Departamento de Biologia Vegetal Bioética 2012 /2013 Jorge Marques da Silva
ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL
INTRODUÇÃO
-20 DE MAIO DE -2013
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Sumário da Aula Anterior:
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Programa Para a Aula de Hoje:
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•Bioesfer
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Génese histórica das profissões
Especialização do Trabalho
Masculino / Feminino
Agricultura (neolítico)
–libertação de tempo
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VALORIZAÇÃO ÉTICA DO TRABALHO
Grécia – trabalho = ponos = sorrow = pena
O trabalho era visto como uma maldição; o objectivo do homem era a meditação; O trabalho manual era reservado aos escravos (Platão e Aristóteles).
Roma
Mantém basicamente a visão Grega do trabalho (tripalium), mas era uma sociedade mais empreendedora, de modo que o trabalho técnico adquiriu mais prestígio
Idade Média
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•"Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higeia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue:
- Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte;
- Fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens;
- Ter seus filhos por meus próprios irmãos;
- Ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito;
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- Fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
- Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém.
- A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda.
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- Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
- Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.
- Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.
- Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.
- Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça."
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VALORIZAÇÃO ÉTICA DO TRABALHO
Protestantismo (séc. XVI)
Martinho Lutero - as pessoas podem servir Deus através do seu trabalho; todos os trabalhos, incluindo os manuais, enformam de idêntica dignidade espiritual;
João Calvino - acreditava que todos os homens deviam trabalhar, mesmo os ricos, porque o trabalho é a vontade de Deus; os lucros deveriam ser reinvestidos;
Ética Protestante do Trabalho - diligência; pontualidade; adiamento da gratificação; primazia do trabalho.
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Industrialização - a ideia do trabalho como um apelo foi substituida por uma de utilidade social; contudo, os excessos de produção industrial abalaram a virtude do trabalho. Com o trabalhador-máquina perde-se a ética do trabalho.
Pós-Industrialização - a gestão de recursos humanos introduz nos anos 60 do séc. XX o estilo de gestão participada, que valoriza o papel dos trabalhadores, e re-iiintroduz a
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CÓDIGO DEONTOLÓGICO
Princípios Gerais
O Biólogo, como elemento da comunidade universal e membro da sociedade portuguesa não pode deixar de ter sempre presente a Declaração Universal dos
Direitos do Homem e a Constituição do país. Os direitos e deveres
consignados nesses documentos, bem como os princípios éticos neles existentes, que aqui se dão por reproduzidos, têm de nortear toda a actividade do Biólogo, na sua actuação profissional e no seu procedimento enquanto cidadão.
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O Biólogo, no desempenho da sua profissão, tem de ser técnica e deontologicamente
independente e responsável pelos seus actos, não podendo ser subordinado a
pessoas ou entidades estranhas à profissão, no estrito exercício da sua actividade própria, sem que isto contrarie a existência de hierarquias institucionais, ou contratualmente estabelecidas.
Ao Biólogo compete interessar-se pelos assuntos relacionados com a sua profissão e empenhar-se no desenvolvimento e progresso da sociedade.
O Biólogo deve desenvolver um procedimento profissional digno, eficiente, probo, isento de
discriminaçãoem relação a religião, raça, idade, sexo, condição física, ascendência, ideologia
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Normas Deontológicas Específicas
Artigo 10
No exercício da sua profissão, o Biólogo tem de assumir a responsabilidade dos trabalhos efectuados sob a sua tutela, podendo recorrer à colaboração de auxiliares, mas rejeitando sempre a responsabilidade de qualquer trabalho em que não tenha tido intervenção efectiva.
Artigo 20
O Biólogo ao realizar experimentação animal deve avaliar eticamente cada intervenção e ponderar a relevância do conhecimento a obter face ao contexto e meios envolvidos na experimentação.
Artigo 30
Uma vez que os progressos científicos precedem geralmente a legislação que eventualmente regule a sua aplicação, cabe ao Biólogo uma responsabilidade fundamental na aplicação dos mesmos e compete-lhe intervir no aconselhamento
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Artigo 40
A capacidade de alterar genes, modificar produtos de genes e introduzir genes estranhos em organismos e as derivadas aplicações biotecnológicas vieram aumentar as responsabilidades dos Biólogos. Estes novos conhecimentos e as respectivas técnicas poderosas e de enorme potencial científico, social, económico e industrial não são isentas de controvérsia ética e de perigos. Como decorrência, o Biólogo deve dedicar-lhes a mais cuidada análise e avaliação científica, tendo presente o respeito pela biodiversidade e pelo equilíbrio da natureza e do ambiente.
Artigo 50
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Artigo 6°
Exclui-se o dever de segredo profissional quando tal for absolutamente necessário à defesa da dignidade, da honra e dos legítimos interesses do Biólogo, não podendo, então, ser revelado mais do que o necessário e, mesmo isso, com prévia consulta ao Bastonário da Ordem.
Artigo 7°
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Artigo 8°
É lícito ao Biólogo a divulgação da sua actividade, através de papel timbrado, tabuletas, anúncios e outros meios, devendo, porém, estes revestir-se de forma e conteúdo estritamente integrados dentro dos limites da seriedade e dignidade profissional.
Só é aceitável a indicação de títulos académicos reconhecidos e a qualificação como especialista em domínio técnico, ou científico, deverá basear-se em diploma conferido por entidade reconhecida, ou assentar em relevante e comprovada experiência curricular na área.
Artigo 9°
O Biólogo tem o direito de recusar a prática de acto da sua profissão quando entender que tal entra em conflito com a sua consciência, ou contradiga o disposto no presente Código.
Artigo 10°
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Artigo 11º
As relações entre Biólogos devem ser marcadas por solidariedade e respeito, devendo os conflitos profissionais ser tratados com lealdade, apoiados em conhecimentos técnicos e científicos, e com recurso à Ordem sempre que se afigure necessário.
Artigo 12º
A não observância dos princípios constantes deste Código, ou a ele subjacentes, constitui o infractor em responsabilidade disciplinar.
Artigo 13º
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Checklist de Conhecimentos e Competências a Adquirir:
- Compreender as relações entre deontologia profissional e bioética nas profissões das
ciências da vida..
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SUMÁRIO
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