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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A GESTÃO ESCOLAR

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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

PARA A GESTÃO ESCOLAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a aprovação na habilitação de Administração Escolar do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sob a orientação da Profª. Ms.Ana Maria Di Grado Hessel.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA SÃO PAULO

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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A GESTÃO ESCOLAR

BANCA EXAMINADORA

Prof. ________________________________________________________

Prof. ________________________________________________________

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a toda minha família, que me ensinou, desde a infância, a preservar o meio ambiente - mesmo que eu ainda não conseguisse entender bem o que isso significava - e admirar tudo o que faz parte da natureza.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à professora dra. Ana Maria Di Grado Hessel pela orientação.

Aos meus pais, Aylton e Ângela, e irmãs, Claudia, Patrícia, Lia e Raquel, pelo apoio.

Às minhas amigas Carla Pinheiro e Bruna Marconi pelo companheirismo.

Às minhas colegas de classe pelo interesse e pela ajuda.

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"Se você faz planos para daqui a um ano, semeie. Se faz planos para daqui a dez anos, plante árvores. Se faz planos para daqui a cem anos, eduque as pessoas".

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SUMÁRIO

Índice de Figuras ... viii

Índice de Tabelas ... ix

Resumo ... x

Justificativa ... xi

Introdução ... 1

Problema de Pesquisa e Delimitação do Problema ... 3

Objetivos ... 4

Objetivo Geral ... 4

Objetivos Específicos ... 4

Metodologia ... 5

Capítulo 1 - O que é Gestão? ... 6

1.1 Gestão Empresarial Tecnicista ... 8

1.2 Gestão Escolar Participativa ... 9

1.3 Gestão Ambiental ... 11

Capítulo 2 - Contextualização histórica do não-cuidado com a natureza... 13

Capítulo 3 - Mudança de Paradigma ... 16

Capítulo 4 - Escola e Meio Ambiente ... 19

Capítulo 5 - O que outros setores da sociedade têm feito? ... 22

Capítulo 6 - Plano de Intervenção ... 25

6.1 Pesquisa de Campo ... .27

6.2 Análise e Interpretação dos Dados Coletados ... .30

Considerações Finais ... 38

Referências Bibliográficas ... 40

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – O que a escola já faz? 33

Figura 2 - Alunos e funcionários procuram preservar o ambiente escolar e evitar desperdícios? 34

Figura 3 – Consumo de água na escola 35

Figura 4 – Consumo de energia elétrica na escola 36

Figura 5 – Consumo de papel na escola 36

Figura 6 - Consumo de plástico na escola 36

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – O que a escola já faz? 33

Tabela 2 - Alunos e funcionários procuram preservar o ambiente escolar e evitar

desperdícios? 34

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RESUMO

Atualmente, os problemas ambientais vêm sendo muito discutidos em todos os setores da sociedade. Devido à realidade na qual nos encontramos hoje, se faz necessária uma educação voltada para a conscientização ambiental, por meio da qual os indivíduos desenvolvam uma visão crítica sobre as conseqüências de suas ações no meio ambiente onde vivem. Neste sentido, a escola tem papel fundamental na formação de cidadãos éticos e conscientes, que saibam preservar o espaço onde vivem e viver em harmonia com a natureza. A escola deve desenvolver atividades condizentes com a realidade dos educadores e dos educandos, proporcionando subsídios para que estes transformem a sociedade a seu favor. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo evidenciar aos educadores a importância da reflexão sobre a problemática ambiental de maneira ampla, percebendo e contestando a forte influência do modelo social vigente sob as atitudes dos indivíduos. A metodologia utilizada para a elaboração desta pesquisa iniciou-se com o levantamento bibliográfico de obras relacionadas à gestão escolar e à educação ambiental. Autores como Paro, Luck e Gadotti deram subsídios para o desenvolvimento teórico deste trabalho, além do Parâmetro Curricular Nacional: Meio Ambiente e Saúde – Temas Transversais. Em seguida, foi desenvolvido um questionário composto por questões mistas, sendo duas abertas e três fechadas, no qual os entrevistados deram suas opiniões e impressões acerca de questões relacionadas à educação ambiental numa determinada escola. As respostas do questionário subsidiaram o estabelecimento dos objetivos do projeto de intervenção proposto ao fim da pesquisa e enriqueceram o trabalho, por partirem de indivíduos inseridos na realidade pesquisada e serem coerentes com a necessidade de um projeto de educação ambiental no contexto escolar.

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JUSTIFICATIVA

Ao longo de minha formação profissional, tanto nos estágios quanto na Universidade, percebi que falta espaço para a discussão sobre temas como Educação Ambiental, Sexualidade e Ética, enquanto áreas específicas como Português e Matemática são extremamente valorizadas, seguindo a lógica do mercado de trabalho.

Meu interesse por cuidados com o meio ambiente vem desde a infância. Quando ainda era muito pequena, comecei a freqüentar acampamentos de férias, com minhas irmãs, perto da represa Billings.

Nesses acampamentos, o vínculo com a natureza era enorme e os monitores se preocupavam muito em conscientizar as crianças, sempre de maneira lúdica, sobre a importância de cuidarmos do meio ambiente e em nos aproximarmos dele de forma prazerosa.

Tudo sempre girou em torno de muita brincadeira e, depois de passada uma semana, quando os laços afetivos já estavam bastante fortes, a separação dos amigos e daquele cenário era muito sofrida. A partir daí, todos os lugares ainda preservados aos quais íamos, nos traziam ótimas lembranças. Passamos a relacionar a natureza ao amor, ao carinho e ao cuidado.

Este trabalho já havia sido idealizado por mim há bastante tempo, por considerar a educação ambiental de extrema importância para a formação dos cidadãos, no que se refere à ética e, principalmente, à sobrevivência.

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mudança de paradigma, já que as relações do ser humano com o meio ambiente são mediadas pelo modelo social vigente. Portanto, devemos refletir sobre os seguintes fatos:

“(...) a questão ambiental representa quase uma síntese dos impasses que o atual modelo de civilização acarreta. Consideram que aquilo a que se assiste, no final do século XX, não é só uma crise ambiental, mas uma crise civilizatória. E que a superação dos problemas exigirá mudanças profundas na concepção de mundo, de natureza, de poder, de bem-estar, tendo por base novos valores individuais e sociais. Faz parte dessa nova visão de mundo a percepção de que o homem não é o centro da natureza.” (PCN, 2000, p.22)

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Introdução

Minha escolha pela habilitação de gestão escolar foi feita já no primeiro ano de faculdade, pois sempre tive o desejo de ter minha própria escola, onde os alunos fossem mais próximos da natureza e a conscientização ambiental permeasse todo o processo de ensino-aprendizagem.

Pretendo começar este caminho com um plano de intervenção, propondo um projeto de educação ambiental para que os educadores desenvolvam uma visão crítica sobre o tema e tenham respaldo para lidar com o assunto em sala de aula, com os pais dos alunos e com a comunidade na qual a escola está inserida.

Neste trabalho, portanto, tenho o intuito de refletir sobre as questões ambientais do mundo contemporâneo, embasada em diversos autores como Gadotti e Mergulhão.

Partindo da necessidade de uma gestão escolar consistente e transformadora, acredito que a equipe deva buscar subsídios para inserir a Educação Ambiental no contexto escolar, como um tema transversal.

Retomo o contexto histórico sobre a falta de cuidados com o meio ambiente, mostrando que o modelo social sempre influenciou a relação entre os seres humanos e a natureza, e ressaltando a necessidade de refletirmos sobre como reverter a situação alarmante pela qual o planeta está passando e agirmos de fato.

Em seguida, contesto os valores consumistas impostos pelo modelo neoliberal no qual vivemos hoje e relembro sobre a necessidade de repensarmos nossas atitudes para que consigamos transformar a sociedade de forma a torná-la mais equilibrada, onde os indivíduos sejam mais conscientes e a educação forme cidadãos mais críticos, inovadores e que se preocupem com o bem estar coletivo.

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Problema de pesquisa e delimitação do problema

Esta pesquisa se propõe a responder o seguinte problema: Qual a

importância da Educação Ambiental na Gestão Escolar?

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OBJETIVOS

Objetivo Geral:

• Evidenciar aos educadores em geral a importância de reflexões sobre a problemática ambiental, dentro e fora das escolas, partindo de um contexto amplo, no qual percebe-se claramente a influência do modelo social vigente nas concepções de Homem, de Mundo e de Sociedade.

Objetivos Específicos:

• Abordar uma nova concepção de Gestão Escolar, voltada para a conscientização ambiental;

• Analisar o contexto histórico de não-cuidado com a natureza e vinculá-lo à atual prática escolar com relação à preservação do meio ambiente; • Apresentar as supostas ações dos diversos setores da sociedade para

a conservação da natureza;

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Metodologia

De acordo com os objetivos estabelecidos, foi realizada uma pesquisa de campo qualitativa, de forma a tornar o projeto de intervenção proposto mais coerente e condizente com a realidade da comunidade na qual é pretendida sua inserção.

Os sujeitos da pesquisa atuam de diferentes formas na escola escolhida para a pesquisa e foram selecionados aleatoriamente, seguindo o padrão pré-estabelecido de: dois professores, dois professores assistentes, dois serventes e duas orientadoras educacionais.

O instrumento de pesquisa é um questionário (apêndice) composto por duas questões abertas e três questões fechadas, que visam à compreensão das opiniões e impressões dos sujeitos acerca das questões relacionadas ao meio ambiente, na escola. Após a explicação do intuito do questionário, os entrevistados puderam levá-lo para casa e respondê-levá-lo sem nenhuma interferência.

As respostas foram analisadas de acordo com o desenvolvimento teórico deste trabalho e inteiramente transcritas no projeto de intervenção. Além disso, algumas questões foram transformadas em tabelas e gráficos para sua melhor visualização.

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Capítulo 1 - O que é Gestão?

Segundo a definição encontrada no dicionário, gestão é o “ato de gerir; gerência”. No entanto, sua compreensão deve ir além deste significado, já que engloba inúmeras variáveis. Segundo Paro:

“(...) como não podia deixar de ser, a atividade administrativa participa também das contradições e forças (sociais, econômicas, políticas, culturais, etc.) em conflito em cada período histórico e em cada formação social determinada. Por isso, sua realização concreta determina, ao mesmo tempo em que é determinada por essas forças”. (PARO, 1986, p.31).

A atividade administrativa é exclusivamente uma atividade exercida pelo Homem e, também, necessária à sua vida.

Segundo Vitor Henrique Paro, o processo de administração, ou seja, de gestão, de uma maneira geral, deve ser entendido como o processo de “racionalização do trabalho”, de “coordenação”, levando em conta os elementos materiais, conceptuais e o esforço humano coletivo.

Gestão implica, necessariamente, planejamento e liderança. Liderança esta que pode ser definida como “habilidade de influenciar pessoas para trabalharem

entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem

comum”. (HUNTER, 2004, p.25). Portanto, a tarefa se liderar/gerir não é nada

simples.

Segundo James C. Hunter, em sua obra “O monge e o Executivo: uma história sobre a essência da liderança”, um bom líder deve deixar de lado seus desejos e seus interesses pessoais, para focar os desejos e os interesses do grupo ao qual lidera.

A gestão democrático-participativa implica a tomada de decisões em conjunto, onde todos os envolvidos devem expressar sua opinião e participar de forma ativa de todo o processo de construção da atividade proposta.

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pessoas fazerem algo por causa de sua influência pessoal – e, não, no autoritarismo – utilização do poder para coagir ou forçar pessoas a fazerem sua própria vontade.

Humildade, amorosidade, respeito, tolerância, honestidade, abnegação, perdão, confiabilidade, bom exemplo, cuidado, compromisso, ser um bom ouvinte, encorajar as pessoas, ter atitude positiva e entusiástica e gostar das pessoas, são características importantíssimas para se exercer uma boa liderança, de maneira coerente e harmoniosa, de acordo com Hunter.

Segundo ele, até muito pouco tempo, a pirâmide que caracterizava as relações dentro das instituições, era aquela com a ponta para cima (velho paradigma), na qual o presidente ou diretor estava sempre acima dos outros e deveria ser servido e agradado. O novo paradigma caracteriza-se, pelo contrário, por uma pirâmide invertida, onde os funcionários que lidam diretamente com os clientes vêm em primeiro lugar, em seguida seu supervisor, depois o gerente intermediário e assim por diante. Com isso, procura-se mostrar que um bom líder é aquele que sabe trabalhar em conjunto, pois uma de suas principais funções é a de dar subsídios para que sua equipe tenha boas condições de trabalho e se saia bem em suas tarefas.

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1.1 - Gestão Empresarial Tecnicista

Apesar do processo de produção das empresas estar muito mais humanizado nas últimas décadas, o modelo tecnicista criado por Frederic Taylor ainda é a base de inúmeras empresas, que buscam a maior produção no menor tempo possível. O resultado é a parte mais importante de todo o processo. Mas, não foram só as empresas que adotaram este modelo: as escolas também o fizeram.

A idéia taylorista extrapolou o mundo empresarial e penetrou em todos os aspectos da vida do século XX com uma capacidade extraordinária. Apesar de ter sido criada com o intuito de revolucionar o processo de produção nas fábricas, essa idéia acabou condicionando obsessivamente a cultura do século1.

No entanto, como é possível medir conhecimentos adquiridos? Essa questão é, até hoje, extremamente polêmica e leva a discussões sobre as formas de avaliação, utilizadas no meio escolar. Por isso, cada vez mais os processos seletivos e as provas são questionados, já que, baseados no modelo taylorista, buscam analisar conhecimentos pontuais do indivíduo, desconsiderando seu estado emocional, e diversos outros conhecimentos que ele já possui.

Para Taylor, o trabalhador precisava participar do processo, senão nada funcionaria. No entanto, não precisava pensar sobre este2.

Portanto, a gestão escolar deve desvincular-se deste modelo de administração, tornando-se cada vez mais independente das imposições do mercado, – o que não quer dizer que deva ser alheia a elas - tornando-se verdadeiramente participativa e deixando de lado questões meramente burocráticas para focar no processo de ensino-aprendizagem e no desenvolvimento integral dos educandos.

1 Trecho baseado na reportagem de Clemente Nóbrega.

Sua Excelência: Taylor Superstar. Exame,

São Paulo, p.124-128, 24 de setembro de 1997.

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1.2 - Gestão Escolar Participativa

A gestão democrático-participativa, dentro do ambiente escolar, apresenta algumas características intrínsecas a este conceito, como: envolver toda a comunidade nas atividades escolares e na própria construção do Projeto Pedagógico; realizar reuniões periódicas com representantes de todos os setores da instituição (professores, alunos, funcionários administrativos, serventes, etc.) buscando saber mais sobre suas dúvidas e sugestões e mantendo-os informados; promover palestras, cursos e outras atividades que preparem e atualizem o corpo docente, etc. De acordo com Libâneo:

“A participação na gestão democrática implica decisões sobre as formas de organização e gestão. É preciso que a direção e os professores entrem em acordo sobre as práticas de gestão. Por exemplo, define-se que as decisões são tomadas coletivamente, que todos entrem em acordo sobre elas e a partir de um consenso mínimo. Entretanto, uma vez tomadas as decisões, cada membro assume sua parte no trabalho, admitindo o exercício da direção para coordenar, acompanhar e avaliar o trabalho de cada um. A decisão é coletiva, mas implica responsabilidades.”. (LIBÂNEO, 2004, p.129).

O planejamento, nesse processo, é essencial, já que nele estarão explicitados os objetivos a serem atingidos, os meios que devem ser seguidos, quais são os recursos materiais, financeiros e humanos disponíveis, e como avaliar. A partir da avaliação, todas essas questões devem ser repensadas e, talvez, alteradas para se chegar aos objetivos almejados. Sendo assim, o planejamento deve ser flexível e mutável. Ainda segundo José Carlos Libâneo:

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Diferenciando-se do contexto empresarial, a gestão escolar tem suas características peculiares, já que não podemos considerar os alunos como meros clientes. Além disso, a matéria-prima utilizada é o conhecimento, e medir a aquisição de conhecimentos é algo praticamente impossível. Nesse caso, o processo toma valor incomensurável tornando-se tão, ou mais, importante quanto o resultado final. Referindo-se ao conceito de gestão educacional, Luck diz o seguinte:

“(...) o conceito de gestão educacional, diferentemente do de administração educacional, abrange uma série de concepções não abarcadas pelo de administração. Pode-se citar a democratização do processo de determinação dos destinos do estabelecimento de ensino e seu projeto político-pedagógico, a compreensão da questão dinâmica e conflitiva das relações interpessoais da organização, o entendimento dessa organização como uma entidade viva e dinâmica, demandando uma atuação especial de liderança, o entendimento de que a mudança dos processos pedagógicos envolve alterações nas relações sociais da organização”. (LUCK, 1997, p.16).

Portanto, a gestão escolar transcende o conceito de administração, onde há resultados específicos a serem alcançados em determinado tempo e estratégias de mercado permeando todo o processo.

Segundo Paro “A Administração Escolar está, assim, organicamente ligada à totalidade social, onde ela se realiza e exerce sua ação e onde, ao mesmo tempo,

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1.3 - Gestão Ambiental:

Assim como no caso da gestão escolar, a gestão ambiental tem suas próprias características.

Também baseada no modelo de gestão democrática, a gestão ambiental implica a tomada de decisões voltada mais especificamente para a melhoria do meio ambiente e para o aumento da qualidade de vida das pessoas. De acordo com Gaddoti:

“As Nações Unidas, nos últimos anos, passaram a usar a expressão “desenvolvimento humano” como indicador de qualidade de vida fundado nos índices de saúde, longevidade, maturidade psicológica, educação, ambiente limpo, espírito comunitário e lazer criativo, que são também os traços de uma “sociedade sustentável”, isto é, uma sociedade capaz de satisfazer as necessidades das gerações de hoje sem comprometer a capacidade e as oportunidades das gerações futuras”. (GADOTTI, 2000, p.58).

Essa gestão deve buscar a conscientização cada vez maior dos indivíduos para os problemas ambientais, deixando claras as interferências do Homem no processo de degradação do planeta e quais as medidas que podem, e devem, ser tomadas para que o cenário atual seja revertido.

Para isso, uma liderança forte se torna indispensável no processo de interação entre a sociedade e a natureza.

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outra, mas a grande viagem de cada indivíduo no seu universo interior e no universo que o cerca”. (GADOTTI, 2000, p. 142).

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Capítulo 2 - Contextualização histórica do não-cuidado com a Natureza

Por meio de diversos estudos ao longo da História da Humanidade, percebe-se um longo processo de falta de cuidados do Homem, desde a pré-história, com a natureza.

Inicialmente, os Homens, até então nômades, relacionavam-se com a natureza de modo a retirar desta tudo quanto fosse necessário para sua sobrevivência, sem que houvesse a mínima noção de preservação.

Posteriormente, quando estes perceberam a possibilidade de cultivar alimentos e criar animais para sua alimentação, tornaram-se sedentários. No entanto, apesar da importante mudança nessa relação, ainda assim não podemos dizer que havia ali uma real consciência da interdependência entre os seres, animados e inanimados, para o equilíbrio do planeta. Alguns povos chegavam a destruir a natureza para retirar dela tudo o que precisavam, mas sem a noção de depredação.

Muito tempo depois, com o advento da Revolução Industrial, a idéia de superioridade do ser humano em relação à natureza exacerbou-se. A partir deste momento, passou a existir a noção de lucro, seguindo a lógica neoliberalista: o que se tornaria um dos principais entraves para a preservação do meio ambiente.

A industrialização surge como uma nova concepção de Mundo, de Homem e de Sociedade, buscando o aumento da produção no mínimo tempo possível.

Com o antropocentrismo levado ao extremo, o Homem passa cada vez mais a considerar-se alheio aos fatores ambientais e destrói ecossistemas de todos os tipos, pensando única e exclusivamente em seu próprio conforto e bem-estar imediatos.

No entanto, de acordo com Moacir Gadotti no livro “Pedagogia da Terra”:

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A divisão do trabalho também se transformou: trabalhadores braçais passam a alienar-se do produto final daquilo que produzem. Ou seja, deixam de ser donos da própria produção e passam a vender sua força de trabalho, fazendo atividades cada vez mais fragmentadas e repetitivas, alienando-se do processo como um todo3.

Os patrões, donos dos meios de produção, enriquecem rapidamente com a exploração da força de trabalho das camadas mais pobres da população, sem que ao menos saibam realizar as etapas do processo.

Com o passar do tempo, a distância entre ricos e pobres aumentou exageradamente e, hoje, mais do que nunca, podemos dizer que vivemos numa sociedade de extremos: milionários x miseráveis, homem x natureza, patrão x trabalhador, neoliberalismo x consciência ambiental.

Tudo isso nos trouxe à situação alarmante na qual vivemos hoje, em pleno século 21. Mesmo com todo o avanço tecnológico e cultural da nossa sociedade, não conseguimos superar, ainda, o modelo neoliberal que visa o lucro, a competitividade, o imediatismo.

Precisamos ultrapassar esta concepção que prega a utilização ilimitada de recursos naturais limitados, pois estamos destruindo nosso planeta e corremos grande risco de acabarmos com todo tipo de vida aqui existente. E, para isso, uma educação para a sustentabilidade é instrumento essencial. Para Gadotti:

“O desenvolvimento sustentável tem um componente educativo

formidável: a preservação do meio ambiente depende de uma consciência ecológica e a formação da consciência ecológica depende da educação. É aqui que entra em cena a ecopedagogia. Ela é uma pedagogia para a

promoção da aprendizagem do sentido das coisas a partir da vida

cotidiana.”. (GADOTTI, 2000, p.79).

Segundo Francisco Gutiérrez, citado por Gadotti inúmeras vezes em sua obra, é impossível construir um desenvolvimento sustentável sem que haja uma educação para isto, já que este parte de quatro condições básicas: Ele deve ser – economicamente factível, ecologicamente apropriado, socialmente justo e culturalmente eqüitativo, respeitoso e sem discriminação de gênero.

Neste sentido, podemos dizer que, de acordo com os moldes capitalistas, alcançar a sustentabilidade seria algo utópico, já que estes não prevêem

3

O filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, ilustra bem esta fase de mecanização do trabalho,

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preocupação com questões nos âmbitos social, político, cultural e, principalmente, ecológico. Com relação ao conceito de sociedade sustentável, Gadotti, em seu livro, diz o seguinte:

“A Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Conscientização Pública para a Sustentabilidade, organizada pela Unesco e realizada na Tessalônica, Grécia, em dezembro de 1997, destaca entre outros os seguintes fatores do agravamento da situação da vida no planeta (UNESCO, 1999, p.23): a) o rápido crescimento da população mundial e a mudança em sua distribuição; b) a persistência da pobreza generalizada; c) as crescentes pressões sobre o meio ambiente devido à expansão da indústria em todo o mundo e o uso de modalidades de cultivos novos e mais intensivos; d) a negação contínua da democracia, as violações dos direitos humanos e o aumento de conflitos e de violência étnica e religiosa, assim como a desigualdade entre homens e mulheres; e) o próprio conceito de desenvolvimento, o que significa e como é medido.”. (GADOTTI, 2000, p.33).

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Capítulo 3 – Mudança de Paradigma

Partindo das novas e cada vez mais freqüentes mudanças climáticas, devido à ação irresponsável do Homem sobre a natureza, se faz urgente uma mudança de paradigma de toda a sociedade.

Os recursos naturais já não suportam a demanda e a conseqüência disto é evidente: aquecimento global, enchentes, furacões, tempestades. A natureza vem mostrando sua incapacidade de se recompor com a mesma velocidade em que destruímos nossas florestas, matamos os animais, desviamos o curso dos rios, poluímos.

Uma nova consciência ambiental tem surgido timidamente ao longo dos últimos anos, ao passo que os indivíduos mantêm-se mais informados e assumem uma postura crítica em relação aos danos ambientais causados, principalmente, por grandes empresas. No entanto, não são apenas as grandes empresas as responsáveis pelo descontrole ambiental.

Cada um de nós, envolvidos na lógica do sistema capitalista no qual vivemos, dá sua contribuição para que a situação de descontrole permaneça. Isso porque nosso estilo de vida é sustentado pela destruição do meio ambiente em que vivemos.

Atualmente, qualidade de vida é muitas vezes confundida com consumismo exagerado, com comodismo, luxo e posse do maior número de bens materiais possível. E cada vez que vamos a algum lugar a poucos metros de casa e utilizamos o carro, cada vez que jogamos um papel no chão, cada vez que jogamos no lixo coisas que ainda são muito úteis para alguém, cada vez que consumimos sem necessidade, cada vez que desperdiçamos água, estamos contribuindo para a destruição do meio ambiente em que vivemos.

Portanto, a conscientização ambiental deve envolver cada indivíduo para que seja realmente eficiente. E isso não significa que devemos voltar a utilizar apenas os recursos básicos para a nossa sobrevivência, mas devemos consumir de forma consciente.

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produtos a serem comprados, utilizar água de maneira irresponsável e contribuir com a destruição de cadeias alimentares com o uso de pesticidas e produtos tóxicos, por exemplo, são forma de agressão à natureza.

Sendo assim, a questão ambiental envolve muito mais do que uma mudança em nosso modo de vida. Ela envolve, sobretudo, uma necessária mudança de paradigma, por meio do qual devemos repensar nossas concepções de Homem, de Mundo e de Sociedade, num contexto global. Segundo o Parâmetro Curricular Nacional Maio Ambiente e Saúde: Temas Transversais, “(...) quando bem realizada, a Educação Ambiental leva a mudanças de comportamento pessoal e a atitudes e

valores de cidadania que podem ter fortes conseqüências sociais” 4.

Para isso, devemos começar mudando algumas de nossas atitudes diárias que podem ser prejudiciais ao meio ambiente e criando projetos de ação originais que busquem integrar a comunidade do local onde vivemos com a natureza de forma saudável.

Segundo Mergulhão e Vasaki, “A educação ambiental busca resultados, em

princípio, no local em que ela é aplicada, gerados pelo reconhecimento por parte da

população do seu papel na manutenção da qualidade de vida ao seu redor”.

(MERGULHÃO e VASAKI, 1998, p.33).

Posteriormente, essas ações locais devem se expandir e envolver-se com projetos de comunidades vizinhas, havendo uma maior integração entre elas. A troca de experiências é extremamente rica, pois idéias são compartilhadas e erros são mais facilmente previstos.

A conscientização ambiental envolve o respeito a qualquer tipo de vida, a preservação da qualidade da água, do ar e do solo, o consumo responsável e um contato mais harmonioso com o meio onde vivemos, seja ele o meio rural ou urbano. Para Mergulhão e Vasaki, “Todos têm algum talento que poderá ser utilizado

em educação ambiental, desde que estejam convencidos da importância desse

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Nesse sentido, o papel da escola é fundamental para que os indivíduos mantenham-se objetivamente informados sobre a necessidade da integração entre o Homem e a natureza, já que há uma forte interdependência entre as partes. O Homem modifica a natureza, assim como a natureza modifica o Homem.

Desde cedo, as pessoas devem ser informadas sobre os inúmeros benefícios que o meio ambiente nos proporciona e sobre a necessidade de preservarmos nosso planeta e todo tipo de vida aqui existente. Além disso, devem perceber que a problemática ambiental envolve questões culturais muito sérias, interfere diretamente na qualidade de vida das pessoas e acentua a desigualdade social.

“(...) para que os alunos possam compreender a complexidade e a amplitude das questões ambientais, é fundamental oferecer-lhes, além da maior diversidade possível de experiências, uma visão abrangente que englobe diversas realidades e, ao mesmo tempo, uma visão contextualizada da realidade ambiental, o que inclui, além do ambiente físico, as suas condições sociais e culturais”. (PCN, 2000, p.48)

Para que isso ocorra, os educadores devem ter uma formação muito consistente e contínua, para que estejam sempre bem informados e consigam desenvolver em seus alunos uma postura crítica em relação às informações que recebem aos milhares de todos os lugares e consigam perceber o impacto que causam no meio ambiente em que vivem.

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Capítulo 4 - Escola e Meio Ambiente

Apesar de parecer um tema ainda muito recente, a questão ambiental vem sendo investigada e discutido há tempos por especialistas. No entanto, por serem, em sua maioria, ambientalistas, esses especialistas sempre sofreram muitos preconceitos perante a sociedade. Muitas vezes chamados de chatos ou extremistas, os defensores da conservação da natureza sofreram inúmeras críticas e enfrentaram diversos obstáculos.

Com o aumento drástico de desastres naturais e de fenômenos totalmente fora de controle, causados direta ou indiretamente por ações destrutivas do ser humano, - baseado no modelo neoliberalista vigente - principalmente a partir da década de 1990, começaram a surgir novas reflexões sobre estas ações do homem junto à natureza, que passaram a ameaçar a existência da nossa e de diversas outras espécies.

Ao contrário do que vem ocorrendo, devemos lembrar do seguinte:

“A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo em que se evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na constituição e manutenção da vida. Em termos de educação, essa perspectiva contribui para evidenciar a necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da dignidade do ser humano, da participação, da co-responsabilidade, da solidariedade e da eqüidade”. (PCN, 2000, p.19).

Por ser um assunto cada vez mais discutido nos mais diversos setores da sociedade, houve, sim, uma preocupação de que o mesmo fosse vinculado, de alguma maneira, aos conteúdos tradicionais, desenvolvidos em sala de aula.

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importante e complexo, receberam influências de diversos teóricos e educadores, não possuindo autor específico.

Entre eles, surge o PCN “Meio Ambiente e Saúde: Temas Transversais”, o nono volume da coleção, que aborda exatamente a importância e a necessidade de trabalhar conhecimentos sobre o meio ambiente e sobre a relação de interdependência que existe entre o homem e a natureza, além de questões sobre a saúde.

Um dos objetivos gerais a serem alcançados pelas crianças ao longo do Ensino Fundamental é que elas sejam capazes de perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo para a melhoria do meio ambiente.

Apesar de ter um conteúdo bem genérico, considerando que nosso país é enorme tanto em termos de extensão territorial quanto em termos de diversidade cultural e étnica, a obra procura transmitir informações da forma mais clara e objetiva possível, buscando uma reflexão mais ampla sobre este tema. A construção deste PCN, especificamente, foi direcionada aos educadores, para que estes desenvolvam com seus alunos atividades de conscientização tanto das relações que estabelecemos com o ambiente em que vivemos quanto com o nosso próprio corpo.

Nos diversos documentos oficiais que tratam sobre o Meio Ambiente, constam inúmeros relatos de especialistas de todo o mundo alegando que o Brasil é um dos países com maior variedade de experiências em Educação Ambiental, sendo elas criativas e tendo forte impacto sob a realidade local.

No entanto, partindo das minhas pesquisas em sites de vários colégios da

cidade de São Paulo, especificamente, e da minha experiência profissional, percebo que estas experiências em Educação Ambiental são projetos louváveis, mas que contam, na maior parte das vezes, com a mobilização da comunidade local que busca soluções para seus próprios problemas, raramente contando com a ajuda do governo. Apesar de haver um respaldo teórico de qualidade sobre o tema, essas experiências se apresentam como casos isolados, sem vínculo com outras instituições de ensino, não demonstrando, de forma alguma, a noção de um projeto nacional.

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“Há outros componentes que vêm se juntar à escola nessa tarefa: a sociedade é responsável pelo processo como um todo, mas os padrões de comportamento da família e as informações veiculadas pela mídia exercem especial influência sobre as crianças”. (PCN, 2000, p.29).

Assim, vemos a importância de projetos que tenham investimento do Governo Federal e estabeleçam relações entre si, proporcionando a troca de experiências entre as mais variadas instituições, sejam elas públicas ou particulares, na busca de uma real identidade nacional, que enxergue na Educação Ambiental um aliado essencial para a harmonia e o equilíbrio entre o futuro da nossa sociedade e a natureza.

Faz-se necessária, portanto, uma mudança de paradigma na nossa visão de Homem, de Mundo e de Sociedade, para que consigamos criar soluções para os problemas ambientais existentes e diminuir ao máximo os supostos problemas que ainda surgirão. Para isso, precisamos refletir seriamente sobre cidadania e educação, já que:

“Nesse contexto, fica evidente a importância de se educar os futuros cidadãos brasileiros para que, como empreendedores, venham a agir de modo responsável e com sensibilidade, conservando o ambiente saudável no presente e para o futuro; como participantes do governo ou da sociedade civil, saibam cumprir suas obrigações, exigir e respeitar os direitos próprios e os de toda a comunidade, tanto local como internacional; e, como pessoas, encontrem acolhida para ampliar a qualidade de suas relações intra e interpessoais com o ambiente tanto físico quanto social”. (PCN, 2000, p.25).

(34)

Capítulo 5 - O que outros setores da sociedade têm feito?

Partindo de uma nova visão da sociedade perante os problemas ambientais cada vez mais alarmantes, empresas colocaram-se prontamente à disposição de formas alternativas de gestão. Sendo pioneiras na implantação de projetos voltados para a conscientização ambiental, buscam, cada vez mais, soluções criativas para diminuir o desperdício, controlar o lixo produzido e investir em programas e parceiros inovadores que envolvam ações ecologicamente corretas.

Atualmente, a responsabilidade ambiental deve levar em conta todos os aspectos da operação, tratando de: eliminar impactos ambientais no conjunto da cadeia de negócios, desenvolver produtos e serviços que ajudem os consumidores a diminuir o próprio dano ecológico, melhorar a qualidade de vida das pessoas e incentivar padrões sensatos de consumo5 .

Portanto, as empresas procuram desenvolver projetos que, além de reduzir seus próprios danos ao meio ambiente, gerem uma nova forma de pensar a educação ambiental, englobando outros setores da sociedade.

Sabendo de seu forte poder de influência sob os consumidores, essas instituições estabelecem metas que interfiram diretamente na mudança de atitude de cada indivíduo, – e cada empresa - pensando em um contexto mais amplo, onde a participação de cada um é essencial para o sucesso do grupo, ou seja, da comunidade.

Nesse sentido, podemos dizer que a participação do poder público, por meio de investimentos em projetos sérios voltados para uma reeducação ambiental, é essencial. Além disso, estes projetos devem possuir estratégias mais coerentes e abrangentes, pois grandes desafios globais, como a devastação da natureza, não podem ser resolvidos individualmente, por mais bem-intencionados que sejam6.

Assim, para que as ações de uma empresa tenham mesmo um resultado positivo e consigam alterar significativamente seus próprios padrões de consumo e de seus clientes, é preciso que haja coerência nas relações estabelecidas interna e externamente, ou seja, é preciso ter muita cautela no momento de estabelecer

5 Trecho baseado na matéria escrita porCynthia Rosenburg e Eduardo Ferraz, publicada na Revista

Época Negócios, Edição: Sua empresa é verde? São Paulo: Globo, Nº 2, Abril 2007. p.44-61

6

(35)

parcerias. Uma empresa ambientalmente correta fará pouca diferença para o planeta se as outras companhias com que ela faz negócio adotarem práticas irresponsáveis7.

A administração baseada no molde taylorista, não se encaixa nesta nova forma de gestão ambiental, já que cada etapa do processo de produção deve ser cuidadosamente analisada para que cause os menores danos possíveis ao meio ambiente e produza a menor quantidade de resíduos. Os resultados não são buscados a qualquer custo, mas com o menor custo possível para o planeta.

Portanto, os resultados deixam de ser o centro do processo e as etapas ganham enorme importância.

Além disso, com os danos ambientais em evidência numa escala global, os próprios consumidores, mais informados e conscientes, começam a adotar posturas de cobrança quanto às formas de produção das instituições e os impactos ambientais gerados por elas.

Atualmente, como em nenhuma outra época, as empresas estão extremamente expostas às críticas da sociedade, cada vez mais informada sobre as questões ambientais e mais preocupada sobre a maneira como estas empresas se relacionam com as comunidades afetadas pelo negócio8 .

Dessa maneira, percebe-se que há uma relação dialética entre as empresas e a comunidade, já que os indivíduos são influenciados pelas ações empresariais voltadas para a diminuição dos padrões de consumo, ao mesmo tempo em que as empresas são pressionadas pela comunidade para realizarem seu trabalho da maneira mais sustentável possível.

(36)

gastos, em segundo lugar porque sistemas de reciclagem diminuem os custos e geram lucro, em terceiro lugar porque a empresa é respeitada pelos consumidores e pela sociedade em geral, o que atrai mais clientes, e em quarto lugar - e o mais importante - porque a preservação do planeta é fundamental para a preservação da

vida aqui existente.

No entanto, a idéia de lucro, neste caso, não está vinculada ao ideal neoliberalista, no qual os recursos naturais são utilizados de forma ilimitada, pensando-se apenas no retorno monetário imediato. Está, portanto, vinculada a uma nova maneira de se encarar o capitalismo, sendo que o lucro não é dispensado, mas o processo por meio do qual é gerado deve ser rigorosamente analisado para que haja um equilíbrio saudável entre produção, recursos naturais e formas de consumo. Não podemos continuar destruindo tudo o que sustenta nosso estilo de vida, pois desenvolvemos padrões ilimitados de consumo baseados em recursos naturais limitados, que já correm grandes riscos de chegar ao fim.

(37)

Capítulo 6 – Plano de Intervenção

A pesquisa colocou em relevância a questão de que os educadores preocupam-se, de fato, com a questão ambiental. Tendo em vista esta disponibilidade, proponho um plano de intervenção com o intuito de implementar ações bem planejadas e com objetivos claramente estabelecidos, para que um projeto amplo de educação ambiental seja concretizado pela escola.

A proposta é flexível e deve ser adaptada ao contexto no qual será inserida, sofrendo as devidas alterações ao longo do processo de implementação.

Objetivo Geral:

• Implantar um projeto consistente de Educação Ambiental no contexto escolar.

Objetivos Específicos:

• Incentivar os educadores a refletirem sobre a importância do seu papel frente aos problemas ambientais cada vez mais freqüentes;

• Subsidiar a formação teórica básica para educadores trabalharem em educação ambiental com seus alunos e com as famílias destes;

• Conscientizar os educadores sobre a importância de agirem coerentemente com seu discurso;

(38)

Materiais a serem utilizados: Livros, vídeos e músicas relacionados à educação ambiental, que sensibilizem e enriqueçam o repertório dos educadores participantes.

Referências Bibliográficas do material a ser utilizado:

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. 3ªed. São Paulo, Petrópolis.

2000.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação

Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Meio Ambiente e Saúde;

temas transversais. V.10 Brasília: MEC/SEF, 1998.

Filme: “Uma verdade inconveniente” criado e dirigido por Al Gore,

lançado em 2007.

Recursos Humanos: Professores de Ciências, Biologia especialistas na área de gestão ambiental.

Tempo e duração do projeto: Quarenta horas, ao longo de um semestre.

Avaliação: Obter o respaldo dos educadores envolvidos sobre a qualidade e a pertinência do curso e verificar quais as mudanças colocadas em prática na sala de aula tiveram impacto direto sobre as atitudes dos próprios educadores e de seus alunos.

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6.1 – Pesquisa de Campo

A instituição de ensino por mim escolhida para a criação de um projeto de intervenção é uma escola particular, localizada em Moema. Essa escola surgiu em 1975 como projeto de um grupo de educadores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) preocupados com os caminhos da Educação, organizando um detalhado projeto pedagógico.

A escola começou bem pequena e hoje é bem grande. Ocupa quase um quarteirão inteiro, tendo três entradas. Pela primeira, entram e saem crianças do Ensino Fundamental I, pela segunda entram o saem alunos da Educação Infantil, e pela terceira saem alunos do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio, em horários diferentes.

Cada série tem em média quatro turmas, sendo duas de manhã e duas à tarde, e cada classe tem em média vinte e cinco alunos. O número de professoras varia bastante, aumentando progressivamente da Educação Infantil ao Ensino Médio.

Na Educação Infantil, cada classe conta com uma professora fixa e uma professora assistente, estrutura que permanece a mesma até as turmas de 3º ano. Classes de 4º e 5º anos possuem duas professoras fixas: uma para Português, História e Geografia e outra para Matemática e Ciências, e também Filosofia e Orientação Educacional. Além delas, os alunos ainda têm professores especializados em Educação Física, Inglês e Artes, e uma professora assistente – estagiária - que permanece com os alunos em todas as aulas.

(40)

processo, tendo reuniões uma vez por semana com a coordenadora, que indica textos para serem lidos e discutidos com relação à prática da escola.

Ao todo, essa instituição conta com cerca de 200 funcionários, entre coordenadores, orientadores, professores, serventes, etc.

Chão, banheiros, salas, pátio, etc. estão sempre muito bem limpos, havendo uma preocupação quanto à higiene e à aparência desses ambientes.

O colégio todo é composto por três grandes blocos, com acesso livre entre eles, sendo que o quarto bloco está em fase de construção. Os três prédios são de tijolo e tem grades de segurança pintados com as cores verde e azul que compõem o símbolo da escola. Tudo é muito bem conservado e organizado. Há muitas flores, algumas árvores e grama. De dentro dele não dá pra ver quase nada da paisagem exterior: somente parte das ruas às quais tem acesso direto. As crianças chegam lá a pé, de carro, ou de qualquer outro meio de transporte.

A estrutura física foi construída pensando-se na segurança e comodidade dos alunos. Há escadas, rampas e até dois elevadores distribuídos pelo local. Os alunos contam também com uma biblioteca, uma videoteca e uma cantina.

Após o horário das aulas, os alunos têm aulas opcionais de violão, violino, teatro, circo, coral e cinema, sendo que muitos deles participam de pelo menos uma destas atividades. Já para os funcionários e seus filhos, é oferecido o programa de EJA, - Educação de Jovens e Adultos - gratuitamente, todos os dias da semana. As aulas são ministradas pelos próprios professores da escola, que trabalham voluntariamente. Há também, nesse programa, divisão por séries e ele conta com muitos alunos. E este é somente um dos projetos sociais realizados pela escola.

Os alunos que freqüentam a escola regularmente moram, em geral, pela região: Moema, Vila Nova Conceição, Vila Olímpia,... e têm alto poder aquisitivo. Já professores, funcionários e estagiários se dividem entre pessoas que moram pela região e pessoas que moram longe.

O bairro em que fica a escola é bem movimentado, tem muitos restaurantes, bares, baladas, escritórios e lojas de luxo. Sendo assim, a relação do bairro, como um todo, com a escola, é extremamente pacífica e coincidente, já que as próprias crianças e suas famílias compõem este cenário.

(41)

No fim do ano de 2006, a escola comprou mais quatro casas vizinhas, que foram demolidas, e a área da escola está aumentando e sofrendo remanejamento. Agora, restou apenas um prédio residencial, que fica praticamente no meio da escola, entre os prédios da Educação Infantil e do Ensino Médio, e uma casa, em todo o quarteirão.

A escola está crescendo bastante e a disputa entre pais que querem colocar seus filhos para estudar nela é enorme. A única maneira que a escola encontrou para não ser injusta, já que o número de vagas é limitado, foi realizar um sorteio para escolher os futuros alunos. Além disso, ao contrário do que se pretendia, foram abertas mais duas salas: uma no 1º e uma no 2º ano do Ensino Fundamental, para atender à grande demanda.

O local só abre aos finais de semana cerca de três vezes por ano, quando ocorrem eventos em que a presença dos pais, que trabalham durante toda a semana, é imprescindível, já que a escola preocupa-se com a interação entre pais e filhos e entre as diversas famílias que freqüentam esse ambiente.

Ao longo dos anos tem surgido uma crescente preocupação com a conscientização ambiental de alunos, professores e funcionários da escola. Alguns projetos já foram implementados, como a separação e coleta de lixo reciclável. No entanto, esses pequenos projetos foram perdendo força e desaparecendo gradativamente.

(42)

6.2 – Análise e Interpretação dos Dados Coletados

Partindo da utilização de um questionário misto, composto por duas questões abertas e três questões fechadas, apresentarei e analisarei as opiniões e as impressões de dez funcionários – entre eles: dois professores, dois professores assistentes, dois serventes, dois funcionários do setor administrativo e duas orientadoras – sobre a educação ambiental na escola.

Transcrevi neste trabalho cada resposta obtida, tanto nas questões abertas quanto nas fechadas. Acredito que, desta forma, o projeto de intervenção tenha ganhado em qualidade e coerência, sendo o reflexo da realidade escolar na qual será inserido. As opiniões de cada entrevistado influenciaram o processo de construção deste projeto, bem como de seus objetivos.

Logo após as três primeiras questões, há tabelas e gráficos representando as respostas, de forma a facilitar a visualização das mesmas.

Na primeira questão, na qual pergunto o que a escola já faz para incentivar os alunos na preservação do meio ambiente, obtive as seguintes respostas:

1. Coleta seletiva de lixo (4)

2. Trabalha por meio das disciplinas com os atuais problemas ambientais e a conservação da natureza (4)

3. Nada (1)

4. Incentiva os alunos a reciclar e reutilizar o máximo possível (2) 5. Propõe debates e palestras sobre o assunto (3)

6. Atividades que permitem ao aluno um contato maior com a natureza, como passeios e mostrando como o lixo não reciclável agride ao meio ambiente (2) 7. Utiliza material reciclado (1)

(43)

Ações Número de vezes que em foram citadas

1 4

2 4

3 1

4 2

5 3

6 2

7 1

8 1

Total 18 respostas

Tabela 1 – O que a escola já faz?

Figura 1 – O que a escola já faz?

Após a análise dos dados, pude perceber a falta de informação dos funcionários da escola, pois apesar de terem vivenciado um projeto de coleta seletiva, este não teve continuidade.

O projeto foi iniciado há cerca de três ou quatro anos, sendo interrompido por falta de organização, planejamento e comprometimento das empresas envolvidas. O lixo acumulado atraía insetos e ratos, pois a empresa responsável pela coleta ficava dias sem comparecer ao local. Dessa forma, os gestores cancelaram o projeto,

O que a escola já faz

21% 22% 6% 11% 17% 11%

6% 6% 1

(44)

Portanto, as ações citadas acima pelos entrevistados não são adotadas por todos, o que reflete a falta de um projeto intencional e consistente.

Na segunda questão, sobre a atitude de alunos e funcionários quanto à preservação do ambiente escolar e o desperdício, metade dos entrevistados responderam que há, sim, essa preocupação; quatro pessoas responderam que somente às vezes há esse cuidado e apenas uma pessoa respondeu que não há.

Alunos e funcionários, em geral, procuram preservar o ambiente escolar e evitar desperdícios?

Respostas Quantidade de citações

Sim 5

Não 1

Às vezes 4

Tabela 2 – Alunos e funcionários procuram preservar o ambiente escolar e evitar desperdícios?

Figura 2 -Alunos e funcionários procuram preservar o ambiente escolar e evitar desperdícios?

A terceira questão trata dos índices de desperdício na escola, onde os entrevistados deveriam assinalar um número de um a cinco, pra cada elemento, de acordo com sua freqüência.

Alunos e funcionários procuram preservar o ambiente escolar e evitar desperdícios?

50%

10% 40%

(45)

Elemento

Consumido Posição Número de escolhas

1º lugar 1

2º lugar 3

3º lugar 3

4º lugar 1

ÁGUA

5º lugar 2

1º lugar 1

2º lugar 3

3º lugar 4

4º lugar 1

ENERGIA ELÉTRICA

5º lugar 1

1º lugar 3

2º lugar 4

3º lugar 2

4º lugar 1

PAPEL

5º lugar 0

1º lugar 1

2º lugar 2

3º lugar 1

4º lugar 3

PLÁSTICO

5º lugar 3

1º lugar 1

2º lugar 0

3º lugar 0

4º lugar 3

ALIMENTOS

5º lugar 6

Tabela 3 – Elementos mais consumidos na escola.

Gráfico 3 – Consumo de água na escola.

Consum o de água

(46)

Consumo de energia elétrica 0 1 2 3 4

1 2 3 4 5

Índice de desperdício (poisção)

N ú m er o d e re spo st as

Figura 4 – Consumo de energia elétrica na escola.

Consumo de papel

0 1 2 3 4

1 2 3 4 5

Índice de desperdício (posição)

N ú m er o d e re spo st as

Figura 5 – Consumo de papel na escola.

Consumo de plástico

0 1 2 3 4

1 2 3 4 5

Índice de desperdício (posição)

N ú m er o d e re spo st as

(47)

Consumo de alimentos 0 1 2 3 4 5 6 7

1 2 3 4 5

Índice de desperdício (posição)

N ú m er o d e res p o st as

Figura 7 – Consumo de alimentos na escola.

Sendo assim, é possível concluir que na opinião da maior parte dos entrevistados, a menor fonte de desperdício na escola são os alimentos – que aparecem seis vezes em último lugar - e a maior é o papel – que aparece três vezes em primeiro lugar.

A quarta pergunta, que se referia à suposta necessidade de um projeto de educação ambiental na escola, todas as respostas foram afirmativas, o que mostra o grande interesse dos envolvidos com a conscientização da comunidade escolar sobre o meio ambiente. Nesse sentido, as respostas foram um ponto extremamente favorável à intenção do plano de intervenção aqui proposto, o que confirma sua relevância.

Quando questionados sobre os motivos da afirmação de que a escola deve investir em um projeto amplo de educação ambiental, surgiram as seguintes respostas:

• Porque é o futuro dos nossos netos;

(48)

• Porque assim todos vão se conscientizar de como é importante a preservação ambiental;

• Porque o momento exige que haja uma conscientização em relação à preservação ambiental e a escola é um lugar muito propício para incentivar esta atitude consciente;

• Porque desta forma mais pessoas ficarão cientes da necessidade que temos de tomar uma atitude em relação ao meio ambiente. Cada aluno que fizer parte deste projeto leva seu conhecimento a outras pessoas e assim a conscientização vai aumentando;

• O papel da escola é além de ensinar os conhecimentos adquiridos ao longo da história da humanidade, formar também cidadãos conscientes. E isso implica em trabalhar em prol do meio ambiente, não somente conscientizando, mas também sendo um modelo.

• Porque deve fazer parte da formação do indivíduo o desenvolvimento de princípios e valores que levem em conta o coletivo, o bem-estar da maioria das pessoas. O trabalho de educação ambiental visa à consciência de que cada um é co-responsável pela preservação do nosso planeta.

De todas as respostas levantadas, as idéias mais recorrentes estão contidas no quadro abaixo.

Palavras-chave: conscientização, atitude, preservação, futuro, conhecimento, coletivo.

A quinta questão trata das prioridades que um projeto de educação ambiental deve ter nessa escola, sendo que os participantes podiam escolher até três alternativas.

As respostas mais citadas foram:

1º - Envolver mais as famílias dos alunos no processo de conscientização ambiental. (80%)

(49)

2º - Implementar um programa sério de coleta seletiva. (60%)

3º - Realizar palestras de conscientização ambiental para alunos e funcionários. (40%)

4º - Ouvir a opinião de aluno, pais e funcionários sobre o que pode ser feito para diminuir o desperdício na escola. (30%)

5º - Focar nas atitudes dos professores, de forma a torná-las mais coerentes com a preservação ambiental, já que estes são modelos para as crianças. (10%)

Portanto, percebe-se que na opinião dos entrevistados a participação da família na educação das crianças ainda é determinante, principalmente quando se trata de valores morais, apesar da escola ter assumido grande parte dessa responsabilidade. Além disso, valorizou-se bastante o contato prazeroso dos educandos com o meio ambiente em que vivem e a reutilização de materiais. Todas essas ações são de extrema importância para o processo de conscientização e, posteriormente, para a construção da responsabilidade ambiental.

(50)

Considerações Finais

Com a finalização deste projeto de pesquisa, cujo intuito é ressaltar a importância da Educação Ambiental na Gestão Escolar, pude perceber que este é ainda um tema pouco explorado. Nos últimos anos, o interesse pelo assunto tem crescido progressivamente, entretanto ainda há uma quantidade relativamente pequena de obras que tratem da preservação ambiental vinculada diretamente ao ambiente escolar. Dessa forma, creio que o tema ainda pode e deve ser aprofundado.

Em geral, apesar de terem uma base teórica muito bem elaborada, no Parâmetro Curricular Nacional: Meio Ambiente e Saúde – Temas Transversais, no Brasil, os gestores ainda não inseriram no contexto escolar ações realmente consistentes, com o objetivo de conscientizar educadores e educandos sobre as conseqüências de suas atitudes para si e para o coletivo – o que abre espaço para novos estudos e para a implementação de inúmeros projetos.

Nesse sentido, as empresas brasileiras tomaram a dianteira. Investem cada vez mais em programas ambientais e buscam novas formas de produção, que agridam menos o meio ambiente. Portanto, uma solução viável – devido à falta de investimento governamental - seria que escolas e empresas se apoiassem mutuamente para concretizar projetos de educação ambiental dentro e fora das escolas, envolvendo toda a comunidade. Assim, projetos locais ganhariam cada vez mais força e poderiam realizar intercâmbio com projetos de outras comunidades, criando uma rede enriquecedora de troca de experiências.

De acordo com a pesquisa de campo realizada numa determinada escola paulistana, constata-se que, apesar de não existir nenhum plano de ação sério em relação à preservação do meio ambiente, os indivíduos crêem na necessidade de implementação de um projeto de educação ambiental no contexto escolar. Para os entrevistados, a conscientização ambiental deve ser responsabilidade tanto da escola quanto da família, pois envolve a formação moral dos educandos à medida que lida com valores, ética e bem estar coletivo.

(51)
(52)

Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros

Curriculares Nacionais: Meio Ambiente e Saúde; temas transversais. V.10 Brasília:

MEC/SEF, 1998.

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. 3ªed. São Paulo, Petrópolis. 2000.

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liderança. 11ªed. Rio de Janeiro, Sextante, 2004.

LIBÂNEO, José C. Organização e Gestão da Escola. 5. ed. Goiânia (GO): Editora

Alternativa, 2004. v. 1.

LÜCK, Heloísa. Gestão Educacional: Estratégia para a Ação global e Coletiva no

Ensino. Texto originalmente publicado no livro Educação: Caminhos e Perspectivas.

Curitiba: Editora Champagnat, 1997.

MEDINA, N.M.; SANTOS, E. da C. Educação Ambiental: uma metodologia

participativa de formação. 2ªed. Petrópolis: Vozes, 2001.

MERGULHÃO, M. C.; VASAKI, B. N. G. Educando para a conservação da natureza:

(53)

PARO, Vitor H. Administração Escolar: Introdução Crítica. 7ªed. São Paulo: Cortez,

(54)

Projeto de Pesquisa: Trabalho de Conclusão de Curso “A importância da Educação Ambiental para a Gestão Escolar”

Questionário para funcionários da escola pesquisada

1- O que a escola já faz para incentivar nos alunos uma postura consciente em relação à conservação do meio ambiente?

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

2- Alunos e funcionários, em geral, procuram preservar o ambiente escolar e evitar desperdícios?

(55)

menor.

Água 1 - 2 - 3 - 4 - 5

Energia Elétrica 1 - 2 - 3 - 4 - 5

Papel 1 - 2 - 3 - 4 - 5

Plástico 1 - 2 - 3 - 4 - 5

Alimentos 1 - 2 - 3 - 4 - 5

4- A escola deveria investir em um projeto amplo de educação ambiental? ( ) Sim. ( ) Não.

Por quê?

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

5- Na sua opinião, qual deveria ser a prioridade em um projeto de educação ambiental, nesta escola? Permitida a escolha de, no máximo, três itens.

(56)

( ) Focar nas atitudes dos professores, de forma a torná-las mais coerentes com a preservação ambiental, já que estes são modelos para as crianças.

(57)

Eco dicas para serem seguidas na escola

• Substituir copos plásticos por canecas;

• Distribuir pela escola lixos específicos para papel, plástico, vidro, metal, material orgânico, pilhas e baterias;

• Transformar papéis usados em rascunho; • Utilizar material reciclado;

• Implementar um programa sério de coleta seletiva; • Instalar torneiras automáticas;

• Substituir sacos plásticos por sacolas reutilizáveis;

• Armazenar água das chuvas para lavar o chão da escola;

(58)

uma mini-horta;

Imagem

Figura 2 - Alunos e funcionários procuram preservar o ambiente escolar e evitar desperdícios?

Referências

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