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Academic year: 2021

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16°

TÍTULO: MODULAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO DE MACRÓFAGOS RESIDENTES POR MICROVESÍCULAS DERIVADAS DE CÉLULAS ESTROMAIS MESENQUIMAIS NA LESÃO DE ISQUEMIA E REPERFUSÃO RENAL

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: BIOMEDICINA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): GABRIELA SAMPAIO DA SILVA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): REGIANE APARECIDA CAVINATO ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): MARCOS ANTONIO CENEDEZE, NIELS OLSEN SARAIVA CAMARA COLABORADOR(ES):

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1. Resumo

A Lesão de Isquemia e Reperfusão(LIR) é considerada um conjunto de lesões decorrentes da privação e do restabelecimento de oxigênio após isquemia. Um dos principais agravantes deste insulto é a inflamação e entre as células inflamatórias envolvidas destacamos os macrófagos. Estas células são heterogêneas entre um subtipo clássico denominado M1, que contribui para a inflamação; e o alternativo M2, que é pró-resolutivo na regeneração renal. Desta forma, a polarização macrofágica é um evento decisivo no desfecho das lesões renais agudas e crônicas. Logo, uma terapia que consiga educar e reprogramar macrófagos M1 em M2 transformaria estas células em aliadas na regulação da resposta imune inflamatória e na regeneração do enxerto após a LIR. As Células Estromais Mesenquimais(CEMs) podem reger esta terapia por seus efeitos na reprogramação de macrófagos. Microvesículas(MVs) liberadas pelas CEMs têm participação nos seus efeitos terapêuticos e a substituição de CEMs por MVs pode propiciar maior segurança. Deste modo, nossa hipótese é que as MVs-CEMs podem modular os danos de LIR através da diferenciação de macrófagos renais para um fenótipo anti-inflamatório e reparador (M2) controlando assim, a resposta inflamatória.

2. Introdução

A LIR é decorrente de hipóxia tecidual seguida de reoxigenação após período de isquemia(1). Este processo é muito associado com o desenvolvimento de Doença Renal Crônica(2). No transplante renal a LIR é uma das principais causas de Retardo na Função do Enxerto(RFE)(1). O RFE está associada à rejeição aguda, disfunção crônica e dificulta a sobrevivência no pós-transplante(3). O índice de RFE no Brasil chega a 80%(4), aumentando assim o tempo de hospitalização e outros custos(5).

A LIR renal gera alteração do metabolismo celular, dano tecidual nas células endoteliais, necrose/apoptose de células epiteliais tubulares e uma ampla inflamação. Observa-se aumento da expressão de receptores toll-like, os quais medeiam à produção de citocinas e quimiocinas alterando os leucócitos. Ocorre também um recrutamento de células natural killer T, células B, células T, neutrófilos e macrófagos que se ativam e liberam Espécies Reativas de Oxigênio(6-8).

Neste ambiente inflamatório os macrófagos são células de grande importância e heterogeneidade fenotípica como descrita em monócitos murinos (Sunderkotter C J Immunol 2004) e humanos(12). Dois tipos diferentes de monócitos são descritos em

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camundongos, os CD115 Ly6c+(M1) que possuem caráter inflamatório com alta expressão do receptor CCR2 e diferencia-se no tecido lesionado em macrófagos produtores de IL-1β, iNOS, e TNF-α; e os CD115 Ly6c-(M2), com caráter resolutivo para a lesão, com maior expressão do receptor CX3CR1 e secreção de fatores de crescimento e moléculas anti-inflamatórias(9-11).

Uma terapia que consiga reprogramar o macrófago é de grande interesse terapêutico.

3. Desenvolvimento

As CEMs possuem fenótipo bem estabelecido e capacidade imunomoduladora comprovada, por liberação de fatores de crescimento e citocinas que influenciam na inflamação(12). Diante disso, existem evidências que as CEMs também promovem a polarização M2 dos macrófagos principalmente pela secreção de fatores bioativos no meio extracelular (13, 14). Recentemente, os grupos de G. Camussi, S.K.Lim e D. de Klei(15) mostraram MVs extracelulares destas células (MVs-CEMs) como responsáveis por parte da sua ação parácrina, passando a serem cogitadas para uso terapêutico(16). Estas MVs podem ser exossomos (40 a 100nm de diâmetro) e partículas maiores (50 a 1000 nm de diâmetro)(17, 18).

Por conseguinte, a substituição das CEMs pelas MVs é importante devido à maior segurança no tratamento(19), evitando chances de má diferenciação em longo prazo e geração de tumores (20). Além disso, as MVs são mais estáveis(21) e seu tamanho reduzido e flexibilidade permitem que atravessem membranas biológicas, facilitando o alcance da célula alvo (22).

Nossa hipótese é que as MVs-CEMs podem modular os danos da LIR através da diferenciação de macrófagos renais para um fenótipo anti-inflamatório e reparador. Os conhecimentos obtidos neste modelo poderão futuramente ser transferidos para a clínica e a modulação macrofágica no enxerto renal poderá auxiliar a reduzir a porcentagem de incidência de RFE nos pacientes transplantados.

4. Objetivo

Avaliar o efeito in vivo do tratamento com MVs provenientes de CEMs na função e no fenótipo dos macrófagos em um modelo experimental de LIR renal após 24 horas e 6 semanas, e sua correlação com os danos renais.

5.Metodologia

Animais duplo positivos para CX3CR1-green fluorescent protein(GFP) e CCR2-red fluorescent protein(RFP), nos quais o receptor CX3CR1 está relacionado à M2 e

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o receptor CCR2 à M1 serão divididos em 5 grupos: grupo 1 controle, com eutanásia e sem intervenção; grupo 2, para o procedimento de LIR bilateral por 45 minutos e eutanásia após 24 horas; grupo 3, para o procedimento de LIR bilateral por 45 minutos e tratamento de MVs com eutanásia após 24 horas; grupo 4, para LIR unilateral de 1 hora e eutanásia após 6 semanas; grupo 5, para LIR unilateral de 1 hora e tratamento de MVs com eutanásia após 6 semanas.

Soro sanguíneo e rins serão coletados para confirmação da lesão renal e inflamação. Para isso serão realizadas análises bioquímicas de ureia e creatinina por kit comercial(Labtest, Sete Lagoas, Brasil), expressão gênica dos fatores IL-6, TNFα, IL-1β, iNOS e Arginase-1 por PCR quantitativo em Tempo Real, Western Blot contra colágeno I, FSP-1 e Arginase-1 para detecção de proteína e lâminas histológicas de coloração Hematoxilina-Eosina e Sirius Red para análise da necrose/regeneração tubular e fibrose.

As células linfocitárias serão obtidas através do método Percoll e o perfil monocitário dos animais será analisado por citometria de fluxo com identificação dos receptores CX3CR1 e CCR2 diretamente e das moléculas CD11b, CD86, CD206 e F4/80 por marcação com anticorpos fluorescentes.

6. ReferênciasBibliográficas

1. Schröppel B, Legendre C. Delayed kidney graft function: from mechanism to translation. Kidney Int. 2014;86(2):251-8.

2. Li PK, Burdmann EA, Mehta RL, 2013 WKDSC. Acute kidney injury: global health alert. Transplantation. 2013;95(5):653-7.

3. Requião-Moura LR, Durão Junior MeS, Matos AC, Pacheco-Silva A. Ischemia and reperfusion injury in renal transplantation: hemodynamic and immunological paradigms. Einstein (São Paulo). 2015;13(1):129-35.

4. Azevedo LS, Castro MC, Monteiro de Carvalho DB, Avila DO, Contieri F, Gonçalves RT, et al. Incidence of delayed graft function in cadaveric kidney transplants in Brazil: a multicenter analysis. Transplant Proc. 2005;37(6):27467. 5. Shoskes DA, Halloran PF. Ischemic injury induces altered MHC gene expression in kidney by an interferon-gamma- dependent pathway. Transplant Proc. 1991;23(1 Pt 1):599-601.

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7. Akcay A, Nguyen Q, Edelstein CL. Mediators of inflammation in acute kidney injury. Mediators Inflamm. 2009;2009:137072.

8. Wen X, Murugan R, Peng Z, Kellum JA. Pathophysiology of acute kidney injury: a new perspective. ContribNephrol. 2010;165:39-45.

9. Geissmann F, Jung S, Littman DR. Blood monocytes consist of two principal subsets with distinct migratory properties. Immunity. 2003;19(1):71-82.

10. Serbina NV, Pamer EG. Monocyte emigration from bone marrow during bacterial infection requires signals mediated by chemokine receptor CCR2. Nat Immunol. 2006;7(3):311-7.

11. Donnahoo KK, Meng X, Ayala A, Cain MP, Harken AH, Meldrum DR. Early kidney TNF alpha expression mediates neutrophil infiltration and injury after renal ischemia-reperfusion. Am JPhysiol. 1999;277(3 Pt 2):R922-9.

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14. Németh K, Leelahavanichkul A, Yuen PS, Mayer B, Parmele A, Doi K, et al. Bone marrow stromal cells attenuate sepsis via prostaglandin E(2)-dependent reprogramming of host macrophages to increase their interleukin-10 production. Nat Med. 2009;15(1):42-9.

15. Cantaluppi V, Gatti S, Medica D, Figliolini F, Bruno S, Deregibus MC, et al. Microvesicles derived from endothelial progenitor cells protect the kidney from ischemia-reperfusion injury by microRNA-dependent reprogramming of resident renal cells. Kidney Int. 2012;82(4):412-27.

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18. Camussi G, Cantaluppi V, Deregibus MC, Gatti E, Tetta C. Role of microvesicles in acute kidney injury. ContribNephrol. 2011;174:191-9.

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