• Nenhum resultado encontrado

Acessibilidade em instalações elétricas residenciais

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Acessibilidade em instalações elétricas residenciais"

Copied!
63
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL – UNIJUÍ

ISABEL CRISTINA MATTE

ACESSIBILIDADE EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS

Ijuí 2019

(2)

ACESSIBILIDADE EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS

Trabalho apresentado a graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito final para obtenção do título de Engenheira Eletricista.

Orientador: Me. Caroline Daiane Raduns

(3)

ISABEL CRISTINA MATTE

ACESSIBILIDADE EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de ENGENHEIRO ELETRICISTA e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro da banca examinadora.

Ijuí, 09 de dezembro de 2019

Prof. Me. Caroline Daiane Raduns Mestra da Universidade de Passo Fundo- Orientadora Coordenadora do Curso de Engenharia Elétrica/UNIJUÍ

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________ Orientadora: Prof. Me. Caroline Daiane Raduns – DCEEng/UNIJUÍ

__________________________________________________________ Banca: Prof. Me. Taciana Paula Enderle – DCEEng/UNIJUÍ

(4)

Dedico este trabalho a minha mãe Ivete e ao meu pai Clairton.

(5)

AGRADECIMENTOS

Agradecer primeiramente a Deus pelo dom da vida e por ter me proporcionado chegar até aqui.

Aos meus pais, por todos os esforços para garantir meus estudos e pelos ensinamentos de vida, pelo apoio e incentivo de nunca desistir desta longa caminhada, por mais árdua que fosse, pelo amor, alegria que sempre transmitiram durante todo o curso, pelas vezes que não pude estar presente em reuniões e comemorações em família e que vocês entenderam, serei grata eternamente.

Às minhas irmãs, pelo apoio nos dias mais estressantes deste período, pois foi com elas que vivi a maior parte do tempo, por me incentivem nos dias de desanimo e transmitirem força e equilíbrio para seguir forte até o fim.

Aos meus avós, que sempre incentivaram a estudar e que demostraram ter muito orgulho desta caminhada. Apesar da dor da perda da vó Walli, neste ano de 2019, devo a ela reconhecimento, esteja onde estiver, quero que sintas orgulho deste momento.

Ao meu namorado, que me acompanhou nos últimos três anos do curso, sempre me incentivando a estudar, pelo amor, carinho e afeto neste período, pela paciência e que apesar de tudo, sempre estava ali para me apoiar.

À minha orientadora, professora Me. Caroline, pela competência e profissionalismo. Não tenho palavras suficientes para agradecer o apoio na orientação e pelo vasto conhecimento compartilhado na área de projetos, a qual me identifico. Agradeço também por ter me acolhido em seu grupo de pesquisa como voluntária e após, como bolsista, por 2 anos. Neste período, acompanhei o quanto profissional és, e ainda, o grande amor que tens pelo curso na Unijuí, e acima de tudo, sempre deixou bem claro que as mulheres tem sim, espaço nas engenharias.

As duas famílias que realizei a pesquisa in loco, por terem me recebido gentilmente em suas residências, por dividirem comigo suas histórias de vida e relatarem um pouca da suas relações com acessibilidade das instalação elétrica da residência.

A todos os mestres que tive a honra de prestigiar as aulas durante o curso de Engenharia Elétrica, os funcionários do departamento que acabaram sendo ótimos amigos, e aos colegas que viraram grandes amigos e muitos deles se tornaram amigos irmãos.

(6)

“Dar o melhor de si é mais importante que ser o melhor”.

(7)

RESUMO

MATTE, I. C. Acessibilidade em Instalações Elétricas Residenciais. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenhara Elétrica, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2019.

As legislações e normas brasileiras de acessibilidade contemplam a acessibilidade nos espaços públicos, mas pouco se fala em acessibilidade nas instalações elétricas residenciais. A acessibilidade, hoje, não significa apenas colocar barras de apoio, tapetes antiderrapantes, cadeiras elevatórias, mas também o acesso automático de luzes noturnas que indiquem o caminho, o desligamento automático do enchimento de uma banheira quando atinge um certo nível, o acionamento remoto de cortinas, um sistema de alarme quando percebido a queda de um morador em sua residência, assim como sensores de presença e ausência, de temperatura e de humidade, para um deficiente auditivo, facilitar a abertura da porta e rua residência para uma visita, através de um sistema eletrônico que possa fazer um alerta vibratório em aparelho telefônico, ou até mesmo um sensor que transmita uma luz, o botão do pânico que fica interligado a uma pulseira ou até mesmo em um colar, de uma maneira que fique bem próximo da pessoa e que tenha uma facilidade para acionar quando for necessário. O objetivo desta pesquisa é analisar as instalações elétricas das residências de pessoas com deficiências.

Palavras-chave: Acessibilidade, Portadores de Deficiência, Instalações Elétricas, Projetos em

(8)

MATTE, I. C. Acessibilidade em Instalações Elétricas Residenciais. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenhara Elétrica, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2019.

Brazilians accessibility laws and regulations contemplate the accessibility in public spaces, but little is said about accessibility in residential electrical installations. Accessibility, today, means not only placing grab bars, non-slip mats, stairlifts, but also the automatic access to night lights that point the way, the automatic filling of a bathtub when it reaches a certain level, the remote activation of curtains, an alarm system when a homeowner suffers a fall, as well as presence and absence, temperature and humidity sensors, just like a hearing impaired, facilitate the opening of the door and street residence for a visit, behind a electronic system that can make a vibrating alert on a telephone set, or even a sensor that transmits a light, the panic button that is attached to a bracelet or a necklace, in a way that is very close to the person and that has a facility to trigger when needed. The purpose of this research is to analyze the electrical installations of the homes of people with disabilities.

Keywords: Stochastic Analysis. Angular Stability. Synchronous Machines. Electric

(9)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pessoas com deficiência (PCD) ... 24

Figura 2 - Altura para comandos de controle ... 31

Figura 3 - Residência automatizada ... 32

Figura 4 - Interruptores da empresa TASS ... 33

Figura 5 - Torneira com sensor ... 34

Figura 6 - Fluxograma da metodologia ... 36

Figura 7 - Modelo do questionário ... 40

Figura 8 - Modelo de autorização para pesquisa in loco ... 41

Figura 9 - Adequação de tomadas para o PCD cadeirante. ... 52

Figura 10 - a) Ventilador e umidificador automatizado e b) Controle remoto do ventilado...54

(10)
(11)

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Porcentagem dos tipo de deficiência ... 25

Gráfico 2 - Pessoas com pelo menos uma deficiência ... 26

Gráfico 3 - Categoria dos pacientes ... 44

Gráfico 4 - Responsável por responder ao questionário ... 45

Gráfico 5 - Faixa etária dos entrevistados ... 46

Gráfico 6 - Característica física para locomoção ... 47

Gráfico 7 - Sofreu choque elétrico ... 47

Gráfico 8 - Classificação domiciliar ... 48

Gráfico 9 - Tipo de residência ... 48

Gráfico 10 - Livre acesso na residência ... 49

Gráfico 11 - Acessibilidade com tomadas de uso geral ... 50

Gráfico 12 - Acessibilidade com interruptores ... 50

(12)

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ABNT/CB Associação Brasileira de Normas Técnicas / Comitês Brasileiros

ABNT/ONS Associação Brasileira de Normas Técnicas / Organismos de Normalização Setorial

ABNT/CEET Associação Brasileira de Normas Técnicas / Comissões de Estudo Especiais Temporárias

ABNT/CE Associação Brasileira de Normas Técnicas / Comissões de Estudo CA Corrente Alternada

CC Corrente Continua

PCD Pessoa com Deficiência

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

NBR Norma Brasileira

dB Decibéis

SNPD Secretária Nacional de Promoção do direitos da Pessoa com

CEP/CONEP CEP Comissão Nacional de Ética em Pesquisa /CONEP é uma comissão do Conselho Nacional de Saúde - CNS

PVC Policloreto de polivinila

(13)

1

INTRODUÇÃO ... 17

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ... 17 1.2 DELIMITAÇÃODOPROBLEMA ... 19 1.3 OBJETIVOGERAL ... 20 1.4 OBJETIVOSESPECÍFICOS ... 20 1.5 ESTRUTURAÇÃODOTRABALHO ... 20

2

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 21

2.1 ACESSIBILIDADE ... 21

2.1.1 Lei de Acessibilidade - Decreto de lei nº 5296 ... 23

2.1.2 Censo 2010 ... 25

2.2 ABNT-NBR5410 ... 27

2.2.1 Esta Norma aplica-se ... 28

2.2.2 Esta Norma não se aplica ... 28

2.3 ABNTNBR9050 ... 29

2.4 SOLUÇÕESPARAAACESSIBILIDADE ... 31

3

METODOLOGIA ... 36

4

RESULTADOS ... 44

4.1 RESULTADOSDOQUESTIONÁRIO ... 44

4.1.1 Caracterização do entrevistado ... 44

4.1.1.1 Categoria de pacientes entrevistados ... 44

4.1.1.2 Responsável por responder ao questionário ... 45

4.1.1.3 Faixa etária dos entrevistados ... 45

4.1.1.4 Cadeirantes que utilizam cadeira de rodas elétricas ou tradicional e amputados que utilizam prótese. ... 46

4.1.1.5 Sofreu choque elétrico ... 47

4.1.2 Caracterização da residência do entrevistado ... 48

4.1.2.1 Mora sozinho, com a família ou com cuidador. ... 48

4.1.2.2 Tipo de residência ... 48

4.1.2.3 Livre acesso na residência ... 49

4.1.2.4 Acessibilidade dentro da residência com instalações elétricas. ... 49

(14)

4.2.2 2º Caso ... 54

4.3 DISCUSSÕESDOSRESULTADOS ... 56

5

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 61

5.1 PERSPECTIVASFUTURAS ... 62

(15)

17

__________________________________________________________________________________________

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

A acessibilidade, hoje, vem sendo um dos temas em alta, com relação à construção civil, arquitetura e design de interiores. Textos com esta relevância são encontrados nas leituras atuais, mas pouco se fala e se encontra referências à acessibilidade nas instalações elétricas, portanto isso é algo preocupante por se ter interesse de estudos e busca pela melhoria desta área.

O direito à acessibilidade de pessoas com deficiência se fundamenta nos direitos humanos e de cidadania, direito esse universal, constitucional de igualdade, representando uma concretização dos objetivos e princípios, sendo regulamentado, no Brasil, pela norma Brasileira 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/NBR, 2004).

Os problemas de acessibilidade para pessoa com deficiência (PCD) se ampliam de modo assustador, devido à questão estrutural e cultural. A baixa renda, aliada aos problemas de segurança, resulta na dificuldade dos moradores de se apropriarem do seu território e exigirem seus direitos. A falta de alternativas que dêem conta da acessibilidade, leva a comunidade a construir suas próprias alternativas, e nem sempre adequadas a tal finalidade, conforme Wagner et al.(2010).

Mais de 1 bilhão de pessoas no mundo são portadoras de alguma deficiência. Com o artigo 4º do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, considera pessoa com deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:

 Deficiência física;

 Deficiência visual;

 Paralisia cerebral;

 Deficiência Auditiva;

 Deficiência múltipla.

No Brasil há cerca de 45,6 milhões de deficientes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 6,2% da população têm algum tipo de deficiência. A maior parte delas vive na área urbana. A deficiência visual foi a mais apontada, com 18.8% da população atingida, com 7% os com deficiência motora, 5.1 % os auditivos e 1.4% a diferencia mental ou intelectual (ILLELA, 2015).

(16)

A Lei nº 10.098 de 19/12/2000, estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências:

Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e os meios de transporte e de comunicação.

Contudo, ainda é preocupante a necessidade de acessibilidade com rampas de acesso, larguras de portas, mas, em especial, a acessibilidade das instalações elétricas.

Para melhor atender as pessoas com deficiência e dificuldade de locomoção, o simples ato de ligar/desligar um interruptor ou até mesmo um plugue em uma tomada qualquer, torna-se, muitas vezes, inviável, não somente para pessoas com alguma deficiência, como também, para pessoas idosas, mesmo que não paralisadas (MORENO, 2015).

A Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD/ (IBGE) de 2012, mostra que o número de idosos morando sozinhos triplicou, de 11,4 para 21,8 milhões. Esse crescimento é preocupante, tornando-se importante encontrar soluções para que as instalações elétricas sejam acessíveis para estas pessoas (MORENO, 2015).

Algumas ideias vem sendo adotadas, como sensores de presença de voz que acionam luzes, aparelhos eletrônicos, alarmes, campainhas, cortinas, etc. Esta integração se faz presente em projetos de automação e projetos elétricos, sendo fundamentais em acessibilidade, conforme a Norma Brasileira NBR 5410, que estabelece as condições mínimas necessárias para o perfeito funcionamento de uma instalação elétrica de baixa tensão, garantindo assim, a segurança de pessoas e animais, bem como a preservação dos bens (MORENO, 2015).

A escolha do tema do presente trabalho justifica-se pelo fato da acessibilidade em residências, ser um assunto pouco explorado pela comunidade que atua com automação, porém, com vasto potencial de crescimento.

Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, em agosto de 2015, realizada em parceria com o Ministério da Saúde, a região sul do país tem maior proporção de pessoas com deficiência visual (5,4%). Para idosos e deficientes físicos, particularmente, a automação residencial e a acessibilidade das instalações elétricas, podem impactar a maneira de viver, pois devem torná-las aptas a realizarem tarefas do dia a dia, de maneira descomplicada, com simples sensores, comando de voz ou toques em telas.

(17)

19

__________________________________________________________________________________________

Dessa forma, esta pesquisa, primeiramente, buscou informações na UNIR- Unidade de Reabilitação Física de Nível Intermediário de Ijuí, que objetiva prestar atendimentos às pessoas portadoras de deficiências físicas (motora e sensório motora), possibilitando acesso aos meios terapêuticos para fins de reabilitação.

1.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA

A inclusão social tem se destacado desde a década de 1980, sendo um conjunto de medidas para garantir que todas as pessoas participem da sociedade igualmente. Essa necessidade de inclusão, se dá quando uma sociedade tem entre seus cidadãos, pessoas que não usufruem de direitos que seriam devidos a todos, como o acesso aos direitos básicos de saúde, educação, moradia, trabalho, cultura e lazer (MAZZOTTA; D’ANTINO, 2011).

Essa inclusão não abrange somente pessoas portadoras de deficiência, mas também, idosos, índios, homossexuais, negros, mulheres e moradores de rua, que são alguns dos grupos que são alvos de ações que aumentam a porcentagem de dados da inclusão (LENZI, 2018).

Porém, as PCD enfrentam diariamente limitações em suas vidas, essas limitações estão diretamente relacionadas a problemas de acessibilidade, ou seja, às condições que permitam o exercício da autonomia e a participação social adjunto do cotidiano, podendo interferir ou prejudicar no seu desenvolvimento ocupacional e psicológico, contribuindo informalmente para a sua exclusão social, conforme Wagner et al.(2010).

Com o advento da Lei n° 13.146/15, houve uma evolução no tratamento quanto a estas pessoas. O artigo 1º estabelece que:

Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

Sendo assim, pessoas com qualquer deficiência passaram a ser tratadas igualmente a qualquer outro cidadão brasileiro.

Neste caso, uma das maiores dificuldades para os PCD é o acesso com componentes elétricos, como exemplo tomadas, interruptores, equipamentos elétricos e até mesmo quadros de comando. No mercado, hoje, já existe algumas soluções referente a estes quesitos, contudo também se encontra barreiras em questão, valores altos para aquisição, sendo assim não acessíveis a todos. A normatização conhecida envolvendo acessibilidade aos componentes elétricos encontra-se na NBR 9050, onde consta um quadro correspondente às alturas de posicionamento para diferentes tipos de comandos e controles (ABNT, 2004).

(18)

Portanto, a questão de pesquisa do trabalho é: As Instalações Elétricas Residências das pessoas com deficiência estão corretas conforme as suas necessidades ou não estão?

1.3 OBJETIVO GERAL

O objetivo central deste trabalho consiste em realizar um estudo de Acessibilidade em Instalações Elétricas Residências.

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

De modo a alcançar o objetivo central proposto, tem-se como objetivos específicos:

 Realizar uma revisão bibliográfica detalhada sobre a teoria de acessibilidade e pesquisas recentes que abordam o tema;

 Realizar uma pesquisa com as pessoas com deficiências (PCD), atendidas na Unidade de Reabilitação Física de Ijuí (UNIR), com aplicação de um questionário;

Análise do resultado dos questionários e uma pesquisa in loco. 1.5 ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO

O trabalho encontra-se estruturado em cinco capítulos. O capítulo seguinte apresenta a revisão bibliográfica acerca das principais características a respeito da acessibilidade de pessoas com deficiência, Leis, Decretos, Normas Técnicas, e a automatização de residências.

O capítulo 3 refere-se a metodologia utilizada para o desenvolvimento desta pesquisa. Será retratado o modelo do questionário, bem como a forma que o mesmo foi aplicado.

As Análises de resultados estão no capítulo 4. Nesta seção, são elaboradas as análises dos resultados dos questionários, e a análise de caso in loco bem como a discussão de resultados como um todo.

(19)

21

__________________________________________________________________________________________

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ACESSIBILIDADE

A acessibilidade se refere a diversos grupos de pessoas, não somente idosos e pessoas com deficiência, mas sim, obesos, gestantes, crianças, pessoas com crianças de colo, pessoas vítimas de fraturas e entorses. Assim, o público beneficiado por uma cidade acessível vai além do número de idosos e de pessoas com deficiência que constam no censo. A acessibilidade é a condição para a utilização, com segurança e autonomia, dos espaços urbanos, sejam pelos idosos de forma geral, seja pelas pessoas com mobilidade reduzida, pois a materialização da acessibilidade promove a participação social, a dignidade, a autonomia, a liberdade e a inclusão, conforme citado por Bender et al.(2016).

Segundo Raduns et al.(2017), após uma pesquisa realizada em uma residência com cinco pessoas portadora de alguma deficiência, sugeriu sete soluções voltadas especialmente para as necessidades dos moradores da residência como:

Acionamento das lâmpadas através de sensores de movimento temporizados. Sensor de Movimento: Este tipo de sensor capta a presença de pessoas através da reflexão de raios de luz infravermelha, isto é, será acionado apenas quando alguma pessoa entrar em seu raio de detecção. O sensor consegue, então, por meio da luz refletida pelo objeto, medir sua distância por meio de cálculo de frequência do sinal recebido.

Acionamento da torneira do banheiro com sensor de proximidade.

Torneira com abertura automática: As torneiras eletrônicas sensorizadas, além de proporcionarem economia de água, servem para facilitar o uso do lavatório, atendendo perfeitamente as necessidades da criança e da senhora idosa. De acordo NBR 9050, recomenda-se tempo de fechamento de 10 a 20 segundos.

Chuveiro com acionamento automático da água.

Chuveiro com sensor de presença: O chuveiro com sensor de presença é constituído basicamente de um chuveiro convencional, mas que contém um sensor de presença acoplado ao aparelho. É chamado de chuveiro inteligente, pois somente aciona a saída da água quando há alguém posicionado abaixo do chuveiro.

Tomadas com proteção.

Tomadas com proteção contra contatos acidentais: Visando proteger a criança de colo, ainda bebê, e sem noção dos riscos envolvidos em seus atos, todas as tomadas da residência deverão ser do modelo que só libera a passagem dos pinos pelos orifícios quando todos os orifícios forem tocados ao mesmo tempo, devendo permanecer fechados caso a criança venha a tentar a inserção de algum objeto pontiagudo, evitando-se assim o choque elétrico. Esse sistema é denominado tomada com obturador.

Comando da climatização através de comando de voz.

Controle da climatização através de comandos de voz: para permitir que a criança com as mãos amputadas tenha acesso à utilização do ar condicionado, modelos com comandos de voz devem ser utilizados principalmente no dormitório desta criança, podendo também ser utilizados na sala que também será frequentada por ela.

(20)

Além do ajuste de temperatura, os principais comandos, como ligar, desligar e ativar certas funções serão possíveis através desta tecnologia.

Acionamento automático da descarga do vaso sanitário.

Válvula de descarga automática: Sensorizadas, estas válvulas de descarga são ideais para atender as necessidades de pessoas com dificuldade de locomoção ou com membros amputados. Isso é possível através do seu sistema de detecção do usuário, que monitora a utilização do vaso sanitário, efetuando a descarga logo após sua utilização. Assim, o ambiente fica sempre higienizado e agradável sem a necessidade de intervenção do usuário.

Botoeiras de emergência.

Botoeiras de emergência: estrategicamente instaladas no dormitório da senhora idosa e nos banheiros servem para eventuais pedidos de socorro para os usuários destes ambientes. Caso acionadas, essas botoeiras enviam um sinal para uma central que imediatamente dispara um alarme sonoro como forma de avisar os demais moradores da residência da emergência.

Por mais que a acessibilidade esteja em âmbito de crescimento, a quantidade de pessoas idosas e portadores de alguma deficiência, morando sozinho, têm aumentado muito nos últimos tempos, e a quantidade de residências que utilizam a automação residencial em prol destas pessoas ainda é muito pequena, alguns fatores que impedem a obtenção desta estrutura é a falta de informação a respeito dos benefícios e também o custo para as pessoas de baixa renda (STARVAI, 2017).

O conceito de acessibilidade não possui uma definição universalmente aceita, ou uma determinada opinião formalizada, o conceito pode ter múltiplas interpretações, de acordo com o local e a época em que será aplicado, pois:

Aparentemente não existe relação entre o acesso a uma edificação para uma pessoa com problemas de mobilidade, a possibilidade de interpretar um texto escrito por uma pessoa cega ou ter acesso a uma mensagem sonora por parte de uma pessoa surda. No entanto, tudo isso é acessibilidade, assim como é também acessibilidade a possibilidade de uma pessoa estrangeira ou com deficiências intelectuais entender a sinalização dos aeroportos, ou de uma mulher entrar em um ônibus aos nove meses de gravidez ou com um carrinho de bebê. (GARCIA, 2012, p. 59).

A palavra “acessibilidade” tem um grande peso perante as normas e leis, pois a acessibilidade garante a uma PCD ou com mobilidade reduzida viver de uma forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social dentro de seus limites físicos, que garante uma melhoria na sua qualidade de vida. Contudo, a conscientização social e jurídica sobre os problemas que as pessoas com deficiência enfrentam é relativamente recente e por isso a questão da acessibilidade é tema pouco difundido, apesar da sua relevância. O legislador elaborou diversas leis protetivas às pessoas com deficiência, sendo a mais específica

(21)

23

__________________________________________________________________________________________

a Lei n. 10.098/2000 – Lei da Acessibilidade, pode-se acompanhar a descrição no tópico 2.1.1 a seguir (DALL’AGNOL, et al, 2017).

2.1.1 Lei de Acessibilidade - Decreto de lei nº 5296

Esta é a principal lei brasileira que rege essa questão, quando o assunto “acessibilidade” vem em pauta, tem-se em vista muitas propostas pra o tema, várias questões surgem principalmente quanto a legislação: Decreto nº 5296 de 2 de dezembro de 2004.

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

Para o CAPÍTULO II, que condiz sobre o atendimento prioritário, pessoa portadora de deficiência, além daquelas previstas na Lei no 10.690, de 16 de junho de 2003, a que possui imitação ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas seguintes categorias:

a) deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos

do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;

b) deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um

decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz;

c) deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor

que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores; d) deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente inferior

à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação, cuidado pessoal,

(22)

habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer, trabalho, deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências.

A Figura 1, representa as deficiências relatadas nos parágrafos referenciados com a, b, c e d.

Figura 1 - Pessoas com deficiência (PCD)

Fonte: Freepik (2010).

Para o Capitulo III, das condições gerais da acessibilidade, Art. 8o para os fins de acessibilidade, considera-se:

V - ajuda técnica: os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida.

Este é o capítulo mais direto para este fim, sendo assim este decreto composto por nove capítulos cada um com ênfase distintas, com relação a acessibilidade.

Segundo Dall’Agnol et al (2017),

As pessoas que não possuem deficiência, ou não lidam com a questão, não costumam perceber as inúmeras situações discriminatórias que as pessoas com deficiência sofrem com um projeto negligente ou inadequado. No início de um projeto de construção de um ambiente, as pessoas em cadeiras de rodas, por exemplo, são muitas vezes excluídas pela inexistência de calçadas rebaixadas na maior parte das vias públicas, no mobiliário urbano, nos transportes, nos meios de comunicação, na

(23)

25

__________________________________________________________________________________________ informação e tecnologias e sinalizações, faz com que essas pessoas fiquem confinadas em suas casas ou em clínicas. Por isso, pode-se dizer que sem os espaços adaptados, não se tem acessibilidade, e, sem esta, não há direitos iguais, não há inclusão social!

2.1.2 Censo 2010

No último censo demográfico de 2010, os dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, descreveram a prevalência dos diferentes tipos de deficiência e as características das pessoas que compõem esse segmento da população. A deficiência foi classificada pelo grau de severidade de acordo com a percepção das próprias pessoas entrevistadas sobre suas funcionalidades.

No Gráfico 1, pode ser observado a prevalência da deficiência variou de acordo com a natureza de cada entrevistado, 23,9% possuíam pelo menos uma das deficiências investigadas: visual, auditiva, motora e mental ou intelectual, 18% apontou a deficiência visual apresentando a maior ocorrência, da população brasileira, e em segundo lugar está a deficiência motora, ocorrendo em 7% da população, seguida da deficiência auditiva, em 5,10% e da deficiência mental ou intelectual, em 1,40%.

Gráfico 1 - Porcentagem dos tipo de deficiência

Fonte: Cartilha do Censo 2010

Deficiência é um tema relevante aos direitos humanos e corresponde ao princípio de que todos ser humano tem direito desfrutar dos seus talentos e aspirações, sem ser submetido a

23,90% 18,60% 5,10% 7% 1,40% 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00%

Pelo menos uma das deficiencias

Visual Auditiva Motora Mental ou

Intelectual

(24)

qualquer tipo de discriminação. A Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência – SNPD segue as orientações e trabalham com pesquisas a partir de coletas de dados em todo o pais.

As deficiências atualmente variam conforme o crescimento de faixa etárias. Para melhor entender esses dados, pode-se acompanhar no Gráfico 2, quantidade de pessoas com pelo menos uma das deficiências por idade, relacionando faixa etária em relação a algum tipo de deficiência, pode-se observar um forte aumento nos grupos de idade de 4 a 9 anos e a partir dos 45 anos. E a partir desse último grupo, a prevalência da deficiência cresceu acentuadamente, sendo assim pessoas idosas com mais de 80 anos, estão no topo com 80% de pessoas com algum tipo de deficiência, esse elevado número é preocupante pois sabe-se que pessoas idosas necessitam ainda mais de cuidados, cuidado esse que se encaixa perfeitamente na acessibilidade nas instalações elétricas residências.

Gráfico 2 - Pessoas com pelo menos uma deficiência

Fonte: Cartilha do censo 2010

Então, as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos que as pessoas sem deficiência. No entanto, a maioria nem sempre consegue clamar por seus direitos nas mesmas condições em que o fazem as pessoas sem deficiência, devido a desvantagens impostas pela

2,79 7,67 11,22 11,88 12,85 13,9 15,55 18,65 29,19 40,25 46,4350,34 54,19 59,65 65,47 71,56 80,61 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 0 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 75 a 79 anos 80 ou mais P aci ent es Faixa Etária

PESSOAS COM PELO MENOS UMA DAS DEFICIÊNCIAS, POR IDADE

(25)

27

__________________________________________________________________________________________

restrição de funcionalidades e pela sociedade, que lhes impõe barreiras físicas, legais e de atitude. Essas barreiras são responsáveis pelo distanciamento que existe na realização dos direitos das pessoas com e sem deficiência. E o objetivo do governo é eliminar essa lacuna e equiparar as condições das pessoas com deficiência, pelo menos, ao mesmo nível das pessoas sem deficiência na realização de seus direitos.

2.2 ABNT- NBR 5410

No cotidiano, às pessoas são submetidas a um conjunto de dificuldades no que se refere às instalações elétricas, tanto em residências, como em lugares públicos, como escolas, ruas e até mesmo nas empresas, que por medida de segurança, tem seus técnicos eletricistas e de segurança do trabalho, mas mesmo assim, com todo o conhecimento ainda ocorrem acidentes. Nas residências a maioria dos usuários não tem o mínimo de conhecimento possível sobre energia elétrica, onde o risco de acidentes é maior, principalmente em residências com PCD.

Para que projeto elétrico sejam realizados com sucesso, umas das normas que deve-se seguir é a NBR 5410, com base para a pesquisa pode ser citado que:

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

A ABNT NBR 5410 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de Estudo de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (CE–03:064.01). O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 09, de 30.09.2003, com o número Projeto NBR 5410.

Uma das normas mais importantes para instalações elétricas, a NBR 5410, tem como principal objetivo estabelecer as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais. Outro objetivo dessa norma brasileira é fazer com que o patrimônio e bens de empresas e residências sejam protegidos de possíveis infortúnios que poderiam ser causados por instalações elétricas inadequadas.

Para os profissionais da elétrica, a NBR 5410, é um guia fundamental para o desenvolvimento das atividades do profissional no seu dia a dia, portanto, cita-se os objetivos da norma onde se aplica com referência 1.2.2 onde pode se aplicar e onde não se aplica como referência 1.3.

(26)

2.2.1 Esta Norma aplica-se

a) aos circuitos elétricos alimentados sob tensão nominal igual ou inferior a 1 000v em corrente alternada (CA), com frequências inferiores a 400 Hz, ou a 1 500v em corrente contínua (CC);

b) aos circuitos elétricos, que não os internos aos equipamentos, funcionando sob uma tensão superior a 1 000v e alimentados através de uma instalação de tensão igual ou inferior a 1 000v em corrente alternada (por exemplo, circuitos de lâmpadas a descarga, precipitadores eletrostáticos etc.);

c) a toda fiação e a toda linha elétrica que não sejam cobertas pelas normas relativas aos equipamentos de utilização; e

d) às linhas elétricas fixas de sinal (com exceção dos circuitos internos dos equipamentos).

NOTA A aplicação às linhas de sinal concentra-se na prevenção dos riscos decorrentes das influências mútuas entre essas linhas e as demais linhas elétricas da instalação, sobretudo sob os pontos de vista da segurança contra choques elétricos, da segurança contra incêndios e efeitos térmicos prejudiciais e da compatibilidade eletromagnética.

2.2.2 Esta Norma não se aplica

a) instalações de tração elétrica;

b) instalações elétricas de veículos automotores; c) instalações elétricas de embarcações e aeronaves;

d) equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na medida que não comprometam a segurança das instalações;

e) instalações de iluminação pública;

f) redes públicas de distribuição de energia elétrica;

g) instalações de proteção contra quedas diretas de raios. No entanto, esta Norma considera as consequências dos fenômenos atmosféricos sobre as instalações (por exemplo, seleção dos dispositivos de proteção contra sobretensões);

h) instalações em minas;

i) instalações de cercas eletrificadas (ver IEC 60335-2-76).

Assim, também tem-se a necessidade de serviços de segurança, as fontes de alimentação para tais serviços devem possuir capacidade, confiabilidade e disponibilidade adequadas ao funcionamento especificado, para isso existe uma tabela com a classificação de códigos e suas

(27)

29

__________________________________________________________________________________________

respectivas características e aplicações, no nosso caso, pode-se adiantar que o código BA3 casasse com o presente estudo, pois demonstra classificação dos INCAPACITADOS, como características, pessoas que não dispõem de completa capacidade física ou intelectual (idosos, doentes), conforme a Tabela 1.

Tabela 1 - Competência das pessoas

Código Classificação Características Aplicações e exemplos

BA1 Comuns Pessoas inadvertidas -

BA2 Crianças Crianças em locais a elas destinados 1 Creches, escolas

BA3 Incapacitadas Pessoas que não dispõem de completa capacidade física ou intelectual (idoso, doente)

Casas de repouso, unidades de saúde

BA4 Advertidas Pessoas suficientemente informadas ou supervisionadas por pessoas qualificadas, de tal forma que lhes permite evitar os perigos da eletricidade (pessoal de manutenção e/ou operação)

Locais de serviços elétricos

BA5 Qualificadas Pessoas com conhecimento técnico ou experiência tal que lhes permite evitar os perigos da eletricidade (engenheiros e técnicos)

Locais de serviços elétricos fechados 1) Esta classificação não se aplica necessariamente a locais de habitação.

Fonte: ABNT-NBR 5410 (2008, p. 38).

As Normas existem para regulamentar, trazer uma igualdade as demais instalações elétricas e para melhorá-la, a NBR-5410 existe justamente pela preocupação com as instalações elétricas de baixa tensão, pois muitos acidentes ocorrem neste tipo de instalação com usuários que nem sempre possuem qualificação. Cumprir a norma é assegurar que estas instalações estejam dentro do que é considerado um funcionamento seguro.

Pode-se salientar que é importante ter uma instalação baseada nas normas e afirmar ser o correto, pois assim fica assegurado que haverá o bom funcionamento, a conservação dos bens e principalmente a segurança.

2.3 ABNT NBR 9050

A ABNT NBR 9050 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB-040), pela Comissão de Estudo de Acessibilidade em Edificações (CE-040:000.001).

O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 20.08.2012 a 18.10.2012.

(28)

Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade.

Para fins de documentos segue o termo:

3.1 Termos e definições

3.1.1 acessibilidade possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida. (ABNT NBR 9050,2015, p.02).

Um dos pontos importantes da norma que pode ser relator é o termo 4.6.9 que corresponde à altura para comandos e controles, na Figura 2 é possível ver as alturas recomendadas para o posicionamento de diferentes tipos de comando e controles, esses pontos abrangem todos os tipos de deficientes, sejam eles cadeirantes ou deficientes visuais.

Suas instalações corretas são de suma importância, pois auxiliam ao portador de deficiência viver com dignidade e um pouco mais de independência.

A principal atenção dada na figura é aos comandos elétricos representados principalmente pelos interruptores, tomadas e quadros de energia, pois são eles que mais aparecem em todas as residências.

Conforme mostra a Figura 2, as alturas tanto em máxima como em mínima, demostra os pontos ideais para praticamente todos os tipos de mobilidade reduzida, sendo eles cadeirantes, amputados e até mesmo deficientes visuais. As representações ilustradas acima, como tomadas e interruptores são o que causam mais desconforto para o caso de pessoas com alguma mobilidade reduzida, pois na maioria das casas, estas estão no tamanho padrão, sendo assim, muitas vezes inviável o uso destes comandos. Portanto, as instalações corretas mediantes este casos de pessoas com alguma dificuldade é de grande valia, pois facilita ao portador viver mais dignamente e se sentir mais independente perante estes percalços.

(29)

31

__________________________________________________________________________________________

Figura 2 - Altura para comandos de controle

Fonte: Altura para comandos e controles. Fonte: (ABNT, 2004).

2.4 SOLUÇÕES PARA A ACESSIBILIDADE

Hoje, já existem muitas novidades nas áreas tecnológicas que podem equipar os lares e auxiliar ainda mais as PCD. Automação Residencial para muitos ainda é visto como um símbolo de status e modernidade. Mas, para outros é uma solução para a adequação do bem viver. Contudo, para dar certo, é preciso fazer um estudo de caso, que neste presente trabalho é o maior foco de pesquisa. Antes de projetar é necessário fazer um estudo e planejar um sistema que atenda às necessidades da casa, não basta somente projetar, mas também permitir que ocorra uma integração agradável entre a pessoa e as adequações (LIMA et al, 2011).

Por vista disto, pode-se dizer que a automação e a acessibilidade andam lado a lado, pois para uma PCD pode ser uma maneira de melhorar a sua comodidade conforme suas mobilidades reduzidas. Adequadas a estas tecnologias, estas podem realizar tarefas cotidianas em seus lares antes impossíveis ou extremamente complicadas, com o simples toque na tela de dispositivos moveis, onde uma das formas mais usuais de controlar a iluminação é através da utilização de um smartphone para a função, com mecanismos adaptados a sensores, como para o acionamento da descarga do vaso sanitário ou até mesmo da torneira no lavabo (STARVAI,2017).

Uma definição completa é obtida nas publicações da Asociación Española de Domótic (Cedom):

Domótic, que significa casa com robótica, ou seja é uma automatização e o controle aplicados à residência. Esta automatização e controle se realizam mediante o uso de equipamentos que dispõem de capacidade para se comunicar interativamente entre eles e com capacidade de seguir as instruções de um programa previamente estabelecido pelo usuário da residência e com possibilidades de alterações conforme

(30)

seus interesses. Em consequência, a Robótica permite maior qualidade de vida, reduz o trabalho doméstico, aumenta o bem-estar e a segurança, racionaliza o consumo de energia e, além disso, sua evolução permite oferecer continuamente novas aplicações.

Segunda Muratori (2011), um dos principais fatores que conceitua uma instalação residencial automatizada é a integração do sistema a ser executado com os comandos de programação, integrando assim nas instalações elétricas a iluminação, gestão de energia e outros, no sistema de segurança os alarmes técnicos (vazamento de gás, fumaça, inundação), controle de acesso e monitoramento, sistema multimídia que definem áudio e vídeo, som ambiente, no sistema de comunicação como a telefonia e interfone, redes domesticas e ainda utilidades como climatização, aquecimento de agua, aspiração central.

Ainda Muratori (2011), afirma que a automação residencial pode se tornar um fator decisivo para os consumidores com necessidades específicas, que se destacam, como a segurança, entretenimento, a acessibilidade, o trabalho em casa, o conforto, a convivência e a economia de energia. Com isso pode ocorrer uma boa evolução nos lançamentos imobiliários com diferencias tecnológicos para esta área comercial.

As técnicas são variadas, no qual quem pode operar uma residência em questão de segundos é um aparelho móvel conhecido como aparelho celular e smartphones, ou com sensores mecânicos como dizia Starvai (2017), a Figura 3 expressa essa visão de automação.

Figura 3 - Residência automatizada

Fonte: Imob (2018).

As legislações e normas brasileiras de acessibilidade contemplam a acessibilidade nos espaços públicos, mas pouco se fala em acessibilidade residencial.

(31)

33

__________________________________________________________________________________________

Segundo Blatt (2014), acessibilidade, hoje, não significa apenas colocar barras de apoio, tapetes antiderrapantes, cadeiras elevatórias, mas também o acesso automático de luzes noturnas que indiquem o caminho, o desligamento automático do enchimento de um banheiro quando atinge um certo nível, o acionamento remoto de cortinas, um sistema de alarme quando percebido a queda de um morador em sua residência, assim como sensores de presença e ausência, de temperatura e de umidade, assim como para um deficiente auditivo, facilitar a abertura da porta da residência para uma visita através de um sistema eletrônico que possa fazer um alerta vibratório em aparelho telefônico, ou até mesmo um sensor que transmita uma luz, o botão do pânico que fica interligado a uma pulseira ou até mesmo em um colar, de uma maneira que fique bem próximo da pessoa e que tenha uma facilidade para acionar quando for necessário

Diversas empresas atuam na parte de automação residencial, com essas ideias já pode-se ter uma bapode-se, através de aplicativos, interruptores, ou até mesmo por voz. Um exemplo interessante é o interruptor para um PCD auditivo, como mostra a Figura 4.

Figura 4 - Interruptores da empresa TASS

Fonte: TASS- Casa Inteligente (2018).

Esse interruptor com o simples toque na tecla aciona um dispositivo de som ou de luz que manifesta o que o PCD quer se comunicar de uma forma rápida e fácil.

Também existe no mercado brasileiro, torneira com sensor, que ajuda na hora da higienização das mãos, como mostra a Figura 5, um equipamento simples, com um designar universal, que facilita a vida de qualquer indivíduo, mas que requer estrutura financeira, pois o valor a ser pago por ela é um pouco elevado que das torneiras tradicionais.

(32)

Figura 5 - Torneira com sensor

Fonte: Torneira com sensor. (Banggood)

Nas casas de PCD nem sempre existe a estrutura certa para disponibilidade de uma vida tranquila, que permite executar as tarefas mais simples, porém existem várias soluções para maior acessibilidade delas em seu domicílio. Podendo ligar e desligar equipamentos a partir de uma cadeira de rodas ou até mesmo de uma cama, isso já é sinônimo de autonomia, com o dispositivo de comando é possível que elas tenham uma vida com mais destreza e acessibilidade, pois muitas vezes sem recurso, a PCD fica dependente da ajuda de alguém, então com qualquer modificação para com o seu dia a dia, ela se sente mais independente, tornam a vida mais confortável e essa já é uma grande conquista (FREDON,2018).

Conforme Ribeiro (2013), a automação residencial começou a tomar força nos anos 90, que naquela época se buscava mais o conforto, já nos dias atuais tem se buscado esse reforço pelas necessidades de acessibilidade por parte de pessoas com deficiências especificas, com isso afirmou-se que a evolução da automação não vai parar, pois cada vez ela é mais necessária, agrupada a sistemas inteligentes, as lideranças governamentais já estão criando incentivo e normas para utilização destes recursos, para que nos próximos anos todos que necessitem já estejam usufruindo desta possibilidade.

Segundo Bolzani (2009), a Automação Residencial é um ramo derivado da Automação Industrial, com foco nas operações domésticas. É responsável pelo controle de equipamentos elétricos e eletrônicos sem que haja necessidade de intervenção humana com os mesmos, mas

(33)

35

__________________________________________________________________________________________

sim, através de sistemas de controle. O grande objetivo é facilitar as tarefas do cotidiano, de modo a atender às necessidades das pessoas no que se refere à autonomia, segurança e conforto. Dentre diversas possibilidades que a Automação Residencial pode oferecer, destacam-se (BOLZANI, 2009):

• Acesso por uso da biometria; • Comando de cortinas e persianas;

• Sistema canalizado para aspiração de pó; • Ventilação e controle da temperatura;

• Sensores de luz, gás, fumaça, inundação e exaustão; • Botões de emergência/pânico;

• Agendamento de tarefas, como por exemplo, a irrigação do jardim e filtragem da piscina;

• Monitoramento e acionamento remoto; • Elevador para escadas;

• Integração total dos equipamentos de áudio e vídeo; • Controle do consumo de recursos elétricos e naturais.

Bolzani (2009) reforça mais uma vez que a automação residencial não está ligada somente à modernização dos ambientes, mas também ao conforto dos usuários, sendo que esta pode facilitar a vida das pessoas em seus lares, especialmente no que se refere à oferta de condições necessárias para que indivíduos com deficiência possam acionar determinados dispositivos independente de sua patologia ou necessidade. Essa breve revisão na literatura já revela uma diversidade de abordagem do problema de controle e dinâmica aplicados no Sistema Elétrico de Potência. Além disso, sinaliza que os modelos e as estratégias de solução são um tema atual e, ainda, longe de um consenso, o que torna o estudo do problema de estabilidade de sistemas de potência instigante e desafiante.

(34)

3 METODOLOGIA

O estudo aqui contemplado foi realizado a partir de pesquisa descritiva, com o intuito de levantar o máximo volume de dados referente à acessibilidade nas instalações elétricas de pacientes da Unidade De Reabilitação de Ijuí (UNIR). Trata-se de coleta de dados através de um questionário elaborado para alguns tipos de mobilidade reduzida e/ou com algum tipo de deficiência. A pesquisa também tem caráter quantitativo e qualitativo já que busca análises de resultados através de números e induções.

A Figura 6 apresenta o fluxograma da metodologia, abordando as etapas. Figura 6 - Fluxograma da metodologia

(35)

37

__________________________________________________________________________________________

A seguir são detalhadas as etapas da metodologia.

ETAPA 1: Para desenvolver esta pesquisa, em um num primeiro momento, foi

realizado um levantamento bibliográfico sobre o tema acessibilidade e inclusão social, assim como automação residencial aplicada a sistemas visando auxiliar PCD.

Foi relevante o estudo bibliográfico de leis e decretos, os quais podem ser citados:

Lei n. 10.098/2000 – Lei da Acessibilidade e a Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000 que se complementam;

Lei n° 13.146/15;

Lei de Acessibilidade - Decreto de lei nº 5296;

Lei no 10.690, de 16 de junho de 2003.

Também foi necessário um breve levantamento do Censo 2010, e ainda respectivas normas da ABNT, são elas: ABNT NBR 5410 elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade e a ABNT NBR 9050 que foi elaborada no Comitê Brasileiro de Acessibilidade.

ETAPA 2: Esta etapa iniciou com uma pesquisa junto a UNIR. A Unidade de

Reabilitação Física de Nível Intermediário é uma referência regional, surgiu em parceria entre o Poder Executivo de Ijuí e a Unijuí. O serviço é prestado por meio do Sistema Único de Saúde, o qual dispõe de uma equipe multiprofissional e multidisciplinar, que objetiva prestar atendimentos às pessoas portadoras de deficiências físicas (motora e sensório-motora), possibilitando acesso aos meios terapêuticos para fins de reabilitação. Cabe a Unir fazer a dispensação de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, como andador, muleta, cadeira de rodas, cadeira de banho e bengala.

Essa pesquisa auxiliou no esclarecimento de dúvidas e compreensão dos serviços prestados na unidade. Contudo, constatou-se que a pesquisa e aplicação do questionário deveriam ser elaboradas somente para cadeirantes e amputados, sendo estes o público alvo, pois eram estes PCD que teria a maior quantidade de consultas naquele período da pesquisa. Portanto, cada entrevistado é um sujeito da pesquisa, sendo ele um PCD e paciente da UNIR. A definição do público alvo deu-se pela possibilidade de autonomia ao acesso as instalações elétricas por parte dos cadeirantes e amputados.

(36)

Após definição do público alvo, realizou-se a montagem do questionário, seguindo critérios de integridade e dignidade dos sujeitos da pesquisa, sem ocorrer o constrangimento de ambos, pesquisador e sujeito da pesquisa.

O questionário foi confeccionado baseado em dois itens, sendo eles: Caracterização do entrevistado e Caracterização da residência do entrevistado, sendo esses itens explorados da seguinte forma:

CARACTERIZAÇÃO DO ENTREVISTADO

Entrevista realizada com o Paciente ou com Acompanhante:

Definir corretamente quem vai responder ao questionário: Se é o paciente, pode-se saber a opinião própria do paciente, descobrindo então suas dificuldades, autonomias e soluções desenvolvidas a partir da sua necessidade e/ou da sua acessibilidade de um modo geral. No caso do acompanhante responder, busca-se a opinião de uma segunda pessoa, que no caso, saberia responder o que o acompanhante vê fisicamente perante as dificuldade ou autonomias de seu paciente e não o que se sente de fato.

Idade do portador de deficiência, bem como sexo feminino ou masculino. A partir da idade do PCD, é possível questionar a quanto tempo enfrenta a deficiência, saber o sexo se fez importante para a análise de distinção de seres.

Deficiência é congênita, adquirida, hereditária ou Doença Rara.

Definir a deficiência correta permite um diálogo totalmente exclusivo, pois dependendo da situação como PCD, já se tem uma noção de como a acessibilidade nas instalações elétricas para este é de fácil acesso ou não, se tem autonomia total, se existe situação de impossibilidade em alguns momentos ou ainda se é incapaz de qualquer acessibilidade com as instalações elétricas.

Portador é cadeirante ou amputada.

Se o portador é cadeirante, é questionado o motivo de estar na cadeira de rodas e por quanto tempo já faz o uso dela.

Se o portador é amputado, qual o membro que foi amputado e se já faz o uso de próteses.

Mora sozinho, mora com a família ou possui cuidador e quantos membros

(37)

39

__________________________________________________________________________________________

Verificar a autonomia do entrevistado

Já sofreu algum choque ou acidente relacionado a instalações elétricas,

em que lugar, qual o tipo de equipamento.

Obtendo uma resposta SIM, identificar o local e em qual tipo sistema ou equipamento elétrico.

CARACTERIZAÇÃO DA RESIDÊNCIA DO ENTREVISTADO

Qual o tipo de residência.

Um dos pontos chave é definir o tipo de residência que o paciente se acomoda, se é em uma casa ou em um apartamento. No caso de apartamento, em qual andar reside, se nele existe elevador, se o elevador é adaptado para a sua acessibilidade. Caracterizar a residência trará resultados mais objetivos.

Quais os Cômodos da residência /Quantidade.

Quantificar os cômodos da residência em sala, cozinha, lavanderia, dormitório, banheiro, circulação, garagem e área externa, faz com que se tenha uma noção de quanto abrange as instalações elétricas na residência. Onde tem acessibilidade com interruptores, tomadas para uso de equipamentos elétricos, que por sinal em todos os cômodos é possível ter contato com algum tipo.

Por quais cômodos circula/não circula.

Saber quais os cômodos tem o livre acesso com acessibilidade, quais os cômodos que não consegue circular, principalmente cadeirantes, pelo fato de que muitas vezes o vão das portas não é compatível com a largura da cadeira de rodas, e até mesmo por ter degrau de um cômodo a outro se a residência não for adaptada.

Realizada alguma adequação na residência, visando acessibilidade nas

instalações elétricas.

Verificar se realizou uma adequação na residência diante da sua necessidade, para que torne o acesso mais fácil ao paciente, tanto para locomoção, como para o uso de equipamentos que necessitam de energia elétrica, isso também requer reparos nas instalações elétricas.

A Figura 7 apresenta o formato do questionário como um todo. Descrito com palavras de fácil entendimento, assegurando com total conforto o anonimato dos entrevistados. A Figura 8 apresenta o modelo de autorização feita para o processo da pesquisa in loco.

(38)

Figura 7 - Modelo do questionário

UNIJUI - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Pesquisa TCC - ACESSIBILIDADE EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDÊNCIAS

Acadêmica: Isabel Cristina Matte - Eng. Elétrica Amputado ( ) Cadeirante ( ) Prótese ( ) Sem Prótese ( )

Sala

Posição dos interruptores? () alto () baixo () altura ideal __________________________________________________ Posição das Tomadas? () poucas () o suficiente () baixa () alta () ideal

Quantidade de tomadas __________________________________________________________________________ Iluminação adequada (lâmpada)? () fluorescente () incandescentes () compactas

Quantidade de lâmpadas _________________________________________________________________________ Sugestão do que gostaria que melhorasse no cômodo da sala?

___________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________

Cozinha

Posição dos interruptores? () alto () baixo () altura ideal __________________________________________________ Posição das Tomadas? () poucas () o suficiente () baixa () alta () ideal

Quantidade de tomadas __________________________________________________________________________ Iluminação adequada (lâmpada)? () fluorescente () incandescentes () compactas

Quantidade de lâmpadas _________________________________________________________________________ Sugestão do que gostaria que melhorasse no cômodo da cozinha?

___________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________

Quarto

Posição dos interruptores? () alto () baixo () altura ideal __________________________________________________ Posição das Tomadas? () poucas () o suficiente () baixa () alta () ideal

Quantidade de tomadas __________________________________________________________________________ Iluminação adequada (lâmpada)? () fluorescente () incandescentes () compactas

Quantidade de lâmpadas _________________________________________________________________________ Sugestão do que gostaria que melhorasse no cômodo do quarto?

___________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________

Banheiro

Posição dos interruptores? () alto () baixo () altura ideal __________________________________________________ Posição das Tomadas? () poucas () o suficiente () baixa () alta () ideal

Quantidade de tomadas __________________________________________________________________________ Iluminação adequada (lâmpada)? () fluorescente () incandescentes () compactas

Quantidade de lâmpadas _________________________________________________________________________ Sugestão do que gostaria que melhorasse no cômodo do banheiro?

______________________________________________________________________________________________

Qual o consumo mensal de energia elétrica _______________________________________________

(39)

41

__________________________________________________________________________________________

Figura 8 - Modelo de autorização para pesquisa in loco

AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA ACADÊMICA

Eu_________________________________, portador do CPF ______________, residente de Ijuí-RS, autorizo a estudante ISABEL CRISTINA MATTE, portadora do

CPF______________, RG:__________, RG DE ALUNO:__________, do Curso de

Engenharia Elétrica, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI, a colher dados respectivos a sua pesquisa de campo, para conclusão do seu trabalho de conclusão de curso intitulado “Acessibilidade em instalações elétricas residenciais”.

Ijuí, 11 de Novembro de 2019

(40)

ETAPA 3: Para o processo de aplicação do questionário, solicitou-se liberação

juntamente ao comitê de ética.

O comitê de ética em pesquisa é um colegiado multidisciplinar, de caráter consultivo, deliberativo e educativo, que tem como finalidades avaliar, acompanhar e controlar, em pesquisas que envolvem seres humanos, o cumprimento das exigências éticas e científicas fundamentais à defesa dos interesses, da integridade e da dignidade dos sujeitos da pesquisa, bem como contribuir para o desenvolvimento da pesquisa orientada por padrões éticos.

Foi realizado o cadastro no site Plataforma Brasil, enviou-se um relatório do projeto de pesquisa para análise do CEP/CONEP, protocolando assim, a sua liberação.

A aplicação do questionário teve como base dias aleatórios, optou-se somente os dias em que cadeirantes e amputados tivessem agendamento.

A aplicação decorreu-se da seguinte forma: após o término de cada consulta, fisioterapia ou até mesmo ajuste de próteses, foi solicitado a eles um tempo para um diálogo e consequentemente o pedido para participação da pesquisa para conclusão de curso, através da aplicação do questionário. Nesse momento, o paciente poderia aceitar ou recusar participar da pesquisa. Além da conversa sobre o questionário, a maioria relatava algumas ideias de melhoria, custo para adaptação, bem como algumas formas que acharam para se adaptar com materiais que tinham na própria residência, como canos de PVC para o comando do interruptor de acionamento da lâmpada.

Todos os pacientes concordaram em participar da pesquisa, como se obteve dados parciais e de grande valia para os resultados do trabalho.

ETAPA 4: Coleta de dados in loco: esta coleta surgiu após a análise dos resultados dos

questionários, em que se observou diferentes casos. Os dois casos definidos para a verificação in loco foram considerados relevantes para a pesquisa. Portanto, realizou-se uma visita na residência do entrevistado, vindo para somar aos resultados juntamente com o questionário, trazendo a realidade dos sujeitos da pesquisa, relatando sobre a visão e a realidade dele perante a acessibilidade das instalações elétricas e a acessibilidade de um modo geral.

Um dos casos se refere a uma residência com instalações elétricas adequadas às necessidades do PCD, e o outro caso se refere a uma adequação pessoal da PCD, com auxílio

(41)

43

__________________________________________________________________________________________

de material disponível na própria casa. A contribuição destes relatos foi essencial para com os resultados do trabalho.

ETAPA 5: Com base na etapa 3 e 4, formulou-se uma discussão de resultados. Em um

primeiro momento, o presente trabalho resulta em uma análise descritiva com base em resultados numéricos através de dados gráficos e de tabela, estes resultados vieram por meio da aplicação do questionário aplicado em PCD atendidas na Unir, como citado anteriormente. E, posteriormente, o trabalho resulta em uma análise in loco, que significar “um lugar”, esta análise foi realizada através de visitas realizados a dois PCD, que se disponibilizaram a relatar seu caso com relação a acessibilidade nas instalações elétricas de sua residência.

(42)

4

RESULTADOS

Este capítulo tem a finalidade de apresentar as respostas obtidas através do questionário aplicado para os pacientes da UNIR.

Os resultados são apresentados considerando duas configurações: os resultados do questionário e da análise in loco. Os resultados a seguir são apresentados graficamente e justificados, os in loco descritivamente.

4.1 RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO

A pesquisa foi realizada durante o mês de Abril de 2019, neste período a Unir realizou atendimento de 158 pacientes. Deste total, trinta e quatro pacientes eram cadeirantes e amputados.

4.1.1 Caracterização do entrevistado

4.1.1.1 Categoria de pacientes entrevistados

No Gráfico 3 está representando os pacientes atendidos no mês de Abril/2019 na Unir, que se refere a cadeirantes e amputados, os vinte e um pacientes cadeirantes representam 62% dos entrevistados, e os treze pacientes amputados representam 38% dos entrevistados. A pesquisa foi totalmente sigilosa, entretanto algumas pessoas tinham receio de qualquer comentário, alguma palavra distorcida ou até mal esclarecida, mas é possível verificar que se obteve uma pesquisa 100% participativa.

Gráfico 3 - Categoria dos pacientes

Fonte: Elaborada pela autora. 0 5 10 15 20 25 21 13 E ntr ev ist ados

Categoria de pacientes do mês de Abril/2019

Referências

Documentos relacionados

De acordo com Steffe e Thompson (2000, p.267) “um objetivo principal para a utilização da metodologia do experimento de ensino é para os pesquisadores experimentar, em

Incide IRPJ - apurado pelo regime de lucro real ou presumido - e CSLL sobre os valores referentes à restituição ou à compensação de indébito tributário se, em períodos

Instalações elétricas e o projeto de arquitetura Carvalho Júnior, Roberto de (Autor) R$94,00 R$47,00 Instalações elétricas residenciais básicas Botelho, Manoel Henrique Campos

Oportuno lembrar que a verba honorária deve recompensar condignamente o trabalho realizado, de preferência guardando parâmetro com o valor atribuído à causa, tendo, contudo,

Helaclean é um fluído próprio para limpeza de placas de circuito impresso e contatos elétricos em geral. Devido sua alta evaporação, sua ação não deixa resíduo na

A presente memória descritiva e justificativa refere-se à análise do cumprimento do projeto de instalações elétricas relativo às obras de construção de Legalização de

O entendimento dos conceitos dos estudos de gênero são instrumentos imprescindíveis na análise crítica das estruturas da ordem androcêntrica e na construção de uma

O engenheiro Manoel Henrique Campos Botelho, um dos autores da Coleção Concreto Armado – Eu te amo, decidiu escrever um livro ABC sobre instalações elétricas residenciais,