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Memorial Acadêmico.

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Academic year: 2021

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GABINETE DO REITOR

COMISSÃO PERMANENTE DE PESSOAL DOCENTE Rua Gomes Carneiro, 1- Sala 407- CEP 96010-610

3921-1292 - cppd@ufpel.edu.br http://wp.ufpel.edu.br/cppd/

CONTROLE DA CPPD

RECEBIDO EM: _____/___/______ CONDOC:___________________ 01

___________

Solicitação para Avaliação por Banca Específica

Nome UNIDADE SIAPE

Fábio Vergara Cerqueira ICH 421530

Titulação Atual Regime atual de Trabalho

GRAD. ESPEC. MSC x Dr. 20h 40h x 40h DE

E-mail Fone

fabiovergara@uol.com.br 053 984831790

Ingresso no Serviço Público (ano): - Data da última progressão:

11.11.1991 28.09.2015

Venho requer à COMISSÃO PERMANENTE DE PESSOAL DOCENTE- CPPD, a avaliação por Banca Específica para promoção a Classe E, Nível 1, denominada Classe E – Titular, conforme determina Resolução 015/2014 do CONSUN.

DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA PELA RESOLUÇÃO DO CONSUN 015/2014 1. Requerimento de avaliação por Banca específica;

3. Memorial Acadêmico ou Tese Acadêmica (Documentado);

 ATENÇÃO -

Deverão ser numerados e rubricados ao canto direito superior da folha, seguindo a numeração a partir de 02. Não encadernar.

Pelotas, 31 de novembro de 2017.

____________________________________________ Assinatura do Requerente

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MEMORIAL ACADÊMICO

Fábio Vergara Cerqueira O presente Memorial atende à Resolução CONSUN 15/2014, de 26 de maio de 2014, que dispõe sobre a Promoção para Classe E (Professor Titular), com o escopo de ser submetido à Banca de Avaliação para respectiva progressão na carreira de docente do magistério superior. Refere-se ao período de 1991 a 2017, ao longo do qual desempenhei a função docente, subsequentemente, como Professor Auxiliar, Professor Assistente, Professor Adjunto e Professor Associado, cumprindo atividades de ensino (graduação e pós-graduação), pesquisa, extensão e administração, afora atividades externas à universidades inerentes à vida acadêmica, quanto a inserção em redes nacionais e internacionais, à participação em associações científicas e em organismos voltados à cidadania e desenvolvimento local e regional. Optou-se por priorizar, neste memorial, uma abordagem objetiva, estruturada na listagem de atividades docentes, conforme os quinze itens apresentados abaixo (a maioria deles – I a XII – exigidos no Art. 4º da Resolução supracitada, acrescidos de itens que julgo relevantes para apreciação de minha trajetória). A opção por privilegiar a abordagem objetiva, em lugar da abordagem narrativa, foi para ensejar uma apreciação, por parte da banca, menos afetada pela interpretação eventualmente subjetiva do candidato à titularidade. Esta listagem de atividades será precedida de uma introdução, que interpreta o sentido da forma que assumiu esta carreira, ao longo de 26 anos, que inclui algumas considerações sobre a etapa pré-docente da carreira, que sinalizava já algumas opções que influenciaram as minhas escolhas e práticas profissionais.

ITENS A SEREM AVALIADOS

I – Atividades de ensino e orientação, nos níveis de Graduação, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado

II – Atividades de produção intelectual demostradas pela publicação de artigos em periódicos, publicações de livros, capítulos de livros, publicações de trabalhos em anais de eventos

III – Atividades de extensão demonstradas pela participação e organização de eventos e cursos, pelo envolvimento em formulação de políticas públicas, por iniciativas promotoras de inclusão social ou pela popularização do conhecimento, dentre outras atividades

IV – Coordenação de projetos de pesquisa, ensino e/ou extensão, bem como liderança de grupos de pesquisa

V – Coordenação de cursos de graduação e/ou programas de pós-graduação

VI – Participação em bancas de dissertação, tese, qualificação, avaliação e concurso VII – Organização de eventos de pesquisa, ensino e/ou extensão

VIII – Apresentação de palestras e/ou curso em eventos científicos

IX – Recebimento de comendas e/ou premiações advindas do exercício de atividades acadêmicas

X – Participação em atividades editoriais e/ou arbitragem de produção intelectual ou artística

XI – Assessoria, consultoria e/ou participação em órgãos de fomento à pesquisa, ensino e/ou extensão

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XII – Exercício de cargos na administração superior ou unidades acadêmicas, participação em conselhos e/ou representação

XIII – Participação em Associações Científicas, nacionais e internacionais, fundações de fomento e instituições externas de pesquisa

XIV – Relatório de Atividades de Pós-Doutorado (2014-2017)

XV – Exemplo de produção recente, ou em curso, ligada ao Pós-Doutorado INTRODUÇÃO

Na minha fase de ensino médio, anteriormente à decisão pelo curso de graduação em História, que foi realizado entre 1985 e 1989 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre / RS, meus interesses seguiam simultaneamente diferentes rumos, que, mais que incompatíveis, eram para mim complementares. Estes rumos eram os seguintes:

- interesse pela compreensão do passado, não havendo para mim, na época, diferença clara entre História, Arqueologia e mesmo Paleontologia, posto que me interessava igualmente pela evolução humana e pela história das sociedades recentes e recuadas; - interesse pelo aprendizado de línguas estrangeiras, de modo que, até o término do ensino médio, aos dezoito anos de idade, eu já tinha boa familiaridade com algumas línguas estrangeiras, como o francês, o inglês, o alemão e o italiano, possuindo desde então capacidade de leitura e comunicação verbal nestes idiomas;

- interesse pelo campo das artes, em especial pela música erudita, apesar de abertura a experiências com música popular, desde os quinze anos dedicando-me ao aprendizado do violoncello e participando de orquestras jovens, assim como em coral, atuando por exemplo na apresentação de La Traviata, no Teatro São Pedro, como Tenor, junto ao Coral da PUCRS. Em paralelo à prática musical, nutria muito interesse por conhecer as artes como expressão da cultura, pensando que através delas poderíamos compreender melhor o homem.

Creio que estas tendências foram favorecidas pela decisão de meus pais de me colocarem, desde o pré-primário, no Colégio João XXIII, em Porto Alegre, que se caracterizava pela valorização da formação humanística, desenvolvimento do pensamento crítico e criativo, e pela valorização da liberdade. Tal escola proporcionou carga horária elevada da disciplina de História, aulas de artes e música e dois idomas estrangeiros (francês e inglês). O apoio dos meus pais foi igualmente decisivo, por nunca titubearem em aprovar e subsidiar toda sorte de atividade que contribuísse para a minha formação.

O ingresso no curso de história não significou o abandono destas atividades, de modo que, paralelamente a este, dediquei-me a tocar em orquestras, ensinar violoncello, aprofundar meus conhecimentos em idiomas estrangeiros, lecionar o idioma alemão em aulas particulares.

Outro fator que creio ter sido decisivo para o modo de me conceber como professor e pesquisador foi o período, em 1986, em que realizei a minha “Eurotrip”, prática comum aos jovens de classe média dos anos 70/80. Eu havia já cursado um ano de História, em 1985, quando me foi oportunizado aprofundar meus conhecimentos de alemão no Instituto Goethe, na Alemanha, e viajar em vários países da Europa ao longo daquele ano, conhecendo museus, cidades e sítios arqueológicos que me ajudaram a compreender de uma outra perspectiva a Antiguidade e o Medievo, que

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tanto me fascinavam. Foi decisivo porque pude olhar de perto, viver espacialmente, fisicamente, visualmente, os remanescentes materiais e visuais das civilizações pretéritas que se desenvolveram no continente europeu. Ficou claro para mim, desde então, que não me interessava compreender o passado apenas com base naquilo que podíamos aprender dos textos antigos. Cresceu em mim a percepção de que as imagens legadas de culturas do passado eram um testemunho fundamental para a compreensão destas sociedades. Assim, ao retornar ao Brasil, ao retomar o curso de História, segui meus estudos, mas a partir daí sempre atento aos vestígios materiais e visuais.

Durante o curso de História, o fato de ser músico praticante influenciou meu interesse por observar elementos das práticas musicais do passado. Apaixonado pela Antiguidade grega e romana, ainda na graduação percebia que imagens conservadas em museus, esculturas, pinturas de vasos e outras tantas, traziam cenas em que alguém, figura humana ou mitológica, entregava-se a alguma performance musical, ou simplesmente segurava um instrumento. Estas constatações, talvez mesmo intuitivas, vieram a delinear meus interesses futuros, ao mesmo tempo em que eram fruto também do arranjo de diferentes interesses que me acompanhavam já há algum tempo. Algo me dizia que valia a pena estudar a música grega antiga, que sua presença nisto que mais tarde vim a saber se chamar iconografia, podia ser um profícuo caminho de pesquisa.

Em 1989 graduei-me, à época muito interessados pelos estudos teóricos e, em especial, pela semiótica, então bastante em voga. Sem direcionamento profissional definido após minha formatura, realizei treinamento para ser professor de alemão na escola Berlitz, tendo atuado nesta instituição de 1989 até 1991, em Porto Alegre e em São Paulo. São Paulo entrou então pela primeira vez na minha vida acadêmica. Não tive interesse em realizar o recém criado Mestrado em História da UFRGS, pois não havia aí a possibilidade de me dedicar à História Antiga. Optei então por fazer o curso de Semiótica na PUC de São Paulo, para onde me mudei em 1990 e vivi até 1991, quando o destino me trouxe de volta ao Rio Grande do Sul. Fui informado, pela minha orientadora de graduação, Profa. Dra. Loiva Otero Félix, sobre o concurso para História Antiga e Pré-História que ocorreria na cidade de Pelotas, a qual ainda não conhecia, apesar de laços familiares que a faziam muito familiar a mim desde a infâcia. A combinação entre a preparação e a sorte (desde cedo, como estudioso da Grécia antiga, aprendi a valorizá-la) me fez então professor da Universidade Federal de Pelotas, tendo sido aprovado no concurso no qual, para a prova escrita, foi sorteado ponto sobre a crise da República romana, e, para a prova didática, foi sorteado ponto sobre o Egito antigo. Ingressei assim, em 11 de novembro de 1991, na carreira de docente do ensino superior. Tratou-se de uma vaga para História Antiga (Oriental e Ocidental), mas também para Pré-história.

Ora, cabe colocar que desde meus tempos de aluno de graduação, meu espírito desbravador me levava a querer lecionar em uma universidade do interior do estado, e não na capital, por achar que em uma instituição emergente teria mais condições de participar do processo de construção da instituição e do curso em que me inseria. Assim, uma vez professor da UFPel, vesti a camiseta, e não ambicionei realizar concurso em outras instituições. Apaixonei-me logo de início pela cidade, e esta paixão é responsável pelo segundo viés da minha atuação profissional na UFPel: o interesse pelo patrimônio cultural. Encantei-me pela estratigrafia do passados que se

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revelava a cada rua que descobria na cidade, que permitia aquilo que muitas metrópoles brasileiras já não mais permitiam, que é ver na cidade, em sua materialidade e visualidade, o testemunho de diversas camadas do tempo.

Passo a um apanhado geral da minha carreira na UFPel, conforme periodização que estabeleço para sua interpretação, dividida em quatro fases.

1ª Fase: 1991 - 1994

Desde o início da carreira, tinha claro meu dever moral de trabalhar em prol do desenvolvimento do curso e área de História, em geral, mas, em específico, das disciplinas para as quais fui concursado: Pré-História e História Antiga. O desenvolvimento da área de Pré-História implicava, também, o compromisso com propiciar aos alunos o contato com a disciplina da Arqueologia. Assim, na minha primeira fase de atuação na UFPel, que corresponde aos anos de 1991 a 1994 (em 1995 afastei-me para doutorado), trabalhei neste sentido, promovendo três edições da Jornada de História Antiga, em parceria com a FURG (pois sempre acreditei na sinergia e cooperação como importantes forças para o desenvolvimento da vida acadêmica), duas edições do Fórum de Debates sobre a Teoria da História, e atividades para o fomento da arqueologia (viagem de campo ao Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul - MARSUL, duas viagens às Missões, promoção de curso prático de introdução à arqueologia ministrado pelo arqueólogo André Jacobus e de exposição arqueológica de material do MARSUL, realizada no Museu Carlos Ritter). Ao mesmo tempo, procurava propiciar aos alunos contatos extra-classe com as disciplinas, por exemplo levando-os aos Simpósios de História Antiga promovidos pela UFRGS. As Jornadas de História Antiga foram as primeiras experiências de organização de eventos propiciando a vinda a Pelotas de pesquisadores de renome nacional e internacional, como o assiriólogo Johanner Renger (Universidade Livre de Berlim) e o medievalista Hilário Franco Júnior. Neste período, frequentei eventos da área de História Antiga e promovi os eventos mencionados – isto me possibilitou cultivar a inserção em redes de estudiosos de História Antiga, muitos iniciando carreira como eu, outros já consolidados docentes do ensino superior e/ou pesquisadores. As trocas realizadas neste convívio me encorajaram a retomar meus planos de graduação, de modo que tomei a decisão de realizar doutorado sobre iconografia da música grega antiga. Esta decisão me levou à Universidade de São Paulo, à arqueóloga Profa. Dra. Haiganuch Sarian, então grande disseminadora dos estudos iconográficos e da Arqueologia clássica no Brasil, que veio a se tornar minha orientadora. Em 1995 iniciou meu doutoramento nesta instituição. Quis a sorte – novamente – que neste momento a minha orientadora estivesse vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia, e não ao programa do Museu de Arqueologia e Etnologia. Por que afirmo que foi sorte? Porque esta experiência fortaleceu minha vocação interdisciplinar, pois procurei aproveitar o mais plenamente as oportunidades que a USP possibilitava em termos de formação interdisciplinar nos Estudos Clássicos, de modo que cursei disciplinas da Antropologia, da História, da Letras e da Arqueologia. Estar na Antropologia, contudo, e assim cursar as disciplinas teóricas deste programa, foi fundamental para amadurecer a perspectiva antropológica de interpretação da História e da Arqueologia, de modo que meu projeto de pesquisa de doutoramento se construiu no território de contato e justaposição entre estas três disciplinas, numa tríplice fronteira epistemológica.

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2ª Fase: 1995 - 2001

Em 1995 iniciou-se então a segunda fase da minha vida como docente da UFPel, que se estendeu até 2001, que correspondeu ao meu período de doutoramento. Como se tratava de doutorado direto, meu prazo era de seis anos – no entanto, minha liberação na UFPel, apesar dos sérios problemas de saúde que me acometeram em 1997, se estendeu somente até 1999, ano em que retomei as atividades docentes, paralelamente à conclusão da pesquisa e redação da tese de doutorado, defendida em 29 de agosto de 2001.

Esta fase foi indispensável em termos de ampliação dos horizontes acadêmicos: em um primeiro momento, ao conviver com outros pós-graduandos da USP, de diferentes áreas, e usufruir de um fértil ambiente de trocas e debates intelectuais; em um segundo momento, ao realizar o estágio de doutorado sanduíche, apoiado por bolsa da CAPES, na École française d’archéologie, em Atenas, nos anos de 1997 e 1998, o que ensejou a primeira oportunidade de interfaces intelectuais com instituições e pesquisadores de vários países, ou seja, uma profícua experiência internacional e, mais que isto, de conscientização e contato com referenciais não provincianos e padrões de qualidades das instituições as mais desenvolvidas nos estudos antigos. Viver em Atenas foi um verdadeiro turning point quanto à minha compreensão da Antiguidade e ao projeto de ser um pesquisador do Mundo Antigo. Pude usufruir das bibliotecas das escolas estrangeiras de arqueologia (britânica, americana, canadense, italiana, alemã, escandinava) e, mais do que isto, do convívio dos “atenienses” daquele período, que é como são conhecidos os pesquisadores que vivenciam durante algum período este incomparável polo de estudos antigos. Estando lá, tive a oportunidade de frequentar assiduamente museus e sítios arqueológicos, de modo a incrementar a minha familiaridade com a cultura material da Grécia antiga.

A partir de 1999, como dito acima, retornando a Pelotas, assumi disciplinas da graduação, empolgado com as possibilidades de contribuir para o desenvolvimento da minha instituição. Assim, ainda antes de concluir o doutorado, vim a assumir funções e empreender projetos que sinalizavam para a fase que começaria após a defesa da tese. Três fatos são definidores da fase que se virá a se inaugurar mais adiante:

1. Em 2000, assumo a coordenação do curso de História, oportunidade em que levo adiante o conceito de que a formação em História deveria envolver uma dimensão prática voltada a comunicar os conhecimentos históricos à população, de sorte que o curso de História começa a ser envolver em vários projetos, tais como o projeto de Revitalização do Museu da Baronesa, a criação do Memorial do Theatro Sete de Abril, a criação do Arquivo Histórico da Câmara Municipal e da série editorial História e Etnias. Estes projetos envolveram o princípio de que é por meio de parcerias que se viabilizam oportunidades para o crescimento do curso e de criação de possibilidades para os estudantes realizarem estágios.

2. Em final de 1999, em parceria com a profa. Dra. Flávia Rieth, concebe-se e formaliza-se o projeto de extensão permanente Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia – LEPAARQ/UFPel, cujas instalações foram inauguradas em agosto de 2001. Desde 1999 vinham sendo realizadas iniciativas na área de arqueologia, por meio de parceria com a FURG e em especial com o professor Dr. Pedro Mentz Ribeiro, coordenador do LEPAN/FURG, que se traduziram em um curso de extensão de introdução à

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arqueologia, com prática e teoria, envolvendo várias saídas de campo, assim como na realização de exposição arqueológica no Museu Carlos Ritter.

3. Em 1999, diante da perspectiva da comemoração dos 500 anos da “descoberta” do Brasil, a temática das etnias ganha maior expressão, e, nesta perspectiva, iniciamos parceria com a Sociedade Italiana Pelotense, o que resulta no projeto sobre a memória da colônia italiana localizada na região rural de Pelotas (8º distrito), conhecida como Vila Maciel (antiga Colônia Maciel), projeto que veio a resultar, mais tarde, na criação do Museu Etnográfico da Colônia Maciel, inaugurado em 06 de junho de 2006.

3ª Fase: 2002 - 2010

O término do meu doutorado coincide com o início da terceira fase de minha vivência como servidor da UFPel, que transcorreu entre 2002 e 2010, quando exerci o cargo de Diretor do Instituto de Ciências Humanas, eleito e reeleito por voto universal, o que me levou a uma dimensão da vida acadêmica não planejada anteriormente, que é a atividade administrativa e seus envolvimentos e desdobramentos em termos de política universitária. O grupo que me indicou como candidato a diretor, em 2001, apostava em um novo projeto para nosso instituto, que incluía uma nova visão de universidade e um novo espaço para as humanidades, que passava por vários conceitos, tais como: fomento à interdisciplinaridade; aproveitamento da sinergia entre diferentes cursos; pensar e atuar de forma interdepartamental; ir além do olhar burocrático da instituição e estimular a criação do novo; investir na humanização do ambiente acadêmico e na horizontalidade das relações entre os três setores (discente, docente e técnico administrativo); superar os limites da vida universitária intra-muros, e estimular projetos e ações que reforcem a interação entre a universidade e as comunidades; fazer com que a universidade contribua para o desenvolvimento local e regional; e, especificamente no que diz respeito às Ciências Humanas, pensar que estas tinham um papel de maior destaque a desempenhar na universidade e na região, que possuíam um enorme potencial a ser desenvolvido, e que, no modo como estavam inseridas na universidade, e no modo burocrático de conceber a atuação do gestor da unidade acadêmica, deixavam de tornar realidade este potencial; pensar a extensão como possível experiência de protagonismo do aluno. Quis a comunidade acadêmica do ICH que este fosse o caminho, que foi trilhado no primeiro mandato, entre 2002 e 2006, e aprofundado no segundo, até 2010. Uma das experiências no primeiro mandato dentro desta concepção foi o fomento ao desenvolvimento da pós-graduação nas ciências humanas, iniciado com as especializações, para, mais adiante, resultar na criação dos programas stricto sensu. Para tanto criou-se no ICH uma secretaria de pós-graduação. Um exemplo dos princípios propostos foi a criação da Especialização em Memória, Identidade e Cultura Material, projeto fortemente interdisciplinar, que incluía áreas como História, Antropologia, Arqueologia, Artes e Música – este projeto veio a germinar, mais adiante, o bem-sucedido Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural, que atualmente já oferece curso de doutorado, atingindo o conceito 5 como reconhecimento de sua qualidade.

Neste período, o Instituto de Ciências Humanas – ICH/UFPel teve uma fabulosa ampliação, seja em número de alunos, seja em sua arquitetura acadêmica, que resulta no seu formato atual, que inclui licenciatura e bacharelado em História, licenciatura e bacharelado em Geografia, bacharelado em Economia, bacharelado em Museologia,

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bacharelado em Conservação e Restauro, bacharelado em Antropologia (habilitações em Antropologia social e cultural e em Arqueologia), bem como o Mestrado e Doutorado em Memória Social e Patrimônio Cultural (conceito 5), Mestrado e Doutorado em Antropologia (áreas de Antropologia Social e Cultural e de Arqueologia) (conceito 4), Mestrado em História (conceito 4), Mestrado em Geografia (conceito 3) e Mestrado em Economia (conceito 4).

De outro lado, o ICH assume um viés fortemente extensionista, reconhecido já em 2004, quando a unidade recebeu o prêmio de Destaque em Extensão. Envolvi-me pessoalmente em projetos ligados à musealização de memórias étnicas, que resultou na criação do Museu Etnográfico da Colônia Maciel (inaugurado em 2006), Museu Gruppelli (inaugurado em 1998, foi assumido pela UFPel em 2007 e reinaugurado em 2008), Museu da Colônia Francesa (inaugurado em 2009) e Museu Histórico do Morro Redondo. Estes museus compõem atualmente o Circuito de Museus Étnicos da UFPel. Estas iniciativas, somadas àquelas que envolveram outros docentes, tais como o projeto do Museu das Telecomunicações, foram passos fundamentais para justificar a criação na UFPel dos cursos de Museologia e Conservação e Restauro em Bens Culturais Móveis, iniciados respectivamente em 2006 e 2008. Neste projeto de universidade colocado em prática, a extensão despontava não somente como canal privilegiado de relação com a sociedade, e portanto de contribuição para o desenvolvimento social e regional, mas também como experiência diferenciada para a formação mais completa e integrada dos estudantes que formávamos, posto que cria um ambiente em que o estudante precisa mobilizar conhecimentos e práticas de modo a associar de forma inextrincável ensino, pesquisa e extensão. Ao mesmo tempo, concebia-se que estas atividades de extensão, por exemplo no caso da História, consistiam em uma dimensão aplicada dos conhecimentos históricos e que contribuiriam para que o futuro profissional desenvolvesse uma série de capacidades para sua futura atuação no mercado de trabalho.

Cabe retomar aqui o papel do Laboratório de Antropologia e Arqueologia no desenvolvimento destas áreas e da área de patrimônio no ICH e na UFPel. Desde sua criação, este laboratório estabeleceu uma política estratégica, que envolvia dois projetos-pilotos de pesquisa (“Mapeamento Arqueológica de Pelotas e região” e “Salvamento Arqueológico da Área Urbana de Pelotas – Programa BID / Monumenta”) e inúmeras ações educativas, voltadas à divulgação de conhecimentos arqueológicos e antropológicos em Pelotas. Saudosa lembrança temos, por exemplo, da atuação do LEPAARQ na FECRIANÇA de 2001, experiência paradigmática para nossa equipe em formação, que a todos influenciou, na percepção de nosso papel educativo e do potencial de nossas ações juntos às crianças e jovens. Naquele ano, entre várias atrações, uma delas o Parque Beto Carreiro, nosso trabalho foi escolhido como primeiro lugar na preferência do público infantil, das milhares de crianças que foram ao centro de eventos. Experiências como essas não esquecemos, nos fortalecem para enfrentar desafios. Ao mesmo tempo, o LEPAARQ visava a ocupar lugar de destaque na Arqueologia nacional, de modo que, em 2004 foi criado o periódico “Cadernos do LEPAARQ. Textos em Antropologia, Arqueologia e Patrimônio”, periódico hoje avaliado em estrato elevado na Área Mãe (B1). Para o laboratório crescer e se tornar espaço fértil para a formação dos estudantes, foram feitas várias parcerias com outras instituições, como o LEPAN/FURG, o LEPA/UFSM, o MARSUL, a Área de Arqueologia da UFRGS e outras instituições. Neste momento, em termos de internacionalização, o

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termo de cooperação com o Instituto Politécnico de Tomar possibilitou aos estudantes do LEPAARQ a primeira experiência de internacionalização, por meio da parceria com o prof. Dr. Luiz Oosterbeek, que permitiu a realização de estágios de prática arqueológica em Portugal, ao mesmo tempo em que nosso laboratório recebia, para estágio, estudantes europeus. Com o amadurecimento do laboratório, avançou-se em uma relação institucional séria e atenta com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, organismo do Ministério da Cultura que regulamenta, autoriza e fiscaliza a pesquisa arqueológica e guarda do respectivo acervo. Foram concedidas ao LEPAARQ portarias autorizando ao seu coordenador o desenvolvimento dos projetos de pesquisa e intervenção arqueológica, seja em projetos de pesquisa acadêmica ou em projetos ligados a licenciamento arqueológico ou a restauração de bens culturais edificados. Do mesmo modo, IPHAN e LEPAARQ atuaram conjuntamente em prol da preservação arqueológica e ambiental, com resultados profícuos, por exemplo, no sucesso em evitar a destruição do ecossistema do Pontal da Barra, graças à identificação nesta área de mais de vinte sítios arqueológicos tipo “cerrito”.

O LEPAARQ, ao mesmo tempo, manteve relação com outros órgãos, por exemplo, em escala municipal, a Secretaria Municipal de Cultura, diretamente ligada ao Projeto de Salvamento Arqueológico da Área Urbana de Pelotas – BID / Monumenta, e o Conselho do Meio Ambiente, diretamente ligado ao Projeto de Aproveitamento Arqueológico e Turístico da Ilha da Feitoria.

Dada a credibilidade adquirida pelo LEPAARQ junto ao IPHAN e à SECULT, este foi convidado para apresentar uma proposta para realização do Inventário Nacional de Referências Culturais das Tradições Doceiras Pelotenses, em edital promovido pelo IPHAN, em parceria com a UNESCO, para cidades participantes do Programa Monumenta. Nossa proposta foi aprovada, de modo que, entre 2005 e 2008, realizamos este inventário, resultando no relatório entregue ao IPHAN em 2009, com vistas ao reconhecimento da cultura doceira pelotense como Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro. O processo segue em análise junto ao Ministério da Cultura.

O conjunto de iniciativas do LEPAARQ apresentadas acima, somado a várias outras arroladas mais abaixo, nas áreas de Arqueologia e Antropologia, justificou a criação de um curso de Graduação em Arqueologia na UFPel, que, de forma sinérgica, foi concebido como um curso geminado ao curso de Antropologia, resultando em um currículo que proporciona uma formação diferenciada1.

O envolvimento com a criação destes cursos que redesenharam de forma decisiva a arquitetura acadêmica do ICH contou com minha participação direta, integrando as comissões instituídas pela reitoria para a criação destes, em particular, dos cursos que seguem: Especialização em Memória, Identidade e Cultura Material (2002); Bacharelado em Museologia (2005-2006); Curso de Tecnólogo em Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis (2008) (mais tarde, reclassificado como Bacharelado); Curso de Bacharelado em Antropologia e Arqueologia (2007-2008); Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Memória Social e Patrimônio Cultural (2006). Recentemente, fui responsável por coordenar, junto ao corpo docente do Programa de Pós-Graduação em História, a proposta de criação do curso de Doutorado, submetida em outubro do corrente ano.

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Em paralelo à atuação na gestão e extensão, mantive minhas pesquisas no campos da História Antiga e Arqueologia Clássica, em especial ligadas à iconografia e música antiga, mas explorando temas variados que poderiam ser abordados a partir destas perspectivas, tais como gênero, guerra, festa, educação, trabalho, memória, etnicidade, identidade, mitologia, prática e performance musical, religião, esporte, entre outros. Durante este períodos, investi em fortalecer meus laços com redes nacionais e latino-americanas de pesquisadores da área, em especial do Uruguai, Argentina, Chile e México. O envolvimento com a administração, durante a década passada, impediu-me de me dedicar a uma maior internacionalização de minha carreira, com a exceção da participação em alguns poucos eventos e publicações esporádicas. No entanto, procurei manter um volume adequado de publicações em veículos brasileiros e latino-americanos, procurando explorar ao máximo o material levantado durante minha pesquisa de doutoramento, composto por mais de mil vasos com cenas com representação de instrumentos musicais, com potencial para abordar temas os mais variados.

4ª Fase: 2011 - 2017

Em 2010 encerra-se meu período de gestão frente à direção do Instituto de Ciências Humanas, de modo que pude dar início a uma nova fase, que se estende até o presente, que poderia ser dividida em três momentos.

O primeiro momento foi a preparação e elaboração de um novo projeto de pesquisa, e ao mesmo tempo a prospecção de possibilidades para realização de futuro pós-doutoramento, visando também a alavancar a internacionalização de minha carreira. Paralelamente ao novo projeto de pesquisa, focado na iconografia dos instrumentos musicais da cerâmica ápula (séc. V – III a.C.), passei a me dedicar a uma segunda linha de pesquisa, situada na zona de contato entre os estudos da Antiguidade e os estudos de memória e patrimônio: trata-se dos estudos de “Recepção da Antiguidade” / “Usos do Passado”, que têm sido objeto da atenção de orientações e pesquisas, tais como a presença da representação visual da lira e da cítara gregas no patrimônio cultural moderno, brasileiro e mesmo internacional, como exemplo de ressignificação das heranças da Antiguidade na construção da identidade cultural moderna.

Neste contexto de abertura para o novo, foi necessário desincumbir-se de algumas funções. Em 2012, decido passar a coordenação do LEPAARQ e a chefia editorial dos Cadernos do LEPAARQ ao colega Prof. Dr. Rafael Milheira, egresso da equipe de estudantes que atuou junto ao laboratório desde sua fundação. Mantive o vínculo com a revista como editor assistente e com o LEPAARQ como pesquisador colaborador. Neste momento, a partir de uma articulação com outros arqueólogos clássicos que tinham trajetória comum a minha – arqueólogos clássicos delianos, formados no MAE/USP e com prática arqueológica no Santuário de Hera da ilha de Delos, junto à Escola Francesa de Arqueologia – decidimos criar na UFPel o Laboratório de Estudos sobre a Cerâmica Antiga – LECA/UFPel, hoje destacado laboratório, de reconhecimento nacional e internacional, nos estudos da ceramologia e iconografia grega antiga2. Uma vez definida a linha de projetos de extensão permanente a que me dedicaria (museus do Circuito de Museus Étnicos e LECA), havia definido ser uma fase em que priorizaria a pesquisa, a pós-graduação e a articulação internacional. O novo projeto

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Participei de missões arqueológicas na Grécia em 2000 e em 2008 no santuário de Hera em Delos, e, neste mesmo ano, na agora de Argos.

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foi viabilizado a partir de etapas de pesquisa junto à biblioteca do MAE/USP. Desde 2013, iniciei minha aproximação com pesquisadores internacionais, ligados à MOISA Society - Associação Internacional de Estudos da Música Grega e Romana Antiga e seu Legado, com a participação em evento realizado na Sicília, que mais tarde resultou na primeira publicação internacional sobre este novo projeto, na revista Greek and Roman Musical Studies (ed. Brill), em 2014. Dada minha formação no idioma alemão, decidi investir na possibilidade de uma bolsa da Fundação Humboldt. Tal objetivo foi alcançado em final de 2013, quando meu pedido de bolsa foi aprovado, na modalidade “Pesquisador Experiente”.

Assim, em 2014 inicia-se o segundo momento desta fase, que se estende até março de 2017, que consistiu na realização de meu estágio de pesquisa pós-doutoral no Instituto de Arqueologia Clássica do Centro de Ciências da Antiguidade da Universidade de Heidelberg (04.2014 – 03.2013), que viabilizou a realização deste novo projeto, além de propiciar a inserção em redes de pesquisadores de universidades europeias, em especial na Alemanha, Itália, França, Portugal e Espanha. Durante este estágio, foi possível acesso a bibliotecas altamente especializadas em Arqueologia Clássica e em estudos da Magna Grécia, em particular as bibliotecas do Instituto de Arqueologia Clássica da Universidade de Heidelberg e do Centre Jean Bérard, braço da Escola Francesa de Roma, localizado em Nápoles. Com o suporte institucional da Universidade do Salento, localizada em Lecce, pude desenvolver profícua atividade de campo na Itália meridional, realizando visitas técnicas a inúmeros sítios e museus locais, da região da Apúlia, Basilicata e Campânia, o que foi determinante para o levantamento do material de pesquisa. Já o suporte do Centre Jean Bérard, por exemplo, viabilizou o acesso à Reserva Técnica do Museu Nacional de Nápoles, maior acervo mundial de cerâmica italiota, portadora da iconografia que é objeto de meu projeto de pesquisa.

Em março do corrente ano, encerrou-se o período de pesquisa apoiado pela bolsa de Pesquisador Experiente da Fundação Humboldt, quando retorno a Pelotas com o objetivo convicto de contribuir de forma decisiva para a consolidação e crescimento do Programa de Pós-Graduação em História, cuja coordenação exerci entre agosto de 2015 e setembro de 2017.

Iniciou-se assim o terceiro momento da atual fase, com a duração de poucos meses, marcado pela bem-sucedida avaliação de nosso programa, cujo conceito foi elevado a 4, favorecendo a possibilidade de aprovação de futuro doutorado, cuja proposta foi então elaborada e submetida em período de menos de um mês de intenso trabalho. Finalmente, cabe colocar que a minha vivência da universidade foi radicalmente redimensionada a partir do momento em que participei, em 2004, de uma chapa à Reitoria da Universidade, na posição de candidato a Vice-Reitor, como candidato da proposta “Ciências – Cultura – Cidadania” (3 Cs), liderada pelo Prof. Paulo Bretanha Ribeiro, que me propiciou participar de uma constante discussão e renovação de um projeto para a UFPel, que se reapresentou nas eleições para a Reitoria em 2012 e em 2016, quando tive a honra de ser candidato a Reitor da UFPel, acompanhado da Profa. Márcia Bueno Pinto como candidata à Vice-Reitora. De certo modo, a credibilidade para esta indicação, para a candidatura à vice-reitoria, em 2004 e em 2012, deveu-se ao reconhecimento do modelo de gestão e concepção de universidade praticados na Direção do Instituto de Ciências Humanas. Esta experiência remodelou por completo a minha visão de fazer parte de uma universidade, e em especial de nossa universidade,

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e de pensar/praticar o lugar da universidade para a localidade e região em que está inserida, de pensar o que é e o que pode ser a universidade para os sujeitos que a vivem e constroem cotidianamente, de forma horizontal, sejam eles discentes, docentes ou técnicos administrativos, mas também entender que a comunidade externa à UFPel faz parte dela e traça seus destinos. Viver a universidade é também vivê-la politicamente, em todos os desafios, obstáculos e conquistas que isto implica. É neste sentido, inclusive, que escolhi como temática de fusão entre o acadêmico e o político, o fomento às pesquisas, ações e intervenções relacionadas à diversidade sexual, tendo ao mesmo tempo desenvolvido pesquisas sobre o tema e promovido fóruns de estudos e debates, por meio das Jornadas da Diversidade Sexual (2011, 2013, 2015 e 2017).

Ao periodizar minha trajetória na UFPel nas quatro fases apresentadas acima (1991-1994 / 1995 – 2001 / 2002 – 2010 / 2011 – 2017), foquei naquilo que os historiadores chamam as mudanças, a diacronia, a curta e média duração. Contudo, ao mesmo tempo, o historiador deve estar atento às continuidades, à sincronia, à longa duração. Exemplo maior de continuidade pode ser verificado nas Jornadas de História Antiga, organizadas desde 1992, entrando nos próximos dias em sua XVIII edição, e já estando em processo de organização da XIX edição, que terá a música antiga como tema. Mas a continuidade deste percurso pode ser verificada de modo mais profundo, do ponto de vista epistemológico. Cabe ressaltar que as diferentes fases descritas acima possuem entre si uma unidade, que de certa forma estava presente, semeada, no cruzamento entre os diferentes interesses que me moviam ainda antes de ingressar na docência. Para quem observa os produtos finais que apresento como produção ao longo da minha carreira, caso não tenha uma visão do conjunto, pode parecer que me mova por certo diletantismo, ao estudar paralelamente Grécia Antiga e Pelotas/Rio Grande do Sul/Brasil, estudar Arqueologia Clássica e Arqueologia Histórica dos tempos modernos, Estudos de iconografia dos vasos gregos e das fotografias e monumentos modernos. Mas há, sob diferentes ângulos, uma unidade em tudo isto. Trata-se de buscar, como método hermenêutico, para meu amadurecimento como pesquisador, uma compreensão enriquecida pelo cotejamento entre o Antigo e o Moderno, ao colocar questões análogas. Não somente as perspectivas são análogas (cultura material, iconografia), mas procuro colocar questões semelhantes, isto porque entendo os Estudos Antigos como estudos que contribuem diretamente para a compreensão do mundo moderno, e também porque não concebo a compreensão do Mundo Antigo descolada de nosso tempo. Ademais, na medida em que fui amadurecendo como um pesquisador que buscava compreender a singularidade das experiências históricas da Antiguidade, avançava na concepção de que, estando no Brasil, não cabia seguir o modelo de pesquisador “antiquista”, que se isola, se afasta de diálogos interdisciplinares e comparados, que se desenraiza do seu contexto numa idealização de um pesquisador neutro. Nesta medida, busquei trazer para a compreensão de aspectos do Moderno a bagagem singular que os estudos antigos nos possibilitam; ao mesmo tempo, eu procurei capturar a observação e o diálogo atento com estudos modernos, com debates conceituais contemporâneos, para renovar as tentativas de compreensão do Antigo. Assim, cultura material, identidade, memória, gênero, homoerotismo, fronteiras, interculturalidade, migrações, são todos conceitos que para mim foram fluindo, nos meus esforços cognitivos, entre o Antigo e o Moderno. Aí o nexo entre minhas pesquisas relacionadas à Antiguidade e a

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patrimônio/memória/identidade. A compreensão que tenho sobre este trinômio, que desenvolvi ao me envolver em projetos sobre memória e patrimônio, tem instruído meus caminhos de compreensão da Antiguidade.

Encontro-me agora na expectativa de início de uma nova fase de minha vida acadêmica, a ser alcançada na hipótese de reconhecimento de méritos suficientes na minha trajetória, que justifiquem a promoção à classe de Professor Titular, para cujo fim submeto este memorial a esta Banca de Avaliação, arrolando abaixo, para análise objetiva, as atividades tipificadas conforme a Resolução CONSUN 15/2014.

I – ATIVIDADES DE ENSINO E ORIENTAÇÃO, NOS NÍVEIS DE GRADUAÇÃO, MESTRADO, DOUTORADO E PÓS-DOUTORADO

ENSINO E ORIENTAÇÃO DE GRADUAÇÃO

 Professor do Curso de Licenciatura em História (1991 – atual)

Disciplinas: Pré-História; História da Antiguidade Oriental; História da Antiguidade Ocidental (em substituição a professores afastados: Teoria da História; Metodologia da Pesquisa em História; Antropologia)

 Professor do Curso de Bacharelado em História (2008 – atual)

Disciplinas: História da Antiguidade Oriental; História da Antiguidade Ocidental  Professor do Curso de Bacharelado em Antropologia - Arqueologia (2008 –

2010)

Disciplinas: Pré-História; Arqueologia histórica I

 Curso de Turismo – oferecimento de disciplina optativa: Turismo e Arqueologia Trabalhos de conclusão de curso de graduação

1. Juan Sampaio Neitzke. Torcidas Organizadas no Futebol Brasileiro. 2017. Curso (Licenciatura em História) – Universidade Federal de Pelotas

2. Luis Henrique Porto Oliveira. Futebol Colonial Pelotense. O lazer e a sociabilidade. Curso (Bacharelado em História) – Universidade Federal de Pelotas

3. Andreia Lopes. A iconografia da harpa na cerâmica ápula (séc. V - IV a.C.): catálogo e interpretação. 2016. Curso (Bacharelado em História) - Universidade Federal de Pelotas

4. Dayanne Dockhorn Seger. Olhares antigos e modernos: a ideologia e a representação feminina em contextos de trabalho na Atenas clássica. 2015. Curso (Antropologia – Arqueologia) - Universidade Federal de Pelotas

5. Ricardo Barbosa da Silva. A Guerra na Política Grega Formas de combate e constituições políticas na Grécia antiga - o caso de Esparta (séc. V e IV a.C.). 2014. Curso (História) - Universidade Federal de Pelotas

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Etnográfico da Colônia Maciel – Pelotas/RS: chegada, trabalho e casa. 2014. Curso (História) - Universidade Federal de Pelotas

7. Luíse de Oliveira Rodrigues. Hibridação entre deuses no Egito Helenístico: Uma apreciação sobre as manifestações e o culto a Serápis. 2015. Curso (Bacharelado em História) - Universidade Federal de Pelotas

8. Luíse de Oliveira Rodrigues. O hibridismo nos deuses greco-egípcios: Uma análise do Egito helenístico através das representações de Hermanubis. 2014. Curso (Licenciatura em História) - Universidade Federal de Pelotas

9. Cristiano Gehrke. Fotografia e musealização da história da imigração italiana: sistematização do acervo fotográfico do Museu Etnográfico da Colônia Maciel. 2010. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

10. Daniel Peter Victoria. O vinho e a italianidade: um estudo sobre a identidade na colônia Maciel em Pelotas – RS. 2010. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

11. Rafaela Nunes Ramos. Preservação e Informação: Uma Proposta Digital Para o Gerenciamento do Acervo Arqueológico do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia (LEPAARQ) da Universidade Federal de Pelotas. 2010. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

12. Jaqueline da Silva Belletti. Uns caquinhos num montão de terra: o que fazer com eles? Discussões sobre cerâmica em cerritos no Sudoeste da Laguna dos Patos (Rio Grande do Sul – Brasil). 2010. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

13. Priscilla Pereira Ulguim. Zooarqueologia e o estudo dos grupos construtores de cerritos: um estudo de caso no litoral da Laguna dos patos – RS, Sítio PT – 02 Cerrito da Sotéia. 2010. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas 14. Mariciana Zorzi. Turismo e Patrimônio Cultural na Fronteira Meridional do Rio Grande do Sul: Poder Público e Participação na Constituição dos Atrativos Turísticos nos Municípios de Bagé e Jaguarão. 2009. Curso (Bacharelado em Turismo) - Universidade Federal de Pelotas

15. Estefânia Jaékel da Rosa. Ocupação e Construção do Espaço na Ilha da Feitoria (Pelotas/RS). Um Estudo de Caso em Arqueologia histórica. 2008. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

16. Katia Amorim Macedo. Os gregos e a morte: representações culturais e práticas sociais. 2008. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

17. Aluísio Gomes Alves. A contribuição da Arqueologia histórica para o estudo dos negros e afro-descendentes na diáspora africana no Continente Americano. 2007.

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Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

18. Sérgio Ricardo Fracalanza Muzy. A criação das bases do monoteísmo pelo faraó Akhenaton (1353-1336 a.C.) e as suas implicações sociais no Novo Império do Antigo Egito. 2007. Curso (Licenciatura em História) - Instituto de Ciências Humanas

19. Caterine Henriques Mendes. A multiplicidade de Judaísmos e a Formação do Paleocristianismo. 2007. Curso (Licenciatura em História) - Instituto de Ciências Humanas

20. Giovani de Souza Barbosa. Judaísmo antigo e messianismo. 2006. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

21. Marco Antonio Corrêa Collares. A política sob César Augusto: continuidades e rupturas do modelo e dos mecanismos de dominação. 2007. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

22. Luísa Lacerda Maciel. MEMORIAR: os desafios e realizações na construção de um programa de educação patrimonial. 2007. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

23. Welcsoner Silva da Cunha. Egiptomania no Sul do Estado do Rio Grande do Sul. 2005. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

24. Rafael Guedes Milheira. Esculturas líticas sambaquieiras: algumas possibilidades interpretativas: reflexões a partir de uma coleção lítica do LEPAARQ/UFPEL. 2005. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

25. Otávio Marques Fontoura. Catálogo de Louças da Casa 8, Pelotas / RS. 2004. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

26. André Garcia Loureiro. Os cerritos na fronteira Brasil-Uruguai: uma abordagem histórica e teórico-conceitual. 2004. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

27. Chimene Kuhn Nobre. Catálogo de Material Arqueofaunístico - Projeto de Salvamento Arqueológico da Zona Urbana de Pelotas / RS. 2003. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

28. Luciana da Silva Peixoto. Memória da Imigração Italiana em Pelotas / RS. A Colônia Maciel: lembranças, imagens e coisas. 2003. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

29. Miriam Mirapalhete. O Theatro Sete de Abril nos Anos 80: a redemocratização e os festivais de teatro de Pelotas. 2003. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

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30. Jurandir de Lima Silva. Jovem guarda: origens e implicações. 2002. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

31. Maria Augusta Martiarena de Oliveira. Memória Fotográfica do Conservatório de Música. 2002. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas 32. Angela Maria Farias Gonçalves. O movimento tropicalista: uma revisão histórica. 2002. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

33. Renata Brauner Ferreira. A Gripe Espanhola em Pelotas. 1995. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

34. Carla Rodrigues Gastaud. O racional e o arcaico na historiografia grega antiga - Heródoto e Tucídides. 1995. Curso (Licenciatura Em História) - Universidade Federal de Pelotas

ENSINO E ORIENTAÇÃO DE ESPECIALIZAÇÃO

 Professor do Curso de Especialização “Memória, Identidade e Cultura Material”

Disciplina: História e Música (com prof. Isabel Porto Nogueira)

Monografias de conclusão de curso de aperfeiçoamento/especialização (2003 – 2008)

1. Welcsoner Silva da Cunha. A arqueologia em obras de engenharia florestal: um estudo de caso - Votorantim Celulose e Papel Unidade Extremo Sul. 2008. Monografia (Memória, Identidade e Cultura Material) - Instituto de Ciências Humanas/UFPEL 2. Cátia da Silva Silveira. O Cheiro do Barro Queimado: Memória das Olarias do Rio Piratini (Pedro Osório e Cerrito, RS). 2008. Monografia (Memória, Identidade e Cultura Material) - Universidade Federal de Pelotas

3. Julie Charline Siqueira de Oliveira. A Categral São Francisco de Paula: uma trajetória histórica. 2007. Monografia (Memória, Identidade e Cultura Material) - Universidade Federal de Pelotas

4. Augusto Luis Medeiros Amaral. A Memória Corporal do "Piratas de Rua": diversidade, resistência e mutação. 2007. Monografia (Memória, Identidade e Cultura Material) - Universidade Federal de Pelotas

5. Luciana da S. Peixoto. Catalogo de Fainça Fina da rsidencia Conselheiro Maciel. 2004. Monografia (Memória, Identidade e Cultura Material) - Pelotas

6. Luiz Carlos da Silva Júnior. Evidencias Arqueologicas no municipio de São Lourenço do Sul. 2004. Monografia (Memória, Identidade e Cultura Material) - Pelotas

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ENSINO E ORIENTAÇÃO DE MESTRADO

 Professor do Curso de Mestrado em Ciências Sociais (2006 – 2009) Disciplina: Patrimônio Cultural: Patrimônio Material e Imaterial; Arqueologia histórica, Arqueologia urbana e Patrimônio

 Professor do Curso de Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural (2007 – atual)

Disciplinas: Perspectivas atuais da Arqueologia Histórica; Estética e Cultura Visual

 Professor do Curso de Mestrado em História (2009 – atual) Disciplina: História, Arte e Imagens

Dissertações de mestrado concluídas: orientador principal

1. Leandro Gracioso de Almeida e Silva. Memórias de um ofício - os marmoristas e o Cemitério Municipal de Juiz de Fora (1964-1974). 2016. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

2. Lidiane Carolina Carderaro dos Santos. Variações da imagem de Apolo citaredo na cerâmica de influência grega produzida na Campânia entre os séculos V e III a.C.. 2016. Dissertação (História) - Universidade Federal de Pelotas

3. Marcello de Albuquerque Maranhão. A historiografia grega antiga sobre as relações entre gregos e não gregos na Sicília oriental, do século VIII às invasões atenienses: entre etnia, fronteira cultural e espaço geográfico. 2015. Dissertação (História) - Universidade Federal de Pelotas

4. Isabel Halfen da Costa Torino. Mercúrio na torre do Mercado: percurso e significado de um símbolo grego na memória e no patrimônio cultural de Pelotas, RS. 2015. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

5. Maritsa Sá Freire Costa. A memória de uma imagem e a imagem de uma memória: um estudo sobre o São Francisco das Chagas, do Museu de Arte Sacra de São Paulo.. 2014. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

6. Natália Martins de Oliveira Gonçalves. Caminhos de ferro, trilhos de memória: narrativas ferroviárias em Mariana e Ouro Preto (MG) na segunda metade do século XX. 2014. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

7. Cristiano Gehrke. Imigrantes italianos e seus descendentes na zona rural de Pelotas / RS: o testemunho dos acervos de fotografia e de História Oral do Museu Etnográfico da Colônia Maciel. 2013. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

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8. Luísa Lacerda Maciel. Os bailes da colônia de Pelotas (RS): memória, festa e patrimônio. 2013. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

9. Rafaela Nunes Ramos. Reflexões sobre gestão arqueológica e museológica da cultura material: o sítio Guarani PS-03 Totó e seus vestígios (Pelotas, RS). 2013. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas 10. Mariciana Zorzi. A construção da atratividade turística e sua relação com o patrimônio cultural no município de Jaguarão. 2012. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

11. Vanessa Patzlaff Bosenbecker. Influência cultural pomerana. Permanência e adaptações na arquitetura produzida pelos fundadores da Comunidade Palmeira. Cerrito Alegre, Terceiro Distrito de Pelotas (RS). 2012. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

12. Edalaura Berny Medeiros. Ser cristão no século IV: identidade cultural na História Eclesiástica de Eusébio de Cesareia. 2012. Dissertação (História) - Universidade Federal de Pelotas

13. Caterine Henriques Mendes. Estudo dos Evangelho Sinópticos: memória e identidade das primeiras comunidades cristãs. 2011. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

14. Annelise Costa Montone. Representações da vida feminina em um acervo de imagens fotográficas do Museu da Baronesa, Pelotas/ RS: 1880 a 1950. 2011. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas 15. Elaine Maria Tonini Bastianello. A arte tumular do Cemitério da Santa Casa de Caridade de Bagé/RS: Memória e identidade de uma época. 2010. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

16. Leandro Ramos Betemps. A Colônia Francesa de Pelotas e seus acervos culturais: memória, história e etnia. 2009. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

17. Luciana da Silva Peixoto. A louça e os modos de vida urbanos na Pelotas oitocentista. 2009. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

18. Karen Melo da Silva. Patrimônio cultural, ruralidade e identidade territorial: diversidade na Colônia de Pelotas. 2009. Dissertação (Ciências Sociais) - Universidade Federal de Pelotas

19. Carlos Leonardo Coelho Recuero. As Festas Religiosas na Ilha dos Marinheiros, Rio Grande/RS. Uma análise fotoetnográfica. 2008. Dissertação (Ciências Sociais) -

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Universidade Federal de Pelotas

Dissertações de mestrado concluídas: co-orientador

1. Nadja Ferreira Santos. Interface entre a Arquitetura e a Arqueologia na Preservação do Patrimônio Cultural Urbano. 2009. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

2. André Garcial Loureiro. Sítio PT-02-Sotéia: Análise dos Processos Formativos de um Cerrito na Região Sudoeste da Laguna dos Patos/RS. 2008. Dissertação (Arqueologia) - Universidade de São Paulo

3. Luis Carlos da Silva Junior. Dinâmicas ambientais e humanas na região Laguna dos Patos: o Banhado do Colégio, Camaquã-RS - Brasil. 2006. Dissertação (Máster en Arqueologia del Quaternari i Evolucio Hu) - Universitat Rovira i Virgili - Tarragona

Dissertações de mestrado em andamento: orientador

1. Fatiane Fernandes Pacheco. Ponte Internacional Mauá: suas representações para as cidades de Jaguarão/Brasil e Rio Branco/Uruguai. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas.

2. Heloisa Helena Campelo Rodrigues da Rocha. A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UFPEL: DESENVOLVIMENTO E ATUAÇÃO DE 1969 A 1991. 2016. Dissertação (História) - Universidade Federal de Pelotas

3. Vania Valle Farias Ferreira. A UFPel à época da ditadura: Memórias divergentes de uma trajetória. 2016. Dissertação (História) - Universidade Federal de Pelotas

4. Juliana Ulguim. Musealização de coleções arqueológicas no Sul do Rio Grande do Sul: Canguçu, Jaguarão e Santa Vitória. 2016. Dissertação (História) - Universidade Federal de Pelotas

5. Ticiane Pinto Garcia. Um “Santo” diante do olhar popular: Reflexos de representatividade de Padre Reinaldo Wiest na contemporaneidade, em Pelotas e Piratini- RS. 2016. Dissertação (História) - Universidade Federal de Pelotas

6. Letícia Alves Pereira. Uma leitura iconológica da arte religiosa afro-brasileira de Judith Bacci: o elo entre a matéria e a espiritualidade em Pelotas-RS.. 2016. Dissertação (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

ENSINO E ORIENTAÇÃO DE DOUTORADO

 Professor do Curso de Doutorado em Memória Social e Patrimônio Cultural (2013 – atual)

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Disciplina: História, Arte e Imagens

Teses de doutorado concluídas: orientador principal

1. Maria Helena Sant'Ana. Artes de fazer o mundo e performances negras em Pelotas: "reinventando memórias". 2017. Tese (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

Teses de doutorado em andamento: orientador principal 1. Elaine Maria Tonini Bastianello.

As sociedades de beneficência e mútuo socorro de Bagé/RS como lugares de memórias para pertencimentos étnicos. 2017. Tese. (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

2. Dary Pretto Neto. Política Pública Patrimonial: o Programa Monumenta e o Retorno do Investimento Público na Economia da Cidade de Pelotas / RS. 2017. Tese (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

3. Rute Teixeira. Análise comparativa sobre os impactos patrimoniais da arquitetura romana em Portugal – o Templo de Diana e o Santuário de Panóias. Deambulando pelos trilhos das dinâmicas culturais, educativas e turísticas das comunidades. 2015. Tese (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

4. Cristiano Gehrke. Usos da fotografia na representação do cotidiano de imigrantes italianos, alemães e franceses e seus descendentes na Serra dos Tapes/RS. 2014. Tese (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

5. Alessandra Buriol Farinha. A procissão de Navegantes em São José do Norte, RS. 2014. Tese (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

Teses de doutorado em andamento: co-orientador

1. Danilo Kuhn da Silva. IN UZA TIT: UMA ETNOGRAFIA MUSICAL DA MEMÓRIA E DA IDENTIDADE POMERANA. 2016. Tese (Memória Social e Patrimônio Cultural) - Universidade Federal de Pelotas

SUPERVISÃO DE PÓS-DOUTORADO Supervisão de pós-doutorado concluída

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material cerâmico e suas interfaces para o estudo da sociedade antiga grega – DOC-Fix / CAPES-FAPERGS - Programa de Pós-Graduação em História - Universidade Federal de Pelotas (2012 - 2016)

Supervisão de pós-doutorado em andamento

1. Carolina Kesser Barcellos Dias. A cultura material como fonte histórica para o estudo de identidades sócio-culturais em contextos de fronteiras e contatos no mundo grego antigo. CAPES-PNPD - Programa de Pós-Graduação em História - Universidade Federal de Pelotas (2016 - atual)

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II – ATIVIDADES DE PRODUÇÃO INTELECTUAL DEMOSTRADAS PELA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS EM PERIÓDICOS, PUBLICAÇÕES DE LIVROS, CAPÍTULOS DE LIVROS, PUBLICAÇÕES DE TRABALHOS EM ANAIS DE EVENTOS

PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA

Artigos completos publicados em periódicos (98)

1. CARDERARO, LIDIANE CAROLINA; VERGARA CERQUEIRA, FÁBIO.

A imagem do jovem músico em agones musicais através da iconografia de vasos áticos. CADERNOS DO LEPAARQ (UFPEL). , v.14, p.157 - 182, 2017.

https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/lepaarq/article/view/10542 2. CERQUEIRA, F. V.

A música e o fantástico na Grécia antiga. O imaginário, entre mito e filosofia. PER MUSI (UFMG), v.36, p.01 - 28, 2017.

https://seer.ufmg.br/index.php/permusi/article/view/6329 3. FARINHA, A.B.; CERQUEIRA, F. V.

A ressignificação do patrimônio imaterial na Festa de Nossa Senhora dos Navegantes de São José do Norte - RS. Museologia e Patrimônio, v.9, p.60 - 77, 2016.

http://revistamuseologiaepatrimonio.mast.br/index.php/ppgpmus/article/view/401/4 77

4. TEIXEIRA, R. P. M. A.; CERQUEIRA, F. V.

O Santuário de Panóias (Portugal) e seus públicos - um estudo de caso. Museologia e Patrimônio, v.9, p.35 - 59, 2016.

http://revistamuseologiaepatrimonio.mast.br/index.php/ppgpmus/article/view/414/4 96

5. CERQUEIRA, F. V.; TEIXEIRA, R. P. M. A.

Os visitantes do Santuário de Panóias: um estudo patrimonial de um sítio arqueológico português. Ágora (UNISC. Online), v.17, p.152 - 165, 2016.

6. CERQUEIRA, F. V.

To march in phalanx, to jump with weights, to knead the bread, to tread the grapes. What is the aulos for? ARCHIMÈDE. ARCHÉOLOGIE ET HISTOIRE ANCIENNE (Estrasburgo) v.3, p.187 - 205, 2016.

http://archimede.unistra.fr/revue-archimede/archimede-3-2016/archimede-3-2016-varia-to-march-in-phalanx-to-jump-with-weights-to-knead/

7. FARINHA, A. B.; CERQUEIRA, F. V.

Turismo, fé e identidade luso-brasileira: a festa de Nossa Senhora dos Navegantes de São José do Norte, RS. Métis: História & Cultura (UCS - Caxias), v.15, p.173 - 192, 2016.

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8. FARINHA, A.B.; CERQUEIRA, F. V.

A identidade luso-brasileira e o catolicismo popular no efêmero da festa de Nossa Senhora dos Navagantes de São José do Norte – RS. Métis (UCS - Caxias). , v.14, n.28, p.133 - 156, 2015.

http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/metis/article/view/4228 9. CARDERARO, L.; CERQUEIRA, F. V.

Dioniso e Ariadne sob a harmonia de Apolo: uma leitura iconográfica da música no cortejo nupcial. Revista Interfaces Brasil-Canadá (ABECAN), v.15, p.127 - 151, 2015.

https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/interfaces/article/view/6713 10. CERQUEIRA, F. V.

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Referências

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