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Best Corporate and Commercial Team in Portugal World Finance Legal Awards 2008

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I. Legislação

Assembleia da República

Lei n.º 40/2008, de 11 de Agosto

O presente diploma vem aditar o artigo 183.º-A, relativo à caducidade da garantia em caso de reclamação graciosa, ao Código de Procedimento e de Processo Tributário ("CPPT").

De acordo com o referido artigo 183.º-A "A

garantia prestada para suspender o processo de execução fiscal caduca se a reclamação graciosa não estiver decidida no prazo de um ano a contar da data da sua interposição".

Apesar de esta ser a regra, a mesma não terá

aplicação se o atraso na decisão resultar de motivo imputável ao reclamante.

É ao órgão com competência para decidir a reclamação, mediante requerimento do interessado, que caberá a verificação da caducidade, dispondo para o efeito de um prazo de 30 dias.

Quando a decisão não seja proferida no prazo de 30 dias, o requerimento considerar-se-á tacitamente deferido, devendo o órgão de execução fiscal promover, num prazo de 5 dias, o cancelamento da garantia.

O presente diploma entrará em vigor no dia 1 de Janeiro de 2009.

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Fiscal

Português

English

Índice

I. Legislação II. Decisões Administrativas III. Jurisprudência Nacional IV. Jurisprudência Comunitária V. Outras Informações

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Ministério das Finanças e da Administração Pública

Portaria n.º 727/2008, de 11 de Agosto

A presente Portaria aprova a declaração Modelo 37 e respectivas instruções de preenchimento, para efeitos de cumprimento da obrigação declarativa constante do n.º 1 do artigo 127.º do Código do IRS.

A declaração Modelo 37 destina-se a declarar os juros e amortizações respeitantes a dívidas contraídas com a aquisição, construção ou beneficiação de imóveis para habitação própria e permanente ou arrendamento para habitação permanente do arrendatário, os prémios de seguros de vida, de acidentes pessoais e de saúde, bem como as importâncias aplicadas em planos de poupança-reforma (PPR), fundos de pensões e outros regimes complementares de segurança social.

Devem ainda ser declaradas neste modelo as s i t u a ç õ e s e m q u e h a j a l u g a r a q u a i s q u e r pagamentos aos beneficiários, com inobservância das condições previstas no n.º 1 do artigo 86.º do Código do IRS e dos artigos 16.º e 21.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

Salienta-se que a presente declaração deverá ser entregue pelas instituições de crédito, cooperativas de habitação, empresas de seguros e empresas gestoras dos fundos e de outros regimes com-plementares referidos nos artigos 16.º e 21.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

Por último, cumpre referir que a presente declaração deverá ser enviada obrigatoriamente por transmissão electrónica até ao fim do mês de Fevereiro de cada ano, devendo dela constar as operações realizadas no ano anterior por cada sujeito passivo.

Presidência do Conselho de Ministros

Declaração de Rectificação n.º 44-A/2008, de 13 de Agosto

A presente Declaração rectifica o Decreto-Lei n.º 102/2008, de 20 de Junho, que altera e republica o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de Dezembro e o Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 290/92, de 28 de Dezembro, no seguimento da autorização legislativa concedida pela Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro.

Assembleia da República

Lei n.º 44/2008, de 27 de Agosto de 2008

O presente diploma procede à segunda alteração ao Código do Imposto sobre Veículos, aprovado pela Lei n.º 22-A/2007, de 29 de Junho, introduzindo ajustamentos em matéria de condições de condução por outrem de veículos de pessoas com deficiência e de admissão temporária de veículos por trabalhadores transfronteiriços.

De notar que as alterações introduzidas pela presente lei ao Código do Impostos sobre Veículos produzem efeitos desde o dia 1 de Julho de 2007.

II. Decisões Administrativas

Direcção de Serviços do Imposto sobre o Valor

Acrescentado

Despacho do Subdirector-Geral, em substituição do DirectorGeral, de 6 de Julho de 2007 -Processo n.º I301 2006172

Através de uma exposição de um particular, foi solicitado à Direcção de Serviços do Imposto sobre o Valor Acrescentado ("DSIVA") que se pronunciasse sobre o enquadramento em sede de IVA da cedência de direitos de autor, nomeadamente como deviam ser facturadas esse tipo de operações (i) a clientes sujeitos passivos residentes na União Europeia, (ii) a clientes particulares residentes na União Europeia e (iii) a clientes residentes em país não pertencente à União Europeia.

Em resposta, a DSIVA veio, por intermédio do presente despacho, esclarecer que (i) são isentas de IVA, ao abrigo do artigo 9.º, n.º 17, do Código do IVA ("CIVA"), as prestações de serviços realizadas pelo exponente quando adquiridas por sujeito passivo sedeado em Portugal, bem como por particular residente na União Europeia, (ii) não são tributadas em território nacional, ao abrigo do artigo 6.º, nºs 8, alínea a), e 9, alínea a), as prestações de serviço realizadas pelo exponente quando adquiridas por cliente que prove ser sujeito passivo pertencente à União Europeia e (iii) não são tributadas em território nacional, ao abrigo do artigo 6.º, nºs 8, alínea a), e 9, alínea b), as prestações de serviço realizadas pelo exponente quando adquiridas por pessoas estabelecidas ou domiciliadas em país não pertencente à União Europeia.

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Direcção de Serviços do Imposto sobre o Valor

Acrescentado

Despacho do Subdirector-Geral, em substituição do DirectorGeral, de 20 de Julho de 2007 -Processo n.º I301 2007005

Uma empresa pública solicitou à Direcção de Serviços do Imposto sobre o Valor Acrescentado ("DSIVA") o seu esclarecimento sobre se o conceito de locação do artigo 9.º, n.º 30, do Código do IVA ("CIVA") coincide com o conceito previsto nos artigos 1022.º e seguintes do Código Civil ("CC").

Colocada perante esta questão, a DSIVA começou por recordar que, ao abrigo do artigo 11.º, n.º 2, da Lei Geral Tributária ("LGT"), os conceitos próprios de outros ramos do direito quando utilizados em normas fiscais devem ser interpretados no sentido que aí têm, salvo nas situações em que se conclua que estamos perante um sentido próprio ou específico do direito fiscal.

No que ao conceito de locação do artigo 9.º, n.º 30, do CIVA diz respeito, a DSIVA tomou posição no sentido de considerar que o mesmo corresponde ao conceito previsto na lei civil, aproveitando, no entanto, para acrescentar que tudo o que esteja para além do conceito civilístico de locação de imóveis não pode aproveitar da isenção do imposto.

Concretamente, tendo a empresa pública em causa celebrado contratos de concessão de bens do domínio público ferroviário, a DSIVA considerou que estes contratos não correspondem ao conceito de locação de bens imóveis da lei civil, pelo que deveriam estar sujeitos a IVA e dele não isentos.

Direcção-Geral dos Impostos

Despacho do Subdirector-Geral do IR, de 22 de Julho de 2008 - Processo n.º 4627/2008

O presente Despacho vem esclarecer que, aquando do preenchimento do formulário Modelo 22-RFI (Pedido de reembolso de imposto português sobre dividendos de acções e juros de valores mobiliários representativos de dívida), sempre que a data de aquisição das acções não for relevante para efeitos de aplicação do benefício e, somente neste caso, a Administração Tributária poderá aceitar o formulário sem que se mostre preenchida a coluna 4 (Data de aquisição) do Quadro II (Identificação dos Rendimentos e dos Valores de Impostos).

III. Jurisprudência Nacional

Tribunal Central Administrativo Sul ("TCAS")

Acórdão de 15 de Julho de 2008, emitido no âmbito do processo n.º 02371/08

Através do presente acórdão, o TCAS pronunciou-se sobre as condições de aplicação da presunção vertida no artigo 7.º, n.º 4, do Código do IRS ("CIRS").

Colocado perante uma situação de facto em que a Administração Fiscal havia procedido a uma correcção do IRS de dois cidadãos, através de uma liquidação adicional, por estes alegadamente terem recebido uma parcela do montante global da venda de um imóvel de uma sociedade da qual eram sócios-gerentes, o TCAS veio afirmar que a presunção do artigo 7.º, n.º 4, do CIRS só opera a favor da Administração Tributária quando esta constata que as contas correntes dos sócios contêm lançamentos contabilísticos de montantes a seu favor e estes não demonstrarem que se trata de uma situação enquadrável em mútuos, em prestações de trabalho ou no exercício de cargos sociais.

Ora, não tendo a Administração Fiscal logrado fazer prova dos referidos lançamentos nas contas correntes dos sócios da sociedade em causa, o TCAS manteve a decisão recorrida, a qual havia anulado a liquidação adicional com base nestes mesmos fundamentos.

Tribunal Central Administrativo Sul ("TCAS")

Acórdão de 15 de Julho de 2008, emitido no âmbito do processo n.º 02389/08

O presente acórdão incidiu sobre um litígio entre a Federação Portuguesa de Futebol ("FPF") e a Administração Fiscal.

Ao longo dos anos de 1997 e 1998, a FPF não reteve na fonte o imposto relativo a prémios de jogo, de presença, de publicidade e de participação, assim como de ajudas de custo, pagos a atletas não residentes.

Na sequência de uma acção de inspecção interna, a Fazenda Pública procedeu então a duas liquidações, as quais vieram a ser impugnadas judicialmente pela FPF, tendo esta obtido vencimento em primeira

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instância com base na falta de fundamentação do acto tributário e na não sujeição a retenção na fonte desses mesmos rendimentos.

Chamado a pronunciar-se o TCAS veio afirmar que o acto tributário não padecia de falta de f u n d a m e n t a ç ã o, u m a ve z q u e d o m e s m o constavam os elementos indispensáveis à sua correcta percepção, e que, estando os atletas ao serviço da FPF, ficavam sob a autoridade e direcção desta pelo que, independentemente do lugar onde são disputados os jogos, é em território nacional que os rendimentos são auferidos, razão pela qual os mesmos se encontravam sujeitos a tributação em sede de IRS e, bem assim, a retenção na fonte.

Nessa medida, apenas haveria que verificar se, ao abrigo do artigo 12.º, n.º 5, do Código do IRS ("CIRS") estava ou não verificada uma situação de não sujeição, o que o TCAS veio igualmente afirmar que não sucedia no caso concreto, uma vez que esta não sujeição apenas se aplica às situações de classificações relevantes obtidas em provas desportivas de elevado prestígio e nível competitivo, como sejam os Jogos Olímpicos ou os Campeonatos do mundo ou da Europa, e não a todo e qualquer jogo da selecção nacional.

Por outro lado, de acordo com a Portaria n.º 953/95, de 4 de Agosto, por remissão do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 125/95, de 31 de Maio, só são concedidos prémios se as classificações em Jogos Olímpicos, Campeonatos do mundo ou da Europa, atingirem um dos três primeiros lugares.

Nestes termos, foi decidido pelo TCAS conceder provimento ao recurso da Fazenda Pública e, em consequência, manter a liquidação que havia sido impugnada pela FPF.

Supremo Tribunal Administrativo ("STA")

Acórdão de 14 de Julho de 2008, emitido no âmbito do processo n.º 0431/08

O presente acórdão incide sobre um processo de execução fiscal que, embora instaurado contra o devedor originário, uma sociedade, veio posteriormente a reverter contra um responsável subsidiário, a viúva de um seu gerente.

A dívida fiscal remontava ao primeiro trimestre de 1993, tendo a execução fiscal sido instaurada contra o devedor originário em 17 de Novembro

de 1995 e a reversão sido comunicada ao responsável subsidiário em 8 de Maio de 2006. Durante esse período deve ainda ser referido que a sociedade, devedor originário, aderiu ao chamado "Plano Mateus", em 4 de Março de 1997, dele tendo sido excluída, em 7 de Novembro de 2005, por falta de pagamento das prestações estabelecidas pelo mesmo.

Perante estes factos, e tendo a responsável subsidiária se oposto ao referido processo de execução fiscal, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco veio, em primeira instância, dar razão à responsável subsidiária, reconhecendo a invocada prescrição da dívida exequenda.

Chamado a pronunciar-se o STA concluiu que: (i) o prazo de prescrição da dívida exequenda se encontrava interrompido desde 13 de Novembro de 1995, data da instauração do mesmo, nunca tendo perdido este efeito, uma vez que o processo nunca esteve parado por facto não imputável ao contribuinte por mais de um ano;

(ii) o prazo de prescrição da dívida exequenda se encontrava suspenso desde 4 de Março de 1997, data do despacho de admissão ao "Plano Mateus", efeito que apenas cessou em 7 de Novembro de 2005, data em que a sociedade foi excluída do mesmo.

Assim, no entender do STA, tendo o prazo de prescrição da dívida exequenda sido interrompido e não se tendo reiniciado a sua contagem, conforme se refere em i) do parágrafo anterior, não pode a m e s m a s e r c o n s i d e ra d a p r e s c r i t a . É q u e encontrando-se o prazo de prescrição da referida dívida simultaneamente interrompido e suspenso, o levantamento da suspensão não interfere com a interrupção, a qual se mantém até à verificação de alguma das causas legalmente previstas para o início de nova contagem do prazo de prescrição.

Finalmente, o STA afastou também a aplicação do artigo 48.º, n.º 3, da Lei Geral Tributária ("LGT") ao presente caso, na medida em que o facto interruptivo ocorreu na vigência do Código de Processo Tributário ("CPT"), o qual não tinha uma norma semelhante à do referido artigo 48.º, n.º 3, da LGT, razão pela qual o efeito interruptivo da prescrição se deve ter por produzido em relação ao devedor originário e em relação à responsável subsidiária, independentemente do momento em que esta última foi citada, pois na vigência do CPT esse efeito interruptivo estendia-se a esta estendia-sem qualquer condição.

04 Agosto2008

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LISBOA

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A presente Newsletter foi elaborada pela Gonçalves Pereira, Castelo Branco & Associados com fins exclusivamente informativos, não devendo ser entendida como forma de publicidade.

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IV. Jurisprudência Comunitária

Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias

("TJCE")

Acórdão de 17 de Julho de 2008, emitido no âmbito do processo n.º C-132/06

A República Italiana aprovou uma Lei, a Lei n.º 289/2002 (Lei das finanças de 2003), de 27 de Dezembro de 2002, na qual se estabelecia que os sujeitos passivos que não cumpriram as suas obrigações relativas aos exercícios fiscais compreendidos entre os anos de 1998 e 2001 -ou seja, em certos casos, apenas um ano antes de ser adoptada esta Lei - podiam subtrair-se a qualquer controlo, bem como às sanções aplicáveis, até ao limite de um montante equivalente ao dobro do montante do IVA que figura na declaração complementar do IVA.

Na sequência da aprovação desta lei a Comissão pediu ao Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias ("TJCE") que declarasse que a República Italiana havia incumprido as obrigações que lhe incumbiam por força dos artigos 2.° e 22.° da Sexta Directiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de Maio de 1977, relativa à harmonização das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos impostos sobre o volume de negócios - Sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado: matéria colectável uniforme, bem como do artigo 10.° CE.

Chamado a pronunciar-se o TJCE tomou posição no sentido de considerar que ao prever uma renúncia geral e indiscriminada à verificação das operações

tributáveis efectuadas no decurso de uma série de exercícios fiscais, a República Italiana não cumpriu as obrigações que lhe incumbem por força dos artigos 2.° e 22.° da referida Directiva, uma vez que, em seu entender, uma Lei como a aprovada pela República Italiana perturba gravemente o bom funcionamento do sistema comum de IVA, falseando o princípio da neutralidade fiscal e introduzindo significativas diferenças de tratamento entre os sujeitos passivos no território italiano. Para o TJCE disposições como as constantes da Lei n.º 289/2002 põem mesmo em causa a obrigação de assegurar uma cobrança equivalente do imposto em todos os Estados-Membros.

Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias

("TJCE")

Acórdão de 12 de Junho de 2008, emitido no âmbito do processo n.º C-462/05

O presente acórdão do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias veio considerar que, ao manter em vigor uma taxa reduzida de 5 % do imposto sobre o valor acrescentado aplicável às portagens cobradas pela travessia rodoviária do Tejo em Lisboa, a República Portuguesa não cumpriu as obrigações que lhe incumbem por força do disposto nos artigos 12.º e 28.º da Sexta Directiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de Maio de 1977, relativa à harmonização das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos impostos sobre o volume de negócios, ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado e à matéria colectável uniforme, conforme alterada pela Directiva 2001/4/CE do Conselho, de 19 de Janeiro de 2001.

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Newsletter

Tax

Português

English

Contents

I. Legislation II. Administrative Decisions III. National Case-Law IV. Community Case-Law V. Other Informations

August2008 01

I. Legislation

Parliament

Law no. 40/2008, of 11 August

This Law has amended article 183.º-A to the Tax Proceedings and Procedure Code ("CPPT"), which refers to the guarantee's forfeiture in case of administrative claim.

According to article 183.º-A of the Tax Proceedings and Procedure Code ("CPPT"), "The guarantee

offered to suspend the tax enforcement procedure forfeits if the administrative claim is not decided within a year counted from the date in which the claim was filed".

However, this rule would not be applicable if the delay in the decision of the administrative claim is due to the claimant.

The authority entitled to decide the administrative claim shall verify the guarantee's forfeiture within thirty days counted from the claimant's request.

When no decision occurs in a thirty-day period, the request should be deemed as accepted, case where the tax lien authority shall cancel the guarantee within five days.

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Ministry of Finance and Public Administration

Ministerial Order no. 727/2008, of 11 August

This Ministerial Order approves form 37 and its respective filling instructions, for purposes of complying with the tax obligation foreseen under n.º 1 of article 127.º of the Personal Income Tax Code.

Through form 37 the taxpayer should declare interest and repayments regarding debts due on the acquisition, construction or improvement of real estate property for purposes of permanent and own dwelling or lease for permanent dwelling of the tenant, life, personal accidents and health insurance' premiums, as well as contributions made to retirement and saving plans ("PPR"), pension funds and other complementary regimes of social security.

It should also be declared through form 37 the situations that lead to any payments to the beneficiaries, as per non compliance with the requirements foreseen under n.º 1 of article 86.º of the Personal Income Tax Code and article 16.º and 21.º of the Portuguese Tax Incentive Statute.

The referred form 37 should be submitted by the credit or financial institutions, housing cooperatives, insurance companies and management entities of funds and other complementary regimes referred in articles 16.º and 21.º of the Portuguese Tax Incentive Statute.

It should be stated that form 37 should be submitted electronically until the end of February of each year, by reference to all transactions realized in the previous year by the taxpayers.

Presidency of the Council of Ministers

Amendment Declaration no. 44-A/2008, of 12 August

This declaration rectifies the Decree-Law no. 102/2008, of 20 June, which has amended and republished Value Added Tax Code, approved by Decree-Law no. 394-B/84, of 26 December, and Value Added Tax Regime in Intra-Community Transactions, approved by Decree-Law no. 290/92, of 28 December, following the legislative delegation granted by Law no. 67-A/2007, of 31 December.

Parliament

Law no. 44/2008, of 27 August

The referred Law proceeds with the second amendment to the Motor Vehicles Tax Code, approved by Law no. 22-A/2007, of 29 June, by introducing adjustments on the requirements to be observed by third parties when driving vehicles of persons with disability and on the temporary admission of vehicles by cross-border workers.

It should be noticed that the amendments introduced by the referred Law to the Motor Vehicles Tax Code produce its effects from 1 July 2007 onwards.

II. Administrative Decisions

Value Added Tax Services Department

Decision of 6 July 2007 (File no. I301 2006172)

As per an individual's request, the Value Added Tax Services Department was asked to decide on the VAT regime applicable to copyright's assignment, namely how these operations shall be invoiced (i) when realized with clients who are taxpayers domiciled in the European Union, (ii) when realized with individual clients resident in the European Union and (iii) when realized with clients domiciled in third countries.

In response to this request, the Value Added Tax Services Department decided that (i) according to article 9.º, paragraph 17 of the VAT Code, the individual's copyrights acquired by a taxpayer domiciled in Portugal as well as by an individual client resident in the European Union are exempt from VAT, (ii) according to article 6.º, paragraphs 8 (a) and 9 (a) of the VAT Code, the individual's copyrights acquired by a client that proves to be a taxpayer domiciled in the European Union are not taxed in Portugal and (iii) according to article 6.º, paragraphs 8 (a) and 9 (b) of VAT Code, the individual's copyrights acquired by clients established or domiciled in third countries are not taxed in Portugal.

Value Added Tax Services Department

Decision of 20 July 2007 (File no. I301 2007005)

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August2008 03

Services Department for an understanding on the concept of leasing foreseen under article 9.º, paragraph 30 of the VAT Code, notably if this concept is equivalent to the one foreseen under article 1022.º of the Civil Code.

The Value Added Tax Services Department has reinstated that, under article 11.º, paragraph 2 of the General Tax Law, the concepts of other law branches when used in tax rules should be interpreted with the meaning that they have in their law branch unless a specific meaning is given under Tax Law.

In what concerns the meaning of leasing foreseen under article 9.º, paragraph 30 of the VAT C o d e , t h e Va l u e A d d e d Ta x S e r v i c e s Department has understood that concept of leasing for tax purposes is equivalent to the one foreseen in civil law. However, the Value Added Tax Services Department also added that everything that is beyond the civil concept of real estate leasing should be deemed as a different concept and therefore should not benefit from the exemption of VAT.

In the case at stake, having the referred public company entered into concession agreements of railroad state property assets, the Value Added Tax Services Department decided that these agreements are subject and not exempt from VAT, once these agreements do not correspond to the civil concept of real estate leasing.

General Directorate of Taxes

Decision of 22 July 2008 (File no. 4627/2008)

For purposes of filling the form Model 22-RFI (Claim for repayment of Portuguese tax on dividends from shares and interest from debt securities, under the Convention for the A v o i d a n c e o f D o u b l e Ta x a t i o n b e t w e e n Portugal and [...]), the referred decision informs that, whenever the acquisition date of the shares is irrelevant for purposes of application of the benefit and only in said case, the Tax Authorities may accept the form Model 22-RFI without being filled column 4 (Date of Acquisition) of Chart II (Identification of the income and the tax amount).

III. National Case-Law

Southern Central Administrative Court ("SCAC")

Judgment of 15 July 2008, delivered in case no. 02371/08

In the present case, the SCAC has referred to the r e q u i r e m e n t s f o r t h e a p p l i c a t i o n o f t h e presumption of law foreseen under article 7.º, n.º 4 of the Personal Income Tax Code.

The Tax Authorities made a correction to the Personal Income Tax of two citizens, through an additional tax assessment, due to the fact that allegedly the citizens have received part of the amount that a company - in which they are simultaneously partners and directors - earned from the sale of a real estate property.

The SCAC stated that the presumption of law of article 7.º, n.º 4 would only apply on behalf of the Tax Authorities whenever the latter verifies that partners' current accounts have reflected the amounts received and the partners did not prove that those amounts refer to loans, work remuneration or in the course of their duties in a corporate body.

Having the Tax Authorities failed to prove that the partners have received the referred amounts, the SCAC maintained the previous judgment, which had voided the additional tax assessment of the Tax Authorities.

Southern Central Administrative Court ("SCAC")

Judgment of 15 July 2008, delivered in case no. 02389/08

The present case respects to dispute between the Portuguese Football Federation and the Tax Authorities.

In 1997 and 1998, the Portuguese Football Federation have not withheld the tax due on game, attendance, advertising and participation premiums as well as on daily allowances paid to non resident players.

Following an internal inspection, the Tax Authorities issued two additional tax assessments which were challenged in court by the Portuguese Football Federation. The Portuguese Football

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Federation has obtained a favorable first instance judgment, based on the fact that the additional tax assessments were not sufficiently reasoned and on the fact that said income was not subject to withholding tax.

The SCAC stated that the additional tax assessments were sufficiently reasoned, since all the indispensable elements to be understandable were reflected, and that, being the players rendering services to Portuguese Football Federation they were subject to latter authority and direction. Thus, the income obtained by the players should be deemed as earned in Portugal, regardless the place of the games, reason why the income is subject to Personal Income Tax in Portugal and therefore subject to withholding tax by Portuguese Football Federation.

Accordingly, the only thing that should be analysed is if, under article 12.º, n.º 5 of the Personal Income Tax Code, a situation of non taxation was verified or not. The SCAC decided that, in the present case, a situation of non taxation was not verified, once it is only applicable to relevant results obtained in high level and reputation competitions, notably the Olympic Games, the World or European Championships and not to any national team game.

On the other hand, according to ministerial order no. 953/95, of 4 August, by reference of article 3.º of the Decree-Law no. 125/95, of 31 May, premiums can only be granted if one of the three first the places in the Olympic Games, World or European Championships is achieved.

Consequently, the SCAC decided to rectify the appeal of the Tax Authorities and therefore maintain the two additional tax assessments that were challenged by the Portuguese Football Federation.

Supreme Administrative Court ("SAC")

Judgment of 14 July 2008, delivered in case no. 0431/08

This judgment approaches a case in which a tax enforcement procedure was initiated against the original debtor, a company, and was subsequently incepted against a subsidiary debtor, the widow of the company's director.

The tax debt was related to the first quarter of 1993, having the tax enforcement procedure be set against the original debtor in 17 November

1995 and the inception against the subsidiary debtor occurred in 8 May 2006. It should be also pointed out that the company, original debtor, adhered to "Mateus Plan", in 4 March 1997, having been excluded from this plan, for non payment of its instalments, in 7 November 2005.

Considering these facts, the Administrative and Tax Court of Castelo Branco decided, in first instance, in favour of the subsidiary debtor, recognizing the statute of limitations of the tax enforcement procedure.

Being the case brought to SAC, the latter concluded that:

(i) the time-limit of the statute of limitations of the debt at stake have been interrupted since 13 November 1995, never losing the interruptive effect, once the tax enforcement procedure has never been stopped for more than a year due to taxpayer' fault;

(ii) the time-limit of statute of limitations of the debt at stake have been suspended from 4 March 1997, date in which the original debtor adhered to the "Mateus Plan", until 7 November 2005, date in which the original debtor was excluded from the "Mateus Plan".

Thus, in the SAC judges' opinion, having the statute of limitations been interrupted and never been uninterrupted, as referred in i) above, the debt at stake has not expired. The SAC also clarified that when the statute of limitations is simultaneously interrupted and suspended, the cancellation of this suspension has no effect on the interruption. This interruption remains until the verification of one of the legal causes for the beginning of a new countdown of the statute of limitations deadline.

Finally, the SAC rejected the application of article 48.º, n.º 3 of the General Tax Law, in the present case, once the interruptive fact took place when the Tax Procedure Code was in force and this Code did not had a similar rule. For this reason the interruptive effect of the statute of limitations occurred towards the original debtor and the subsidiary debtor, regardless the date in which the subsidiary debtor received the writ of summons, because when the Tax Procedure Code was in force this interruptive effect was extended to the subsidiary debtor without the need to observe any kind of requirement.

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GONÇALVES PEREIRA, CASTELO BRANCO & ASSOCIADOS, RL Sociedade de Advogados de Responsabilidade Limitada

August2008 05

IV. Community Case Law

Court of Justice of the European Communities

("ECJ")

Judgment of 17 July 2008, delivered in case no. C-132/06

The Italian Republic approved a Law, Law no. 289/2002 (2003 Law of Finance), of 27 December, in which was established that taxpayers who had not fulfilled their tax obligations in reference to 1998, 1999, 2000 and 2001 could avoid any form of control as well as applicable penalties until an amount equivalent to the double of the VAT amount that was declared in the complementary VAT declaration.

Further to the approval of this Law, the European Commission asked the ECJ to declare that Italian Republic has failed to fulfil its obligations under articles 2.º and 22.º of the Sixth Directive 77/388/EEC, of 17 May 1977 on the harmonisation of the laws of the Member States related to turnover taxes - Common system of value added tax: uniform basis of assessment, as well as under article 10.º EC.

The ECJ decided that, by establishing a general and non-selective waiver to the verification of

taxable operations carried out in several tax years, the Italian Republic has failed to fulfil its obligations under articles 2.º and 22.º of the referred Directive. Indeed, the ECJ affirmed that a Law like the one approved by the Italian Republic seriously disturbs the good functioning of the VAT common system, by distorting tax neutrality principle and introducing significant differences of treatment between taxpayers in Italian territory. According to the ECJ, rules like the ones approved by the Law no. 289/2002 put at stake the obligation to assure a tax equivalent collection in all member states.

Court of Justice of the European Communities

("ECJ")

Judgment of 12 June 2008, delivered in case no. C-462/05

In the present case, the ECJ decided that, by maintaining in force a 5% reduced rate of Value Added Tax applicable to road tolls charged on the crossing of Tejo in Lisbon, the Portuguese Republic has failed to fulfil its obligations under articles 12.º and 28.º of the Sixth Council Directive 77/388/EEC, of 17 May 1977 on the harmonisation of the laws of the Member States relating to turnover taxes - Common system of value added tax: uniform basis of assessment, as amended by Council Directive 2001/4/EC, of 19 January 2001.

Referências

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