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JULGAMENTO DE RECURSO - HABILITAÇÃO

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JULGAMENTO DE RECURSO - HABILITAÇÃO

Protocolo: 3711/2016PF Processo: CONCORRÊNCIA PÚBLICA SESI/SENAI-PR Nº 904/2016

Objeto: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE DESENVOLVIMENTO DE CURSO À DISTÂNCIA

Abertura: 04 09 2017

Recorrente: CONSÓRCIO ARAUCÁRIA, representado pelas empresas SOFHAR GESTÃO & TECNOLOGIA S.A. e CAFÉ TREINAMENTOS E INFORMÁTICA EIRELI – ME Recorrida:

MSTECH EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA EIRELI

BENNER TECNOLOGIA E SISTEMAS DE SAÚDE LTDA. COMISSÃO DE LICITAÇÕES DO SESI/SENAI-PR

1.

DA TEMPESTIVIDADE

É tempestivo o recurso apresentado pelo CONSÓRCIO ARAUCÁRIA, representado pelas empresas SOFHAR GESTÃO & TECNOLOGIA S.A. e CAFÉ TREINAMENTOS E INFORMÁTICA EIRELI – ME no dia 13 de setembro de 2017 as 15h25min, meio físico, contra o julgamento de habilitação, parte integrante da ata da sessão pública, publicado em 28 de agosto de 2017.

• Publicado o recurso apresentado em 13/09/17, foi oportunizada a apresentação de contrarrazões, onde a empresa MSTECH EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA EIRELI, apresentou seus argumentos tempestivamente no dia 18 de setembro de 2017 às 09h54min, por meio por meio eletrônico (e-mail), e;

A empresa BENNER TECNOLOGIA E SISTEMAS DE SAÚDE LTDA apresentou seus argumentos tempestivamente no dia 18 de setembro de 2017 às 15h12min, por meio por meio eletrônico (e-mail), e

2.

DAS RAZÕES DOS RECURSOS APRESENTADOS: 1. CONSÓRCIO ARAUCÁRIA

1.1 A Recorrente Alega:

a) Que não há proibição/vedação de participação de consórcio,

b) Ainda cita que não há proibição no item 3.1 do edital, assim como há no item 3.3, copia ainda por sua vez o texto do item 3.1 3.1 “Poderão participar deste certame, as empresas do ramo pertinente ao objeto e que atenderem a todas às exigências constantes deste Edital e seus anexos”.

c) Alega que por se tratar de objeto de alta complexidade e de relevância vulto, não pode a Comissão impedir a participação do Consórcio, repetindo ainda que o edital não deixar claro a vedação de consórcio;

d) Diz que a união das duas empresas se dá pelo fato de unir know-how, uma vez que, sozinhas não é possível o atendimento.

1.2 Do Pedido:

a) Solicita que a Comissão aceite o Consórcio para a participação da licitação, tendo em vista o grau de sua complexidade.

3.

DAS CONTRARRAZÕES APRESENTADAS: 1. MSTECH EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA EIRELI 1.1 A Recorrida Alega:

a) Cita que para participação de consórcio deverá haver regras especificas e diferenciadas;

b) Ainda alega que, caso seja objeto de grau de complexidade elevado, cabe ainda aceitar ou não a participação de consórcios

c) Diz em suas contrarrazões, que 4 das empresas participantes são da área de ensino a distância, e ficou claro que o consórcio não tem em sua especialidade EDUCAÇÃO A DISTANCIA;

d) Por fim, alega que o objeto do edital é de tema recorrente e não de alta complexidade. Complementado texto da Lei 8.666/93 onde se diz que considera valor de grande vulto R$ 37 milhões.

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JULGAMENTO DE RECURSO - HABILITAÇÃO

1.2 Do Pedido:

a) Diante do exposto, solicita a manutenção da decisão da Comissão de licitação, onde julgou a empresa CONSÓRCIO ARAUCÁRIA inabilitada.

2. BENNER TECNOLOGIA E SISTEMAS DE SAÚDE LTDA 2.1 A Recorrida Alega:

a) Cita o texto do artigo 33 da Lei n.º 8.666/93, alegando que é claro no sentido de que a participação de empresas em regime de consórcio deve ser permitida na licitação. Portanto, para que duas ou mais empresas possam se apresentar sob a forma de consórcio em um processo licitatório, é necessário que o ato convocatório/Edital traga previsão expressa quanto à permissão da participação de empresas em regime de consórcio, do contrário, na omissão, entende-se que é vedada a participação neste formato jurídico. Isso porque há um conjunto de regras que devem ser expressamente previstas para o caso de se permitir a participação de empresas em regime de consórcio em um determinado certame, as quais encontram-se previstas nos incisos I a V do artigo 33 e também nos parágrafos 1º e 2º do mesmo artigo. 2.2 Do Pedido:

b) Diante do exposto, solicita a manutenção da decisão da Comissão de licitação, onde julgou a empresa CONSÓRCIO ARAUCÁRIA inabilitada.

4.

DO RELATÓRIO DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO

A Comissão de Licitação do Sistema FIEP esclarece que, conforme Decisão 907/07 do Plenário do Tribunal de Contas da União: “por não estarem incluídos na lista de entidades enumeradas no parágrafo único do art. 1º da Lei 8666/93, os serviços sociais autônomos não estão sujeitos à observância dos estritos procedimentos da referida lei e, sim, aos seus regulamentos próprios devidamente publicados”.

Portanto, a aplicação da Lei 8666/93 se dá de forma subsidiária ao Regulamento de Licitações do SESI/SENAI-PR.

Salientamos ainda que, os processos de licitação da entidade atendem aos Princípios da Legalidade, da Impessoalidade, da Moralidade, da Igualdade, da Publicidade, da Probidade, da Vinculação ao Instrumento Convocatório, do Julgamento Objetivo e dos que lhe são correlatos, inadmitindo-se critérios que frustrem seu caráter competitivo. Tais princípios estão estabelecidos no Art. 2º do Regulamento de Licitações e Contratos do SESI/SENAI, no qual está respaldado o presente Edital.

A Comissão de Licitação, juntamente com a equipe técnica, passa a responder:

1) SOBRE A PREVISÃO DE CONSÓRCIO:

Vejamos ainda o que diz o Art. 33 da Lei 8.666/93, junto com seus incisos e parágrafos:

“Art. 33. Quando permitida na licitação a participação de empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes normas:

I - comprovação do compromisso público ou particular de constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados;

II - indicação da empresa responsável pelo consórcio que deverá atender às condições de liderança, obrigatoriamente fixadas no edital;

III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31 desta Lei por parte de cada consorciado, admitindo-se, para efeito de qualificação técnica, o somatório dos quantitativos de cada consorciado, e, para efeito de qualificação econômico-financeira, o somatório dos valores de cada consorciado, na proporção de sua respectiva participação, podendo a Administração estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos para licitante individual, inexigível este acréscimo para os consórcios compostos, em sua totalidade, por micro e pequenas empresas assim definidas em lei; IV - impedimento de participação de empresa consorciada, na mesma licitação, através de mais de um consórcio ou isoladamente;

V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos praticados em consórcio, tanto na fase de licitação quanto na de execução do contrato.

§ 1o No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras a liderança caberá, obrigatoriamente, à empresa brasileira, observado o disposto no inciso II deste artigo.

§ 2o O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da celebração do contrato, a constituição e o registro do consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I deste artigo.”

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JULGAMENTO DE RECURSO - HABILITAÇÃO

A não solicitação dos referidos documentos destacados acima, caracteriza mais uma vez na evidência de que se é vedada a participação de empresas em regime de consórcio na presente licitação. Afim de reforçar a argumentação temos o seguinte entendimento do TCU, a saber:

“25. A respeito da participação de consórcios, a jurisprudência desta Corte de Contas tem assentado que o art. 33 da Lei 8.666/1993 deixa à discricionariedade do gestor a decisão de admitir ou não a participação de empresas organizadas em consórcio no certame devendo o desígnio ser verificado caso a caso. ... 28. O art. 33 da Lei de Licitações expressamente atribui à Administração a prerrogativa de admitir a participação de consórcios. Está, portanto, no âmbito da discricionariedade da Administração. Isto porque, ao nosso ver, a formação de consórcio tanto pode se prestar a fomentar a concorrência (consórcio de empresas menores que, de outra forma, não participariam do certame), quanto a cerceá-la (associação de empresas que, caso contrário, concorreriam entre si) ...” (Acórdão TCU nº 2.813/2004 – 1ª Câmara, relatório do Ministro-Relator). (grifo nosso)

Como observamos é firmado pelo tribunal a admissão ou não de consórcio de empresas em licitações e contratações é competência discricionária do administrador.

O objeto em questão não é considerado como vulto de complexidade, tendo em vista que, há várias empresas do ramo EAD (Educação a distância) que atendem os requisitos sem a necessidade de serem consorciadas.

Ainda, o TCU diz:

Devem ser consideradas as circunstâncias concretas que indiquem se o objeto apresenta vulto ou complexidade que torne restrito o universo de possíveis licitantes. Somente nessa hipótese, fica o administrador obrigado a autorizar a participação de consórcio de empresas no certame, com o intuito precípuo de ampliar a competitividade e proporcionar a obtenção da proposta mais vantajosa. (TCU, Acórdão 2.831, Plenário, Rel. Min. Ana Arraes). (grifo nosso)

Portanto, com base no recurso trazido para análise, julgamento dos documentos apresentados e análise do processo em si, entende-se não haver necessidade de previsão de consórcio para o referido edital, tão pouco o acolhimento do recurso impetrado pelo CONSÓRCIO ARAUCÁRIA, representado pelas empresas SOFHAR GESTÃO & TECNOLOGIA S.A. e CAFÉ TREINAMENTOS E INFORMÁTICA EIRELI – ME.

2) ANEXOS ENCAMINHADOS

2.1) Informamos que a aceitação do documento em momento inoportuno violaria os princípios norteadores do processo licitatório. O art. 43, § 3°, da Lei de Li citações 8.666/93 veda a inclusão posterior de documento. 2.2) Ainda que utilizássemos o item 19.6 do preambulo do Edital, a fim de utilizar diligência, seria tão somente

para promover o esclarecimento ou ainda complementar a documentação apresentada no certame, porém vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originariamente no processo.

2.3) Nesse caso não cabe a diligencia uma vez que a recorrente deixou de apresentar documentos no ato do certame, pois o item pedia:

4. DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO

(...)

4.2 A proponente deverá apresentar, neste envelope, os documentos abaixo citados:

(...)

i) Certidão negativa de pedidos de falência da empresa, expedida por distribuidor judicial, com antecedência máxima de 60 (sessenta) dias corridos da data de apresentação, incluído o dia da emissão da Certidão;

(...)

4.5 Os documentos de que trata o item 4 devem ser da unidade da proponente, que efetivamente realizará o objeto do edital, seja sua matriz ou filial, exceto no que respeita ao documento descrito no item “d”.

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4.6 A empresa que não apresentar a documentação exigida neste Edital e que não atender as condições previstas no item 4 será considerada inabilitada como proponente.

A recorrente, por sua vez ainda, apresentou o seguinte documento no envelope de habilitação:

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• Fica evidenciado nos documentos apresentados acima, que a recorrente não apresentou o documento correto no ato da sessão, e sim anexou junto ao seu recurso impetrado.

Dessa forma, entendemos que é aplicado a vedação de diligencia, pois a recorrente CONSÓRCIO ARAUCÁRIA, representado pelas empresas SOFHAR GESTÃO & TECNOLOGIA S.A. e CAFÉ TREINAMENTOS E INFORMÁTICA EIRELI – ME, apresentou fatos e documentos novos, documentos esses inéditos no certame.

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Portanto, a Comissão de Licitação e equipe técnica, com fulcro nos apontamentos acima, mantêm sua decisão para a INABILITAÇÃO da empresa CONSÓRCIO ARAUCÁRIA, representado pelas empresas SOFHAR GESTÃO & TECNOLOGIA S.A. e CAFÉ TREINAMENTOS E INFORMÁTICA EIRELI – ME.

4.

DA CONCLUSÃO

Sendo assim, esta autoridade competente, para análise do recurso conhece da razão recursal, eis que tempestivo, e no mérito o julga:

1) IMPROCEDENTE, mantendo a decisão da Comissão de Licitações, INABILITANDO o CONSÓRCIO ARAUCÁRIA, representado pelas empresas SOFHAR GESTÃO & TECNOLOGIA S.A. e CAFÉ TREINAMENTOS E INFORMÁTICA EIRELI – ME.

2) Determino que a Comissão de Licitações publique ato formal contendo o julgamento da fase de habilitação da licitação, de acordo com as decisões tomadas neste julgamento de recurso. Após, proceda-se com a abertura dos envelopes de proposta técnica.

3) DIVULGUE-SE para fins de direito.

Curitiba, 26 de setembro de 2017.

Araune C. de A. Duarte da Silva Coordenadora de Contratação de Serviços

Nadia de Jesus dos Santos

Presidente Suplente da Comissão de Licitação

Fabricio Daniel Nichele Comissão de Licitação

Caroline Borges Comissão de Licitação

À autoridade superior para homologar.

a) JULGO IMPROCEDENTE O RECURSO, nos termos do acima argumentado; b) DIVULGUE-SE para fins de direito.

Carlos Maximiliano de Souza

Gerente Corporativo de Operações e Suprimentos

Fabiano de Castro Rauli Gerente Executivo de Suprimentos

José Antonio Fares Superintendente do SESI/PR Diretor Regional do SENAI/PR

Edson Luiz Campagnolo Presidente do Sistema FIEP

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