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Terapêuticas não convencionais: perspectivas dos médicos de medicina geral e familiar

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Academic year: 2021

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Faculdade de Ciências da Saúde

Terapêuticas não convencionais:

Perspectivas dos médicos de medicina

geral e familiar

Dissertação para a obtenção de grau de mestre em medicina

António Sérgio Martins Miranda

(2)

Faculdade de Ciências da Saúde

Terapêuticas não convencionais:

Perspectivas dos médicos de medicina

geral e familiar

Dissertação para a obtenção de grau de mestre em medicina

António Sérgio Martins Miranda

Orientadora: Dra. Maria de Jesus Clara

(3)
(4)

Agradecimentos

Agradeço

A todos os que participaram neste estudo

À Dra. Maria de Jesus Clara, pela disponibilidade e apoio demonstrados desde o primeiro momento deste estudo e pela orientação durante a sua elaboração

Ao Dr. José Valbom, por ter gentilmente colaborado na revisão deste estudo Ao Dr. Vasco Queiroz por ter facilitado a recolha dos dados para este estudo Ao Dr. Sequeira Carlos pela disponibilidade e amabilidade com que permitiu a recolha dos dados no XIV Congresso Nacional de Medicina Geral e Familiar

À Prof. Doutora Sandra Ferreira, pelo esclarecimento de dúvidas, ao nível da estatística, na elaboração deste trabalho.

Aos meus pais, pelo amor, pelo que me ensinaram e por tudo terem feito para ter chegado aqui

Ao meu irmão, por ter estado sempre próximo, pelo carinho e alegria À Sara, por caminhar a meu lado

À minha família, pelo apoio e pela união

Aos meus amigos, pelos bons momentos vividos

(5)

Resumo

Introdução: O aumento do uso das Terapias não convencionais (TNC) nos países ocidentais industrializados apresenta-se como um enigma e como fenómeno social não totalmente percebido ou investigado. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 70 a 80 % da população dos países ocidentais recorre em alguma circunstância à medicina tradicional, em alguma das suas vertentes. Apesar do aumento da utilização das TNC em países Europeus, não existem opções de tratamento de fácil acesso nos respectivos serviços nacionais de saúde, o que tem levantado a questão da integração dessas terapias nos cuidados de saúde convencionais. O estado Português elaborou uma lei (lei nº45/2003) que enquadra as actividades das TNC.

A investigação das atitudes acerca das TNC nos cuidados primários é de particular interesse e estudos recentes consideram que existe uma necessidade aumentada dos médicos de família estarem envolvidos na prestação e supervisão dos tratamentos das TNC.

Objectivo: Compreender a perspectiva dos médicos de medicina geral e familiar (MGF) acerca das TNC e a sua influência na prestação de cuidados de saúde.

Materiais e Métodos: Estudo observacional transversal através da aplicação de questionários para auto-preenchimento em sigilo e anonimato aos médicos de MGF presentes no XIV Congresso Nacional de Medicina Geral e Familiar.

(6)

Resultados: 217 médicos de MGF constituíram a amostra, 101 (46,5%) especialistas de MGF e 116 (53,5%) a frequentar o internato complementar da especialidade de MGF. O conhecimento dos médicos acerca das TNC é, na maioria dos casos, nenhum ou muito pouco. 89,9% concordam com o facto de que os médicos deveriam estar informados em relação às TNC. 42,4% afirmou já ter desaconselhado e 58,5% aconselhado algum paciente a utilizar TNC. 56,3% dos médicos referenciaram pacientes para TNC, dos quais 35,5% refere que o faz raramente e 20,3% que o faz pouco frequentemente. 64,1% afirmaram que, por norma, não recomendam TNC aos seus pacientes. 54,4% concorda que as TNC deveriam ser incorporadas no SNS. 68,7% afirmam que as TNC podem ser benéficas para melhorar a qualidade de vida da população. 82,5% concorda com o facto das TNC fazerem parte da formação médica.

Discussão e conclusão: Os participantes neste estudo, apesar de apresentarem conhecimentos escassos acerca das TNC, são da opinião que estas terapias podem ser benéficas nos cuidados de saúde da população e que devem ser incluídas no sistema nacional de saúde a par de uma integração na formação médica.

Palavras-chave: Terapias não convencionais, medicinas complementares e alternativas, medicina tradicional, medicina geral e familiar, cuidados de saúde, educação médica

(7)

Abstract

Introduction: The increasing use of complementary and alternative medicine (CAM) within industrialised western nations presents itself as something of an enigma and as a social phenomenon, it is not well understood or much researched. According to the World Health Organization (WHO), in many developed countries, 70% to 80% of the population has used some form of alternative or complementary medicine. Despite the increased use of CAM in European countries, there aren´t treatment options for easy access in national health services, which has raised the issue about integration of these therapies in conventional healthcare. The Portuguese government drafted a law (Law No.45/2003) about CAM. Investigation of attitudes to CAM in primary care is of particular interest and recent studies found that there is an increased need for family physicians being involved in providing and supervision CAM treatments.

Objective: Understand the perspective of general and family medicine (GFM) physicians about CAM and its influence in health care provision.

Materials and Methods: A cross-sectional observational study was conducted, through the application of self-administered, confidential and anonymous questionnaires to GFM physicians in the XIV National Congress of General and Family Medicine.

Results: The sample is composed of 217 GFM physicians, 101 (46.5%) GFM specialists and 116 (53.5%) GFM residents. The physicians' knowledge about CAM is in most cases, none or very little. 89.9% agree with the fact that physicians should be informed about CAM. 42.4% said they had advised against CAM and 58.5% had

(8)

advised patients to use CAM. 56.3% of physicians had reference their patients for CAM, which 35.5% rarely do it and 20.3% uncommonly do it. 64.1% said that they usually do not recommend CAM to their patients. 54.4% agree that CAM should be incorporated in the National Health Service. 68.7% said that CAM can be beneficial to improve the quality of life. 82.5% agree that CAM should be part of medical training.

Discussion and Conclusion: Participants in this study, in spite of their limited knowledge about CAM, have the opinion that these therapies can be beneficial in health care and should be included in the national health system together with integration in medical education.

Key Words: CAM, complementary and alternative medicine, traditional medicine, general and family physicians, health care, medical education

(9)

Índice

Dedicatória……….i

Agradecimentos……….ii

Resumo……….iii

Abstract……….v

Índice de gráficos………..x

Índice de tabelas………..xi

Abreviaturas………xv

Introdução e enquadramento……….1

Definições e conceitos………...1 Contextualização………3

Índice de utilização nos países ocidentais………...4

Perspectivas e atitudes dos médicos em relação às MCA………...6

Desafios que as MCA colocam à prática médica………..7

Integração das MCA………...8

Formação médica e MCA………..9

Objectivos………12

Materiais e métodos……….15

Tipo de estudo………..15

População em estudo………...15

Método de aplicação do questionário………...15

(10)

Tratamento estatístico dos dados………...17

Resultados………...18

Secção I – Análise descritiva………...18

Secção II – Análise inferencial………....34

1. Comparação do género com o aconselhamento, a referenciação e a atitude habitual acerca da recomendação de TNC...34

2. Comparação do facto de ser médico especialista ou interno com o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC……….35

3. Comparação entre o uso de TNC por parte dos médicos e o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC aos pacientes……...37

4. Comparação entre o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC e o grau de conforto na abordagem das TNC com os pacientes………..39

5. Comparação entre grau de conhecimento que os médicos de MGF têm acerca das TNC e o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC aos seus pacientes………...41

6. Comparação entre as perspectivas dos médicos acerca da incorporação de TNC no SNS e a sua percepção como benéficas………...50

7. Comparação entre perspectivas dos médicos acerca da inclusão das TNC na formação médica e o facto de ser médico especialista ou interno………...51

8. Comparação entre as perspectivas dos médicos acerca da incorporação de TNC no SNS e a sua integração na formação médica………...51

9. Comparação entre o grau de conhecimento acerca das TNC e a incorporação das mesmas no sistema nacional de saúde………...52

Discussão……….56

(11)

Referências bibliográficas………...68

Bibliografia………..77

Anexos

(12)

Índice de gráficos

Gráfico1. Caracterização da amostra por género………18

Gráfico2. Histograma da distribuição etária………...18

Gráfico3. Histograma do ano de licenciatura……….19

Gráfico 4. Resultados da questão nº1……….19

Gráfico 5. Resultados da questão nº1.2...20

Gráfico 6. Resultados da questão nº2...21

Gráfico 7. Resultados da questão nº3……….22

Gráfico 8. Resultados da questão nº6……….24

Gráfico 9. Resultados da questão nº8……….26

Gráfico 10. Resultados da questão nº9………...26

Gráfico 11. Resultados da questão nº10……….27

Gráfico 12. Resultados da questão nº11……….29

Gráfico 13. Resultados da questão nº12……….30

Gráfico 14. Resultados da questão nº14……….31

(13)

Índice de tabelas

Tabela 1. Resultados da questão nº1………...20

Tabela 2. Resultados da questão nº2………...21

Tabela 3.Resultados da questão nº3………....22

Tabela 4. Resultados da questão nº4………...23

Tabela 5. Resultados da questão nº5………...23

Tabela 6. Resultados da questão nº6………...24

Tabela 7. Resultados da questão nº7………...25

Tabela 8. Resultados da questão nº8………...25

Tabela 9. Resultados da questão nº10……….28

Tabela 10. Resultados da questão nº11………...29

Tabela 11. Resultados da questão nº12………...30

Tabela 12. Resultados da questão nº13………...31

Tabela 13. Resultados da questão nº 14………..32

Tabela 14. Resultados da questão nº15………...33

Tabela 15. Comparação das repostas da questão nº5 por género………...34

Tabela 16. Comparação das respostas da questão nº6 por género………..34

Tabela 17. Comparação das respostas da questão nº7 por género………..35

Tabela 18. Comparação das respostas da questão nº5 com o ano de licenciatura……..35

Tabela 19. Comparação das respostas da questão nº6 com o ano de licenciatura……..36

Tabela 20. Comparação das respostas da questão nº7 com o ano de licenciatura……..36

Tabela 21. Comparação das respostas da questão nº5 com as respostas da questão nº13...37

(14)

Tabela 22. Comparação das respostas da questão nº6 com as respostas da questão nº13...37 Tabela 23. Comparação das respostas da questão nº7 com as respostas da questão nº13...38 Tabela 24. Comparação das respostas da questão nº5 com as respostas da questão nº8...39 Tabela 25. Comparação das respostas da questão nº6 com as respostas da questão nº8...39 Tabela 26. Comparação das respostas da questão nº7 com as respostas da questão nº8...40 Tabela 27. Comparação das respostas da questão nº1.a com as respostas da questão nº5...41 Tabela 28. Comparação das respostas da questão nº1.b com as respostas da questão nº5...41 Tabela 29. Comparação das respostas da questão nº1.c com as respostas da questão nº5...42 Tabela 30. Comparação das respostas da questão nº1.d com as respostas da questão nº5...42 Tabela 31. Comparação das respostas da questão nº1.e com as respostas da questão nº5...43 Tabela 32. Comparação das respostas da questão nº1.f com as respostas da questão nº5...43 Tabela 33. Comparação das respostas da questão nº1.a com as respostas da questão nº6...44

(15)

Tabela 34. Comparação das respostas da questão nº1.b com as respostas da questão nº6...44 Tabela 35. Comparação das respostas da questão nº1.c com as respostas da questão nº6...45 Tabela 36. Comparação das respostas da questão nº1.d com as respostas da questão nº6………45 Tabela 37. Comparação das respostas da questão nº1.e com as respostas da questão nº6………46 Tabela 38. Comparação das respostas da questão nº1.f com as respostas da questão nº6...46 Tabela 39. Comparação das respostas da questão nº1.a com as respostas da questão nº7...47 Tabela 40. Comparação das respostas da questão nº1.b com as respostas da questão nº7...47 Tabela 41. Comparação das respostas da questão nº1.c com as respostas da questão nº7...48 Tabela 42. Comparação das respostas da questão nº1.d com as respostas da questão nº7...48 Tabela 43. Comparação das respostas da questão nº1.e com as respostas da questão nº7...49 Tabela 44. Comparação das respostas da questão nº1.f com as respostas da questão nº7...49 Tabela 45. Comparação das respostas da questão nº11 com as respostas da questão nº12...50 Tabela 46. Comparação das respostas da questão nº15 com o ano de licenciatura...51

(16)

Tabela 47. Comparação das respostas da questão nº11 com as respostas da questão nº15...51 Tabela 48. Comparação das respostas da questão nº1.a com as respostas da questão nº11………..52 Tabela 49. Comparação das respostas da questão nº1.b com as respostas da questão nº11………..53 Tabela 50. Comparação das respostas da questão nº1.c com as respostas da questão nº11………..53 Tabela 51. Comparação das respostas da questão nº1.d com as respostas da questão nº11………..54 Tabela 52. Comparação das respostas da questão nº1.e com as respostas da questão nº11………..54 Tabela 53. Comparação das respostas da questão nº1.f com as respostas da questão nº11………..55

(17)

Abreviaturas

EUA – Estados Unidos da América

MCA – Medicina complementar e alternativa

MGF – Medicina Geral e Familiar

OMS – Organização Mundial da Saúde

RU – Reino Unido

SNS – Serviço Nacional de Saúde

(18)

Introdução e enquadramento

“The supposed working and actual treatment of the body are fundamental concerns of doctors in any society, but different suppositions have been made, and different practices followed, in different ages and different places.” E M Craik

Definições e conceitos

A medicina tradicional, também designada em alguns países por medicina complementar e alternativa (MCA) ou medicina não convencional, é o somatório do conhecimento, habilidades e práticas baseadas em teorias, crenças e experiências em diferentes culturas que são usadas para manter a saúde, assim como para prevenir, diagnosticar, melhorar ou tratar doenças físicas e mentais. (1)

A MCA não é um campo homogéneo, é antes um termo categórico que abrange várias filosofias, abordagens e modalidades terapêuticas que a medicina alopática usualmente não estuda, compreende, aceita, usa ou torna disponível. (2)

O instituto nacional da saúde dos Estados Unidos da América (EUA) define a MCA como um grupo de diversos sistemas médicos e de cuidados de saúde, práticas e produtos que não são presentemente considerados como fazendo parte da medicina convencional. (3)

O grupo Cochrane define a MCA como um domínio alargado de terapias que englobam todos os sistemas de saúde, modalidades e práticas e as suas teorias e crenças acompanhantes, que não são as intrínsecas do sistema de saúde politicamente dominante de uma sociedade ou cultura num dado período da história. MCA inclui todas estas práticas e ideias definidas pelos seus utilizadores como prevenindo ou tratando as patologias ou promovendo a saúde e o bem-estar. (4)

(19)

O termo MCA reveste-se, portanto, de grande polissemia, designando qualquer forma de tratamento que não seja propriamente biomédica. Por este motivo, não se considera aqui o termo "medicinas alternativas" um conceito, mas uma etiqueta institucional. (5) Ao longo do presente trabalho os termos ―medicina tradicional‖, ―medicina complementar e alternativa‖ (MCA) e ― terapêuticas não convencionais‖ (TNC) serão

usados indistintamente, em que o termo ―medicina tradicional‖ é usado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o termo ―MCA‖ é comummente utilizado na literatura internacional e o termo ―TNC‖ é utilizado na legislação de Portugal e por essa

razão foi adoptado para o questionário.

Relativamente à MCA a OMS, na declaração de Pequim, em 2008, define, entre outros, os seguintes pontos:

1. Os governos têm a responsabilidade pela saúde dos seus cidadãos e devem reformular políticas, regulamentos e standards, como parte de um sistema nacional de saúde que assegure o uso apropriado, seguro e efectivo da medicina tradicional;

2. Reconhece o progresso de muitos governos até à data de integrar a medicina tradicional nos seus sistemas nacionais de saúde e apela para que os que não o fizeram devem ponderar fazê-lo;

3. Os governos devem estabelecer sistemas para a qualificação, acreditação ou licenciamento da medicina tradicional e que os terapeutas devem melhorar o seu conhecimento e habilidades com base nos requisitos nacionais;

4. A comunicação entre a medicina convencional e tradicional deve ser reforçada e estabelecer programas de formação apropriados para profissionais de saúde, estudantes de medicina e investigadores relevantes. (6)

(20)

Contextualização

O aumento do uso das MCA nos países ocidentais industrializados apresenta-se como um enigma e como fenómeno social não totalmente percebido ou investigado. O aumento desta procura ocorre nos países onde a ciência ocidental e o método científico são aceites como as bases dos cuidados de saúde e o paradigma dominante é a medicina baseada na evidência. (7)

Qual a razão do aumento da popularidade das terapias não convencionais? Isso reflecte falhas na medicina convencional? Se for assim essas falhas são reais ou apenas percebidas? Como deve o médico lidar com estes assuntos? (8)

As MCA na sociedade ocidental começaram a disputar espaços não apenas junto da população, mas também nos serviços de saúde, exigindo uma legitimação institucional até então não concebida. (5)

As medicinas alternativas vêm funcionando como um modelo atraente de relação terapeuta/paciente para um sector dos médicos ocidentais, aqueles comprometidos com a questão da arte de curar. (5)

As MCA são percebidas pela população, de maneira geral, como parte de uma estratégia pragmática de manutenção da saúde, adoptadas como forma de diminuir efeitos colaterais de tratamentos convencionais e como estratégia de aumentar a qualidade de vida. (9)

A maioria dos pacientes que utilizam TNC fazem-no, não tanto por estarem insatisfeitos com a medicina convencional, mas porque esses cuidados de saúde alternativos são mais congruentes com os seus valores e orientações filosóficas em relação à saúde e à vida. (10)

(21)

Índices de utilização nos países ocidentais

Segundo dados da OMS, estima-se que 70 a 80 % da população dos países ocidentais recorre em alguma circunstância à medicina tradicional, em alguma das suas vertentes. (11)

Os estudos realizados nos EUA em 1990 e 1997 mostram um aumento significativo da utilização das MCA de 33,8% para 42,1%, respectivamente. Os factores associados com maior taxa de utilização são a idade compreendida entre os 35 e os 49 anos de idade e ser do sexo feminino. Segundo este mesmo estudo estima-se que em 1997 as despesas com MCA foram de 21,2 biliões de dólares. (12) Outro estudo refere que em 2000 os consumidores dos EUA gastaram 34 biliões de dólares em MCA. (13) Estimativas de 2002 indicam que 36% dos indivíduos nos EUA utilizam alguma MCA por questões de saúde. (14)

Relativamente aos pacientes que utilizam os cuidados de saúde primários a percentagem de pacientes que afirma utilizar uma ou mais MCA para o problema de saúde pelo qual consultaram o médico de família é de 21%, em que 60% destes afirmam que informam o seu médico de família da utilização de MCA. (15)

Nesse mesmo ano um estudo populacional no Reino Unido (RU) indicou que 10% da população utilizava alguma forma de MCA. (16) Em 2006, constatou-se que 84% dos pacientes que frequentavam os cuidados primários com dor músculo-esquelética crónica usaram nesse ano alguma MCA e que 69% a utilizaram em combinação com os tratamentos convencionais. (17)

Em Itália 58% dos médicos de família afirmaram que já recomendaram alguma MCA aos seus pacientes e os 42% que nunca recomendaram referem que é devido ao facto da evidência ser insuficiente em relação à sua eficácia. (18) Ser do sexo feminino,

(22)

de idade jovem, ser médico em grandes comunidades são predictores independentes para a recomendação de MCA. (18)

Na Escócia um estudo revelou que 49% dos clínicos gerais prescrevia produtos homeopáticos e 32% produtos à base de plantas. Revelou também que 4% dos pacientes aos quais eram prescritos fármacos à base de plantas também eram prescritos fármacos convencionais com interacções farmacológicas documentadas entre ambos. (19)

Na Alemanha um estudo efectuado em 2007 revelou que 60% dos médicos de família utilizam MCA na sua prática clínica. (20)

Na Noruega em 1997 a prevalência de indivíduos que alguma vez utilizaram alguma TNC era de 34%, enquanto na Dinamarca em 2000 era de 45%. (21)

Em relação a Portugal Continental um estudo realizado entre 1998 e 1999 demonstrou que 18% dos agregados familiares utilizaram substâncias terapêuticas alternativas. A maior prevalência de utilização verificou-se na região de Lisboa e Vale do Tejo (24,2%), em meio urbano, em agregados familiares cujo chefe era economicamente activo ou em que o rendimento familiar per capita era mais elevado. Em mais de metade dos casos a utilização terá sido aconselhada por 'naturistas', 'homeopatas' ou 'ervanários', sendo a ervanária e a loja de produtos naturais os principais locais da obtenção daquelas substâncias. (22)

De acordo com alguns estudos, no ano 2000 o uso de MCA nos países ocidentais variou entre 20 a 60% da população. (23,24)

Nas suas várias formas as MCA apresentam uma popularidade crescente entre o público. (12, 25)

No futuro imediato não é de esperar que a crescente procura de MCA pare, estando a ocorrer num contexto de mudanças sociológicas, que tem produzido um clima

(23)

político em que estas terapias desafiam a medicina ―convencional‖ e procuram o seu próprio espaço. (7,26)

Uma das respostas dadas pela medicina ―convencional‖ é tentar que as MCA

estejam sujeitas às mesmas regras de evidência que são assumidas para a medicina ―convencional‖ e os mesmos métodos de avaliação da competência e segurança clínica.

(7)

Perspectivas e atitudes dos médicos em relação às MCA

Com o documentado interesse nas MCA, não é de surpreender que vários estudos internacionais tenham questionado médicos acercas das suas perspectivas em relação às MCA. (27)

Os estudos que tentam indicar qual a proporção de médicos que costuma referenciar pacientes para MCA são um pouco contraditórios, pois uns afirmam que um grande número de médicos estão a referenciar ou a praticar alguma das MCA (27,28) e que muito médicos são da opinião que essas terapias são úteis ou eficazes (29,27), enquanto outros indicam que os médicos mostram-se relutantes em referenciar os seus pacientes para MCA. (30)

Os pacientes não têm acesso às MCA através dos cuidados de saúde primários e os médicos tendem a evitar perguntar aos pacientes se utilizam alguma forma de MCA. Por sua vez, os pacientes mostram-se relutantes em informar os seus médicos do uso desses tratamentos. (12,31)

A perspectiva dos pacientes acerca da comunicação das MCA é clara e consistente. A maioria dos pacientes esperam que o médico inicie a discussão deste tópico, embora não esperem que os seus médicos sejam experts nas MCA que utilizam. Paradoxalmente, alguns médicos consideram que os baixos níveis de comunicação

(24)

acerca das MCA significam que o seu uso é reduzido. Este facto associado ao pouco conhecimento acerca destas terapias limita a sua discussão no acto da consulta médica. (32)

Desafios que as MCA colocam à prática médica

Os profissionais de saúde precisam de estar atentos aos efeitos de várias intervenções pelas MCA e devem estar preparados para educar e informar os pacientes apropriadamente acerca da segurança, eficácia, indicações e contra-indicações para o seu uso. (33)

O crescente entusiasmo público das MCA, associado a uma aceitação de uma perspectiva consumista e regulada pelo mercado de prestação de cuidados de saúde, pode levar alguns médicos a responderem aos pedidos dos pacientes sem terem o conhecimento adequado, que associado à percepção de que as MCA são geralmente seguras em relação aos efeitos secundários, o que pode ser incorrecto, pode contribuir para um uso descontrolado das MCA. (18,34)

Embora o número e a qualidade dos estudos efectuados acerca das terapêuticas não convencionais tenha aumentado recentemente e algumas terapias tenham mostrado bom valor, não existem estudos suficientes para medir a relação custo-eficácia da maior parte das MCA. (35)

Até à data parece não haver evidência científica suficiente para aceitar ou rejeitar a maior parte das terapias não convencionais. Portanto, fazendo da evidência a base para a medicina ―convencional‖, pode levar ao isolamento entre esta e as MCA e não estar em boa posição para aconselhar os pacientes ou detectar possíveis interacções entre ambas. (7)

(25)

Integração das MCA

Apesar do aumento da utilização das MCA em países Europeus, não existem opções de tratamento de fácil acesso nos respectivos serviços nacionais de saúde, (36) o que tem levantado a questão da integração dessas terapias nos cuidados de saúde convencionais. (37,38)

De acordo com estes dados, também o estado português elaborou uma lei que enquadrasse as actividades das TNC. A Lei nº45/2003, de 22 de Agosto, faz o enquadramento base das terapêuticas não convencionais. (39)

Como os cuidados de saúde primários são o mais abrangente domínio de provisão médica, a investigação das atitudes acerca das MCA nos cuidados primários é de particular interesse. (29)

Estudos recentes consideram que existe uma necessidade aumentada dos médicos de família estarem envolvidos na prestação e supervisão dos tratamentos das MCA. (40)

Ao contrário da medicina convencional, os agentes terapêuticos das MCA não estão sujeitos a um controlo regulador e financeiro (41), pelo que, caso as despesas venham a ser cobertas pelos dinheiros públicos (24), os médicos de família são importantes na sua tarefa de regularem e controlarem as despesas nos cuidados de saúde. (18)

Num estudo realizado, 79% dos trabalhadores nos cuidados de saúde primários afirma que a integração das MCA apresenta potenciais benefícios. (29)

Apesar do número de casos descritos com possível prejuízo ser pequeno, deverá levar a debater acerca da segurança e a integração das MCA nos serviços de saúde. (42)

Para tomar decisões informadas acerca da utilidade das MCA é necessária qualidade da informação nos estudos acerca da contribuição das MCA para melhorar os

(26)

cuidados de saúde e para a redução dos custos do SNS. (43) Até à data a maioria da pesquisa efectuada é acerca da eficácia terapêutica das MCA com aproximadamente 1500 estudos publicados anualmente. (44) As avaliações existentes sugerem que estas terapias podem melhorar os resultados em saúde. Quanto ao impacto das MCA nos custos com os cuidados de saúde os dados actuais são escassos e inconclusivos. (43)

Formação médica e MCA

Informação acerca das MCA está disponível em revistas, livros, jornais e internet mas poderá ser mais confusa do que útil, levando as pessoas a procurar estas informações junto dos médicos de família acerca dos benefícios e segurança das MCA, embora a educação médica não tenha preparado os médicos para este papel. (45) Os pacientes têm a expectativa que o seu médico de família seja um consultor informado que lhes possa fornecer uma utilização equilibrada, tendo em conta a segurança e a eficiência desses tratamentos relativamente ao seu historial médico e ao mesmo tempo sensível aos seus valores. (46)

Este facto tem levado a uma reflexão acerca da presença das MCA no currículo médico de forma a educar médicos para que tenham a capacidade e se sintam confortáveis para falar com os pacientes acerca de terapias complementares e alopáticas, dedicados a ajudar os pacientes a ganhar e manter um bom estado de saúde através de uma única medicina. (45)

Em relação a esta questão já em 1993, a Associação médica Britânica recomendou que se devia ter em consideração a inclusão de um curso de familiarização das MCA no currículo médico pré-graduado. (47)

No ano 2000 o grupo de medicinas alternativas da sociedade de professores de medicina familiar, nos EUA, desenvolveu linhas orientadoras do currículo em que

(27)

incluíram formação formal em MCA nos programas de residência da especialidade. (48) Existem, portanto, programas de residência de medicina familiar que incorporam MCA no seu currículo (49) e que são financeiramente apoiadas pelo centro nacional para as MCA nos EUA. (50)

No ano de 2005 o Instituto de Medicina das Academias Nacionais dos EUA afirmou ser importante para as escolas de saúde incluírem informação acerca das MCA no seu currículo obrigatório, sendo da opinião que essa informação é crucial para que os profissionais de saúde inquiram os pacientes acerca do uso de MCA, permitindo a estes aconselharem os pacientes com base na evidência disponível acerca do uso destas. (51)

Na Alemanha, os médicos de família podem obter qualificação nas MCA aprovadas pelo colégio médico federal da Alemanha, após formação teórica e prática e desde 2003 o ensino das MCA foi integrado no currículo pré-graduado com o objectivo dos estudantes obterem conhecimentos teóricos básicos acerca das MCA frequentemente usadas e com base na evidência. (20)

O objectivo é que, a nível dos cuidados primários, o médico possa sugerir, com base na literatura que consultou, se a TNC é segura e tem possibilidades de melhorar a saúde do paciente. No entanto, se a TNC implicar riscos ou possíveis interacções adversas, o médico tem a responsabilidade de persuadir o paciente para que essa TNC não seja usada, assim como se for inefectiva deverá avisar o paciente. O médico deve partilhar o seu conhecimento com o paciente, discutir as vantagens e desvantagens da TNC específica e chegarem a uma decisão mútua acerca da integração dessa terapia nos cuidados de saúde do paciente. (46)

Estudos realizados nos EUA indicaram que no ano de 1997 e 2000 havia, respectivamente, 46 e 82 escolas médicas das 125 existentes nos EUA que incluíam

(28)

conteúdos relacionados com as MCA na formação médica. (52,53) No RU em 1996, das 26 escolas médicas, 6 apresentavam o ensino de MCA no seu currículo. (54)

Artigos publicados indicam que os médicos questionados concordam que deveriam ter conhecimento acerca das terapias não convencionais, com 62-84% dos médicos querendo receber maior educação relativamente às terapias não convencionais, (28,55,56) pois a maioria não se sente qualificado para informar os pacientes e tomar decisões relativamente às MCA. (30)

Não são apenas os médicos que estão interessados em receber formação em MCA, pois em estudos realizados a estudantes de medicina referem que também estes gostariam de obter informação acerca destas terapias no seu currículo pré-graduado. (57)

(29)

Objectivos

O objectivo principal desta investigação é compreender a perspectiva dos médicos de medicina geral e familiar acerca das terapias não convencionais e a sua influência na prestação de cuidados de saúde.

Os objectivos específicos são:

Conhecer o grau de conhecimento, as atitudes e a utilização das TNC por parte dos médicos de MGF;

Conhecer a perspectiva dos médicos de MGF em relação à formação médica, à integração no SNS e à utilização nos cuidados de saúde, relativamente às TNC; Conhecer a percepção dos médicos de MGF acerca do uso de TNC por parte dos pacientes;

Conhecer os motivos e os factores que podem influenciar as atitudes dos médicos de MGF em relação às TNC;

Investigar a relação entre o género e o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC;

Investigar a relação entre o facto de ser médico especialista ou interno e o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC;

Investigar a relação entre o uso de TNC por parte dos médicos e o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC aos pacientes;

(30)

Investigar a relação entre o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC e o grau de conforto na abordagem das TNC com os pacientes;

Investigar a relação entre o grau de conhecimento que os médicos de MGF têm acerca das TNC e o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC aos seus pacientes;

Investigar a relação entre as perspectivas dos médicos acerca da incorporação de TNC no SNS e a sua percepção como benéficas;

Investigar a relação entre as perspectivas dos médicos acerca da inclusão das TNC na formação médica e o facto de ser médico especialista ou interno;

Investigar a relação entre as perspectivas dos médicos acerca da incorporação de TNC no SNS e a sua integração na formação médica;

Investigar a relação entre o grau de conhecimento acerca das TNC e a integração das mesmas no sistema nacional de saúde;

Com estes objectivos, elaboraram-se as seguintes hipóteses de investigação:

Hipótese 1: Existe relação entre o género e o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC.

Hipótese 2: Existe relação entre o facto de ser médico especialista ou interno e o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC.

(31)

Hipótese 3: Existe relação entre o uso de TNC por parte dos médicos e o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC aos pacientes.

Hipótese 4: Existe relação entre o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC e o grau de conforto na abordagem das TNC com os pacientes.

Hipótese 5: Existe relação entre o grau de conhecimento que os médicos de MGF têm acerca das TNC e o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC aos seus pacientes.

Hipótese 6: Existe relação entre as perspectivas dos médicos acerca da incorporação de TNC no SNS e a sua percepção como benéficas.

Hipótese 7: Existe relação entre as perspectivas dos médicos acerca da inclusão das TNC na formação médica e o facto de ser médico especialista ou interno.

Hipótese 8: Existe relação entre as perspectivas dos médicos acerca da incorporação de TNC no SNS e a sua integração na formação médica.

Hipótese 9: Existe relação entre o grau de conhecimento acerca das TNC e a integração das mesmas no sistema nacional de saúde.

(32)

Materiais e Métodos

Tipo de Estudo

Estudo observacional transversal através da aplicação de questionários para auto-preenchimento em sigilo e anonimato.

População em estudo

A população deste estudo é constituída pelos médicos presentes no XIV Congresso Nacional de Medicina Geral e Familiar que decorreu nos dias 8, 9 e 10 de Novembro de 2009 em Évora.

Os questionários foram distribuídos a 279 participantes no congresso. A taxa de resposta foi de 80%, sendo 224 o número de inquéritos respondidos, do quais 6 foram excluídos por incorrecto preenchimento do cabeçalho e 1 por não pertencer à especialidade de MGF. A amostra é constituída por 217 médicos, 101 (46,5%) especialistas de medicina geral e familiar e 116 (53,5%) a frequentar o internato complementar da especialidade de medicina geral e familiar.

Método de aplicação do questionário

Os questionários foram distribuídos pessoalmente a cada um dos participantes de cada sessão, à entrada dos auditórios e recolhidos no final das mesmas.

Questionário

O questionário apresenta-se estruturado do seguinte modo:

Dados sócio-demográficos: Idade; Sexo; Nacionalidade; Especialidade médica; Ano de licenciatura;

(33)

Perspectiva acerca da formação médica em relação às TNC na pergunta 2 e 15; Percepção dos médicos em relação ao grau de utilização de terapias não convencionais por parte dos utentes na pergunta 3;

Atitudes dos médicos perante as terapias não convencionais na sua prática clínica nas perguntas 4,5,6 e 7;

Grau de conforto com que os médicos abordam as TNC com os seus pacientes na pergunta 8;

Motivos e factores que os médicos consideram relevantes para a utilização de terapias não convencionais na pergunta 9 e 10;

Perspectiva dos médicos em relação à integração das terapias não convencionais no serviço nacional de saúde na pergunta 11;

Percepção dos médicos relativamente ao benefício/prejuízo das TNC nos cuidados de saúde das populações na pergunta 12;

Grau de utilização de TNC por parte dos médicos na pergunta 13;

Razões que possam justificar a formação médica relativamente às TNC na pergunta 14;

Utilizou-se a escala Likert com 5 pontos de 1 a 5, resposta múltipla e resposta dicotómica (tipo sim/não).

(34)

Tratamento estatístico dos dados

Os dados foram estatisticamente analisados utilizando o programa informático de tratamento estatístico SPSS (Statistical Package for Social Sciences) v17. O tratamento estatístico utilizado foi descritivo e inferencial, utilizando o teste de qui-quadrado e o teste de qui-qui-quadrado por simulação de Monte Carlo. Os resultados foram considerados estatisticamente significativos para um valor de p <0,05.

A consistência interna do questionário foi avaliada através do alfa de Cronbach. O valor obtido foi de 0,9 e como tal considera-se que o questionário apresenta boa consistência interna.

(35)

Resultados

Secção I – Análise descritiva

Foram considerados para o estudo todos os médicos da amostra.

Da população estudada 77% são do género feminino como se verifica no gráfico 1, com idades compreendidas entre os 24 e os 60 anos (gráfico 2), com média de 34,96, mediana de 30 e moda de 27. O ano de licenciatura em medicina situa-se entre o ano de 1975 e 2007 (gráfico 3), tendo como média de 1999, mediana de 2005 e moda de 2007.

Gráfico1. Caracterização da amostra por sexo.

Gráfico2. Histograma da distribuição etária.

Na distribuição etária da amostra, destaca-se a elevada percentagem (54,3%) de médicos entre a faixa etária dos 26 aos 30 anos de idade.

(36)

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Nenhum Muito pouco

Pouco Algum Muito Sem resposta Acupunctura Naturopatia Homeopatia Quiroprática Fitoterapia Osteopatia Gráfico3. Histograma do ano de licenciatura

Destaca-se a elevada percentagem de médicos (53,5%) com ano de licenciatura de 2005 a 2007, o que corresponde ao número de médicos que está a frequentar o internato da especialidade de medicina geral e familiar.

Questão nº1

Quais os conhecimentos que possui acerca das seguintes terapêuticas não convencionais?

(37)

35,5% 22,1% 75,1% 36,9% 9,2% 3,7% 6,5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% Artigos publicados Experiência pessoal Relatos de pacientes, familiares e amigos Literatura existente Formação académica Pós-graduação Workshops

Acupunctura Naturopatia Homeopatia Quiroprática Fitoterapia Osteopatia Nenhum % (N) 8,8% (19) 43,8% (95) 22,1% (48) 52,1% (113) 34,6% (75) 31,8% (69) Muito pouco % (N) 30,9% (67) 31,8% (69) 41,5% (90) 24,4% (53) 34,6% (75) 35% (76) Pouco % (N) 25,8% (56) 15,7% (34) 20,3% (44) 15,2% (33) 14,3% (31) 16,6% (36) Algum % (N) 29% (63) 5,5% (12) 11,5% (25) 5,5% (12) 11,1% (24) 13,8% (30) Muito % (N) 4,6% (10) 0,9% (2) 2,3% (5) 0,5% (1) 3,2% (7) 0,9% (2) Sem resposta % (N) 0,9% (2) 2,3% (5) 2,3% (5) 2,3% (5) 2,3% (5) 1,8% (4)

Tabela 1. Resultados da questão nº1.

O conhecimento dos médicos acerca das TNC é, na maioria dos casos, nenhum ou muito pouco. Das TNC inquiridas a acupunctura é a que apresenta um maior conhecimento por parte dos médicos.

Questão nº 1.2

De que forma adquiriu esses conhecimentos?

(38)

O conhecimento que os médicos têm acerca das TNC é em 75,1% dos casos devido a relatos de pacientes, familiares e amigos, em 36,9% através da literatura existente e 35,5% através de artigos publicados.

Questão nº2

Na sua opinião os médicos deveriam estar informados acerca das terapêuticas não convencionais mais utilizadas?

Resposta Frequência Percentagem

Discordo totalmente 1 0,5 Discordo 4 1,8 Indiferente 17 7,8 Concordo 131 60,4 Concordo totalmente 64 29,5 Total 217 100,0

Tabela 2. Resultados da questão nº2.

89,9% concordam que os médicos deveriam estar informados acerca das TNC.

(39)

Questão nº3

Com que frequência os seus pacientes perguntam a sua opinião e/ou procuram obter informações acerca do uso das terapêuticas não convencionais?

Resposta Frequência Percentagem

Nunca 1 0,5 Raramente 42 19,4 Pouco frequentemente 118 54,4 Frequentemente 52 24,0 Muito frequentemente 4 1,8 Total 217 100,0

Tabela 3. Resultados da questão nº3.

Apenas 0,5% dos médicos de MGF nunca foram questionados por parte dos seus pacientes em relação a TNC. 54,4% dos médicos responderam que os pacientes perguntam ―pouco frequentemente‖ a sua opinião relativamente às TNC.

(40)

Questão nº4

Já desaconselhou algum doente a utilizar terapêuticas não convencionais?

Resposta Frequência Percentagem

Não 123 56,7

Sim 92 42,4

Sem resposta 2 0,9

Total 217 100

Tabela 4. Resultados da questão nº4

42,4% dos médicos afirmou já ter desaconselhado algum paciente a utilizar TNC.

Questão nº5

Já aconselhou algum doente a utilizar terapêuticas não convencionais?

Resposta Frequência Percentagem

Não 90 41,5

Sim 127 58,5

Total 217 100,0

Tabela 5. Resultados da questão nº5

(41)

Questão nº6

Com que frequência referencia os seus pacientes para profissionais nas área das terapêuticas não convencionais?

.

Tabela 6. Resultados da questão nº6.

Gráfico 8. Resultados da questão nº6.

43,8% dos médicos refere que nunca referenciaram os seus pacientes para TNC. Dos 56,3% que já referenciaram, 35,5% refere que o faz raramente e 20,3% que o faz pouco frequentemente.

Resposta Frequência Percentagem

Nunca 95 43,8 Raramente 77 35,5 Pouco frequentemente 44 20,3 Frequentemente Muito frequentemente 1 0 0,5 0 Total 217 100,0

(42)

Questão nº7

Qual a sua atitude, por norma, relativamente às terapêuticas não convencionais?

Resposta Frequência Percentagem

Não recomendar 139 64,1

Recomendar 57 26,3

Sem resposta 21 9,7

Total 217 100,0

Tabela 7. Resultados da questão nº7.

64,1% dos médicos afirmou que, por norma, não recomenda TNC aos seus pacientes.

Questão nº8

Como se sente ao abordar a questão das terapêuticas não convencionais com os seus pacientes?

Resposta Frequência Percentagem

Muito desconfortável 14 6,5 Desconfortável 87 40,1 Indiferente 62 28,6 Confortável 50 23,0 Muito confortável 3 1,4 Sem resposta 1 0,5 Total 217 100,0

Tabela 8. Resultados da questão nº8.

46,6% dos médicos sentem-se desconfortáveis ao abordar as TNC com os seus pacientes.

(43)

41,9% 52,5%54,8% 13,8% 39,6% 28,6% 3,2% 3,2% 1,4% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% A pedido do paciente

Falência dos tratamentos convencionais

Evidência científica

Ter convicção que resulta

Não ser prejudicial

Não haver tratamento convencional adequado Conselho de colegas

Custo do tratamento convencional Sem resposta Gráfico 9. Resultados da questão nº8.

Questão nº9

Quais as razões que, na sua opinião, serão mais relevantes para referenciar os seus pacientes para alguma das terapêuticas não convencionais?

Gráfico 10. Resultados da questão nº9.

A evidência científica (54,8%) foi referida como a principal razão para referenciar pacientes para alguma TNC.

(44)

Questão nº 10

Qual o impacto dos seguintes factores na sua abordagem às terapêuticas não convencionais?

Gráfico 11. Resultados da questão nº10. 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0%

nenhum minimo moderado

Experiência pessoal

Recomendações dos pares

Recomendação de familiares e amigos

Estudos de caso publicados em revistas de medicinas

complementares/alternativas Estudos de caso publicados em revistas médicas

Ensaios clínicos randomizados com controlo prospectivo

Estudos retrospectivos caso-controlo publicados em revistas médicas

Evidência demonstrando o mecanismo fisiológico do tratamento

A sua experiência clínica nos seus pacientes 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0%

(45)

Nenhum Mínimo Moderado Alto Definitivo

Sem resposta

Experiência pessoal % (N) 28,6% (62) 18,9% (41) 22,1% (48) 21,2% (46) 5,5% (12) 3,7% (8)

Recomendações dos pares %(N) 15,2% (33) 26,3% (57) 34,1% (74) 19,4% (42) 0,9% (2) 4,1% (9)

Recomendação de familiares e amigos % (N)

25,8% (56) 36,9% (80) 25,3% (55) 6,9% (15) 0% (0) 5,1% (11)

Estudos de caso publicados em revistas de medicinas

complementares e alternativas % (N)

21,2% (46) 25,8% (56) 22,6% (49) 22,1% (48) 4,1% (9) 4,1% (9)

Estudos de caso publicados em revistas médicas % (N)

9,7% (21) 13,4% (29) 25,3% (55) 31,8% (69) 15,7% (34) 4,1% (9)

Ensaios clínicos randomizados com controlo prospectivo % (N)

16,1% (35) 11,1% (24) 11,5% (25) 32,3% (70) 25,3% (55) 3,7% (8)

Estudos retrospectivos caso-controlo publicados em revistas médicas % (N) 14,3% (31) 12% (26) 17,1% (37) 35% (76) 18% (39) 3,7% (8) Evidência demonstrando o mecanismo fisiológico do tratamento % (N) 11,5% (25) 12,9% (28) 24% (52) 34,6% (75) 12,9% (28) 4,1% (9)

A sua experiência clínica nos seus pacientes % (N)

12,4% (27) 19,8% (43) 26,7% (58) 31,8% (69) 6,5% (14) 2,8% (6)

Tabela 9. Resultados da questão nº10.

A recomendação de familiares e amigos é o factor que menos influencia as atitudes face às TNC e os ensaios clínicos randomizados com controlo prospectivo são os factores que maior influência exercem em relação às atitudes por parte dos médicos em relação às TNC.

(46)

Questão nº 11

Considera que as terapias não convencionais deviam ser incorporadas no serviço nacional de saúde?

Resposta Frequência Percentagem

Discordo totalmente 14 6,5 Discordo 47 21,7 Indiferente 37 17,1 Concordo 99 45,6 Concordo totalmente 19 8,8 Sem resposta 1 0,5 Total 217 100,0

Tabela 10. Resultados da questão nº11.

Gráfico 12. Resultados da questão nº11

54,4% dos médicos inquiridos concorda que as TNC deveriam ser incorporadas no SNS.

(47)

Questão nº12

Relativamente aos cuidados de saúde necessários para melhorar a qualidade de vida da população, as terapias não convencionais, podem ser:

Resposta Frequência Percentagem Muito prejudiciais Prejudiciais 0 20 0 9,2 Indiferentes 41 18,9 Benéficas 136 62,7 Muito benéficas 13 6,0 Sem resposta 7 3,2 Total 217 100,0

Tabela 11. Resultados da questão nº12

Gráfico 13. Resultados da questão nº12

68,7% dos médicos afirmam que as TNC podem ser benéficas para melhorar a qualidade de vida da população.

(48)

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% nada importante pouco importante

indiferente importante muito importante

sem resposta

Para responder às necessidades/pedidos dos pacientes

Para terem um conhecimento válido acerca dessas terapias

Para dissuadirem os pacientes a usar caso seja inseguro ou inefectivo

Para recomendarem caso seja seguro e efectivo Questão nº13

Já utilizou alguma terapêutica não convencional?

Resposta Frequência Percentagem

Não 158 72,8

Sim 56 25,8

Sem resposta 3 1,4

Total 217 100,0

Tabela 12. Resultados da questão nº13. 25,8% dos médicos refere que já utilizou alguma TNC.

Questão nº14

Quais as razões, que na sua opinião, poderiam justificar a formação médica relativamente às terapêuticas não convencionais?

(49)

Para responder às necessidades / pedidos dos pacientes % (N) Para terem um conhecimento válido acerca dessas terapias % (N) Para dissuadirem os pacientes a usar caso seja inseguro ou inefectivo % (N)

Para recomendarem caso seja seguro e

efectivo % (N) Nada importante 2,3% (5) 0% (0) 4,6% (10) 0% (0) Pouco importante 7,4% (16) 1,4% (3) 7,8% (17) 4,6% (10) Indiferente 18,9% (41) 6,9% (15) 9,2% (20) 6% (13) Importante 53,9% (117) 52,1% (113) 44,2% (96) 55,3% (120) Muito importante 14,3% (31) 36,9% (80) 30,9% (67) 31,8% (69) Sem resposta 3,2% (7) 2,8% (6) 3,2% (7) 2,3% (5)

Tabela 13. Resultados da questão nº14.

Todos os factores apresentados foram considerados importantes para justificar a formação médica relativamente às TNC.

(50)

Questão nº15

Na sua opinião, deveriam fazer parte da formação médica os conhecimentos acerca das terapêuticas não convencionais?

Resposta Frequência Percentagem

Discordo totalmente 1 0,5 Discordo 6 2,8 Indiferente 24 11,1 Concordo 127 58,5 Concordo totalmente 52 24,0 Sem resposta 7 3,2 Total 217 100,0

Tabela 14. Resultados da questão nº15.

Gráfico 15. Resultados da questão nº15.

82,5% dos médicos inquiridos afirmou que concorda que os conhecimentos das TNC deveriam fazer parte da formação médica.

(51)

Secção II – Análise inferencial

1. Comparação do género com o aconselhamento, a referenciação e a atitude habitual acerca da recomendação de TNC:

Tabela 15. Comparação das repostas da questão nº5 por género. O aconselhamento das TNC não varia consoante o género (p=0,37).

Tabela 16. Comparação das respostas da questão nº6 por género. A referenciação de pacientes para TNC não varia consoante o género (p=0,386*).

* Efectuado recorrendo ao teste de qui quadrado por simulação de Monte Carlo Género Total Feminino Masculino Questão nº 5 Não 72 18 90 Sim 95 32 127 Total 167 50 217 Género Total Feminino Masculino Questão nº 6 Nunca 77 18 95 Raramente 54 23 77 Pouco frequentemente 35 9 44 Frequentemente 1 0 1 Muito Frequentemente 0 0 0 Total 167 50 217

(52)

Tabela 17. Comparação das respostas da questão nº7 por género.

A atitude habitual em relação à recomendação de TNC, não varia consoante o género (p=0,93).

Como podemos verificar não existe relação entre o aconselhamento, a referenciação e a atitude habitual acerca da recomendação de TNC com o género.

2. Comparação o facto de ser médico especialista ou interno com o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC:

Tabela 18. Comparação das respostas da questão nº5 com o ano de licenciatura. Existe relação entre o aconselhamento de TNC e o facto de se ser médico especialista ou interno da especialidade (p=0,034), em que os especialistas tendem a aconselhar mais as TNC aos seus pacientes.

Género Total Feminino Masculino Questão nº 7 Não 108 31 139 Sim 44 13 57 Total 152 44 196 Ano de licenciatura Total Especialistas Internos Questão nº 5 Não 34 56 90 Sim 66 60 126 Total 100 116 216

(53)

Tabela 19. Comparação das respostas da questão nº6 com o ano de licenciatura. Não existe relação entre a referenciação de TNC e o facto de se ser médico especialista ou interno da especialidade (p=0,089*).

* Efectuado recorrendo ao teste de qui quadrado por simulação de Monte Carlo

Tabela 20. Comparação das respostas da questão nº7 com o ano de licenciatura. Existe relação entre a atitude habitual acerca da recomendação de TNC e o facto de se ser médico especialista ou interno da especialidade (p=0,015), em que os internos tendem a ter uma atitude mais favorável à recomendação que os especialistas.

Como podemos verificar o aconselhamento e a atitude habitual acerca da recomendação de TNC estão relacionados com o facto de se ser especialista ou interno de MGF, embora de formas opostas. Os especialistas tendem a aconselhar mais aos pacientes as

Ano de Licenciatura Total Especialistas Internos Questão nº 6 Nunca 38 57 95 Raramente 43 34 77 Pouco frequentemente 18 25 43 Frequentemente Muito frequentemente 1 0 0 0 1 0 Total 100 116 216 Ano de licenciatura Total Especialistas Internos Questão Nº 7 Não 74 65 139 Sim 19 37 56 Total 93 102 195

(54)

TNC do que os internos, mas estes tendem a ter uma atitude habitual mais favorável à recomendação de TNC que os especialistas.

Quanto à referenciação para TNC não existe diferença estatisticamente significativa entre os internos e os especialistas.

3. Comparação entre o uso de TNC por parte dos médicos e o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC aos pacientes.

Tabela 21. Comparação das respostas da questão nº5 com as respostas da questão nº13. Existe relação entre o aconselhamento de TNC com o uso de TNC por parte dos médicos (p<0,01), em que os médicos que já utilizaram alguma TNC tendem a aconselhar mais TNC aos seus pacientes.

Tabela 22. Comparação das respostas da questão nº6 com as respostas da questão nº13. Questão nº 13 Total Não Sim Questão nº5 Não 79 10 89 Sim 79 46 125 Total 158 56 214 Questão nº 13 Total Não Sim Questão nº 6 Nunca 82 13 95 Raramente 53 22 75 Pouco frequentemente 23 20 43 Frequentemente 0 1 1 Muito frequentemente 0 0 0 Total 158 56 214

(55)

Existe relação entre a referenciação de TNC com o uso de TNC por parte dos médicos (p<0,01*), em que os médicos que já utilizaram alguma TNC tendem a aconselhar com mais frequência TNC aos seus pacientes.

* Efectuado recorrendo ao teste de qui quadrado por simulação de Monte Carlo

Tabela 23. Comparação das respostas da questão nº7 com as respostas da questão nº13. Existe relação entre a atitude habitual acerca da recomendação de TNC com o uso de TNC por parte dos médicos (p<0,01), em que os médicos que já utilizaram alguma TNC tendem a ter uma atitude mais favorável acerca da recomendação de TNC aos seus pacientes.

Como podemos verificar existe relação significativa entre uso de TNC por parte dos médicos e o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC aos pacientes, em que os médicos que já utilizaram TNC tendem a aconselhar, a referenciar e a ter uma atitude habitual mais favorável às TNC do que os que nunca utilizaram. Questão nº 13 Total Não Sim Questão nº 7 Não 115 23 138 Sim 28 27 55 Total 143 50 193

(56)

4. Comparação entre o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC e o grau de conforto na abordagem das TNC com os pacientes.

Tabela 24. Comparação das respostas da questão nº5 com as respostas da questão nº8. Existe relação entre o aconselhamento de TNC e o grau de conforto na abordagem das mesmas (p<0,01*), em que os médicos que se sentem mais confortáveis, tendem a aconselhar mais TNC aos seus pacientes.

Tabela 25. Comparação das respostas da questão nº6 com as respostas da questão nº8. Existe relação entre a referenciação de TNC e o grau de conforto na abordagem das TNC (p=0,017*), em que os médicos que se sentem mais confortáveis, tendem a referenciar mais os seus pacientes para TNC.

* Efectuado recorrendo ao teste de qui quadrado por simulação de Monte Carlo

Questão nº 8

Total Muito

desconfortável Desconfortável Indiferente Confortável Muito confortável

Questão nº 5 Não 10 38 33 9 0 90 Sim 4 49 29 41 3 126 Total 14 87 62 50 3 216 Questão nº 8 Total Muito

desconfortável Desconfortável Indiferente Confortável

Muito confortável Questão nº 6 Nunca 11 40 32 11 0 94 Raramente 3 32 19 23 0 77 Pouco frequentemente 0 15 11 15 3 44 Frequentemente 0 0 0 1 0 1 Muito frequentemente 0 0 0 0 0 0 Total 14 87 62 50 3 216

(57)

Tabela 26. Comparação das respostas da questão nº7 com as respostas da questão nº8. Existe relação entre a atitude habitual acerca da referenciação de TNC e o grau de conforto na abordagem das TNC (p<0,01*), em que os médicos que se sentem mais confortáveis, tendem a ter uma atitude habitual mais favorável à recomendação de TNC aos seus pacientes.

*Efectuado recorrendo ao teste de qui quadrado por simulação de Monte Carlo

Como podemos observar existe relação entre o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação e o grau de conforto na abordagem relativamente às TNC, em que os médicos que estão mais confortáveis em abordar as TNC com os pacientes, tendem a aconselhar, referenciar e a ter uma atitude mais favorável à recomendação de TNC.

Questão nº 8

Total Muito

desconfortável Desconfortável Indiferente Confortável Muito confortável

Questão nº 7

Não 13 65 38 22 1 139

Sim 0 15 14 26 2 57

(58)

5. Comparação entre grau de conhecimento que os médicos de MGF têm acerca das TNC e o aconselhamento, referenciação e atitude habitual acerca da recomendação de TNC aos seus pacientes.

Tabela 27. Comparação das respostas da questão nº1.a com as respostas da questão nº5. p<0,01

Tabela 28. Comparação das respostas da questão nº1.b com as respostas da questão nº5. p=0,002*

* Efectuado recorrendo ao teste de qui quadrado por simulação de Monte Carlo

Questão nº 5 Total Não Sim Questão nº 1.a Nenhum 10 9 19 Muito pouco 40 27 67 Pouco 23 33 56 Algum 16 47 63 Muito 1 9 10 Total 90 125 215 Questão nº 5 Total Não Sim Questão nº 1.b Nenhum 42 53 95 Muito pouco 37 32 69 Pouco 8 26 34 Algum 1 11 12 Muito 0 2 2 Total 88 124 212

(59)

Tabela 29. Comparação das respostas da questão nº1.c com as respostas da questão nº5. p=0,028

Tabela 30. Comparação das respostas da questão nº1.d com as respostas da questão nº5.

* Efectuado recorrendo ao teste de qui quadrado por simulação de Monte Carlo

Questão nº 5 Total Não Sim Questão nº 1.c Nenhum 23 25 48 Muito pouco 45 45 90 Pouco 14 30 44 Algum 5 20 25 Muito 1 4 5 Total 88 124 212 Questão nº 5 Total Não Sim Questão nº 1.d Nenhum 53 60 113 Muito pouco 24 29 53 Pouco 9 24 33 Algum 2 10 12 Muito 0 1 1 Total 88 124 212 p=0,065*

(60)

Tabela 31. Comparação das respostas da questão nº1.e com as respostas da questão nº5. p=0,001

Tabela 32. Comparação das respostas da questão nº1.f com as respostas da questão nº5. p=0,052*

Existe relação entre o grau de conhecimento e o aconselhamento de TNC, excepto para a quiroprática (nº1.d) e a osteopatia (nº1.f). Os médicos que têm maior grau de conhecimento tendem a aconselhar mais as TNC aos seus pacientes.

* Efectuado recorrendo ao teste de qui quadrado por simulação de Monte Carlo

Questão nº 5 Total Não Sim Questão nº 1.e Nenhum 42 33 75 Muito pouco 33 42 75 Pouco 8 23 31 Algum 3 21 24 Muito 2 5 7 Total 88 124 212 Questão nº 5 Total Não Sim Questão nº 1.f Nenhum 35 34 69 Muito pouco 35 41 76 Pouco 11 25 36 Algum 8 22 30 Muito 0 2 2 Total 89 124 213

(61)

Tabela 33. Comparação das respostas da questão nº1.a com as respostas da questão nº6. p<0,01*

Tabela 34. Comparação das respostas da questão nº1.b com as respostas da questão nº6. p<0,01*

* Efectuado recorrendo ao teste de qui quadrado por simulação de Monte Carlo

Questão nº 6 Total Nunca Raramente Pouco frequentemente Questão nº 1.a Nenhum 10 8 1 19 Muito pouco 43 18 6 67 Pouco 28 20 8 56 Algum 12 29 22 63 Muito 2 2 6 10 Total 95 77 43 215 Questão nº 6 Total Nunca Raramente Pouco frequentemente Questão nº 1.b Nenhum 53 32 10 95 Muito pouco 31 26 12 69 Pouco 8 12 14 34 Algum 2 6 4 12 Muito 0 0 2 2 Total 94 76 42 212

(62)

Tabela 35. Comparação das respostas da questão nº1.c com as respostas da questão nº6.

p=0,002*

Tabela 36. Comparação das respostas da questão nº1.d com as respostas da questão nº6. p=0,005*

* Efectuado recorrendo ao teste de qui quadrado por simulação de Monte Carlo

Questão nº 6 Total Nunca Raramente Pouco frequentemente Questão nº 1.c Nenhum 28 13 7 48 Muito pouco 45 34 11 90 Pouco 14 17 13 44 Algum 7 10 8 25 Muito 0 1 4 5 Total 94 75 43 212 Questão nº 6 Total Nunca Raramente Pouco frequentemente Questão nº 1.d Nenhum 59 40 14 113 Muito pouco 25 17 11 53 Pouco 7 14 12 33 Algum 3 5 4 12 Muito 0 0 1 1 Total 94 76 42 212

(63)

Tabela 37. Comparação das respostas da questão nº1.e com as respostas da questão nº6. p=0,02*

Tabela 38. Comparação das respostas da questão nº1.f com as respostas da questão nº6. p<0,01*

Existe relação entre o grau de conhecimento e a referenciação de TNC para todas as TNC questionadas, em que os médicos que têm maior grau de conhecimento tendem a referenciar mais os seus pacientes para TNC.

* Efectuado recorrendo ao teste de qui quadrado por simulação de Monte Carlo

Questão nº 6 Total Nunca Raramente Pouco frequentemente Frequentemente Questão nº 1.e Nenhum 46 20 9 0 75 Muito pouco 33 31 11 0 75 Pouco 9 12 10 0 31 Algum 4 11 8 1 24 Muito 2 1 4 0 7 Total 94 75 42 1 212 Questão nº 6 Total Nunca Raramente Pouco frequentemente Questão nº 1.f Nenhum 42 20 7 69 Muito pouco 34 31 11 76 Pouco 11 14 11 36 Algum 7 12 11 30 Muito 0 0 2 2 Total 94 77 42 213

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Tabela 20. Comparação das respostas da questão nº7 com o ano de licenciatura.
Tabela 22. Comparação das respostas da questão nº6 com as respostas da questão nº13.
Tabela 25. Comparação das respostas da questão nº6 com as respostas da questão nº8.
Tabela 26. Comparação das respostas da questão nº7 com as respostas da questão nº8.
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Referências

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