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XVII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP - CAMPUS GUARUJÁ

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Academic year: 2021

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XVII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS

DA UNAERP - CAMPUS GUARUJÁ

Aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados sob o aspecto do Direito Eleitoral

Winícios Waldemar dos Santos Carvalho¹

¹Centro Universitário São Judas Tadeu (CSJT). Guarujá, São Paulo, Brasil. Graduando. winicioscarvalho.6017@aluno.saojudas.br

Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee

Direito: Multidisciplinar

Formato: resumo expandido

Apresentação: Oral (Google Meet)

RESUMO

O presente trabalho visa analisar ex lege 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados), tendo em vista a aplicabilidade da lei no âmbito eleitoral, trazendo possibilidades e uma observância de lege lata 9.504/1997 (Lei das Eleições), além disso, tratar da resolução n° 23.610/2019 do Tribunal Superior Eleitoral, visando apresentar um novo aspecto da lei, direcionando-a sua aplicabilidade em outras áreas do direito brasileiro, além de tornar perceptível como funciona o processo eleitoral, tendo como base a dissertação de mestrado da autora Julia Rocha de Barros, da Universidade Federal de Minas Gerais, utilizando do estado da arte para buscar resultados evidentes de que a lei possa ser aplicada, colocando em discussão pontos estratégicos e relacionando com o direito eleitoral.

Palavras-chave: Lei Geral de Proteção de Dados, Direito Eleitoral, Eleições. ABSTRACT

The present work aims to analyze ex lege 13.709 / 2018 (General Data Protection Law), in view of the applicability of the law in the electoral scope, bringing possibilities and observance de lege lata 9.504 / 1997 (Law of Elections), in addition, address resolution 23.610 / 2019 of the Superior Electoral Court, aiming to present a new aspect of the law, directing its applicability in other areas of Brazilian law, in addition to making noticeable how the electoral process works, based on the master's dissertation by author Julia Rocha de Barros, from the Federal University of Minas Gerais, using the state of the art to seek evident results that the law can be applied, discussing strategic points and relating to electoral law.

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Key-words: General Data Protection Law, Electoral Law, Electoral. RESUMO EXPANDIDO

A Constituição Federal no seu artigo 5°, XIV diz que “é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional” (BRASIL, 1988, [s.p.]), nas eleições não seria diferente, todo e qualquer eleitor tem o direito resguardado de saber as informações e propostas do seu candidato, entretanto, a forma como os candidatos expõem essas informações é o que preocupa os tribunais eleitorais. Antecipando os efeitos da Lei Geral de Proteção de Dados, o Tribunal Superior Eleitoral na resolução n° 23.610/19 que regulamenta o

pleito das eleições do ano subsequente, no seu artigo 31 disserta que “É vedada às

pessoas relacionadas no art. 24 da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições), bem como às pessoas jurídicas de direito privado, a utilização, doação ou cessão de dados pessoais de seus clientes, em favor de candidatos, de partidos políticos ou de coligações” (BRASIL, 2019, [s.p.]), com isso, apesar da aplicabilidade da Lei Geral de Proteção de Dados ser um mistério quanto ao Direito Eleitoral, essa resolução traz alguns ideais que devem ser seguidos nas eleições adjacentes. Quando se trata de requisição judicial de dados, a resolução deixa bem claro no seu artigo 41 que “caberá seguir o disposto da lei 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados)” (BRASIL, 2019, [s.p.]). Tendo como objetivo a apresentação das novas normas das legislações eleitorais, sendo um prelúdio para o que visa acontecer nos próximos pleitos, apesar de se discutir bastante sobre a aplicabilidade da lei de proteção de dados já em 2020, já que a mesma passou a entrar em vigor em agosto do mesmo ano. A resolução publicada em 2019 já estava prevendo os efeitos da lei na sociedade, e com isso, sobre a aplicação desta norma, o Tribunal Superior Eleitoral trouxe um limite de adequação para que os partidos e candidatos se adapte as novas regras. Utilizando da pesquisa bibliográfica através do Estado da Arte, que consiste “no desafio de mapear e de discutir uma certa produção acadêmica em diferentes campos do conhecimento, tentando responder que aspectos e dimensões vêm sendo destacados e privilegiados em diferentes épocas e lugares” (FERREIRA, 2002, p. 257), além disso, a metodologia aplicada trata-se de uma pesquisa básica qualitativa e exploratória, tendo como base a dissertação de mestrado pertencente a Julia Rocha de Barcelos, da Universidade Federal de Minas Gerais, partindo de uma nova perspectiva sobre o tema tratado. Sob o seguinte aspecto, observar-se a utilização de algoritmos nas eleições, acontecimentos recentes nas eleições do Estados Unidos da América explanaram para o mundo como o big data era utilizados, mapeando e criando algoritmos que identificavam eleitores que tinham dúvidas a quem depositar seu voto, criando assim uma rede de propagandas e benfeitorias de candidatos, chegando até mesmo ao extremo de roubar dados de uma das maiores redes sociais do mundo, o Facebook, a qual a empresa responsável admitiu tal fato. A autora traz na sua dissertação uma Ação Civil Pública, ajuizada pelo Ministério Público Federal

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(MPF-PR/SP) a qual a ré do processo era uma das maiores empresas de software do mundo, a Microsoft, na qual o juiz do caso decidiu que a ré seria condenada, a criar mecanismos para proteger os dados de todos seus usuários, atribuindo o valor à causa em R$10.000,00 (dez milhões de Reais). No Brasil, muitos partidos acabam contratando serviços de marketing para promover seus candidatos e assim ganhar um número significativo de votos, utilizando como estratégia, além dos meios já conhecidos como a televisão e o rádio, podemos afirmar que a internet hoje tem poder de influenciar um pleito eleitoral, a forma como as informações se espalham rapidamente pode mudar quem são os eleitos dias antes da votação, essa forma de comunicação em massa mudou no decorrer dos anos, hoje um político consegue rapidamente subir nas pesquisas viralizando seus vídeos ou fotos engraçadas, replicadas diversas vezes nas redes. Obtendo como resultado da pesquisa, analisa-se os analisa-seguintes dados, regulamentar a forma de propaganda eleitoral analisa-segundo a Lei Geral de Proteção de Dados é necessária, visando proteger o eleitorado, que é a principal vítima quando a ilegalidade de candidatos que aproveitam o analfabetismo do eleitorado, reduzindo-os como curral eleitoral, e justamente a lei que impedirá que essa forma de fazer política seja interrompida. Outro fato importante já regulamentado pela lei 9.504/1997 diz a respeito dos impulsionamentos de publicações nas redes sociais, o §3° do artigo 57-B da mesma lei diz que, “É vedada a utilização de impulsionamento de conteúdos e ferramentas digitais não disponibilizadas pelo provedor da aplicação de Internet, ainda que gratuitas, para alterar o teor ou a repercussão de propaganda eleitoral, tanto próprios quanto de terceiros” (BRASIL, 1997, [s.p.]). Segundo a autora aqui analisada, Julia Rocha de Barcelos diz que “o impulsionamento deve ser identificado como tal, por meio do “número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) o número de inscrição no Cadastro de

Pessoas Físicas do responsável, além da expressão ‘Propaganda Eleitoral’”(BRASIL,

2017, [s.p.]). A Lei Geral de Proteção de Dados dispõe sobre a autorização dos usuários para a possibilidade de receber propagandas, com o processo eleitoral não será diferente, utilizar de ferramentas na internet para poluir as redes socias, haverá sanções a julgar no caso concreto, complementando o texto acima, o artigo 57-C também da Lei das Eleições, afirma que “É vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na Internet, excetuado o impulsionamento de conteúdo, desde que identificado de forma inequívoca como tal e contratado exclusivamente por partidos, coligações e candidatos e seus representantes” (BRASIL, 1997, [s.p.]). A partir dessa análise, fica explicito quanto a aplicabilidade da Lei Geral de Proteção de Dados nas eleições, e as possíveis possibilidades, podendo somente o Tribunal Superior Eleitoral interpretar e aplicar as leis no âmbito eleitoral, visando sempre a proteção dos eleitores e tornando o processo mais simplificado e confiável, não somente a Lei Geral de Proteção de Dados como também há outras legislações que visam regulamentar e definir os limites nas eleições quando se trata em propagandas nas redes sociais e derivados, com isso, é dever do eleitor está ciente quando as novas regras, o artigo 3° da lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às norma do Direito

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Brasileiro), “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece” (BRASIL, 1942, [s.p.]). Sendo assim, além dos órgãos fiscalizadores, os eleitores também devem se atentar e denunciar caso haja alguma irregularidade, não importando a posição do candidato politicamente, pois assim exerce seu poder democrático ativamente.

REFERÊNCIAS

BARCELOS, Julia Rocha de. Big data, algoritmos e microdirecionamento: desafios para a regulação da propaganda eleitoral. Orientador: Adriana Campos Silva. 2019. 171 p. Dissertação (Mestrado em Direito Político) - Universidade Federal de Minas Gerais, UFGM, 2019. DOI PDF. Disponível em:

http://hdl.handle.net/1843/DIRS-BELHWW. Acesso em: 29 set. 2020.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Dos direitos e garantias fundamentais: Dos

direitos e deveres individuais e coletivos. Diário Oficial da União: [s. n.], 1988. 577 p. Disponível em:

https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoConstituicao/anexo/CF.pdf. Acesso em: 9 out. 2020.

BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Lei Geral de Proteção de Dados, Diário Oficial da União, 15 ago. 2018. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/Lei/L13709.htm. Acesso em: 28 set. 2020.

BRASIL. Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta: Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, [S. l.], 4 set. 1942. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del4657.htm. Acesso em: 3 out. 2020. BRASIL. Tribunal Regional Federal (3. Região). Ação Civil Pública n°

5009507-78.2018.4.03.6100. Apelante: Ministério Público Federal. Apelada: Microsoft Informática LTDA. São Paulo, 16 de julho de 2020.

NEISSER, Fernando; BERNARDELLI, Paula. LGPD e campanhas eleitorais: adiamento oportuno e ajustes necessários. Consultor Jurídico, 28 maio 2020.

opinião dos autores sobre a possível aplicabilidade da lei geral de proteção de dados nas campanhas eleitorais. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2020-mai-28/neisser-bernardelli-adiamento-lgpd-campanhas-eleitorais. Acesso em: 3 out. 2020.

ROSSI, Marina. Brasil multa Facebook em 6,6 milhões de reais pelo vazamento de dados no caso Cambridge Analytica. Tecnologia, El País, p. 000, 30 dez. 2019. DOI Site. Disponível em: https://brasil.elpais.com/tecnologia/2019-12-30/brasil-multa- facebook-em-66-milhoes-de-reais-pelo-vazamento-de-dados-no-caso-cambridge-analytica.html. Acesso em: 4 out. 2020.

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TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997. O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Lei das Eleições, [S. l.], 30 set. 1997. Disponível em:

http://www.tse.jus.br/legislacao/codigo-eleitoral/lei-das-eleicoes/lei-das-eleicoes-lei-nb0-9.504-de-30-de-setembro-de-1997. Acesso em: 2 out. 2020.

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Resolução nº 23.610, de 18 de dezembro de 2019. Dispõe sobre propaganda eleitoral, utilização e geração do horário gratuito e condutas ilícitas em campanha eleitoral. Vide, quanto às eleições municipais de 2020, os ajustes promovidos pela resolução n°23.624/2020, em cumprimento ao estabelecido pela EC 107/2020, Brasil, 18 dez. 2019. Disponível em:

http://www.tse.jus.br/legislacao/compilada/res/2019/resolucao-no-23-610-de-18-de-dezembro-de-2019. Acesso em: 30 set. 2020.

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