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Tratamento dos suores na phthisica pelo sulphato d'atropina

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(1)

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TRATAUEHfO DOS SUOB.ES

PELO SULPHÁTO D'ATROPINA, . . • ■ ■ • • % .

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ESCOLA DE MEDICfflA E CIRURGIA

Celui qui devoir, dont Í •» f í V * V ? - #»MigatioiW[oi ■ P de grandsmoits f ■ ' « > ■ * [A K) PORTO > * J i

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n'écrit que pour satisfaire á un, ■ il ne peat se dispenser, á une * M i lui est nnposée; a, sans doute, ■ its à lSndurgem* de ses lecteurs.

LA BBIIYÈRE. W PORTO i I M P H B U S A P O B T T j a u B Z A Rua do Borojardim, 181 1 8 7 4

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(2)

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(3)

ESCOLA MEDICO-GIRURGICA DO

DIRECTOR

O 111.™ e E z .m Snr. Conselheiro, Manoel Maria da Costa Leite

SECRETARIO

O 111."1" e Ex.mo Snr. Antonio Joaguim de Moraes Caldas

O O R P O C A T H B D B A T I C O

LENTES PROPRIETÁRIOS

OS I L L . m o s E EX.mos S N E S . :

1. Cadeira — Anatomia descriptiva

e geral João P e r e i r a Dias L e b r e . 2.» Cadeira — Physiologia D r . José Carlos Lopes J u n i o r . 3 .a Cadeira — Historia natural dos

medicamentos. Materia medica João Xavier d'Oliveira B a r r o s . 4.a C a d e i r a — P a t h o l o g i a externa e

therapeutica externa Illidio Ayres P e r e i r a do Valle. 5 . " Cadeira — Medicina operatória.. P e d r o Augusto D i a s . 6.a C a d e i r a — P a r t o s , moléstias das

mulheres de parto e dos

recem-nascidos E d u a r d o P e r e i r a Pimenta, presidente. 7. C a d e i r a — P a t h o l o g i a interna.—

Therapeutica interna e historia

medica José d A n d r a d e G r a m a x o . 8." Cadeira — Clinica medica Antonio d'Oliveira Monteiro. 9.a C a d e i r a — Clinica cirúrgica Agosfinho Antonio do Souto.

10.a Cadeira — Anatomia pathologica José Joaquim da Silva A m a d o . 1 1 .a Cadeira — Medicina legal,

hy-giene privada e publica e

to-xicologia geral D r . José P . Ayres de Gouveia Osório. Curso de pathologia geral Antonio Joaquim de Moraes Caldas.

LENTES JUBILADOS

í D r . José P e r e i r a Reis.

Secção medica ? Dr. Francisco Velloso da Cruz. ( Visconde de Macedo Pinto. (Antonio B e r n a r d i n o d'Almeida. Secção cirúrgica ; ! Luiz Pereira da Fonseca.

Ç Conselheiro, Manoel M. da Costa Leite.

LENTES SUBSTITUTOS

Secção medica f M a n° e l Rodrigues da Silva Pinto.

( Vaga.

Secção cirúrgica í A l l t o n l° Joaquim de Moraes Caldas.

I Vaga. LENTE DEMONSTRADOR

(4)

enunciadas nas proposições.

(Regulamento ãa Eschola de 23 de Abril de 1840, art. 155.°)

-Hf

(5)

-Á MEMORIA DE MINHA MÃE

A quem perdeu tanto affecto ninguém nunca diga : « Esquece ! que se acaba o alento á vida quando a saudade esmorece.

TÍIOMAZ RIBEIRO.

J á q u e a f a t a l i d a d e n ã o p e r m i t t i u , q u e a o t e r m i n a r o m e u c u r s o , v o s p o d e s s e e s t r e i t a r n o s b r a ç o s , a c c e i t a e e m p r a n t o o t e s t e m u n h o d a m i n h a s a u d a d e i n f i n d a .

A MEU PAE

COMO PROVA DE MUITO AFFECTO E GRATIDÃO

O. D . G.

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i i GUILHERMINA PINTO DE SALDIU RANGEL

La vertu, d'un cœur noble est la marque certaine. BOILEAU. Gomo p r o v a d a m a i s r e s p e i t o s a a m i s a d e e indelével r e c o n h e c i m e n t o o . r>. Q . CD aurtor.

(7)

AO MEU PADRINHO

O ILLUSTRISSIMO E EXCELLENTISSIMO SENHOR

ANTOMO DIAS. ÏÏ0LIVE1KA

BACHAREL FORMADO EM DIREITO,

AUDITOR GERAL DA MARINHA EM 1 8 3 2 , JUIZ DA RELAÇÃO DO PORTO E PRESIDENTE DA MESMA EM 1 8 3 4 , PROCURADOR GERAL DA COROA EM 1 8 3 6 ,

PRESIDENTE DA ASSEMBLÊA CONSTITUINTE, DEPUTADO ÁS CORTES EM VARIAS LEGISLATURAS,

PRESIDENTE DO CONSELHO DE MINISTROS, MINISTRO E SECRETARIO DE ESTADO HONORÁRIO, DO CONSELHO

DE 8UA MAGESTADE FIDELÍSSIMA, CONSELHEIRO DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, ACADÉMICO PROFESSOR DA ACADEMIA DE JURISPRUDÊNCIA

DE MADRID, ETC., ETC.

Releve, estimadíssimo padrinho, que a este meu deficientissimo trabalho fique vinculado o nome honroso de V. Ex.a Á falta de

mereci-mento próprio, considere-o V. Ex.a como

tes-temunho da alta consideração e profundo res-peito que lhe vota

O seu afilhado,

04- 04- <& &/{e//o.

(8)

-AO MEU PRESIDENTE

o EXCELENTÍSSIMO SENHOR

DR. EDUARDO PEREIRA PIMENTA

Voilà le vrai mérite. Il parle avec candeur; l'envie est á ses pieds; la pais est dans son cœur.

(VOLTÍIKE).

Permitta V. Ex.

a

que inscreva o seu nome

n'esta humilde pagina, para confessar a minha

gratidão pelos favores e consideração que V.

Ex.

a

me ha dispensado como medico e como

professor.

(9)

^*

I

-Aos Illustríssimos e Excelentíssimos Snrs. Drs. r

JOSÈ D'ANDRADE GRAMAXO JOSÉ JOAQUIM DA SILVA AMADO

ANTONIO D'OLIVEIRA MONTEIRO

EM TESTEMUNHO DE KESI'EITOSA SÏMI'ATUIA E GRATIItÀO

O. D. G.

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DUAS PALAVEAS

Fiz este trabalho para cumprir o que

orde-na o artigo 154.° do Regulamento das Escolas

de 23 de Abril de 1840.

Escolhi este assumpto pela novidade e pela

utilidade.

(11)

Celui qui n'écrit que pour satisfaire á un devoir, dont il ne peut se dispenser, á une obligation, qui lui est imposée ; a, sans doute, de grands droits à l'indulgence de ses lecteurs.

LA BRUYÈRE.

Dá-se o nome de suor em portuguez, sudor em la-tim, iSpw; em grego, sweaten em inglez, e schweiss em al-lemão, ao conjuncto de líquidos produzidos ou derrama-dos na superficie da pelle e condensaderrama-dos em gottas.

No estado normal esta secreção passa desapercebida, e constitue o que se denomina transpiração insensível.

A quantidade de matérias ingeridas que são elimina-das pela pelle,é avaliada por Sanctorius em 5/8. Segundo

Lavoisier, (Memorias da Academia das Sciencias de Pa-ris), a quantidade de vapor d'agua exhalada, ou antes eliminada pela pelle do homem no espaço de 24 horas, é de 1:000 grammas proximamente.

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e de pharmacologia, *aão ha muito, publicado: «eva-pora-se constantemente da superficie cutanea uma gran-de quantidagran-de d'agua, cujo peso se eleva acerca gran-de 1:000 grammas por dia, ou 40 a 42 grammas por hora —este phenomeno constitue aquillo que se chama tran-spiração insensível. »

Nos indivíduos sãos a transpiração cutanea e o suor podem apresentar fluctuações dependentes já de causas exteriores, já de condições inhérentes a cada individuo. Assim uma atmosphera saturada de vapor d'agua, faz diminuir as transpirações cutanea e pulmonar e au-gmentar a secreção urinaria. Quando o ambiente está secco e quente, acontece precisamente o contrario.

O estado fortemente eléctrico produz effeitos intei-ramente análogos : sua-se profusamente no estio, princi-palmente na imminencia das tempestades.

Os esforços musculares de qualquer natureza, a cor-rida, a dança, a equitação, a gymnastica, as bebidas ex-citantos^as impressões moraes vivas, etc., activam a secreção do suor, a qual também tem logar em maior grau durante a digestão, em virtude da hyperactividade da irrigação sanguínea n'esta occasião.

Accorda a maior parte dos physiologistas em que os elementos da urina e do suor são análogos; todavia a quantidade d'estes elementos diffère sensivelmente nos dous liquidos.

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— 19 —

lê-se que a analyse de 14 litros de urina e de igual quan-tidade de suor, feita por M. Favre, dera o seguinte:

Suor —14 litros Urina—14 litros

Chloruretos 34,939 57,018 Sulphates 0,160 21,709 Phosphates vestígios 5,381 Os resultados d'esta analyse mostram claramente que os saes mineraes são eliminados pela urina em maior cópia do que pelo suor. Em compensação M. Favre ob-servou que pelo suor é eliminada, no estado de combi-nação com os ácidos orgânicos, uma quantidade de soda e de potassa incomparavelmente maior do que pela urina.

Favre notou também que a reacção do suor varia segundo os diversos períodos de um mesmo accesso su-datorio: assim em dous litros, o primeiro !/3 recolhido é

sempre acido; o segundo neutro ou alcalino; o terceiro constantemente alcalino.

Pela evaporação o suor decompõe-se com a maior presteza, e dá por isso uma reacção accentuadamente al-calina. Os antigos physiologistas admittiam uma espé-cie de vicariato entre os órgãos secretores, isto é, pen-savam que as secreções podiam supprir-sc umas pelas outras. Tal modo de vêr é actualmente inadmissível, excepto para as excreções, taes como a urina e o suor:

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assim, por exemplo, a quantidade d'uréa que é no suor de 4/2 millesima proximamente, segundo Favre,

au-gmenta consideravelmente nos animaes nephrotomisa-dos e nos indivíduos affectanephrotomisa-dos de lesões renaes. N'este caso a uréa é também eliminada pelo tubo intestinal.

A reacção do suor è ordinariamente acida em toda a extensão do tegumento cutâneo, á excepção das axil-las, virilhas e interstícios digitaes em que é alcalina.

A que será devida esta alcalinidade ? — Provavelmen-te á presença do producto segregado pelas glândulas se-baceas que abundam n'estas partes e á permanência e decomposição rápida do suor que ahi teem lugar.

Suores pathologicos — Segundo a extensão do

te-gumento invadida pelo suor, pode este dividir-se em geral e parcial.

Diz-se que o suor è geral, quando apparece em toda ou quasi toda a extensão da superficie da pelle; parcial, quando se limita a uma pequena porção d'esté órgão de protecção, como ás axillas, fronte e peito, mãos, pés, etc.

0 suor pode ser pouco considerável ou profuso, quente ou frio, liquido e transparente ou viscoso. O suor frio e viscoso é geralmente d'um prognostico assas grave.

Ordinariamente limpido e incolor pode ser amarello na icterícia, e segundo Voigtel, vermelho (?) (suor de

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— 21 —

sangue) e azul (?) em certas doenças, taes como a febre typhoïde, escorbuto, etc.

Diz-se critico o suor que apparece na declinação de uma doença aguda, no momento em que, cessando a febre, as secreções physiologicas retomam seu curso in-terrompido. N'estas circumstancias é sempre geral.

Ha suores muito abundantes, mas intermittentes, que se manifestam muitos dias successivos, desappare-cem durante um espaço de tempo variável, findo o qual de novo voltam. Estes verdadeiros accessos sudoraes observam-se em indivíduos apparentemente de boa saú-de, e caracterisam o estado mórbido conhecido pelo nome de ephidrose.

O suor pode ser symptomatica como nas febres in-termittentes, • na phthisica, nas suppurações prolonga-das, etc.

Os suores colliquativos (de colliquo, desfazer-se em agua) observam-se muitas vezes no ultimo período das doenças chronicas e nomeadamente na phthisica. Pela sua abundância e frequência esta variedade de suores enfraquece presto o organismo e precipita a termina-ção fatal.

Diga-se de passagem que o suor além da sua acção espoliativa e debilitante exerce uma acção particular, algumas vezes irritante, sobre a pelle; descolla a epider-me e forma vesículas do voluepider-me de cabeças d'alfinete, a que se dá o nome de sudamina.

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Causa dos suores na phthisica. — Esta questão é bastante controversa para os auctores. Disse-se primeiro que os suores dos phthisicos eram dependentes d'uma respiração supplementar da pelle, que vinha compensar a diminuição da respiração pulmonar. Todavia esta in-terpretação plrysiologica perde, que farte, do seu valor, sabendo-se que nas tuberculoses meningeas e mesente-ricas, por exemplo, ha suores frequentes e copiosos, quando os pulmões soffrem muito pouco ou estão mesmo no seu estado normal.

Admittindo-se esta opinião, forçoso seria para ser lógico respeitar estes suores, apezar da experiência cli-nica quotidiana nos provar com a maior evidencia que taes suores além de incommodos sobremodo para o doente, são uma fonte considerável de despeza, e que auxiliados pela expectoração, diarrhea e autophagismo febril, presto esgotam a economia.

Louis opina que a causa dos suores está no génio da doença. Tentou estabelecer a relação que alguns medi-cos teem assignalado entre os suores e a diarrhea, phe-nomenos que se compensariam reciprocamente; porem não conseguiu o seu intento.

A sede parcial dos suores está não só em relação com a doença, mas ainda com a natureza da doença, pensa Pidoux. «Assim, diz este medico distincto, não apparecerâo senão quando os tubérculos tiverem attin-gido a phase do amollecimento.» Os suores seriam pois

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— 28 —

a terminação d'um accesso febril resultante da suppu-ração do pulmão.

Graves admitte que os suores nocturnos dos phtlii-sicos se manifestam antes da febre hectica ou de sup-puração; considéra-os como o resultado d'esta mesma debilidade, na qual deve filiar-se o desenvolvimento da phthisica. «Mais tarde os suores são augmentados pela febre hectica; ainda então a debilidade original con-corre para a producção da diapborese. » (Graves, tra-ducção de M. Jaccoud.)

Hughes Bennett considera os suores como um si-gnal de fraqueza. Para este medico a diminuição da evaporação pulmonar é contrabalançada por uma hyper-actividade da transpiração da pelle que se torna ex-traordinariamente sensivel ás variações de temperatura. Demais a impressão do frio causa immediatamente por acção reflexa uma tosse espasmódica e uma irritação dos

pulmões. , Para nós, muito propensos á opinião de Graves, os

suores dos phthisicos são devidos primeiro á debilidade que origina a phthisica, e depois ás différentes e consi-deráveis fontes de despeza—tosse, febre, expectoração etc. — motivadas pelo morbo.

Em que época do dia teem logar os suores? É muito variável a occasião do seu apparecimento. Em uns é du-rante o dia depois de um accesso de tosse; em outros é quando começam a dormir; em vários no momento

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de despertar. Na grande maioria dos casos os suores teem logar durante a noute, e d'ahi llies vem o nome de suores nocturnos.

E d'esté modo que opina Morton, e accrescenta que nos últimos períodos da doença os suores são de tal ma-neira abundantes que impedem o somno: Tandem vero, circa mediam scilicet noctem immensis et colliquativis su-doribus terminatur.

Pretende alguém que a expressão—suores dos phtJii-sicos — seja substituida por est'outra—suores hipnóti-cos, (suores do somno). — A palavra hypnoticos não nos parece que possa caracterisar os suores próprios da plithisica, porisso que elles se manifestam tanto durante o somno como durante a vigilia.

Passou o tempo em que se cria que era necessário res-peitar os suores dos phtliisicos; actualmente este incom-modo symptoma é considerado por todos os clínicos como uma enorme fonte de despeza e depauperação que apressa o termo fatal da doença.

Therapeutica dos suores da phthisica—• Vejamos

muito summariamente quaes são os principaes medica-mentos que hão sido empregados para debellar estes suores :

Agarico branco — Este medicamento, que ha produ-zido alguns bons resultados na dose crescente de 0gr,25

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adminis-— 25 adminis-—

tração não pode prolongar-se por muito tempo sem gra-ves inconvenientes. Peter viu sobrevir a diarrhea pelo uso d'esta substancia. Gubler chega mesmo a affirmar que o agarico branco, se diminue os suores, é produ-zindo uma derivação do lado do intestino.

Tannino e tannato de quinina — Este ultimo espe-cialmente tem aproveitado algumas vezes em que os suores se complicavam de elevação tbermica.

Perchlorureto de ferro, cato e em geral os adstringen-tes— Teem sido úteis em alguns casos. Fonssagrives prefere a todos os outros adstringentes a ratanhia, que é administrada sob a forma de tisana: 20 gram, de rata-nhia para 1:000 de agua adoçada com xarope de mar-melos.

Hydrotherapia—A hydrotherapia sobretudo debaixo da forma de loções frias d'agua com vinagre conta mui-tas victorias.

Todavia este poderoso modificador da economia ani-mal requer a maior cautella no seu emprego e além d'isso está contra-indicado em certos doentes.

Todos estes agentes e muitos outros que nos abste-mos d'enumerar, são não só infiéis, mas até nocivos al-gumas vezes.

Sulpliato d'atropina—O sulphato d'atropina com o fim de combater os suores dos phthisicos foi por nós empregado, e cremos que pela primeira vez em Portu-gal, no Hospital da Misericórdia d'esta cidade. O fim

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que tivemos em vista, lançando mão de tal medicamento foi verificar o valor dos factos communicados pelo dr. Frantzel sobre o emprego do sulphato d'atropina con-tra os suores da phthisica, rheumatismo, etc.

A communicação do dr. Frantzel, inserta nos archi-vos de Virchou, t. Lvm, pag. 120, resava assim :

«Uma noticia, publicada no Philadelpia, Medic. Times, (1872, n.° 51) segundo a qual o dr. J. C. Wil-son ministrou internamente a quatro pessoas affectadas de pbthisica pulmonar adeantada, que padeciam suores profusos durante a noute, 1/60 de grão de sulfato

d'atro-pina, todos os dias, alcançando assim o completo desap-parecimento dos suores, levou-me a fazer mais expe-riências com relação ao effeito da atropina contra os suores copiosos e particularmente contra os suores dos phthisicos durante a noite, na minha secção da Charité e nos doentes internos do hospital d'Augusta, confiados ao meu tratamento.

Bem que eu tentasse o emprego do medicamento com muita falta de fé, todavia julguei que me era im-posto o dever de fazer observações cuidadosas com res-peito á exactidão possivel das informações de Wilson, por isso que a improficuidade verdadeiramente absoluto de todos os outros medicamentos contra os suores noctur-nos a que me refiro, e a extenuação, rapidamente cres-cente, dos enfermos, produzida pelos mesmos suores, não fallando ainda do grande incommodo que por

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seme-— 27 seme-—

lhante causa os doentes padecem, devem crear em todo o medico o desejo de um medicamento efficaz.

Tendo presentemente feito uso do sulphato d'atropina em 75 casos observados com todo o cuidado, creio, fun-dado n'estas observações, poder recommendar decidida-mente aos meus collegas este medicamento contra os supres profusos dos pkthisicos, bem como contra os suo-res incommodos em outras doenças, v. g. no rheumatismo articular agudo e na convalescença da trichinose. 0 resultado não é infallivel e também nem sempre se dá completa suspensão do suor, comtudo na grande maioria dos casos ha melhoras muito consideráveis, de maneira que os doentes pelo menos deixam de sentir-se molestados e extenuados e o collapso visivel deixa d'ir por dean te.

Entre os meus 75 casos, havia 15 indivíduos affec-tados de pneumonias caseosas mais ou menos recentes, todos elles mais ou menos febricitantes e sujeitos a suores durante a noute ; 48 com phthisica pulmonar declarada, dos quaes 42 tinham febre; 8 casos de rheumatismo articular agudo com febre considerável; 2 casos d'endo-cardite ulcerosa; e 2 casos de trichinose.

Dos 15 primeiros doentes, em 6 o suor desappareceu de todo, em 7 minorou muito consideravelmente, em 2 não houve alteração.

Nos 48 phthisicos, o medicamento não produziu effeito cinco vezes ; o suor diminuiu muito considera-A'elmente em 21 casos; desappareceu completamente

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em 22 casos. Demais entre os doentes em quem o sul-phato d'atropina não teve effeito, alguns houve a que o medicamento foi applicado pouco antes do fallecimento, circumstancia que pode ter influído no resultado.

Nos casos de rheumatismo articular agudo a atropina teve cinco vezes effeito favorável e duradouro, duas vezes produziu uma diminuição importante do suor, uma vez foi infructifera.

Nos dous casos d'endocardite mencionados, o medi-camento aproveitou uma vez, da outra não produziu effeito absolutamente nenhum.

Nas duas convalescenças de trichinose, o suor depois da applicação do sulphato d'atropina cessou instantanea-mente e com effeito duradouro.

Estes últimos resultados e o prompto effeito que obtive com a atropina nas minhas primeiras experiências con-tra os suores copiosos no'rheumatismo articular agudo geraram em mim verdadeira confiança no medicamento, confiança que se fortalece cada vez mais de dia para dia. Os dous casos de trichinose foram observados na clinica privada e por isso devem aqui ser passadas em silencio as particularidades da doença. Somente cumpre mencionar que em ambos os casos, depois de terminar o período agudo da doença e a febre hectica, que, se-gundo é costume em casos graves d'esta natureza, con-stituem a transição da febre continua para a convales-cença, persistiram suores profusos sem haver vestigio

(23)

— 29 —

algum de elevação de temperatura, suores que princi-piavam ao cahir da tarde e iam pela noute dentro.

Da primeira vez, duas horas antes do começo usual do siior, foi ministrado 0gr,001 de sulphato d'atropina em

pilulas durante cinco dias consecutivos ; da segunda vez só em três dias consecutivos, com o que os suores desap-pareceram para sempre desde a primeira noute em se-guida ao emprego do medicamento.

Dos oito doentes de polyarthrite rheumatica, no pri-meiro o resultado foi verdadeiramente maravilhoso.

O doente, individuo de 32 annos, estava enfermo, havia já cinco dias; quasi todas as grandes articulações das extremidades superiores e inferiores se achavam le-sadas mais ou menos consideravelmente; coberto com-pletamente de sudamina, quando o visitei pelas dez ho-ras da manhã, estava por assim dizer em um banho de suor.

Foi-lhe administrado immediatamente 0gr,001 de

sulphato de atropina, e já um quarto d'hora depois se podia notar uma diminuição no suor; d'alli a duas ho-ras o suor tinha desapparecido completamente. De noute tornou a voltar e cessou novamente durante a manhã depois de haver sido ministrada uma egual dose d'atro-pina.

D'alli em deante foi dada ao enfermo á noute e pela manhã uma dose semelhante d'atropina; e d'esté modo embargou-se completamente o regresso do suor, ao

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pas-so que a febre só desappareceu totalmente quatorze dias depois da entrada do doente no hospital.

Outro caso de rheumatismo articular agudo foi o de um marceneiro de cincoenta e um annos de edade, o qual tinha nos últimos annos padecido repetidos ataques de rheumatismo articular e a 23 de janeiro de 1873 ca-hiu de novo doente. A 27 de janeiro procurou soccorro para os soffrimentos no hospital d'Augusta. As articu-lações de ambos os joelhos e a articulação do cotovello direito estavam consideravelmente tumefeitas e rubras, muito sensiveis á pressão, dolorosas. Não havia affecção cardiaca. Suores profusos. Temperatura axillar= 39,5c. — Pulsações = 104. —Respirações = 30. — Prescre-vem-se : vesicatórios nas articulações affectadas segun-do o methosegun-do Davies, injecção subcutânea de morphina.

No dia 28 pela manhã, T. = 38,7 — P. = 92 — R. = 24. Suores profusos, nenhuma affecção articular nova; muito diminuídas as dores das articulações atacadas na véspera. A epiderme empolada pelos vesicatórios foi ti-rada á thesoura, e as superficies ulceti-radas cobertas de cataplasmas até á noute curaram-se em seguida com un-guento simples.

Á noute T. = 38,5 — P. = 90 — R. = 24. Prescri-pção: 0gr,001 de sulphato d'atropina ás 8 horas da noute.

Pelas nove horas o suor abateu e á volta das dez horas tinha desapparecido completamente. Durante o resto da noute não houve suor.

(25)

31 —

29 de Janeiro. Pela manhã T. = 38,2 — P. = 88 — R. = 24.

Relativamente ao estado das articulações, nenhuma alteração importante. ±)e dia nenhum suor; só ao anou-tecer ligeira transpiração. A noute 0gr,001 de sulphato

d'atropina.

30 de janeiro. De noute nenhum suor.

Pela manhã —T. = 38,0 — P . = 84 — R. = 22. Á noute — T. = 38,1 — P. = 8 6 — R. = 22. Diminuição d'intensidade da affecção rheumatiça; no decurso do dia suor mediocre. A noute prescre-vem-se 0gr,002 de sulphato d'atropina.

31 de janeiro. De noute não houve suor; durante o dia o suor também não voltou. Ao passo que a febre continuava ainda nos dias seguintes com pequena inten-sidade, e a tumefacção de articulações e as dores só di-minuíam lentamente, conseguiu-se que os suores desap-parecessem de todo por meio de 0gr,002 de sulphato de

atropina ministrados á noute.

No dia 4 de fevereiro parou-se com a atropina; de noute e no dia seguinte o doente tornou a suar con-sideravelmente.

A 5 de fevereiro á noute tomou de novo 0gr,002 de

atropina. Os suores tornaram a cessar logo ao começo da noute, e com o uso regular d'aquella dose á mesma hora desappareceram, até que no dia 8 á noite, estando o doente já sem febre e havendo-se novamente

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suspen-dido o uso da atropina, sobrevieram de novo, bem que com menor violência.

No dia 9 á noute tornou a dar-se a atropina e com prompto e feliz êxito. Continuou-se com o medicamento ainda oito dias e então os suores desappareceram para sempre.

A 7 de Março, o doente achando-se curado, recebeu alta.

Registrei oito vezes em phthisicos observações se-melhantes, de que depois da suspensão da atropina o suor voltava immediatamente, desapparecendo quando novamente se tomava o medicamento. Taes observações tenho-as como proprias para provar terminantemente que de facto se deve attribuir á atropina este effeito so-bre os suores.

Os doentes baviam-se por muito felizes com o alli-vio admirável que por esta forma alcançavam, e tinham grande confiança no effeito do medicamento. Também, os intelligentes empregados do Hospital d'Augusta con-venceram-se tão depressa do resultado que se obtém na grande maioria dos casos, que denominavam — pílulas do suor, as d'atropina que eu receitava segundo a fór-mula:

Sulpbato d'atropina — 0^,006.

Extracto Gent. — q. s. ut. f. pilul. n.° 6. — Uma até duas d'estas pilulas.

(27)

— 33 —

Nunca dei doses superiores a 0gr,002 d'atropina por

temer uma intoxicação, da qual notei ligeiras manifes-tações com as quantidades empregadas. Em não poucos casos os doentes, depois de tomarem o medicamento, sen-tiam na garganta uma titulação, a qual todavia sempre desapparecia assas promptamente, isto é, d'ahi a uma ou duas horas; não raras vezes depois de tomado o me-dicamento as pupillas reagiam um tanto frouxamente e muitas vezes também ficavam mais dilatadas do que d'antes; ás vezes observavam-se deslumbramentos na vista. Em quatro casos foi necessário suspender o me-dicamento, em consequência de diarrheas profusas. Que estas tinham relação com o emprego da atropina de-duz-se do- facto de desapparecerem com a suspensão d'esta substancia e sobrevirem, logo que se lançava mão do medicamento. Nunca vi outro prejuizo, ao passo que a crença popular considera nociva a suppressão de qualquer suor. Nunca tentei fazer desapparecer o suor critico dos affectados de pneumonias ou dos doentes de recahida, porque n'estes casos temia sem duvida com razão dar logar a uma perturbação da crise prin-cipiada.

Em vista d'isto deve ter-se por assentado empirica-mente que os suores profusos e gravosos que frequentes vezes acompanham a phthisica pulmonar, as pneumo-nias caseosas, o rheumatismo articular, a convalescença da trichinose e outras moléstias, são na grande maioria

(28)

dos casos ou completamente removidos ou pelo menos consideravelmente minorados com o uso interno e regu-lar de (F,001 até 0gr,002 de sulphato d'atropina.»

As observações por mim colhidas são as que se se-guem:

1.» O b s e r v a ç ã o — Antonio da Silva, 28 annos,

traba-lhador, entrou para a enfermaria de clinica medica do hospital da Misericórdia no dia 27 de Maio de 1874. Emaciação muito considerável e notável perda de forças — tosse frequente — expectoração muco-purulenta em abundância — dyspnea prin-cipalmente quando occupa o decúbito dorsal — diarrhea — suo-res em diminuta quantidade no fim da tarde e na madrugada na fronte e peito, acompanhados por uma sensação de calor assas incommoda — diminuição do murmúrio respiratório no vértice do pulmão direito — Barridos sibillantes em ambos os pulmões e nos dous tempos da respiração.

Maio 27 — Temperatura matutina 37 -f- */5 — Pulsações. 58.

Temp, vespertina 38 -f- l/s — P. 65. As 8 horas

da tarde sensação de calor e suores profusos. Fez-se a administração de 09r,001 de sulphato d'atropina

de-baixo da fórmula seguinte :

Sulphato d'atropina — 1 milligramma. Extracto d'alcaçuz— g. b.

Para uma pílula.

Maio 28—Temp. mat. 37 -4- l/2 — Pulso 60. Diarrhea —não

ha suores nem os houve durante a noute consoante o costume antes da administração da atropina.

Temp. vesp. 38 -J- l / j — P. 65. Sensação de calor —não ha suor.

» 29 — Temp. mat. 36 -f" 3/5 — P. 50. Diminuição da

diarrhea — seccura da pelle e das mucosas boccal e pharyngea — ligeira dilatação das pupillas — não ha

(29)

— 35 —

Tem. vesp. 37 -4- */5 — P. 60. Por incúria do

en-fermeiro não foi dada a pilula d'atropina.

Maio 30 —Temp. mat. 37 -f- ih~P. 55. Desapparecimento

da diarrhea — houve algum suor durante a noute de 29 para 30 e na manhã do dia 30.

Temp. vesp. 38 — P . 60 Suor —não foi dado o medicamento pelo motivo apontado.

» 31—Temp. mat. 37 l/2 — P. 55. Houve suor de

ma-nha—administração de uma pilula ás 8 horas da manhã.

Temp. vesp. 38 — P . 60. Falta de suor —outra pilula.

Junho 1 —Não ha suor. Duas pilulas, uma pela manhã e outra á noute.

» 2— Não ha suor. » 3 — Idem.

» 4 —Temp.mat. 37 —50 —vesp. 37 l/2 — P. 55. —

Sus-pende-se o uso do medicamento. » 5 — Não ha suor.

» 8 — Suor á noute e de madrugada. » 10 — Idem, idem.

8." O b s e r v a ç ã o — Francisca Rosa de Jesus, 38

an-nos, mulher de casa, entrou para a enfermaria de clinica obsté-trica no dia 19 de Maio de 1874. Tinha 8 dias de puerperio quando a examinei.

Maio 27 — Emaciação quasi absoluta — extrema fraqueza e prostração — diarrhea — delírio no fim da tarde e durante a noute — sensação de calor e suores profu-sos e repetidos tanto de dia como de noute — dyspnea — tosse frequente com expectoração muco-puculenta e abundantíssima — sarridos sibillantes e mucosos em ambos os pulmões — gargolejo, som amphorico e pe-ctoriloquia aphonica e articulada na parte superior e interna da mama direita — gargolejo na parte supe-rior e esquerda do thorax — som de pio (piaulement) no angulo inferior da omoplata direita.

(30)

Maio 27 -Temp. mat. 102 -f »/5, Fahrenheit — P. 120.

Temp. vesp. 103 — P. 130. Ás 2 horas da noute a doente estava mergulhada n'um verdadeiro banho de suor.

„ 28 — Temp. mat. 102 -f- 1 /2 — P. 120.

Temp. vesp. 103 — P. 130. A doente accusa sen-sação de calor assas incommoda e está alagada de suor de dia e de noute. A diarrhea diminuiu. Pre-screvem-se os grânulos d'arseniato de ferro e faz-se a applicação da tintura d'iode na parte anterior do thorax.

» 29 —Temp. mat. 101 — P. 115. Calor intenso e suores de tal modo profusos, que lavam completamente a tintura d'iode. Prescripção d'uma pilula de sulphato d'atropina de 0ar,001.

Temp. vesp. 103 — P. 130. Banho de suor — outra pilula d'atropina.

, 30 —Temp. mat. 100 — P . 112.

Temp. vesp. 102 — P. 120. Diminuição dos suores e calor menos intenso. Diarrhea no mesmo estado. Duas pílulas, uma na madrugada e outra á noute. „ 31 _ Temp. mat. 98 — P. 95.

Temp. vesp. 100 — P . 100. Desde as 8 horas da tarde do dia 30 não ha suor absolutamente nenhum. O mesmo medicamento na mesma dose.

Junho 1— Temp. mat. 98 — P. 95.

Temp. vesp. 100 — P. 100. Não ha suor, nem diar-rhea.

, 2 —Temp. mat. 9 8 - P . 95.

Temp. vesp. 100 — P . 100. Dilatação da pupilla, seccura da pelle e das mucosas, sensação de constric-ção na pharinge. Prescreve-se só uma pilula por dia. „ 3 —Temp. mat. 98 — P . 95.

Temp. vesp. 100 — P . 100. Suspende-se a atro-pina.

» 6 — Apparecimento dos suores, principalmente no pei-to e fronte.

(31)

— 37 —

3 .a O b s e r v a ç ã o — Maria Kosa, 39 annos, criada, rua

Escura. Emaciação considerável e perda accentuada de forças ha 6 mezes — tosse frequente — escarros muco-purulentos e algumas vezes raiados de sangue — som maciço nos vertices dos pulmões, mais pronunciado no vértice do pulmão direito — expiração prolongada — sarridos húmidos. A doente accusa suo-res nocturnos tão profusos, que lhe causam verdadeiras in-somnias. Leve diarrhea.

Maio 28 — D u a s pilulas de sulphato de atropina de 0,001 cada uma, administradas, uma ás 4 horas da manhã e a outra ás 8 da nouto.

» 29, 30 e 31 — Diminuição gradual dos suores. Diarrhea no mesmo estado.

Junho 1 — Desapparecimento completo dos suores — seccura da pelle e da mucosa boccal.

» 2, 3 e á — Não ha suores. Diminuição da diarrhea. Suspensão do medicamento.

» 5, 6 e 7 — Diminuição da diarrhea e seu desappare-cimento no dia 7.

» 8 — Não ha diarrhea. Houve na madrugada leve trans-piração. Uma pilula d'atropina.

» 9, 10, 11 e 12 — Não ha suor. Não voltou a diarrhea.

4.a O b s e r v a ç ã o — M . P., 58 annos, rua de Welleslei — o doente tem tosse ha um anno. — Ha mais de três mezes que apparece invariavelmente suor abundante no peito e fronte no fim da tarde e segunda metade da noute. Tem tido por varias vezes hemoptyses consideráveis. —Não ha diarrhea — H a tosse, dyspnea e expectoração mais purulenta do que mucosa. A ex-piração é prolongada—o murmúrio respiratório rude — ou-vem-se sarridos sibillantes em toda a extensão da superficie pulmonar — sarridos suberepitantes á direita — Emaciação e prostração muito consideráveis.

Junho 1 — D u a s pilulas de sulphato d'atropina de 0ar,0005

(32)

— 38 —

Junho 2 — 0 doente diz que os suores não o deixaram dormir durante a noute—três pilulas.

» 3—Insignificante diminuição dos suores—4 pilulas, 2 de manhã e 2 á noute.

» 4—O doente diz estar sensivelmente melhor — sente-se menos fatigado—os suores em menor cópia e o somno

mais plácido.

» 5, 6, 7, 8—Diminuição dos suores e desapparecimento. » 9—Não ha suor—o somno é socegado— Dilatação das pupillas e seccura da bocca e da pharinge — Dimi-nue-se a dose da atropina, dão-se apenas duas pilulas de 0,0005 cada uma.

„ 10 — Não ha suor — Persistem a dilatação das pupillas, a seccura da bocca e da pharyngé — suspensão do medicamento.

» 20 — O suor não reappareceu.

5.» O b s e r v a ç ã o — J o s e p h a Maria, 58 annos, creada, rua de S. Victor. A doente diz que ha mais de três mezes sente muito calor e suores no fim da tarde e que prolongando-se até alta noute a impedem de dormir. Tosse ha 8 mezes — ao prin-cipio a tosse era secca — actualmente ha expectoração mucosa pouco abundante. A tosse presto foi seguida de emaciação e de perda de forças, symptomas que se aggravaram com o appa-recimento dos suores. Som maciço no vértice do pulmão direito — Barridos suberepitantes nos dois pulmões e expiração pro-longada.

Junho 1 —Tempérât, mat. 37,2. —Pulso 70. , _ B vesp. 38. — P . 80.

Duas pilulas d'atropina de 09r,0005, cada uma.

» 2 —Temp. m. 37. — P . 70. » »— » vesp. 38.—P. 80.

Suor e calor diminuidos. » 3 —Temp. mat. 37,5 — P . 75. » » — » vesp. 38,5 — P . 90.

Os suores são tão abundantes como antes da medica-ção — Duas pilulas de O'^OOl cada uma d'atropina.

(33)

— 3d —

Junho 4 —Temp. mat. 37,2 — P . 75. » — » vesp. 38,2 — P. 85.

Diminuição do suor.

» 5, 6, 7, 8 — Desapparecimento do suor. » 9 — Temp. mat. 37 — P. 70.

» »— » vesp. 38 — P. 80.

Não ha suor. — Não ha mydriasis, nem sensação de constrieção na pharyngé.

» 10 — Não ha suor — só uma pilula.

» 16 — 0 suor não voltou e a doente sente-se muito alliviada, e dorme bem.

Observação relativa a o r l i e n m a t i s m o

Joaquim Pereira, 43 annos, carrejão, residente na Corti-ceira. Antecedentes de familia: tanto seu pae como sua mãe soffreram de rheumatismo.

Teve o seu primeiro ataque aos 28 annos, quando fazia parte da tripulação d'um barco que naufragou no rio Douro. As dores tiveram por sede os joelhos e tornozelo direito durante mais de um mez. Aos 35 annos teve segundo ataque, caracte-risado por dores nos pés, joelhos, punhos e cotovellos e por suores profusos. Esteve de cama perto de 2 mezes. Ha 15 dias cahiu novamente doente. Tem dores muito intensas nas cadei-ras, nos joelhos e pé esquerdo e suores abundantíssimos, que o não deixam dormir.

Maio 15 —Uma pilula de sulphato d'atropina dé 03r,001.

» 16 — O mesmo estado — 2 pilulas. » 17'—Diminuição do suor.

» 18, 19,20,21,22 — Desapparecimento do suor — pertur-bações visuaes — uma pilula.

» 23—Não ha suor.

» 24—Não ha suor—Suspende-se o medicamento. » 26 —Apparece algum suor — uma pilula d'atropina. Junho 4 — Não houve suor desde o dia 27. O doente está

(34)

Esta observação addiccionada ás do doutor Frantzel, parece mostrar-nos que o sulphato d'atropina combate muito vantajosamente os suores do rheumatismo arti-cular; todavia para que possamos pronunciar-nos defini-tivamente sobre o valor de tal agente contra os suores dos rheumaticos, preciso se torna fazer-se maior numero d'observaçoes.

Se a atropina é efficaz ou não na endocardite ulcerosa e na tricbinose, não o podemos dizer, porque não tive-mos occasião de a experimentar n'estas duas doenças.

Das nossas 5 primeiras observações, julgamos poder tirar as seguintes conclusões:

Primeira—O sulphato d'atropina é eíficacissimo contra os suores dos phtysicos.

Segunda — A dose incipiente deve ser de 0gr,001

em duas pilulas, ministradas uma de manbã, outra de tarde. A dose maxima será de 0,002 milligr. por dia, a qual já produz, principalmente continuada por alguns dias, ligeiros phenomenos d'intoxicaçâo.

Terceira — O inconveniente da diarrhea que o dr. Frantzel imputa ao emprego da atropina, não é con-stante. A fazer obra só pelas nossas observações, a atro-pina, longe de promover a diarrhea, attenua-a, quando existe. Obs. I, II e III.

Como o sulphato d'atropina parece não ter um effeito muito duradouro, julgamos que em vez de supprimir com-pletamente o medicamento logo que os suores cessam,

(35)

— 41 —

seria melhor, continuar a administral-o em dose menor — */2 milligr., ou mesmo iji de milligr. Com este

pro-cedimento perfeitamente inoffensivo talvez se conseguisse a suppressão continua e definitiva do suor.

ATROPINA

Este alcalóide (C13 H23 Azo3) preparado pela primeira

vez em 1833 porMein, Geinger e Hesse, encontra-se em todas as partes da belladona (Atropo Belladona). Crys-tallisa em agulhas incolores, muito solúveis na agua e pouco pelo contrario no alcool e no ether.

A atropina combina-se facilmente com os ácidos para formar saes que difficilmente crystallisam, são muito amargos, inodoros, inalteráveis pelo contacto do ar, muito solúveis na agua e pouco, pelo contrario, no al-cool e no ether.

Os principaes são: o sulphato, o chlorhydrato, o acetato, o tartarato e o valerianato d'atropina. De todos estes o mais solúvel na agua é o sulphato, e por isso é ordinariamente preferido.

Em quanto que a acção pharmaco-dynamica do ópio resulta das acções particulares dos seus oito alcalóides preexistentes, um só principio chimico, a atropina, repre-senta a belladona inteira.

(36)

Effeitos physiologicos

1.° Tubo digestivo.—A atropina ingerida no estô-mago na dose de 1 a 3 milligr. promove com presteza na bocea e na pharyngé uma sensação de seccura e de constricçâo, de tal modo accentuadas quando a dose é elevada ou a administração prolongada, que as paredes boccaes e gutturaes parecem adherir entre si, tornando-se impossíveis a deglutição e a palavra. As mucosas nasal e ocular seccam-se também. Quanto á mucosa intestinal segundo uns (Gubler, Meuriot, etc.) secca-se, e d'ahi a constipação de ventre que acompanha o uso da atropina em pequenas doses; segundo Rabuteau, ha diarrhea, não porque a secreção intestinal sejaaugmentada,mas porque a atropina actuando sobre as fibras lisas dos intestinos fal-os contrahir e opéra d'esté modo a expulsão dos ma-teriaes nutritivos n'elles contidos e que ainda se acham no estado liquido ou semi-liquido.

Em doses ultra-physiologicas apparece então a diar-rhea, em virtude da superactividade geral das secreções.

2.° Pupilla—A instillaçâo no olho d'uma pequena quantidade d'atropina, d'uma gotta d'agua distillada contendo iji de milligr. de sulphato d'atropina, por

exemplo, produz quasi instantaneamente sensação d'ar-dor transitória na conjunctiva, depois dilatação da pu-pilla de tal modo exagerada em poucos minutos que a visão é" quasi de todo abolida. Antes da cegueira o

(37)

— 43

olho é muito sensivel á luz e a fixação d'um corpo bri-lhante ou polido determina, dizem, por acção reflexa o espirro; tal phenomeno porém é verosimilmente devido em muitos casos á irritação produzida no canal nazal pela atropina, eliminando-se junctamente com as lagri-mas.

Trata-se aqui evidentemente d'uma acção puramente local, porque só é dilatada a pupilla do olho em que foi applicada a atropina.

A dilatação da pupilla apparece também quando se administra internamente a atropina, e então o pheno-meno é bilateral.

3.° Circulação—A proposição de Schroff «que a atropina causa ao principio um certo retardamento na circulação» é invalidada por innumeras experiências de eximios e conscienciosos physiologistas, taes como Bou-chardat, Cooper, Hunter, Warton Jones, See, Grubler Meuriot, Brown-Sequard, etc.

Com effeito actualmente está assentado que a atro-pina em doses physiologicas, 1 a 3 milligr. ingerida no estômago ou injectada no tecido cellular subcutâ-neo accéléra o coração e augmenta a pressão arte-rial. Quando a dose é toxica aos phenomenos men-cionados presto succedem phenomenos oppostos, isto é, o coração retarda-se e a pressão sanguínea decresce no-tavelmente.

(38)

tensão do sangue pendem das notáveis modificações ope-radas na irrigação sanguínea. Vejamos:

Examinada com o auxilio do microscópio a membra-na interdigital d'uma rã, tendo-se applicado directamen-te sobre esta membrana uma solução de sulphato d'atro-pina, ou injectado o veneno em uma parte próxima ou remota do ponto em observação, vê-se immediatamente uma acceleração considerável da corrente sanguínea e uma constricção accentuada das arteriolas, as quaes che-gam a ficar reduzidas a metade e mesmo a um terço do seu calibre primitivo. Se a dose empregada é pequena, tudo volta ao seu estado normal no espaço d'algumas horas; porém se a dose é elevada, os capillares dilatam-se e tornam-dilatam-se visiveis nos pontos, onde primeiro nem mesmo vestígios de taes vasos podiam ser percebidos, a circulação retarda-se, o sangue oscilla e estagna nos ca-pillares assim dilatados. A stase começada nos capilla-res progride nas veias e artérias, que se dilatam por sua vez.

A exactidão d'estes factos tem sido confirmada re-centemente por différentes experimentadores, entre os quaes merecem menção especial Brown- Sequard, que viu diminuir o calibre dos vasos sanguíneos da pia-mater medullar em cães a que se tinha administrado a belladona, e Meuriot que verificou os mesmos pheno-menos tanto na membrana interdigital da rã como na mucosa intestinal do rato e nas orelhas do coelho.

(39)

— 45 —

Em summa a atropina primeiro contrahe os vasos de pequeno calibre e activa a circulação, depois se a dose é sufficiente, relaxa-os e produz a stase.

4.° Respiração — Esta funcçâo retarda-se ou acce-lera-se segundo os movimentos cardíacos enfraquecem ou se activam, affirmam W. Jones e Rabuteau.

5.° Calorificação —Posto que no homem não se te-nham feito com precisão observações relativas ás varia-ções de temperatura que a atropina possa determinar, alguns medicos, fundando-se em que a pelle se torna secca e é algumas vezes a sede de um tal ou qual ery-thema, e também em que os animaes envenenados por altas doses d'esta substancia apresentam manifestos si-guaes de frio, opinam que a atropina produz elevação de temperatura quando ha acceleração da circulação, e diminuição notável quando os movimentos circulatórios se retardam.

A emittirmos opinião apenas guiados pelas nossas observações, diríamos que a atropina na dose de 1 a 2 milligrammas, longe de fazer augmentar a temperatu-ra, fal-a diminuir.

6.° Secreções — Em doses physiologicas ou thera-peuticas a atropina diminue todas as secreções, á exce-pção da secreção renal que é augmentada. Esta hyper-crinia renal pode ser attribuida com alguns fundamen-tos por um lado ao augmento da pressão sanguínea e por outro lado á eliminação do medicamento pelos rins,

(40)

eliminação que se opéra instantes depois da atropina entrar na torrente circulatória.

Em doses toxicas activam-se as secreções em geral e particularmente o suor. Diminuída a pressão sanguí-nea deve apparecer a hypocrinia da secreção urinaria, e é realmente o que acontece, a não ser que a irritação produzida pela substancia, eliminando-se pelos rins, com-pense o abaixamento de pressão, e n'este caso a urina é quantitativamente normal.

7.° Músculos e nervos — Ingerida no estômago na dose de 4 a 5 milligrammas ou injectada no tecido cel-lular subcutâneo em menor dose, além dos pbenomenos que deixamos descriptos, a atropina produz formiguei-ros e certa sensação de prurido, cephalgia, delirio, o qual pode ser alegre, estúpido ou furioso, allucinaçôes e preversões da visão; assim os objectos apresentam dif-férentes cores, nas quaes predomina a côr vermelha; insomnia, ou então somno comatoso, se as doses foram toxicas; sonhos phantasticos, eróticos, erecções frequen-tes e poluições nocturnas.

Em pequena dose a atropina diminue a sensibilidade, em dose elevada abole-a completamente.

Opéra também sobre os nervos motores e músculos submettidos ao império da vontade e paralysa-os mais ou menos segundo a dose.

Emquanto aos músculos de fibras lisas ou da vida orgânica, e ao grande sympathico, já vimos que os

(41)

pe-— 47 pe-—

quenos vasos sanguíneos se contrahiam debaixo da in-fluencia de pequenas quantidades d'atropina, e se dila-tavam pelo contrario quando a dose empregada era grande. Mas a acção da atropina exerce-se nas fibras lisas só? no grande sympathico exclusivamente? ou em ambos os tecidos?

Esta ultima hypotbese parece a mais provável por isso que, se fossem destruídos todos os ramos sympathi-e s qusympathi-e sympathi-ennsympathi-ervam uma rsympathi-egião qualqusympathi-er, os sympathi-effsympathi-eitos vas-culares da atropina ainda se manifestam posto que n'um grau incomparavelmente menor, e ainda lia contracção dos músculos lisos.

E haverá a certeza de terem sido destruidos todos os cordões e ganglios nervosos que punham a região em relação com o grande sympathico?

Rabuteau opina também que a atropina actua não só sobre o sympathico, mas ainda sobre as fibras muscu-lares da vida orgânica. Ouçamos a este propósito o ins-pirado mestre e denodado reformador da materia me-dica :

«Se a atropina excita os cordões sympathicos que se distribuem na iris, excita também as fibras da iris, por-que, se a pupilla se dilata menos arrancando o £an<dio cer-vical superior, dilata-se todavia. Assim, se praticarmos em um animal a ablação do ganglio cervical superior, do lado esquerdo, por exemplo, e depois injectarmos n'este animal a atropina, veremos a pupilla do olho direito

(42)

com-pletamente dilatada, e a do esquerdo pouco dilatada. Acontece o mesmo se em logar de extirparmos o gan-glio cervical superior, cortarmos o cordão sympathico que une este ganglio ao ganglio cervical inferior. Gal-vanisando então o nervo cortado, apparece a dilatação completa d'esté mesmo lado. Poderia objectar-se que a dilatação da pupilla era devida a uma paralysia do ner-vo do 3.° par que anima as fibras circulares da iris. Ora, excitando no craneo o nervo do 3.° par no animal enve-nenado pela atropina, produz-se a contracção da pupil-la; o que demonstra que o alcalóide não exerce uma acção importante sobre o próprio nervo que tão bem conserva a excitabilidade. Demais, se o nervo estivesse já paralysado pelo veneno, a secção não acarretaria uma dilatação mais accentuada da pupilla, como tem logar quando o cortamos em um animal, ao qual se adminis-trou a atropina. »

Como opéra o sulphato d'atropina para diminuir os suores?—Sabendo nós que este agente dado em peque-nas doses estreita os vasos sanguíneos de pequeno cali-bre e faz contrahir os músculos lisos, responderemos que é muito razoável admittir que a atropina diminue os suores — primo, porque produzindo a olighemia vas-cular, priva as glândulas sudoríparas das matérias que lhes eram destinadas — secundo, porque contrahindo as

(43)

— 49 —

fibras lisas dos duetos excretores, estreita-os e impede assim a sahida do suor.

Vulpian não acceita tal modo de vêr—primo, por-que duvida da acção constrictiva da atropina sobre os vasos sanguíneos — secundo, porque as modificações cir-culatórias não promovem sempre modificações secreto-rias, como demonstram as experiências de Heidenhain relativas á glândula submaxillar:

«Heidenhain repetiu estas experiências (Keuchel) em cães curarisados injectando na veia jugular uma dose d'atropina sufficiente para paralysar completamente os filetes cardíacos do nervo vago. A excitação da corda do tympano não determinava então a menor secreção; havia comtudo uma acceleração da corrente san<minea venenosa que não differia essencialmente da que se observava antes do envenenamento pela atropina.

Este facto fornece a prova mais concludente que a secreção produzida pela excitação da corda do tympano é inteiramente independente das modificações que teem logar na circulação da glândula e que, por consequência, fibras nervosas différentes são affectadas na secreção e circulação d'esté órgão. 0 que demonstra que não são as cellulas proprias da glândula que são atacadas n'este caso, como poderia objectar-se, é que a excitação do nervo sympathico provoca então uma secreção inteira-mente similhante á que elle determinaria em um animal não envenenado. São pois as extremidades das fibras

(44)

secretorias da corda do tympano que são as únicas ata-cadas; e torna-se indubitável que o modo de relações das fibras nervosas da corda com as cellulas da glândula é différente do das fibras sympatkicas. )> (Archivos de physiologia).

Para Vulpian a producção exagerada do suor seria devida a uma excitação dos nervos que presidem á se-creção das glândulas sudoríparas. A atropina posta pela circulação em contacto com estes nervos paralysaria as extremidades terminaes e os impossibilitaria assim de transmittirem uma excitação ás glândulas secretoras do suor. A exageração funccional mórbida das glândulas sudoríparas que determina os suores pathologicos, tor-nar-se-hia pois mais ou menos impossível.

Tal explicação é realmente engenhosa, mas estará ella ao abrigo da critica? Cremos que não.

Estava já quasi concluída a impressão d'esté traba-lho, quando fomos obsequiados pelo snr. dr. Azevedo com as duas observações que se seguem:

Maria Antónia, 40 annos, solteira, constituição de-teriorada, temperamento lymphatico, tuberculose pul-monar no principio do 3.° periodo, suores copiosíssimos, uso dos gramulos de 5 decimilligram. de sulphato d'atro-pina (dous por dia) durante vinte e cinco dias —

(45)

dimi-— 51 dimi-—

nuição considerável dos suores — continua no uso d'a-quella medicação.

Antonio Fernandes, 16 annos, solteiro, marceneiro, constituição deteriorada, temperamento lymphatico, af-fectado de tuberculose pulmonar no fim do 2.° período — suores matutinos copiosos, usou dos gramulos de sul-phate d'atropina (5 decimilligram.) por dose durante 30 dias, a dous por dia — suspensão completa dos suores sem que reapparecessem no fim de 15 dias em que não usou d'aquella medicação.

Estas observações confirmam a efficacia do sulphate d'atropina no tratamento dos suores na phthisica.

(46)

PROPOSIÇÕES

A n a t o m i a — A corda do tympano não termina na

glândula submaxillar.

P ù y s i o l o g i a — Os nervos vaso-dilatadores operam

por acção suspensiva sobre os vaso-constrictores.

Materia m e d i c a — O sulphate d'atropina é um

excellente anti-sudorifico.

Pathologia geral — A homcepathia não é

abso-lutamente falsa.

Medicina operatória—De todos os meios

cirúr-gicos, attinentes ao tratamento palliativo ou curativo do carcinoma, a extirpação é o principal.

Patûologia interna —Não ba antagonismo entre

a phtbisica e as febres intermittentes.

Anatomia pathologica — A melhor

classifição de tumores será aquella que se basear tanto nos ca-racteres anatomo-pathologicos, como nos caca-racteres clí-nicos.

Partos — Para provocar o parto prematuro e o

aborto, preferimos a esponja preparada pelo metbodo Joulin.

H y g i e n e — A inbumação dos cadáveres deve ser

substituída pela incineração.

Approvada. Pode imprimir-se.

n. 0 conselheiro-director,

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