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ASSUNTO Solicita autorização para que os cursos noturnos de Ciências Econômicas e de Ciências Contábeis possam ser integralizados em quatro anos.

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Academic year: 2021

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INTERESSADO/MANTENEDORA F a c u l d a d e s M e t r o p o l i t a n a s Unidas - FMU UF SP ASSUNTO S o l i c i t a a u t o r i z a ç ã o p a r a que o s c u r s o s n o t u r n o s d e C i ê n c i a s Econômicas e d e C i ê n c i a s C o n t á b e i s possam s e r i n t e g r a l i z a d o s em q u a t r o a n o s .

RELATOR: SR. CONS. RAULINO T R A M O N T I N

PARECER N.º 827/93 CÂMARA OU COMISSÃO CESu

I - RELATÓRIO

APROVADO EM 09/12/93 PROCESSO N.º

As Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU, por seu Diretor e com a aprovação de sua Mantenedora, com sede na cidade de São Paulo - SP, expõem o que se segue, a respeito do prazo mínimo de integralização dos cursos de Ciências Contábeis c de Ciências Econômicas, ministrados no período noturno:

"l. Considerando que o Egrégio Conselho Federal de Educação, através do Parecer CFE n° 375/84, de 06 de junho de 1984m referendado pela Resolução CFE n° 11/84 de 26 de junho de 1984, aprovou e fixou o currículo mínimo para o Curso de Ciências Econômicas, com duração mínima de 2.700 horas e integralização em 04 (quatro) anos para o curso ministrado no período diurno e, no caso de cursos noturnos, integralização em, no mínimo, 05 (cinco) anos;

"2. Considerando que este Egrégio Colegiado, através do Parecer CFE n° 267/92, de 05 de maio de 1992, e da Resolução CFE n° 03/92 de 05 de outubro de 1992, aprovou e fixou o currículo mínimo para o Curso de Ciências Contábeis, com duração mínima de 2.700 horas c integralização em 04 (quatro) anos para curso ministrado no período diurno e, no caso de cursos noturnos, integralização em, no mínimo, 05 (cinco) anos;

"3. Considerando que, em recente decisão, esse colendo Conselho, fixou a nova estrutura curricular, mínim a para o curso de Administração, conforme Parecer CFE n°

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433/93, de 05 de agosto de 1993, e Resolução C F E n° 02/93, de 04 de outubro de 1993, com duração mínima de 3.000 horas e integralização em 04 (quatro) anos;

"4. Considerando a crescente evasão verificada no curso de Ciências Econômicas, a partir da vigência do novo currículo (em 1995), em todas as Instituições q u e o ministram no período noturno, e a constante redução da procura pelo curso, por parte dos vestibulares face a duração de cinco (5) anos, conforme dados demonstrados nas tabelas a seguir;

"5. Considerando q u e a hora/aula t e m duração mínima de 50 minutos, tanto no período diurno quanto no noturno, em todo o País;

"6. Considerando q u e a argumentação contida no Parecer C F E n° 375/84 (último parágrafo q u e antecede o Voto do Relator), da lavra do ilustre Conselheiro Armando Dias M e n d e s onde, naquela oportunidade, observou "... o curso se contém, como agora, no limite de 2.700 horas, e duração média de 4 anos. Esta duração é aumentada para o mínimo de 5 anos a um máximo de 8 anos". E o Relator continua em arrazoado: "... AS RAZÕES SÃO ÓBVIAS E CONHECIDAS: A DURAÇÃO DOS T U R N O S N O T U R N O É M E N O R COMPREENDENDO N Ú M E R O I N F E R I O R DE AULAS, OS A L U N O S GERALMENTE TRABALHAM D U R A N T E O DIA E, PORTANTO, O RENDIMENTO ESCOLAR N Ã O PODE SER O MESMO", (grifo nosso).

"7. Considerando q u e o alunado do período noturno não p o d e ser discriminado, cumprindo um (1) ano a mais de curso q u e o seu colega do período diurno, c q u e os cursos noturnos e seu alunado não p o d e m ser considerados de "segunda classe" em relação aos mesmos cursos ministrados no período diurno;

"8. Considerando q u e a conclusão do ilustre Conselheiro, s.m.j., não deve ser tomada como absoluta, pois n e m sempre reflete a realidade, já q u e a duração mínima da hora/aula é a mesma para qualquer período (50 minutos), a grande maioria das Instituições q u e ministram o curso de Ciências Econômicas o fazem em jornadas diárias de quatro (4) horas/aula, em qualquer turno; a maioria dos alunos do período noturno trabalham sim, mas isto não constitui, necessariamente, cm fator de M E N O R D E S E M P E N H O , lembrando que, na maioria das vezes, a experiência e vivência adquirida em seu trabalho, é um forte elemento no processo ensino-aprendizagem, notadamente nas disciplinas ou matérias de cunho profissionalizantes;

"9. Considerando q u e o curso de Ciências Contábeis, para a maioria das Instituições, ainda permanece com duração de quatro (4) anos, em período noturno, d e v e n d o passar a cinco (5) anos a partir de 1994, nos termos da Resolução C F E 03/92;

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-"10. Considerando que, recentemente, s.m.j., o Parecer CFE n° 608/93, de outubro/93, aprovou uma nova estrutura curricular para o curso de Ciências Contábeis, nos termos da Resolução CFE n° 03/92, oferecido no período noturno, com duração de quatro (4) anos;

"11. Considerando que o curso de Ciências Contábeis deverá passar pelo mesmo processo de perda de interesse para os vestibulandos, possivelmente privilegiando o curso de Administração (por se da mesma área gerencial), e que o acréscimo de um ano não significa MELHOR FORMAÇÃO, mas sim, uma discriminação para aqueles que se interessam pelo curso mas somente podem frequentá-lo no período noturno, acarretando pesados ónus financeiro c profissional justamente para quem trabalha para sobreviver."

Em face dessa exposição, as FMU, consultam este CFE sobre:

Ha) a possibilidade de manter-se o curso de Ciências Contábeis com integralização mínima de quatro (4), indistintamente quanto ao turno de funcionamento, devendo, a IES, adequar seus planos curriculares do curso ao currículo mínimo c carga horária, conforme o disposto na Resolução CFE n° 03/92.

"b) a possibilidade de se reverter o tempo mínimo de integralização do curso de Ciências Econômicas, oferecidos em turno noturno, para quatro (4) anos, mantendo-se os mínimos de conteúdo e carga horária nos termos da Resolução CFE n° 11/84."

Este Relator, em processo de interesse da Universidade Federal de Viçosa, sobre o mesmo assunto, entendeu que:

A duração dos cursos superiores, após a reforma universitária, delineada pela Lei n° 5.540, de 1968, e pelo Decreto-Lei n° 464, de 1969, não deveria ser fixada em anos letivos, especialmente para os cursos que adotam o regime de matrícula por disciplina. A duração total e os mínimos e máximos de integralização anuais devem ser fixados em horas/aula, por turno. A noite, por exemplo, o número de aulas/dia deve ser compatível com a clientela que, geralmente, trabalha durante o dia. Mesmo à noite, pode-se adotar carga-horária diferenciada, tendo em vista as características de ocupação urbana da sede do curso, como bem expõe a UFV. O período diurno, por outro lado, enseja uma jornada diária superior à noturna, com a possibilidade de se oferecer disciplinas e atividades pela manhã e à tarde, com plena utilização dos recursos humanos, físicos c materiais da IES.

Além dos aspectos inovadores da Lei n° 5.540/68, deve-se levar em conta, ainda, as características e diversidades regionais e, às vezes, locais do nosso País. Em uma dada cidade, como a de Viçosa, pode-se oferecer uma jornada diária mais densa ao educando, no período noturno. Em outras — uma megalópole, como São Paulo ~ é

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aconselhável uma oferta de horas-aula, por noite, compatível com a complexidade das atividades laboriosas, dos transportes urbanos e da ocupação espacial da cidade.

Apenas com o propósito de se evitar o estudante profissional e de se mensurar a produtividade do ensino superior, o CFE deve estabelecer o número máximo de anos letivos para a integralização de cada curso superior, ao fixar os mínimos de duração e conteúdo, diferenciado para o turno da noite, em prazo maior.

Entendemos que, diante dessa realidade, após fixados os mínimos de conteúdo e duração (em horas-aula) de cada curso, caberia ao Conselho de Educação competente, mediante proposta da IES, ou, no caso das universidades, ao Conselho Universitário (ou colegiado similar) aprovar a carga horária/dia e o número de dias letivos de cada semestre, para implementação do currículo pleno e sua consequente integralização.

O Cenário atual da demanda aos cursos de Ciências Econômicas e de Ciências Contábeis aponta para um declínio da procura, que pode ter origem na duração mínima de cinco anos para os ministrados no período noturno.

A tendência mundial é de se fixar a duração mínima de cursos superiores em prazos razoáveis, como quatro anos, para a formação profissional básica, levando-se as especializações para a pós-graduação ou para o retorno do aluno à graduação, para obtenção de novas habilitações.

Por outro lado, a duração maior para os cursos noturnos não parece conduzir a uma melhoria da qualidade do ensino, nesse segmento importante do ensino superior brasileiro. Com a jornada diária de quatro horas-aula, compatível com os cursos noturnos, pode-se programar períodos letivos semestrais com dezessete, dezoito, dezenove e, até, vinte semanas, satisfazendo, plenamente, a duração mínima estipulada.

A recente resolução deste Conselho, sobre os mínimos de conteúdo e duração do curso de Administração, cuja duração mínima foi fixada em 3.000 h/a, podendo ser integralizada em quatro anos, mesmo nos cursos noturnos, é uma demonstração cristalina de que a duração obrigatória, mínima, de cinco anos, para outros cursos noturnos, da mesma área do conhecimento humano, no caso, Ciências Econômicas e Ciências Contábeis, pode, também, ser reduzida para quatro anos.

As normas vigentes sobre a duração dos cursos superiores e a integralização anual dos currículos plenos (prazos mínimo e máximo), no caso específico dos cursos de Ciências Econômicas e de Ciências Contábeis, a sua desatualização, merecem, portanto, ser revistas.

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II - VOTO DO RELATOR

Este Relator vota:

a) pelo indeferimento do pleito das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), com sede em São Paulo (SP), relativamente à redução de cinco para quatro anos, da duração mínima dos cursos noturnos de Ciências Econômicas c Ciências Contábeis, por falta de amparo na legislação específica, vigente;

b) pelo encaminhamento deste processo à Comissão Central de Currículos, para que esta promova estudos urgentes para a reformulação das normas vigentes sobre a duração dos cursos superiores, tendo em vista as questões levantadas neste parecer e de outras que, porventura, já estejam sendo examinadas pela referida Comissão.

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IV - DECISÃO DA CÂMARA

0 Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou, por unanimidade, a conclusão da Câmara.

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