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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO RURAL

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO RURAL

Disciplina/tópico: DECOLONIALIDADE E PERSPECTIVAS CRÍTICAS SOBRE DESENVOLVIMENTO

Professor: Guilherme FW Radomsky

Créditos: 2 (dois) Carga horária: 30 horas Local: CISADE/UFRGS 2018/02

Ementa: Estudo do pensamento decolonial latino-americano. Antropologia do desenvolvimento, com foco em orientações contemporâneas sobre o rural. Convergência entre o debate sobre modernidade/colonialidade e as perspectivas sobre desenvolvimento com ênfase nos estudos sobre América Latina.

Objetivos: Oportunizar aos alunos de pós-graduação:

1. O conhecimento das principais perspectivas críticas da modernidade oriundas do pensamento latino-americano contemporâneo;

2. Estudo das teorias contemporâneas do desenvolvimento oriundas das ciências sociais e com ênfase em análises que articulem teoria/empiria e realizados no Brasil ou em países vizinhos;

3. Análise das contribuições da antropologia do desenvolvimento para temáticas do mundo rural.

Metodologia e experiências de aprendizagem

Introdução do tema por parte do professor, seguida de uma discussão com os alunos a partir de leituras indicadas. Leitura de textos indicados para serem comentados em aula; realização de exercício de análise; exposição comentada de leituras realizadas. Avaliação

O conceito será calculado da seguinte maneira: exercício a ser realizado após o término da disciplina representando 85% do total da nota e participação nos debates e apresentações de textos (15% do total da nota a ser revertida em conceito). O exercício consistirá em uma avaliação escrita na forma de paper.

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Encontro 1 – A modernidade e seus críticos. Visões da América Latina recepção e organização do curso.

Encontro 2 – Questões históricas e de produção de conhecimento

DUSSEL, E. Europa, modernidade e eurocentrismo. In: LANDER, E. (coord.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais – perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, 2005.

QUIJANO, Aníbal. Dom Quixote e os moinhos de vento na América Latina. Estudos Avançados (USP), 19 (55), 2005.

ESCOBAR, A. Worlds and knowledges otherwise: the Latin American modernity/coloniality research program. Cultural Studies, 21 (2-3), p. 179-210, 2007. Complementares:

PINTO, J.R.; MIGNOLO, W. A modernidade é de fato universal? Reemergência, desocidentalização e opção decolonial. Civitas, 15/3, 2015.

GROSFOGUEL, R. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Sociedade e Estado, 31 (1), p. 25-49, 2016.

BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política. n. 11, 2013.

Encontro 3 – Gramáticas e opções decoloniais

WALSH, C. Interculturalidad, conocimientos y decolonialidad. Signo y pensamiento, 46/24, 2005.

SANTOS, Boaventura de S. Uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. In:______. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez, 2008.

MIGLIEVICH-RIBEIRO, A. Por uma razão decolonial: desafios ético-político-epistemológicos à cosmovisão moderna. Civitas, 14/1, 2014.

Complementares:

YEHIA, Elena. Descolonización del conocimiento y la práctica: un encuentro dialógico entre el programa de investigación sobre modernidad /colonialidad/decolonialidad latinoamericanas y la teoría actor-red. Tabula Rasa. (Bogotá), N. 6: 85-114, 2007, p. 87-114.

CARVALHO, José Jorge. O olhar etnográfico e a voz subalterna. Horizontes Antropológicos, 15: 107-147, 2001.

Encontro 4 – Representar e governar

FOUCAULT, M. Aula de 1º de fevereiro de 1978 (sobre a governamentalidade). In:______. Segurança, território, população. Curso no College de France (1977-1978). São Paulo: Martins Fontes, 2008.

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SAID, E. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Cia das Letras, 1996. (Introdução)

Complementares:

FOUCAULT, M. O biopoder. In:______. Em Defesa da Sociedade. Curso no College de France. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

SAID, E. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Cia das Letras, 1996. (cap. 1)

CASTRO-GOMEZ, S. Michel Foucault y la colonialidade del poder. (mimeo).

Encontro 5 – Estudos recentes na América do Sul

ASSIS, Wendell. O moderno arcaísmo nacional: investimento estrangeiro direto e expropriação territorial no agronegócio canavieiro. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 52, p. 285-302, 2014.

MARTINEZ, Sandra. Más allá de la gubernamentalidad: políticas de colonización y desarrollo rural en el piedemonte caqueteño (1960-1980). Universitas Humanistica, 82/82, 2016.

QUINTERO, P. Las mito-lógicas del diablo en el Chaco. Espaço ameríndio, 2015. Complementares:

TAUSSIG, M. Xamanismo, colonialismo e o homem selvagem. Um estudo sobre o poder e a cura.

Encontro 6 - Da máquina do desenvolvimento ao pós-desenvolvimento: influências de Foucault e dos críticos do colonialismo

FERGUSON, J. The anti-politics machine: “development”, depoliticization, and bureaucratic power in Lesotho. Cambridge; New York: Cambridge University Press, 1990.

ESCOBAR, A. La invencion del tercer mundo. El perro y la rana, 2007. Complementares:

ESCOBAR, A. El “postdesarrollo” como concepto y práctica social. In: MATO, D. (coord.). Políticas de economía, ambiente y sociedad en tiempos de globalización. Caracas: Universidad Central de Venezuela. 2005. p. 17-31.

QUINTERO, P. Antropologia del desarrollo: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Kula, 2015.

Encontro 7 – Desenvolvimento e colonialidade: estudos recentes

BLASER, Mario. Un relato sobre la globalización desde El Chaco. Popayán: Universidad del Cauca, 2013. [introdução]

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VIANNA, Catarina. M. Lições em engenharia social: a lógica da matriz de projeto na cooperação internacional. Horizontes Antropológicos, 41, 2014.

McFARLANE, C. Transnational development networks: bringing development and postcolonial approaches into dialogue. The Geographical Journal, 172 (1), 2006. ILCAN, S.; PHILLIPS, L. Developmentalities and calculative practices: the Millenium Development Goals. Antipode, v. 42, n. 4, p. 844-874, 2010.

Complementares:

RADOMSKY, G. F. W. Biopolítica e desenvolvimento? Foucault e Agamben sobre Estado, governo e violência. Dados, v. 58, n. 2, 2015.

FLEURY, Lorena. “Vocês precisam parar tudo e simplesmente nos ouvir”: o desenvolvimento em disputa. In: FLEURY, Lorena. Conflito ambiental e cosmopolíticas na Amazônia brasileira: a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte em perspectiva. Tese (Doutorado em Sociologia). Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGS/UFRGS). 2013, p. 225-295.

Encontro 8 – Colonialidade, gênero e desenvolvimento

LUGONES, M. Colonialidad y género. Tabula Rasa, n. 9, p. 73-101, 2008.

DOMOSH, M. Practising development at home: race, gender, and the “development” of the American South. Antipode, 47 (4), 2015.

SEGATO, Rita L. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. E-Cadernos CES, 2012.

Complementar:

BAHRI, D. Feminismo e/no pós-colonialismo. Estudos Feministas, 21 (2), 2013.

ONG, A. Colonialism and Modernity: Feminist Re-presentations of Women in Non-Western Societies. Inscriptions, 3/4, 1988.

Encontro 9 - Redes, transformações, relações (aula com participação da profa. Adriana Paredes Peñafiel – FURG)

PAREDES PEÑAFIEL, Adriana. Relações do alimentar e relações que alimentam: El Tambo e a Mamacocha no norte do Peru. Tessituras, 3 (2), 2015.

PAREDES PEÑAFIEL, Adriana. Da mina de Socavão à mina a céu aberto: os novos pactos no caso do centro de mineração de Hualgayoc, Cajamarca, Peru. Caderno Eletrônico de Ciências Sociais, v. 5, p. 115-135, 2017.

Complementar:

PAREDES PEÑAFIEL, Adriana; LI, Fabiana . Nourishing Relations: Controversy over the Conga Mining Project in Northern Peru. ETHNOS, v. 83, p. 1-20, 2017.

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SHEPHERD, C. Agricultural hybridity and the “pathology” of traditional ways: the translation of desire and need in postcolonial development. Journal of Latin American Anthropology, v. 9, n. 2, p.235-266, 2004.

Encontro 10 – Desejos e redes no sucesso e no fracasso do desenvolvimento

DeVRIES, P. Comunidad y desarrollo en los Andes Peruanos: una crítica etnográfica al programa de modernidad/colonialidad. Sociologias, 15 (33), 2013.

MOSSE, D. Cultivating development: an ethnography of aid policy and practice. Londres: Pluto, 2005.

SCHMITT, C. J. Redes, atores e desenvolvimento rural: perspectivas na construção de uma abordagem relacional. Sociologias, 13/27, 2011.

Complementares:

DeVRIES, Pieter. Don‟t compromise your desire for development! A Lacanian/Deleuzian rethinking of the anti-politics machine. Third World Quarterly, 28 (1): 25-43, 2007.

DONOVAN, K. Development as if „We have never been modern‟: fragments of a latourian development studies. Development and change, 45/5, 2014.

VENKATESAN, S.; YARROW, T. Differentiating development: beyond an anthropology of critique. London, Berghahn Books, 2012 [introdução].

Referências

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