Prof: Fábio de Oliveira Alves Contatos: fabiooalves@yahoo.de
fabio.oalves@kroton.com.br
Gestão, Normalização e Certificação
para a Qualidade
Aula 7 – Gerenciamento pelas Diretrizes
Gerenciamento pelas Diretrizes Gerenciamento Interfuncional Gerenciamento da Rotina do Trabalho do dia a dia ou Gerenciamento Funcional • Estabelecimento de padrões • Manutenção de padrões • Melhoria de padrões • Estabelecimento das Diretrizes • Desdobramento das diretrizes • Controle das diretrizes GQ - Fábio Alves 2
Gerenciamento pelas Diretrizes
Sistema administrativo Praticado por todos
Visa garantir sobrevivência
Gerenciamento pelas Diretrizes (GPD)
1 - Visão Estratégica 2 – Prática do CQ / GR
Conduzido pela alta Administração
Definição de Gerenciamento pelas
Diretrizes
Ex. Empresa 1: Processos (P) Autônomos na Prática do CQ – Sem direcionamento Estratégico
P1
Ex. Empresa 2: Processos (P) COM direcionamento Estratégico 1 - Visão Estratégica
P1
2 – Prática do CQ / GR
OBJETIVO
Direcionar a caminhada
do CQ / GR
Em direção a
sobrevivência a longo
prazo.
GQ - Fábio Alves 5Definição de GpD
Gerenciamento pelas Diretrizes
• Sistema de Gerenciamento no qual a Alta Administração determina diretrizes e lidera sua implantação, promovendo desdobramento de metas e medidas a serem, respectivamente, atingidas e executadas por todos níveis gerenciais.
• Objetivos:
o“Garantir a perfeita satisfação das necessidades dos clientes a um preço que possam pagar”
oAlcançar metas da Alta Administração oMelhorar procedimentos e padronizar
oPermitir que cada empregado compreenda seu posicionamento na empresa.
GQ - Fábio Alves 6
O
Gerenciamento
pelas
diretrizes
(denominado “Hoshin Kanri” no Japão) é
um mecanismo que concentra toda a força
intelectual
de
todos
os
funcionários,
focalizando-a
para
as
metas
de
sobrevivência de uma organização.
O Gerenciamento pelas diretrizes é um
sistema voltado para
atingir
as
metas que
não
podem
ser
atingidas
pelo
Gerenciamento da Rotina.
GQ - Fábio Alves 7
Definição de GpD
GQ - Fábio Alves 8
O Gerenciamento
pelas diretrizes
O Gerenciamento da
Rotina
Base do trabalho de uma empresa
Depende de um bom GR
Busca manter e melhorias incrementais Visa melhorias
rompedoras, Planejamento
Modificar os padrões Seguir e melhorar os padrões modificados
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Definição de GpD
Plano de Longo Prazo
Metas Anuais + Plano de ação Administração Estratégica Gerenciamento pelas Diretrizes Gerenciamento da Rotina GQ - Fábio Alves 10
Definição de GpD
Definir as Metas Definir Educar e Treinar Executar a tarefa (coletar dados) Verificar os resultados da tarefa executada Atuar corretivamente os métodos que permitirão atingir as metas propostas D (DO) (Exe cuçã o) P (P lan )(P lan ejar) A (Act ion) (Atu ação corr etiv a) C (C heck )(V erifica ção) Planejamento Estratégico (P) Atividades para determinar • Metas (Visão) • Meios (Estratégia) ADM EstratégicaSignificado do Planejamento Estratégico
ESTRATÉGIA
MEIOS necessários para atingir a VISÃO FATOS DADOS VALORES 5 - 10 Anos O que serei? VISÃO ESTRATÉGICA
Gerenciamento pelas Diretrizes (GPD)
GQ - Fábio Alves 13
Significado do Planejamento Estratégico
Planejamento estratégico
• “Se você não sabe onde quer chegar,
qualquer caminho serve”.
Alguns conceitos básicos que podem auxiliar no estabelecimento do futuro desejado e dos “caminhos” para atingi-lo são:
• Visão: onde eu quero chegar? O que a empresa vislumbra ser daqui a 5 ou 10 anos.
• Missão:para que a empresa existe?
• Valores: princípios básicos que fundamentam a empresa; crenças que formam a filosofia da empresa.
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Planejamento estratégico
Missão
• É a razão da existência de uma organização, é a função desempenhada de modo a tornar útil sua ação, justificar seus lucros, do ponto de vista dos grupos a ela ligados e da sociedade em que atua.
• É diretiva:
o Onde concentrar recursos?
o Onde procurar novas oportunidades? o Onde construir o sucesso da empresa?
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Planejamento estratégico
Visão
• A visão constitui um futuro realista, digno e atraente para a empresa.
• É uma ideia energizante, que antecipa o futuro, invocando habilidades e os talentos necessários para concretizá-lo. • É a expressão formal dos fundamentos da organização,
declaração de princípios e um estado futuro que se deseja alcançar.
• O que somos? O que queremos ser? • No que acreditamos?
“Visão sem ação não passa de um sonho. Ação sem
visão é só um passatempo. Visão com ação pode mudar o mundo” (Joel A. Barker)
Planejamento estratégico
Visão
• Características – a visão deve ser:
oiniciativa da alta administração;
oformulada após análise do meio ambiente (mercado e concorrentes);
oestabelecida sobre os fins;
oestabelecida sobre as dimensões da Qualidade;
odifundida por toda a empresa.
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Planejamento estratégico
Valores
• Convicções claras e fundamentais que a empresa defende e adota (crenças e posturas éticas).
• Temas mais relacionados:
o Consumidor o Ética o Participação comunitária o Parceria o Qualidade o Recursos Humanos o Sustentabilidade o Transparência GQ - Fábio Alves 18
Planejamento estratégico
Exemplos deVisão:• Vale:“Ser a empresa de recursos naturais global número um em criação de valor de longo prazo, com excelência, paixão pelas pessoas e pelo planeta.”
• Gerdau:“Ser global e referência nos negócios em que atua.”
• Kroton: Ser referência em educação, atuando de forma inovadora e sustentável, e a melhor escolha para estudar, trabalhar e investir, líder nos mercados onde atua.
• Walt Disney:“Criar um mundo onde todos possam se sentir crianças.”
Planejamento estratégico
Exemplos deMissão:
• Vale: “Transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável.”
• Gerdau: “Gerar valor para nossos clientes, acionistas, equipes e a sociedade, atuando na indústria do aço de forma sustentável.”
• Kroton: “Melhorar a vida das pessoas por meio da educação responsável e de qualidade, formando cidadãos e preparando profissionais para o mercado, contribuindo para o desenvolvimento de seus projetos de vida.”
Planejamento estratégico
Exemplo deValores
• Vale:
A vida em primeiro lugar
Valorizar quem faz a nossa empresa
Cuidar do nosso planeta
Agir de forma correta
Crescer e evoluir juntos
Fazer acontecer
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META!
Uma meta é um alvo a ser alcançado no futuro.
Partes de uma meta
Objetivo Gerencial Valor Prazo
Reduzir o número de reclamações Em 50%
Até dezembro deste ano
Visitar todos os clientes ainda este ano
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Definição das Diretrizes e Metas
Diretriz
Meta a ser alcançada
Procedimentos para atingir as
metas – Medidas/ Método/ Plano
+
Exemplo de Diretriz:
Meta:Aumentar a produtividade da empresa em 12% até o final deste ano.
Medidas:1) Reduzir o custo fixo; 2) Reduzir o custo variável; 3) Reduzir as reclamações de clientes; 4) Aumentar a disponibilidade dos equipamentos;
5) Desenvolver novos produtos; 6) Aumentar vendas.
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Definição das Diretrizes e Metas
Crenças e Valores da Adm.
Visão para Adm. do Negócio Estratégia para Adm. do Negócio
Tática para Administração do Negócio
Operação do Negócio
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Responsabilidades da Alta
Administração na implantação do GpD
Planejamento de Longo Prazo
Avaliação
Planejamento de Médio Prazo e Metas
Planejamento Anual e Metas
1 – Estabelecimento das diretrizes anuais
da presidência
2 – Desdobramento das diretrizes
3 – Estabelecimento dos itens de controle.
O Gerenciamento das Diretrizes
compõe-se de:
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Gerenciamento das Diretrizes
Planejamento Estratégico
Estabelecimento das Diretrizes anuais do Presidente
Desdobramento das diretrizes Estabelecimento de itens de
Controle Controle Revisão anual
Análise da situação atual e resultados do ano anterior
Gerenciamento das diretrizes do ano GQ - Fábio Alves 26
Estágios do GpD – Conceitos
Desdobramento
Meta Medidas Meta Medidas Meta MedidasA
Meta Medidas Meta Medidas Meta MedidasB
Desdobramento Orientação Análise DiretrizGerenciamento das Diretrizes
Desdobramento
Meta Medidas Meta Medidas Meta Medidas A Meta Medidas Meta Medidas Meta Medidas A DiretrizPresidente Meta: Aumentar a produtividade da empresa em 12% até o final deste ano. Medidas: 1) Reduzir o custo fixo;
2) Reduzir despesas administrativas; etc..
Diretriz
Diretor Objetivo Gerencial: Reduzir despesas administrativas/ Valor: 20%/ Prazo: até Novembro Medidas: 1) Reduzir gasto com material de escritório; 2) Reduzir despesas com viagem, etc.
Gerenciamento das Diretrizes
Desdobramento
Observe que: A Medida “reduzir despesas com viagem” é estabelecida de tal modo a ser compatível com outra medida em nível hierárquico superior: “reduzir as despesas administrativas”.
Meta Medidas Meta Medidas Meta Medidas B GQ - Fábio Alves
Gerenciamento das Diretrizes
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Diminuir gastos c/ desenvolvimento
Chefe de Departamento
de Software Gerente de Projeto
Projetista META MÉTODO Prestigiar reuso no projeto META MÉTODO Projetar utilizando padrões para reuso
META MÉTODO Design patterns ... GQ - Fábio Alves 30
Desdobramento – Exemplo 2
Tentar reusar o que foi feito Definir padrões para reuso de componentes ... REDUZIR 10 % MANUTENÇÃO CORRETIVA REDUZIR 8% CONSUMO DE ENERGIA AUMENTAR 5% DA PRODUÇÃO AUMENTAR 5% DO MERCADO INTERNO REDUZIR 8% DOS ESTOQUES 1 2 4 3 Item de controle do Presidente Item de controle do Diretor 1 Item de verificação do Presidente e item de controle do Diretor 2 Processo do Diretor 1 Item de controle do Gerente B do Diretor 4 Processo do Presidente REDUZIR 12% DOS CUSTOS A B A B A B A B A B REDUZIR AS HORAS EXTRAS EM 25% A B AUMENTAR 10% DO MERCADO EXTERNO A B GQ - Fábio Alves 31
Desdobramento das metas
VISÃO Como ser -caminho para alcançar a visão
Desdobramento
Conselho Presidente Diretor Chefe departamento Chefe Seção Sup. Sup. Staff Chefe Seção Sup. Sup. Staff METAS-MÉTODO METAS - MÉTODO METAS - MÉTODO METAS - MÉTODO METAS - MÉTODO METAS - MÉTODO METAS - MÉTODO METAS - MÉTODO GQ - Fábio Alves 32GQ - Fábio Alves 33
Gerenciamento das Diretrizes
Condições necessárias para aplicação do GpD:
Fonte: CARVALHO e PALADINI (2005, p. 191)
Iniciativas da direção superior
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Especifica diretrizes
Condições Preliminares
usando
Medições, Auditorias e Pesquisas (Avaliação Interna) • situação atual e tendências • áreas críticas e lacunas • áreas de melhoria
O estudo preliminar permite determinar
ONDE atuar
Áreas prioritárias
Gerenciamento das Diretrizes
O QUE, QUANTO e QUANDO fazer COMO fazer Plano estratégico de gestão Melhores práticas
1 – Finalidade do diagnóstico do presidente:
O GpD está sendo bem conduzido? Definir pontos fracos. 2 – Etapas do diagnóstico do presidente:
• Fase anterior à visita. • Visita à unidade. • Fase posterior à visita.
3 – Vantagens do diagnóstico do presidente: • sentir o estado real da empresa; • manter relacionamento;
• estímulo ao estudo e efetivação do CQ.
O Diagnóstico do presidente é uma atividade final do GpD, que objetiva avaliar e melhorar o processo.
Comparativo: GpD x Gerenciamento da Rotina
GQ - Fábio Alves 37 Gerenciamento das Diretrizes Gerenciamento da RotinaFinalidade Melhorias drásticas Manutenção e melhoria
Padrões Reprojeto Acompanhado e melhorado
Atividades básicas Desdobramento das diretrizes Manutenção e padronização do processo Principal processo Localizar as coisas certas a fazer
Fazer as coisas de modo certo
Ponto de partida e
gerenciamento Direção superior
Gerentes de cada uma das unidades Pessoas envolvidas no planejar Da direção até o nível médio de gerência Gerentes de unidades Pessoas envolvidas no executar Qualquer um que
possa contribuir Todos
Questões para Discussão
• Qual é o papel da alta administração no Gerenciamento pelas Diretrizes?
• Quais são os riscos para uma empresa de não se definirem diretrizes claras, deixando que cada setor caminhe na sua própria direção?
• Um planejamento estratégico, uma vez definido, pode sofrer revisões?
• Discutir a afirmação: “Planejar no Brasil é bobagem, pois a instabilidade é muito grande”.
• Qual é a importância de se definir a visão da empresa? • Explique, com suas palavras, a necessidade de se praticar
a análise de processo para se determinar uma estratégia (meio) a partir da visão (fim).
• Discuta o método de desdobramento das diretrizes de um nível hierárquico para outro.
GQ - Fábio Alves 38
Referências
CAMPOS, Vicente Falconi. TQC – Controle da
Qualidade Total: no estilo japonês. 8. ed. Nova
Lima-MG: INDG, 2004. Cap. 6.
Bibliografia complementar:
CARVALHO, M. M. & PALADINI, E. P. (Org).
Gestão da Qualidade: teoria e casos. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005. Cap. 6.