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Introdução a Ciência dos Materiais Propriedades Mecânicas. Professora: Maria Ismenia Sodero

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Academic year: 2021

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Introdução a Ciência dos Materiais

Propriedades Mecânicas

Professora: Maria Ismenia Sodero

(2)

Tópicos abordados

1. Mecanismos atômicos deformação elástica e da deformação plástica 2. Definição de sistema de escorregamento

(3)

Comportamento Tensão-Deformação

0 0.02 0.04 0.05 0.08 0.10 0 250 500 Deformação, e (mm/mm) T ensã o, s (MP a) Plástica Elástica fratura

O Módulo de Young, E, (ou módulo de elasticidade) é dado pela derivada da curva na região linear.

(4)

Mecanismos atômicos deformação elástica

DEFORMAÇÃO ELÁSTICA

O mecanismo fundamental da deformação elástica é o estiramento das ligações atômicas;

A deformação fracionária do material na região elástica é pequena, de modo que estamos lidando com a parte da curva de força X separação atômica na vizinhança imediata da distância de separação em equilíbrio dos átomos;

Relação entre a deformação elástica e o estiramento das ligações atômicas

(5)

Módulo de elasticidade

A inclinação da região linear inicial da curva tensão-deformação é o módulo de elasticidade, ou módulo de Young. É uma medida de rigidez do material.

Quanto menor é o módulo, menor é a deformação elástica resultante da aplicação de uma determinada carga. Determinado pela força de ligação entre os átomos.

Fundamentos da Ciência e Engenharia dos Materiais William F. Smith/Javad Hashemi

(6)

Mecanismos atômicos deformação plástica

Discordâncias

Defeito responsável pelo fenômeno de deslizamento, através do qual se deforma a maioria dos metais.

Este defeito auxilia na explicação da discrepância entre os valores teóricos e experimentais da resistência dos metais no cisalhamento.

Sentido do deslizamento

Arranjo dos átomos em torno de uma discordância em cunha (“edge dislocation”) Discordância em linha

(7)

Discordâncias e deformação por deslizamento

1 2 3 4 5 6 tensão cisalhante tensão cisalhante tensão cisalhante tensão cisalhante https://www.youtube.com/watch?v=txRWX5wZ4Ic

(8)

Tensão Cisalhante Crítica para deslizamento

Cos

Cos

R

s

.

.

A extensão de deslizamento num monocristal depende da magnitude da tensão cisalhante produzida pela ação de cargas externas, da geometria da estrutura cristalina e da orientação dos planos de deslizamento ativos em relação às tensões de cisalhamento.

O deslizamento começa quando a tensão cisalhante no plano de deslizamento, segundo a direção de deslizamento, atinge um valor limite denominadoTensão cisalhante resolvida crítica.

Este valor é o equivalente para monocristais ao limite de escoamento da curva sx.

Fundamentos da Ciência e Engenharia dos Materiais William F. Smith/Javad Hashemi

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Deformação Plástica em Monocristal

Monocristal de zinco deformado plasticamente, mostrando bandas de escorregamento: (a) vista frontal do cristal, (b) vista lateral do cristal, (c) vista lateral esquemática, indicando os planos basais de escorregamento no cristal HC e (d ) indicação dos planos basais de escorregamento na célula unitária HC.

Fundamentos da Ciência e Engenharia dos Materiais William F. Smith/Javad Hashemi

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Encruamento

Definição: aumento da tensão necessária para produzir deslizamento devido à deformação plástica do material

Causado pela interação entre as discordâncias uma com as outras e com as barreiras que impedem o seu movimento

Curvas tensão –deformação com trabalho a frio (a) um corpo de prova é tensionado além do limite de escoamento, e então a tensão é removida. (b) o mesmo corpo de prova apresenta novos limites de escoamento e de resistência à tração maiores, porém ductilidade menor. (c) ao repetir o mesmo procedimento, a resistência aumenta ainda mais e a ductilidade diminui, o que fragiliza a liga.

(11)

Fontes de discordâncias

A densidade de discordâncias em um metal aumenta com a deformação ou com o encruamento, devido a multiplicação das discordâncias ou à formação de novas discordâncias – a distância média entre as discordâncias diminui – O resultado é que o movimento de uma discordância é dificultado pela presença de outras discordâncias.

Condensação de lacunas

Fonte de Frank-Read

(12)

Intersecção de discordâncias

É muito frequente que uma discordância ao se movimentar no seu plano de deslizamento, intercepte outras discordâncias que o cruzam. Este mecanismo de interseção de discordâncias desempenha um papel importante no processo de encruamento.

(13)
(14)

Deformação Plástica em Policristais

Alumínio policristalino deformado plasticamente.

Note-se que as bandas de escorregamento são

paralelas no interior do grão, mas que há

descontinuidade nos contornos. (Ampliação 60×.) Discordâncias empilhadas em um contorno de

grão, observadas em uma folha fina de aço inoxidável utilizando microscopia eletrônica de transmissão. (Ampliação 20.000×.)

(15)

Trabalhando uma placa de cobre a frio

Exemplo

Uma placa de cobre de 1cm de espessura é diminuída para 0,50cm por trabalho a

frio e posteriormente diminuída para 0,16cm. Determine o trabalho a frio

percentual total e a resistência à tração da placa de 0,16cm.

Solução

Observe quem, , em razão de a largura da placa não ter mudado durante a laminação, o trabalho a frio pode ser

expresso como a redução percentual na espessura t. Podemos determinar o trabalho a frio realizado em cada estágio, que é: %TF= 𝐴0−𝐴𝐹 𝐴0 × 100 = 𝑡0−𝑡𝐹 𝑡0 × 100 = 1−0,5 1 × 100 = 50% %TF= 𝐴0−𝐴𝐹 𝐴0 × 100 = 𝑡0−𝑡𝐹 𝑡0 × 100 = 0,5−0,16 0,5 × 100 = 68%

Observe que não poderemos combinar os dois percentuais de trabalho a frio para obter o trabalho total, pois é incorreto.

%TF= 𝐴0−𝐴𝐹 𝐴0 × 100 = 𝑡0−𝑡𝐹 𝑡0 × 100 = 1−0,16 1 × 100 = 84%

(16)

Comparação entre deformação

monocristal e policristal

Monocristal Policristal

Anisotrópica Isotrópica

Único sistema Vários sistemas (vários grãos) Homogênea Heterogênea

(restrição geométrica de outros grãos e cg)

Fundamentos da Ciência e Engenharia dos Materiais William F. Smith/Javad Hashemi

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Influência nas propriedades mecânicas

Trabalho a frio

Porcentagem de deformação a frio em função do limite de resistência à tração e do alongamento até a fratura para o cobre desoxigenado. O grau de deformação a frio é expresso pela porcentagem de redução de área da seção reta da amostra metálica.

Fundamentos da Ciência e Engenharia dos Materiais William F. Smith/Javad Hashemi

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Ensaio de tração

Consiste na aplicação de uma carga de tração uniaxial crescente em um corpo-de-prova específico até a ruptura. Mede-se a variação do comprimento (l) como função da carga (P);

Curva de carga versus alongamento obtida em um ensaio de ruptura por tração. O corpo de prova utilizado foi alumínio 2024 T81.

Máquina de tração. A força (carga) aplicada ao corpo de prova é registrada por uma célula de carga. A deformação sofrida pela amostra é também registrada por um extensímetro acoplado à amostra. Os dados são coletados e analisados por software controlado por computador.

(21)

Curva Tensão-Deformação

0 1 2 3 4 5 0 50 100 Elongamento (mm) Ca rga (10 3 N) 0 250 500 Deformação,  (mm/mm) T ensão, s (M P a) 0 0.02 0.04 0.05 0.08 0.10 Normalização para eliminar influência da geometria da amostra

Esquema de funcionamento da máquina de tração da Figura 6.16. Observe, entretanto, que o travessão da máquina da Figura 6.16 se move para cima.

(22)

Corpo de prova padronizado

(23)

Tensão

(

s

)

𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑔𝑒𝑛ℎ𝑎𝑟𝑖𝑎 𝜎 = 𝐹 (𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑎𝑥𝑖𝑎𝑙 𝑚é𝑑𝑖𝑎) 𝐴0 (á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙)

𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝜏 = 𝐹 (𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑒𝑚 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑎 𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟) 𝐴0 (á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙)

(24)

Deformação

(

)

Alongamento (l) de uma barra cilíndrica de um material metálico submetido a uma força de tração uniaxial F.

(a) Barra cilíndrica sem qualquer força aplicada;

(b) barra cilíndrica submetida a uma força de tração uniaxial

F, que provoca o alongamento da barra cilíndrica desde o

comprimento l0até l.

Quando se aplica uma força de tração uniaxial a uma barra cilíndrica, a barra se alonga segunda a direção de aplicação da força. O deslocamento é chamado de deformação

0 0 0

(25)

Região elástica

s

é proporcional a

=>

s

=E.

E=módulo de Young

A deformação é reversível.

(26)

Curva Tensão-Deformação (cont.)

Como não existe um limite claro entre as regiões elástica e plástica, define-se o Limite de escoamento, como a tensão que, após liberada, causa uma pequena deformação

residual de 0.2%. 0 0.02 0.04 0.05 0.08 0.10 0 250 500 Deformação, e (mm/mm) T ensã o, s (MP a) Plástica Elástica 0 0.002 0.004 0.005 0.008 0.010 Deformação,  (mm/mm) fratura Limite de escoamento 

O Módulo de Young, E, (ou módulo de elasticidade) é dado pela derivada da curva na região linear.

(27)

Cisalhamento

Uma tensão cisalhante causa uma deformação cisalhante, de forma análoga a uma tração.

Tensão cisalhante

 = F/A0

onde A0 é a área paralela a aplicação da força.

Deformação cisalhante

= tan  = y/z0 onde  é o ângulo de deformação Módulo de cisalhamento G  = G 

(28)

Coeficiente de Poisson

A deformação elástica longitudinal de uma material metálico é acompanhada de uma variação de dimensões transversais. A aplicação da tensão de tração s2 , provoca uma deformação axial +z e contrações laterais -x e -y.

Considerando comportamento isotrópico, x e y são iguais.

A Relação entre as deformações é dada pelo coeficiente de Poisson .

Valores entre 0,25 e 0,40 E = 2G(1+)  = − 𝜀 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙 𝜀 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑖𝑡𝑢𝑑𝑖𝑛𝑎𝑙 = − 𝜀𝑥 𝜀𝑧 = − 𝜀𝑦 𝜀𝑧

(29)

Estricção e limite de resistência

Deformação,  T ensã o, s Limite de resistência mecânica estricção A partir do limite de resistência começa a ocorrer um estricção no corpo de prova. A tensão se concentra nesta região, levando à fratura.

(30)

Ductilidade

Ductilidade é uma medida da extensão da deformação que

ocorre até a fratura.

Ductilidade pode ser definida como:

% 𝑎𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑙 − 𝑙0 𝑙0 × 100 % 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 á𝑟𝑒𝑎 = á𝑟𝑒𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − á𝑟𝑒𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 á𝑟𝑒𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐴0 − 𝐴𝑓 𝐴0 × 100

(31)

Resiliência

Resiliência é a capacidade que o material possui de absorver energia elástica sob tração e devolvê-la quando redevolvê-laxado.

área sob a curva dada pelo limite de escoamento e pela deformação no escoamento.

Estes materiais seriam ideais para uso em molas.

(32)

Elongamento (mm)

T

ens

ão (MPa)

(33)

Curva

s

para Cobre Endurecido a Frio

Elongamento (mm)

T

ens

(34)

Comparação

Elongamento (mm) T ens ão (MPa)

Recozido

Endurecido a frio

(35)

Tenacidade

Tenacidade (toughness) é a capacidade que o material possui de absorver

energia mecânica até a fratura. área sob a curva até a fratura.

Dúctil Frágil Deformação,  T ensão, s

O material frágil tem maior limite de escoamento e maior limite de resistência. No entanto, tem menor tenacidade devido a falta de ductilidade (a área sob a curva correspondente é muito menor).

(36)

T

ensã

o,

s

Deformação, 

Pequena tenacidade – cerâmicos

Grande tenacidade – metais

Pequena tenacidade – polímeros

(37)

Correlação microestrutura e propriedade

• Falha mecânica

(a) – fratura muito dúctil – ouro puro ou chumbo (b) – fratura moderadamente dúctil

(c) – fratura frágil

(38)

Fratura dúctil

Fratura tipo taça e cone

Estágios na fratura taça e cone

(39)
(40)

Formação da estricção

Deformação localizada de um material dúctil durante testes de tração produz estricção

(41)

Fratura Frágil

Marcas de sargento

Nervuras em forma de leque

transgranular

(42)

Elastómero Cerâmicas, vidro e concreto

Material termoplástico acima de Tg temperatura de transição vítrea

Curvas tensão-deformação referentes à tração de diferentes materiais.

(43)

A curva

s

real

A tensão de engenharia é calculada dividindo a F aplicada ao corpo de prova pela área inicial da sua seção reta A0 . No entanto, durante o ensaio de tração, a área da seção reta do corpo de prova varia continuamente e a tensão nominal calculada é um valor preciso.

i i A A Ln l l Ln d verdadeira Deformação i 0 0 0   

    𝜎𝑣 = 𝐹 𝐴𝑖

(44)

Coeficiente de encruamento

Quanto mais se deforma plasticamente um metal, mais ele endurece. Deste modo, é necessário aplicar tensões ainda mais elevadas para continuar deformando-o plasticamente. A sensibilidade de uma metal a esse encruamento pode ser avaliada pelo coeficiente de encruamento, n, medido na região plástica das curvas tensão-deformação verdadeiras.

(45)

Referências Bibliográficas

1) Askeland, D. R.; Phule, P. P. Ciência e engenharia dos materiais. São Paulo: CENGAGE, 2008;

2) Callister Jr., W. D. Fundamentos da ciência e engenharia de materiais. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2006;

3) Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2008;

4) Shackelford, J. E. Ciência dos materiais. São Paulo: Prentice Hall, 2008; 5) Smith, W. Hashemi, J. Fundamentos de Engenharia e Ciência dos

Referências

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