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Sumário 1. MICROBIOLOGIA ÁREAS DE APLICAÇÃO DA MICROBIOLOGIA A CÉLULA: UNIDADE FUNDAMENTAL DA VIDA QUE SE LIGAM AO DN...

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Sumário

1. MICROBIOLOGIA ... 3

2. ÁREAS DE APLICAÇÃO DA MICROBIOLOGIA ... 6

3. A CÉLULA: UNIDADE FUNDAMENTAL DA VIDA QUE SE LIGAM AO DN...8

4. BACTÉRIAS: MORFOLOGIA E ESTRUTURAS ... 13

5. FUNGOS ... 18

6. VÍRUS ... 23

7. ALGAS ... 28

8. PROTOZOÁRIOS ... 31

9. EXEMPLO DE PATOLOGIA RELAIONADA A BACTÉRIAS ... 34

10. EXEMPLO DE PATOLOGIA RELACIONADA AOS FUNGOS ... 41

11. EXEMPLO DE PATOLOGIA RELAIONADA A ALGAS ... 43

12. EXEMPLO DE PATOLOGIA RELACIONADA A ROTOZOARIOS ... 46

BIBLIOGRAFIA ... 50

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1. MICROBIOLOGIA

INTRODUÇÃO À MICROBIOLOIA

A ciência da Microbiologia [do grego: mikros (“pequeno”), bios (“vida”) e logos (“ciência”) é o estudo dos organismos microscópicos e de suas atividades. Preocupa-se com a forma, a estrutura, a reprodução, a fisiologia, o metabolismo e a identificação dos seres microscópicos. Inclui o estudo da sua distribuição natural, suas relações recíprocas e com outros seres vivos, seus efeitos benéficos e prejudiciais sobre os homens e as alterações físicas e químicas que provocam em seu meio ambiente.

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Fonte: biomedicinanet.blogspot.com.br

Em sua maior parte, a Microbiologia trata com organismos microscópicos unicelulares. Nas assim chamadas formas superiores de vida, os organismos são compostos de muitas células, que constituem tecidos altamente especializados e órgãos destinados a exercer funções específicas. Nos indivíduos unicelulares, todos os processos vitais são realizados numa única

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célula. Independentemente da complexidade de um organismo, a célula é, na realidade, a unidade básica da vida.

Todas as células vivas são basicamente semelhantes. Conforme já foi visto, elas compõem-se de protoplasma (do grego: a primeira substância formada), um complexo orgânico coloidal constituído principalmente de proteínas, lipídeos e ácidos nucleicos; o conjunto é circundado por membranas limitantes ou parede celular, e todos contêm um núcleo ou uma substância nuclear equivalente.

Fonte: www.megacurioso.com.br/

Todos os sistemas biológicos têm as seguintes características comuns:

1) habilidade de reprodução;

2) capacidade de ingestão ou assimilação de substâncias alimentares, metabolizando-as para suas necessidades de energia e de crescimento;

3) habilidade de excreção de produtos de escória;

4) capacidade de reagir a alterações do meio ambiente (algumas vezes chamada de "irritabilidade"),

5) suscetibilidade à mutação.

Os princípios da Biologia podem ser demonstrados através do estudo da Microbiologia, pois os microrganismos têm muitas características que os tornam instrumentos ideais para a pesquisa dos fenômenos biológicos. Os

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microrganismos fornecem sistemas específicos para a investigação das reações fisiológicas, genéticas e bioquímicas, que são a base da vida.

Eles podem crescer, de maneira conveniente, em tubos de ensaio ou frascos, exigindo, assim, menos espaço e cuidados de manutenção do que as plantas superiores e os animais. Além disso, crescem rapidamente e se reproduzem num ritmo muito alto; algumas espécies bacterianas demonstram quase 100 gerações num período de 24 horas. Os processos metabólicos dos microrganismos seguem os padrões que ocorrem nos vegetais superiores e nos animais. As leveduras, por exemplo, utilizam a glicose, basicamente do mesmo modo que as células dos tecidos de mamíferos, revelando que o mesmo sistema enzimático está presente nestes organismos tão diversos.

Fonte: www.todamateria.com.br

Em Microbiologia pode-se estudar os organismos em grande detalhe e observar seus processos vitais durante o crescimento, a reprodução, o envelhecimento e a morte. Modificando-se a composição do meio ambiente, é possível alterar as atividades metabólicas, regular o crescimento e, até alterar alguns detalhes do padrão genético, tudo sem causar a destruição do microrganismo.

O estudo dos microrganismos reveste-se de aspetos de crucial importância uma vez que interferem na nossa vida como seres humanos, e

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também, de uma forma mais global, no funcionamento de toda a vida no planeta. Neste sentido, evidenciar o papel dos microrganismos é essencial para que as crianças, logo nos primeiros anos de escolaridade, compreendam a sua importância, tanto nos sistemas biológicos como o seu uso crescente nas novas tecnologias, mais especificamente na biotecnologia. Nesta perspectiva, o uso dos microrganismos, ou seus produtos, na medicina (ex.: fármacos), na produção de alimentos, na proteção ambiental e em tantos outros processos e aplicações de biotecnologia reforçam a necessidade das crianças estarem bem informadas acerca destes seres vivos (Byrne e Sharp, 2006).

Os principais grupos de microrganismos são os protozoários, fungos, algas e bactérias. Os vírus, apesar de não serem considerados vivos, têm algumas características de células vivas e por isso são estudados como microrganismos. Este texto irá abordar temas sobre bactérias, fungos e vírus.

2. Áreas de aplicação da Microbiologia

Existem numerosos aspectos no estudo da Microbiologia, que são divididos em duas áreas principais: a microbiologia básica e a microbiologia aplicada.

A microbiologia básica estuda a natureza fundamental e as propriedades dos microrganismos. Preocupa-se com assuntos relacionados aos seguintes temas:

 Características morfológicas (forma e tamanho das células, composição química, etc.);

 Características fisiológicas (necessidades nutricionais específicas e condições necessárias ao crescimento e reprodução);

 Atividades bioquímicas (modo de obtenção de energia pelos microrganismos);

Características genéticas (hereditariedade e variabilidade das características);

 Características ecológicas (ocorrência natural dos microrganismos no ambiente e sua relação com outros organismos);

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 Potencial de patogenicidade dos microrganismos e

 Classificação (relação taxonômica entre os grupos do mundo microbiano).

Fonte: sarasilvaeqf.blogspot.com.br/

Na microbiologia aplicada estuda-se como os microrganismos podem ser usados ou controlados para várias finalidades práticas. Os principais campos de aplicação da microbiologia incluem: medicina, alimentos e laticínios, agricultura, indústria e ambiente.

Na área industrial, por exemplo, os microrganismos são utilizados na síntese de uma variedade de substâncias químicas, desde o ácido cítrico até antibióticos mais complexos e enzimas. Certos microrganismos são capazes de fermentar material orgânico animal e humano, lançando gás metano que pode ser coletado e usado como combustível. A bi metalurgia explora as atividades químicas de bactérias para extrair minerais, como cobre e ferro de minérios de baixa qualidade. A indústria do petróleo tem utilizado bactérias e seus produtos, como os exopolissacarídeos presentes externamente à célula bacteriana, para aumentar a extração do petróleo de rochas reservatório.

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Na área ambiental, estuda-se a utilização de microrganismos que podem degradar poluentes específicos, como herbicidas e inseticidas.

A microbiologia médica trata dos microrganismos causadores de doenças humanas (patogênicos, além de estar relacionada com a prevenção e o controle das doenças. Ao lado com a engenharia genética, têm pesquisado a produção de enzimas bacterianas que dissolvam coágulos sanguíneos, vacinas humanas utilizando vírus de insetos e testes laboratoriais rápidos para diagnóstico de infecção viral, entre tantas outras aplicações possíveis nesta área. A microbiologia dos alimentos está relacionada com as doenças que podem ser transmitidas pelos alimentos, como por exemplo, infecções causadas por salmonelas, intoxicações causadas por estafilococos e clostrídios. Relaciona-se também com aspectos positivos, com a utilização de microrganismos na produção de alimentos/bebidas (queijos, pães, cervejas, etc.).

3. A CÉLULA: UNIDADE FUNDAMENTAL DA VIDA QUE SE LIGAM AO DNA

A célula é a unidade estrutural e funcional dos organismos vivos, ou seja, todos os seres vivos são formados por células. Os menores são constituídos por uma única célula, os maiores por bilhões. A percepção de que todos os organismos são compostos por células foi um dos mais importantes avanços científicos. A palavra célula no sentido biológico foi usada, pela primeira vez, pelo cientista inglês Robert Hooke no século XVII.

As células surgem de outras células preexistentes. As formas mais simples de vida são células solitárias (organismos unicelulares), enquanto as formas superiores contêm associações de células, constituindo colônias de organismos unicelulares ou constituindo organismos pluricelulares mais complexos. As células podem apresentar estrutura e forma variadas.

Todas as células compartilham dois aspectos essenciais. O primeiro é uma membrana externa, a membrana plasmática. O outro é o material genético (informação hereditária) que regula a atividade da célula, possibilitando a sua reprodução e a passagem das suas características para a sua descendência.

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A organização do material genético é uma das características que separa as células procariontes das células eucariontes. Nas células procariontes, o material genético (DNA) está na forma de uma grande molécula circular, conhecida como cromossomo. Em células eucariontes, o DNA é linear e fortemente ligado a proteínas especiais, conhecidas como histonas, formando certo número de cromossomos complexos. As células dos microrganismos podem ser divididas em duas categorias: Células Eucarióticas apresentam um núcleo separado do citoplasma por uma membrana nuclear (carioteca); Células Procarióticas apresentam material nuclear sem membrana.

Os procariontes consistem de duas linhagens distintas: Bactéria (ou eubactéria) e Archea. São os menores organismos e os mais simples estruturalmente. Em termos evolutivos, eles são também os mais antigos organismos da Terra (foram encontrados fósseis de cerca de 3,5 bilhões de anos).

Fonte: www.grupoescolar.com

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CITOPLASMA

O citoplasma é o espaço intracelular (dentro da célula) preenchido por uma matriz semifluida que tem a consistência de gel, denominada hialoplasma, na qual está “mergulhado” tudo o que se encontra dentro da célula, tal como moléculas e organelas.

O citoplasma é constituído principalmente de água (80%), mas também contém íons, sais minerais e moléculas, tais como proteínas, carboidratos e o RNA, que correspondem aos 20% restantes

Fonte: www.grupoescolar.com

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Fonte: www.grupoescolar.com

ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS

Organelas citoplasmáticas como vimos os organismos procariontes não possuem núcleo organizado e geralmente são pequenos. Caracterizam-se por não possuírem organelas envoltas por membranas, tais como o retículo endoplasmático, o complexo de Golgi, as mitocôndrias e os plastos.

As células eucariontes são mais complicadas e são típicas de protozoários, fungos, animais e vegetais. Uma organela citoplasmática pode ser definida como uma alguma parte do citoplasma responsável por uma ou mais funções especiais. As organelas mais importantes estão citadas abaixo:

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Fonte: escolakids.uol.com.br/organelas-celulares.htm

• Ribossomos: Sua função principal é realizar a fabricação das proteínas.

• Mitocôndrias: Essa organela está relacionada com um processo extremamente importante: a respiração celular. Nesse processo, a célula obtém energia para a realização de suas atividades;

• Complexo de Golgi: Essa organela participa de um processo chamado de secreção celular, que nada mais é do que a eliminação de substâncias para fora da célula.

Ele também modifica, armazena e endereça algumas substâncias

• Centríolo: organela citoplasmática de forma cilíndrica, composta de proteínas e presente em células animais; centrossomo. Está aparentemente relacionada à movimentação dos cromossomos durante a divisão celular.

• Lisossomos: Relacionados principalmente com a digestão de partículas no interior da célula (digestão intracelular).

•Retículo: endoplasmático liso: Uma de suas funções é a síntese de lipídios e carboidratos.

•Retículo: endoplasmático rugoso: Sua função principal é produzir algumas proteínas, principalmente aquelas que serão jogadas para fora da célula.

• Cloroplastos: é uma organela presente nas células das plantas e outros organismos fotossintetizadores, como as algas e alguns protistas. Possui clorofila, pigmento responsável pela sua cor verde.

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• Flagelos: São estruturas citoplasmáticas anexas à membrana plasmática das células, tendo origem a partir do prolongamento dos centríolos, constituídos de proteínas motoras (dineínas) formando um conjunto de microtúbulos.

4. BACTÉRIAS: MORFOLOGIA E ESTRUTURAS

São organismos unicelulares. Podem ser encontrados de forma isolada ou em colônias; são constituídos por uma célula (unicelulares), não possuem núcleo celular definido (procariontes) e não possuem organelas membranosas.

MORFOLOGIA

Tamanho bacteriano: A unidade de medida das bactérias é o mm (micrômetro) que equivale a 103 mm. Muitas bactérias medem de 2 a 6 mm de comprimento e 1 a 2 mm de largura. Tamanho variável: 0,1 – 0,2 m → 5,0 mm.

Formas e arranjos bacterianos: Embora existam milhares de espécies bacterianas, elas podem ser agrupadas em três tipos morfológicos gerais:

a) Formas de cocos (esféricas) – é o grupo de bactérias mais homogêneo em relação ao tamanho. Os cocos tomam denominações diferentes de acordo com o seu arranjo.

• Micrococos – cocos.

• Diplococos – cocos agrupados aos pares.

• Tétrades – agrupamentos de quatro cocos.

• Sarcina – agrupamentos de oito cocos em forma cúbica.

• Estreptococos – cocos agrupados em cadeias.

• Estafilococos – cocos agrupados em grupos irregulares, lembrando cachos de uva.

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Fonte: /www.coladaweb.com

b) Forma de bastonete – são células cilíndricas em forma de bastonete; apresentam grande variação na forma e no tamanho entre gêneros e espécies.

c) Formas espiraladas – caracterizadas por células em espiral;

dividem-se em:

Fonte: www.mdsaude.com/

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• Espirilos – possuem corpo rígido e movem-se à custa de flagelos externos. Ex.: Gênero Aquaspirillium

• Espiroquetas – são flexíveis e locomovem-se geralmente por contrações do citoplasma, podendo dar várias voltas completas em torno do próprio eixo. Ex.: Gênero Treponema.

Fonte: www.cenapro.com.br

PAREDE CELULAR

A parede celular é uma composição rígida que está presente em quase todas as bactérias e localiza-se acima da membrana citoplasmática. Ela contém polímeros complexos conhecidos como peptidioglicanos, que são responsáveis pela sua rigidez. A parede celular impede que a célula estoure em decorrência do grande turgor, atua como uma barreira de proteção contra determinados agentes químicos e físicos externos e funciona como suporte de antígenos somáticos bacterianos. As bactérias podem ser divididas em dois amplos grupos, com base na capacidade de suas paredes celulares fixarem o corante violeta cristal: as Gram-positivas (que coram em roxo) e as Gram-negativas (que coram em vermelho).

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Fonte: pt.slideshare.net

A parede celular de bactérias Gram-positivas é composta basicamente por peptideoglicano, que constitui uma espessa camada ao redor da célula. Outros polímeros, tais como ácidos lipoteicóicos e polissacarídeos, também podem estar presentes nessa camada Nas bactérias Gram-negativas o peptideoglicano constitui uma camada basal delgada, sobre a qual se encontra outra camada, denominada membrana externa que é composta por lipoproteínas, fosfolipídios, proteínas e lipopolissacarídeos.

O processo de coloração de Gram consiste basicamente em tratar bactérias sucessivamente com cristal violeta, lugol, álcool e fucsina. O cristal violeta e o lugol penetram tanto nas bactérias Gram-positivas quanto nas Gram- negativas, formando um complexo de cor roxa.

O tratamento com álcool é a etapa diferencial; nas Gram-positivas, o álcool não retira o complexo cristal violeta+lugol, pois a sua ação desidratante faz com que a espessa camada de peptideoglicano torne-se menos permeável, retendo o corante.

Nas Gram-negativas, devido à pequena espessura da camada de peptideoglicano, o complexo corado é extraído pelo álcool, deixando as células descoradas. O tratamento com fucsina não altera a cor roxa das Gram-positivas, ao passo que as Gram-negativas descoradas pelo álcool tornam-se

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avermelhadas. A coloração de Gram é amplamente utilizada para identificar e classificar bactérias.

O exame da célula bacteriana revela certas estruturas definidas por dentro e por fora da parede celular. Seguem-se breves descrições das estruturas bacterianas de fácil identificação:

Flagelos: apêndices muito finos, semelhantes a cabelos, que se exteriorizam através da parede celular e se originam de uma estrutura granular (corpo basal) imediatamente abaixo da membrana citoplasmática, no citoplasma.

O flagelo apresenta três partes: uma estrutura basal, uma estrutura semelhante a um gancho e um longo filamento externo à parede celular. O seu comprimento é, usualmente, várias vezes o da célula, mas seu diâmetro é uma pequena fração do diâmetro celular (p.e., 10 a 20 mm). Algumas bactérias se movimentam por outros meios, diversos da atividade flagelar, como o deslizamento provocado pelo fluxo protoplasmático ou pela resposta táxica (p.e., fototaxia, quimiotaxia).

Fonte: estudosaudavel.com.br

Pêlos (fímbrias): apêndices filamentosos menores, mais curtos e mais numerosos que os flagelos e que não formam ondas regulares. Estão presentes em muitas bactérias gram-negativas. São encontrados tanto nas espécies móveis como nos imóveis e portanto, não desempenham papel relativo à mobilidade. Podem funcionar como sítios de adsorção de vírus bacterianos, como mecanismo de aderência a superfícies e como porta de entrada de material genético durante a conjugação bacteriana (pêlo sexual).

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Fonte: ospequenosgrandesinvasores.wordpress.com

Glicocálice: formado de uma substância viscosa, que forma uma camada de cobertura ou envelope ao redor da célula. Se o glicocálice estiver organizado de maneira definida e estiver acoplado firmemente à parede celular, recebe o nome de cápsula; se estiver desorganizado e sem qualquer forma e anda estiver frouxamente acoplado à parede celular, recebe o nome de camada limosa. O glicocálice pode ter natureza polissacarídica (um ou vários tipos de açúcares como p.e., galactose, ramnose, glicana, etc.) ou polipeptídica (p.e., ácido glutâmico). A principal função do glicocálice é a aderência sobre superfícies; ele pode evitar o dessecamento das bactérias, fornece um envoltório protetor e pode servir, também, como reservatório de alimentos, além de evitar a adsorção e análise das células por bacteriófagos.

5. FUNGOS

Os fungos são conhecidos popularmente como mofos e bolores. No entanto, na maior parte das vezes, são lembrados somente pelos danos que algumas espécies causam, seja parasitando plantas ou causando problemas de saúde como alergias e micoses em animais. Podem promover a deterioração de combustível e grande variedade de materiais, como equipamentos ópticos e outros materiais de grande valor como obras de arte e arquitetônicas.

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Fonte: atlasmicologia.blogspot.com.br

No entanto, os benefícios proporcionados pelos fungos não são tão divulgados quanto os prejuízos. Todos os dias as pessoas são beneficiadas por produtos originados direta ou indiretamente de fungos. Pode-se citar como exemplo a ação fermentativa de fungos na síntese de álcool etílico e dióxido de carbono, os quais são imprescindíveis na produção de bebidas como vinho e cerveja, alimentos como pães e massas em geral.

Outras espécies podem ainda proporcionar sabor e aroma distintos em diferentes tipos de queijos. O consumo de cogumelos comestíveis é prática comum entre populações de outros países, principalmente os orientais, e em nosso país, sua utilização vem crescendo a cada dia.

Na medicina, os fungos receberam especial atenção a partir do desenvolvimento de alguns antibióticos, destacando-se a penicilina sintetizada a partir de metabólitos do fungo Penicillium chrysogenum. Esteroides e hormônios para crescimento vegetal são oriundos também de metabólitos desses organismos.

Um dos exemplos notáveis da utilização dos metabólitos fúngicos na medicina é a administração de ciclosporina em pessoas submetidas a transplantes. Essa substância foi isolada a partir de fungos de solo (Tolypocladium inflatum e Cylindrocarpon lucidum) na década de 70. Muitas enzimas fúngicas vêm sendo exploradas na indústria alimentícia e

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em outros processos biotecnológicos envolvidos na fabricação de sucos de frutas e também na indústria papeleira.

Fonte: biogilde.wordpress.com/

Também a partir de certas espécies de fungos é possível sintetizar substâncias inseticidas que auxiliam no controle de pragas. Nas últimas décadas os fungos vêm sendo estudados quanto sua aplicação para recuperação de ambientes degradados por poluentes químicos.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS FUNGOS

Muitas vezes os fungos foram comparados a vegetais, no entanto, são organismos que não possuem clorofila em suas células e, portanto, não realizam fotossíntese. Todos os fungos são eucariotos e podem ser unicelulares (leveduras, quitrídias), ou multicelulares. Normalmente possuem dois núcleos em suas células os quais podem ser visualizados pelo microscópio óptico empregando-se técnicas de coloração apropriadas.

As células fúngicas agrupam-se em filamentos, podendo ou não apresentar septos entre elas, porém, mesmo quando presentes as funções metabólicas ocorrem sem impedimentos entre as células.

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O crescimento das hifas é apical, porém, existem algumas regiões com extrema capacidade decrescimento, principalmente aquelas relacionadas às funções reprodutivas. Um diminuto fragmento de hifa pode originar um novo indivíduo. As hifas interagem entre si mesmo quando originadas de micélios ou esporos diferentes e com isso, aumentam a superfície e relações que estabelecem com o ambiente. As células dos fungos não possuem plastídios e nem centríolo.

As mitocôndrias são constituídas por cristas planas. Também estão presentes a estrutura de Golgi e os peroxissomos. Possuem parede celular constituída principalmente por quitina e β-glucanos. A membrana celular é constituída porergosterol, um esterol característico de fungos, também presente em algumas microalgas. Flagelos podem estar presentes somente nas estruturas de reprodução em alguns grupos. São organismos heterotróficos que obtêm nutrientes por absorção, ou seja, lançam enzimas aos substratos onde colonizam e absorvem os nutrientes através da parede e membrana celular.

Nas células dos fungos existe um fluxo citoplasmático o qual permite a difusão de nutrientes solúveis favorecendo o metabolismo entre as células. Exibem reprodução sexuada e/ou assexuada de diversas formas, bem como fenômeno de parassexualidade, que consiste na recombinação genética na mitose. As estruturas de reprodução são diferentes daquelas somáticas, exibindo uma variedade de formas, as quais são utilizadas na classificação dos fungos.

LEVEDURAS

As leveduras são microrganismos unicelulares na qual são fontes de proteínas consumidas pelo homem através de produtos naturais, bebidas e alimentos elaborados por processo de fermentação.

Para Belem e Lee (1998) recentemente, tem havido forte tendência de explorar comercialmente leveduras, através do isolamento de alguns de seus principais constituintes como enzimas (invertase, lactase), nucleotídeos, proteínas (nanoproteínas), polissacarídeos (glicanas, mananas), além de lipídios, como fosfolipídios e ergosterol.

Segundo Dawson (2002) os nutricionistas têm buscado fontes protéicas altamente biodisponíveis como alternativas às proteínas de origem animal em dietas de aves. O extrato de leveduras é originado da autólise da parede celular da levedura

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através de enzimas presentes na célula ou ácidos liberando assim o conteúdo ou extrato celular. Portanto, o extrato celular é uma fonte protéica derivada de leveduras vivas, tendo como aminoácido predominante o ácido glutâmico, usado como agente flavorizante, o qual é tradicionalmente utilizado na alimentação humana e o inositol, um importante promotor de crescimento que estimula a síntese da biotina, vitamina essa que participa de uma série de reações de carboxilação.

Fonte: www.potencialpetroleo.com.

A morfologia das leveduras, ao contrário do que ocorre com os bolores, não apresenta muita diversidade e, portanto, nem sempre é um parâmetro suficiente para sua identificação. Em determinadas situações, no entanto, a identificação rápida, simples e presuntiva pode ser feita, contribuindo para o diagnóstico do quadro infeccioso.

Desse modo, se a levedura oferece hifas hialinas e ramificadas, é sugestivo do gênero Candida sps e se, além disso, desenvolver clamidósporos -células de reserva- ou tubos germinativos, em algumas condições “in vitro”, é identificada como Candida albicans. Outros gêneros, tais como, Cryptococcus, Rhodotorula, Geotrichum e Trichosporon, também podem, na grande maioria das vezes, ser identificados apenas, por sua morfologia característica. O restante dos gêneros e espécies, porém, necessita de provas bioquímicas para sua identificação. No entanto, do ponto de vista clínico, nem sempre é importante a identificação acurada da levedura. Por outro lado, a identificação, pode ter interesse epidemiológico.

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CARACTERÍSTICAS DAS LEVEDURAS

As leveduras são fungos, mas deles se distinguem por serem unicelulares.

Sua reprodução se faz, geralmente por divisão binária. Como células desenvolvem e se reproduzem mais rapidamente que os bolores.

São desprovidas de clorofilas.

Medem de 10 a 15 micras, com formato esférico, oval ou em forma de bastão.

São similares as bactérias na morfologia, formação de colônias, métodos de cultivos e atividades bioquímicas.

Crescem dentro da faixa de temperatura de 25 a 40ºC.

Desenvolve-se em meios contendo uma quantidade relativa de umidade.

Crescem na presença e também na ausência de oxigênio.

São ativos agentes oxidativos e fermentadores dos ácidos orgânicos e carboidratos São proteolíticos embora algumas espécies decompõem a gordura

São usadas na fabricação de vinhos, cervejas, aguardente, pão.

6. VÍRUS

Um vírus (do latim vírus, significando toxina ou veneno) é um agente infeccioso submicroscópico incapaz de crescer ou reproduzir-se fora de uma célula hospedeira. As suas dimensões variam de 25 a 300 mm, estando constituídos por proteínas – cápside – envolvendo uma molécula de ácido nucleico; podem possuir um invólucro lipídico com glicoproteínas. Os vírus são agentes filtráveis, isto é, não são retidos por filtros que retêm bactérias. Como já dito de maneira implícita, são parasitas celulares obrigatórios, pois dependem de uma célula hospedeira que seja responsável pelas suas atividades metabólicas (energia e constituintes moleculares). O seu genoma pode ser de RNA ou DNA, mas não de ambos. Não replicam por divisão.

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Fonte: hciemsc.blogspot.com.br

ESTRUTURA VÍRICA

Um virião, ou partícula vírica completa, é constituído por material genético (DNA ou RNA), enzimas e proteínas não estruturais envolvidas por proteínas estruturais (cápside); ao conjunto anterior dá-se o nome de nucleocápside (vírus sem invólucro). Se a nucleocápside é envolvida por glicoproteínas e uma membrana lipídica, estamos então na presença de um vírus com invólucro. Na superfície da cápside os vírus apresentam proteínas antigénicas específicas (peplómeros ou espículas) que se ligam a receptores da célula hospedeira e que são essenciais para a infecciosidade e especificidade do vírus.

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Fonte: www.infoenem.com.br

CARACTERÍSTICAS DOS VÍRUS

• possuem um único tipo de ácido nucleico, DNA ou RNA.

• possuem uma cobertura proteica, envolvendo o ácido nucleico.

• Multiplicam-se dentro de células vivas, usando a maquinaria de síntese das células.

• induzem a síntese de estruturas especializadas, capazes de transferir o ácido nucleico viral para outras células.

• Parasitas obrigatórios apresentando incapacidade de crescer e se dividir autonomamente.

• Replicação somente a partir de seu próprio material genético.

CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA

Podem ser classificados com base na arquitetura do capsídeo.

• Vírus helicoidais – O genoma viral está no interior de um capsídeo Cilíndrico oco com estrutura helicoidal.

• Vírus poliédricos – O capsídeo da maioria deles tem a forma de um Icosaedro. São exemplos o adenovírus e o poliovirus.

• Vírus envelopados – o capsídeo e coberto por um envelope.

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REPLICAÇÃO VÍRICA

Fonte: www.coladaweb.coms

Inicialmente, o vírus efetua o reconhecimento e a ligação à célula alvo, por meio das proteínas víricas de ligação (ex: gp120 do HIV) que se ligam a receptores específicos nas células alvo. Dá-se a penetração do vírus, seguido da sua descapsidação: o conteúdo genómico fica então livre na célula hospedeira. Nos vírus de DNA o genoma viral é ligado ao cromossoma da célula hospedeira por meio de enzimas e de proteínas de ligação provenientes do vírus. Exceptuando os Poxvirus, a replicação do vírus dá-se concomitantemente com a replicação do genoma hospedeiro (utilizam o equipamento enzimático da célula hospedeira). A propagação do vírus dá-se com a síntese do genoma viral e das proteínas estruturais que, após a sua modificação, irão levar à montagem da partícula vírica. Os vírus de RNA replicam-se no citoplasma. Para isso, eles têm de codificar as enzimas necessárias para a sua replicação pois as células não têm meios de replicar RNA. Se o RNA for de polaridade positiva, este comparta-se como um mRNA, podendo ser imediatamente transcrito; se o RNA for de polaridade negativa, este tem primeiramente de ser convertido numa cadeia complementar para ser transcrito. Nos vírus com invólucros, a sua gemulação leva à libertação de vírus que poderão infectar outras células.

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VÍRUS DE DNA

Alguns vírus possuem um genoma amplo, como os herpesvírus, os quais produzem alguns genes favoráveis e se tornam um pouco mais independentes do metabolismo celular. As moléculas de DNA são encontradas em dois formatos: linear e circular. Os vírus da família polyomaviridae têm genoma pequeno e DNA circular, enquanto os herpesvírus têm genoma dsDNA linear. Vírus que possuem genomas fita simples não permitem o reparo do DNA.

Fonte: www.wallpapersafari.com/

VÍRUS DE RNA

Uma vez que o genoma celular metaboliza DNA, os vírus de RNA devem possuir ou sintetizar enzimas competentes para serem processadas, sendo que as que têm o melhor exemplo são a transcriptase reversa do HIV e as replicases. Os retrovírus são vírus contendo RNA e ao entrarem na célula são processados para DNA pela transcriptase reversa.

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Fonte: www.ageracaociencia.com

7. ALGAS

O termo algas, lato sensu, abrange um agrupamento artificial de organismos que têm muito pouca coisa corriqueira a não ser o fato de serem predominantemente aquáticos e desprovidos de um tecido constituído de células estéreis envolvendo os órgãos de reprodução e um de um sistema distinto para condução de água. Por esta razão são grupos polifiléticos e não formam uma categoria taxonômica definida, mas sim um amontoado de categorias díspares, tão diversas que chegam a ser classificadas em 2 ou 3 reinos distintos, tradicionalmente conhecidos como Monera, Protista e Plantae, ou ainda com diferentes denominações em outros sistemas apoiados em dados de biologia molecular (Sogin et al., 1989; Bhattacharya & Medlin, 1998).

A primeira lista de algas marinhas coletadas na costa brasileira é encontrada em um trabalho de Raddi (1823), logo seguida pela publicação de Martius (1828-33). A partir de então foram feitas várias publicações por autores estrangeiros, restritas a lista de espécies, sem maiores detalhes sobre os táxons e sua ocorrência. Esta situação continuou até meados do século vinte quando a ficologia nacional iniciou uma nova fase liderada por A. B. Joly, na Universidade de São Paulo. Joly formou os primeiros ficólogos brasileiros, os

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quais multiplicaram seu esforço. Disto resultou um grande número de taxonomistas espalhados por vários pontos do país. Em consequência da atividade deste grupo o conhecimento da flora ficológica brasileira avançou muito. Maiores detalhes sobre o histórico da ficologia marinha no Brasil podem ser vistos em Oliveira Filho (1967 e 1977) entre outros.

Fonte: www.infoescola.com

As algas proporcionam morfologia simples, com nível de caracterização baixo, quando comparadas a outros grupos de organismos fotossintetizantes, variando de formas unicelulares isoladas, agregados de células, colônias, filamentos simples ou ramificados, pseudoparênquimas, cenócitos (estruturas multinucleadas) até parênquimas.

Algumas formas unicelulares e coloniais podem ser móveis pela presença de flagelos, e nesse caso, frequentemente são confundidas com protozoários. Representantes multicelulares das feofíceas (algas pardas), os

“kelps”, exibem nível de organização mais elaborado com formação de tecidos (incluindo vasos condutores) e elaborada divisão de trabalho, podendo atingir até 60 m de comprimento (South & Whittick 1987, Lee 2008).

Neste aspecto podemos citar alguns tipos de Algas entre elas estão:

Euglenófitas: Ou algas flageladas verdes são também unicelulares e, como o nome indica, movimentam-se por meio de flagelos. Na maior parte organismos de água doce, têm como representante mais conhecida a euglena (Euglena

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viridis), que possui a aptidão de detectar a presença de radiações luminosas, graças a uma mancha ocular com um pigmento fotossensível.

Fonte: meioambiente.culturamix.com

Pirrófitas: São algas unicelulares, providas de clorofila, caroteno e xantofila como pigmentos, motivo pela qual adotam repetidamente uma coloração avermelhada. São Pirrófitas as responsáveis pelas marés vermelhas que por vezes afligem algumas costas, e que chegaram mesmo a ser responsáveis pelo baptismo do Mar Vermelho. As substâncias de reserva são o óleo e o amido.

Crisófitas: Crisófitas são unicelulares e de vida livre ou colonial. Sua parede celular é impregnada de sílica, constituindo uma camada em forma de concha bivalve. Vivem tanto na água doce como na salgada, e são conhecidas pelo nome de diatomáceas.

Clorófitas (algas verdes): Podem possuir estrutura unicelular como multicelular. Os talos das clorófitas multicelulares proporcionam uma

organização relativamente complexa. Possuem os pigmentos clorofila a e b, carotenos e xantofilas, a parede celular é formada por celulose e o amido e sua substância de reserva.

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Fonte: www.lookfordiagnosis.com/

Feófitas (algas pardas): São caracterizadas pela estrutura unicamente multicelular. As dimensões de seus talos podem variar de poucos centímetros até dezenas de metros. Assim como as clorófitas, algumas feófitas também podem apresentar um talo de organização mais complexa que as outras.

Possuem os pigmentos clorofila a e c, carotenos e fucoxantina. A parede celular apresenta celulose e algina, e os óleos e a laminarina são as duas substâncias de reserva.

Rodófitas (algas vermelhas): Estas algas são predominantemente multicelulares e também podem atingir tamanhos consideráveis. É comum o seu talo apresentar diversas ramificações, sendo que a sua base é diferenciada e presa a algum substrato por estruturas de fixação. Possuem os pigmentos clorofila a e d, ficocianina e ficoeritrina, celulose e hidrocolóides na composição da parede celular, e amidodas florídeas, como substância reserva.

8. PROTOZOÁRIOS

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Uma palavra de origem grega que significa "animal primitivo". Os protozoários ganharam esse nome pois, no passado, alguns deles, foram confundidos com animais. São seres heterótrofos. Podem viver isolados ou formar colônias, ter vida livre ou associar-se a outros organismos, e habitam os mais variados tipos de ambiente. Algumas espécies são parasitas de seres diversos, até mesmo do ser humano.

Segundo Finlay & Esteban (1998), os protozoários de vida livre são caracterizados pela fagotrofia, embora alguns possam se nutrir por algum tipo de habilidade fotossintética. Eles são fartos em todos os tipos de ambientes aquáticos (plâncton, bentos, subterrâneos e em extremos de salinidade, temperatura, pH e pressão hidrostática) e solos.

Embora considerados de vida livre, frequentemente são encontrados na superfície ou aderidos as rochas, rizosfera de plantas, algas, flocos de cianobactérias, plantas aquáticas, organismos zooplanctônicos, detritos e biofilmes, locais onde o alimento é mais abundante.

A maior parte dos protozoários apresenta reprodução assexuada.

Algumas espécies podem se reproduzir sexuadamente. Primeiramente, o núcleo duplica-se. A seguir, a célula estreita-se na parte central e, enfim, divide- se em duas, dando origem a duas novas amebas.

Fonte: www.infoescola.com/

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Dessa forma classificamos segundo o tipo e a presença ou de elementos especiais de locomoção. Assim, dividindo-se em flagelados, rizópodes, ciliados e esporozoários.

Os Flagelos são extensos filamentos que este tipo de protozoário utiliza para se locomover, vibrando-os num líquido. Muitos flagelados têm vida livre, outros são parasitas e ocasionam doenças no homem. O tripanossomo, a Leishmania e a giárdia são exemplos de flagelados parasitas. Protozoários flagelados do gênero Trichonympha vivem no intestino de cupins, participando da digestão da celulose da madeira. Se o cupim não contasse com a "ajuda"

do protozoário, ele não conseguiria aproveitar a celulose como alimento e morreria. Já o protozoário encontra alimento farto e fácil no intestino do cupim.

Essa relação entre duas espécies diferentes, em que há benefício para ambas as partes é chamada mutualismo.

Fonte: www.grupoescolar.com/

Os rizópodes se locomovem e obtêm alimentos através de alongamentos do citoplasma chamados pseudópodes (falsos pés). As amebas são os principais representantes dos rizópodes.Algumas são parasitas e outras tem vida livre. Um grupo especial de rizópodes são os foraminíferos.

Esses protozoários vivem na água salgada e são protegidos por carapaças muito bonitas, ricas em cálcio e silício. Há milhões de anos existia grande quantidade desses seres no fundo dos mares. Seus restos foram

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sofrendo transformações durante milhões de anos e contribuíram para a formação de petróleo.

Atualmente, a descoberta de suas carapaças é muito importante, pois indica que pode haver petróleo no local. Há técnicos em geologia - pessoas que estudam a origem e as transformações do globo terrestre -, que procuram descobrir, na terra ou no mar, os locais onde se encontram carapaças fósseis desses protozoários.

Os ciliados apresentam pequenos filamentos em torno do corpo chamados cílios, com os quais se movem e capturam alimentos. Um exemplo desse grupo é o balantídeo, um parasita que vive habitualmente no organismo do porco. Outro exemplo de ciliado é o paramécio, que existe na água doce.

Os esporozoários são parasitas e não se locomovem. Um dos mais conhecidos é o plasmódio, protozoário que provoca nos seres humanos a doença conhecida como malária ou maleita.

9. EXEMPLO DE PATOLOGIA RELAIONADA A BACTÉRIAS

TUBERCULOSE

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões. Anualmente, são notificados cerca de 10 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. O surgimento da Aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário.No Brasil, a tuberculose é um sério problema da saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem 4,5 mil mortes em decorrência da doença. A tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito e disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde. (MDS 2010).

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Fonte: dieta.blog.br

TRANSMISSÃO

Ocorre através do ar quando a pessoa respira o ar contaminado com o bacilo de Koch, causador da tuberculose. Este contágio pode ocorrer quando se está perto de um tuberculoso, mas também pode ocorrer em locais públicos cheios de gente como os shoppings e cinemas pois o bacilo de Koch pode permanecer no ar durante muitas horas e se um tuberculoso tossir num ponto de ônibus, por exemplo, outra pessoa pode respirar o ar contaminado e desenvolver a doença. Mas é importante ressaltar que a transmissão da tuberculose só se dá quando se trata da tuberculose pulmonar, todos os outros tipos de tuberculose extrapulmonar como a tuberculose miliar, óssea e ganglionar, não são transmissíveis de uma pessoa para outra. Outro fator importante é que o indivíduo diagnosticado com tuberculose pulmonar deixa de transmitir a doença após 15 dias do início do tratamento da doença, mas isto só acontece se o tratamento for seguido rigorosamente, caso contrário ele poderá contaminar outros em qualquer fase da doença.

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Fonte: www.jdv.com.br/

MANIFESTAÇÕES CLINICAS

O sintoma mais comum de tuberculose é a tosse, vale ressaltar que a tosse persistente que tende a durar muitos dias, sendo acompanhada por catarro e sangue. Outros sintomas recorrentes são febre, cansaço, suores noturnos, inchaços no pescoço e perda de apetite.

Em termos gerais uma pessoa que esteja tossindo há mais de 3 semanas deve ser encaminhada a um médico ou profissional de saúde para que o mesmo possa realizar os testes necessários para comprovar a presença da doença ou não. É importante ainda notar que alguns grupos de pessoas, como os fumantes e/ou idosos, tendem a ignorar a tosse como sintoma acreditando ser apenas uma tosse normal, decorrente do fumo ou mesmo da idade. Este são grupos de risco que devem estar atentos aos primeiros sinais e procurar um médico o mais rápido possível.

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Fonte: www.mundodastribos.com/

TRATAMENTO

Segundo o Ministério da saúde (2010) o tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses e, nesse período o estabelecimento de vínculo entre profissional de saúde e usuário é fundamental para que haja adesão do paciente ao tratamento e assim reduzir as chances de abandono para se alcançar a cura. É importante lembrar que tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de cepas resistentes aos fármacos. No Brasil, os medicamentos usados nos esquemas padronizados para a tuberculose são a isoniazida (H), a rifampicina (R), a pirazinamida (Z) e o etambutol (E). A maior parte das pessoas serão tratadas pelos esquemas padronizados e receberá o tratamento e acompanhamento na atenção básica.

HANSENÍASE

1

1Texto adaptado do Caderno de Atenção Básica 2002

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Uma doença infecto-contagiosa, de evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, dando-lhe um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades.

Estas incapacidades e deformidades podem acarretar alguns problemas, tais como diminuição da capacidade de trabalho, limitação da vida social e problemas psicológicos. São responsáveis, também, pelo estigma e preconceito contra a doença. Por isso mesmo ratifica-se que a hanseníase é doença curável, e quanto mais precocemente diagnostica e tratada mais rapidamente se cura o paciente.

TRANSMISSÃO

Pode ser transmitida por contato físico, mas é normalmente colonizada pelas vias aéreas, após contato frequente com a pessoa doente. Ou seja, não basta uma conversa ou um encontro eventual para pegar a doença.

É mesmo necessário convívio íntimo e prolongado com os doentes. Uma pessoa é considerada suspeita de possuir Hanseníase após um contato mínimo de 5 anos com o indivíduo doente. Isso geralmente acontece quando o doente faz parte da família e mora na mesma casa. Isso mostra que nem todas as pessoas que entram em contato com o Bacilo de Hansen contraem a doença.

A bactéria penetra com frequência no organismo humano, mas é eliminada, já que a maioria dos indivíduos tem algum grau de resistência. Com o contato permanente, a bactéria vence o organismo “pelo cansaço”. Assim, após ser inalado, alcança a mucosa respiratória das vias aéreas superiores.

Conseguindo penetrar na corrente sanguínea e disseminando-se na pele e nervos.

MANISFESTAÇÕES CLINICAS

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Os sintomas incluem: Sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).

TRATAMENTO

De fácil tratamento, costuma durar de seis a doze meses, dependendo do caso. É importante procurar um médico ao sentirem os sintomas porque, caso contrário, o doente poderá ficar passando a doença sem saber. Após o diagnóstico, é necessário realizar o tratamento, oferecido gratuitamente pelo Sistema de Saúde Pública (SUS). A associação de medicamentos a poli quimioterapia (PQT/OMS), sendo Paucibacilares: rifampicina, dapsona;

Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina.

LEPTOSPITOSE

É uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Leptospira, transmitida pela urina de animais infectados principalmente os roedores sinantrópicos (doméstico) – Rattus norvegicus ou ratazana de esgoto, Rattus ou rato de telhado e o Mus musculus ou camundongo. Estes animais se infectam e não desenvolvem a doença, tornando-se portadores da Leptospira e eliminando-a no meio ambiente, contaminando a água, o solo e alimentos. O Rattus norvegicus é o principal portador. Os ovinos, caprinos, caninos, suínos, bovinos e eqüinos também podem transmitir a doença.

TRANSMISÃO

A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. A penetração do microrganismo ocorre através da pele com presença de lesões, da pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas. O contato com água e lama

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contaminadas demonstra a importância do elo hídrico na transmissão da doença ao homem. Outras modalidades de transmissão possíveis, porém, com rara frequência, são: contato com sangue, tecidos e órgãos de animais infectados, transmissão acidental em laboratórios e ingestão de água ou alimentos contaminados. A transmissão entre humanos é muito rara e de pouca relevância epidemiológica, podendo ocorrer pelo contato com urina, sangue, secreções e tecidos de pessoas infectadas.

MANIFESTAÇÕES CLINICAS

Os sintomas iniciais, um tanto inespecíficos, são febre alta, sensação de mal-estar, dor de cabeça, dores musculares, cansaço e calafrios. Podem ocorrer também dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia, olhos avermelhados, tosse e faringite. Em alguns casos podem surgir exantemas (manchas avermelhadas no corpo), meningite e aumento dos linfonodos, baço e fígado. A maioria das pessoas melhora em quatro a sete dias. Em alguns poucos pacientes (geralmente adultos jovens do sexo masculino) pode ocorrer icterícia (olhos amarelados), o que sinaliza maior gravidade. Podem aparecer manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos nasais, gengivas e pulmões) e insuficiência renal. O doente pode tornar-se torporoso e mesmo entrar em coma.

TRATAMENTO

A antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, mas sua eficácia parece ser maior na 1ª semana do início dos sintomas

Fase Precoce

Doxiciclina: 100mg, VO, 12 em 12 horas, por 5 a 7 dias.

Amoxacilina

› Adultos: 500mg, VO, 8 em 8 horas, por 5 a 7 dias;

› Crianças: 50mg/kg/dia, VO, a cada 6 a 8 horas, por 5 a 7 dias.

Fase Tardia Adultos

› Penicilina G Cristalina: 1.5 milhões UI, IV, de 6 em 6 horas; ou

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› Ampicilina: 1g, IV, 6/6h; OU

› Ceftriaxona: 1 a 2g, IV, 24/24h; ou Cefotaxima 1g, IV, de 6 em 6 horas.

• Adultos› Penicilina G Cristalina: 1.5 milhões UI, IV, de 6 em 6 horas; ou› Ampicilina:

1g, IV, 6/6h; OU› Ceftriaxona: 1 a 2g, IV, 24/24h; ou Cefotaxima 1g, IV, de 6 em 6 horas.

Crianças

› Penicilina cristalina: 50 a 100.000U/kg/dia, IV, em 4 ou 6 doses; ou

› Ampicilina: 50 a 100mg/kg/dia, IV, dividido em 4 doses; ou

› Ceftriaxona: 80 a 100mg/kg/dia, em 1 ou 2 doses; ou Cefotaxima: 50 a 100mg/kg/dia, em 2 a 4 doses.

10. EXEMPLO DE PATOLOGIA RELACIONADA AOS FUNGOS

CANDIDÍASE

É uma infecção vaginal comum causada por fungos do gênero Candida.

A candidíase pode ocorrer quando o sistema imunológico está debilitado, ou quando as bactérias benéficas na vagina não conseguem manter o fungo (Candida albicans) sob controle.

Essas condições podem criar um ambiente adequado para a proliferação da Candida geralmente a Candida albicans. Este tipo de fungo vive no organismo humano, mas o sistema imune é capaz de evitar a sua proliferação exagerada. Entretanto, quando o corpo está mais fraco ou sofre alguma alteração hormonal, como após uma gripe ou durante a gravidez, estes fungos podem se reproduzir de forma exagerada causando a candidíase.

TRANSMISSÃO

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Fonte: www.tuasaude.com

A transmissão é feita pelo contato com secreção da boca, pele, vagina e dejetos de doentes. Pode ocorrer também a transmissão vertical, que pode ocorrer durante o parto. Ela é primaria na mulher, ou seja, desenvolve-se em razão de fatores locais ou gerais que diminuem sua resistência imunológica.

MANIFESTAÇÃO CLINICA

Candidíase vaginal: coceira vaginal, corrimento branco em grumos, como nata de leite e mal cheiro no local, além de poder haver ardor e dor durante as relações íntimas.

Candidíase no homem: normalmente assintomáticos e quando eles surgem caracteriza-se por coceira, manchas vermelhas no pênis, leve inchaço, ardor ao urinar, feridas esbranquiçadas na glande, dor durante o contato íntimo.

Candidíase oral: também chamada de sapinho, esse tipo da doença costuma afetar bebês e adultos com o sistema imune enfraquecido e é caracterizada por placas esbranquiçadas na boca, na língua, céu da boca e na garganta, ardência na boca e dor ao engolir.

Candidíase na pele: coceira e vermelhidão que surgem especialmente nas 'dobrinhas' da pele de pessoas com o sistema imune enfraquecido.

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Candidíase intestinal: Nota-se a presença de pequenos resíduos esbranquiçados nas fezes que estavam na parede do intestino.

Fonte: www.saudedicas.com.br/

TRATAMENTO

O tratamento para candidíase pode ser domiciliar, não dói e, normalmente, é feito com o uso de remédios antifúngicos em comprimidos ou pomada, prescritos pelo médico, dependendo do tipo de infecção por Cândida. Entre eles estão:

Fluconazol;

Clotrimazol;

Nistatina;

Cetoconazol

11. EXEMPLO DE PATOLOGIA RELAIONADA A ALGAS

A maré vermelha é um fenômeno de ordem natural ou antrópica, que causa um desequilíbrio ecológico. Esse processo é o resultado de uma proliferação rápida e em excesso de algumas microalgas dinoflageladas (também são conhecidas como pirrófitas). A maré vermelha não necessariamente é vermelha, o fenômeno pode variar sua coloração entre tons

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que vão do vermelho para o marrom. A intensidade do evento e as características da água irão definir as cores do fenômeno. O principal ambiente afetado pelo fenômeno são os estuários (regiões onde os rios encontram os mares). Conforme a proliferação dessas micro-algas aumenta, diminui a quantidade de luz necessária para os processos fotossintéticos continuarem sendo feitos. A água sem ou com pouco oxigênio dificulta toda a vida aquática presente no ambiente. Além da diminuição do oxigênio na água, essas micro- algas irão liberar grande quantidade de toxinas. A maré vermelha ainda pode alterar a temperatura e a salinidade do ambiente aquático, portanto durante o processo é possível que toda a vida afetada seja morta em um período curto de tempo. Junto da expansão de micro-algas dinoflageladas, vem a expansão de diatomáceas e cianobactérias, esses que contribuem para o consumo rápido do oxigênio.

Dinoflagelados

Dinoflagelados são organismos unicelulares que possuem dois flagelos, são mais conhecidos como “micro-algas” e também como causadores da maré vermelha. Essas micro-algas possuem cor em um tom avermelhado, por isso também chamadas de pirrófitas (em grego significa planta cor de fogo). Os dinoflagelados são em sua maioria fotossintetizantes, mas existem espécies heterótrofas e parasitas. Além da alta quantidade de matéria orgânica circulando nos ambientes aquáticos, outro fator que colabora para fenômeno da maré vermelha é o fato dos dinoflagelados se reproduzirem de forma assexuada.

Causas da maré vermelha

Sabe-se que a maré vermelha é um fenômeno natural negativo, porém existem estudos atuais que indicam o aumento da poluição originária das ações humanas como colaboradoras e também causadoras do problema. As ações humanas deixam os ambientes marinhos eutrofizados (com excesso de nutrientes). Entre os fatores que contribuem para o fenômeno da maré vermelha estão a alta quantidade de matéria orgânica despejada nos meios aquáticos. Muito dessa matéria orgânica é proveniente de esgotos sem

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tratamento, e assim favorecem o crescimento dessas micro-algas dinoflageladas.

Acontecimentos importantes

Um dos maiores desastres causados pelo fenômeno da maré vermelha aconteceu na África do Sul, em 1962. Durante o fenômeno uma floração rápida de dinoflagelados provocou a morte de no mínimo 100 toneladas de peixes.

No Brasil, em 2007 uma grande floração de micro-algas dinoflageladas aconteceu no estado da Bahia, provocando a morte de diversas espécies marinhas, totalizando em números 50 toneladas de animais mortos.

Em ambos os casos o principal fator destacado para a morte desses animais marinhos foi a asfixia.

Maré vermelha e o homem

Além de afetar os organismos aquáticos de forma direta, a maré vermelha também pode afetar de forma indireta. Por exemplo, alguns animais filtradores de água podem sobreviver ao evento da maré vermelha, porém, futuramente eles estarão transportando as toxinas para outros organismos, sejam eles outros animais em outros ambientes e até mesmo para os homens. A seguir mais exemplos: Os efeitos do consumo de ostras contaminadas por essas toxinas podem paralisar um homem por até 30 minutos. Pessoas que moram próximas de regiões onde acontece a maré vermelha podem adquirir problemas respiratórios graves.

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Fonte: www.fatosdesconhecidos.com.br

12. EXEMPLO DE PATOLOGIA RELACIONADA A ROTOZOARIOS

TOXOPLASMOSE

Segundo Dubey e Beattie 2009, é um protozoário da família dos coccídios, parasita intracelular obrigatório, com ciclo biológico complexo e que acomete praticamente todas as espécies animais de sangue quente.

A toxoplasmose é uma antropozooonose de distribuição universal que acomete milhões de pessoas no mundo. O Toxoplasma gondii é um protozoário intracelular, que pode parasitar os mais diversos tecidos de vários mamíferos e aves (DUBEY, 2010).

TRANSMISSÃO

A principal forma de ocorrência e disseminação dos agentes para a população humana é ainda via oral. Para Neves 2003, A infecção é usualmente assintomática, entretanto sérios sintomas ou até mesmo a morte podem ocorrer na forma congênita da doença ou em indivíduos imunossuprimidos, como aidéticos ou indivíduos tratados com corticoides.

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Fonte

Fonte: ong-bacfunvipro.blogspot.com.br

MANIFESTAÇÕES CLINICAS

Alguns sintomas são febre, calafrios e suores, podem estar presentes. Dores de cabeça, dor muscular, faringite também são comuns. Muitas vezes o quadro clínico é bem parecido com o de uma gripe mais arrastada e o diagnóstico correto passa despercebido. Manchas avermelhadas pelo corpo ou hepatoesplenomegalia (aumento do baço) também podem ocorrer, tornando o quadro semelhante ao de uma mononucleose. A toxoplasmose também pode levar a infecções do pulmão, cursando com tosse e dificuldade respiratória. O toxoplasma também causa miocardite, inflamação do coração, provocando sintomas semelhantes aos da insuficiência cardíaca.

TRATAMENTO

Quanto ao tratamento, os fármacos mais utilizados atualmente para o combate à toxoplasmose são a pirimetamina (análogo da pirimidina), a sulfadiazina, o trimetoprima-sulfametoxazol e a clindamicina. A pirimimetamina e a trimetoprima agem inibindo a ação da enzima di-hidrofolato redutase (DHFR), importante para biossíntese de DNA e RNA. As sulfonamidas inibem a enzima dihidropteroato sintase (DHPS), ou seja, são análogos estruturais e

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antagonistas competitivos do ácido p-aminobenzóico (PABA), que é utilizado pelos parasitas para a biossíntese do ácido fólico. Enquanto a clindamicina inibe a biossíntese proteica, ligando-se a subunidade 50S do ribossomo (MANCINI, 2012).

Fonte: consultaremedios.com.br/

O tratamento das gestantes deve ser feito de uma forma mais cuidadosa e imediata. A pirimetamina é um inibidor da síntese de ácido fólico e, portanto, é um medicamento tóxico para a medula; desse modo, a paciente deverá receber ácido folínico (nunca ácido fólico, que anula a ação terapêutica da pirimetamina) para prevenir alterações como neutropenia, trombocitopenia e anemia. Nos casos em que a infecção fetal não for confirmada, o tratamento com espiramicina poderá ser continuado durante toda a gestação.

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Fonte: www.radioculturafoz.com.br/

Embora o benefício do tratamento na gestação ainda seja controverso, tem sido demonstrado efeitos na redução da transmissão transplacentária do parasito e também na diminuição da gravidade das manifestações clínicas nos neonatos (AMENDOEIRA & CAMILLO-COURA, 2010).

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BIBLIOGRAFIA

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Alexopoulos, C.J.; Mims, C.W.; Blackwell, M, 1996. Introductory Mycology. John Wiley & Sons, INC, New York. 4th ed, 869p.

ALMEIDA, J.R. Curso sobre fermentação alcóolica. Piracicaba: ESALQ, Instituto Arthur Luis Alves Frazão de Carvalho, formado pela Universidade Federal de Pernambuco em 2008 – CRM/PE – 16878.

Bononi, V.L.R. (org), 1998. Zigomicetos, Basidiomicetos e Deuteromicetos: noções básicas de taxonomia e aplicações biotecnológicas. São Paulo: Instituto de Botânica, Secretaria de Estado do Meio Ambiente. 184p.

Byrne, J. e J. Sharp. 2006. Children’s ideas about microorganisms. School Science Review 88:71-79.

Lacaz C.S., Porto, E., Martins, J.E.C., Heins-Vaccari, E.M. and Melo, N.T. Tratado de Micologia Médica, 9a ed., Sarvier, São Paulo, 2002.

Oliveira Filho, E.C. 1981. A Exploração de algas marinhas no Brasil: situação atual e perspectivas futuras. Phycol. lat.-amer. 1: 5-18.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, Citologia e Histologia. Brasília, DF.Editora ática, 2009. 1ª edição.

Zootécnico, 1960, v.2, p254-260.

Referências

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