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Apreciação de riscos sob a luz da NR 12 em uma máquina de uma serraria

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

DANIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA

APRECIAÇÃO DE RISCOS SOB A LUZ DA NR 12 EM UMA MÁQUINA DE UMA SERRARIA

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

CURITIBA 2016

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DANIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA

APRECIAÇÃO DE RISCOS SOB A LUZ DA NR 12 EM UMA MÁQUINA DE UMA SERRARIA

Monografia apresentada para a obtenção do título de Especialista no Curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Departamento Acadêmico de Construção Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR.

Orientador: Prof. M.Eng. Massayuki Mário Hara

CURITIBA 2016

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DANIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA

APRECIAÇÃO DE RISCOS SOB A LUZ DA NR 12 EM UMA

MÁQUINA DE UMA SERRARIA

Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista no Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, pela comissão formada pelos professores:

Banca:

_____________________________________________ Prof. Dr. Rodrigo Eduardo Catai

Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.

________________________________________ Prof. Dr. Adalberto Matoski

Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.

_______________________________________ Prof. Msc.Eng. Massayuki Mário Hara (orientador)

Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.

Curitiba 2016

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DEDICATÓRIA

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AGRADECIMENTO

Em primeiro lugar, a Deus.

Em segundo lugar, a minha fiel esposa e companheira Mariana por sua dedicação e paciência.

Ao meu orientador Professor Msc..Eng. Massayuki Mário Hara e ao meu co-orientador Professor Dr. Eng. Rodrigo Eduardo Catai, pela paciência em compartilhar seus conhecimentos e por me guiarem durante este estudo.

Aos meus pais, Ari e Rosângela, por me ajudarem a conquistar este objetivo.

Aos meus colegas de turma Alberto, Deborah e Marco, por tornarem esta jornada ainda mais proveitosa.

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RESUMO

As consequências de um acidente de trabalho vão além da oneração excessiva da Previdência Social. As empresas, em busca de maiores ganhos financeiros, reduzem custos, sobretudo com segurança do trabalho. Visando coibir essa prática de mercado, o Ministério do Trabalho e da Previdência Social submete as empresas a fiscalizações rotineiras e as penaliza com multas rigorosas em função das infrações. Nesse contexto, esta pesquisa tem como objetivo aplicar uma lista de verificação baseada na NR 12 em uma máquina que compõem o processo produtivo de uma Serraria localizada na Região Metropolitana de Curitiba para então estimar o valor de uma autuação de um Auditor Fiscal do Trabalho. Para isso, essa pesquisa foi dividida em três etapas sendo a primeira uma revisão bibliográfica com conceitos pertinentes contidos nas em NRs e NBRs. Num segundo momento, sob a luz da NR 12, definiu-se uma lista de verificação a ser aplicado na máquina escolhida. Por fim, aplicou-se a referida lista em uma máquina da empresa alvo deste estudo. O resultado foi uma multa estimada em R$253.852,76 com 29,9% de itens em conformidade com a NR 12, além da sugestão de imediata de interdição do equipamento avaliado.

Palavras-chave: Segurança e Saúde do Trabalho, Segurança em Máquinas e

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ABSTRACT

The consequences of an occupational accident go beyond the excessive burden of Social Security. Companies in search of greater financial gains, constantly reduce costs, especially the ones related to safety. Aiming to overcome this market practice, the Brasilian Ministry of Labour and Social Security submits companies to routine inspections and penalizes then with strict fines based on labor local laws. In this context, in the first place this research aims to apply a checklist based on NR 12 in a machine that make up the production process of a sawmill located in the Metropolitan Region of Curitiba and then estimate the value of na assessment fined by a Labor Tax Auditor. For this, this research was divided into three phases beginning with a literature review based on relevant concepts contained in the NRs and NBRS. Secondly, based on NR 12, set up a checklist to be applied to the chosen machine. Finally, the checklist was applied on the chosen equipment. As a result, a fine estimated at R $ 253,852.76 with only 29.9% of items in accordance with NR 12, beyond the immediate suggestion of interdicting the rated equipment.

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LISTA DE FIRGURAS

Figura 1: PIB do Brasil em 2015 por Setores da Economia. ... 9

Figura 2: Apreciação de Riscos. ... 17

Figura 3: CNAE de uma Serraria. ... 19

Figura 4: Grau de Risco de uma Serraria. ... 20

Figura 5: Dispensa da constituição de SESMT. ... 20

Figura 6: Gradação de Multas NR 28. ... 22

Figura 7: Valores das Multas Possíveis para a Serraria... 22

Figura 8: Serraria. ... 23

Figura 9: Serra Fita Horizontal de 2 Cabeçotes. ... 24

Figura 10: Análise da Seção “Arranjo Físico e Instalações”. ... 25

Figura 11: Percentual de Conformidade da Seção “Arranjo Físico e Instalações”. ... 26

Figura 12: Piso plano e nivelado, porém não antiderrapante e sem sinalização das vias de circulação e do espaço de trabalho. ... 26

Figura 13: Análise da Seção “Instalações e Dispositivos Elétricos”. ... 28

Figura 14: Percentual de Conformidade da Seção “Instalações e Dispositivos Elétricos”. ... 28

Figura 15: Danos e Cabos de circuitos elétricos deteriorados. ... 29

Figura 16: Painel Elétrico mantido aberto e sem sinalização de segurança. ... 29

Figura 17: Análise da Seção “Dispositivos de Partida, Acionamento e Parada”. ... 32

Figura 18: Percentual de Conformidade da Seção “Dispositivos de Partida, Acionamento e Parada”. ... 32

Figura 19: Botões de acionamento da máquina. ... 33

Figura 20: Análise da Seção “Sistemas de Segurança”. ... 37

Figura 21: Percentual de Conformidade da Seção “Sistemas de Segurança”. ... 37

Figura 22: Partes Girantes Expostas. ... 37

Figura 23: Quadro 06 – Análise da Seção “Dispositivos de Parada de Emergência”. ... 39

Figura 24: Figura 10 – Percentual de Conformidade da Seção “Dispositivos de Parada de Emergência”... 40

Figura 25: Quadro 07 – Análise da Seção “Meios Permanentes”. ... 43

Figura 26:Percentual de Conformidade da Seção “Meios de Acesso Permanentes” ... 43

Figura 27: Riscos associados aos meios de acesso da máquina. ... 44

Figura 28: Análise da Seção “Componentes Pressurizados”... 45

Figura 29: Percentual de Não Conformidade da Seção “Componentes Pressurizados”. 45 Figura 30: Válvula de Controle do Componente Pressurizado ... 46

Figura 31: Análise da Seção “Aspectos Ergonômicos”. ... 47

Figura 32: Percentual de Conformidade da Seção “Aspectos Ergonômicos”. ... 48

Figura 33: Posto de Trabalho desorganizado com cantos vivos e sujidade... 48

(9)

Figura 35: Percentual de Conformidade da Seção “Riscos Adicionais”. ... 50

Figura 36: Riscos associados como serragem e queda de nível ... 50

Figura 37: Análise da Seção “Manutenção, Inspeção, Preparação, Ajustes e Reparos”. 51 Figura 38: – Percentual de Conformidade da Seção “Manutenção, Inspeção, Preparação, Ajustes e Reparos”. ... 52

Figura 39: Análise da Seção “Sinalização”. ... 53

Figura 40: Percentual de Conformidade da Seção “Sinalização”... 54

Figura 41: Placa de identificação com informações insuficientes ... 54

Figura 42: Análise da Seção “Manuais”. ... 55

Figura 43: Percentual de Conformidade da Seção “Manuais”. ... 56

Figura 44: Análise da Seção “Procedimentos de Trabalho e Segurança”. ... 57

Figura 45: Percentual de Conformidade da Seção “Procedimentos de Trabalho e Segurança” ... 57

Figura 46: Análise da Seção “Projeto”. ... 58

Figura 47: Percentual de Conformidade da Seção “Projeto” ... 58

Figura 48: Análise da Seção “Capacitação”. ... 60

Figura 49: Percentual de Conformidade da Seção “Capacitação” ... 61

Figura 50: Análise da Seção “Outros Requisitos Específicos de Segurança” ... 61

Figura 51: Percentual de Conformidade da Seção “Outros Requisitos Específicos de Segurança”. ... 61

Figura 52: Análise da Seção “Disposições Finais”. ... 62

Figura 53: Percentual de Conformidade da Seção “Disposições Finais” ... 62

Figura 54: Valor da Multa por Seção ... 63

Figura 55: Representação Gráfica do Valor da Multa por Seção ... 64

Figura 56: Percentual das Multas de acordo com a Seção ... 64

Figura 57: Percentual da Multa de acordo com a Seção... 65

(10)

Sumário 1. INTRODUÇÃO ... 6 1.1. Objetivos ... 7 1.1.1. Objetivo Geral ... 7 1.1.2. Objetivos Específicos ... 7 1.2. Justificativa ... 7 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 8 2.1. Indústria ... 8

2.1.1 Participação da Indústria no PIB ... 8

2.2. Acidentes do Trabalho ... 9

2.3. Segurança do Trabalho ... 10

2.3.1. Segurança do Trabalho na CLT ... 11

2.3.1.1 Deveres do Empregador ... 11

2.3.1.2 Deveres do Empregado ... 12

2.3.2. Segurança do Trabalho na Constituição Federal de 1988 ... 12

2.3.3. Segurança do Trabalho e as Normas Regulamentadoras ... 12

2.3.3.1 Normas Regulamentadoras Genéricas ... 13

2.3.3.2. Normas Regulamentadoras Específicas Transversais ... 13

2.3.3.3. Normas Regulamentadoras Específicas Não Transversais ... 14

2.4. NR 03 – Embargo e Interdição ... 15

2.5. NR 12 ... 15

2.5.1. Análise de Riscos e Apreciação de Riscos ... 16

2.6. NR 28 ... 17

3. METODOLOGIA ... 19

3.1. Descrição da empresa ... 19

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 23

4.1 Máquina: Serra Fita Horizontal de 2 Cabeçotes ... 23

4.1.1. Arranjo Físico e Instalações ... 24

4.1.2. Instalações e Dispositivos Elétricos ... 26

4.1.3. Dispositivos de Partida, Acionamento e Parada ... 29

4.1.4. Sistemas de Segurança... 33

4.1.5. Dispositivos de Parada de Emergência ... 38

4.1.6. Meios de Acesso Permanentes ... 40

4.1.7. Componentes pressurizados ... 44

4.1.8. Aspectos Ergonômicos ... 46

4.1.9. Riscos adicionais ... 48

(11)

4.1.11. Sinalização ... 52

4.1.12. Manuais ... 54

4.1.13. Procedimentos de Trabalho e Segurança ... 56

4.1.14. Projeto ... 58

4.1.15. Capacitação ... 59

4.1.16. Outros Requisitos Específicos de Segurança ... 61

4.1.17. Disposições Finais ... 62

4.1.18 Dados Consolidados da Máquina Avaliada ... 63

5. CONCLUSÕES ... 66

REFERÊNCIAS ... 67

(12)

1. INTRODUÇÃO

De acordo com o Ministério do Trabalho e da Previdência Social, as consequências de um acidente de trabalho vão muito além da oneração excessiva de nossa cada vez mais deficitária Previdência Social. Elas atingem com diferentes intensidades todos os setores que compõem nossa sociedade, como o familiar, o fraternal, o empresarial, o social e o econômico. O que explica a existência e a persistência da ocorrência dos acidentes de trabalho está intimamente relacionado com o objetivo principal das organizações. Empresas privadas objetivam o lucro em primeiro lugar, pois este é o fator que garante a sobrevivência e continuidade da empresa no longo prazo. No entanto, em busca de maiores ganhos financeiros custos são reduzidos, sobretudo aqueles vistos como despesas e não investimentos. De forma equivocada, custos relativos à segurança e saúde no ambiente do trabalho costumam ser enquadrados como despesas. Essa negligência com ambiente de trabalho organizacional acaba com a legitimidade da empresa em buscar o lucro, pois este deve ser alcançado respeitando valores éticos, morais e de dignidade da pessoa humana.

Uma alternativa adotada pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social para coibir essa prática de mercado é submeter as empresas a fiscalizações rotineiras e penalizá-las com multas rigorosas em função das infrações cometidas pelo descumprimento das normas vigentes. Dessa forma, a NR 28 apresenta valores para as penalidades cometidas previstas nas outras Normas Regulamentadoras. No caso da indústria, uma mesma máquina, avaliada pelo âmbito da NR 12, poder receber várias notificações cujo somatório das multas pode chegar a ultrapassar o seu valor patrimonial. Nesse contexto, todo empresário deve ter em mente que a adequação de máquinas e equipamentos de acordo com a NR 12 não pode ser encarada como uma despesa financeira, e sim um investimento crucial para a sobrevivência da organização, visto que a penalização pelo seu descumprimento inviabilizaria a sua continuidade.

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1.1. Objetivos

1.1.1. Objetivo Geral

Esta pesquisa tem como objetivo geral aplicar uma lista de verificação baseada na NR 12 em uma máquina que compõem o processo produtivo de uma Serraria localizada na Região Metropolitana de Curitiba para então estimar o valor de uma autuação de um Auditor Fiscal do Trabalho.

1.1.2. Objetivos Específicos

Foram traçados os seguintes objetivos específicos com a finalidade de atingir o objetivo geral dessa pesquisa:

• Elaborar uma lista de verificação com base na NR 12;

• Aplicar a lista de verificação em uma máquina de uma Serraria;

• Estimar o valor da multa decorrente das não conformidades conforme a NR 28;

1.2. Justificativa

Acidentes de Trabalho resultam da combinação de fatores de origens variadas como: ambiente de trabalho, processos, materiais, métodos, condições de trabalho, e etc.

Tendo isso em vista, a Norma Regulamentadora foi amplamente revisada e sua nova redação a partir de 2010 passou a cobrir campos explorados por outras NRs.

Assim, coloca-la em prática é fundamental para garantir não só um ambiente de trabalho mais seguro e propício para trabalhador, como também reduzir acidentes e afastamentos por conta de ocorrências relacionadas ao trabalho. Como resultado direto, a redução do absenteísmo, maior satisfação e produtividade do trabalhador e principalmente a desoneração de custos da Previdência Social.

Outra justificativa desta pesquisa consiste em comprovar ao setor empresarial que os gastos com segurança do trabalho se traduzem na verdade em investimento, pois além de evitarem multas decorrentes de autuações, promovem um ambiente de trabalho mais seguro e propício para o trabalhador desenvolver suas atividades.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Indústria

Transformar insumos em produtos ou mercadorias utilizando máquinas e trabalho humano, este é o conceito do processo de produção de uma indústria, que possui diversas classificações em função do foco da atividade desempenhada, a saber: Indústria de Base ou Pesada ou de Bens de Produção: empresa ou setor cujo produto gerado abastece outras indústrias;

• Indústria Extrativa: extrai matérias-primas diretamente da natureza, seja ela vegetal animal ou mineral;

• Indústria de Equipamentos: transforma bens naturais ou semimanufaturados e os fornece a outras indústrias, de bens intermediários ou de bens de consumo;

• Indústria de Cens Intermediários: produz produtos beneficiados que serão fornecidos para indústrias de bens de consumo, como equipamentos e máquinas;

• Indústria de Cens de Consumo: ramificada em indústria de bens duráveis e não duráveis, tem no mercado consumidor o grande fosse de sua produção;

• Indústria de Bens Duráveis: Produz bens não perecíveis, como móveis, automóveis, eletrodomésticos, etc.

• Indústria de Bens Não Duráveis: fabrica produtos perecíveis e de alta necessidade, como remédios, roupas, alimentos, etc. (HOUAISS, 2009; FRANCISCO, 2016).

2.1.1 Participação da Indústria no PIB

No ano de 2015 a Indústria Total, que representa a soma da indústria extrativa mineral, dos serviços de utilidade pública e a indústria de transformação, representou de 19,8% do PIB. O setor de serviços com 59,8% de participação foi o setor de maior participação, contra 2,8% da construção civil, 5,2% da agropecuária e 12,3% do comércio, como se pode ver na figura 1 (IBGE, 2016a; FIESP 2016).

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Figura 1: PIB do Brasil em 2015 por Setores da Economia. Fonte: IBGE (2016a); FIESP (2016).

2.2. Acidentes do Trabalho

A legislação previdenciária define os acidentes de trabalho com sendo toda lesão corporal ou de perturbação funcional que acometa o trabalhador quando este, a serviço da empresa, esteja exercendo sua profissão e cujo resultado seja a morte ou a redução de sua capacidade laboral de forma permanente ou temporária (BRASIL, 2016b).

Nunes (2012) classifica os acidentes de trabalho “acidentes típicos” ou “acidentes de trajeto”. Enquanto o primeiro se caracteriza por ocorrer a serviço da empresa, o segundo ocorre em função do deslocamento do trabalhador de sua residência até seu local de trabalho, seja na ida ou na volta.

Estudando as possíveis causas que possam resultar em acidentes de trabalho, identificou-se que eles podem ser classificados em sete grupos, são eles: Administração/Gerenciamento; Homem; Ambiente de Trabalho; Processo; Recursos Humanos; Recursos e Meios e Produto. Após esse estudo inicial, a análise das causas raízes concluiu haver uma relação de coincidência entre elas que seria era a responsável pela ocorrência desses acidentes. Por fim, também se concluiu que a melhor forma de redução desses acidentes consistia na prevenção tanto da redução quanto da eliminação das causas (OLIVEIRA; MINICUCCI; 2001);

Por fim, o artigo 20 da Lei 8213/91, excetuando as doenças degenerativas, as inerentes a grupo etário, as que não impeçam o desempenho da atividade laboral e as doenças endêmicas próprias da região onde o trabalhador resida, considera como “acidente de trabalho” às seguintes situações:

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• Doença Profissional: além de constar no rol estabelecido pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, deve ter sua origem na atividade laboral;

• Doença do Trabalho: além de constar no rol estabelecido pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, deve ter relação direta com as condições especiais inerentes a atividade laboral e ter sido adquirida ou desencadeada por ela;

• Acidente vinculado ao trabalho, ainda que este não seja a causa exclusiva, porém com contribuição direta na morte ou na lesão do trabalhador;

• Acidente sofrido durante o expediente e no local de trabalho devido a: agressão, sabotagem, terrorismo, ofensa física, imprudência, negligência, imperícia, desabamento, inundação, incêndio, outros casos fortuitos ou derivados de força maior;

• Acidente sofrido fora do expediente e de horário de trabalho quando: executando ordem ou serviço sob a tutela do empregador; em viagem a serviço do empregador; no deslocamento de ida e volta ao trabalho independente do meio de transporte utilizado; prestando livremente serviço à empresa com a finalidade de evitar prejuízo ou gerar proveito (BRASIL, 2016b).

Desde o ano 2000, o Ministério do Trabalho e Previdência Social publica periodicamente o Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho – AEAT, tendo a última versão sido publicada em 2013. Este documento, fundamental para profissionais e pesquisadores da área de segurança e saúde ocupacional, reúne diversas informações como: dados de acidentes de trabalho, suas consequências diretas, a localização geográfica de onde ocorreram e os setores de atividades econômicas envolvidas. A partir de 2007, o AEAT passou a publicar além das informações coletadas por meio das CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho – também dados relativos aos benefícios concedidos pelo mesmo Instituto a título de benefício previdenciário decorrente dos acidentes de trabalho (BRASIL, 2016c).

2.3. Segurança do Trabalho

Saliba (2004) enxerga a Segurança do Trabalho como uma ciência que objetiva prevenir os acidentes de trabalho, cuja origem está intimamente relacionada aos fatores

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de riscos operacionais. Por sua vez, Resende (2013) enxerga a segurança e a medicina do trabalho como uma ciência de conteúdo multidisciplinar composta por estudos em Direito do Trabalho, Direito Constitucional, Direito Previdenciário, Direito Ambiental, Medicina, Engenharia e Arquitetura e cujo objetivo é determinar medidas de proteção quanto à segurança e à saúde do trabalhador.

No Brasil a legislação de Segurança de Saúde do Trabalho é composta por: CLT – Consolidação das Leis do Trabalho; Constituição Federal de 1988; Normas Regulamentadoras; Convenções Internacionais da OIT – Organização Internacional do Trabalho – que o país seja signatário e já tenha recepcionado; Demais Decretos, Portarias, Leis, Súmulas e OJs – Orientações Jurisprudenciais – de matéria trabalhista e previdenciária (NUNES, 2012; WACHOWICZ, 2007).

2.3.1. Segurança do Trabalho na CLT

O Capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho de 1943, que se inicia no artigo 154o e se estende até o artigo 201o, cujo título é “Da Segurança e da Medicina do Trabalho” prevê: disposições gerais, responsabilidades dos empregadores, responsabilidades dos empregados, órgãos de segurança e medicina do trabalho nas empresas, penalidades bem como os temas específicos que seriam tratados posteriormente em portarias ministeriais e que deram origem as chamadas Normas Regulamentadoras (BRASIL, 2016d; RESENDE, 2013).

O artigo 127 da CLT determina que cabe às empresas cumprir e fazer cumprir a normas de segurança e medicina do trabalho (BRASIL, 2016d).

2.3.1.1 Deveres do Empregador

De acordo com o artigo 157 da CLT é responsabilidade do empregador:

• Cumprir e fazer cumprir normas pertinentes a segurança e medicina do trabalho;

• Estabelecer Ordens de Serviços pelas quais possa orientar seus funcionários sobre como evitar doenças ocupacionais e acidentes do trabalho;

• Aplicar medidas estabelecidas pelo órgão regional competente;

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2.3.1.2 Deveres do Empregado

Se por um lado é dever do empregador tomar as medidas previstas no artigo 157 da CLT, em contrapartida o empregado tem o dever de colaborar, cumprindo o que dispõe o artigo 158 da CLT, a saber:

• Observar as normas de segurança e medicina do trabalho como: legislações, procedimentos operacionais e outras instruções e orientações elaboradas pelo empregador;

• Colaborar com aplicação prática das medidas de proteção estabelecidas pelo empregador.

Empregado que se nega a cumprir os deveres previstos pelo artigo 158 da CLT está sujeito à punição disciplinar devida e proporcional ao ato faltoso cometido. As punições disciplinares previstas são: advertência (verbal ou escrita), suspensão ou demissão por justa causa (BRASIL, 2016d).

2.3.2. Segurança do Trabalho na Constituição Federal de 1988

“São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além outros que visem à melhoria de sua condição social a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança” (BRASIL, 2016e).

O Capítulo II da Constituição Federal de 1988, que se inicia no artigo 6o e se prolonga até o artigo 11o, considera o “trabalho”, a “saúde” e a “previdência social” como direitos sociais de todo cidadão brasileiro (BRASIL, 2016e).

O artigo 21, inciso XXIV, da Constituição Federal de 1988 atribui à União a competência de organizar, manter e executar a inspeção do trabalho (BRASIL, 2016e).

2.3.3. Segurança do Trabalho e as Normas Regulamentadoras

Tratam-se de Portarias Ministeriais, cuja força normativa é a mesma de Leis Ordinárias Federais, expedidas pelo antigo MTE – Ministério do Trabalho e Emprego – e atual MTPS - Ministério do Trabalho e Previdência Social - com o objetivo de aperfeiçoar os vários tipos de ambientes de trabalho (DELGADO, 2010).

Tendo como base o artigo 200 da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, o então MTE expediu em 1978 a Portaria no3214 cujo texto aprovou as Normas

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Regulamentadoras relativas à Segurança e Medicina do Trabalho (MATTOS; MÁSCULO; 2011).

Em função do seu alcance, as atuais 35 NRs em vigor, visto que a NR 27 – Registro de Profissionais foi revogada pela Portaria GM 262, de 29.05.2008, são classificadas como: Normas Regulamentadoras Genéricas; Normas Regulamentadoras Específicas Transversais e Normas Regulamentadoras Específicas Não Transversais (NUNES, 2012).

2.3.3.1 Normas Regulamentadoras Genéricas

São normas de gestão de segurança e saúde do trabalho, tratam de temas gerais sua aplicação se estende a setores econômicos variados. São elas (NUNES, 2012):

• NR 01 - Disposições Gerais;

• NR 02 - Inspeção Prévia;

• NR 03 - Embargo ou Interdição;

• NR 04 – SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho;

• NR 05 – CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;

• NR 06 – EPI - Equipamentos de Proteção Individual;

• NR 07 – PCMSO - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional;

• NR 08 – Edificações;

• NR 09 – PPRA - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais;

• NR 15 - Atividades e Operações Insalubres;

• NR 16 - Atividades e Operações Perigosas;

• NR 28 - Fiscalização e Penalidades.

2.3.3.2. Normas Regulamentadoras Específicas Transversais

Nunes (2012) as define com normas de execução compulsória por todas as empresas que, mesmo abordando temas específicos, o campo de aplicação não fica restrito a nenhum setor econômico específico. São elas:

• NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;

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• NR 12 - Máquinas e Equipamentos;

• NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão;

• NR 14 – Fornos;

• NR 17 – Ergonomia;

• NR 19 – Explosivos;

• NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis;

• NR 21 - Trabalho a Céu Aberto;

• NR 23 - Proteção Contra Incêndios;

• NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;

• NR 25 - Resíduos Industriais;

• NR 26 - Sinalização de Segurança;

• NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados;

• NR 35 - Trabalho em Altura.

2.3.3.3. Normas Regulamentadoras Específicas Não Transversais

Na visão de Nunes (2012), além do campo de aplicação dessas normas ser limitado de acordo com o setor econômico específico, as normas a seguir tratam de termos peculiares de segurança e saúde do trabalho:

• NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;

• NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração;

• NR 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário;

• NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário;

• NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura;

• NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde;

• NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval;

• NR 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados.

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2.4. NR 03 – Embargo e Interdição

Em situações em que o trabalhador esteja exposto a risco grave e iminente, existem duas medidas administrativas extremas a serem tomadas pela autoridade competente em Segurança e Saúde no Trabalho: Embargo ou Interdição (BRASIL, 2016f).

O Embargo acarreta na paralisação total ou parcial de uma obra, que por definição remete a todo e qualquer serviço de engenharia de reforma, manutenção, instalação, montagem e construção. Já a Interdição, que também pode ser total ou parcial, implica na paralisação de estabelecimento, setor de serviço, máquinas ou equipamentos, locais de trabalho, canteiros de obras e frentes de trabalho (BRASIL, 2016f; NUNES, 2012).

Constatada a condição de trabalho que possa expor um empregado ou uma coletividade de empregados a uma situação de grave e iminente risco, é dever do Auditor Fiscal do Trabalho elaborar de imediato um “Laudo Técnico” relatando as irregularidades e as medidas a serem adotadas pela empresa de forma a erradicar as adversidades. Uma vez elaborado, o laudo técnico é encaminhado ao Superintendente Regional que, munido das informações, tem a competência de decretar o embargo ou a interdição (BRASIL, 2016f; NUNES, 2012).

2.5. NR 12

Buscando se alinhar à Convenção 119 da OIT de junho de 1963 intitulada Convenção Relativa à Proteção de Máquinas, foi publicada em 22 de novembro de 1977 a Lei no 6.514, alterou os artigos 184, 185 e 186 da CLT e instituiu a seção XI, intitulada “Das Máquinas e Equipamentos”. No ano seguinte, no dia 8 de junho de 1978 a Portaria no 3.214 aprovou a Norma Regulamentadora NR 12, que passou a vigorar com o título de “Máquinas e Equipamentos”. No ano de 2010 a NR 12 sofreu profunda modificação e seu novo texto foi publicado por meio da Portaria 197 da SIT – Secretaria de Inspeção do Trabalho (NUNES, 2013; ABIMAQ, 2015; BRASIL, 2016g).

Diferente na redação anterior, que previa a instalação obrigatória de um número reduzido de dispositivos de segurança, a nova redação foi divida em 19 capítulos os quais abordam desde princípios gerais até assuntos específicos relativos a outras NRs como: Riscos Adicionais (NR 09); Instalações e Dispositivos Elétricos (NR-10); Meios

(22)

de Acesso Permanentes e Transportadores de Materiais (NR 11); Arranjo Físico, Instalações e Aspectos Ergonômicos (NR-17); Sinalização (NR 26); (BRASIL, 2016g). Além disso, o campo de aplicação da NR 12 se estende a qualquer empresa que apresente trabalhadores regidos pela CLT que façam uso de máquinas e equipamentos (BRASIL, 2016g).

De acordo com o item 12.39 alínea “a” da NR 12, os sistemas de segurança das máquinas e equipamentos devem ter categoria de segurança conforme prévia análise de riscos. Ainda de acordo com o item 12.130 a análise de riscos deve orientar a elaboração dos procedimentos de trabalho e segurança (BRASIL, 2016g).

Já o item 12.4 da NR 12 prevê que as características das máquinas e equipamentos, do processo, do estado da técnica e da apreciação de risco (BRASIL, 2016g).

2.5.1. Análise de Riscos e Apreciação de Riscos

A apreciação de riscos é um processo formado por uma série de etapas. A primeira delas é a análise de riscos em que se determinam os limites da máquina. A segunda etapa consiste na identificação dos perigos na estimativa dos riscos. Com base nessas informações, realiza-se uma avaliação dos riscos em que são sugeridos dispositivos de segurança com o intuito de reduzir os riscos observados. Passada essa etapa, um anova apreciação de riscos é realizada para se identificar algum risco residual (BRASIL, 2013; CORRÊA, 2011).

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Figura 2: Apreciação de Riscos. Fonte: (ABIMAQ, 2015).

A NBR ISO 12.100:2013 apresenta os seguintes termos e definições:

• Perigo: fonte potencial de dano;

• Risco: relaciona a probabilidade de ocorrência de um dano com a sua severidade;

• Estimativa de risco: relaciona a provável gravidade de um dano com a sua probabilidade de ocorrer;

• Análise de Risco: combinação informações sobre os limites da maquina, identificação dos perigos e a estimativa dos riscos;

• Avaliação de Risco: julga baseado na análise de riscos, o quanto os objetivos da análise de risco foram atingidos;

• Apreciação de Risco: processo que compreende a análise de risco e a apreciação de risco;

Redução de risco: Utilizar as melhores tecnologias disponíveis para atender aos as exigências legais.

2.6. NR 28

Com o título “Fiscalização e Penalidades”, esta Norma Regulamentadora prevê a fiscalização dos dispositivos presentes na Lei e nas demais normas regulamentares de

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Segurança e Saúde no Trabalho. Assim, a NR 28 estabelece que devem ser observadas além das suas disposições, também:

• Regulamentação de Inspeção do Trabalho: Decreto 4.552/2002;

• Processo de Multas Administrativas: CLT, Título VII;

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3. METODOLOGIA

A fim de atingir os objetivos previamente definidos, essa pesquisa foi dividida em três etapas: uma revisão bibliográfica sobre os conceitos de análise de riscos, apreciação de riscos e outros pertinentes contidos nas NRs 02, 04, 12 e 28. Num segundo momento, sob a luz da NR 12, definiu-se uma lista de verificação a ser aplicado nas máquinas escolhidas na etapa seguinte. Num terceiro momento, aplicou-se a referida lista em uma máquina da empresa alvo deste estudo. Uma vez que as não conformidades foram identificadas, e com o objetivo de mensurar o valor de eventuais multas a serem aplicadas pelo Auditor Fiscal do Trabalho, fez-se o confronto das não conformidades com os itens previstos pela NR 28 como passíveis de penalidades.

3.1. Descrição da empresa

Escolheu-se como empresa alvo dessa pesquisa uma Serraria localizada na cidade de Mandirituba, cidade essa que integra a Região Metropolitana de Curitiba. Com 45 anos de existência, a Serraria em questão possui clientes em todo o Brasil. Atualmente opera com 9 trabalhadores. De acordo com o IBGE, as Serrarias são classificadas na Seção de “C” que remete às “Indústrias de Transformação”, cuja Classe é “12.10-2” e a Subclasse é “16.10-2/01”, informação evidenciada na Figura 3.

Segundo a NR 04, o Grau de Risco dessa empresa corresponde ao número “3”, como se pode ver na figura 4.

Figura 3: CNAE de uma Serraria. Fonte: IBGE.

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Figura 4: Grau de Risco de uma Serraria. Fonte: BRASIL, 2016e.

Outra informação relevante a respeito da empresa em questão é apresentada na Figura 5 e consiste na dispensa de constituição de um SESMT – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, visto há apenas 9 trabalhadores atuando em uma organização de Grau de Risco “3”

Figura 5: Dispensa da constituição de SESMT. Fonte: BRASIL, 2016e.

3.2. Lista de Verificação da NR 12

Com o intuito de avaliar as máquinas da empresa escolhida como objeto deste estudo de caso, foi necessário desenvolver uma lista de verificação, a qual está transcrita

(27)

no Anexo A deste trabalho, com base nos itens dispostos pela NR 12. Foram selecionados diversos itens da referida norma, divididos em capítulos da mesma forma que a norma em questão apresenta em seu texto original, a saber:

• Arranjo Físico e Instalações;

• Instalações e dispositivos elétricos;

• Dispositivos de partida e parada;

• Sistemas de segurança;

• Dispositivos de parada de emergência;

• Meios de acesso permanentes;

• Componentes pressurizados; • Aspectos ergonômicos; • Riscos adicionais; • Manutenção e Inspeção; • Sinalização; • Manuais; • Procedimentos de trabalho; • Projeto; • Capacitação.

• Outros Requisitos Específicos de Segurança

• Disposições Finais

Como se pode ver, a única seção que compõe a NR 12 que não será tratada nesse estudo é a que fala sobre “Transportador Contínuo de Materiais”.

3.3. Descrição da Multa

Após a aplicação da lista de verificação formulada com base nos itens da NR 12, foi possível mensurar o valor das penalidades associadas às inconformidades a partir do valor da multa por infração disposto na NR 28, tal qual faria um Auditor Fiscal do Trabalho ao exercer sua profissão.

O Anexo I da NR 28 apresenta a gradação das multas cujo valor definido pelos em função dos seguintes parâmetros:

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• Natureza da Infração: Segurança do Trabalho ou Medicina do Trabalho;

• Gradação da infração, dado pelo Anexo II da NR 28 em relação ao valor previsto para as penalidades da NR 12.

Como se pode ver na figura 6, o Anexo I da NR 28 apresenta valores mínimos e máximos de penalidade, porém não apresenta valores intermediários. Além disso, os valores são dados em UFIR – Unidade Fiscal de Referência.

Figura 6: Gradação de Multas NR 28. Fonte: BRASIL, 2016e.

A NR 28 estabelece valores mínimos e máximos para as infrações cometidas pelas empresas. Como não é possível apenas pela norma em questão precisar qual valor seria adotado em uma eventual fiscalização, nesse estudo convencionou-se utilizar um valor intermediário, obtido por uma média simples. Além disso, sabendo que a Serraria estudada possuía 9 trabalhadores, a faixa aqui adotada foi a de “01-10” empregados. Com base nessas informações, gerou-se a figura 7, que apresenta os possíveis valores de multa aplicáveis convertido para “Reais”, tendo em vista que “1 Ufir” equivale a “R$1,0641”, segundo a MP 2095-76 de 13/06/2001.

Figura 7: Valores das Multas Possíveis para a Serraria. Fonte: O Autor (2016).

Tipo de Infração I1 I2 I3 I4

(29)

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A lista de verificação, que se encontra na íntegra no Anexo A, desenvolvida para este trabalho foi aplicada em uma das máquinas que compõem o maquinário da Serraria estudada por esta pesquisa. Tal qual propõe a NR 12, a referida lista foi segmentada em 16 seções em que foram verificadas as irregularidades e calculadas o valor da multa referente para cada uma delas.

A análise será apresentada por meio de quadros, em que constarão os resultados da aplicação da referida lista, e por meio de gráficos, que apresentarão o percentual de conformidade de casa seção. Abaixo, a figura 8 mostra uma visão ampla da Serraria.

Ao final, serão apresentados gráficos com o número de não conformidades por seção e o valor e com o valor das penalidades por seção, além do valor global da multa para a máquina estudada.

Figura 8: Serraria. Fonte: O Autor (2016).

4.1 Máquina: Serra Fita Horizontal de 2 Cabeçotes

A Serra Fita Horizontal Vantec é equipada com tensor hidro-pneumático, que permite articular a serra de acordo com a necessidade, mantendo-a constante.

Possui uma válvula compensadora para corrigir excessos em estados anormais, a qual facilita a substituição da serra. O equipamento é indicado para produção de tábuas,

(30)

desdobro de costaneiras, pallets, caixaria, além disso, para serrar madeira de pinus, eucaliptos e madeiras nativas.

Figura 9: Serra Fita Horizontal de 2 Cabeçotes. Fonte: O Autor (2016).

4.1.1. Arranjo Físico e Instalações

Para essa seção foram escolhidos 15 itens para compor a lista de verificação, em 2 foram classificados como “Não Aplicáveis” para a máquina em questão. Com base nos 13 itens restantes, como se pode verificar nas figuras 10 e 11, a aplicação da lista de verificação apresentou um resultado de 69,2% de não conformidade, totalizando uma multa para a seção de R$10.220,15.

A não conformidade com o item §12.6 da NR 12 ocorre porque as cores para a sinalização dos pisos do espaço de trabalho e das vias de circulação estão em desacordo com normas NR-26 e NBR-7195. O item §12.9.b: também não está de acordo com a norma, pois o piso do local de trabalho é plano e nivelado, porém não possui característica antiderrapante para o caso de derramamentos de substâncias escorregadias.

Além disso, a ausência ou ineficácia dos Procedimentos de Trabalho e Segurança destinados a assegurar movimentação segura para trabalhadores e objetos, e

(31)

organização e limpeza da máquina e do posto de trabalho acarreta no descumprimento dos itens §12.7, §12.8 §12.10.

Os riscos associados a esses perigos são: choque com acessórios, ferramentas, peças ou materiais; queda ou penetração de objetos no corpo dos trabalhadores causando abrasões, cortes, perfurações, esmagamentos ou fraturas; movimentação e presença de veículos e pessoas em locais não permitidos; atropelamentos e impactos contra máquina, ferramentas, peças e materiais.

Figura 10: Análise da Seção “Arranjo Físico e Instalações”. Fonte: Do Autor (2016). 12.6 723,06 R$ 12.6.1 723,06 R$ 12.6.2 1.341,83 R$ 12.7 723,06 R$ 12.8 1.341,83 R$ 12.8.1 1.341,83 R$ 12.8.2 1.341,83 R$ 12.9a 1.341,83 R$ 12.9b -R$ 12.9c R$ -12.10 -R$ 12.11 -R$ 12.11.1 1.341,83 R$ 12.12 -R$ 12.13 -R$ TOTAL R$ 10.220,15

12.12. Nas máquinas móveis que possuem rodízios, pelo menos dois deles devem

pos suir travas.(C=212.017-8/I=2/T=S) Não Aplicável

12.13. As máquinas, as áreas de circulação, os postos de trabalho e quais quer outros locais em que pos sa haver trabalhadores devem ficar posicionados de modo que não ocorra trasnporte e movimentação aérea de materiais s obre os trabalhadores. (C=212.018-6/I=4/T=S)

Não Aplicável 12.10. As ferramentas utilizadas no proces so produtivo devem ser organizadas e

armazenadas ou dispos tas em locais específicos para es sa finalidade.(C=212.014- Conforme 12.11. As máquinas es tacionárias devem possuir medidas preventivas quanto à sua

estabilidade, de modo que não basculem e não s e desloquem intempes tivamente por vibrações, choques, forças externas previs íveis , forças dinâmicas internas ou qualquer outro motivo acidental.(C=212.015-1/I=2/T=S)

Conforme

12.11.1. A ins talação das máquinas es tacionárias deve res peitar os requis itos neces sários fornecidos pelos fabricantes ou, na falta desses, o projeto elaborado por profis sional legalmente habilitado, em especial quanto à fundação, fixação, amortecimento, nivelamento, ventilação, alimentação elétrica, pneumática e hidráulica, aterramento e s istemas de refrigeração.(C=212.016-0/I=2/T=S)

Não Conforme 12.9. Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos e das

áreas de circulação devem:

a) ser mantidos limpos e livres de objetos , ferramentas e quais quer materiais que ofereçam riscos de acidentes;(C=212.011-9/I=2/T=S)

Não Conforme

b) ter caracterís ticas de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, óleos e outras

substâncias e materiais que os tornem es corregadios ; e(C=212.012-7/I=2/T=S) Conforme c) ser nivelados e resistentes às cargas a que es tão s ujeitos.(C=212.013-5/I=2/T=S) Conforme 12.8. Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser adequados ao seu

tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a ocorrência de acidentes e doenças relacionados ao trabalho.(C=212.008-9/I=2/T=S)

Não Conforme

12.8.1. A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas características e aplicações, deve garantir a segurança dos trabalhadores durante sua operação, manutenção, ajus te, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação dos s egmentos corporais, em face da natureza da tarefa.(C=212.009-7/I=2/T=S)

Não Conforme

12.8.2. As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em torno de máquinas devem ser projetados, dimensionados e mantidos de forma que os trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais, movimentem-se com s egurança.(C=212.010-0/I=2/T=S)

Não Conforme 12.6.1. As vias principais de circulação nos locais de trabalho e as que conduzem às

saídas devem ter, no mínimo, 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de largura. (C=212.005-6/I=1/T=S)

Não Conforme

12.6.2. As áreas de circulação devem ser mantidas permanentemente

desobstruídas.(C=212.006-2/I=1/T=S) Não Conforme

12.7. Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser alocados em áreas especificas de armazenamento, devidamente demarcadas com faixas na cor indicada pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar de áreas

Não Conforme

MULTAS

12.6. Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação devem ser devidamente demarcadas e em conformidade com as normas técnicas oficiais. (C=212.004-6/I=1/T=S)

Não Conforme

(32)

Figura 11: Percentual de Conformidade da Seção “Arranjo Físico e Instalações”. Fonte: Do Autor (2016).

Figura 12: Piso plano e nivelado, porém não antiderrapante e sem sinalização das vias de circulação e do espaço de trabalho.

Fonte: O Autor (2016).

4.1.2. Instalações e Dispositivos Elétricos

O resultado da aplicação da lista de verificação nesta seção apontou um baixo grau de conformidade, apena 20%, com uma multa na ordem de R$ 20.797,83, como se

(33)

pode verificar nas figuras 13 e 14, respectivamente. Para esta seção foram escolhidos 20 itens, sendo que nenhum deles foi classificado com “Não Aplicável”.

O item §12.15 exige o aterramento das carcaças, invólucros, blindagens e demais massas metálicas não energizadas e que se mantenham disponíveis os laudos de medição das resistências das malhas de aterramento, fato que não ocorre na empresa observada.

O item §12.17 não está em conformidade com a norma, pois há danos e deterioração nos cabos dos circuitos de alimentação elétrica e de controle da máquina.

Além disso, como a porta do quadro elétrico não pode ser mantida permanentemente fechada de forma segura e não há sinalização quanto ao perigo de choque elétrico e restrição de acesso, o item §12.18, a NBR-5410 e a NR 10 não estão sendo cumpridas.

Riscos associados a esses perigos são: Contatos acidentais com partes energizadas e choques elétricos; curto-circuitos, arcos voltaicos, explosão e incêndios; eletrocução; acesso por pessoas não-autorizadas; impossibilidade de aplicar bloqueios; acidentes de trabalho com pessoas; fatalidade.

(34)

Figura 13: Análise da Seção “Instalações e Dispositivos Elétricos”. Fonte: Do Autor (2016).

Figura 14: Percentual de Conformidade da Seção “Instalações e Dispositivos Elétricos”. Fonte: Do Autor (2016). 12.14 2.012,21 R$ 12.15 1.341,83 R$ 12.17a 1.341,83 R$ 12.17b 1.341,83 R$ 12.17c 1.341,83 R$ 12.17d 1.341,83 R$ 12.17e 1.341,83 R$ 12.17f -R$ 12.18a 1.341,83 R$ 12.19b 1.341,83 R$ 12.18c 1.341,83 R$ 12.18d R$ 1.341,83 12.18e 1.341,83 R$ 12.19 1.341,83 R$ 12.20 -R$ 12.20.1 -R$ 12.20.2 2.012,21 R$ 12.21a -R$ 12.21b R$ 2.683,66 12.21c 2.683,66 R$ TOTAL R$ 20.797,83

12.21. São proibidas nas máquinas e equipamentos:

a) a utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada;(C=212.037-2/I=4/T=S) Conforme b) a utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; e(C=212.038-0/I=4/T=S) Não Conforme c) a existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam energia

elétrica.(C=212.039-9/I=4/T=S) Não Conforme

12.20. As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que utilizem energia elétrica fornecida por fonte externa devem possuir dispositivo protetor contra sobrecorrente, dimensionado conforme a demanda de consumo do circuito.(C=212.034-8/I=2/T=S)

Conforme

12.20.1. As máquinas e equipamentos devem possuir dispositivo protetor contra sobretensão

quando a elevação da tensão puder ocasionar risco de acidentes. Conforme 12.20.2. Quando a alimentação elétrica possibilitar a inversão de fases de máquina que possa

provocar acidentes de trabalho, deve haver dispositivo monitorado de detecção de seqüência de fases ou outra medida de proteção de mesma eficácia.

Não Conforme d) possuir proteção e identificação dos circuitos. e(C=212.031-3/I=2/T=S) Não Conforme e) atender ao grau de proteção adequado em função do ambiente de

uso.(C=212.032-1/I=2/T=S) Não Conforme

12.19. As ligações e derivações dos condutores elétricos das máquinas e equipamentos devem

ser feitas mediante dispositivos apropriados e conforme as normas técnicas oficiais vigentes, de Não Conforme 12.18. Os quadros de energia das máquinas e equipamentos devem atender aos seguintes

requisitos mínimos de segurança:

a) possuir porta de acesso, mantida permanentemente fechada;(C=212.028-3/I=2/T=S)

Não Conforme

b) possuir sinalização quanto ao perigo de choque elétrico e restrição de acesso por pessoas

não autorizadas;(C=212.029-1/I=2/T=S) Não Conforme

c) ser mantidos em bom estado de conservação, limpos e livres de objetos e

ferramentas;(C=212.030-5/I=2/T=S) Não Conforme

d) facilitar e não impedir o trânsito de pessoas e materiais ou a operação das

máquinas;(C=212.025-9/I=2/T=S) Não Conforme

e) não oferecer quaisquer outros tipos de riscos na sua localização; e(C=212.026-7/I=2/T=S) Não Conforme f) ser constituídos de materiais que não propaguem o fogo, ou seja, autoextinguíveis, e não

emitirem substâncias tóxicas em caso de aquecimento.(C=212.027-5/I=2/T=S) Conforme 12.17. Os condutores de alimentação elétrica das máquinas e equipamentos devem atender aos

seguintes requisitos mínimos de segurança:

a) oferecer resistência mecânica compatível com a sua utilização;(C=212.022-4/I=2/T=S)

Não Conforme

b) possuir proteção contra a possibilidade de rompimento mecânico, de contatos abrasivos e de

contato com lubrificantes, combustíveis e calor;(C=212.023-2/I=2/T=S) Não Conforme c) localização de forma que nenhum segmento fique em contato com as partes móveis ou cantos

vivos;(C=212.024-0/I=2/T=S) Não Conforme

MULTAS

12.14. As instalações elétricas das máquinas e equipamentos devem ser projetadas e mantidas de modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico, incêndio, explosão e outros tipos de acidentes, conforme previsto na NR-10.(C=212.019-4/I=3/T=S)

Não Conforme

12.15. Devem ser aterrados, conforme as normas técnicas oficiais vigentes, as instalações, carcaças, invólucros, blindagens ou partes condutoras das máquinas e equipamentos que não façam parte dos circuitos elétricos, mas que possam ficar sob tensão.(C=212.020-8/I=2/T=S)

Não Conforme

(35)

Figura 15: Danos e Cabos de circuitos elétricos deteriorados. Fonte: Do Autor (2016).

Figura 16: Painel Elétrico mantido aberto e sem sinalização de segurança. Fonte: Do Autor (2016).

4.1.3. Dispositivos de Partida, Acionamento e Parada

Para esta seção, foram levantados no total 33 itens, sendo que 21 deles foram considerados como “Não Aplicáveis” para esta máquina. Dos 12 itens restantes,

(36)

chegou-se a um percentual de não conformidade de 75% com uma multa por descumprimento da NR 12 em R$ 17.440,60, como se pode ver nas figuras 17 e 18..

Ao analisar a máquina em questão, percebeu-se que os dispositivos de partida e parada estavam desgastados e em desacordo com normas técnicas vigentes. Também pode ser acionados por outra pessoa que não o operador e não impedem acionamento ou desligamentos involuntários, conforme os itens de §12.24 à §12.25.

Constatou-se que os componentes de partida e parada não são monitorados por interface de segurança, e não possibilitam o funcionamento do sistema de parada de emergência, conforme o item §12.36b prevê.

A esses perigos, foram relacionados os seguintes perigos: operação por trabalhadores não-capacitados ou não-autorizados; erros de operação; funcionamento indevido com movimentos indesejados causando abrasões, perfurações, cortes, esmagamentos e fraturas; possibilidade de falhas ou burla.

ITEM DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA STATUS MULTAS

12.24a 12.24. Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas devem ser projetados, selecionados e instalados de modo que: a) não se localizem em suas zonas perigosas;(C=212.044-5/I=3/T=S)

Conforme R$ -

12.24b b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que

não seja o operador;(C=212.045-3/I=3/T=S) Conforme

R$ -

12.24c c) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental;(C=212.046-1/I=3/T=S)

Não

Conforme R$ 2.012,21 12.24d

d) não acarretem riscos adicionais; e(C=212.047-0/I=3/T=S) Conforme R$ -

12.24.e

e) não possam ser burlados.(C=212.048-8/I=3/T=S) Não Conforme

R$ 2.012,21 12.25 12.25. Os comandos de partida ou acionamento das máquinas devem possuir

dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem energizadas.(C=212.049-6/I=2/T=S)

Não

Conforme R$ 1.341,83 12.26a 12.26. Quando forem utilizados dispositivos de acionamento do tipo comando

bimanual, visando a manter as mãos do operador fora da zona de perigo, esses devem atender aos seguintes requisitos mínimos do comando: a) possuir atuação síncrona, ou seja, um sinal de saída deve ser gerado somente quando os dois dispositivos de atuação do comando -botões- forem atuados com um retardo de tempo menor ou igual a 0,5 s (meio segundo);(C=212.050-0/I=4/T=S)

Não Aplicável

R$ -

12.26b b) estar sob monitoramento automático por interface de segurança;(C=212.051-8/I=4/T=S)

Não Aplicável

R$ -

12.26c c) ter relação entre os sinais de entrada e saída, de modo que os sinais de entrada aplicados a cada um dos dois dispositivos de atuação do comando devem juntos se iniciar e manter o sinal de saída do dispositivo de comando bimanual somente durante a aplicação dos dois sinais;(C=212.052-6/I=4/T=S)

Não

Aplicável R$ -

(37)

12.26d d) o sinal de saída deve terminar quando houver desacionamento de qualquer dos dispositivos de atuação de comando;(C=212.053-4/I=4/T=S)

Não Aplicável

R$ -

12.26e e) possuir dispositivos de comando que exijam uma atuação intencional a fim de minimizar a probabilidade de comando acidental;(C=212.054-2/I=4/T=S)

Não Aplicável

R$ -

12.26f f) possuir distanciamento e barreiras entre os dispositivos de atuação de comando para dificultar a burla do efeito de proteção do dispositivo de comando bimanual; e (C=212.055-0/I=4/T=S)

Não

Aplicável R$ -

12.26g g) tornar possível o reinício do sinal de saída somente após a desativação dos dois dispositivos de atuação do comando.(C=212.056-9/I=4/T=S)

Não Aplicável

R$ -

12.27 12.27. Nas máquinas operadas por dois ou mais dispositivos de comando bimanuais, a atuação síncrona é requerida somente para cada um dos dispositivos de comando bimanuais e não entre dispositivos diferentes que devem manter simultaneidade entre si.

Não

Aplicável R$ -

12.28 12.28. Os dispositivos de comando bimanual devem ser posicionados a uma distância segura da zona de perigo, levando em consideração:

Não Aplicável

R$ -

12.28a a) a forma, a disposição e o tempo de resposta do dispositivo de comando bimanual;(C=212.057-7/I=3/T=S)

Não Aplicável

R$ -

12.28b b) o tempo máximo necessário para a paralisação da máquina ou para a remoção do perigo, após o término do sinal de saída do dispositivo de comando bimanual; e (C=212.058-5/I=3/T=S)

Não

Aplicável R$ -

12.28c

c) a utilização projetada para a máquina.(C=212.059-3/I=3/T=S) Não Aplicável

R$ -

12.29

12.29. Os comandos bimanuais móveis instalados em pedestais devem: Não Aplicável

R$ -

12.29a

a) manter-se estáveis em sua posição de trabalho; e (C=212.060-7/I=2/T=S) Não Aplicável

R$ -

12.29b b) possuir altura compatível com o posto de trabalho para ficar ao alcance do operador em sua posição de trabalho.(C=212.061-5/I=2/T=S)

Não Aplicável

R$ -

12.30 12.30. Nas máquinas e equipamentos cuja operação requeira a participação de mais de uma pessoa, o número de dispositivos de acionamento simultâneos deve corresponder ao número de operadores expostos aos perigos decorrentes de seu acionamento, de modo que o nível de proteção seja o mesmo para cada trabalhador.(C=212.062-3/I=4/T=S)

Não Aplicável

R$ -

12.30.1 12.30.1. Deve haver seletor do número de dispositivos de acionamento em utilização, com bloqueio que impeça a sua seleção por pessoas não autorizadas.(C=212.063-1/I=4/T=S)

Não

Conforme R$ 2.683,66 12.30.2

12.30.2. O circuito de acionamento deve ser projetado de modo a impedir o funcionamento dos comandos habilitados pelo seletor enquanto os demais comandos não habilitados não forem desconectados.(C=212.064-0/I=4/T=S)

Não

Aplicável R$ -

12.30.3 12.30.3. Os dispositivos de acionamento simultâneos, quando utilizados dois ou mais, devem possuir sinal luminoso que indique seu funcionamento.(C=212.065-8/I=3/T=S)

Não

Aplicável R$ -

12.31a 12.31. As máquinas ou equipamentos concebidos e fabricados para permitir a utilização de vários modos de comando ou de funcionamento que apresentem níveis de segurança diferentes, devem possuir um seletor que atenda aos seguintes requisitos: a) bloqueio em cada posição, impedindo a sua mudança por pessoas não autorizadas;(C=212.066-6/I=3/T=S)

Não Aplicável

R$ -

12.31b b) correspondência de cada posição a um único modo de comando ou de funcionamento;(C=212.067-4/I=3/T=S)

Não Aplicável

R$ -

12.31c c) modo de comando selecionado com prioridade sobre todos os outros sistemas de comando, com exceção da parada de emergência; e (C=212.068-2/I=3/T=S)

Não

Aplicável R$ - 12.31d

d) a seleção deve ser visível, clara e facilmente identificável.(C=212.069-0/I=3/T=S) Não Conforme

R$ 2.012,21

(38)

12.32 12.32. As máquinas e equipamentos, cujo acionamento por pessoas não autorizadas possam oferecer risco à saúde ou integridade física de qualquer pessoa, devem possuir sistema que possibilite o bloqueio de seus dispositivos de acionamento.(C=212.070-4/I=3/T=S)

Não

Conforme R$ 2.012,21 12.34 12.34. Devem ser adotadas, quando necessárias, medidas adicionais de alerta, como

sinal visual e dispositivos de telecomunicação, considerando as características do processo produtivo e dos trabalhadores.(C=212.071-2/I=2/T=S)

Não

Conforme R$ 1.341,83 12.36a 12.36. Os componentes de partida, parada, acionamento e outros controles que

compõem a interface de operação das máquinas devem: a) operar em extrabaixa tensão de até 25V (vinte e cinco volts) em corrente alternada ou de até 60V (sessenta volts) em corrente contínua; e(C=212.074-7/I=3/T=S)

Não

Conforme R$ 2.012,21 12.36b b) possibilitar a instalação e funcionamento do sistema de parada de emergência,

conforme itens 12.56 a 12.63 e seus subitens.(C=212.075-5/I=3/T=S)

Não

Conforme R$ 2.012,21

TOTAL R$ 17.440,60

Figura 17: Análise da Seção “Dispositivos de Partida, Acionamento e Parada”. Fonte: Do Autor (2016).

Figura 18: Percentual de Conformidade da Seção “Dispositivos de Partida, Acionamento e Parada”.

(39)

Figura 19: Botões de acionamento da máquina. Fonte: Do Autor (2016).

4.1.4. Sistemas de Segurança

Nesta seção foram levantados 51 itens, onde apenas 10 foram considerados como “Não Aplicáveis”. Dos 41 itens restantes, o percentual de não conformidade atingiu 19,5% o que gerou uma multa total avaliada em R$ 60.429,71.

Segundo os itens §12.38, §12.39, §12.40, §12.42 e §12.43 da NR 12, as zonas de perigo da máquina devem ser protegidas por sistema de segurança. Também, não foi constatada a presença de relé de segurança de monitoramento das funções de segurança da máquina, conforme o item §12.39.e.

Como consequência desses perigos, riscos como acesso às partes girantes causando agarramentos, abrasões, cortes, perfurações e queimaduras são identificados.

(40)

ITEM SISTEMAS DE SEGURANÇA STATUS MULTAS

12.38 12.38. As zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem possuir sistemas de segurança, caracterizados por proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de segurança interligados, que garantam proteção à saúde e à integridade física dos trabalhadores.(C=212.077-1/I=4/T=S)

Não Conforme

R$ 2.683,66 12.38 12.38.1. A adoção de sistemas de segurança, em especial nas zonas de

operação que apresentem perigo, deve considerar as características técnicas da máquina e do processo de trabalho e as medidas e alternativas técnicas existentes, de modo a atingir o nível necessário de segurança previsto nesta Norma.(C=212.078-0/I=4/T=S)

Não Conforme

R$ 2.683,66 12.39ª 12.39. Os sistemas de segurança devem ser selecionados e instalados

de modo a atender aos seguintes requisitos: a) ter categoria de segurança conforme prévia análise de riscos prevista nas normas técnicas oficiais vigentes;(C=212.079-8/I=4/T=S)

Não

Conforme R$ 2.683,66 12.39b b) estar sob a responsabilidade técnica de profissional legalmente

habilitado;(C=212.080-1/I=4/T=S)

Não Conforme

R$ 2.683,66 12.39c c) possuir conformidade técnica com o sistema de comando a que são

integrados;(C=212.081-0/I=4/T=S)

Não Conforme

R$ 2.683,66 12.39d d) instalação de modo que não possam ser neutralizados ou

burlados;(C=212.082-8/I=4/T=S)

Não Conforme

R$ 2.683,66 12.39e e) manterem-se sob vigilância automática, ou seja, monitoramento, de

acordo com a categoria de segurança requerida, exceto para dispositivos de segurança exclusivamente mecânicos; e(C=212.083-6/I=4/T=S)

Não

Conforme R$ 2.683,66 12.39f f) paralisação dos movimentos perigosos e demais riscos quando

ocorrerem falhas ou situações anormais de trabalho.(C=212.084-4/I=4/T=S)

Não

Conforme R$ 2.683,66 12.40 12.40. Os sistemas de segurança, de acordo com a categoria de

segurança requerida, devem exigir rearme, ou reset manual, após a correção da falha ou situação anormal de trabalho que provocou a paralisação da máquina.(C=212.085-2/I=4/T=S)

Não

Conforme R$ 2.683,66 12.41ª 12.41. Para fins de aplicação desta Norma, considera-se proteção o

elemento especificamente utilizado para prover segurança por meio de barreira física, podendo ser: a) proteção fixa, que deve ser mantida em sua posição de maneira permanente ou por meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de ferramentas específicas; e

Conforme

R$ -

12.41b b) proteção móvel, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada por elementos mecânicos à estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e deve se associar a dispositivos de intertravamento.

Conforme

R$ -

12.42ª 12.42. Para fins de aplicação desta Norma, consideram-se dispositivos de segurança os componentes que, por si só ou interligados ou associados a proteções, reduzam os riscos de acidentes e de outros agravos à saúde, sendo classificados em: a) comandos elétricos ou interfaces de segurança: dispositivos responsáveis por realizar o monitoramento, que verificam a interligação, posição e funcionamento de outros dispositivos do sistema e impedem a ocorrência de falha que provoque a perda da função de segurança, como relés de segurança, controladores configuráveis de segurança e controlador lógico programável - CLP de segurança;

Não Conforme

R$ -

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