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P or ta l d a O B M E P

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Academic year: 2019

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(1)

P

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ta

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d

a

O

B

M

E

P

Material Te´

orico - M´

odulo Elementos B´

asicos de Geometria Plana - Parte 1

Retas Cortadas por uma Transversal

Oitavo Ano

(2)

P

or

ta

l

d

a

O

B

M

E

P

1

Retas cortadas por uma

trans-versal

Sejam r e s duas retas situadas em um mesmo plano, ambas concorrentes com uma reta t, como mostrado na Figura??.

g h c d a

b

e

f

b

s t

r

Figura 1: retas cortadas por uma transversal.

A reta t ´e uma retatransversal `as retas r es. A in-terse¸c˜ao de t com r determina os ˆangulos a, b, c e d da figura, ao passo que a interse¸c˜ao de t comsdetermina os ˆangulos e,f, g eh. Alguns pares formados por esses oito ˆangulos recebem denomina¸c˜oes especiais, como veremos a seguir.

Os paresa,g ed,f s˜ao chamadosalternos externos, enquanto os pares b, h e c, e s˜ao denominados alternos internos. Os paresa, f ed,g s˜ao chamadoscolaterais externos, e os paresb, eec, hs˜ao denominados colate-rais internos.

Destacamos, ainda, os paresa, e; b, f;c, g ed, h, cha-madosˆangulos correspondentes.

Observando mais uma vez a Figura??, note que os pares de ˆangulosa,cee,gs˜ao opostos pelo v´ertice (OPV), logo,

c =a ee= g. Portanto, se c =e, ent˜ao a=c =e=g. Da´ı, comod´e o suplementar de ceh´e o suplementar de

g, temos

d= 180◦c= 180g=h.

Ent˜ao, argumentando como acima, conclu´ımos que

c=e⇒b=d=f =h.

Mais geralmente, argumentando tamb´em como fize-mos acima, tefize-mos a seguinte propriedade importante dos ˆ

angulos determinados por uma transversal:

A congruˆencia dos ˆangulos de qualquer um dos pares de ˆangulos alternos (ou correspondentes) acarreta a congruˆencia dos ˆangulos que formam os demais pa-res. Se um par de ˆangulos colaterais (externos ou in-ternos) ´e formado por ˆangulos suplementares, ent˜ao todos os pares de ˆangulos alternos (ou corresponden-tes) s˜ao congruentes.

A igualdade das medidas dos pares de ˆangulos descri-tos acima tem uma implica¸c˜ao important´ıssima sobre a posi¸c˜ao relativa das retasres, a qual isolamos a seguir:

Se, quando cortadas por uma reta transversal, duas retas situadas em um mesmo plano determinam um par de ˆangulos alternos (ou correspondentes) congru-entes, ent˜ao essas retas s˜ao paralelas.

Nas nota¸c˜oes da Figura ??, como a+b = 180◦, temos

a = e se, e s´o se, b+e = 180◦. Isto posto, podemos

refrasear o crit´erio acima da seguinte forma equivalente, a qual tamb´em ´e, por vezes, bastante ´util.

No crit´erio acima, a condi¸c˜ao “determinam um par de ˆangulos alternos (ou correspondentes) congruen-tes” pode ser substitu´ıda por “determinam um par de ˆangulos colaterais suplementares”.

Reciprocamente, quando duas retas paralelas s˜ao corta-das por uma transversal, obtemos uma importante rela¸c˜ao de congruˆencia entre os pares de ˆangulos descritos acima, como mostra o resultado enunciado abaixo.

Se duas retas paralelas r es s˜ao cortadas por uma reta transversal t, ent˜ao todos os pares de ˆangulos alternos (ou correspondentes) s˜ao formados por ˆan-gulos congruentes. Neste caso, os pares de ˆanˆan-gulos colaterais s˜ao formados por ˆangulos suplementares.

Vejamos algumas aplica¸c˜oes dos fatos listados acima:

Exemplo 1. Na figura a seguir, temos rk skt. Calcule, em graus, os valores dos ˆangulos xey.

Solu¸c˜ao. Uma vez que os ˆangulos (alternos internos) que medem 3x−y e 45◦ ao formados pelas interse¸c˜oes das

retas paralelasrescom a transversalu, temos

3x−y= 45◦.

Analogamente, observando agora as interse¸c˜oes de s e t, que tamb´em s˜ao paralelas, com a retau, obtemos

5y−3x

2 = 3x−y

(3)

P

or

ta

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d

a

O

B

M

E

P

e

f g h

a

b c d

s t

r

Figura 2: retas paralelas cortadas por uma transversal.

s t

r u

45◦

3x−y

5y−3x

2

A primeira equa¸c˜ao implicay= 3x−45◦. Substituindo

esse valor dey na segunda equa¸c˜ao, obtemos:

5(3x−45◦)3x

2 = 3x−(3x−45

)

=⇒15x−225◦3x

2 = 3x−3x+ 45

=⇒15x−3x

2 = 45

+ 225

=⇒ 27x

2 = 270

=⇒x= 20◦.

Da´ı,

y= 3x−45◦=y= 3·2045=y= 15.

s

r P

t

b

b b

b

O Q

R

Figura 3: existˆencia de reta paralela a uma reta dada.

Nossa segunda aplica¸c˜ao ´e muito importante, por forne-cer um m´etodo pr´atico para tra¸carmos retas paralelas.

Nos s´eculos IV e III a.C., ao sistematizar a geometria conhecida na antiguidade cl´assica, Euclides de Alexan-dria enunciou seu famosopostulado das paralelas, que afirma que, em um plano:

Dados uma retare um pontoP, comP n˜ao perten-cente ar, existe uma ´unica retas, paralela are que cont´em o pontoP.

Suponha, pois, que temos dados uma retare um ponto

P, comP /∈r. Como a paralela arpassando porP existe e ´e ´unica, para constru´ı-la ´e suficiente construirmos uma reta passando porP que seja paralela ar.

Para tanto (veja a Figura ??), come¸camos tran¸cando por P uma reta qualquer t, concorrente com r. Em se-guida, marcamos o ponto O, de interse¸c˜ao das retas r e

t. Consideramos um ponto Q ∈ r, com Q diferente de

O, e constru´ımos o ˆangulo∠QP R, congruente a∠P OQe tal que os pontos R eQ estejam situados em semiplanos distintos, dos determinados pela retat.

A retas=←→RP ´e paralela ar, pois∠QP Re∠P OQs˜ao ˆ

angulos alternos internos congruentes.

Exemplo 2. Na figura a seguir, sabendo que rks, calcule a medida, em graus, do ˆangulo x.

Solu¸c˜ao. Come¸camos tra¸cando pelos pontos B eC, res-pectivamente, retasteu, paralelas `a retar(e, consequen-temente, paralelas tamb´em `a retas– veja a figura a seguir). Em seguida, marcamos os pontosE∈r,F ∈s,G∈t e

H ∈u, tamb´em conforme mostrado na figura acima. Como

t k r e os ˆangulos ∠EAB e ∠ABG s˜ao alternos internos, temosEABb =ABGb = 70◦. Por outro lado,

(4)

P

or

ta

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d

a

O

B

M

E

P

s r b b b b A D C B 70◦ 110◦ 65◦ x s r b b A D C B 70◦ 70◦ 40◦ x b b 25◦ 40◦ u t b b G H E F b b

de onde obtemosGBCb = 40◦.

Agora, uma vez que as retas t e u s˜ao paralelas e os ˆangulos ∠GBC e∠BCH s˜ao alternos internos, repetindo o argumento acima obtemos 40◦ = GBCb =BCHb . Mas,

como

65◦=BCDb =BCHb +HCDb = 40+HCD,b

conclu´ımos queHCDb = 25◦.

Agora, notando que as retasseus˜ao paralelas e que os ˆangulos∠HCDe∠CDF s˜ao alternos internos, temos

x=CDFb =HCDb = 25◦.

No exemplo anterior, observe que

EABb +BCDb = 70◦+ 65= 135

e

ABCb +CDFb = 110◦+ 25= 135.

Repetindo o argumento utilizado, obtemos, mais geral-mente, o seguinte fato, ao qual nos referiremos como o teorema dos bicos:

Na Figura??, serks, ent˜ao

a1+a2+a3=b1+b2+b3.

s r a 1 b1 a2 a3 b2 b3

Figura 4: o teorema dos bicos.

Observe que, no exemplo ??, havia dois ˆangulos com v´ertice `a esquerda e dois com v´ertice `a direira. Por outro lado, na Figura ??, h´a trˆes ˆangulos de cada lado. Entre-tanto, note que o argumento de tra¸car retas paralelas pelos v´ertices de tais ˆangulos nos permite concluir que a soma das medidas dos ˆangulos com v´ertices `a direita ´e igual `a soma das medidas dos ˆangulos com v´ertices `a esquerda, independentemente da quantidade de tais ˆangulos.

O pr´oximo exemplo ilustra uma aplica¸c˜ao simples do teorema dos bicos.

Exemplo 3. Na figura abaixo, sabendo quer ess˜ao retas paralelas, calcule o valor do ˆangulox.

s r 20◦ 33◦ 30◦ 41◦ 2x

Solu¸c˜ao. Pelo teorema dos bicos, temos:

(5)

P

or

ta

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d

a

O

B

M

E

P

Logo,

2x= 91◦33= 58=x= 29.

Dicas para o Professor

Recomendamos que sejam utilizadas duas sess˜oes de 50min para discutir este material. Ressalte que ´e suficiente que apenas um par de ˆangulos alternos (ou corresponden-tes) seja formado por ˆangulos congruentes (ou, ainda. que um par de ˆangulos colaterais seja formado por ˆangulos su-plementares) para que se dˆe o mesmo com todos os outros pares. As referˆencias contˆem mais material relacionado aos t´opicos reunidos aqui.

Sugest˜

oes de Leitura Complementar

1. A. Caminha. T´opicos de Matem´atica Elementar, Vo-lume2: Geometria Euclidiana Plana. Rio de Janeiro, SBM, 2013.

Imagem

Figura 1: retas cortadas por uma transversal.
Figura 3: existˆ encia de reta paralela a uma reta dada.
Figura 4: o teorema dos bicos.

Referências

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