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PATRICIA CRISTINA PICH

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Academic year: 2021

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PATRICIA CRISTINA PICH

AVALIAÇÃO DO TRÂNSITO INTESTINAL EM RELAÇÃO AO ESTILO DE VIDA EM IDOSOS DE UM CLUBE DE TERCEIRA IDADE NA CIDADE DE SÃO JOÃO –

PARANÁ

GUARAPUAVA

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PATRICIA CRISTINA PICH

AVALIAÇÃO DO TRÂNSITO INTESTINAL EM RELAÇÃO AO ESTILO DE VIDA EM IDOSOS DE UM CLUBE DE TERCEIRA IDADE NA CIDADE DE SÃO JOÃO –

PARANÁ

Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado ao Departamento de Nutrição, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição.

Orientadora: Prof.(a) Esp.(a) Daniele Gonçalves Vieira

GUARAPUAVA 2010

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AVALIAÇÃO DO TRÂNSITO INTESTINAL EM RELAÇÃO AO ESTILO DE VIDA EM IDOSOS DE UM CLUBE DE TERCEIRA IDADE NA CIDADE DE SÃO JOÃO –

PARANÁ

INTESTINAL TRANSIT EVALUATION RELATED TO THE WAY OF LIFE IN A AGED GROUP OF A THIRD AGE CLUB IN SÃO JOÃO - PARANÁ

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PICH, Patricia Cristina

2

VIEIRA, Daniele Gonçalves

RESUMO

O envelhecimento associado a hábitos de vida inadequados e alimentação imprópria são alguns dos principais fatores que podem agravar a saúde dos idosos e levar ao aparecimento de doenças comuns a essa população, como a constipação intestinal. Diante disso, o presente estudo tem por objetivo avaliar o trânsito intestinal em relação ao estilo de vida em idosos de um clube de terceira idade. Tal estudo foi realizado com 136 idosos, na cidade de São João - Paraná, os quais responderam um formulário a fim de identificar a constipação intestinal nesta população bem como fatores que podem interferir no seu aparecimento. Dentre os entrevistados, 20,59% possuíam constipação intestinal. A média de ingestão de fibras na população total foi de 9,63g/dia. O alimento de consumo diário mais relatado entre toda a amostra foram as hortaliças em geral. No que diz respeito à ingestão hídrica, a maioria dos idosos relatou consumir de 1 a 3 copos de água por dia. Em relação à prática de atividade física, apenas 23,53% do total dos idosos não a praticavam, entretanto somente 25,73% a faziam diariamente. Ao analisar a presença de doenças e/ou uso de medicamentos que podem interferir no trânsito intestinal, 75,74% do total dos entrevistados possuíam uma doença e/ou utilizavam algum medicamento. Assim nota-se que, apesar da maioria dos idosos do estudo não possuírem constipação intestinal, um número considerável deles apresentavam-na, tornando-se necessário a realização de mais pesquisas sobre esta doença, com esta população. Palavras-chave: constipação intestinal, idoso, estilo de vida.

ABSTRACT

The oldness associated with the inadequated habits of life and incorrect alimentation are among of the principal factors that can aggravate the oldness health and carry them to have common diseases in this population, such as intestinal constipation. Becoming thus the objective this study is to evaluate the intestinal transit relating to the quality life of the aged club group the third age. This study was realized with 136 aged people in São João – Paraná, at first of all they answered questions to identify the intestinal constipation in this population as well the facts that can motivate this disease. Between all of them, 20,59% have intestinal constipation. The level of fiber ingestion in the total interviewed population was 9,63g/per day. The higher diary common food ingestion in these population was vegetables in general.

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Acadêmica do Curso de Nutrição da Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO 2

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In a relation of hydrick ingestion the majority of the aged people related that they drink between 1 or 3 glasses of water per day. And about physical activity only 23,53% of all the aged people interviewed didn’t practice it, however 25,73% practice it dairy. Analyzing the disease and/or ingestion of any medicine that can have any participation in the intestinal constipation 75,74% of all the researching people have any disease and/or make use of any kind of medicine.Just note that, despite the majority of elderly do not have constipation, a considerable number of them had it, making it necessary to conduct more research on this disease in this population.

Key-words: intestinal constipation, aged, life way.

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, devido à diminuição da fecundidade, a população brasileira vem envelhecendo acentuadamente, apresentando assim, uma longevidade cada vez maior, sendo considerada idosa aquela pessoa que tem idade igual ou superior a 60 anos1,2.

Os avanços tecnológicos, na medicina e a melhoria das condições sócio-econômicas ajudaram a aumentar a expectativa de vida, que nos países desenvolvidos é cerca de 80 anos de idade, embora a maior duração da vida humana esteja entre 110 a 115 anos. Na maioria das vezes, as mulheres vivem mais do que os homens, devido a vários fatores como a proteção dos estrógenos no desenvolvimento da aterosclerose; a maior tendência dos homens de adquirir certos hábitos nocivos à saúde, como é o caso do alcoolismo e tabagismo; a maior exposição dos homens aos acidentes de trabalho, no trânsito, acidentes em geral, homicídios, suicídios, entre outros; além do que as mulheres são mais cuidadosas com a saúde, procurando atendimento médico antes que os homens, fato esse que melhora o prognóstico de doenças crônicas3,4.

No Brasil, no ano de 2000, 30% da população tinha entre 0 a 14 anos, sendo que somente 5% dos brasileiros tinham mais de 65 anos e 1,8 milhões de pessoas estavam com 80 anos ou mais. A estimativa para o ano de 2050, é que esses dois grupos etários (0 a 14 anos e mais de 65 anos) se igualem, ou seja, cada um deles representará 18% da população brasileira, assim o número de pessoas com 80 anos ou mais aumentará para cerca de 13,7 milhões5.

Com o avanço da idade ocorrem algumas modificações no sistema digestivo, como: diminuição das papilas gustativas e do apetite, diminuição na produção de ácido clorídrico e da saliva, diminuição do peristaltismo, do tônus intestinal e do controle esfincteriano do esôfago e intestino, retração da gengiva e diminuição da absorção de nutrientes como vitaminas do complexo B e K, ferro e cálcio6.

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Neste contexto, o envelhecimento juntamente com o sedentarismo, mudanças alimentares, tabagismo e alcoolismo são alguns dos principais fatores de risco para desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como cânceres, diabetes, osteoporose e doenças cardiovasculares, como hipertensão e acidentes cérebro-vasculares; problemas na dentição e distúrbios gastrintestinais7.

O modo de vida atual, o estresse e a alimentação inadequada podem proporcionar o aparecimento de doenças da vida moderna, como a constipação intestinal, que possui maior prevalência entre os idosos e entre as mulheres (equivalente ao dobro do que ocorre em homens), e pode ser entendida como um sinal e sintoma de diferentes situações de doença, envolvendo a frequência de defecação reduzida, aumento da consistência do bolo fecal, diminuição do seu volume e calibre e dificuldade de eliminação das fezes8,9.

Segundo os critérios de Roma II, a constipação intestinal é diagnosticada por seis sintomas: menos de três evacuações por semana, esforço ao evacuar, presença de fezes endurecidas ou fragmentadas, sensação de evacuação incompleta, sensação de obstrução ou interrupção da evacuação e manobras manuais para facilitar as evacuações, sendo considerados constipados aqueles que apresentam dois ou mais desses sintomas, no mínimo em um quarto das evacuações, referidos por pelo menos três meses, não necessariamente consecutivos, no último ano, embora possam ser considerados os últimos três meses10.

Segundo Freitas e Tacla11 (2001), a classificação etiológica da constipação divide-se em sete grupos. O primeiro é a constipação primária, também conhecida como simples, é ocasionada por ingestão inadequada de alimentos, sedentarismo, perda do reflexo da evacuação, postura (posição ereta que reduz a progressão do bolo alimentar), viagens e pouca disponibilidade de sanitários. O segundo grupo são as doenças do cólon, pois qualquer estreitamento anatômico ou bloqueio mecânico da luz do intestino pode ocasionar constipação. O terceiro grupo compreende as doenças neurológicas, uma vez que lesões no sistema nervoso também podem produzir constipação. O quarto grupo são as doenças endócrinas e metabólicas como diabetes, hipotireoidismo, desidratação, entre outras, que possuem como principal queixa a constipação. Os medicamentos constituem o quinto grupo, pois analgésicos, anti-hipertensivos, antidepressivos, diuréticos entre outros, podem induzir a constipação. O sexto grupo está relacionado aos distúrbios psiquiátricos, que geralmente apresentam entre suas queixas, a constipação. E, o sétimo e último grupo é a constipação de causa idiopática, em que não se consegue estabelecer a origem da constipação.

O tratamento da constipação envolve vários fatores, entre eles uma dieta equilibrada, rica em fibras, ingestão adequada de líquidos, prática regular de exercícios físicos e sempre

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atender ao estímulo de defecar. O tratamento farmacológico, somente deve ser utilizado caso nenhum outro fator considerado curativo para constipação tenha surtido efeito11.

As fibras alimentares correspondem às partes dos alimentos vegetais que resistem à digestão, sendo classificadas como carboidratos não digeríveis pelo homem. Podem ser encontradas sob a forma de solúveis e insolúveis, sendo que as fibras solúveis auxiliam para a maciez das fezes e as fibras insolúveis ajudam no aumento do volume fecal, estimulando as ondas peristálticas e o esvaziamento do cólon12,13.

Além disso, as fibras alimentares podem auxiliar na prevenção de doenças do intestino, como é o caso da constipação, câncer de cólon e doença diverticular, além de também ajudar na prevenção e tratamento da obesidade, na regulação da glicose sanguínea, na diminuição do risco de diabetes, doenças cardiovasculares e do colesterol sanguíneo14.

Segundo DRI15 (2002), a recomendação de fibras totais é de 30g/dia para homens com idade igual ou superior a 51 anos e 21g/dia para mulheres com esta mesma idade.

A água é um nutriente fundamental à vida, pois todos os sistemas e órgãos do corpo utilizam-na, assim ela possui várias funções no organismo, como a regulação da temperatura, participa do transporte de nutrientes e da eliminação de substâncias tóxicas ou não, dos processos digestivo, respiratório, cardiovascular e renal. Além disso, a ingestão de líquidos ajuda na hidratação e amolecimento do bolo fecal, reduzindo o seu peso e melhorando o trânsito intestinal e a eliminação das fezes, por isso o aumento do consumo de líquidos é essencial para prevenir e tratar a constipação12,16.

A recomendação segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira12 (2006), é a ingestão de no mínimo 2 litros de água por dia.

Exercícios moderados, mas regulares, que provoquem movimentos abdominais são recomendados para idosos que sofrem de constipação, uma vez que o reforço da musculatura abdominal exerce maior pressão sobre os intestinos, facilitando a evacuação. Desta forma a atividade física é essencial, pois a mobilidade mantém o tônus e a resistência muscular, inclusive a abdominal, sendo que a restrição de movimentos pode ocasionar complicações como é o caso da constipação17,18.

Segundo o Guia Alimentar para População Brasileira12 (2006), a recomendação para a população geral, é de no mínimo 30 minutos por dia de atividade física, sendo consideradas como tais aquelas como, dança, andar em ritmo acelerado, ciclismo, esportes e recreação e alongamentos.

Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o trânsito intestinal em relação ao estilo de vida, compreendendo consumo de fibras, ingestão hídrica e prática de

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atividades físicas em idosos de um clube de terceira idade.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo transversal prospectivo, onde a coleta de dados foi realizada com idosos em um clube de terceira idade, na cidade de São João – Paraná, no período de dezembro de 2009 a janeiro de 2010. Primeiramente realizou-se um estudo piloto com 10 idosos, a fim de validar o formulário utilizado na coleta de dados da pesquisa e, como foram feitas algumas alterações neste formulário, o estudo piloto não foi utilizado na amostra final. Foram entrevistados 136 idosos de ambos os gêneros, com idade igual ou superior a 60 anos que concordaram voluntariamente em participar do estudo.

Os dados foram coletados após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa (COMEP) da UNICENTRO, protocolo número 10775/2009 (Anexo 1), sendo então analisados e computados com a ajuda do programa Excel 2007 e descritos por meio de porcentagens, frequências, médias e desvio-padrão. A análise estatística foi realizada por meio do Teste t e Qui-quadrado, com nível de significância <0,05.

Os idosos interessados, que concordaram em participar voluntariamente do estudo, assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) (Apêndice 1), autorizando a obtenção dos dados para a pesquisa, sendo que se o idoso fosse analfabeto, era necessário que um represente legal assinasse o TCLE. Tal termo foi lido para os possíveis participantes, esclarecendo verbalmente os procedimentos realizados na pesquisa, custos, benefícios e prejuízos.

Os formulários para coleta de dados foram aplicados pelo entrevistador para cada idoso individualmente, na presença do mesmo. O entrevistado também informou dados sócio-econômicos como idade, data de nascimento, escolaridade e profissão.

O trânsito intestinal foi avaliado através de um questionário com perguntas fechadas sobre o funcionamento do mesmo (Anexo 2), segundo critério de Roma II10.

O consumo de fibras foi avaliado através de um questionário de frequência alimentar estruturado (QFAE), presente no formulário de coleta de dados (Apêndice 2), onde analisou-se a qualidade da dieta por meio do consumo de alimentos que contenham fibras e a quantidade de fibras ingeridas através desses alimentos. A quantidade diária de fibras ingeridas foi obtida através do cálculo pelo programa Avanutri, versão 4.0 e comparada com o recomendado conforme a DRI15 (2002).

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A ingestão hídrica foi analisada através do número de copos de água consumidos diariamente, sendo comparado com o preconizado pelo Guia Alimentar para a População Brasileira12 (2006). Este formulário também avaliou a prática de atividades físicas, através de uma pergunta sobre a frequência, tipo e duração de realização da mesma, sendo então comparado com o preconizado pelo Guia Alimentar para a População Brasileira12 (2006).

O entrevistado também respondeu a uma questão (Apêndice 2) sobre a presença ou não de algumas doenças e/ou uso de medicamentos que segundo Freitas e Tacla11 (2001), podem interferir no trânsito intestinal, causando constipação.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dos 136 idosos que participaram da pesquisa, 64,71% (n=88) eram do gênero feminino e 35,29% (n=48) do gênero masculino. A média de idade entre as mulheres foi de 69,63±7,34 anos e a média de idade entre os homens foi de 69,23±6,85 anos. A média de idade total foi de 69,49±7,15 anos.

Através do Teste t percebe-se não haver diferença estatística significativa (p=0,38) das médias de idade entre homens e mulheres, apresentando este estudo uma amostra homogênea. Dentre os idosos entrevistados, 91,91% (n=125) eram aposentados e 8,09% (n=11) não recebiam aposentadoria, sendo que no grupo dos aposentados, 93,6% (n=117) ainda possuíam alguma atividade e 6,4% (n=8) não tinham nenhuma atividade. Entre os aposentados, 64% (n=80) eram mulheres e 36% (n=45) eram homens. Tais resultados assemelham-se ao estudo de Joia et al.19 (2007), onde também houve uma predominância de idosos aposentados (61,9%), entretanto os resultados diferem em relação ao sexo, pois no estudo de tais autores a maioria dos aposentados eram do sexo masculino.

Quanto às profissões relatadas pelos idosos, 43,38% (n=59) eram “do lar”, 29,41% (n=40) eram “agricultores”, 7,36% (n=10) eram “comerciantes”, 5,88% (n=8) não tinham nenhuma atividade e 13,97% (n=19) possuíam outras profissões. Esses dados podem ser visualizados no gráfico 1.

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Gráfico 1 – Profissões relatadas pelos idosos

Em relação à escolaridade, 1,47% (n=2) eram analfabetos, 83,09% (n=113) tinham o ensino fundamental incompleto, 7,35% (n=10) o ensino fundamental completo, 0,74% (n=1) o ensino médio incompleto, 6,61% (n=9) o ensino médio completo. Nenhum dos entrevistados possuía ensino superior incompleto e somente 0,74% (n=1) possuíam o ensino superior completo.

Ao avaliar o trânsito intestinal, encontrou-se que 20,59% (n=28) dos idosos possuem constipação intestinal e a maioria, 79,41% (n=108), não a apresentava. Dentro do grupo dos constipados, 78,57% (n=22) eram mulheres e 21,43% (n=6) homens, resultados semelhantes aos do estudo de Lopes e Victoria20 (2008), e também aos do estudo de Gavanski e Baratto21 (2009), onde em ambos, houve maior prevalência de mulheres constipadas do que homens.

Os resultados aqui encontrados também condizem com os obtidos no estudo de Gus e Halpern22 (2004), que analisando a prevalência de constipação intestinal em uma população do Rio Grande do Sul, verificaram maior prevalência de constipação entre os idosos e entre as mulheres.

Leal et al.23 (2009), analisando o perfil de pacientes idosos em assistência ambulatorial no Núcleo de Atenção ao Idoso de Pernambuco, verificaram nos prontuários médicos de tais pacientes que 18,6% destes possuíam constipação intestinal, o que assemelha-se a este estudo, onde 20,59% dos idosos entrevistados apresentavam este problema.

Este resultado também se assemelha ao encontrado por Amado et al.24 (2007), que analisando idosas atendidas no Núcleo de Atenção ao Idoso/Recife, verificaram que 35,8% das entrevistadas referiam apresentar constipação intestinal.

Aplicando o teste Qui-quadrado para avaliar se houve diferença estatística entre a porcentagem de constipados, divididos em grupos de 60 à 69 anos e com idade igual ou superior a 70 anos, observou-se p=0,15, mostrando não haver diferença estatística significativa (p>0,05) em relação à constipação intestinal entre esses dois grupos etários. Já, utilizando-se o mesmo teste para verificar diferença estatística em relação ao sexo e

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constipação, no grupo dos constipados e não constipados, percebe-se um p=0,0003, mostrando, assim, que as mulheres deste estudo são mais constipadas que os homens.

Analisando os sintomas que diagnosticam a constipação segundo os critérios de Roma II10, dentro do grupo dos constipados, o dado mais relevante foi em relação à consistência das fezes, onde 78,57% (n=22) dos constipados apresentavam fezes endurecidas ou fragmentadas. Já, a opção menos relatada neste grupo foi “manobras manuais para facilitar as evacuações”, onde nenhum dos participantes relatou este sintoma.

Estes dados assemelham-se com os encontrados por Scotton et al.25 (2006), onde apresentaram mesmos valores para as alternativas do critério de Roma II relacionadas à consistência ressecada das fezes e a sensação de evacuação incompleta, sendo que ambas foram relatadas pela maioria (80%) dos constipados.

Entretanto, os resultados aqui encontrados em relação ao sintoma mais relatado, diferem dos de Oliveira et al.26 (2005), que analisando a prevalência de constipação intestinal em mulheres na pós-menopausa, constataram que o esforço ao evacuar, foi o sintoma que mais apareceu. Porém ao analisar o sintoma menos relatado, este se iguala aos aqui apresentados, uma vez que, as manobras manuais para facilitar as evacuações foi o sintoma menos descrito em ambos os estudos.

Tal resultado também difere do encontrado por Gavanski e Baratto21 (2009), que avaliando o hábito intestinal e a ingestão de fibras alimentares em uma população de idosos verificaram que 80% dos constipados relataram sensação de obstrução ou interrupção da evacuação. Entretanto, no estudo de tais autores, o sintoma menos relatado foi as manobras manuais para facilitar as evacuações, assemelhando-se aos resultados do estudo aqui explanados.

Verificando a ingestão de fibras no estudo aqui exposto, nota-se que a média em gramas do consumo de fibras entre todos os idosos entrevistados foi de 9,63±6,77 g/dia, diferente do resultado encontrado por Mattos e Martins27 (2000), que analisando o consumo de fibras alimentares em população adulta, encontraram uma média diária de consumo de fibras totais de aproximadamente 24g.

Entretanto, os resultados aqui encontrados se parecem ao do estudo de Leite et al.28 (2009), onde a média de consumo de fibras entre os idosos entrevistados foi de 14,44g/dia.

Lopes et al.29 (2005), que utilizando um questionário semiquantitativo de frequência alimentar associado a fotos para avaliar o consumo de nutrientes em adultos e idosos, obtiveram uma média de consumo de fibras de 9,3g/dia, assemelhando-se ao encontrado no estudo aqui apresentado.

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Ainda no estudo de Mattos e Martins27 (2000), observou-se que os homens consumiram mais fibras (29g/dia) do que as mulheres (20g/dia), de forma semelhante aos resultados aqui encontrados, onde os homens consumiram uma média de fibras maior do que as mulheres, sendo de 10,50±7,9 g/dia e 9,15±6,07 g/dia, respectivamente.

Dentre os constipados, somente 3,57% (n=1) ingeria a quantidade de fibras acima do recomendado, sendo esta ingestão de 36,3g/dia, o restante não atingiu a quantidade necessária para idade e sexo conforme DRI15 (2002), sendo que a média de ingestão de fibras entre esse grupo foi de 10,44±8,16 g/dia. Tais resultados assemelham-se ao de Gavanski e Baratto21 (2009), que constataram em seu estudo uma média de ingestão de fibras entre os idosos constipados de 14,92g/dia, e que somente um destes apresentou uma ingestão de fibras maior do que o recomendado.

Realizando-se a análise estatística através do Teste t, para comprar a ingestão média de gramas por dia de fibras entre o grupo dos constipados e não constipados, encontra-se um p >0,05, mostrando que não há diferença estatística significativa entre esses dois grupos. Tais resultados podem ser observados na tabela 1.

Tabela 1- Média de gramas de fibras ingeridas por dia

Grupo Média de gramas de fibras ingeridas/dia Valor de p

Constipados 10,44 0,24

Não constipados 9,41

Comparando-se a média de consumo de fibras por dia entre os constipados e não constipados, nota-se que o grupo dos constipados apresentou uma ingestão de fibras maior (10,44g/dia) do que o grupo dos não constipados (9,41g/dia), semelhante ao resultado encontrado por Lopes e Victoria20 (2008) e Gavanski e Baratto21 (2009), que também obtiveram uma maior ingestão de fibras entre o grupo dos constipados.

Entretanto, mesmo no estudo aqui apresentado, o grupo dos constipados ingerir uma média de fibras por dia maior que no grupo dos não constipados, ambos apresentaram uma média de consumo de fibras abaixo do recomendado segundo DRI15 (2002).

Em relação à frequência de consumo de alimentos que contenham fibras, o quadro 1 apresenta os alimentos questionados e a frequência (em porcentagem) respondida pelo total de participantes.

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Quadro 1- Porcentagem da frequência de consumo de alimentos que contenham fibras

Alimento N R 1M 2a3M 1S 2a3S 4a6S D

Granola 88,23 0 0 0 4,41 2,94 0,74 3,68 Aveia 75,73 0,74 0 0,74 5,88 5,88 2,94 8,09 Linhaça 71,32 0,74 0,74 0,74 5,15 8,82 3,67 8,82 Macarrão integral 88,23 1,47 2,21 0,74 5,14 2,21 0 0 Arroz integral 89,70 1,47 1,47 1,47 0 2,21 0,74 2,94 Pão integral 68,38 0 2,94 2,94 1,47 10,3 1,47 12,50 Mamão formosa 15,44 1,47 6,62 14,70 15,44 20,59 8,09 17,65 Mamão papaia 89,70 0 0,74 2,21 2,94 1,47 2,94 0 Ameixa seca 57,36 7,35 9,56 11,03 8,82 2,94 0 2,94 Laranja 8,82 2,20 5,15 17,65 22,06 22,06 7,35 14,71 Frutas em geral 0 0,74 0,74 1,47 0,74 11,76 10,29 74,26 Alface 4,41 2,94 2,21 1,47 10,3 24,26 36,03 18,38 Agrião 32,35 13,97 28,68 11,76 5,88 4,41 0,74 2,21 Rúcula 23,53 8,09 11,76 12,50 18,38 16,18 5,88 3,68 Repolho 5,88 2,94 4,41 15,44 33,09 23,53 11,03 3,68 Vagem 12,50 11,76 8,09 11,76 31,62 18,39 5,88 0 Couve-manteiga 15,44 4,41 2,94 19,12 34,56 21,32 1,47 0,74 Couve-flor 25,73 6,62 19,85 14,71 19,85 10,29 2,21 0,74 Brócolis 30,15 8,09 17,65 16,17 15,44 8,82 3,68 0 Hortaliças em geral 0,74 0 0,73 0 0 6,62 6,62 85,29 Feijão 2,20 0,74 1,47 3,68 16,18 19,85 21,32 34,56 Lentilha 30,88 22,06 19,12 13,97 11,03 2,94 0 0 Ervilha 53,68 7,35 5,88 12,50 13,24 7,35 0 0 Soja 93,38 1,47 4,41 0,74 0 0 0 0 Leguminosas 0,74 1,47 0,74 2,20 18,38 20,59 21,32 34,56 Castanha do Pará 87,50 0,74 3,68 2,94 2,20 0 1,47 1,47 Nozes 60,3 4,41 11,76 10,29 9,56 3,68 0 0 Legenda: N: nunca, R: raramente, 1M: 1 vez ao mês, 2a3M: 2 a 3 vezes ao mês, 1S: 1 vez na semana, 2a3S: 2 a 3 vezes na semana, 4a6S: 4 a 6 vezes na semana, D: diariamente.

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Carniel e Martins30 (2006), avaliando a influência da educação nutricional na alimentação de idosos, encontraram que tanto no grupo que recebe informação nutricional quanto naquele que não recebe, a maioria dos entrevistados consome frutas, verduras e legumes diariamente, assemelhando-se ao presente estudo onde 74,26% (n=101) dos idosos consomem frutas em geral diariamente e 85,29% (n=116) consomem hortaliças em geral diariamente.

Comparando os resultados aqui encontrados com o estudo de Amado et al.24 (2007), notam-se diferenças uma vez que, no estudo destes autores, as leguminosas, verduras e frutas foram os alimentos de consumo diário menos relatados pelas idosas entrevistadas e, no estudo aqui discutido, estes alimentos foram os de consumo diário mais relatados pelos entrevistados.

Em relação ao grupo dos constipados, 60,71% (n=17) referiam nunca consumir alimentos como linhaça, 64,29% (n=18) aveia, 67,86% (n=19) pão integral, 89,29% (n=25) granola, 92,86% (n=26) macarrão integral e 96,43% (n=27) arroz integral, o que difere dos resultados encontrados por Scotton et al.25 (2006), onde a maioria dos constipados consomem alimentos integrais de 1 a 2 vezes ao dia.

Ainda no estudo de Scotton et al.25 (2006), a maioria dos constipados consomem verduras (52%), legumes (32%) e frutas (28%) de 1 a 2 vezes ao dia, o que assemelha-se a este estudo onde também a maioria dos constipados, ou seja, 75% (n=21) relataram consumir frutas e 89,29% (n=25) hortaliças em geral, diariamente.

Analisando-se o consumo diário de feijão entre o grupo dos constipados e não constipados, percebe-se que esta foi à frequência de consumo mais relatada em relação a este alimento, uma vez que 39,29% (n=11) dos constipados e 33,33% (n=36) dos não constipados o consomem diariamente, similar ao resultado encontrado por Cota e Miranda31 (2006), onde também percebe-se maior consumo diário de feijão entre o grupo dos constipados.

No que diz respeito à ingestão hídrica, a alternativa mais relatada por todos os entrevistados foi de 1 a 3 copos de água por dia, onde 33,82% (n=46) dos entrevistados a escolheram e a opção menos relatada foi a de “nenhum” copo de água por dia, sendo que somente 2,94% (n=4) dos idosos escolheram-na. Tais resultados podem ser interpretados com auxílio do quadro 2.

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Quadro 2 – Ingestão hídrica dos idosos entrevistados

Número de copos de água/dia n %

Nenhum 4 2,94

1 a 3 46 33,82

4 a 6 40 29,41

7 a 11 28 20,59

Mais de 11 18 13,24

Amado et al.24 (2007), verificaram em seu estudo que 62% dos entrevistados ingeriam entre um a quatro copos de água por dia e 34% consumiam 8 ou mais copos, semelhantes aos resultados deste estudo onde 33,82% (n=46) dos idosos entrevistados ingeriam de 7 a 11 copos de água por dia ou mais de 11 copos, o que possivelmente atinge o mínimo de 2L/dia de água recomendado pelo Guia Alimentar para a População Brasileira12 (2006).

Ao comparar os resultados do consumo de água com o estudo de Carniel e Martins30 (2006), percebem-se semelhanças, pois no estudo de tais autores a maioria dos idosos (56,6%) ingeria mais de um litro de água por dia e, no estudo aqui apresentado, 63,24% (n=86) dos idosos relataram ingerir de 4 a 6, 7 a 11 ou mais de 11 copos de água por dia, o que possivelmente ultrapassa 1 litro de água por dia.

Levando-se em consideração a ingestão hídrica do grupo dos constipados, 7,15% (n=2) não ingeriam nenhum copo de água, 42,86% (n=12) ingeriam de 1 a 3 copos de água por dia, 28,57% (n=8) ingeriam de 4 a 6 copos de água por dia, 10,71% (n=3) ingeriam de 7 a 11 copos e 10,71% (n=3) mais de 11 copos.

Somando as opções de 7 a 11 copos e mais de 11 copos por dia, que neste estudo representam o mínimo de 2L/dia de água recomendado pelo Guia Alimentar para a População Brasileira12 (2006), encontra-se que 21,43% (n=6) dos constipados provavelmente atingiam essa recomendação.

Scotton et al.25 (2006), percebe em seu estudo que 32% dos constipados ingeriam 2 ou menos copos de água/dia, 32% ingeriam 3 copos de água/dia, 12% consumiam 4 copos de água/dia e apenas 24% ingeriam mais de 5 copos de água por dia.

Comparando os resultados aqui encontrados com o estudo de Cota e Miranda31 (2006), que analisando a prevalência de constipação intestinal, associando aos fatores de risco em alunos universitários, percebe-se que 90% dos constipados possuía uma ingestão hídrica

(15)

inferior à 1,5L/dia, assemelhando-se aos dados aqui encontrados onde a maioria dos constipados possuía uma baixa ingestão hídrica.

Utilizando o Teste t, para comprar a média do número de copos de água ingeridos entre o grupo dos constipados e não constipados, nota-se que há diferença estatística significativa entre esses dois grupos (p<0,05), o que pode ser observado na tabela 2.

Tabela 2- Média do número de copos de água ingeridos por dia

Grupo Média do número de copos de água ingeridos/dia Valor de p

Constipados 4,43 0,04

Não constipados 5,72

Analisando a tabela 2 percebe-se que mesmo os não constipados ingerirem uma média de copos de água por dia maior (5,72 copos/dia) que os constipados (4,43 copos/dia), ambos provavelmente não atingiram os 2L recomendados pelo Guia Alimentar para a População Brasileira12 (2006).

Quando indagados sobre a frequência de realização de atividade física, a opção com maior número de participantes foi a de 1 a 2 vezes por semana, sendo que o tipo de atividade mais realizada foi a dança, onde 47,06% (n=64) do total de idosos entrevistados realizavam-na, dados estes que podem ser observados no quadro 3 e no gráfico 2.

Quadro 3 – Frequência de realização de atividade física

Frequência de atividade física n %

Não pratica 32 23,53

1 a 2 vezes/semana 45 33,09

Mais ou igual a 3 vezes/semana 24 17,65

Diariamente 35 25,73

Observando-se esses resultados, nota-se que somente 23,53% (n=32) dos idosos não praticavam atividade física, resultado esse que se mostra satisfatório quando comparados com outros estudos como o de Florindo et al.32 (2001), que analisando os fatores associados à prática de exercícios físicos em homens adultos e idosos, notaram que 94% dos entrevistados não praticavam nenhum tipo de exercício físico nos últimos 12 meses.

(16)

independente da frequência, pode ser explicado devido à coleta de dados ter sido realizada em uma local de recreação para os idosos.

Gráfico 2 – Percentual de realização de diferentes tipos de atividade física

Ainda no estudo de Florindo et al.32 (2001), encontrou-se que os tipos de exercícios físicos mais realizados eram natação e ginástica geral, o que difere do presente estudo, onde a atividade física mais realizada foi a dança.

Salvador et al.33 (2009), analisando a associação da prática de atividades físicas no lazer com a percepção do ambiente por idosos, encontraram que a atividade física mais realizada por ambos os gêneros foi a caminhada, sendo que 87,7% dos homens e 63% das mulheres a realizavam. Tais dados diferem do estudo aqui apresentado, onde a atividade física mais relatada pelos homens foi a dança e pelas mulheres houve uma mesma prevalência entre dança e caminhada, sendo que do total de entrevistados, 47,06% (n=64) realizavam dança e 44,12% (n=60) realizavam caminhadas.

A média do tempo de realização de atividade física de toda a amostra foi de 34,25±37,80 minutos por dia e quando calculado por semana, a média foi de 239,75±264,62 minutos por semana. Tal resultado se encontra semelhante ao estudo de Leite et al.28 (2009), que avaliando o consumo de cálcio e risco de osteoporose em um grupo de idosos de Guarapuava-PR, verificaram entre os entrevistados uma média de 3,34 horas (214 minutos), de realização de atividade física por semana.

No estudo aqui apresentado, somente 19,85% (n=27) dos idosos entrevistados realizavam no mínimo 30 minutos de atividade física por dia, o que se parece com os resultados encontrados por Santos e Ruiz34 (2008), onde apenas 24,99% dos idosos entrevistados praticavam 30 minutos ou mais de exercício físico mais de 3 vezes por semana.

Analisando-se o grupo dos constipados, 25% (n=7) praticavam atividade física todos os dias, 14,29% (n=4) maior ou igual a três vezes por semana, 32,14% (n=9) uma a duas vezes por semana e somente 28,57% (n=8) dos constipados não praticavam atividade física, o

(17)

que difere dos resultados encontrados por Scotton et al.25 (2006), onde 80% dos constipados não praticava atividade física.

Ainda dentro do grupo dos constipados, a média de realização de atividade física foi de 32,38±38,33 minutos por dia e 226,69±268,34 minutos por semana, sendo que somente 21,43% (n=6) dos constipados fazem no mínimo 30 minutos de atividade física por dia. Tais resultados podem ser observados na tabela 3.

Tabela 3- Tempo médio de realização de atividade física

Grupo Tempo médio de

realização de atividade física (min/dia) Tempo médio de realização de atividade física (min/semana) Valor de p (Teste t) Constipados 32,38 226,69 0,39 Não constipados 34,73 243,14

Verificando-se a tabela 3, percebe-se que, através do tempo médio de realização de atividade física em minutos por dia, tanto os constipados quanto os não constipados são ativos, uma vez que a média de realização de atividade física por dia foi superior a 30 minutos. Neste estudo, não há diferença estatística significativa (p>0,05) em relação ao tempo médio de realização atividade física entre os constipados e não constipados, mostrando que aqui, tal fator não está relacionado ao bom funcionamento intestinal.

Analisando a influência de medicamentos ou doenças que podem causar constipação, 75,74% (n=103) dos idosos entrevistados apresentavam alguma doença e/ou utilizavam algum medicamento que pode levar à constipação intestinal, e 24,26% (n=33) não apresentaram.

Dentre os idosos que apresentavam alguma doença e/ou utilizavam algum medicamento que poderiam influenciar no trânsito intestinal, causando constipação, nota-se que 30,1% (n=31) tinham alguma doença e 96,12% (n=99) usavam algum medicamento que pudesse interferir no funcionamento do intestino.

Os tipos de doenças que podem causar constipação, mais relatadas entre os 31 idosos que as possuíam podem ser observados no gráfico 3.

(18)

Gráfico 3 – Prevalência de doenças que podem causar constipação intestinal entre os idosos que as possuíam

Verificando o estudo de Lima-Costa et al.35 (2003), observa-se que 10,3% dos idosos apresentavam diabetes, o que se aproxima dos resultados aqui encontrados onde, de toda a amostra entrevistada, 11,03% (n=15) possuíam diabetes.

Benedetti et al.36 (2008), que avaliando a associação entre nível de atividade física e o estado de saúde mental de pessoas idosas, encontram que 19,7% dos entrevistados apresentam depressão, o que se mostra semelhante a este estudo onde apenas 8,82% (n=12) de todos os idosos entrevistados apresentavam tal doença.

Analisando-se o uso de medicamentos por todos os entrevistados, nota-se que 61,76% (n=84) utilizavam anti-hipertensivos, 13,97% (n=19) analgésicos, 11,03% (n=15) antiarrítmicos, 8,82% (n=12) antidepressivos, 8,82% (n=12) diuréticos e 0,74% (n=1) utilizavam outros medicamentos.

Comparando esses resultados com os de Souza e Berto37 (2006), que analisando o perfil nutricional de um grupo de idosos e a sua relação com a qualidade de vida, notam-se semelhanças no que diz respeito à utilização de medicamento, pois em ambos os estudos o uso de anti-hipertensivos foi muito relatado pelos idosos.

Entre os constipados, 85,71% (n=24) apresentavam alguma doença e/ou utilizavam algum medicamento que segundo Freitas e Tacla11 (2001), podem interferir no trânsito intestinal, causando constipação, sendo que 32,14% (n=9) possuíam alguma doença e 75% (n=21) utilizavam algum medicamento.

Dentre os constipados, nota-se que 14,29% (n=4) possuíam diabetes, 14,29% (n=4) depressão, 10,71% (n=3) hemorróidas e 7,14% (n=2) hipotireoidismo, semelhante dos resultados encontrados por Oliveira et al.26 (2005), que percebe em seu estudo que entre os

48,39% 38,71%

16,13%

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constipados, 13,5% apresentavam diabetes e a mesma percentagem apresentava hipotireoidismo.

Já, entre os constipados que utilizavam algum medicamento que pudesse influenciar no trânsito intestinal, o mais citado foram os anti-hipertensivos, sendo que 90,48% (n=19) utilizavam esse medicamento.

Aplicando-se o teste Qui-quadrado, para saber se há diferença entre o grupo de constipados e não constipados em relação à presença de doenças ou uso de medicamentos que podem causar constipação, nota-se um p de 0,44 em relação às doenças e um p de 0,53 em relação aos medicamentos, mostrando, assim, que não há diferença estatística (p>0,05) entre esses dois grupos.

CONCLUSÃO

Com o presente estudo nota-se que, mesmo a maioria dos idosos não apresentando constipação intestinal, um número considerável dos entrevistados a possuíam. A média de ingestão de fibras foi inferior ao recomendado tanto no grupo dos constipados como dos não constipados, entretanto os constipados apresentaram uma média de ingestão maior. A maioria dos idosos não ingere a quantidade recomendada de água por dia. Em relação à atividade física, a maioria dos idosos entrevistados realizava algum tipo de atividade física, porém apenas alguns a realizam diariamente.

Realizando-se a análise estatística, percebe-se, neste estudo, que somente a ingestão hídrica e o sexo apresentaram uma diferença estatística significativa, uma vez que os não constipados ingeriram uma média de copos de água por dia maior que o grupo dos constipados, o que pode estar ajudando no bom funcionamento intestinal do primeiro grupo e percebeu-se que as mulheres eram mais constipadas do que os homens.

Diante disso, verificou-se a necessidade de realização de mais estudos para avaliar esse problema de saúde em idosos, pois existem poucas pesquisas disponíveis sobre esse tema com essa população. Campanhas, palestras e educação nutricional para esses indivíduos, explicando sobre a constipação intestinal, prevenção, consequências e tratamento da mesma, também seriam opções de trabalhos que poderiam ser realizados, melhorando, com isso, os conhecimentos dos idosos sobre esse assunto que acomete um número considerável de anciãos.

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(22)

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34. Santos NCPR, Ruiz FS. Estado nutricional e freqüência de exercício físico de participantes de um centro de convivência da terceira idade no município de Cascavel- PR. [trabalho de conclusão de curso] Cascavel (PR):Faculdade Assis Gurgacz; 2008.

35. Lima-Costa MF, et al. Condições de saúde, capacidade funcional, uso de serviços de saúde e gastos com medicamentos da população idosa brasileira: um estudo descritivo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Cad Saúde Pública. Rio de Janeiro 2003; 19(3):735-743.

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37. Souza GMR, Berto NRT. Análise do estado nutricional de idosos e sua relação com a qualidade de vida. [trabalho de conclusão de curso] Cascavel (PR):FAG; 2006.

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(24)

ANEXO 1

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ANEXO 2

QUESTIONÁRIO SOBRE TRÂNSITO INETSTINAL Em relação ao trânsito intestinal, nos últimos três meses ou mais, você:

a) Apresenta menos de 3 evacuações na semana? ( )Sim ( )Não

b) Consistência das fezes ( )Fragmentada ouendurecida ( )Normal c) Sensação de evacuação incompleta? ( )Sim ( )Não

d) Esforço ao evacuar? ( )Sim ( )Não

e) Tipo de auxílio para evacuar? ( )Laxativo ( )Manual ( )Sem auxílio f) Sensação de obstrução ou interrupção da evacuação? ( )Sim ( )Não

(26)
(27)

APÊNDICE 1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE GUARAPUAVA-PR

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

EU, Daniele Gonçalves Vieira professora do curso de Nutrição da UNICENTRO-CEDETEG e a acadêmica de Nutrição Patricia Cristina Pich, estamos desenvolvendo a pesquisa intitulada:

Avaliação do trânsito intestinal em relação ao estilo de vida em idosos de um clube de terceira idade na cidade de São João - Paraná. O objetivo da pesquisa é: Avaliar o trânsito intestinal em

relação ao estilo de vida entre uma população de idosos de ambos os gêneros, com idade igual ou superior a 60 anos em um clube de terceira idade na cidade de São João - PR.

A justificativa para realização da pesquisa é a necessidade de avaliar o estilo de vida e o trânsito intestinal de idosos para identificar complicações que possam prejudicar a saúde, e, assim, mostrar a essa população como uma alimentação e hábitos de vida saudáveis podem ajudar na prevenção de problemas intestinais, melhorando desta forma a qualidade de vida.

Para participar da pesquisa é necessário responder um formulário com perguntas sobre a freqüência alimentar, ingestão hídrica, atividade física, trânsito intestinal e presença ou não de algumas doenças, sendo que este será aplicado pelo entrevistador a cada participante. O entrevistador marcará, na presença do entrevistado, um X nas respostas que sejam verdadeiras ao participante, que terá também que informar a idade, data de nascimento, profissão e escolaridade. A participação é voluntária, assim os entrevistados não receberão nada por participar e não terão nenhuma despesa para responder esse formulário.

Caso o idoso participante seja considerado analfabeto, será necessário que um representante legal assine o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para que assim, o idoso em questão possa participar da pesquisa.

Os entrevistados não sofrerão nenhum risco ao responder o formulário e ainda contribuirão para o desenvolvimento da pesquisa e para avanços científicos e caso tenham alguma dúvida o telefone para contato é (42)99730340 ou (42)36298182.

Eu,___________________________________RG nº___________________, li e compreendi a natureza e o objetivo do estudo ao qual participei e confirmo ter recebido as informações sobre a pesquisa a ser desenvolvida e ciente dos direitos abaixo relacionados, autorizo minha participação voluntária e permito os direitos dos resultados obtidos serem divulgados em eventos científicos e revistas indexadas, sabendo que quando os resultados forem publicados, não aparecerá meu nome, e sim um código. E recebo também:

1. Garantia de receber resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento a dúvidas acerca dos procedimentos, riscos e benefícios e outros relacionados à pesquisa;

2. A liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e desta forma não mais participar do estudo, sem que isto traga qualquer prejuízo ao entrevistado;

3. A segurança que será preservada a identidade e a privacidade do entrevistado; 4. A garantia de que não haverá riscos, desconforto e nem gastos de qualquer natureza;

5. A garantia de seguir todas as exigências que constam na resolução nº196, de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde que regulamenta o desenvolvimento de pesquisas envolvendo seres humanos.

_____________________________ _______________________________

Participante da pesquisa Nome do representante legal: Local e data: RG:

_____________________________ ______________________________ Acadêmica Patricia Cristina Pich Profª Daniele Gonçalves Vieira

(28)

APÊNDICE 2

FORMULÁRIO PARA COLETA DE DADOS

Nome: Sexo: Idade:

Data de nascimento: Profissão: Escolaridade:

1) Qual a frequência, tipo e duração de realização de atividade física?

( )Não pratica ( )1 a 2 vezes/semana ( )Mais ou igual a 3 vezes/semana ( ) Diariamente

Tipo:___________ Duração:__________

2) Qual é a ingestão hídrica diária (número de copos/dia)?

( )Nenhum ( )1 a 3 copos ( )4 a 6 copos ( )7 a 11 copos ( )Mais de 11 copos 3) Qual é a frequência e quantidade de ingestão dos seguintes alimentos:

N R 1x/ M 2 a 3x/M 1x/ S 2 a 3x/S 4 a 6x/S D Quantidade

Granola ( )- de 1 col. Sopa ( )1/2 xícara

( )1 col. Sopa ( )1xícara ( )2 a 4 col sopa

( )5 a 6 col. Sopa ( )+ de 6 col. Sopa

Aveia ( )– de 1 col. Sopa ( )1 col. Sopa

( )2 a 4 col sopa ( )5 a 6 col. Sopa ( )+ de 6 col. Sopa

Linhaça ( )1 col. Sobr. ( )1 col. Sopa rasa

( )1 col sopa cheia ( )+ de 1 col. Sopa cheias Macarrão

integral

( )1/2 prato raso ( )1 prato raso ( )2 a 4 pratos rasos ( )1 pegador ( )2a 3pegadores

( )+de3 pegadores Arroz

integral

( )– de 1 col. Sopa ( )1 col. Sopa ( )2 a 4 col sopa ( )5 a 6 col. Sopa ( )+ de 6 col. Sopa

Pão integral

( )1/2 fatia ( )1 fatia ( )2 a 4 fatias ( )+ de 4 fatias Mamão Qual:____ ( )1/2 fatia ( )1 fatia ( )2 a 4 fatias ( )+de4 fatias ( )P ( )M ( )G ( )1/4mamão ( )1/2mamão ( )1 mamão Ameixa seca ( )1 unidade ( )2 a 4 unidades ( )+ de 4 unidades

Laranja ( )1/2 unidade ( )1 unidade

( )2 a 4 unidades ( )+ de 4 unidades ( )P ( )M ( )G Frutas em geral Hortaliças em geral Legumino-sas

(29)

( )5 a 6 folha ( )+ de 6 folha

Agrião ( )1/2 prato raso ( )1 prato raso

( )2 a 4 pratos rasos ( )+ de4 pratos rasos

Rúcula ( )1/2 prato raso ( )1 prato raso

( )2 a 4 pratos rasos ( )+ de4 pratos rasos

Repolho ( )1/2 col. Sopa ( )1 col. Sopa

( )2 a 4 col sopa ( )5 a 6 col. Sopa ( )+ de 6 col. Sopa

Vagem ( )1/2 col. Sopa ( )1 col. Sopa

( )2 a 4 col sopa ( )5 a 6 col. Sopa ( )+ de 6 col. Sopa

Couve-manteiga

( )1/2 col. Sopa ( )1 col. Sopa ( )2 a 4 col sopa ( )5 a 6 col. Sopa ( )+ de 6 col. Sopa

Couve-flor ( )1 ramo ( )2 a 4 ramos

( )5 a 6 ramos ( )+ de 6 ramos

Brócolis ( )1 ramo ( )2 a 4 ramos

( )5 a 6 ramos ( )+ de 6 ramos Feijão ( )½ concha ( )1 concha ( )2 conchas ( )3 a 4 conchas ( )+ de 4 conchas ( ) com caldo ( ) sem caldo

Lentilha ( )½ concha ( )1 concha

( )2 conchas ( )3 a 4 conchas ( )+ de 4 conchas

Ervilha ( )1/2 col. Sopa ( )1 col. Sopa

( )2 a 4 col sopa ( )5 a 6 col. Sopa ( )+ de 6 col. Sopa

Soja ( )1/2 col. Sopa ( )1 col. Sopa

( )2 a 4 col sopa ( )5 a 6 col. Sopa ( )+ de 6 col. Sopa

Castanha ( )1 unidade ( )2 a 4 unidade

( )5 a 6 unidade ( )+ de 6 unidade

Nozes ( )1 unidade ( )2 a 4 unidade

( )5 a 6 unidade ( )+ de 6 unidade Legenda: N:nunca, R: raramente, 1x/M: 1 vez ao mês, 2a3x/M: 2 a 3 vezes ao mês, 1x/S: 1 vez na semana, 2a3x/S: 2 a 3 vezes na semana, 4a6x/S: 4 a 6 vezes na semana, D: diariamente.

4) Apresenta alguma doença do cólon (tumor, hérnia, tuberculose, etc), neurológica (Parkinson, tumor, acidente vascular cerebral, etc), endócrina e metabólica (hipotireoidismo, diabetes, etc), distúrbio psiquiátrico (depressão, etc) e/ou usa algum medicamento que induz a constipação (antidepressivos, analgésicos, antiparkinsonianos, anti-hipertensivo, diurético, etc)?

Referências

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