Área DepartamentaldeEngenhariadeSistemasdePotên iaeAutomação
AvaliaçãodaRentabilidadeE onómi adosSistemasdemi ro-geraçãoFotovoltai aemPortugal
(1990-2010)
TIAGOMIGUEL ANTUNESDECASTRO
Li en iado
DissertaçãoparaaobtençãodograudeMestreemEngenhariaEletroté ni aramodeEnergia
Orientador
(es):
Professor JorgeAlbertoMendesdeSousa
Professor SérgioMiguel RedondoFaias
Júri:
Presidente: ProfessorConstantinoVitalSopaSoares
Vogais:
Professor JorgeAlbertoMendesdeSousa
Professor SérgioMiguel RedondoFaias
Professora CristinaInêsCamus
Energia renovável é qualquer fonte de energia que deriva direta ou indiretamente de pro essos
naturaisrela ionados omaluzsolar,armazenamentode alornaterraoudeforçasgravita ionais
equeé onstante e naturalmente restabele ida. Esta dissertaçãopretendeanalisare determinar
emque medida a apostano Sol, afonte maispre iosa einesgotávelde energiaque onhe emos,
ontribuiparaorestabele imentodoequilíbrionãoapenassó io-e onómi o,mastambémdomeio
ambiente do nosso planeta. Esta dissertação omeçaporabordar ades obertada te nologia
fo-tovoltai a,asua evoluçãoem termos de rendimento ede produção, aste nologias dopresente e
perspetivas de futuro e referem-se algumas das suas prin ipais apli ações, iluminação públi a e
sinaisrodoviários,porexemplo. Cara teriza-seoestadoatualdaenergiafotovoltai aemPortugal
emtrês vetoresfundamentais: energia,e onomiaeambiente. Navertente energéti aanalisa-sea
dependên ia energéti a na ional e a distribuiçãogeográ a das instalações de mi ro geraçãode
fotovoltai o, apenas para referiralguns pontos analisados. Na parte ambiental será analisado o
estadoatualdoambienteaoníveldegasesno ivoseoquetemvindoaserfeitopara ombatereste
agelo,nomeadamenteoProto olodeQuiotoeasmetasa umprir. Aparte e onómi aanalisaa
evoluçãodo ustodossistemasfotovoltai os,alegislaçãoqueregulamentaestetipodeatividade,
astarifaspagasaoprodutoreoempregogeradopelo res imentodestaatividade. Desenvolveu-se
um estudo de aso onde se al ula a rentabilidade de sistemas fotovoltai os já implementados,
atendendoadiferentesíndi ese onómi osevariáveis( ustosdeinstalaçãoparaoutilizador, usto
médio unitário do kW e produção de energia). No nal, espaço para as on lusões a er a do
trabalhoefetuadoeideiasquepodemserimplementadas/aperfeiçoadas.
Renewableenergy is any sour e of that is obtained dire tly orindire tly from natural pro esses
relatedto sunlight,heat storage abovetheground orgravitational for esand that are naturally
restored. This thesisaims to analyzeanddetermine in whi hwaythe bet ontheSun, the most
pre ious and inexhaustible sour e of energy that we know, ontributesto the restorationof the
balan e, notonly in the so io-e onomi way but also theenvironmentof our planet. This work
begins by dis ussing the dis overy of the photovoltai te hnology and its evolution in terms of
produ tionte hnologiesbut alsofuture prospe ts andreferto someofitsmain appli ations, like
streetlightingandroadsigns,forexample. The urrentstateofphotovoltai sinPortugalwillbe
analised,in threekeyve tors: energy,e onomyandenvironment. Intheenergyeld thenational
energydependen eandgeographi distributionofthemi rophotovoltai generationfa ilities,just
tomentionsomeofthepointsanalised. Relatedtotheenvironment,itwillbeanalyzedit'sa tual
stateatthelevelofharmfulgasesandwhat isbeingdoneto ombatthisproblem,theKyoto
Pro-to olandthegoalsthatneedtobefullled. Thee onomi partanalyzestheevolutionofthe ost
ofPVsystems,thelawsmadetoregulatethistypeofa tivity,thepri espaidtotheprodu ersand
employmentgrowthgeneratedbythisa tivity. The asestudypresentedanalisestheprotability
ofphotovoltai systemsalreadyimplemented,giventhedierent e onomi variables(installation
ostsfortheuser,theaverageunit ostofkWand energyprodu tion). Intheend, spa efor the
on lusionsoftheworkdoneandfutureimplementations.
Umapalavradeagrade imentoaosmeusorientadores,ProfessoresJorgeAlbertoMendesdeSousa
eSérgioMiguel RedondoFaias, pela ajuda,disponibilidade e orientaçãoao longodeste per urso
quefoi odesenvolvimentodestadissertação.
Aosmeus olegasde urso,pelo ompanheirismo,entreajudaeforça aolongodarealizaçãodeste
mestradopelasdiversashorasapósasaulasein ontáveisnsdesemanasempenhadosneste
obje-tivo.
Aosmeus olegasdetrabalho,peloapoiodado.
Aosmeusamigos,pela ompreensãoemotivaçãoquemetransmitiram.
Agradeçoaosmeus paiseirmã,porestaremsempreaomeu ladoeportudoquezeramaolongo
1 INTRODUÇO 1
1.1 Motivações . . . 1
1.2 Objetivos . . . 3
1.3 OrganizaçãodaDissertação . . . 4
2 TECNOLOGIA SOLARFOTOVOLTAICA 5 2.1 ENQUADRAMENTO HISTÓRICO . . . 5
2.2 EXPOSIÇOSOLAR . . . 6
2.2.1 Oespe trodaradiaçãosolar . . . 6
2.2.2 AIrradiân iasolar . . . 8
2.2.3 Aumentodaproduçãoenergéti aatravésdoseguimentodomovimento doSol 12 2.3 PRIMEIRAS APLICAÇÕESDOSSISTEMAS FOTOVOLTAICOS. . . 14
2.4 MATERIAISUTILIZADOS . . . 15
2.4.1 Silí iomono- ristalino . . . 17
2.4.2 Silí iopoli- ristalino . . . 17
2.4.3 Silí ioamorfo . . . 18
2.5 TECNOLOGIAS EMERGENTESE EMDESENVOLVIMENTO . . . 19
2.5.1 Filmesnos . . . 19
2.5.2 Célulasdemulti-junção . . . 20
2.5.3 Célulasde on entração . . . 21
2.6 TIPOS DESISTEMASFOTOVOLTAICOS . . . 26
2.6.1 Oequipamento . . . 26
2.6.2 Sistemasautónomos . . . 27
2.6.3 Sistemashíbridos. . . 29
2.6.4 Sistemasligadosàrede . . . 30
3 A ENERGIA FOTOVOLTAICA EMPORTUGAL 31 3.1 ANÁLISEENERGÉTICA . . . 31
3.1.1 EvoluçãodonúmerodeinstalaçõesemPortugal . . . 33
3.1.2 Evoluçãodapotên iainstaladaemPortugal. . . 35
3.1.3 Integraçãodaproduçãofotovoltai anaredeelétri ana ional . . . 36
3.2 ANÁLISEECONÓMICA . . . 37
3.2.1 Evoluçãodo ustodate nologiafotovoltai a . . . 37
3.2.2 Legislaçãoetarifas emPortugal . . . 38
3.3.1 Efeitodeestufa . . . 46
3.3.2 Causasdoefeitodeestufa . . . 47
3.3.3 Consequên ias . . . 49
3.3.4 Proto olodeQuioto . . . 51
4 AVALIAÇO ECONÓMICA DAMICRO-GERAÇOFOTOVOLTAICA 54 4.1 Universodeestudo . . . 55
4.1.1 SistemasFixos . . . 56
4.1.2 SistemasSeguidores . . . 58
4.2 Custos . . . 60
4.3 Custo médiounitáriodokW . . . 61
4.4 Produçãodeenergia . . . 63
4.5 Indi adoresE onómi os . . . 64
4.5.1 VAL . . . 64
4.5.2 TIR . . . 64
4.5.3 PR . . . 65
4.5.4 Indi adorese onómi osapli adosaoestudo de aso. . . 66
4.6 Análisee omparaçãode asosreais . . . 71
5 CONCLUSÕES E PERSPETIVASFUTURAS 77
2.1 Espe trodaradiaçãosolar(adaptadode[20℄) . . . 7
2.2 Fenómenosdaradiação[6℄ . . . 7
2.3 Poten ialdeaproveitamentofotovoltai onaEuropa[13℄ . . . 8
2.4 Irradiaçãosolaremfunçãodoazimuteedaalturasolar(kWh/
m
2
) . . . 92.5 Irradiaçãoglobalmédiasobre planosxoehorizontalein linado . . . 10
2.6 IrradiaçãototalanualeenergiaproduzidaporkW defotovoltai oinstalado[13℄ . 11 2.7 Sistemaseguidordedoiseixos. . . 12
2.8 Sistemaseguidordeumeixo[14℄ . . . 12
2.9 Comparaçãoentre produçõesdediferentessistemas (adaptadode[14℄) . . . 13
2.10 Exemplosdeutilizaçãodate nologiasolar . . . 14
2.11 Constituição deumpainelsolar . . . 15
2.12 Agrupamentode élulas . . . 15
2.13 Estruturade ristaldesilí io . . . 16
2.14 Diferentes tipos de élulasfotovoltai as . . . 18
2.15 Evoluçãodae iên iadete nologiasfotovoltai as(adaptadode[17℄) . . . 21
2.16 Con entradorparabóli o ilíndri o[1℄ . . . 22
2.17 Con entradordish olle tor [1℄ . . . 23
2.18 Torresolarde on entração[1℄ . . . 24
2.19 Diagramadeblo osdeinversorespara onexãoàrede . . . 27
2.20 Exemplosdeinversoresexistentesnomer ado . . . 27
2.21 Conguraçãodeumsistemaisoladodarede[19℄ . . . 28
2.22 Composiçãodeumsistemahíbrido . . . 29
2.23 Constituição deumsistemademi rogeração one tadoàrede[19℄ . . . 30
3.1 Primeirasapli açõesdossistemasfotovoltai osemPortugal(1992-2004) . . . 31
3.2 Dependên iaenergéti adospaísesdaUE(1998-2009)(adaptadode[23℄). . . 32
3.3 Re ursosutilizadosparaproduçãodeenergiaelétri aemPortugal(adaptadode[24℄) 33 3.4 Distribuiçãogeográ adeinstalaçõesdemi ro-geração[25℄ . . . 34
3.5 Potên iainstaladaa umuladaeminstalaçõesdemi ro-geraçãofotovoltai a . . . . 35
3.6 Potên ia omorigemnofotovoltai o onetadaàrede(adaptadode[24℄) . . . 36
3.7 Evoluçãodo ustodemódulos fotovoltai os[26℄ . . . 37
3.8 Evolução ustodesistemas fotovoltai os(adaptadode[27℄) . . . 38
3.9 EvoluçãodasTarifasapli adasàMi ro-geração(2009-2012) . . . 42
umentosNormativos . . . 43
3.12 Fluxodeempregabilidadenose torfotovoltai o(adaptadode[13℄) . . . 44
3.13 Evoluçãoda on entraçãode
CO
2
naatmosferaedatemperaturaterrestre . . . . 474.1 Custo médiodeuma mi ro-geraçãode4kW . . . 60
4.2 Custo unitárioemdiferentesinstalaçõesfotovoltai as . . . 62
4.3 Produçãodeenergiaanualdeumainstalaçãofotovoltai ade4kW . . . 63
4.4 Tendên iadoVALdasinstalaçõesfotovoltai as . . . 67
4.5 Relaçãodaproduçãodeenergiaentresistemasseguidores . . . 68
4.6 Tendên iadaTIRdasinstalaçõesfotovoltai as . . . 69
4.7 Tendên iadoPRdasinstalaçõesfotovoltai as . . . 69
4.8 Interfa edosimuladorPVGIS . . . 71
4.9 Comparaçãodasproduções-representaçãográ a( aso1) . . . 73
4.10 Comparaçãodasproduções-representaçãográ a( aso2) . . . 74
2.1 Rendimento dostiposde materiaisusadosem painéisfotovoltai os (resumoda
in-formaçãoapresentadaanteriormente). . . 18
2.2 Eletri idade provenientedeparquesCSP nototalde onsumodeeletri idade . . . 25
3.1 Produçãodeenergiapor unidadedeenergiainstalada(kWh/kW) . . . 43
3.2 MapadeemissõesdegasesCFC . . . 52
4.1 Estimativadeproduçãodeenergianumsistemafotovoltai oxo . . . 66
4.2 Remuneraçãodea ordo omDL363/2007 . . . 66
4.3 Rendimentoestimado(¿)numsistemafotovoltai oxo . . . 66
4.4 VALmédiodasinstalaçõesfotovoltai as . . . 67
4.5 TIR médiodasinstalaçõesfotovoltai as . . . 68
4.6 PRmédio dasinstalaçõesfotovoltai as . . . 69
4.7 DadosdeentradadosimuladorPVGIS . . . 72
4.8 Comparaçãodasproduçõesmensais( aso1). . . 72
4.9 Totaldeenergiaproduzidaeteóri a( aso1) . . . 72
4.10 Comparaçãodasproduçõesmensais( aso2). . . 73
4.11 Totaldeenergiaproduzidaeteóri a( aso2) . . . 74
4.12 Comparaçãodasproduçõesmensais( aso3). . . 75
Br Boro
BrAs ArsenetodeBoro
¿/kW êntimosdeEuroporkiloWatt
CdTe Cádmio-Telúrio CH
4
Metano CiGs Cobre-Índio-Gálio-Selénio CO2
DióxidodeCarbono CPV Con entradoresFotovoltai os DC Corrente ontínua DL De reto-LeiE
o
Constante SolarEPIA EuropeanPhotovoltai IndustryAsso iation
EUA EstadosUnidosdaAméri a
FER FontesEnergiaRenovável
FV FotoVoltai o
GEE GasesEfeitodeEstufa
GT GigaToneladas
GWp GigaWattpi o
I Corrente
IEA Interna ionalEnergyAgen y
INP FosforetodeÍndio
IPCO IntergovernamentalPanelonClimateChange
km Quilómetros
KNO
3
NitratodePotássiokVA QuiloVolt-Ampere
kWh/a QuiloWatt-hora/anual
MWp MegaWattpi o
N
2
O
ÓxidoNitroso NaNO3
NitratodeSódioºC GrausCentrígados
OCDE OrganisationforE onomi Co-OperationandDevelopment
P Fósforo
PIB ProdutoInternoBruto
PR PeríododeRetorno
PRE Produção RegimeEspe ial
PVGIS ProgramadeSimulaçãoparaSistemasFotovoltai os
REN RedeEnergéti aNa ional
SEI SistemaElétri oIndependente
SF
6
HexauoretodeEnxofreTIR TaxaInternadeRentabilidade
µ
m mi rómetroUSD United StatesDollars
UV Ultra-Violeta
VAL ValorA tual Líquido
W Watt
W/m
2
1.1 Motivações
Energia renovável é qualquer fonte de energia que deriva direta ou indiretamente de pro essos
naturaisrela ionados omaluzsolar,armazenamentode alornaterraoudeforçasgravita ionais
eque é onstante enaturalmente restabele ida. Casoo ritmode extraçãode uma determinada
fontede energianãoex edaoseunaturalritmode reposição,entãoum re ursoéditorenovável.
Eletri idade renovável pode ser obtida a partir do vento, sol, água , entre outras formas. A
energia proveniente do Sol é a fonte de energia mais abundante no planeta Terra. A energia
solarque atingenuma hora asuperfí ie terrestreé su iente para suportaraenergia onsumida
portodasasatividades humanas numano. Embora oseu ontributosejaresidual(representava
em 2010, segundo o relatório do IEA [1℄ apenas 0,1% da produção de energia), a energia solar
fotovoltai aapresentaumfuturo parti ularmentepromissor,tendovindooseu res imentoanual
superar uma taxa média superior a 40% desde o iní io do milénio e, segundo diversos estudos,
ontinuaráamanter esta tendên ia res ente aolongo daspróximasdé adas[1℄. Emparti ular,
o estudo Te hnology roadmap solar photovoltai energy [1℄ datado de 2010 e elaborado pelo
IEA prevê que até ao ano de 2050, a te nologiafotovoltai a forneça er a de 11%da produção
globaldeeletri idade(4PWh),oque orrespondeàte nologiadosdiasdehoje,a3Terawattsde
apa idadefotovoltai ainstaladaa umulada. Al ançarestameta exigiráumesforçopolíti oforte
eequilibradonode orrerdospróximosanosdemodoapermitiroprogressodate nologiaeauma
reduçãodos ustosdeprodução.
Estatendên ia res entenane essidadedealternativasenergéti asvaiaoen ontrodane essidade
urgentedaliberalizaçãodosmer adosdeenergia,aore onhe imentodaimportân ia daprodução
des entralizadae laro,do avançardate nologia. Existe osentimento generalizadoqueestetipo
dete nologiarepresentao aminhoaseguirpelaHumanidadenapro uradoequilíbrio limatéri o
doplanetaTerradadoque, alémde ontribuirpara reduçõessigni ativasdasemissõesdegases
omefeitodeestufaeumdesenvolvimentoso ioe onómi o,estaenergiatrazbenefí iosemtermos
desegurançadoaprovisionamentoenergéti o,tãoemvoganosdiasdehoje. Oprimordialobjetivo
destadissertaçãoprende-se omaidenti açãoe ara terizaçãodediferentesíndi es rela ionados
omoimpa todestate nologia,dopontodevistae onómi o,ambientaleenergéti o,sendo
abor-dadaaevoluçãodate nologiafotovoltai a,desdeosseusprimeirospassosatéaosdiasdehoje,as
te nologiasemergenteseofuturoqueseauguraal ançar. Édadaatençãoàspolíti asmundiaise
na ionaisquetêmvindoaserimplementadas,bem omoosbenefí iose onómi os queadvêm na
apostadeuma energialimpae inesgotável,sobretudo noProto olodeQuioto easua
eimportante, omo mundo em quevivemoster vindo asofrerbastantes alterações nosúltimos
anos. Ousoex essivode ombustíveisfósseistemvindoaalterar onsideravelmenteonosso
E os-sistemaeSo iedade. Atemperaturatemvindoaaumentarsempre edentes nasúltimasdé adas,
asestaçõesestãoasofrermudançasradi aise abea adaumdenóslutarpelonossoPlaneta. O
onstante aumentodepreços dos ombustíveisfósseistem vindoa riarummonopóliode nações
sobre nações,em queabalança pendenaturalmente para quem possuiosre ursos naturais om
queditam asleis de mer ado. Outro aspeto a ser abordado passa pela possibilidade de ligação
àredede sistemas outroraautónomos. Para ombater estes eoutros males, diversospaíses têm
vindoaadotaraproduçãodasuaprópriaenergiadeumaformaamigadoambiente,paraparar
etentarreverterosefeitosdevastadoresdaspolíti asenergéti asprati adasaolongodosúltimos
anos[4℄. Numlo altãoprivilegiado omoPortugal,ondeoSolseen ontradisponívelemgrande
quantidade durante oano inteiro, têmvindo aserdesenvolvidossistemas produtoresde energia
Propõe-se om a presente dissertação realizaruma ara terização do estado da arte da energia
fotovoltai a a nível mundial, fo ando parti ularmente a nível interno. Esta ara terização irá
debruçar-se sobre três importantes vetores: energia, e onomia e ambiente. Para a onse ução
desteobjetivo,será analisadaaevoluçãodate nologiafotovoltai aao longodosúltimosanos, as
suasprimeirasapli ações, onstituiçãoeaste nologiasemergentes. Pretende-sedara onhe eras
diferenteste nologiasutilizadasnaproduçãodeenergiaelétri aatravésdoSoleosequipamentos
ne essáriospara oefeito. Será analisada a previsãode res imento de instalações ede potên ia
instalada,será ara terizadoosistemaenergéti ona ional,bem omoosin entivos riadosparao
desenvolvimento desta te nologiadegeraçãoelétri aeemque medida estaspolíti as energéti as
surtiram efeito, no que diz respeito ao impa to que o aumento de instalações tem no parque
ele troprodutor português, na emissão de gases para a atmosfera e na e onomia, ao nível do
emprego. Complementarmente à ara terizaçãodo estadodaarte, adissertação apresentaráum
estudo de viabilidade e onómi ade diversas instalaçõesfotovoltai as, atendendo ao onjunto de
variáveisque são habitualmente ríti asneste tipo de investimento: ustos de instalação para o
utilizador, usto médiounitáriodokW, aprodução deenergiaque osistema poderá produzireo
retornoe onómi oexpe tável. Pretende-sedeterminararentabilidadedoinvestimentoatravésda
análisedosseguintes indi adorese onómi os: VAL(Valor AtualLíquido),TIR( Taxa Internade
Rentabilidade)bem omodeterminaroPR(PeríododeRetorno) do apitalinvestido. Para ada
aso,foifeitooestudoparaumsistemaxoeumsistemaseguidor,porformaatentardeterminar
Apresentedissertaçãoen ontra-sedivididaemquatro apítulosdedesenvolvimentoeum apítulo
nal,destinadoa on lusões.
O apítulo ini ialindi a os motivosque levaram adesenvolverestetrabalho eoque sepretende
atingir omaredaçãodestadissertação.
Osegundo apítulo faz umenquadramento geraldo queé ate nologiafotovoltai a,desdea sua
des oberta, as suas primeiras e prin ipais utilizações desde o seu apare imento até aos dias de
hoje, asinovaçõesdequeestaáreatemvindoaseralvoeaposiçãoprivilegiadadePortugalpara
oaproveitamentodestevaliosore ursoenergéti o omparativamenteaoutrospaísesEuropeus.
Oter eiro apítulodivide-seemtrês sub- apítulos, adaumvo a ionadoparaumaáreadistinta:
energéti a, e onómi a e ambiental, avaliando os benefí ios energéti os que advém da utilização
destate nologia,queranívelinternoqueranívelmundial.
Seráanalisadooimpa toe onómi odate nologiafotovoltai a,in idindoaanáliseparti ularmente
nos ustosenvolvidos,in entivosdadospelosgovernadores,fazendoreferên iaaosdiplomasque
fo-ramsendopubli adosaevoluçãodaremuneraçãopagaaosprodutoresdeeletri idadeeosempregos
geradospelo desenvolvimentodestate nologia.
Por último neste ter eiro apítulo, serão abordadas as alterações limáti as e de que forma a
implementaçãodate nologiafotovoltai atemdadooseu ontributoparainverteratendên iadas
últimasdé adasaestenível.
O apítuloquatrodesenvolveumestudo eanálise deum onjunto de25instalaçõesfotovoltai as
exe utadas noperíodo de tempo entre 2007 e Março de 2012. Nesta análise foram analisadas e
omparadasalgumas ara terísti asdas instalações, nomeadamente o seu usto, asua potên ia,
aenergia produzida e aremuneraçãoteóri a que se pode esperar destas instalações. Analisa-se
aevolução destas variáveis e faz-se a sua omparação entre sistemas xos esistemas seguidores
solares por forma a determinar as vantagens e desvantagens de ada uma das instalações.Para
terminarserãoanalisadasasproduçõesreaisdetrêsinstalaçõeseseráfeitauma omparação om
osseusvaloresteóri os.
O apítulo in o fazuma análise global eapresentaas on lusõesdotrabalho desenvolvido,
2.1 ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
Oefeitofotovoltai opodedenir-se omosendoaproduçãodeumadiferençadepoten ialquando
semergulham pla asmetáli asnumeletrólito eseexpõem estasàluzsolar. Oefeito fotovoltai o
propriamente ditofoiobservadopelaprimeira vez em1839pelo físi ofran êsEdmondBe querel
queveri ouque pla asde prata, quando mergulhadasnum eletrólito, produziam uma pequena
diferençadepoten ialquandoexpostasàluzsolar. Nasequên iadestades oberta,eapósdiversos
aperfeiçoamentos, em 1877, WilliamAdams eRi hardDay(alunodo primeiro)desenvolveramo
primeiro dispositivo sólido de foto-produção de eletri idade [5℄. Tratava-se de uma pelí ula de
selénio depositado num substrato de ferro, em que uma pelí ula muito na de ouro servia de
onta to frontal entre esteselementos. Este dispositivo apresentavauma e iên ia de onversão
deaproximadamente0,5%. Posteriormente,em 1883,oinvestigadorCharles Frittsdupli ouessa
e iên ia(1%), omumamisturadeduaspla asdeouro,outrometalseparadasporselénio,tendo
sidoaqui onstruídasas primeiras élulas solares. A e iên iada élula deselénio não hegavaa
1%,mas omaevolução ientí adoiní io dosé uloXX, prin ipalmente devidoàexpli açãodo
efeitofotoelétri oporAlbert Einstein em 1905,ame âni aquânti a omateoriadasbandasde
energia,físi adossemi ondutores omospro essosdepuri açãoedopagemapli adasaos
trans-missores,em1954foianun iadaaprimeira élulafotovoltai ausandosilí io( ome iên iade6%),
desenvolvidapelosinvestigadoresCalvinFuller(quími o),GeraldPearson(físi o) eDarylChapin
(engenheiro), em New Jersey, nos Estados Unidos da Améri a[5℄. Esta élula solar moderna
tinhaapenas dois entímetros quadradosde áreaegerava5mW de potên ia elétri a. Foieste o
momentoquemar ou oiní ioda eramodernada energiasolar,tendosidoformalmente
apresen-tadanareuniãoanualdaNationalA ademyofS ien es,emWashington. Noentanto,ofa todeo
ustodeproduçãorondarsensivelmenteos200USD(150¿)/Wattnaquelaépo a,fez omqueesta
te nologianão fosse onsiderada para produção de energia durante várias dé adas. No entanto,
riou-sea possibilidade de produção deenergia em lo ais distantes ondenão haviafa ilidadede
entrega de ombustíveisfósseis. No de orrerdadé ada de 1990, ointeressena áreafotovoltai a
O Sol forne e energia sob a forma de radiação, radiação essa que é a base de toda a vida na
Terra. No entrodoSol, afusãotransforma nú leosde hidrogénioem nú leos dehélio. Durante
este pro esso, parte da massa é transformada em energia. Devido à grande distân ia existente
entre o Sol eaTerra, apenas uma mínima parte (aproximadamente duas partes por milhão) da
radiaçãosolaremitidaatingeasuperfí iedaTerra. Estaradiaçãoéequivalenteaumaquantidade
deenergiade1x
10
18
kWh/ano. Estaquantidadedeenergiasolarqueatingeasuperfí iedaTerra
orresponde,aproximadamente,adezmilvezesàpro uraglobaldeenergia. Poroutraspalavras,
teríamosapenas deaproveitar0,01% desta energiaparasatisfazerapro ura energéti atotal da
humanidade[7℄.
Desta forma, aintensidadeda radiaçãosolar forada atmosfera,é variável onsoante adistân ia
entre oSol e aTerra. Durante o de orrerdo ano,pode variar entre 1,47x
10
8
km e 1,52 x
10
8
km. Devido a estavariação fa to, a irradiân iapode ter valoresa variarde 1365
W/m
2
e1412
W/m
2
[8℄ . O valor médio é designado por onstante solar
E
0
= 1.367W/m
2
, om o qual é
possível determinar(entre outros parâmetros),aradiação quein ide na superfí ieterrestre num
determinadomomento.
2.2.1 O espe troda radiação solar
Aradiaçãopodeserdenida omoumaformadetransferên iade aloremqueaenergiaé
trans-ferida de um orpo para outro sem que o espaçoentre ambosseja aque ido de igualforma. A
energiaradiantesolarper orreoespaçosobaformadeondaseletromagnéti aseaque ea
super-fí ieterrestre sem ausar umaumento signi ativodatemperaturado ar[9℄. A radiaçãosolar é
onstituídaporumespe tro onstituídoporfrequên iasvariáveis,quevãodesdeosinfravermelhos
atéàsaltasfrequên ias(raiosultravioletas). Convémreferirque99%daenergiaradiada pelo sol
tem omprimentosdeonda ompreendidosentre0,280
µm
e0,496µm
(UV),querepresentauma par ela relativamente pequena do espe tro eletromagnéti o, omo se pode ver pela Figura 2.1,Dototaldestaenergia,umaquantidade onsiderávelnão hegaaatingirasuperfí iedaTerra,
devidoadiversosfenómenos,denominadosporreexãoeatenuação. Aatenuaçãoéresultante da
pressãoexer ida pela amada do ozonoe pela absorção de raios infravermelhospelas molé ulas
de
H
2
O, O
2
eCO
2
daatmosfera. Devidoaosfenómenosdes ritosanteriormente,aradiaçãoque hegaàsuperfí iedaTerraé ompostaporduas omponentesapenas,aradiaçãodiretaearadiaçãodifusa. Aopassaremnaatmosferaosraiossolaressãoemgrandeparteabsorvidos,peloqueapenas
metadedaradiaçãosolarque hegaàatmosferaatingeefetivamenteasuperfí ieterrestre. AFigura
2.2demonstraosfenómenoso orridosdaradiaçãosolarantesdasua hegadaàsuperfí ieterrestre
[11℄:
Airradiân iasolarvariadea ordo omoângulodein idên iadosraiossolares.Oânguloformado
entre ozenite lo ale os raiossolaresin identes nasuperfí ieterrestre, édenominado porângulo
zenital. Quantomaiorforoângulodein idên ia,menorairradiân iasolar. Oníveldeirradiân ia
naTerraédeaproximadamente1000
W/m
2
omboas ondições limatéri as,independentemente
dalo alização. Aoadi ionaraquantidadetotaldaradiaçãosolarquein idenasuperfí ieterrestre
durante o período de um ano, obtém-se a irradiação global anual, medida em
kW h/m
2
. Esta
parâmetrovariadeummodosigni ativo omasregiões,eviden iandoaFigura2.3,apresentada
deseguida,asituaçãonaEuropa[12℄.
Figura2.3: Poten ialdeaproveitamentofotovoltai onaEuropa[13℄
A irradiaçãosolar, em regiõessituadas perto doEquador, ex ede os2300
kW h/m
2
porano,ao
passoquenosul daEuropaestevalor nãoultrapassaos2000
kW h/m
2
. EmPortugal,estevalor
situa-seentre os 1300 (anorte) eos 1800
kW h/m
2
(a sul) sendonotáveisasdiferençassazonais
existentes por toda aEuropa, fazendo de Portugal um país privilegiado para o aproveitamento
deste re urso, dado que, a título exempli ativo, a Alemanha, atualmente o país mundial om
maiorpotên iainstaladaemsistemasfotovoltai os,apresentavaloresarondaros1400
kW h/m
2
,
laramente inferioresaPortugal[13℄.
A radiação solar é sempre superior numa área que se estende perpendi ularmente em relação
aosraios solares, doque numa áreahorizontal dasmesmas dimensões. Dadoque oazimutee a
A orientação ótima de um painel xo não é óbvia, existindo diversos fatores a ter em onta.
Na práti a re omenda-se que sejam orientados de modo a que a sua parte frontal que virada
paraoSulgeográ o (ouNorte, quandonohemisfério Sul). QuandooSol al ançaopontomais
alto da sua trajetória (meio dia), a sua posição oin ide om o Sul geográ o. Para onseguir
ummelhor aproveitamento da radiação solar in idente, os módulos deverãoestar in linados em
relaçãoaoplano horizontal num ângulo quevariará omalatitudedo lo al dainstalação, sendo
re omendada,emPortugal,aadoçãodosseguintesângulosdein linação:
Inverno: Latitudedolo al +15º
Verão: Latitudedolo al-15º
Esteéoângulodein linaçãoquegeralmentemaximizaaradiaçãosolarnoplanoemqueospainéis
fotovoltai os se en ontram instalados em função da estação do ano. Por norma, os painéis são
instaladossegundoain linaçãodeVerão,dadoseroVerãoaestaçãodoanoquemelhorrentabiliza
ainstalaçãofotovoltai a devidoaomaiornúmerodehorasdeexposiçãosolareàfra ao orrên ia
denuvens.
AFigura2.4representaumestudolevadoa aboquerepresentaairradiaçãosolaranualin idente
numaáreadeummetroquadrado,emfunçãodoazimuteedain linaçãosolar.
Figura2.4: Irradiaçãosolaremfunçãodoazimuteedaalturasolar(kWh/
m
2
)
As diferentes orientações dadas à instalação solar resultam em diferentes níveis de irradiação.
EmPortugal,a orientaçãoótima deuma instalação éna direçãoSul, om umângulo de 30ºde
in linação. Neste aso,oníveldeirradiaçãoéquinzepor entosuperiorrelativamenteaumaárea
horizontal(ângulodein linação=0º).
A onstruçãodeinstalaçõessolaresemtelhadosin linados, omorientaçõesdiferentes daposição
denida omo ótima,traduz-se numa menor produção de energia devido à reduçãoda radiação
queaorientaçãovarie aindamaisdaposição ótimapodem igualmente serexplorados,masnesta
situaçãoamenorirradiaçãodeverásertidaem onta. Autilizaçãodasfa hadasparaaintegração
dete nologiassolares(ângulodein linação=90°)impli aumaproduçãodeenergiamenor,devido
àreduçãosigni ativadairradiação. Neste aso,aboavisibilidadedainstalaçãosolar(oproveito
daimagem),aspetosdedesign,entreoutrosfatores,têmumpapelvitalparaade isãonalsobre
a onstruçãodafa hada omestematerial.
Pela análise da Figura 2.4 é possível veri ar que à medida que o ângulo de azimute aumenta
omuma in linação onstante aradiaçãoanualtotaldiminui. Duranteointervalo[-90º;+90º℄de
ângulodeazimute(orientaçãoNas enteePoente),aradiaçãototalmáximadiminuisensivelmente
20%para ângulosde in linaçãomaisbaixos. Poroutrolado, omângulos dein linaçãomaiores,
essa redução é mais signi ativa, hegando mesmo a uma redução para metade em superfí ies
naverti al. Paraângulos deazimutesuperioresa90º,essareduçãotorna-se adavezmaior om
perdasapoderematingiros50% omparativamenteàradiaçãomáxima. Parasuperfí iesorientadas
aNorteenaverti al, omojávistasanteriormente,aradiaçãototalsofreumareduçãode70%,o
querevela umafortequebraem termosdeprodução.
Utilizandoosdados disponíveis em [13℄ e re orrendoa estudos feitos em [7℄, apresenta-se de
se-guidaaFigura2.5,querepresentaosvaloresmédiosmensaisdairradiaçãoobtidaemplanos om
in linaçãonula,pertodaótima (30º)e omumain linaçãode60ºnazonadeLisboa.
Figura2.5: Irradiaçãoglobalmédiasobreplanosxoehorizontalein linado
InterpretandoosdadosdaFigura2.5e omparandoosvaloresdeirradiân ia,veri a-sequeé om
um plano xo om in linação de 30º, que se onsegue a maximização deste valor, 8% superior
Figura2.6: IrradiaçãototalanualeenergiaproduzidaporkWdefotovoltai oinstalado[13℄
Na Figura 2.6 apresenta-seo aso on reto dePortugal Continental,nos asosde disposição
horizontal (Figura 2.6a) e para um plano otimamente in linado (Figura 2.6b). Analisando as
Figuras anteriores, veri amos que aradiação global in idente numa superfí ie horizontal varia
entre os
1400kW h/m
2
eos
1800kW h/m
2
. Poroutrolado,utilizandouma superfí ieotimamente
in linada,osvaloresin identespodem variarentre
1750kW h/m
2
eos
2050kW h/m
2
Casoumsistema sigaaposiçãodoSol, aenergiaproduzida serámaior. Nosdias omummaior
índi ederadiação,emqueexisteuma grandeproporçãoderadiaçãodireta, épossívelobterem-se
ganhosrelativamenteelevadosderadiaçãoatravésdestetipodesistema.NoVerão,nãosóosganhos
absolutossãomuitosuperioresdoquenoInverno, omotambém aproporçãodedias nublados é
signi ativamenteinferior. Emdiassemnuvens,estesganhospodematingir até50%nestaépo a
(Verão)e300%noInverno,quando omparados omosganhosdesistemasfotovoltai os omuma
áreade aptaçãohorizontal [5℄. A maiorparte do aumento da produção de energia, devido ao
movimento do equipamento que permiteseguiradeslo ação doSol, é obtidano Verão. Há dois
tiposdedispositivos,quepermitemomovimentodosequipamentosdea ordo omadeslo açãodo
sol: osquetêmdois eixoseosdeapenas umeixo. Osme anismos omdoiseixos, representados
naFigura2.7,fun ionam sobre oplanoverti al (entre -120ºe+ 120º)eoplano horizontal(60º)
[14℄.
Figura2.7: Sistemaseguidordedoiseixos
Dadoque osme anismos de dois eixos são muito mais omplexos (e dispendiosos) do ponto de
vistaté ni o omparativamenteaossistemasdeumeixo,sãomuitasvezespreteridosafavordestes
últimos.
Ossistemas de seguimento solar de um úni o eixo (também designado porseguidor mono axial
horizontal)operamsobreoeixohorizontal(entre agamados-45ºe+45º).
umsistemaseguidordeumeixo. Emtermosdee iên ia,no asodaEuropaCentral,ossistemas
fotovoltai os om dispositivos de dois eixos podem obter um aumento de produção adi ional de
até 35%, omparativamente a sistemas xos. Nos dispositivos de um eixo, este possível ganho,
teóri o, queda-se pelos 30% [14℄. A Figura apresentada de seguida representa as diferençasem
termosde produção aolongo deum dia(Verão),dos diferentes tiposde sistema de produçãode
energiafotovoltai a.
Figura2.9: Comparaçãoentre produçõesdediferentes sistemas(adaptadode[14℄)
Contudo,ousodesistemasseguidoressolaresimpli a uma usto maiselevado. Este tiposde
sis-temasrequeremummastroverti alregulável,queterádeser apazderesistiràsgrandespressões
dovento. Podevirequipado omumsistemade ontroloelétri o,ousermovidoatravésdemeios
hidráuli os. O fa to de ser ne essário asua alimentação, reduz em parte a e iên ia energéti a
globaldosistema. Ossistemashidráuli ossãobaseadosnoprin ípiodeaque imentodelíquidose
nasdiferençasresultantesdepressão. Casoome anismodeixedefun ionar,osistemafotovoltai o
pode arimobilizadonumaposiçãodesfavorável,oque onduzaumadiminuição onsiderávelda
radiação aptadaduranteoperíodo deimobilização. Regrageral, oa rés imodeprodução
ener-géti adossistemas fotovoltai os omestetipode te nologianão ompensaomaiorinvestimento
ini ialque resulta dome anismoem ausa (a determinaçãoda vera idadedestaarmaçãoé um
dos objetivos desta dissertação). No entanto, o mer ado tem vindo a adaptar e existe já uma
amplagamadesistemasseguidores omumeixo, ompreçosmaisreduzidos, ujo usto/benefí io
Oselénio teveasuagrandeprimeiraapli açãonosnaisdosé uloXIX,nãodevidoàsua
propri-edadefotovoltai a,masàsuapropriedadefoto- ondutora ( orrente produzida serpropor ionalà
radiaçãoin identeedependente do omprimentodeonda),oquepermitiamediraintensidadeda
luzem fotograa. Esta ideia partiu doengenheiro alemãoWerner Siemens queos omer ializou
omofotómetro paramáquinas fotográ as. Outra grandeapli ação deu-senas dé adasde 50 e
60, oma expansão espa ial. A ne essidade de uma fonte de energia inesgotávelfez om que se
apostassenesta te nologiaparaalimentaçãodos satélites[5℄. Estate nologia ontudo, apesarde
ara,eramuitoleve,edispensavaousodebateriaspesadasparaaalimentaçãodestessistemas. A
indústriaespa ialaliás,é onsideradaagranderesponsávelpelodesenvolvimentodestate nologia.
Estate nologiafoitambémutilizadaemsistemasindependentes omomeiodeforne imentode
ele-tri idadealo alidadesruraisremotas,emequipamentosdebombagemparairrigaçãoagrí ola,eem
sistemasdetele omuni açõesque,devidoàdistân iadosgrandes entrospopula ionais/di uldade
dea essoaimplementaçãodeumsistemaautónomoeravitalee onomi amentemaisviáveldoque
aligaçãoaosistema elétri otradi ional. Nosdiasdehoje, máquinas al uladoras,relógios,sinais
detrânsitoe parquímetros,são apli açõesnasquaisossistemasfotovoltai ossão implementados
emmassa,emqueobaixo onsumodeenergianãoobrigaàinstalaçãodepainéissolaresdeelevada
dimensão.
As élulasfotovoltai assão onstituídasporummaterialsemi ondutorosilí ioaoqualsão
adi- ionadassubstân ias,ditasdopantes,porformaaser riadoummeioadequadoaoestabele imento
doefeitofotovoltai o. Uma élulafotovoltai atemumapotên iaelétri adeaproximadamente1,5
W( orrespondentesaumatensãode0,5Veuma orrentede3A).Paraaobtençãodepotên ias
maiores, élulas são asso iadas em série e/ou em paralelo, formando assim painéis fotovoltai os
ompotên iasdiversi adaspotên ias(variandotipi amenteentre180e240W)[7℄. Como forma
de proteção são olo ados díodos de bypass 1
por forma a evitar o sobreaque imento de élulas
quandopartedomóduloseen ontraàsombra. O onjuntode élulasé olo adaentreuma
super-fí iede vidroediversas amadasdematerial plásti osendosubmetidas aelevadastemperaturas
edepressõespor forma a tornar o onjunto estanque. Após isto,são montadas numa estrutura
metáli a(normalmentedealumínio).
Figura2.11: Constituiçãodeumpainelsolar
AFigura2.12érepresentativade omoas élulaspodem serasso iadasporformaaaumentar
apotên iadesaídadea ordo omodesejado.
Figura2.12: Agrupamento de élulas
Uma élula fotovoltai a onstituídapor ristaisde silí iopuronãoseria apazdeproduz energia
elétri a. Para haver orrente elétri aé ne essário a riação de um ampo elétri o, isto é, uma
diferençadepoten ialentreduaszonasda élula(oquelevaàne essidadedealterara omposição
deuma éluladesilí iopuro)adopagemdosilí io.
1
Este pro esso onsiste na introdução de elementos estranhos om o objetivode alterar as suas
propriedadeselétri as, riando desteformaduas amadasna élula: a amadatipopea amada
tipon, que possuem,respetivamente,umex esso de argas positivas(p) eumex esso de argas
negativas(n). Paraa riaçãodaregiãodotipoputiliza-seoelementoboro(Br). Umátomodeboro
formaquatroligações ovalentes omquatroátomosvizinhosdesilí io,mas omosóapenaspossui
trêseletrõesnasuabanda devalên ia, existeuma ligaçãolivre,apenas omumeletrão aopasso
queasrestantestrês ligaçõespossuemdois eletrões. Aausên ia desteeletrão é onsideradauma
la una,aqualtem um omportamento de arga positivaqueviajaatravésdomaterial. Arazão
entreátomosdeboroeátomosdesilí ioénormalmentedaordemde1para10milhões[15℄. Para
riararegiãon, ofósforo(P)éo ompostoutilizado. Umátomodefósforotem in oeletrõesna
suabandadevalên ia,peloque riaquatroligações ovalentes omosátomosdesilí ioedeixaum
eletrãolivre,quetal omooeletrãolivredeboro,viajaatravésdomaterial. Arazãoentreátomosde
fósforoedesilí ioéalgo omo1para1000. Aregiãoondeosdoismateriaisseen ontram,
designa-se junção p-n, riando-se um ampo elétri oque separa osportadores de arga que a atingem.
Estasjunçõesp-nlevamaum omportamentofotovoltai o ommelhordesempenhoqueasini iais
barreirasde S hottky. Noiní io do desenvolvimento desta te nologia (em1954), uma junção
p-n de sulfureto de ádmio foi produzida om uma e iên ia de 6%, e nos anos seguintes foram
desenvolvidasoutras te nologias de junções p-n, om arsénio de gálio, fosfato de índio e telúrio
de ádmio,materialinteressanteporapresentarumaelevadaabsorção,empressuposiçõesteóri as
de um rendimento superior relativamente à junção p-n de silí io. Contudo, o silí io manteve-se
omo omaterial fotovoltai o maisutilizado edifundido, bene iando dasevoluçõeste nológi as
da indústria mi roele tróni a porém, a investigação e o desenvolvimento de estratégias para a
onstruçãodenovosmatériasedeequipamentosfotovoltai os omum ustomenorenosexistentes,
paraaumentarasuae iên iatêmvindoaserexplorados. Entreasinovaçõesdereduçãode ustos,
referem-seosilí iopoli- ristalino,osilí ioamorfobem omo ondutoresorgâni os. Emtermosde
radiação)bem omovariaçõesdestaúltima. Apesardeemtermospráti osnãonosen ontrarmos
afazerusufrutodestes avanços te nológi os,o onhe imento nesta iên ia tem vindoamelhorar
dediaparadia.
2.4.1 Silí io mono- ristalino
Osilí iomono- ristalinoéomaterialmaisusadona omposiçãodas élulasfotovoltai as,tendouma
otademer adodeaproximadamente60%. Auniformidadedaestruturamole ularresultante da
utilizaçãode um ristalúni oéidealpara poten iaroefeito fotovoltai o. Orendimento máximo
atingido em laboratório ronda os 24%, porém apenas se obtém er a de 15% em ondições de
exterior[5℄. O ustode produçãodesilí io ristalinoémuitoelevado. Em2007,naUniversidade
de Delaware, Estados Unidos, foi batido o re orde de e iên ia energéti a das élulas solares
ristalinas, tendo-se atingindo um rendimento de 42,8% na onversão sob ondições normaisde
iluminação[5℄.
2.4.2 Silí io poli- ristalino
Osilí iopoli- ristalinoé ompostoporumnúmeromuitoelevadodepequenos ristaisdaespessura
deum abelo humano, dispõe deuma quotade mer ado de er a de 30%. As des ontinuidades
daestrutura mole ular di ultamo movimento de eletrões een orajam a re ombinação om os
bura os, oque reduz apotên ia de saída. Poreste motivo osrendimentos em laboratório eem
utilizaçãopráti a não ex edem os18%e 12%,respetivamente. Em ontrapartida, opro essode
O silí io amorfo não tem estrutura ristalina apresentando defeitos estruturais que, em teoria,
impediriam a suautilização em élulas fotovoltai as, uma vez que aqueles defeitos poten iavam
a re ombinação dos pares de eletrões-bura o 2
. No entanto, se ao silí io amorfo for adi ionada
umapequena quantidadede hidrogénio,porumpro esso hamadohidrogenização,osátomosde
hidrogéniosãore ombinadosquimi amentedeformaaminimizarosefeitosnegativosdosdefeitos
estruturais. Osilí ioamorfoabsorvearadiaçãosolardeumamaneiramuitomaise ientedoqueo
silí io ristalino,peloqueépossíveldepositarumanapelí uladesilí ioamorfosobreumsubstrato
(metal, vidro, plásti o). Este pro essode fabri o é ainda mais barato do que o do silí io
poli- ristalino. Os equipamentos solaresdomésti os ( al uladoras, relógios) são habitualmente feitos
om élulas desilí ioamorfo, representando er a de 4%do mer ado. Emlaboratórioépossível
obterrendimentosdaordem de13%,mas aspropriedades onversorasdo materialdeterioram-se
emutilizaçãopráti a,pelo queosrendimentosdes empara er ade6%.
Figura2.14: Diferentestiposde élulasfotovoltai as
NaFigura2.14 apresenta-se,maisà esquerdauma élula desilí io amorfo,ao entrouma élula
desilí iomulti ristalinoeàdireitauma éluladesilí iopoli ristalino. Natabela2.1 ondensa-se
ainformaçãoa imamen ionada.
Te nologia
η
c´
elula−lab
η
m´
odulo−lab
η
comercial
Cota
mercado
Silí iomono- ristalino 24,7% 22,7% 13%~ 17% 60%Silí iopoli- ristalino 19,8% 18% 11%~ 14% 30%
Silí ioAmorfo 12,7% 13% 5%~ 8% 4%
Tabela 2.1: Rendimentodostiposdemateriaisusadosempainéisfotovoltai os(resumoda
infor-maçãoapresentadaanteriormente)
2
Asdenominadaste nologiasfotovoltai asde1ªgeraçãosãomaioritariamente ompostaspor élulas
de silí io ristalino que se podem en ontrar no mer ado através de módulos mono- ristalinos e
multi- ristalinos,ambos obtidosatravésdo ortedeumlingotedesilí io,puronoprimeiro asoe
umamistura ommúltiplos ristaisnosegundo.
A omunidade ientí a tem vindo a investigar e a desenvolver a utilização de outro tipo de
ompostos no fabri o de élulas FV que não o silí io, mantendo o prin ípio de fun ionamento
semelhanteporémsemgrandessu essos omer iaisatéàdata.
Exemplosdissosãoas élulas ompostasporArsenetodeGálio(GaAs)eFosforetodeÍndio(InP)
emquese onsegueme iên iassuperioresa35%[37℄.Asprin ipaisdesvantagensdestesmateriais
residemnasuaes asseze ustoelevado,oquetem ontribuídoparaqueestas élulassejamapenas
utilizadasemprojetosespa iais.
Deigualmodo,têmvindoaserimplementadosemdiversoslo ais,osdenominadosCPV
( on en-tradosfotovoltai os),que onsistemnãomaisdoqueumsistemaóti o omlentesdeFresnel 3
,que
podem atingiratéos25%derendimentona onversão[37℄.
2.5.1 Filmesnos
Módulos fotovoltai os de lmes nos ompostos por Telúrio de Cádmio (CdTe) e
Cobre-Índio-Gálio-Selénio(Cu(In,Ga)Se2),vulgarmente designadoporCIGStêm opoten ial paraal ançar o
tãofamigerado ompromissobaixo usto/elevadae iên ianaproduçãodeeletri idadeatravésde
sistemasfotovoltai os. Estasduaste nologiaspartilhamdeuma omposiçãoestruturalidênti a,ao
nívelda amadadejunção,dabasedeeletrõesentreoutraspropriedades. Aintegraçãomonolíti a 4
dos ir uitosdas élulassolarespode onduzirareduçãode ustosdeprodução omparativamente
aos ustosdeproduçãodesilí io ristalino. Paraquese onsigaal ançaropoten ialalongoprazo
destasduaste nologiaséne essárioqueseinvistanainvestigaçãoedesenvolvimentoporformaa
seremen ontradassoluçõesparaoal an edoobjetivopretendido.
Apesar de apresentarem já algumaabilidade, ainda restam problemas para resolver, tais omo
adegradaçãodevido àexposição aos elementos naturais eo estudo da melhorforma para oseu
en apsulamento.Relativamente a rendimentos, as élulas CIGS apresentam já uma e iên ia de
aproximadamente19,5%equando onjugadasemmódulosultrapassamos13%. Embora
apresen-temresultadosinferiores,as élulasdeCdTeatingemjáe iên iasde16,5%e10%quandoisoladas
einseridasemmódulos, respetivamente[37℄.
3
Homenagemao ientistaque riouumalentelisadeumladoe omanéis on êntri osdooutroquedire ionam
aluzparaumdeterminadolo al
4
Pro esso,extremamente omplexo,quevisaimplementaratotalidadedeumoumais ir uitosnumaúni apeça
As élulas fotovoltai as multi-junção são uma sub lasse de élulas fotovoltai as onstituídas por
múltiplas amadasdepelí ulasnasproduzidasporumpro essodeepitaxia 5
.
Cadatipode semi ondutor possuiuma banda de energiaespe í a , ou omo sedesigna em
in-glês,bandgap 6
,quelhepermiteabsorver,deummodomaise iente,partedoespe trodaradiação
eletromagnéti a. Comotal,osmateriaispresentesnestegénerode élulassão riteriosamente
es o-lhidosporformaa aptaremaenergiadatotalidadedaamplitudedetodooespe tro,produzindo
assimumamaiorquantidademaiselevadade orrenteelétri a.Asdiferentes amadasen ontram-se
ligadasem série, estando omaterial om aband gap mais elevada notopo. Opro essoé
rela-tivamente simples: osfotõesa ima daband gap daprimeira junçãosãoabsorvidosnaprimeira
amada,enquanto os restantes vãopassando para as amadasinferiores, ondesão absorvidosde
a ordo omasuabandgap eassimsu essivamenteatéseremtotalmenteabsorvidos.
Este tipode élulas atingemjá rendimentos de onversãodeenergiasolar emenergiaelétri ade
aproximadamente38%[16℄.
Re entemente (2011),investigadoresdoDepartamento deEnergia dosEUA,mais on retamente
doLaboratórioNa ionalLawren eBerkeleyanun iaramter desenvolvidoum pro essode riação
de élulasdealtae iên iademulti-junçãoatravésdeumúni omaterialsemi ondutor. Estenovo
omposto,umamisturadeíndioegálio,apresentaavantagemdepodersermodi adoporforma
asersensíveladiferentes omprimentos deonda. Outravantagemresidenofa tode o omposto
seen ontrar disposto numa úni a amada. O novomaterial onverte fotõesde alta energiaem
eletri idade, sem desperdiçar a sua energia sob a forma de alor, onvertendo de igual modo
osfotõesde baixa energiaemenergia, que ommateriais diferentes nãoseriam absorvidos. Este
pro essoérevolu ionáriopoispermiteomesmoresultadodoquenas élulassolaresdemulti-junção
utilizandoapenasuma amada. Nomdetudo,omaisimpressionantenare entedes obertanãoé
somenteofa todeestate nologiaapresentare iên iasdeaté50%( ontraos15%daste nologias
maisdifundidasno mer ado)massimapossibilidadede queanova élula poderá serproduzida
utilizandoaslinhasdeproduçãojáexistentesdosrestantessemi ondutores[17℄.
A Figura 2.15, a seguirapresentada demonstra a evolução sofrida na e iên ia da onversãode
energiasolaremenergiaelétri adealgumaste nologiasfotovoltai asdesdeoanode1975e2005.
5
Do grego epi,"a ima" etaxis,"de maneiraordenada". Refere-se aopro essodedeposição deuma pelí ula
mono ristalinasobreumsubstratomono ristalino omamesmaorientação.
6
Veri a-se que as té ni as de multi-junção apresentam valores de e iên ia de onversão muito
superiores às restantes te nologias,pese embora esta setenha onseguidodesta ar dasrestantes
te nologiasa partirdo ini io dadé ada de 90. Apenas aste nologias ditastradi ionais, omo
osilí iomonoepoli ristalino, apresentamo2º melhorrendimento omo apresentadonaFigura
2.15.
2.5.3 Célulasde on entração
Con entradoresSolares,Con entratingSolar Power(CSP),é omoévulgarmente onhe ida esta
te nologia. Esta te nologiagera energia elétri a om reduzidasemissões de gases om efeito de
estufa. Ao ontrário dostradi ionais sistemas fotovoltai os, estes sistemas de on entração têm
apa idadedearmazenarenergia( alorí a)porum urtoperíododetempo,oquepermiteuma
produçãode energiaelétri adesfasadano tempo emrelaçãoàsua aptação. Étambém possível
utilizarsistemasauxiliares energiapor foramaproduzirenergiaaté quandonãoexista luzsolar,
oque permite oforne imento edespa ho deenergia para aredequando ne essário. Porestas e
poroutras ara terísti asate nologiaCSPévista omoumate nologiapromissoraparatodasas
regiões. Dadoassuas ara terísti asévista omo umate nologiaquepermiteintegrarnasredes
energéti asdiversostiposde energiarenovável,tal omosolaroueóli a,sendoenumeradosalguns
rabóli os. A suaformaé ilíndri aediferen ia-sedos on entradoresplanospela parti ularidade
de on entrararadiaçãoin identeantesdeesta hegaraotubodeabsorção. Um on entrador
pa-rabóli o ilíndri oé onstituído porumasuperfí ieespelhadaen urvadadeformaparabóli a uja
funçãoé on entrarosraiossolaresin identesnumtubodeabsorção. Nestetubo ir ulaouído,
aque idopor onve çãonatural queapósatravessarotubodeabsorção éen aminhadopara um
permutadorde alor,quepermitetro asde alorentreouídoeáguaqueseen ontraarmazenada
numtanque dearmazenamentotérmi o. Apresenta omo desvantagensum baixorendimento na
onversãoda energia solar em energia elétri ae é difí il a oplarsistemas de armazenamento de
energiaaestetipodesistemas. Poragora,amaiorlimitaçãodestesequipamentosprende-se om
ofa todeapenas onseguir aptarradiaçãodiretaoque,ao ontráriodosrestantes oletores,não
permitefazerusodaradiaçãodifusa.
Deformaaminimizarain apa idadede aptarradiaçãodifusa,éin luídoneste equipamento um
sistemaquepermitevariaraposiçãodopainel onsoantealo alizaçãodofontesolar,aumentando
aperforman edo on entrador[1℄.
similar a um grande satélite, sendo onstituído por uma superfí ie parabóli a, geralmente em
alumínioou prata, que reete a radiação in idente para uma outra superfí ie de absorçãomais
pequena,aquesedáonomedeFo us,devidoàsualo alizaçãonopontofo al.Avantagemdestas
superfí ies reetorasprende-se omoseubaixo usto, fá il limpezae umadurabilidadebastante
a eitável.
AmaioriadestessistemaspossuemummotorindependentedotipoStirling 7
nopontodefo agem
olo ado normalmente na superfí ie de absorção por trás do ponto fo al para reduzir, em erta
parte,aradiaçãoin idente.
Ore etor térmi opode serformadoporuma série de tubos om líquidos refrigerantes, sendoos
mais usuais hidrogénio ou hélio. Estes tanto podem ser o meio de transferên ia de alor omo
podem tambémserouídoqueforne etrabalho paraummotor. Estes oletorestêmumarazão
de on entraçãomuitoelevada,tendoporisso, omparativamenteàsoutraste nologiasdestetipo,
asmaiorese iên iasna onversãodeenergiasolaremenergiatérmi aouatémesmo emenergia
elétri a. É umsistema de elevada e iên ia, autónomoehíbrido(pode fun ionara energiasolar
ouatravés ombustíveisfósseis)eé ara terizadoporumae iên iade onversãodeenergiasolar
emeletri idadede er ade30%,umadasmaiselevadasutilizandoestaté ni adeaproveitamento
dere ursosrenováveis.
Em termos de impa tos ambientais, nomeadamente para sistemas de produção de eletri idade,
estessãomuitoreduzidos,mesmoquandoosmotoresfun ionam om ombustívelfóssil. Aemissão
depoluenteséreduzidabem omooruídoprovo adopelomovimento dosmotores[1℄.
Figura2.17: Con entradordish olle tor [1℄
7
Criadopelopastores o êsRobertStirlingem1816 omoobjetivodesubstituiçãodomotoravaporemfunção
dadébilte nologia metalúrgi adas aldeiras. Cara teriza-se por um i lotermodinâmi o ompostode4 fasese
exe utadoem2temposdo pistão: ompressãoisotérmi a(temperatura
c
te
), aque imentoiso óri o (volume
c
te
),
gerarpotên iaelétri aatravésdeluzsolar, aqualéfo adanumpermutadorde alor(re etorde
radiação)montadonotopodesta. Estessistemassão onstituídospor entenaseporvezesmilhares
dereetores/helióstatos, ujonometé ni oéhelióstato, ujafunçãoéreetiraluzin identepara
apla a de absorção a qual atinge temperaturas que variam entre os 500ºC e os1500ºC. Estas
apli açõessãoextremamenteviáveisquandosãone essáriaspotên iasnaordemdos30a400MW.
Estes on entradores podem utilizar omo uido refrigerante a água e sal fundido líquido. A
diferençae onsequentevantagementreasduasopçõesexistentesatéaomomentodeve-seaofa to
de se poder armazenar alorde modo a prevenir os períodos de éu nublado e os períodos não
solaresaquandodautilização dosalfundido dadoqueé onstituído por60%de
N aN O
3
(nitrato desódio)e40%deKN O
3
(nitratodepotássio) ujatemperaturadefusãoéde700ºCeseen ontra numestadodelíquidosaturadoaumatemperaturade1000ºC.Consequentemente,este éarmazenadoatéserne essáriaproduçãodeenergiaelétri a. Neste aso
osalaque ido élevadopara umsistema degeraçãodevaporqueproduzvaporsobreaque ido,o
qualiráalimentarumaturbina/geradorparaproduçãodeeletri idade-Ci lo deRankine.
Figura2.18: Torresolarde on entração[1℄
Aimportân iadadaaestate nologiaétãoevidentequesãojáelaboradosrelatórios omprojeções
Austrália,ÁsiaCentral,Chile,Méxi o,Áfri a,EUA 5% 12% 30% 40%
EstadosUnidos(remanes ente) 3% 6% 15% 20%
Europa(maioritariamenteimportador),Turquia 3% 6% 10% 15%
Áfri a(remanes ente),Argentina,Brasil 1% 5% 8% 15%
China,Rússia(importação) 0,5% 1,5% 3% 4%
Tabela 2.2: Eletri idade provenientedeparquesCSPnototalde onsumodeeletri idade
A tabela anterior é reveladorada esperança quese depositanesta te nologia omo uma
alter-nativa viável aos ombustíveis fosseisbem omo uma feroz on orrente aos tradi ionaissistemas
Opresente apítulo pretendedara onhe er asdiferentes onguraçõespossíveisde sistemas
fo-tovoltai os: isolados, híbridoseligados àrede. Como men ionadoneste do umento, osprimeiros
sistemasaseremutilizadosforamosisolados. Comoaperfeiçoamentodate nologiaedepolíti as
adotadaspelas entidadesgovernamentais, omeçaramasurgirosprimeirossistemas one tadosà
redeesistemashíbridos.
2.6.1 O equipamento
Painel Solar Os módulos podem ser ligados em série ou em paralelo. Ligando em série, a
onexãoé realizada ligandoopólo positivode um módulo ao pólo negativodo seguinte e assim
su essivamente. A orrentetotaldo onjuntoéigualà orrentedeummódulo,porématensãodo
onjuntoéigualàsomadatensãode adaumdosmódulosdo onjunto:
I
total
= I
1
= I
2
= ... = I
n
V
total
= V
1
+ V
2
+ ... + V
n
Poroutro lado,naligaçãoem paralelo, aligação dosmódulos éefetuada ligandoopólopositivo
de um módulo om o positivo do módulo seguinte e a saída é feita ligandoo pólo positivo e o
negativodo último modo do onjunto emparalelo. A orrente totaldo onjunto éigual àsoma
das orrentesdetodososmódulosinterligadoseatensãodo onjuntoéigualàtensãode adaum
dosmódulosdo onjunto:
I
total
= I
1
+ I
2
+ ... + I
n
V
total
= V
1
= V
2
= ... = V
n
Onúmerodemódulosquepodem serligadosem adaumdosdoistiposestádependentedotipo
demóduloutilizadoedagamadetensãoqueoinversores olhidoparaosistemapermita.
Inversor Oinversorde orrente ontínuapara orrentealternadaéoequipamentoresponsável
por efetuar a onversão de, omo o nome indi a, de uma orrente ontínua para uma orrente
alternada omsin ronismode tensãoe frequên iaporformaa poder alimentarosequipamentos
(em asaamaiorpartedosnossoseletrodomésti ossãodotipoAC).Sãotambémne essáriospara
ligaruma instalaçãofotovoltai aàredeelétri a. Deseguida éapresentadoodiagrama deblo os
(b)Diagramablo osinversordedoisandares
Figura2.19: Diagramadeblo osdeinversorespara onexãoàrede
O onversorDC-DC queé apresentado na Figura 2.19bé utilizadoquando se pretendeelevaro
níveldetensãoforne idopelastring(oupainelindividual)fotovoltai o,podendoeste onversorser
retiradoquandonãoéne essáriaestafunção(2.19a).
Figura2.20: Exemplosdeinversoresexistentesnomer ado
Estrutura de Suporte São onstruidos em material resistente a ações do vento de até 140
km/heemmaterialresistenteà orrosão,tal omoaçogalvanizadoaquentee/oualumíniosendo
normalmenteunidos porintermédiodeparafusos ompor as,porformaaevitarefeitosda
degra-daçãoporexposiçãoàintempérie.
2.6.2 Sistemasautónomos
Sistemasautónomossãosistemasdeproduçãoede onsumodeenergiaelétri asemligaçãoàrede
públi a. Ossistemasautónomos/isoladosforamoprimeiro ampodeoperaçãoe onómi ados
sis-temasFV.É omumen ontrarestetipodesistemasondenãoseveri aaexistên iaalimentação
daenergiaporpartedarede(exemplodistosãoaszonasrurais). Este tipode sistemastêmjá, e
poderãodesempenharaindamaisnostempospróximosumpapelfundamental paraaintrodução
for-mundoexistemaproximadamentemaisde1,3 biliõesdesereshumanossem a essoaeletri idade.
Assituaçõesmais ríti assãonaÁfri asubsarianaregiãosituadaasuldoSara,enaÁsia
subde-senvolvida-querepresentam95%dapopulaçãomundialqueaindavivenoes uro. Aremanes ente
população, segundoomesmo estudo,en ontra-se on entrada em áreasrurais. A apa idadede
armazenamento dos sistemas isoladosé bastante importante poisaenergia produzida que não é
ne essáriaduranteodiaéarmazenadaparaserutilizadanosperíodosemquenãoexisteprodução.
Estetipodesistemas temoseguinteprin ípiodefun ionamento: aproduçãoobtidapelosistema
fotovoltai o é utilizada para forne er energia à instalação a qual se en ontra ligada permitindo
ao utilizador ar isolado da rede aso oseu onsumo seja inferior ao produzido pelo sistema
fotovoltai oe asoaenergia onsumidasejainferioràproduzidapodevendê-laaodistribuidorde
energia, aso não disponha de um sistema de armazenamento de energia (baterias). Durante a
ausên iadeproduçãodeenergiaouem asodeinsu iên ianageração,poderá onsumir
ex lusi-vamente aenergiaforne idapelo distribuidordeenergia. Desta forma,a ontribuição daenergia
solarreduzos ustosdafaturaelétri aparaoproprietáriodosistema,enquantoqueaeletri idade
ex edente podeservendida àrede, ontribuindoassimparaoforne imentode energiaà
omuni-dadeondeseen ontrainserido. Oesquema seguinte,emdiagramade blo os, representaomodo
defun ionamentodeumsistemahíbrido.
Ossistemasligadosàredededistribuiçãosãomaissimplesemaisbaratosparaamesmapotên ia
, omparativamenteaossistemasisolados,pelofa todedispensarem asbateriasdea umuladores.
Osinversorespara ligação àredetêm ara terísti as espe i asao nívelda segurança,pois aso
hajauma quebradetensãoporpartedarede,oinversoréautomati amentedesligadoporforma
aevitarainjeção deenergianessas ir unstan ias.
Existem sistemas onetados àrede desde ospou os kW (mi ro geração) até a grandes sistemas
de produção, na ordem dos MW. Por este fa to, em ambiente domésti o terão de existir dois
ontadores de energia: o ontador de injeção na rede (produtor) e o ontador da re eção (do
onsumidor), omosepodeverpelaFigura2.23[12℄.
3.1 ANÁLISE ENERGÉTICA
NaUnião Europeia, Portugalé, depois daGré ia e daEspanha, opaís om maiorpoten ialde
aproveitamento de energiasolar. Com mais de 2300 horas/ano de insolação na Região Norte e
3000horas/anonaRegiãoSul[20℄,onossopaísdispõedeumasituaçãoprivilegiadaparao
desen-volvimentodestetipodeenergia,quenãosetemnoentanto,veri ado. Porrazõesgeográ as,os
prin ipaispaísesprodutoresen ontram-selo alizadosemlatitudesmédiasealtas. Omaior
produ-tormundialéaAlemanha( om5,4GWpinstalados),seguidodaEspanha(3,3GWp),Japão( om
2GWp)eEstados Unidos(1,2GWp)[21℄. Apesardapresentemassi açãodestate nologia,são
diversasasadversidades/entravesque pesam nomomento deinvestirno se torfotovoltai o. Um
avultadoinvestimentoini ial,insu iên ia/faltadeadequabilidadedosin entivosquetêmvindoa
seratribuídos, arên iaderegulamentaçãoespe í aenormasdequalidadeapli adasaos
instala-doreseaosequipamentossãoalgunsdos ontratemposen ontrados,oquenaturalmentedi ulta
odesenvolvimento de apli ações fotovoltai as no nosso país. Até nais da dé ada de 90 (1997)
não existiamregistos do númerode instalaçõesfotovoltai as existentes, porinexistên ia de uma
entidade om essa nalidade. Pela Figura 3.1, veri a-se que a implementação destes sistemas,
entre osanos de1992 e2004,sedestinavam quaseex lusivamenteàslo alidadesrurais(sistemas
domésti os),easistemasnãodomésti os,tais omosistemasdetele omuni ações,bombagemde
águaeiluminação[22℄ .
Figura3.1: Primeirasapli açõesdossistemas fotovoltai osemPortugal(1992-2004)
Éfa ilmente observávelum res entenúmerode sistemas one tadosàredede distribuição,bem
omooaumentodeapli açõesdestinadasàsistemasquerdomésti osquernãodomésti os. Estaé,
aliás,umatendên iaqueaindaseveri anosdiasdehoje: 52%dossistemasinstalados
en ontram-seasso iadosaose tordomésti oe20%nose tordosserviços(sobretudonaáreadas
tele omuni- ações).
Nose tordomésti o,ossistemasfotovoltai ossãobastanteúteis,poisdãooseu ontributoaos
edi-fí iosatravésdaalimentaçãodossistemasdeiluminaçãoedeventilação.Em1991oabaste imento
deenergiaprimáriadePortugaldependiadoexteriorem er ade88%esóopetróleo(totalmente
importado)representava er ade71%do onsumodeenergiaprimária. Aeletri idadedeorigem
hídri aeresíduosorestais(in luindoosresíduosvegetais)eramasduasúni asfontes deenergia
que se pretende reduzir drasti amente nos próximos anos [21℄. De fa to, esta é uma tendên ia
quese tem vindo a repetir ano após ano. Na Figura 3.2, aseguir apresentada, veri amos que
o onsumodeenergiaem Portugalsemantémhistori amente esistemati amentemuitoa ima da
médiaeuropeia,apenassendoultrapassadonospaísesapresentadospeloLuxemburgo.
Figura3.2: Dependên iaenergéti adospaísesdaUE (1998-2009)(adaptadode[23℄)
Dea ordo oma DiretivaComunitáriarelativa àprodução deenergiaelétri aapartir defontes
renováveis,aproduçãoem2010,deenergiaelétri aapartirdefontesrenováveisquenãoaenergia
eóli aeasmini-hídri asem Portugal,deveriatersidode1200MW. Ataxade res imentoanual
deste se tor (fotovoltai o) está presentemente situadaem 25%, oque representa que no ano de
2010,Portugal onseguiuuma ontribuiçãode er ade10MWp[24℄. Comopodemosobservarna
Figura3.3,atendên ia paraain orporaçãode energiasdefontes alternativastemaumentadode
AindanoseguimentodaDiretivaComunitária,atítuloindi ativo,Portugalapresentouo
ompro-missodeter omo meta noano de2010, 39%de energiaelétri aproduzidaapartirde fontesde
energiarenováveis,no ontextodo onsumobrutona ionaldeeletri idade. Apesardesetratarem
de objetivos muito ambi iosos, dados da REN relativos a2010 eviden iam que 34% da energia
produzidaemterritórioportuguês,éprovenientedePRE(produçãoderegimeespe ial)oqueé
re-veladordoesforçoquetemvindoaserdesenvolvidoaoníveldaproduçãoenergéti a[24℄. Segundo
dadosretiradosde[27℄,Portugaltinha instalado,nonal de2009,102MWdepotên iainstalada
eminstalaçõesfotovoltai as.
3.1.1 Evoluçãodo númerode instalações em Portugal
AFigura 3.4,apresentada deseguida,revela onúmerode novosregistosporregiãodopaís,
soli- itadosaolongodosúltimos anos(2008a2011)desdeque[25℄foi riado paraoefeito. Osdados
relativosa2012nãoforamin luídos vistoque apenasseen ontramdisponíveisdadosatéaomês
PelaFiguraapresentada,éobservávelumaumento onsideráveldonúmerodeinstalaçõesregistadas
noprogramademi ro-geração riadopelogovernoportuguês. Oslo aisondeseregistouummaior
númerodeinstalaçõesforamBraga, Lisboa ePorto. Éde salientar quesãooslo ais ondeexiste
uma maior densidade popula ional (311
hab/km
2
, 773hab/km
2
e743hab/km
2
respetivamente)e que se en ontram lo alizados junto ao litoral e são onsiderados os grandes entros/motores
AFigura3.5representaapotên iaa umuladainstaladaemsistemasdemi ro-geraçãofotovoltai a,
noperíododetempo ompreendidoentre 2008e2011,segundodadosforne idospor[25℄.
Figura3.5: Potên iainstaladaa umuladaeminstalaçõesdemi ro-geraçãofotovoltai a
Pela análise da Figura 3.5, os lo ais onde foram instalados um maiornúmero de instalações
fo-tovoltai assituam-sejunto aomare nosgrandes entros urbanos. Apesar deseralgoexpe tável
devidoàmaiorindustrializaçãodestasregiõeseaumapopulaçãonumerosa,veja-se,atítulo
exem-pli ativo,aregiãodeBeja,umdoslo ais ommaioríndi edeexposiçãosolardonossopaíse om
umaáreasensivelmente250% maiorqueodistritodeBraga. Contudo,apresentaapenas 30%da
potên iainstaladaemsistemasdemi ro-geraçãofotovoltai a omparativamente omestazonado
país,oqueéreveladordodesaproveitamentodopoten ialenergéti odisponívelnonossoterritório.
Segundoosdadosdisponíveisem [25℄,en ontram-se registadas 19682unidades deinstalaçõesde
fotovoltai o ao abrigo da mi ro produção , perfazendo uma potên ia instalada em sistemas de
Veri a-seumaumento onsideráveldaenergia om origemfotovoltai aapartir de2007/2008o
que oin ide om oini io doprogramade mi ro geraçãode Portugal. Esta res ente integração
resultadoaumentodesistemasfotovoltai osligadosàredeelétri aemPortugal,queseapresenta
naFigura3.6.
Figura3.6: Potên ia omorigemnofotovoltai o onetadaàrede(adaptadode[24℄)
Também aquiseveri aumgrandeaumento anoapósano,oqueserevelaumbomindi adorda
re etividadequeestessistemasestãoaterbem omoa apa idadequearedetemparaaabsorver
3.2.1 Evoluçãodo usto da te nologiafotovoltai a
O ustodeinvestimento emsistemasfotovoltai osénormalmente expressoem ustoporwattde
pi o(¿/Wp). Emtermos históri os, o preçodos módulos fotovoltai os tem vindoa de res er a
umritmo onsiderável. ComosepodevernaFigura3.7, querepresentaa urvadepreço/volume
devendas,observa-sequeestatemumain linaçãofran amentedes endente,sofrendoopreçodos
módulosfotovoltai osumareduçãode20% adavezqueavolumedevendasdobraoseuvalor[26℄.
Estades idatemvindoasera entuada adavezmaisdevidoaoapare imentodenovaste nologias
quelevaàquedadepreçodassuasante essoras,oaperfeiçoamento daslinhasdeprodução edas
té ni asdefabri odestetipodete nologia,oapare imentode diversosfabri antesedoefeito da
natural on orrên iaaqueestáasso iadaessamultipli açãodeoferta.
Figura3.7: Evoluçãodo ustodemódulosfotovoltai os[26℄
Relativamenteàtendên iadospreçosdosdiferentes omponentesdesistemasfotovoltai os,é
O ustodosistema ompletoen ontrava-se,àdatade2009,entre4e8USD/Wp(aproximadamente
3e7¿/Wp)[27℄. Veri ou-seumagrandediminuiçãonoespaçodeuma dé ada,oqueeviden ia
aevolução destate nologia. Embora o usto dosequipamentos de interfa e eregulaçãopossam
variarmuito, tal omoos ustosde instalação, emtermos médios, er ade 60%doinvestimento
totaléreferenteaospainéissolaresin luindo-se novalorremanes enteo ustodoequipamentode
regulação,de ontrolo,eletri açãoe ustosadministrativos.
3.2.2 Legislação etarifas emPortugal
Comopassar dos anos, foramdiversos osplanos propostospelo governo portuguêsporforma a
tornare onomi amente viável este tipode te nologiapara ospequenos produtores. De seguida
referem-sealguns omoosmaisimportantes paraoimpulsionardestate nologiaemPortugal.
ProgramaE4 AsaçõesemetasprevistasnoâmbitodoProgramaE4,ResoluçãodoConselho
deMinistros Nº154/2001,de 27/11,organizam-senum ontextode uma estratégiana ional que
passapelasfontesdeenergiarenovável(FER),porformaa onseguiratingir omsatisfaçãoos
desa-osqueoPaíssepropsaatingir,nomeadamentenoqueserefereàdupli açãodadisponibilidade
depotên iaede energiaelétri ade origemrenovável,num períodode 10a 15anos. Dentro das
medidasprevistaspeloE4édedesta arona ionalinteressenoâmbitodate nologiafotovoltai a,a
importân iadaagilizaçãodoa essoein entivoaorápidodesenvolvimentodaproduçãodeenergia
elétri aapartirdasFER,apromoçãodasFER ompoten ialamédioprazo( omdestaquepara
aenergiafotovoltai a)eumaparti ularatençãoàmi ro-geraçãodeeletri idadeapartirdaenergia