu tenho presentes.

Marcelo – Será que o Papai Noel vai na casa da Carla e do Rodolfo?

Júlio – Claro, eles têm seus pais.

Marcelo – Então por que a gente não arranja um pai, uma mãe?

Júlio – Só pedindo a Papai Noel.

Marcelo – Será que ele traz?

Júlio – Só para quem tem dinheiro para comprar. E esse não é o nosso caso.

Marcelo – Não deve ser muito caro...

Júlio – Sabe de uma coisa? Vamos deixar o bom velhinho de lado e providenciar o nosso Natal. Que prato deverá ser o principal de nossa ceia? Peru? Pernil? Presunto?

Chester? Leitão? Churrasco? (Confere seu dinheiro) É...mas com esse dinheiro, só vai dar pra comprar um franguinho. Mas não fique triste, Marcelo. Com o troco, compro

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leite e açúcar e faço umas rabanadas deliciosas. Eu já volto! (Sai de cena. Marcelo fica pensativo. Apanha papel e caneta, começando a escrever. Vai falando as palavras que escreve)

Marcelo – Papai Noel: Eu estou escrevendo essa carta para o senhor, pedindo de natal um presente diferente. Eu e meu irmão Júlio estamos querendo uma família de verdade, com tudo que a gente tem direito: pai, mãe, vô, vó... Com isso, é até vantagem pro senhor. Não vai mais precisar me trazer presentes, porque minha família irá dar. Como o papel acabou e não tenho mais como escrever, tchau Papai Noel...

(Dobra o papel) Qual deve ser o endereço dele? Vou fazer o seguinte: vou pegar o sapato novo do Júlio e vou botar junto com a carta na janela. Então, os ajudantes do Papai Noel passarão por aqui e levarão o pedido. (Sai de cena)

(Voltam Carla e Rodolfo)

CENÁRIO A

Rodolfo – Pronto, aqui estão as luzes coloridas.

(Rodolfo e Carla instalam as luzes na árvore. Simultaneamente, no cenário B, Júlio e Marcelo fazem seus preparativos para o Natal. Cortam pão, mexem com madeiras, enfeitam sua modesta árvore. Ao término da música que marcará a cena, Carla e Rodolfo iniciarão o diálogo)

Carla – Eu gosto muito do Natal. As pessoas ficam mais felizes.

Rodolfo – No Natal, todos viram irmãos de verdade.

Carla – Quando Jesus nasceu, todos viviam felizes?

Rodolfo – Acho que não. Mas também, naquele tempo, não existia Natal.

Carla – E os reis magos? Como eles descobriram que Jesus havia nascido?

Rodolfo – Minha professora disse que uma estrela cadente avisou a eles.

Carla – Legal! Será que essa estrela ainda existe?

Rodolfo – Sei lá, deve existir...

(Rodolfo e Carla olham para o céu. Simultaneamente, no cenário B, Júlio continua trabalhando)

Carla – E se uma dessas estrelas cair?

Rodolfo – Como você é boba, garota. Elas não caem.

Carla – É verdade que Papai Noel mora numa estrela?

Rodolfo – Ele mora ao lado do Papai do Céu. É só olhar para as estrelas que a gente encontra ele.

(No cenário B, Júlio aproxima-se de Marcelo, que olha para o céu) Júlio – Olha, Marcelo. Veja como está lindo o nosso presépio.

(Distraído, Marcelo não responde)

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Júlio – O que você está olhando?

Marcelo – Júlio, você já reparou como as estrelas são lindas?

(Rodolfo e Carla continuam olhando para o céu) Júlio – São tão cintilantes, tão sinceras.

Marcelo – Será que papai e mamãe estão lá?

Júlio – Estão sim, Celinho. E de lá, estão se orgulhando da gente. Nós estamos lutando e tenho certeza que teremos sucesso na vida.

(Mudança)(Carla e Rodolfo param de olhar para o céu e vão ler gibis)

Júlio – Agora vamos cuidar do nosso Natal. Veja como está bonito o presépio que fiz.

(Mostra um pequeno presépio feito de madeira)

Marcelo – Puxa, tá bonito mesmo. Mas cadê a estrela cadente?

Júlio – Deixa pra lá. Vamos na casa da Carla e do Rodolfo? Precisamos entregar os presentes que fiz. (Júlio e Marcelo saem de cena)

CENÁRIO A

RODOLFO – Xiiii, agora que me lembrei, Carla. Temos que escrever nos cartões de natal do Júlio e do Marcelo.

(Rodolfo pega os presentes e, juntos, escrevem nos cartões. A campainha toca) Rodolfo – Deve ser eles. Esconda os presentes!

(Surge Dona Maria. Carla e Rodolfo escondem os presentes sob o sofá) Dona Maria – Deixem que eu atendo, crianças.

(Ela abre a porta. Surgem Júlio e Marcelo no cenário A) Dona Maria – Oi, meninos. Entrem!

Carla – E aí, gente. Tudo bem?

Marcelo – Nós viemos desejar feliz Natal a vocês.

Júlio – É sim, feliz Natal!

Dona Maria – Para vocês também, meus filhos.

Rodolfo – Por que vocês não passam o Natal aqui conosco?

Júlio – (disfarçando) Não! É que... Nós vamos passar o Natal com nossos pais...

Marcelo – Mas Júlio...

Júlio – Quem sabe no ano novo...

Carla – A gente tem presente pra vocês!

Marcelo – A gente também!

Rodolfo – Tome o seu, Marcelo. (Dá o presente )

Carla – Deixa de ser burro, Rodolfo! Esse é do Júlio. (Tira de Marcelo e dá para Júlio. Júlio abre o presente. É uma calculadora. Fica feliz)

Júlio – Obrigado, nunca tive uma calculadora.

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Carla – Esse é do Marcelo.

(Marcelo abre o presente. É um relógio)

Marcelo – Que relógio bonito! Obrigado, não tenho como agradecer. Os nossos presentes são tão simples...

Dona Maria – Que isso, meninos. O que vale mesmo é o amor e a fraternidade. E isso vocês têm de sobra.

Disponível em: www.animagente.com/siteandre_pedidodenatal.htm.

PROPOSTA 1

OBJETIVOS

Avaliar a capacidade de:

• reconhecer os elementos estruturais de um texto teatral;

• depreender, da leitura dos diálogos, as características dos espaços físico e social e das personagens.

QUESTÃO

O texto original da peça Um pedido de Natal inicia-se com uma rubrica que não foi transcrita nesta prova (foi substituída por reticências entre colchetes).

Com base na leitura do texto, escreva uma rubrica que possa orientar o diretor e os atores. Considere os seguintes itens:

- descrição dos cenários;

- caracterização das personagens do início da peça;

- o que acontece nos dois cenários.

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RESPOSTAS

Resposta possível:

O palco deve apresentar dois cenários paralelos, que chamaremos de cenário A e cenário B.

O cenário A representa a sala da casa de classe média. Quando se abre a cortina, duas crianças (Rodolfo e Carla, sua irmã mais nova) brincam, enfeitando a árvore de natal.

O cenário B representa uma casa pobre, um barraco, onde moram Júlio e Marcelo, dois meninos pobres e órfãos, que trabalham como engraxates para sobreviver.

COMENTÁRIOS E OBSERVAÇÕES

A questão refere-se aos estudos realizados em aula sobre a estrutura do texto teatral, a partir da leitura de cenas da peça O cavalinho azul, de Maria Clara Machado.

O professor pode formular outras questões sobre as personagens, sobre detalhes de suas falas, sobre previsões a partir de índices (por exemplo, qual poderia ser o pedido a que se refere o título? Uma boa suposição liga-se às seguintes falas de Marcelo e de Júlio: “Então por que a gente não arranja um pai, uma mãe?”; “Só pedindo a Papai Noel”).

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PROPOSTA 2

OBJETIVO

Avaliar a capacidade de depreender e interpretar o conflito central que se desenvolve em trecho de uma peça teatral.

QUESTÃO

Na peça, as conversas sobre o Natal mostram dois modos de ver a realidade: o de Rodolfo e Carla e o de Júlio e Marcelo. Explique a diferença entre eles.

RESPOSTAS

As respostas devem apontar a diferença entre o modo idealizado de ver a realidade (Rodolfo e Carla) e o modo realista (Júlio e Marcelo). Os que idealizam a realidade acreditam no Papai Noel; são crianças da classe média, acostumadas aos cuidados dos pais e a ganhar presentes de Natal. Os que têm uma visão realista não acreditam no Papai Noel (Marcelo, muito pequeno, acredita, mas é corrigido por Júlio), sabem que os presentes custam dinheiro e, como são órfãos, precisam trabalhar para comprá-los.

COMENTÁRIOS E OBSERVAÇÕES

A questão liga-se às atividades de interpretação desenvolvidas no módulo 40 (Caderno 4), mais especificamente à atividade 4 (página 14).

Referências

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