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Avaliação comparativa de instrumentos de suporte social em pacientes portadores de esquizofrenia: revisão sistemática da literatura

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

Fundada em 18 de fevereiro de 1808

Monografia

Avaliação comparativa de instrumentos de suporte

social em pacientes portadores de esquizofrenia:

revisão sistemática da literatura

Tiago Tachard Soares

Salvador (Bahia)

Novembro, 2015

(2)

Universidade Federal da Bahia Sistema de Bibliotecas

Bibliotheca Gonçalo Moniz – Memória da Saúde Brasileira

(elaborada pela Bibl. ANA LÚCIA ALBANO, da Bibliotheca Gonçalo Moniz : Memória da Saúde Brasileira/SIBI-UFBA/FMB-UFBA)

Soares, Tiago Tachard.

S676 Avaliação comparativa de instrumentos de suporte social em pacientes portadores de esquizofrenia / Tiago Tachard Soares. – 2015.

viii,41fls.

Orientadora: Prof. Drª. Amanda Cristina Galvão Oliveira de Almeida. Monografia (Graduação em Medicina) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Medicina da Bahia, 2015.

1. Esquizofrenia. 2. Suporte social. 3. Rede social. I. Almeida, Amanda Cristina Galvão Oliveira de. II. Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina da Bahia. III. Título.

(3)

Monografia

Avaliação comparativa de instrumentos de suporte

social em pacientes portadores de esquizofrenia:

revisão sistemática da literatura

Tiago Tachard Soares

Professora orientadora: Amanda Cristina Galvão Oliveira

de Almeida

Monografia

de Conclusão do

Componente

Curricular

MED-B60/2015.1, como pré-requisito

obrigatório

e

parcial

para

conclusão do curso médico da

Faculdade de Medicina da Bahia

da Universidade Federal da Bahia,

apresentada ao Colegiado do Curso

de Graduação em Medicina.

Salvador (Bahia)

Novembro, 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

Fundada em 18 de fevereiro de 1808

(4)

Monografia: Avaliação comparativa de instrumentos de suporte social em

pacientes portadores de esquizofrenia: revisão sistemática da literatura, de

Tiago Tachard Soares.

Professora orientadora: Amanda Cristina Galvão Oliveira

de Almeida

COMISSÃO REVISORA:

Amanda Cristina Galvão Oliveira de Almeida (Presidente, Professora

orientadora), Professora do Departamento de Neurociências e Saúde Mental da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia.

Fabiana Nery Fernandes, Professora do Departamento de Neurociências e Saúde Mental da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia.

TERMO DE REGISTRO ACADÊMICO

: Monografia avaliada pela Comissão Revisora, e julgada apta à apresentação pública no IX Seminário Estudantil de Pesquisa da Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA, com posterior homologação do conceito final pela coordenação do Núcleo de Formação Científica e de MED-B60 (Monografia IV). Salvador (Bahia), em ___ de _____________ de 2015.

(5)

O homem que não tem imaginação não tem asas.

(6)

Aos Meus Pais, Jorgete Tachard e

(7)

EQUIPE

 Tiago Tachard Soares, Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA. Correio-e: tiagotachard@gmail.com;

 Amanda Cristina Galvão Oliveira de Almeida, Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA.

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

 Faculdade de Medicina da Bahia (FMB)

FONTES DE FINANCIAMENTO

(8)

AGRADECIMENTOS

À minha professora orientadora, Doutora Amanda Cristina Galvão Oliveira de

Almeida, pela paciência, dedicação constante, estímulo em todas as etapas da

redação deste trabalho e, principalmente, por acreditar em mim.

À Doutora Fabiana Nery Fernandes, membro da Comissão Revisora desta Monografia, cuja participação fora imprescindível para a evolução do meu aprendizado. Meus sinceros agradecimentos pela presença de sempre.

(9)

SUMÁRIO

ÍNDICE DE QUADROS E DIAGRAMA

2

I. RESUMO

3

II. OBJETIVOS

4

III. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

III.1. Suporte social

III.2. SS e o processo saúde-doença III.3. SS e transtornos mentais III.4. SS e esquizofrenia

III.5. Instrumentos de avaliação do SS

5

5 7 8 8 9

IV. METODOLOGIA

11

IV.1. Bases de dados referenciais 11

IV.2. Amostragem 12

V. RESULTADOS

V.1. Etapas da busca

V.2. Características gerais dos artigos

V.3. Descrição e características das ferramentas de avaliação de suporte social V.4. Análise descritiva e comparativa dos instrumentos

15

15 16 18 28

VI. DISCUSSÃO

VII. CONCLUSÃO

VII. SUMMARY

31

33

34

IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(10)

ÍNDICE DE QUADROS E FLUXOGRAMA

QUADROS

QUADRO I. Estratégia de busca com base em unitermos e operadores booleanos QUADRO 1. Características gerais dos estudos incluídos na análise descritiva QUADRO 2. Itens do DUKE-UNC Functional Social Support Questionnaire QUADRO 3. Itens da seção de redes sociais do World Mental Health Composite

International Diagnostic Interview

QUADRO 4. Itens do Duke Social Support Index

QUADRO 5. Itens do Medical Outcomes Study Social Support Survey QUADRO 6. Itens da Escala de Kessler

QUADRO 7. Características dos instrumentos de avaliação de suporte social QUADRO 8. Descrição quantitativa dos itens que avaliam os diferentes tipos de

suporte em cada instrumento de suporte social

14 17 19 21 24 26 27 29 30

FLUXOGRAMA

(11)

I. RESUMO

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE INSTRUMENTOS DE SUPORTE SOCIAL

EM PACIENTES PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA: REVISÃO

SISTEMÁTICA DA LITERATURA. Introdução: O suporte social (SS) é

reconhecido como um alicerce fundamental no acompanhamento de pacientes e está associado ao prognóstico de diversos tipos de doenças, sobretudo dos transtornos psiquiátricos. Sua variedade de definições é extensa, bem como sua multiplicidade de instrumentos de escala e mensuração, acarretando, de forma geral, em falta de uniformidade e, consequentemente, imprecisão científica. Objetivo: O objetivo principal deste estudo consiste em sistematizar informações contidas na literatura médica acerca do uso de diferentes métodos de avaliação e mensuração do SS em pacientes portadores de esquizofrenia. Metodologia: Foram incluídos estudos publicados entre 2004 e 2014, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola, que abordassem os diferentes instrumentos de avaliação do SS no acompanhamento de pacientes portadores de esquizofrenia. Foram utilizadas as palavras-chave “social support”, “social network”, “psychosocial support system” e “schizophrenia”, e as bases de dados PubMed, SciELO, LILACS, ISI Web of Knowledge e Cochrane Library.

Resultados: Foram gerados 6.742 artigos, sendo excluídas 45 referências em

duplicidade e, posteriormente, foram excluídos 6.438 estudos por não possuírem as palavras-chave em título ou abstract, totalizando 259 artigos selecionados para leitura integral. Finalmente, houve a exclusão de 252 artigos por não mencionarem instrumentos que avaliem SS aplicados em pacientes portadores de esquizofrenia. No total, foram identificados seis instrumentos de avaliação de SS nos sete artigos avaliados, os quais são descritos e caracterizados. Discussão: A avaliação de SS é bastante discutida em países ricos, em detrimento dos países em desenvolvimento, onde o SS deveria ser mais necessário, em virtude das más condições dos sistemas de saúde nestes países. É necessário fomentar estratégias de validação de instrumentos de avaliação de SS na população portadora de esquizofrenia dos países subdesenvolvidos. CONCLUSÃO: O Medical Outcomes Study Social Support Survey é o instrumento de avaliação que abrange todas as esferas do SS, enquanto o Social Network Schedule se destaca por fornecer uma visão objetiva e quantitativa da rede social do indivíduo.

(12)

II. OBJETIVO

Realizar estudo comparativo de forma sistematizada do uso dos diferentes instrumentos de avaliação do suporte social em pacientes portadores de esquizofrenia.

(13)

III. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

III.1 Suporte social

Atualmente, o suporte social (SS) se reflete em um dos principais alicerces na psicologia da saúde1. SS é definido como “a existência ou disponibilidade de indivíduos os quais podemos confiar, pessoas que demonstram que se preocupam

conosco e nos valorizam. Outra definição plausível configura o SS como informação pertencente a uma entre três categorias: informação que leva o sujeito a

sentir que ele é amado e que as pessoas se preocupam com ele; informação que leva o indivíduo a acreditar que ele é querido e que tem valor; informação que conduza o sujeito a perceber que é integrante de uma rede de comunicação e de obrigações mútuas (Cobb, 1976)3. Já Dunst & Trivette (1990)acreditam que o SS denota os recursos que o indivíduo e as unidades sociais (como a família, por exemplo) tem a sua disposição em resposta aos pedidos de ajuda e assistência4.

O SS possui um papel protagonista na saúde do indivíduo. Rodin & Salouvey (1989) defendem que o SS mitiga o estresse em condições extremas, o que pode coibir o desenvolvimento de doenças e, na medida em que o indivíduo está doente, possui um valor altamente positivo no prognóstico e recuperação da doença5

.

Entretanto, ainda é discutido o que é que pode ser considerado como variável social no amplo leque das relações sociais3, 5-6: a investigação tanto se refere a aspectos objetivos do social, tais como: número de amigos, frequência de contatos, intensidade de contatos, existência ou inexistência de amigos pessoais, redes sociais (contatos sociais mesmo que não sejam com amigos), como a aspectos subjetivos, tais como a percepção que a pessoa tem com a dimensão social em sua vida, com relação à adequação e da satisfação com a mesma7-10.

Muitos autores estabelecem distinções entre os mais variados tipos de SS. O SS psicológico e não psicológico, por exemplo, são explicados por Cohen & McKay (1984), sendo o primeiro uma referência ao fornecimento de informação e o outro, ao SS palpável, real11. Já Cramer et al. (1997) estabelecem a distinção entre SS percebido versus SS recebido, sendo o primeiro aquele que o indivíduo percebe como disponível se precisar dele, e o segundo descreve o SS recebido por alguém12. Os mesmos autores estabelecem a distinção entre SS descrito versus avaliado, o primeiro se referindo à presença de um tipo particular de comportamento de suporte e o segundo para se referir

(14)

a uma análise de que tal desempenho de suporte é notado como sendo satisfatório, ou que serviu de ajuda12.

É de certa forma um consenso geral a multidimensionalidade da definição do SS, bem como o fato de que elementos diferenciados desse construto resultam em resultados distintos entre indivíduos ou grupos de indivíduos. Para exemplificar, Weiss (1974) defendia a constituição do SS em seis pilares: intimidade, integração social, suporte afetivo, mérito, aliança e orientação13. Dunst & Trivette (1990) apresentam as respectivas dimensões do SS na qual defendiam serem relevantes no que tange o bem-estar do indivíduo4:

1. Tamanho da rede social, abrangendo o número de pessoas da rede de SS;

2. Existência de relações sociais, abrangendo tanto as relações particulares, tais como o casamento, quanto as gerais como as oriundas do pertencimento a grupos sociais tais como ambientes de trabalho;

3. Utilização, para referir à extensão em que o indivíduo pode confiar nas redes de SS quando necessita;

4. Necessidade de suporte, designando a expressão da necessidade de suporte na pessoa ;

5. Tipo e quantificação de suporte, com o intuito de definir o tipo e quantidade de suporte ofertado pelos indivíduos que compõem as redes sociais existentes;

6. Satisfação, que exprime a utilidade e o nível de ajuda sentidos pelo indivíduo perante o SS;

7. Frequência de contatos, para designar a necessidade de suporte expressa pelo indivíduo;

8. Dependência, definindo a envergadura em que o indivíduo pode confiar nas redes de SS quando necessita;

9. Reciprocidade, para exprimir o equilíbrio entre o SS recebido e o fornecido;

(15)

10. Proximidade, definindo o alcance da proximidade notada em relação aos membros que disponibilizam SS;

11. Congruência, ou seja, a extensão em que o SS disponível se paraleliza com o SS que cada indivíduo sente necessidade.

III.2. SS e o processo saúde-doença

A defesa do papel do SS como protagonista de efeitos mediadores na proteção da saúde já está devidamente documentada e aceita no âmbito científico14. Schwarzer & Leppin (1989), em uma revisão sistemática com meta-análise de 55 artigos, confirmaram que a má saúde se mostrava mais proeminente dentre os indivíduos com déficit de SS e que o mesmo era mais associado à saúde em pessoas do sexo feminino do que em pessoas do sexo masculino15, 16. Além disso, o grau de associação entre as variáveis era dependente das circunstâncias da população estudada, além dos conceitos e medidas usadas na avaliação da saúde e SS15, 16. Sarason et al. (1985) chegam à conclusão que o contentamento com o SS percebido e disponível possui importante papel diminuindo o mal estar 17. Ganster et al. (1986), em uma investigação que pesquisa o papel do SS como moderador do efeito das condições trabalhistas, chegam à conclusão de que há associação entre elementos do SS e queixas somáticas 18.

Segundo Singer & Lord (1984), os estudos que têm se debruçado sobre a relação entre SS e saúde constituem quatro grandes grupos19:

1. “O SS protege contra as perturbações induzidas pelo estresse” – Agrupa uma versão forte e uma versão fraca. A primeira afirma que esta variável impede que o estresse afete negativamente o indivíduo, enquanto a fraca afirma que o estresse afeta toda a gente, mas que na existência de SS esse efeito é reduzido. O SS é visto como mediador ou moderador do estresse;

2. “A não existência do SS é fonte de estresse” – Considera que a falta de SS é ela própria geradora de estresse;

3. “A perda de SS é um estressor” – Considera que na existência de SS e sua posterior perda, o estresse surge;

4. “O SS é benéfico” – É uma perspectiva que, de certa maneira, se contradiz às citadas anteriormente, no sentido em que considera que o SS torna

(16)

indivíduos mais resilientes e preparadas no enfrentamento das dificuldades da vida, ou seja, que o SS é um recurso quer na presença ou ausência de fatores de estresse.

III.3. SS e transtornos mentais

Segundo Landerman et al. (1989), a relação entre estresse, SS e sintomas psiquiátricos já é pesquisada há décadas, principalmente avaliando se os eventos cotidianos e o SS exercem efeitos independentes nos sintomas psiquiátricos ou se a relação entre eventos cotidianos e sintomas psiquiátricos é diretamente relacionada ao nível de SS20. Estas hipóteses alternativas são geralmente referidas como o efeito principal e modelos de acúmulo de estresse. O modelo principal sugere que altos níveis de suporte promovem saúde mental independentemente do nível de estresse; o modelo de acúmulo de estresse pontua que este possui um efeito negativo maior na saúde mental sob condições de baixo SS do que sob condições de alto suporte20-22, e seus defensores focam nas funções fornecidas pelo SS durante períodos de grande acúmulo. Racionais teóricos foram desenvolvidos para ambos os modelos22. Desta maneira, é aguardado que o efeito do SS na saúde mental seja consistente nos distintos níveis de estresse23-26.

III.4. SS e esquizofrenia

Segundo a Organização Mundial de Saúde, pelo menos 26 milhões de pessoas estão vivendo com esquizofrenia ao redor do mundo, e pelo menos o dobro de pessoas são indiretamente afetados por ela27. Devido à natureza crônica da doença, ela pode afetar o bem-estar pessoal, reduzir a expectativa de vida e está entre as dez maiores causas de incapacidade a nível mundial27.

A cognição social, a habilidade de construir representações mentais sobre os outros indivíduos e sobre si mesmo, também sobre os relacionamentos com outras pessoas e consigo mesmo, estão prejudicados em pessoas com esquizofrenia28-30. Em

comparação a pessoas saudáveis, pacientes com esquizofrenia apresentam

comprometimentos tanto em domínios cognitivo-sociais como no processamento das emoções, percepção e conhecimento social e teoria da mente31-34.

Em todo o mundo, em especial nos países subdesenvolvidos, o papel da família no SS e no cuidado de pessoas com esquizofrenia é de fundamental importância35.

(17)

Recentemente, um estudo da Nigéria chegou à conclusão de que o envolvimento familiar no cuidado aumenta a adesão ao acompanhamento clínico nestes pacientes36.

O suicídio é uma das maiores causas de morte prematura entre pessoas com esquizofrenia 37,38. Inskip et al. (1998) chegaram à conclusão de que comportamento suicida é mais frequente em pacientes com esquizofrenia do que na população em geral39. Diversos estudos, em consonância com os achados epidemiológicos, definiram o SS como um forte mediador das taxas de comportamento suicida40-43.

Shepherd et al. (2012), em um estudo qualitativo, descobriu que, dentre 32 indivíduos idosos com esquizofrenia, 31 relataram redução do impacto pessoal dos sintomas psicóticos quando alcançaram a terceira idade e relacionam esse fenômeno a um processo de automotivação, autocuidado e SS44. Apesar de eles não estarem livres dos sintomas, eles estariam mais engajados em estratégias que minimizariam o impacto da psicose. Além disso, muitas outras pessoas idosas com esquizofrenia conseguiram se adaptar à doença e, além disso, alguns reestruturaram suas redes sociais para incluir colegas e membros da equipe multidisciplinar com o intuito de compensar as perdas em suas redes sociais originais44. Outros investigadores encontraram que o uso estável ou aumentado de técnicas de enfrentamento positivo em pessoas com esquizofrenia ao longo do tempo estava associado com a melhora da autoestima e do SS44.

III.5. Instrumentos de avaliação do SS

É consenso que não existe uniformidade ou unanimidade quanto à maneira de avaliar o SS. Também não é clara a associação entre as variadas estratégias e instrumentos utilizados para sua avaliação e interpretação. A razão desta alta variabilidade provém da grande complexidade da concepção de SS. As inúmeras técnicas de avaliação consideram os variados elementos que compõem suas dimensões, porém, nenhuma isoladamente solucionou as questões de vislumbrar o SS na sua completude. Sarason & Sarason (1984) constataram que não existe unanimidade a respeito da forma de avaliar o nível pessoal de SS45. Em uma revisão sistemática que tratou das técnicas de avaliação do SS que são utilizados no contexto de saúde, Heitzmann & Kaplan (1988) constataram que as propriedades psicométricas dos métodos revisados eram geralmente incipientes, além de avaliarem diferentes compreensões de SS46.

(18)

A presente revisão sistemática tem o objetivo de comparar os diferentes métodos de avaliação do SS descritos na literatura com um enfoque para sua aplicação em portadores de esquizofrenia. Dessa forma, espera-se agregar conhecimento a essa importante e desafiadora área de pesquisa.

(19)

IV. METODOLOGIA

Foi realizado estudo com dados secundários obtidos através da revisão sistemática de artigos que levantem o uso de diferentes métodos de avaliação do SS em pacientes psiquiátricos, extraídos de fonte indexada nas bases de dados (MEDLINE™, SciElo™, LILACS, Cochrane Library e ISI Web Of Knowledge). A pesquisa das referências foi fundamentada por: 1) Uso de vocabulário específico (termos MeSH); 2) Uso de termos análogos; 3) Uso de operadores booleanos específicos como estratégia de busca.

IV.1. Bases de dados referenciais

MEDLINE

Acessada via www.pubmed.org. É uma base de dados produzida pela

National Library of Medicine (NLM). Possui atualização de base de dados mensal e

contém referências de artigos publicados desde 1966 até os dias atuais, nas mais diversas áreas do saber: Medicina, Biomedicina, Odontologia, Enfermagem e outras ciências.

SciELO

Acessado via www.scielo.org. É uma base de dados que contém coleções de artigos e periódicos científicos brasileiros e de outras nacionalidades.

LILACS

Acessado via http://lilacs.bvsalud.org/. A base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) é produzida de forma cooperativa pelas instituições que integram o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde e é coordenada pela Bireme. Contém referências bibliográficas na área da Saúde publicadas nos países da América Latina e do Caribe, desde 1982. Contém 605 revistas da área de Saúde, abrangendo mais de 290 mil registros.

The Cochrane Library

Acessado via http://onlinelibrary.wiley.com/cochranelibrary/search. The

(20)

evidência de alta qualidade com o intuito de auxiliar tomadas de decisões em saúde, além de um sétimo banco de dados, que fornece informação sobre grupos na Cochrane

Collaboration.

ISI Web of Knowledge Acessado via:

http://apps.webofknowledge.com/UA_GeneralSearch_input.do?product=U

A&SID=1CBCBDdV7KavLCQIfR4&search_mode=GeneralSearch.

É um serviço acadêmico de busca e indexação de citações, combinado com

web-linking, e é fornecido pela Thomson Reuters. Web of Knowledge abrange as

ciências, ciências sociais, artes e humanidades. O serviço fornece conteúdo bibliográfico e ferramentas para acessar, analisar e gerenciar informações de pesquisa. Vários bancos de dados podem ser pesquisados simultaneamente.

IV.2. Amostragem

Amostra

Foram selecionados por meio de busca sistematizada os estudos publicados de 2004 até 2014, com disponibilidade de texto completo acessível pela rede VPN (Biblioteca Virtual de Saúde – BVS) sobre o uso de diferentes métodos de avaliação do SS em pacientes psiquiátricos e escritos nas línguas portuguesa, espanhola ou inglesa.

Critérios de inclusão:

1). Publicações escritas nas línguas portuguesa, espanhola, ou inglesa;

2). Estudos publicados a partir de 2004 até 2014.

3) Estudos realizados em seres humanos e;

4) Estudos cujo texto completo esteja disponível e acessível pela rede VPN-UFBA.

(21)

Critérios de exclusão:

1) Relatos de caso que não abordaram o uso de diferentes métodos de avaliação do SS;

2) Publicações escritas em qualquer outra língua que não seja o português, o inglês e o espanhol;

3) Estudos publicados antes do ano de 2004 ou aqueles não-incluídos nas bases de dados até 2014 e;

4) Estudos cujo texto completo não esteja disponível Estudos cujo texto completo não esteja disponível e acessível pela rede VPN-UFBA.

Estratégias de busca

As estratégias de busca dos ensaios clínicos publicados envolveram a definição criteriosa das unitermos (descritores), bem como a escolha dos melhores operadores booleanos (“and”, “or”, “not”) que refinem a busca de uma forma sistematizada e hierarquizada. As estratégias utilizadas estão descritas no Quadro I.

Bases de dados pesquisadas

 PUBMED, do período de 2004-2014

 SciELO, do período de 2004-2014

 LILACS, do período de 2004-2014

Cochrane Library, do período de 2004-2014

ISI Web of Knowledge, do período de 2004-2014 Etapas da seleção dos artigos

A seleção primária, na respectiva base de dados ou de outra fonte, foi executada a partir da leitura do título e do abstract, com o intuito de filtrar os artigos que preenchiam os critérios de inclusão. Na medida em que tal verificação seja impraticável, com base nas informações supracitadas, é encaminhada a solicitação de texto completo via VPN/UFBA. Isto feito, prossegue-se a seleção:

1. Observação dos critérios de inclusão e exclusão; 2. Solicitação do artigo via VPN/UFBA;

(22)

3. Leitura do artigo completo; e

4. Escolha entre a seleção ou não do artigo

Além disso, as referências bibliográficas destes artigos serão analisadas para completar as informações acerca dos instrumentos de SS.

Aspectos éticos e deontológicos

No que concerne a essa modalidade de estudo, não houve necessidade de análise por Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), segundo o regramento estabelecido na Resolução CNS-MS nº 196 de 1996.

QUADRO I. Estratégia de busca com base em uniternos e operadores booleanos Descritores de busca

“Social support” OR

“Social network” OR

“Psychosocial support system” AND

(23)

V. RESULTADOS

V.1. Etapas da busca

As descrições das etapas da busca sistemática se encontram no Fluxograma I. No total, sete artigos foram selecionados para participarem deste estudo.

FLUXOGRAMA I. Seleção dos artigos para posterior análise qualitativa

6742 artigos

PUBMED 888 SciElo 0 LILACS 1

6742 artigos

6697 artigos pré-selecionados para leitura de título e resumo

259 artigos selecionados para leitura integral

7 artigos selecionados 252 artigos excluídos por não conterem

instrumentos de SS aplicados em pacientes com esquizofrenia no estudo 6438 artigos removidos por não conterem as

palavras-chave no título e/ou resumo 45 registros removidos por duplicação

entre as bases

ISI WoK 3421

Cochrane 2432

(24)

V.2. Características gerais dos artigos

As características gerais dos artigos, como ano de publicação, nacionalidade, instrumento de avaliação utilizado, desenho de estudo, “n” do estudo e uso de outros instrumentos utilizados no estudo são descritos no Quadro 1.

A análise dos sete artigos evidenciou seis instrumentos de avaliação de SS que já foram usados em pacientes portadores de esquizofrenia: 1) o DUKE-UNC Functional

Social Support Questionnaire (FSSQ)47,48; 2) a seção de redes sociais do World Mental

Health Composite International Diagnostic Interview (WMH CIDI)49; 3) o Duke Social

Support Index (DSSI)50; 4) o Medical Outcomes Study Social Support Survey (MOS

(25)

QUADRO 1. Características gerais dos estudos incluídos na análise descritiva.

CBI – Caregiver Burden Interview; CGHQ-28 – General Health Questionnaire; KASI – Knowledge About Schizophrenia Inventory; EEAG – Escala de Evaluación de la Actividad Global; BPRS – Brief Psychiatric Rating Scale; UCLA – University of California, Los Angeles; LQoLP – Lancashire Quality of Life Profile; GAF – Global Assessment of Functioning; SANS – Scale for the Assessment of Negative Symptoms; SIPS - Structured Interview for Prodomal Syndromes; SCID - Structured Clinical Interview for DSM Disorders.

Autor(es), ano Nacionalidade Instrumento de avaliação utilizado Modalidade de estudo n Outros instrumentos utilizados Hurtado et

al., 2008 Espanha FSSQ Ensaio clínico N = 15

CBI, CGHQ-28, KASI, EEAG, BPRS Lasebikan et al., 2012 Nigéria Seção de redes sociais do WMH CIDI Estudo transversal N = 652 --- Mas-Expósito et al., 2013 Espanha FSSQ Estudo de validação N = 241 ---Schwartz,

2009 Israel MOS SSS Estudo transversal N = 97

UCLA Loneliness Scale,

General Self-efficacy Scale

Thorup et

al., 2006 Dinamarca SNS Ensaio clínico N = 547

LQoLP, GAF, SANS, Interview for the retrospective Assessment of the onset of Schizophrenia Willhite et

al., 2008 Estados Unidos

Escala de

Kessler Coorte prospectiva N = 68 SIPS, GAF

Zhang et

al., 2010 China DSSI Caso controle N = 808

SCID, Paykel’s Interview for Recent Life Events

(26)

V.3. Descrição e características das ferramentas de avaliação de SS

DUKE-UNC Functional Social Support Questionnaire (FSSQ) 47,48,54,55

O FSSQ é outro exemplo de instrumento de avaliação que visa mensurar o SS. De maneira mais específica, ele objetiva mensurar a satisfação pessoal com os aspectos funcionais e afetivos do SS concernentes ao paciente.

Consiste em um instrumento curto composto de oito itens tirados de um questionário maior, e inclui medidas quantitativas e funcionais relativas a suporte afetivo (ou seja, a possibilidade de encontrar pessoas para se comunicar) e suporte de confidência (expressão do amor, afeição e empatia). O FSSQ foi desenvol vido na língua inglesa e validado em pacientes recrutados na prática clínica de uma família de médicos. Validações posteriores envolveram pacientes atendidos em centros de atenção primária à saúde54.

Estes estudos de validação posteriores avaliaram o FSSQ sob a égide de sua estrutura, a qual foi dividida em dois fatores: (1) suporte afetivo e (2) suporte de confidência. Alguns dos itens estão localizados em ambos os fatores do FSSQ, o que foi explicado pelas diferenças na maneira como pacientes com caracter ísticas distintas compreendem o significado dos itens.

O FSSQ é também considerado um instrumento para uso em pacientes com doenças mentais incapacitantes, como a esquizofrenia, apesar de que, até pouco tempo atrás, não ter sido validado na população descrita.

Para a validação nesta população-alvo, os pesquisadores procuraram estabilizar o fator estrutural, sua consistência interna global e a consistência interna associada a cada um de seus domínios. Depois, através de associações com variáveis clínicas e psicológicas, e diferenças no SS percebido entre grupos de pacientes com esquizofrenia, estabelecidos de acordo com variáveis sociodemográficas e sintomas psiquiátricos, foi possível abordar a validade de evidência do FSSQ.

No estudo de validação do FSSQ, muitas variáveis sociodemográficas não mostraram associação significante com SS percebido, mas mostraram associação entre SS percebido e a redução da quantidade e intensidade de sintomas psiquiátricos e perda de autonomia.

(27)

QUADRO 2. Itens do DUKE-UNC Functional Social Support Questionnaire55 Perguntas Muito menos do que eu gostaria Menos do que eu gostaria Um pouco, mas eu gostaria de mais Quase tanto quanto eu gostaria Tanto quanto eu gostaria

1. Eu tenho pessoas que se preocupam com o que

acontece comigo.

1 2 3 4 5

2. Eu recebo amor e carinho. 1 2 3 4 5

3. Eu tenho chances para falar com alguém sobre problemas no trabalho ou

com o meu trabalho doméstico.

1 2 3 4 5

4. Eu tenho chances de conversar com alguém sobre

problemas no trabalho ou sobre minhas atividades

domésticas.

1 2 3 4 5

5. Eu tenho chances de conversar sobre problemas

financeiros.

1 2 3 4 5

6. Eu recebo convites para sair e fazer coisas com outras

pessoas.

1 2 3 4 5

7. Eu recebo conselhos úteis sobre coisas importantes na

vida.

1 2 3 4 5

8. Eu recebo ajuda quando

estou doente na cama. 1 2 3 4 5

World Mental Health Composite International Diagnostic Interview (WMH CIDI) 49, 56, 57

O WMH-CIDI foi desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para utilização na WHO WMH Survey Iniciative, que consiste em uma série de pesquisas domiciliares realizadas presencialmente com coordenação da OMS em 28 países ao redor do mundo. Essas pesquisas visam a obtenção de informações válidas sobre a prevalência e correlatos de transtornos mentais na população em geral, necessidade não atendida de tratamento de transtornos mentais, adequação do

(28)

tratamento entre os pacientes em tratamento para transtornos mentais e o custo social dos transtornos mentais.

A seção de redes sociais do WMH CIDI traz perguntas acerca da frequência do contato do paciente com os demais membros da família que não estavam vivendo com ele, incluindo visitas, ligações telefônicas, cartas ou e-mails, e a frequência do contato do paciente com os amigos. A seção de redes sociais do WMH CIDI faz um levantamento da informação acerca do SS percebido que vem de seus parentes, amigos, cônjuge/parceiro a qualquer outra pessoa nos últimos seis meses. Os escores variam entre 6 e 30, com escores baixos indicando melhor qualidade de suporte percebido.

(29)

QUADRO 3. Itens da seção de redes sociais do World Mental Health Composite

International Diagnostic Interview57

Com que frequência você está em contato com algum membro da sua família que não vive com você – incluindo visitas, ligações telefônicas, cartas e mensagens

eletrônicas?

Quase todo dia 1

3-4 vezes por semana 2

1-2 vezes por semana 3

1-3 vezes por mês 4

Menos que uma vez no mês 5

Nunca 6

Sem família 7

Não sei 8

Recusa 9

Com que frequência você está em contato com algum dos seus amigos?

Quase todo dia 1

3-4 vezes por semana 2

1-2 vezes por semana 3

1-3 vezes por mês 4

Menos que uma vez no mês 5

Nunca 6

Sem família 7

Não sei 8

Recusa 9

Perguntas Muito Um

pouco Raro Nunca Não

sei Recusa (Não incluso parceiro) O quanto

você pode contar com sua família e amigos para ajudá-lo se você tiver

um problema grave?

1 2 3 4 8 9

O quanto você pode se abrir para eles caso você precise conversar

sobre suas preocupações?

1 2 3 4 8 9

O quanto você pode confiar em seu (cônjuge/parceiro) para ajudá-lo se

você tiver um problema grave?

1 2 3 4 8 9

O quanto você pode se abrir para seu (cônjuge/parceiro) caso você

precise conversar sobre suas preocupações?

1 2 3 4 8 9

Quando você tem um problema/preocupação, com que frequência você deixa alguma outra pessoa que faz parte de sua vida pessoal saber disso?

Sempre 1

A maior parte do tempo 2

As vezes 3

Raramente 4

Nunca 5

Não sei 8

(30)

Social Network Schedule (SNS)52, 58

Elaborada por Dunn et al. (1990), a SNS é utilizada para quantificar e qualificar as redes sociais de pacientes com transtornos mentais a longo termo, podendo ser administrada em meia hora ou até menos tempo. Uma vez que a formatação original do SNS não é disponibilizada no artigo, é feita neste espaço uma transcrição detalhada do questionário.

O método consiste em perguntar sistematicamente aos pacientes o nome de todos os seus contatos sociais no último dia e na última semana e os categorizando conforme as condições de como interagiram com estes contatos (p. ex. saíram para o clube, shopping).

Alguns pacientes são incapazes de fornecer os nomes das pessoas com quem eles passam uma boa parte do tempo, mas pode identificá-la pelo seu papel (por exemplo, a pessoa que senta ao seu lado para assistir televisão), o que é aceitável para considera-las contatos sociais.

Uma vez que os contatos do último dia e última semana foram registrados, são solicitados ao paciente os nomes das pessoas que ele esteve em contato no último mês, categorizando-as novamente. Finalmente, uma investigação é feita acerca de quaisquer cartas, e-mails ou ligações telefônicas recebidas. Assim, a rede social do paciente é delineada, incluindo todas as pessoas contatadas há pelo menos um mês, quais nomes ele pode fornecer, ou ainda a quem ele consegue identificar pelo seu papel.

Para cada pessoa da lista, é feita uma série de perguntas,

a) Com que frequência você vê X?(Diariamente/Semanalmente/Mensalmente?) b) Você sentiria falta de X se você nunca mais o (a) visse

novamente?(Sim/Não);

c) Você visitaria X mesmo se você se mudasse daqui? (Sim/Não);

d) Você somente cumprimenta X, vocês fazem coisas um para o outro ou vocês conversam entre si? (Passivo/Intermediário/Ativo);

e) Você considera X um amigo ou somente um conhecido? (Parente/Amigo/ Conhecido);

(31)

f) Você pode falar com X sobre seus sentimentos ou preocupações pessoais? (Confidente/Não confidente).

Duke Social Support Index (DSSI)50, 59, 60

A DSSI consiste em um questionário de 35 itens desenvolvido pela National

Institute of Mental Health (NIMH), cujo objetivo é avaliar a rede social de idosos e o

suporte fornecido por esta rede. Quatro dimensões de SS estão incluídas, que são: satisfação com o SS (4 itens), SS percebido (7 itens), frequência de interação social (4 itens), tamanho da rede social (4 itens) e suporte instrumental (13 itens). O escore de SS de cada dimensão é calculado através da soma dos escores dos itens de cada dimensão. Cada dimensão é categorizada como suporte prejudicado versusnão prejudicado.

(32)

QUADRO 4. Itens do Duke Social Support Index60

DSSI-1:Além dos membros de sua família, quantas pessoas em sua região você sente que pode depende ou você se sente bem próximo?

1 Nenhuma

2 1-2 pessoas

3 Mais do que 2 pessoas

DSSI 2: Quantas vezes durante a semana passada você passou o tempo com alguém que não vive com você, isto é, você foi visitá-la ou ela lhe visitou ou vocês

saíram juntos?

DSSI 3: Quantas vezes você conversou com alguém no telefone (amigos, parentes ou outros) semana passada (sejam eles ligando para você ou vice-versa)? DSSI 4: Com que frequência aproximadamente você saiu para encontros em

clubes, encontros religiosos ou outros grupos os quais você pertença semana passada?

Código Re-código item 2 Re-código itens 3 e 4 Resposta 0 1 1 Nunca 1 2 1 Uma vez 2 2 2 Duas vezes 3 3 2 Três vezes 4 3 2 Quatro vezes 5 3 2 Cinco vezes 6 3 3 Seis vezes

7 3 3 Sete ou mais vezes

DSSI 5: Aparentemente sua família e seus amigos (pessoas que são importantes para você) te entendem?

DSSI 6: Você se sente útil para sua família e seus amigos (pessoas importantes para você)?

DSSI 7: Você sabe o que está acontecendo com sua família e seus amigos? DSSI 8: Quando você está falando com sua família e amigos, você se sente ouvido?

DSSI 9: Você sente que tem um papel (local) bem definido em sua família e amigos?

DSSI 10: Você pode falar sobre os seus mais profundos problemas com pelo menos alguém de sua família e amigos?

Código Resposta

1 Quase nunca

2 As vezes

3 A maior parte do tempo

DSSI 11: O quão satisfeito você está com os tipos de relacionamento que você tem com sua família e amigos?

Código Resposta

1 Muito insatisfeito

2 Um pouco satisfeito

3 Satisfeito

(33)

Medical Outcomes Study Social Support Survey (MOS SSS)51, 61, 62

Este breve instrumento de avaliação de SS auto-administrado foi desenvolvido para os pacientes no Medical Outcomes Study (MOS), um estudo de dois anos com pacientes com condições crônicas. É um instrumento fácil de aplicar em pacientes cronicamente enfermos, e os itens são curtos, simples e de fácil compreensão além de também poder ser apropriado para uso entre outras populações.

O instrumento consiste em quatro subescalas de SS distintas e um índice geral de SS funcional. Maior escore para uma escala individual ou para o índice de apoi o global indica mais apoio.

Para se obter um escore em cada subescala, é necessário calcular a média das pontuações para cada item da subescala. Para a obtenção um índice global de apoio, deve-se calcular a média de (1) pontuações para todos os 18 itens incluídos nas quatro subescalas; e (2) da pontuação para um item adicional.

(34)

QUADRO 5. Itens do Medical Outcomes Study Social Support Survey62

As pessoas as vezes procuram por outras pessoas em busca de companhia, assistência ou outros tipos de suporte. Com que frequência cada um dos tipos de suporte descritos a seguir estão disponíveis para você, caso

você precise deles? Faça um círculo em um número em cada linha.

Perguntas Nunca Em poucas ocasiões Em algumas ocasiões Em muitas ocasiões Todo o tempo Suporte emocional/informacional

Alguém que você pode contar para lhe ouvir quando você precisa conversar

1 2 3 4 5

Alguém para lhe dar informação para lhe ajudar a entender uma situação

1 2 3 4 5

Alguém para lhe dar bons conselhos em momentos de

crise 1 2 3 4 5

Alguém em quem confiar ou falar sobre si mesmo ou seus problemas

1 2 3 4 5

Alguém cujo conselho você realmente deseja 1 2 3 4 5

Alguém com quem compartilhar seus desejos e medos mais íntimos

1 2 3 4 5

Alguém a quem recorrer em busca de sugestões sobre como lidar com um problema pessoal

1 2 3 4 5

Alguém que entenda seus problemas 1 2 3 4 5

Suporte tangível

Alguém que possa lhe ajudar se você estivesse confinado na cama

1 2 3 4 5

Alguém que possa levá-lo(a) ao médico caso seja necessário

1 2 3 4 5

Alguém que possa preparar suas refeições caso você

estivesse incapaz de fazê -lo 1 2 3 4 5

Alguém que possa ajudá-lo nas rotinas diárias caso você esteja doente

1 2 3 4 5

Suporte afetuoso

Alguém que lhe demonstre amor e afeição 1 2 3 4 5

Alguém para amar e que faça você se sentir protegido 1 2 3 4 5

Alguém que lhe abrace 1 2 3 4 5

Interação social positiva

Alguém para aproveitar o tempo juntos 1 2 3 4 5

Alguém para se reunir para relaxar 1 2 3 4 5

Alguém para fazer atividades prazerosas 1 2 3 4 5

Item adicional

Alguém para fazer atividades com você para ajudá-lo a esquecer de coisas

(35)

Escala de Kessler53

A Escala de Kessler consiste em questionário auto-administrado composto de 12 itens, usado para avaliar o SS percebido. A cada questão é solicitado ao participante que avalie a qualidade das suas relações sociais em uma variedade de fatores – ex. “o quanto as pessoas se preocupam com você”, “o quanto é que elas apreciam você”, “o quanto as pessoas te criticam”. As respostas são marcadas em uma escala de quatro pontos, 1 = nunca, 2 = pouco, 3 = algumas vezes, 4 = muito. A consistência interna foi ruim para a escala total (α = 0.60), mas bom para os componentes separados medindo o apoio social positivo (α = 0.82) e o SS negativo (α = 0.86). Portanto, análises subsequentes foram realizadas separadamente para itens que examinam apoio social positivo e negativo.

QUADRO 6. Itens da Escala de Kessler53

Perguntas Nunca Pouco Algumas

vezes Muito O quanto esta pessoa se preocupa com

você? 1 2 3 4

Esta pessoa costuma te entender? 1 2 3 4

O quanto esta pessoa te aprecia? 1 2 3 4

O quanto você pode contar com esta

pessoa? 1 2 3 4

O quanto você pode se abrir com esta

pessoa? 1 2 3 4

Você fica relaxado perto desta pessoa? 1 2 3 4

O quanto esta pessoa faz exigências para

você? 1 2 3 4

Esta pessoa faz você se sentir tenso? 1 2 3 4

Com que frequência esta pessoa discute

com você? 1 2 3 4

Esta pessoa costuma te criticar? 1 2 3 4

Esta pessoa costuma lhe decepcionar? 1 2 3 4

Com que frequência esta pessoa lhe

(36)

V.4. Análise descritiva e comparativa dos instrumentos

As características estruturais básicas, como número de ítens, país de origem, ano de publicação e via de aplicação estão descritos sucintamente no Quadro 7.

A aplicabilidade, ou seja, o público para o qual os instrumentos podem ser aplicados mediante estudos pregressos de validação, também foi investigada nos artigos analisados. Quatro instrumentos são genericamente aplicáveis – FSSQ, WMH CIDI, SNS, escala Kessler - , dois são aplicáveis para pacientes crônicos – DSSI e MOS SSS - e um instrumento possui aplicação para idosos – DSSI.

Com relação à pontuação, dois instrumentos são capazes de fornecer tanto escores globais quanto específicos em relação a cada uma de suas dimensões observadas – SNS e MOS SSS - , enquanto três instrumentos são capazes de fornecer unicamente escores específicos – WMH CIDI, DSSI e escala de Kessler – e um instrumento é capaz de fornecer unicamente escores globais - FSSQ.

As dimensões do SS mensuradas foram divididas por instrumento, e estão aqui listadas, seguidas da quantidade de instrumentos que a avaliam, em números: Suporte afetivo/emocional (2), suporte confidente (1), satisfação com SS (1), rede social (2), SS/interação social positivo (2) e negativo (1), suporte tangível/percebido (2). Dois instrumentos não avaliam o SS diretamente, avaliando qualidade de vida (1) e funcionamento social e ocupacional (1).

A análise criteriosa dos questionários foi realizada com o objetivo de distinguir objetivamente os tipos de SS relatados, segundo as quatro categorias principais de SS descritas por House21, resumida no Quadro 8:

1. Suporte emocional, concerne a empatia, preocupação, cuidado, amor e confiança, geralmente oriundo da família e amigos próximos.

2. Suporte apreciativo, que envolve transmissão de informação na forma de afirmação, feedback e comparações sociais. Informação sempre avaliativa e pode vir da família, amigos, colegas de trabalho ou da comunidade.

3. Suporte informacional, que se refere a conselhos, sugestões ou diretivas que possam assistir a pessoa a responder a demandas pessoais ou situacionais.

(37)

4. Suporte instrumental é a forma mais direta e concreta de SS, abrangendo ajuda sob a forma de dinheiro, tempo, assistência em espécie e outras intervenções explícitas em nome da pessoa.

A análise foi realizada quantificando as perguntas pertinentes a cada categoria de SS, para cada artigo analisado.

QUADRO 7. Características dos instrumentos de avaliação de suporte social

Instrumentos Nº de itens País de origem Ano

de criação Administração

FSSQ 8 EUA 1988

Entrevistador treinado ou

auto-aplicável

WMH CIDI 8 28 países 1990 Entrevistador treinado

DSSI 11 EUA 1989 Entrevistador treinado

MOS SSS 20 EUA 1991 Auto-aplicável

SNS Variável Reino Unido 1990 Entrevistador treinado

Escala Kessler 12 EUA 1990 Auto-aplicável

FSSQ – DUKE-UNC Functional Social Support Questionnaire; WMH CIDI – World Mental Health

Composite International Diagnostic Interview; DSSI – Duke Social Support Questionnaire; MOS SSS – Medical Outcomes Study Social Support Survey; SNS – Social Network Schedule.

(38)

QUADRO 8. Descrição quantitativa dos itens que avaliam os diferentes tipos de

suporte em cada instrumento de suporte social

Instrumentos Suporte emocional Suporte apreciativo Suporte informacional Suporte instrumental FSSQ 4 1 2 1 WMH CIDI 4 0 1 1 DSSI 6 4 0 0 MOS SSS 10 1 4 5 SNS 4 0 2 0 Escala Kessler 9 3 0 0

FSSQ – DUKE-UNC Functional Social Support Questionnaire; WMH CIDI – World Mental Health

Composite International Diagnostic Interview; DSSI – Duke Social Support Questionnaire; MOS SSS – Medical Outcomes Study Social Support Survey; SNS – Social Network Schedule.

(39)

VI. DISCUSSÃO

A partir dos resultados, percebe-se que a investigação das diferentes esferas do SS não é proporcional em todos os instrumentos avaliados. Ao se comparar a soma de todas as perguntas em todos os estudos relativas ao suporte emocional – 33 perguntas – com a soma das perguntas relativas aos suportes apreciativo, informacional e instrumental - 8, 7 e 7, respectivamente -, percebe-se uma destaque para a investigação do suporte emocional, ou seja, a sensação de confiança e empatia do doente para com seus familiares e amigos próximos.

Sendo assim, pode-se questionar a legitimidade de investigar de forma tão desigual às distintas esferas de SS. A importância do suporte afetivo no impacto positivo no bem-estar, curso e prognóstico dos portadores de esquizofrenia pode explicar a inequidade de perguntas nos instrumentos. Muitos pacientes portadores da doença dependem de seus familiares e amigos para realizarem atividades cotidianas, e uma investigação profunda de como se dá essa relação é fundamental para avaliar estabilidade, adesão ao tratamento e qualidade de vida deste paciente. Entretanto, as outras dimensões também possuem papéis proporcionalmente importantes no curso do tratamento, e precisam ser investigadas com mais rigor. Um paciente com baixo suporte instrumental, por exemplo, pode carecer de posses para adquirir a medicação necessária ao tratamento.

O MOS SSS62 é o único dentre os seis instrumentos que investiga todas as quatro áreas do SS postuladas por House21, o que lhe garantiria posição privilegiada como instrumento de escolha em comparação aos demais instrumentos. Com relação à avaliação quantitativa de redes sociais, o SNS58 possui interessante característica dentre os instrumentos de avaliação, uma vez que sintetiza objetivamente os elementos de sua rede social. Entretanto, como possibilita uma interpretação subjetiva de determinados termos do questionário, como “confiança” ou “amizade”, também viabiliza uma avaliação mais qualitativa dos dados58.

O tema SS mostra-se de alta relevância nas publicações científicas atuais em saúde em todo o mundo. Apesar desta constatação, fica evidente o predomínio de instrumentos de avaliação de SS criados em países desenvolvidos, como os Estados Unidos53, 55, 60, 62, e o Reino Unido58, por exemplo. Apesar de excluído nesta revisão por não ter sido aplicada em portadores de esquizofrenia, a Escala de Percepção de Suporte

(40)

Social (EPSS), instrumento criado e validado em solo brasileiro, poderia também ter importância na avaliação qualitativa de SS nesta população63. Diante deste fato, é possível concluir que existe uma maior preocupação dos países ricos em avaliar o SS de seus cidadãos, que não estaria desvinculada de todo o investimento na rede de serviços de atenção básica e especializada de alta qualidade, sendo um reflexo de toda a estrutura de saúde destes países. Além disso, a precisão da avaliação do SS traz dados referentes ao custo social da doença dentro de suas fronteiras e, uma vez que a esquizofrenia está entre as dez doenças mais incapacitantes do mundo moderno, este custo precisa ser mensurado. Por outro lado, países pobres e em desenvolvimento parecem demandar mais de instrumentos que avaliem o SS35, 36, em especial nos portadores de esquizofrenia. Este é um dado preocupante, uma vez que são nestes países, cuja rede de saúde em sua maioria não é capaz de fornecer um aporte terapêutico adequado para o acompanhamento do paciente, que a necessidade do apoio dos membros da rede social se faz mais importante35, 36.

Dentre as limitações do estudo, é preciso destacar que nem todos os instrumentos de avaliação de SS existentes na literatura foram aplicados em portadores de esquizofrenia, sendo assim, foram excluídos. Isso não significa que os instrumentos excluídos não sejam efetivos na avaliação desses pacientes. O Norbeck Social Support

Questionnaire64, 65, por exemplo, consiste em um inventário do SS baseado em redes, o qual solicita aos participantes informações relativas as redes sociais, como o número de membros da rede que lhe oferecem suporte e quanto afeto, afirmação e cuidado cada membro da rede suporta. É em um instrumento já validado nesta população, apesar de carecer de estudos nos últimos vinte e cinco anos sobre o instrumento para a população portadora de esquizofrenia65.

Além dos vários instrumentos utilizados, a multiplicidade de desenhos de estudo encontrados nos artigos inclusos dificulta a comparação dos resultados. Outrossim, existe uma certa variação de tradução de algumas perguntas dos questionários na literatura, o que pode comprometer a constatação de nuances linguísticos das perguntas que sejam inerentes à língua inglesa.

(41)

VII. CONCLUSÃO

A partir da revisão realizada e dos pontos levantados na discussão, concluímos que: 1- Existem esferas do SS que ainda se mantém parcamente analisadas, em

detrimento de outras esferas massivamente pesquisadas;

2- O MOS SSS é o instrumento de avaliação de SS já validado em pacientes esquizofrênicos cujo alcance é mais abrangente no que tange as diversas dimensões de SS;

3- O SNS é o instrumento de avaliação quantitativa de rede social mais abrangente dentre os instrumentos avaliados;

4- Dentre os instrumentos que avaliam SS em toda a esfera dos cuidados à saúde, uma parcela relativamente pequena é atualmente validada para sua aplicação em pacientes portadores de esquizofrenia;

5- Os países em desenvolvimento, como o Brasil, carecem de instrumentos que avaliam SS validados em suas populações de pacientes com esquizofrenia, e que esta validação deve ser fomentada e discutida pela comunidade científica;

6- Os instrumentos de avaliação de SS são fundamentais para a implementação de uma atenção à saúde eficaz e integral, possibilitando a órgãos gestores a otimização de custos sociais e possibilitando aos profissionais de saúde um conhecimento diferenciado de seus pacientes, que possibilite a identificação de características do SS indicativas de mau prognóstico.

(42)

VIII. SUMMARY

COMPARATIVE ASSESSMENT OF SOCIAL SUPPORT INSTRUMENTS IN PATIENTS WITH SCHIZOPHRENIA: A SYSTEMATIC REVIEW OF THE LITERATURE. Introduction: Social support (SS) is recognized as a fundamental

foundation on the accompaniment of patients and is related to the prognosis of various diseases, especially psychiatric disorders. Its variety of definitions is wide, as well as its multiplicity of scale and measurement instruments, causing, in general, lack of uniformity and, consequently, scientific inaccuracy. Objective: The main objective of this study is to systematize information in the medical literature about the use of different SS scale and measurement instruments SS in patients with schizophrenia.

Methodology: Studies published between 2004 and 2014 was included, in Portuguese,

English and Spanish, that addressed the different SS assessment tools in the treatment of patients with schizophrenia. Keywords used were “social support”, “social network”, “psychosocial support system” and “schizophrenia”, and databases PubMed, SciELO, LILACS, ISI Web of Knowledge e Cochrane Library. Results: 6.742 articles were generated, being excluded 45 duplicate references and, posteriorly, 6438 articles were excluded for not having keywords in title or abstract, totaling 259 articles selected for full reading. Finally, 252 articles were excluded by the fact they don’t mention SS assessment instruments applied in schizophrenic patients. In total, six SS assessment tools in the evaluated articles were identified, which have been described and characterized. Discussion: The evaluation of SS is much discussed in rich countries, in opposition to developing countries, where SS should be more needed, because of the poor condition of health systems in these countries. It’s necessary the encouragement of SS validation tools strategies on schizophrenic population in developing countries.

Conclusion: Medical Outcomes Study Social Support Survey is the SS assessment tool

that covers all SS areas, while Social Network Schedule stands out by offering an objective, quantitative view of the individual's social network.

(43)

IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Referências

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